ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 04/10/15
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Outubro Rosa
Mês de conscientização e prevenção pelo diagnóstico precoce do câncer de mama Ame-se, cuide-se Abrace esta causa!
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Ano CXIV Edição 40 Domingo, 04.10.2015 R$ 3,20
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reflexão
EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
O que é a Campanha Outubro Rosa?
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movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo. O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades. Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referente ao câncer de mama e/ou mamografia no mês de outubro. Posteriormente, com a aprovação do Congresso Americano, o mês de outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama. A história do Outubro Rosa
remonta à última década do século 20, quando o laço cor-de-rosa foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990 e, desde então, promovida anualmente na cidade (www. komen.org). Em 1997, entidades das cidades de Yuba e Lodi, nos Estados Unidos, começaram efetivamente a comemorar e fomentar ações voltadas a prevenção do câncer de mama, denominando como Outubro Rosa. Todas ações eram e são até hoje direcionadas a conscientização da prevenção pelo diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população, inicialmente as
cidades se enfeitavam com os laços rosas, principalmente nos locais públicos, depois surgiram outras ações como corridas, desfile de modas com sobreviventes (de câncer de mama), partidas de boliche, e etc. (www.pink-october.org). A ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros e etc. surgiu posteriormente, e não há uma informação oficial, de como, quando e onde foi efetuada a primeira iluminação. O importante é que foi uma forma prática para que o Outubro Rosa tivesse uma expansão cada vez mais abrangente para a população e que, principalmente, pudesse ser replicada em qualquer lugar, bastando
apenas adequar a iluminação já existente. A popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma bonita, elegante e feminina, motivando e unindo diversos povos em torno da tão nobre causa. Isso faz que a iluminação em rosa assuma importante papel, pois tornou-se uma leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo. A primeira iniciativa vista no Brasil em relação ao Outubro Rosa foi a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), situado em São Paulo-SP. Fonte: outubrorosa.org.br
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MÚSICA Rolando de Nassau
As bem-aventuranças
Espera-se que todos os cren(Dedicado ao leitor Mário tes experimentem as bem-avenLopes, de Brasília - DF) turanças em suas vidas e, por s bem-aventuranças isso, deem glória a Deus! (Ver: estão entre as mais David Martyn Lloyd-Jones, Esapreciadas passagens tudos no Sermão do Monte, pp. do Novo Testamen- 28-36. São José dos Campos, to. Sempre ficamos intrigados SP: Editora Fiel, 1999). Tendo em vista a imporcom as afirmações de Jesus, que contrastam as atuais apa- tância dos ensinos de Jesus rências e as futuras realidades contidos no Sermão do Monte a respeito daqueles que entra- era de supor que os composirão no Reino de Deus, confor- tores cristãos teriam interesse me lemos em Mateus 5.3-12 e em produzir obras sobre este assunto teológico. Lucas 6.20-26. Foi oportuna em 1875 a adA mensagem seria apenas que pode haver felicidade, moestação da hinógrafa Fanny mesmo quando há sofrimento. Jane Crosby (1820-1915) aos Mas vai mais longe, para acres- músicos de seu tempo: “Sabeis centar o aspecto espiritual da falar de tudo que neste mundo vida: felizes os pobres, “em há, mas nem sequer palavra de espírito”; felizes os que têm Deus que tudo dá?!” (“Cantor fome e sede, “de justiça”. É Cristão”, nº 421; “Hinário para um caminho para a felicidade, o culto cristão”, nº 547). Fanny exigente, mas gratificante, pois falava aos “sem-esperança” a Deus é quem nos convida. Seu respeito das beatitudes. Talvez por ser fácil pertentexto é difícil para os adultos, mais ainda para as crianças. As cer a uma Igreja cristã, mas bem-aventuranças, afinal, de- extremamente difícil observar finem o caráter de um cristão e proclamar em sua arte os (Ver: John Stott, Contracultura ensinos de Cristo, muitos comcristã, pp.18-47. São Paulo: positores se calaram. Depois de longa pesquisa ABU Editora, 1981). Segundo Mateus, Jesus esta- descobrimos que na história beleceu um padrão ético para da música erudita somente alguém entrar no Reino de um compositor dedicou atenDeus. Para o evangelista Lu- ção a este tema: César Franck cas, as beatitudes mostravam (1822-1890), no seu oratório que o Reino de Deus poderia “Les Béatitudes”, composto na preencher os vazios da vida década de 1870. Tomamos code cada pessoa. As alegrias nhecimento da obra em 1992, do Reino são usufruídas por por intermédio de uma gravaquem já achou em Deus o seu ção em discos CD, realizada grande prêmio. Deus sabe do pelo “Gächinger Kantorein” que necessitamos. Devemos e a “Radio-sinfonieorchester”, ter uma conduta diferente da de Stuttgart (Alemanha), dihipocrisia do religioso e do rigida por Helmuth Rilling (Ver: OJB, 15 set 1996). É uma materialismo do ateu. As beatitudes não eram me- grandiosa epopeia! As intervenções de Cristo ramente uma promessa, significavam uma radical mudança representam o que existe de nos valores mundanos; não mais belo na partitura. Rejeieram um alívio para os que so- tando a música frívola dos friam com a pobreza, a fome, seus contemporâneos, César a sede, a nudez, a tristeza e a Franck, homem profundamendiscriminação, mas uma nova te crente, compreendeu o que relação com a vida; eram a podia ser música-de-igreja, constatação de que o Reino dando-lhe a devida seriedade de Deus seria uma vantagem (Ver: Norbert Dufourcq, La para os que necessitavam ser musique française, pp. 30-34. Paris: Larousse, 1949). satisfeitos.
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Escrever algo, mesmo que fosse simples, que pudesse ser cantado em uma igreja, durante um culto, exigiu do compositor Alexandre Reichert Filho apenas cinco minutos para figurar com mérito na galeria dos que contribuíram para a música vocal evangélica. Em uma apresentação do quarteto masculino “Arautos do Rei” (Vilson Santos, 1º tenor; Melchiades Soares, 2º tenor; Wilson Almeida, barítono; e Roberto Conrad, baixo), acompanhado pelo pianista Lineu Soares, realizada no culto matutino, em 24 de maio, na Igreja Memorial Batista, ouvimos “As bem-aventuranças”, de Alexandre Reichert Filho (Que foi diretor musical do quarteto e que, desde 2009, encontra-se radicado nos
EUA), com o seguinte libreto: “(Narrador) Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte. E, como se assentasse, aproximaram-se os discípulos. E Ele passou a ensiná-los, dizendo: (Quarteto) Bem-aventurados, bem-aventurados, os humildes de espírito, pois deles é o Reino dos Céus. (Barítono) Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. (1º. Tenor) Bem-aventurados os mansos, pois herdarão a Terra. (Quarteto) Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão fartos, pois serão fartos. (2º. Tenor) Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. (Quarteto) Bem-aventurados, bem-aventurados os
limpos de coração, pois verão a Deus. (Baixo) Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. (Quarteto) Bem-aventurados, bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos Céus. (Quarteto) Bem-aventurados sois quando por Minha causa vos injuriarem e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, regozijai-vos e exultai, pois é grande o vosso galardão nos céus!”. Isto é “música de igreja”, isto é “música de culto!”. Imitando Léo Schneider e Guilherme Loureiro, Alexandre Reichert Filho (na composição) e “Arautos do Rei” (na execução) nisto merecem o nosso mais efusivo aplauso!
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Em um dia de “alegria”
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
Os dias têm tarde e manhã ão existe fim sem começo. Por outro lado, para o fim almejado, impõe-se a adoção de um começo adequado. Uma profunda ilustração deste raciocínio foi escrita por Moisés: “No sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara e, neste dia, descansou” (Gn 2.2). Descansar implica, automaticamente, em uma postura de descontinuidade, após uma atividade devidamente planejada e que produziu resultados satisfatórios. A narrativa bíblica da criação certamente não deve estar afirmando que o Deus Todo-poderoso, fonte de toda a possível energia do universo, ficou realmente exaurido de Suas forças, depois dos “seis dias” intensos
de Suas obras espetaculares. O verbo “descansar” não precisa ser encarado como o necessário ócio recuperador, porque alguém “gastou” intensamente sua forças. Ele pode significar, também, a atitude de alguém que, tendo planejado detalhadamente suas tarefas, se deu conta de que seus objetivos foram devidamente alcançados. Seres humanos que não “descansam” evidenciam pessoas levadas ao vento, sem planejamento de vida, sem sentido pessoal. Saibamos ou não, viver na indecisão é, em si, uma evidente tomada de decisão. A Bíblia é mais do que clara, quando nos alerta, dizendo que “Nenhum de nós vive para si e nenhum morre para si” (Rm 14.7). Gostemos ou não, a vida de cada um de nós tem tardes e tem manhãs. De nada nos adianta ignorar nossa responsabilidade. Ninguém consegue descansar, após não fazer nada, por nada ter planejado.
lho, suas profissões e, até mesmo, sua reputação. O prazer se transforma num poder tão sufocante que elas se deixam controlar por ele. Já se levantam pela manhã decididas a ir atrás dele e continuam até a noite. A happy hour é o que interessa”. O culto ao prazer e sua idolatria tem provocado surdez e cegueira nos homens. A única coisa que os atinge é ver suas aplicações sofrerem queda na bolsa e o dólar aumentar
provocando o encarecimento da passagem para a Disney ou o aumento dos aparelhos eletrônicos. Acredito cada dia mais na Palavra de Deus quanto ao dia da sua vinda. Sim, a sua vinda será no dia em que as pessoas não nutrirem mais amor pelas outras, quando a fé for pouca e quando se multiplicar o número de profetas que prometerão acabar com a dor para sempre. Num dia em que todos estiverem alegres.
“E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito” (Gn 2.2).
Genivaldo A. da Silva, pastor da Primeira Igreja Batista em Avaré - SP
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hegará um dia em que as pessoas olharão umas para as outras e vão querer ouvir apenas coisas boas, será proibido postar nas redes sociais pessoas doentes agonizando na cama ou ainda o sofrimento de milhares de pessoas que são alvos dos gananciosos líderes extremistas que não poupam ninguém para atingirem seu objetivo de obter poder. Estas notícias não são acessadas por não gerar prazer e nem estado de bem-estar, alguns se sentem agredidos e sentem asco quando são convidados a uma reflexão sobre a vida e a existência do sofrimento humano. A cultura da alegria e do prazer está impregnada na mente do homem. O texto abaixo é parte de uma matéria sobre um novo parque com uma proposta inversamente proporcional à cultura da alegria. “Na Inglaterra, foi inaugurado o parque de diversões mais triste de todos os tempos. Não é um lugar de
sonhos, não é um lugar de alegria, é o lugar mais esquisito que já se viu: Uma Disneylândia toda detonada. E lá ninguém se diverte: O mundo das ilusões virou o mundo dos pesadelos. O climão começa na entrada: “Bem-vindos a Dismaland”, diz o ajudante com entusiasmo zero. Logo de cara, o choque: Um castelo decrépito, caindo aos pedaços. Faz tempo que príncipes e princesas não passeiam por lá. Dentro, o conto de fadas é reescrito. A Cinderela nunca chegou ao baile, a tragédia captada pelas lentes furiosas dos paparazzi: Toda semelhança com a morte da princesa Diana não é mera coincidência. Outra musa dos desenhos infantis, a Pequena Sereia, reina absoluta no fosso de água suja. Nem os tradicionais brinquedos escaparam do hum or negro, difícil pescar um pato afundando em petróleo. A mente criativa por trás desse parque temático às avessas é o artista de rua Banksy, que sempre usou a arte para questionar os valores da sociedade: A felicidade fabricada, a vaidade exagerada, a política.
Mas até o visitante mais animado vai questionar o bom gosto de algumas instalações; tem o açougueiro do carrossel vendendo carne de cavalo, e o que dizer dos barcos superlotados e dos corpos boiando em um fictício Mar Mediterrâneo, em uma clara referência à tragédia real dos migrantes”. Uma semana após a inauguração deste parque, a imagem do pequeno Aylan Kurdi, de apenas três anos, morto em um naufrágio em uma praia turca, tocou o coração de milhões de pessoas e se tornou símbolo do drama de refugiados de guerra que buscam abrigo em países estrangeiros e, muitas vezes, perdem a vida no caminho. Dois dias após o drama, as fronteiras da Alemanha e de outros países foram liberadas parcialmente. O mundo não quer chorar e nem se lamentar, não houve luto, tudo está normal, a vida segue, vamos nos divertir. No Livro “Uma nação nas mãos de um Deus irado”, Martyn Lloyd Jones diz: “Esta mania de prazer pode tomar conta das pessoas de tal forma que elas passem a negligenciar seu traba-
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Como ser bênção para o Brasil Celson de Paula Vargas, colaborador de OJB “Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a tua voz como a trombeta, e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados” (Is 58.1).
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Igreja de Jesus é o instrumento de Deus para trazer bênçãos (benefícios, favor, salvação). Não temos o papel de críticos ou anunciadores dos erros, sem nunca mostrar o caminho para os acertos. Esse papel tem sido cumprido, nesse tempo em que nosso país está em crise, pela grande mídia. Para que nosso país receba as bênçãos de Deus, precisamos assim agir: 1) Anunciar a Mensagem de Deus para o povo brasileiro: O texto acima nos diz que o nosso primeiro ato é anunciar ao povo brasileiro aquilo que consiste em transgressão contra Deus e consequente práticas pecaminosas, pois isso os afasta cada vez mais
da presença de Deus e de suas bênçãos. “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.2). Lamentavelmente esse tipo de mensagem não tem sido muito praticado pelas Igrejas, pois é confrontadora e contraria os que priorizam os prazeres desse mundo. Consequentemente essa mensagem não produz resultados quantitativos ou membros e contribuintes para a igreja, então, elas, erroneamente, anunciam um falso Evangelho visando tão somente benefícios para esse mundo, como: curas, riquezas, e ainda promovem cultos shows (danças, luzes, músicas e ritmos seculares), o que muito agrada a carne, mas empurra o povo ainda mais para o pecado. 2) Agir como autênticos cidadãos dos céus: Todos os que têm Jesus como seu Salvador e Senhor mediante sua fé voltada unicamente a Ele passam a ter o céu como sua futura pátria eterna: “Pois
a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3.20). Passamos, assim, a ter uma missão prioritariamente voltada para lá: proclamar o Evangelho de Jesus para que todos tenham a oportunidade de assim se tornarem; testemunhar que em Cristo somos pessoas transformadas e libertas do senhorio do pecado, interceder pelo mundo e por nossos governantes, como nos ordena a Bíblia, independentemente das nossas posições ideológicas.“...Exorto que se use a prática de súplicas, orações em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito” (I Tm 2.1-2). Como vimos, o papel da Igreja não é de criticar, apesar de também sofrermos as consequências dos maus governos. Sejamos tão somente anunciadores do Evangelho e intercessores incansáveis. Para isso, fomos preparados por Jesus. Seja também você um cidadão do céu.
Eu amo o Brasil, por isso oro por minha Nação! Jeferson Cristianini, colaborador de OJB
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ma das formas mais lindas de amarmos é orarmos pelo alvo do nosso amor. Isso nós aprendemos com Jesus, pois Ele orou por nós na oração sacerdotal, de acordo com João 17. Jesus nos amou até o fim e lá na cruz a sua oração “Pai, perdoa-lhe, porque não sabem o que fazem”, foi uma oração de amor. Deus nos amou primeiro e nosso foco de vida é amarmos o Senhor Deus acima de tudo e amarmos o nosso próximo. Precisamos (re) aprender a orar pelas vidas que nos rodeiam. Precisamos (re) aprender a orarmos pelas almas perdidas que estão ao nosso lado e que por comodidade ou por receio de sermos tachamos como fanáticos religiosos, não compartilhamos a Mensagem de Salvação.
O Evangelho “É o poder de Deus para a salvação daquele que nele crê”, e esse Evangelho que já mudou nossa vida precisa estar em nossos lábios prontos para encontrar um coração sedento. Precisamos olhar as pessoas como alvo da Mensagem do Evangelho. Precisamos orar ao Senhor e pedir que Ele nos mostre quais são as pessoas que podemos lançar esta semente. Precisamos chorar pelas almas perdidas. Nossos olhos estão secos para chorarmos pelas vidas que morrem sem Jesus, e nossos joelhos estão atrofiados porque já não oramos mais pelas pessoas que passam por nossas vidas. Jesus, ao contemplar o caos e a miséria espiritual de Jerusalém, chorando diz: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os meus profetas (…). Quantas vezes eu quis reunir teus filhos” (Lc 13.34). Jesus chorou por ver o desprezo de Jerusalém com os profetas e,
acima de tudo, com a mensagem redentora do Senhor. À semelhança do nosso Mestre, precisamos orar e chorar pelas almas. Nosso país poderia ser um campo de colheita se nós investíssemos efetivamente na evangelização, tanto financeiramente, como arregaçando as mangas e saindo para o trabalho na seara. Precisamos (re) alinhar nossas vidas com o que Deus deseja fazer em nosso país. O pastor C.H. Spurgeon dizia com contundência assim: “Se uma igreja não ora, ela está morta”. Precisamos (re) descobrir o prazer de orar pelas lamas perdidas, de falarmos do Evangelho e de ouvirmos um testemunho de conversão. Por amor ao Brasil vamos orar pela nossa Nação. Orar para que vidas sejam alcançadas pelo Evangelho. Que nossas Igrejas sejam vivas e que nossas reuniões sejam regadas de amor aos brasileiros perdidos. Oremos!
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Minha Pátria para Cristo
Israel Pinto da Silva (D’Israel), colaborador de OJB, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro Minha Pátria para Cristo; muitas almas pra Jesus Pregação do Evangelho; a Palavra; nossa Luz Que na Bíblia está contida para ser bem estudada Refletida e bem guardada Isso logo, sem demora, antes de chegar a hora De nós sermos carregados para nossas sepulturas Vamos todos trabalhar e cumprir as Escrituras Sua grande ordenança é cumprir nossa missão Espalhar suas sementes sem ficar esmorecendo Sem buscarmos muitas almas, para não serem levadas Para o fogo do inferno sem qualquer contemplação Porque são atraiçoadas para o castigo eterno Nada tendo a sua frente, pois estão na escuridão Trevas espirituais Iludidos pelo mundo cheio de facilidades Transitório, fascinante, ilusório, enganador Preferindo escutar a voz do passarinheiro O diabo traiçoeiro, que só vem pra destruir Mundo que nunca garante uma paz maravilhosa A visão do paraíso; a morada do Senhor Porque o passarinheiro já foi por Ele derrotado Quando lá na cruz morreu; quando foi crucificado Mas depois ressuscitou para nos mostrar que era O filho de Deus e o Salvador do mundo Se cairmos, nos levanta; não nos deixa abandonados E do mal Ele protege e com toda segurança E nos dá a esperança de entrarmos lá no céu E por quê nos adianta esse mundo conquistar Se o tal passarinheiro nossa alma quer levar Em vez de se ficar pensando como ir para o céu Com Jesus do nosso lado e conosco sorridente Com as nossas roupas brancas, alvas como a lã Todos limpos, sem pecados E ali justificados por Sua Graça imerecida Dessa forma prazerosa nesta terra tão sofrida? II Sim, com toda certeza este é o bom caminho Onde encontraremos a salvação da alma É quando eu pergunto: Se Deus é por nós Quem será contra nós? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Se Ele age, quem impedirá? Jesus é o caminho; a Verdade e a Vida Ninguém vai ao Pai senão por Ele Ele é o Princípio; o Meio e o Fim O Alfa e Ômega; nosso Advogado Nosso Defensor; Intermediador Entre Deus e os homens Eu o sinto vivo Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor! Minha Pátria para Cristo, eis a minha petição Minha Pátria tão querida, já te dei meu coração Lar prezado, tão formoso, é por ti o meu amor Que meu Deus de excelsa graça nos dispense seu favor Salve Deus a minha Pátria, este povo varonil Ou vencer seu Evangelho ou morrer pelo Brasil Pra que Deus seja louvado; seja Ele exaltado Porque isso é preciso, para agradar a Deus!
6 vida em família
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Gilson e Elizabete Bifano
Um amor equivocado A morte e o e perigoso romance Juvenal Mariano de Oliveira Netto, 2º coordenador de EBD da Primeira Igreja Batista em São Pedro da Aldeia - RJ
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mundo acompanha com expectativa e apreensivo a questão do fluxo migratório que está ocorrendo na Europa. Milhares de famílias saem de seus países em busca de dias melhores, de paz, de segurança e com a esperança de oferecer aos filhos e descendentes uma vida digna. Ao longo dos séculos sempre houve fluxos migratórios daqui para lá e de lá para acolá. Eu mesmo sou fruto da imigração italiana. Os pais do meu bisavô deixaram a pequena cidade de Torraca, na região da Campanha, foram até a cidade de Napoles e, de lá, em um navio, chegaram até o porto do Rio de Janeiro. Aqui foram recebidos por outros patrícios e fixaram residência na cidade de Pirapetinga - MG. Nesta onda imigratória duas fotos me chamaram a atenção. A primeira, causou indignação em todo o mundo. Estou me referindo a foto do menininho sírio morto em uma praia da Turquia. A foto tornou-se símbolo da tragédia migratória que está acontecendo hoje na Europa. Homens, mulheres, idosos e crianças morrem afogadas na tentativa de alcançar um país que lhes abrigue. A outra foto, já bem mais animadora, foi captada mais recentemente. É a de um casal beijando-se, apaixonadamente, dentro de uma barraca de um acampamento para imigrantes na estação de Budapeste. Enquanto a primeira foto, a da criança morta em uma praia, retratou o horror, a segundo, do casal, trouxe um pouco de humanidade. Istvan Zsiros, fotógrafo responsável pela imagem, disse: “A foto chama a atenção por mostrar um momento de intimidade e ternura em meio a um ambiente tão opressor
e uma situação tão desesperadora”. A primeira foto nos faz pensar que todos nós como humanidade. Somos responsáveis pelas tragédias, como a do menino, que tinha a idade do meu neto Theo. Vivemos em um mesmo lugar, embora em países com suas próprias fronteiras, somos irmãos, vivemos na mesma casa. Cultivar a indiferença, fingir que a situação que está acontecendo do outro lado do mundo não é uma atitude cristã. Deus, na Sua Palavra, sempre lembrou ao seu povo que três classes de pessoas deveriam receber todo o nosso cuidado: os órfãos, as viúvas e os imigrantes. Eles, todos os dias, estão perto de nós para nos lembrar desta recomendação. A outra foto, do casal apaixonado, é uma lembrança de que mesmo bem perto do caos, o amor, a paixão, o romance podem e devem ser retroalimentados. Muitos casais não conseguem sustentar um casamento em meio a crise que os cercam devido a incampacidade de tirar do coração a paixão, o amor, o fogo arrebatador que um beijo pode proporcionar para fortalecer ainda mais a relação. Essas duas fotos são emblemáticas. A primeira é a da dor da tragédia, do horror, da injustice. A segunda é a da vida, do amor, da paixão, do fogo arrebatador que gera vida, intimidade. A primeira é para reflexão não só dos governantes dos países europeus, mas de toda a humanidade. A segunda é para, especialmente, os casais. Que não se deixem morrer o amor quando as cirncunstâncias são adversas ao seu redor. Juntos pela família, Gilson Bifano ministeriooikos.org.br
“N
ão ameis o mundo...”. Esta frase parece contraditória pelo simples fato de ter sido escrita por um dos discípulos mais próximos a Jesus e que fala com extrema propriedade sobre a natureza do verdadeiro amor. João, escrevendo as suas cartas, faz inúmeras referências à capacidade infinita de Deus em amar o homem e também sobre a responsabilidade que este tem de aprender e de viver este amor. Quando João utiliza a palavra “mundo” ele não está se referindo as pessoas, sejam elas quais forem, independente de quaisquer fatores, seja social, econômico ou cultural. Ele estava se referindo a um sistema perverso gerenciado por um ser que se rebelou contra Deus e levou consigo a terça parte dos anjos, tipificado por satanás. Muitos têm subestimado a inteligência e a astúcia deste terrível ser, inclusive cristãos. A sua missão é levar o máximo de pessoas para o inferno e para isto fará de tudo para conseguir o seu intento. No intuito de enganar e persu-
adir a sua presa, ele oferece coisas extremamente atraentes; nunca se apresentará com uma aparência feia, que cause medo e pavor, pelo contrário, oferecerá verdadeiros banquetes que trarão muita satisfação a nossa “carne”. Esta advertência do apóstolo apesar de ter sido escrita há tanto tempo é atualizadíssima para o estilo de vida em que a nossa geração resolveu adotar neste período de pós-modernidade. Amam e se deliciam com os encantos deste “mundo”; ficam hipnotizadas pela sua magia, entretanto, deixam a desejar em relação ao amor ao próximo. Jesus amava as pessoas incondicionalmente, porém, reprovava o sistema dominado pelo pecado. Ao mesmo tempo em que ele estende a sua mão perdoadora para uma mulher que era acusada de ter cometido adultério e que estava prestes a ser apedrejada, Ele diz para ela: “...Vai e não peques mais” (Jo 8.11). O grande problema é que existem muitos cristãos equivocados achando que podem ser discípulos de Cristo e ao mesmo tempo participarem dos banquetes oferecidos por este sistema corrompido. Quem pensa deste modo está enganando a si mesmo e a sua religião é vã, inútil, e se não se arrepender de verdade o seu fim será trágico.
Não precisamos, necessariamente, ter cursos na área teológica para compreendermos o que João está tentando mostrar para aqueles que realmente querem seguir a Cristo. Para ele não há duas opções, ou se ama o “mundo” e repele a Cristo, ou se ama a Cristo e repele o “mundo” (I Jo 2.15). Não há como servir a dois senhores. Muitos buscam um paliativo religioso em vez de buscarem verdadeiramente a Cristo e acabam ficando em cima do muro, mal sabem elas que o muro pertence ao “mundo”. O Apóstolo Paulo diz que tudo nos é lícito, mas nem tudo nos convém, segundo I Coríntios 6.12, ou seja, temos total liberdade para fazermos as nossas escolhas, tanto para pecar e viver dissolutamente, como para viver uma vida de santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, como diz Hebreus 12.14. João ainda se dá ao trabalho de nos explicar os resultados de nossas escolhas quando afirma que o “mundo” deve ser odiado porque ele passa com os seus prazeres, nele tudo é temporário, todavia, aquele que opta por ignorar a ele e amar a Deus e ao próximo, esse viverá para sempre, vencerá o dano da segunda morte, de acordo com I João 2.16-17 e Apocalipse 21.8.
José Laurindo
Epitácio Cordeiro
Pastor Presidente
Presidente Diaconal
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missões nacionais
E o sonho se tornou realidade!
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Missionários falam sobre ordenação de três xerentes ao ministério pastoral* Guenther e Wanda Krieger, missionários entre os indígenas Xerente, no Tocantins “Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei” (Is 55.11).
A
inda na década de 50 tivemos a visão de que o povo Xerente, então analfabeto, enfermo, vivendo em grande miséria e a caminho da extinção, poderia ter um novo amanhã pelo poder transformador do Evangelho de Cristo. Passaram-se anos, lustres e décadas, com obstáculos inúmeros a serem vencidos, mas a pregação do Evangelho não cessou e pelo poder do Espírito a Palavra começou a germinar nos corações trazendo salvação e descortinando novos horizontes àquela gente outrora sofrida e desesperançada. E agora, já encanecidos, os obreiros, encorajados pelo mesmo Espírito, sonhavam os seus sonhos, segundo Joel 2.28. Entre eles um da maior relevância era a chegada do dia em que o bastão do cuidado pastoral seria passado não a outros obreiros vindos de fora, mas a filhos do próprio povo. E foi nos dias cinco e seis deste mês de setembro que o sonho virou realidade. Três irmãos Xerente - Silvino Sirnãwẽ Xerente, Pedro Waĩkainẽ e Sinval Waĩkazate Xerente -, homens já maduros e na liderança de diferentes congregações por vários anos, preparados tanto em conhecimentos seculares como no conhecimento das Escrituras Sagradas e das dou-
Pastor Guenther e Pastor Eli Leão “Ticuna”
Xerentes que foram ordenados
Missionários e indígenas
Pastor Rinaldo de Mattos (em pé) durante a cerimônia
trinas básicas da fé cristã, a pedido das Igrejas que dirigem, se apresentaram para exame ao Concílio reunido no templo da Igreja Batista da aldeia Nrõzawi na noite do dia 05 de setembro. Entre os pastores participantes do Concílio estavam três pastores indígenas: o pastor Eli Tikuna, vindo do Amazonas; o pastor Luiz Terena, do Mato Grosso do Sul; e o pastor Edson Bakairi, do Mato Grosso. Estes foram escolhidos para serem os examinadores dos candidatos. Respondidas as perguntas dos examinadores e sendo os três considerados aptos para o Ministério da Palavra pelos membros do Concílio, foi sus-
pensa a sessão do mesmo e marcado o seu reinício para a manhã do dia seis, por ocasião da celebração do culto de imposição de mãos. Assim, naquela manhã ensolarada, reunidos ao ar livre, à sombra das frondosas mangueiras da aldeia, começando com orações e cânticos de louvor em Xerente e em Português, teve lugar o culto de consagração dos três novos pastores que deram convincente testemunho de sua conversão e chamada. O pastor Eli Ticuna, orador da ocasião, nos trouxe uma vibrante mensagem da Palavra de Deus que tocou fundo no coração de índios e não índios.
Chegado o momento da imposição de mãos, ajoelhados os consagrados sobre esteiras, segundo a tradição Xerente, foi feita a oração consagratória precedida pela cerimônia do “Kuiro nõmrĩ”, em que os pastores Guenther Carlos Krieger e Rinaldo de Mattos depositaram suas bordunas perante os três novos pastores indígenas, ato que simbolizou o transferir da responsabilidade quanto à liderança do trabalho do Senhor entre o povo Xerente. Consagrados ao ministério pastoral com a imposição das mãos pelos pastores presentes e uma oração feita pelo pastor Guenther Carlos Krieger, foi feita a entrega das Bíblias aos
novos obreiros. A seguir, após a palavra de representantes da Junta de Missões Nacionais e da Ordem dos Pastores Batistas foi impetrada a Bênção Apostólica em Xerente pelos novos pastores e com uma oração pelo pastor Josimar Rodrigues Costa, ilustre diretor executivo da Convenção Batista do Tocantins, foi encerrada a sessão do concílio e concluídos os trabalhos do dia. Pelo que viram e ouviram, quantos ali estiveram puderam constatar que também entre o povo Xerente a Palavra de Deus não voltou vazia. *Conforme publicado na edição de OJB do dia 20/09
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Igreja Batista em Braz Cubas - SP realiza tradicional “Culto Rosa” Em sua 3a edição, programação direcionada às mulheres ressalta a importância da cura física e espiritual
Bruna Costa, jornalista
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ara orientar a população sobre os cuidados com o câncer de mama, no próximo dia 24 de outubro (sábado), às 17h, a Igreja Batista em Braz Cubas (IBBC), por meio do grupo “Mulheres Segundo o Coração de Deus”, realizará a terceira edição do Culto Rosa, que este ano tem como tema “Há um lugar de intimidade”. O evento é coordenado pelo pastor do colegiado, Carlos Zuzarte, e estima que cerca de 300 mulheres compareçam. De acordo com as responsáveis pelo grupo, Valdete Ramos Vidal e Yara Braga, o “Culto Rosa” visa conscientizar mulheres de todas as idades sobre os cuidados com a saúde física e espiritual.
“Outubro é popularmente conhecido como mês rosa, por orientar a população sobre os cuidados com o câncer de mama e saúde feminina. Neste mês, nosso grupo também se dedica para abordar mais sobre o tema. Em nossa programação, as convidadas são levadas a terem consciência
de que o corpo físico precisa de um médico e remédio para curar doenças, e para curar a alma não é diferente, mas frisamos que somente Jesus pode fazer um milagre e restaurar”, explica Valdete. Yara lembra que além de abordar temas espirituais e emocionais, o objetivo do
evento também é alcançar mulheres não cristãs. “Queremos apresentar Cristo para elas e ensiná-las a terem um relacionamento mais profundo com o Senhor, mas vale ressaltar que o Culto é aberto para convidadas de todas as denominações. Receberemos com muita alegria todas as mulheres que fo-
rem encaminhadas pelo nosso Senhor para participar conosco deste momento”, destaca. O Culto Rosa será realizado no dia 24 de outubro (sábado), às 17h, na Igreja Batista em Braz Cubas, localizada na Rua Pe. Álvaro Quinonez Zuninga, 425, Brás Cubas – Mogi das Cruzes SP. A entrada é gratuita.
PIB no Tabuleiro - AL completa 37 anos de serviços ao Senhor Joseane Santos, jornalista, membro da Primeira Igreja Batista no Tabuleiro - AL
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urante o fim de semana dos dias 11, 12 e 13/09 os membros e congregados da Primeira Igreja Batista no Tabuleiro, em Maceió - AL, celebraram os seus 37 anos de organização. A programação foi composta por reflexões de mensagens bíblicas, apresentações de orquestra, coral, coreografia e oficinas temáticas, tudo com o fundamento bíblico inspirado na mensagem: “Vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro” (I Ts 1.9b). Este ano o tema define bem o que a Igreja tem representado para a comunidade onde está inserida: “Uma Igreja viva, servindo ao Deus vivo”. Os seus quase 750 frequentadores, entre membros e congregados, estão espalhados por diversos bairros e cidades vizinhas. A Igreja mantém ainda Congregações em cidades como: Novo Lino, São José da Tapera e Fernão Velho. Com isso ela deixou de ser local, passando a ser um referencial na capital de Alagoas. De acordo com o seu pastor presidente, Anderson Nunes, a PIB no Tabuleiro ao longo
dos anos vem cumprindo seu papel social na região, tomando novos rumos e expandindo sua relação com a sociedade. Desde março deste ano foi retomado o atendimento médico que acontecia há 30 anos, com o ambulatório Boyd O’Neal. Hoje oferece também atendimento psicológico, não só para seus membros, mas para a comunidade. “A nossa Igreja tem se tornado notória, pois temos membros da cidade de Rio Largo e bairros distantes como: Ponta Verde, Gruta de Lurdes, Santos Dumont, Vilage Campestre, Forene, entre outros. A PIB no Tabuleiro deixou de ser uma Igreja de bairro, passando a ser um local que reúne pessoas de toda a cidade”, afirmou. Uma das expectativas da liderança da Igreja é a formação e consolidação de grupos sociais, que permitam que os encontros não se res-
trinjam aos domingos, mas em outros dias da semana. Eles farão com que a Igreja saia dos seus limites físicos e vá aos lares através de projetos como o “Pode Entrar” – visitação de jovens nas residências; discipulado com os novos convertidos, visitação dos casais, viagens missionárias, e outros eventos. Hoje a PIB no Tabuleiro dispõe de um centro de socialização onde são realizadas práticas esportivas e cursos profissionalizantes, a exemplo do curso “Como falar em público”, ministrado pelo mestre em comunicação, Carlos Conce. Lá também já funcionou um curso pré-vestibular. Antes era uma pequena casa onde funcionava apenas a Escola Bíblica Dominical. Nos cultos realizados nos três dias de celebração a mensagem foi ministrada pelo pastor convidado, Doronézio Andrade, da Igreja
Batista Guarapari – ES. Participaram das festividades pastores ilustres que fizeram parte da história da Igreja, entre eles: Evilásio Rodrigues, Israel Pinto Pimentel e Jonas Bispo Pereira. No domingo, após o culto matinal, as oficinas temáticas ocuparam o horário da Escola Bíblica Dominical. Uma maneira de aprofundar assuntos importantes como: “Os desafios da juventude no ambiente universitário”, ministrada pelo pastor Elton Fireman; “Servindo através da arte da comunicação”, por Carlos
Conce; “Servindo no ministério de capelania”, com o pastor Jeronimo Gomes; “Servindo através de uma vida de adoração”, com o ministro de música Odílio Oliveira e também oficina kids, com a educadora religiosa, Josilene Alves, com o tema “Servindo ao Senhor com Alegria”. Na noite de encerramento foram realizados batismos. A festa terminou em grande estilo com a apresentação de uma bela coreografia do grupo Exaltarte e a entoação de louvores inspirativos pelo coral da PIB no Tabuleiro.
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Dias 29 e 30/10/2015 - Simpósio CBPI Dia 31/10/2105 - Encontro dos Coordenadores do DAS da CBB
1ª IGREJA BATISTA EM TERESINA
“
“
Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não terá resposta Provérbios 21.13
Valor da Inscrição: R$ 25,00
Informações na CBPI (86) 3222-3647
REALIZAÇÃO:
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Departamento de Ação Social da CBB – Faces da Missão
Ajude a criança a saltar para Jesus Clenir Xavier, diretora Internacional do Projeto Calçada – Lifewords, Psicóloga, Assistente Social e Conselheira do CONANDA “Jesus parou e disse: ‘Chamem-no’. E chamaram o cego: ‘Ânimo! Levante-se! Ele o está chamando’. Lançando sua capa para o lado, de um salto, pôs-se de pé e dirigiu-se a Jesus: ‘Vá’, disse Jesus, ‘A sua fé o curou’. Imediatamente ele recuperou a visão e seguia a Jesus pelo caminho” (Mc 10.49, 50 e 52).
O
utro dia eu visitava o Projeto “Casa Semente”, em Jardim Gramacho - RJ, um dos parcei-
ros da Lifewords*, quando a coordenadora e educadora Adriane Maia me apresentou as crianças que haviam sido aconselhadas com a “Bolsa Verde”, do “Projeto Calçada”*. Todas posaram alegremente para uma foto. Uma menina, em especial, chamou minha atenção, quando quis uma foto só dela, com a tia e a bolsa, porque era a que tinha tido mais encontros do que qualquer outra, e se sentia a “campeã”. O fato de ela ter tido mais de um aconselhamento foi porque precisava e tinha maior dificuldade, no entanto, para essa garotinha as conversas lúdicas e particulares que teve com a tia, a fizeram se sentir muito especial e realmente mudou sua vida.
“Vá!” Vemos na Bíblia que Deus sempre aparecia àqueles que intencionava ensinar, pessoalmente, ou através de Jesus ou anjos. E depois desse encontro, a vida daquela pessoa era transformada. Foi assim com a jovem Maria, o jovem Samuel, Abraão, Jacó, Daniel, Moisés, o cego Bartimeu, a mulher samaritana, comigo e com você. Em várias passagens Jesus ensina que vale a pena parar e dar atenção individualizada à pessoa que sofre. O contato pessoal, especialmente com a criança, faz com que ela se sinta aceita, respeitada na sua singularidade, e importante para aquele que a ouve. O cuidado particular estimula e constrói um contexto favorável para o desenvolvimento da criança.
No entanto, as igrejas e organizações que trabalham com as crianças enfrentam o grande dilema da falta de tempo e de pessoal para realizar eventos, produzir materiais e realizar as atividades regulares. Diante dessa realidade, o atendimento individualizado constitui um enorme desafio, enquanto que as atividades grupais produzem mais simpatia e apreciação. O atendimento individualizado realmente não gera grandes números, porém, gera grandes e incomparáveis mudanças. As crianças deixam as dores do passado, assim como o Bartimeu que “largou a sua capa”; elas dão um salto na vida e se põem de pé na direção de Jesus. Não é isso o que queremos para as nossas crianças?
Para pensar: Se você fizesse a grande descoberta de como tocar profundamente o coração de uma criança, o que faria com esse achado? As experiências mais marcantes de sua vida com Deus foram quando Ele falou com você em grupo ou pessoalmente? O que o seu projeto ou organização precisa fazer para implementar a atenção individualizada às crianças? ______________________ Texto adaptado da Revista “Mãos dadas” - www.redemaosdadas.org * Lifewords – brasil.sgmlifewords.com * Projeto Calçada – Constitui uma proposta de aconselhamento bíblico destinada a crianças em risco
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missões mundiais
Missionários se despendem de Portugal em Igreja de origem Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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pós quase duas décadas servindo em Portugal, o casal Narciso e Mardilene Braga está de volta ao Brasil. E, no domingo, 20 de setembro, a Primeira Igreja Batista de Agostinho Porto, em São João de Meriti - RJ, recebeu um culto de gratidão a Deus pela vida e ministério desses missionários. A Junta de Missões Mundiais esteve presente neste momento especial para o casal e a Igreja, de onde o pastor Narciso e Mardilene saíram, nos anos 1990, para seguir para o campo. O pastor Fábio Nunes da Silva, da PIB Agostinho Porto, apresentou o motivo do culto, ressaltando que o pastor Narciso e Mardilene Braga e os filhos do casal, Narciso Jr. e Társis, fazem parte da história da Igreja. O missionário foi pastor ali durante seis anos. “Quero dizer que há alegria no coração desta Igreja de poder fazer parte deste momento de gratidão ao Senhor. A missão da Igreja vai sendo sinalizada na forma de indivíduos de uma forma muito particular, que é o chamado do Senhor. Eu digo que essa é a vida de Narciso e Mardilene. Eu disse aqui na Igreja que você se aposentou no campo, mas não deixou de ser pastor. Porque a nossa vida é um ministério”, declarou o pastor Fábio. Representando Missões Mundiais, o pastor Renato Reis, coordenador do Cuidado Integral do Missionário (CIM), lembrou o chamado do casal missionário, quando ainda estava à frente da PIB Agostinho Porto. “Este casal estava aqui servindo com os filhos pequenininhos. Aí Deus falou com eles, falou com os irmãos e, quase 20 anos atrás, essa família missionária deixou esta Igreja e partiu para o campo de Missões Mundiais. Todos nós somos chamados para
Pastor Antonio Galvão foi o mensageiro do culto na PIB Agostinho Porto - RJ
Pastor Narciso e Mardilene Braga receberam placa da JMM das mãos do pastor Renato Reis
sermos missionários, em Jerusalém, Judeia e Samaria. Mas alguns são para até os confins da Terra. São escolhidos especificamente para esse trabalho de avançar por outras fronteiras, cruzar mares, nações. E a família Braga foi designada por Deus para isso”, afirmou o pastor Renato. “Eles foram obedientes e agora, 20 anos depois, nós viemos aqui como JMM celebrar a Deus esse culto de gratidão pela fidelidade do Senhor”, acrescentou. Em um momento de homenagem, o pastor Renato entregou ao pastor Narciso e Mardilene uma placa em nome da Junta de Missões Mundiais em reconhecimen-
to ao período em que o casal serviu no campo missionário. Um vídeo com depoimentos dos pastores Lauro Mandira e José Calixto Patrício (missionários cuidadores) e dos filhos, Narciso Jr. e Társis Braga, emocionou o casal. O pastor Antonio Galvão, missionário da JMM há mais tempo em atividade e amigo do casal Narciso e Mardilene, foi o pregador do culto. Logo no início da mensagem, o pastor Galvão lembrou o dia em que o pastor Narciso assumiu o ministério na PIB Agostinho Porto e que, poucos anos depois, seguiu para os Açores, um arquipélago português no Oceano
Atlântico. Por tudo isso, o pastor Galvão disse se sentir honrado de ser o pregador de um culto tão especial. Sobre a história do pastor Narciso e Mardilene no campo, o pastor Galvão afirmou ser um ministério missionário de muita intimidade com Deus, pois “ministério missionário não é profissão, mas uma vocação”. “O ministério missionário é um ministério pastoral dirigido pela visão do Espírito Santo porque é Ele que coloca no coração [do homem] o que Deus quer de cada um de nós”, disse. A missionária Mardilene ressaltou sua alegria em parti-
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cipar do culto com os irmãos da Igreja de onde o casal saiu para o campo missionário e que é “Muito bom voltar para casa depois de proclamar as Boas Novas”. “Meu coração realmente não tem palavras para traduzir o que sinto, mas é muito bom saber que vocês nos amam e que nós amamos vocês. Isto é Igreja, isto é família”, afirmou. O pastor Narciso também demonstrou todo o seu contentamento em participar do culto de gratidão a Deus e se lembrar de experiências vividas na PIB Agostinho Porto e em Portugal. Também manifestou seu profundo agradecimento a Missões Mundiais durante o tempo que serviu nos Açores e na cidade do Porto, em Portugal continental. “Eu quero registrar o meu carinho com a Junta de Missões Mundiais. Esta não é uma agência perfeita, mas é uma agência de Deus. É o meu testemunho e o da minha família”, afirmou. “E Missões Mundiais queria nos enviar para outro campo, mas decidimos retornar para nossa terra, entendendo que Deus tem planos para nós aqui no Brasil e também que a experiência vivida no campo precisa agora motivar futuros missionários”, completou. Missões Mundiais agradece ao Senhor pelo ministério do pastor Narciso e Mardilene Braga, vidas preciosas que durante 20 anos se dedicaram integralmente à proclamação da Palavra de Deus ao mundo. Os resultados alcançados pela dedicação destes missionários só foram possíveis porque pessoas comprometidas em servir a Cristo os sustentaram com suas ofertas e orações. Outros missionários precisam seguir e/ou continuar no campo, segundo a vontade de Deus. Viabilize este chamado. Participe do PAM – Programa de Adoção Missionária.
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Igreja Batista Monte Moriá: 17 anos de bênçãos de Deus
Celson de Paula Vargas, colaborador de OJB “Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação...” (Ap 3.10).
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á 17 anos tivemos a confirmação de Deus para nos organizarmos como Igreja, assumindo o compromisso de tornarmos uma agência de Seu Reino na terra, com a missão primeira de guardar a Sua Palavra, obedecê-la e preservá-la sem nenhuma restrição e, assim, priorizar sua proclamação através dos púlpitos da nossa Igreja e testemunho de cada crente que a constitui. Nossa forma de culto também permanece regida pela liturgia Batista de reverência e temor a Deus, com músicas e hinos sacros que, para glória de Deus, nunca foi causa de reclame em nossa comunidade e, sim, de apreciação. Temos sido cercados pelas bênçãos a serem revividas e celebradas com alegria e louvores ao nosso Deus: 133 pessoas batizadas; 345 pessoas decididas; participação
em todas as campanhas das Juntas de Missões (estaduais, nacionais e mundiais); fiel participação nos planos de sustentação financeira de nossas Convenções e Associação local; compra de um terreno complementar ao que já possuíamos; novo projeto para o templo; regularização de toda documentação da Igreja; indicação e sustentação para a formação de quatro seminaristas, sendo dois em Teologia e dois em Música Sacra em nossos Seminários (Sul do Brasil e Sul Fluminense); em fase de conclusão da construção do novo templo, com
tudo quitado; preservação de nossa identidade bíblica, Batista; 17 anos de ministério do seu pastor. E isso nos dá total certeza de que estamos no caminho ou propósito de Deus para Sua Igreja, e nos renova as motivações de continuarmos, mesmo diante das naturais dificuldades deste mundo. Por tal razão, oferecemos três inspirativos cultos ao Senhor, nos dias 12 e 13 de setembro, nos quais tivemos um total envolvimento dos membros da Igreja, tanto em todas as preparações para o evento, como na recepção dos nossos
amigos convidados. Também a parte musical foi conduzida pelo nosso ministério de música com grupo de louvores, solistas e o grupo “Doce Harmonia” em sua participação no culto final. Tudo isso nos preparou para os momentos ápices de nossa celebração, as pregações da Palavra de Deus. Para este momento contamos com a presença do pastor Ivan Dias, diretor do Seminário Batista Sul Fluminense, que nos falou marcantemente da parte de Deus, três mensagens embasadas biblicamente no tema proposto por nós para esse tempo: “Perseverando em
Guardar a Palavra” (Ap 3.10). Falou-nos no primeiro dia sobre “As Características da Missão da Igreja” e, no segundo, “Lições na Vida de Jonas”, destacando as consequências de sua desobediência, mas também o agir soberano de Deus. Concluímos nossa celebração com delicioso e já tradicional bolo da Monte Moriá, preparado pelo nosso dedicado e eficiente ministério da cozinha. Ao Senhor toda honra e glória pelas muitas bênçãos a nós concedidas em nossos 17 anos de organização.
Campo missionário Batista em Caetés - PE: Há 5 anos cumprindo a Missão João Batista Januário Santos, pastor e missionário da Primeira Igreja Batista em Caetés - PE
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oi realizado nos dias 11 e 12 de junho de 2015, no templo da Primeira Igreja Batista em Caetés – PE, celebrações ao Deus Eterno pelos cinco anos de organização da mesma. Na oportunidade, o pastor Jorge Figueiredo trouxe uma reflexão com base no tema “Uma Igreja Contagiante”. Registramos nossa gratidão a Deus, aos obreiros presentes, as Igrejas coirmãs do agreste meridional, ao grupo de louvor da Primeira Igreja Batista em Cajueiro, em Recife, e aos representantes das Igrejas Assembleia de Deus e Presbiteriana Reformada do Brasil, assim como a todos os que estiveram conosco neste momento de alegria perene por mais um ano de existência desta comunidade de fé na Pessoa do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A Primeira Igreja Batista em Caetés é um campo
missionário, localizada no extremo agreste de Pernambuco, há 249 Km de Recife. Sua organização eclesiástica aconteceu no mês de junho de 2010, tendo como missionária pioneira Rute da Silva Andrade, na condição de Congregação. Este campo foi fruto de uma conjugação do esforço missionário das Igrejas Batistas Primeira Igreja Batista de Cajueiro, Primeira Igreja Batista de Água Fria e Sião Água Fria, todas localizadas na capital do estado. A Igreja mãe, Primeira Igreja
Batista de Cajueiro, não tem medido esforços para a manutenção deste campo, que também conta com o apoio da Igreja Batista da Concórdia, através dos seus pastores Miquéias da Paz Barreto e Gileade Florêncio. Atualmente, o campo missionário conta com 26 membros e 10 congregados. É pastoreado pela família missionária, pastor João Batista Januário dos Santos, sua esposa, professora Simone Santos, e seus filhos Emily Santos e Davi Santos. Louvamos a
Deus pela vida de cada membro e congregado desta Igreja, os quais têm participado ativamente da vida denominacional através da oração, reunião associacionais, congressos da juventude local, do plano cooperativo e das ofertas missionárias destinadas à Convenção Batista de Pernambuco. Muitos desafios têm sido superados por este campo missionário, mas há muito ainda o que fazer. Neste período de dois anos de ministério missiológico foi construída a primeira fachada da Igreja com recursos próprios; fizemos a aquisição de bens eletrônicos para auxílio da realização das celebrações dominicais; reformamos as salas; temos nos dedicado a uma importante organização da parte jurídica da Igreja; realizamos treinamentos nas áreas da música, evangelização, discipulado e homilética; apoiamos o projeto social “Mãe Coruja” - que atende adolescentes grávidas e mães carentes do município; realizamos 10 batismos, acolhemos e acompanhamos
os novos congregados, dentre outras coisas. Por tudo, só temos o que agradecer a Deus pelas bênçãos, pela direção e pelos desafios dados a este campo missionário, que vive na busca da maturidade cristã e na perspectiva de superar suas limitações através do testemunho de cada servo do Senhor aqui na cidade de Caetés, onde se percebe, pela misericórdia de Deus, os efeitos de uma fé dinâmica e um amor genuíno por cada caeteense que ainda não tem um compromisso pessoal com Jesus Cristo, Senhor absoluto desta obra a qual é realizada sob o poder do Espírito Santo, na instrumentalidade de homens, mulheres, jovens e crianças. Nos regozijamos no Senhor pela cooperação e a atuação dos pares da diretoria da Igreja: Edson Ramiro da Silva, Regileide Azevedo Santos, Elisângela Rodrigues da Silva, Rayane Azevedo Santos, Maria da Penha Pacheco e Luiz Marques e aos demais que constituem este crescente campo de ação missionária.
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ponto de vista
Aposentadoria: só Deus nesta causa! Paulo Francis Jr., colaborador de OJB
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s vídeocassetadas são uma espécie de febre entre os telespectadores de TV; quase todos gostam. Com a tremenda multiplicação de aparelhos de comunicação, principalmente de smartphones, cada vez mais vemos esse tipo de coisa por aí pela facilidade com câmeras fotográficas e filmagens. No programa “Domingão do Faustão”, há algum tempo atrás, uma idosa aparecia em queda livre, pulando de paraquedas. De braços abertos, atrelada ao instrutor, curtia a descida como uma adolescente faceira de primeira viagem. Em dado momento, sua dentadura foi arrancada violentamente de sua boca pelo vento e se perdeu no “espaço” (Risos). Também em queda livre em salários, aposentadorias e benefícios, a população “mais experiente” do país tem levado uma rasteira seguida da outra. Quedas! Um tombo atrás do outro. Segundo o governo, é necessária a recriação da CPMF para que se mantenha o pa-
gamento dos idosos nos próximos anos. Em uma espécie de sentimentalismo barato, quem administra hoje usa da mesma artimanha que outros usaram em um passado recente para justificar que o dinheiro arrecadado com esse imposto seria direcionado exclusivamente para a saúde. E todos sabem no que deu essa história: O povo foi traído. Sem credibilidade nenhuma, a presidente Dilma encabeça a nova luta pela volta deste famigerado imposto. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entrou entusiasmado neste governo e, agora, está completamente abatido, desanimado. Demonstra visíveis sinais de que poderá jogar a toalha a qualquer momento. Talvez perdure até a votação do projeto no Congresso Nacional. É possível que fique apenas se ocorrer o sinal verde de deputados e senadores. Caso contrário, acabou. Há alguns anos fiz um texto cujo tema era: “A aposentadoria é uma cruzinha”. Falava da maneira como a Previdência Social era administrada, quase sempre por curiosos apadrinhados políticos que nada enten-
diam na área. Ouvia-se também que este país jamais quebraria, ainda que nele houvesse tantos ladrões e centenas de roubos. O povo desta Nação escolheu seus representantes sem orar. Sem clamar a Deus pelos melhores, pelos verdadeiros cristãos. Assim, a corrupção se espalhou como uma metástase, desenganando o mais otimista dos cidadãos. Não há mais “Velhinhas de Taubaté” por ai. Só quem acredita no governo é quem está no governo, quem recebe do poder, quem “desconhece” os próprios companheiros de sigla partidária e insiste em enganar-se a si mesmo. Aqui, em Venceslau, e talvez no Brasil todo, tem muita gente se portando assim, infelizmente. Fala-se de boas intenções, mas se esquece que o inferno é uma realidade. Foram iludidos com pedaladas fiscais “de araque” da Dilma. Vivem como ébrios, acreditam no que eles próprios inventam. Nos pedem para respeitar os governantes, mas ninguém que está no comando da Nação parece honrar o povo que conduz. Temo que o futuro será de
muito sofrimento para nós e, principalmente, para os idosos. Abestalhado, o governo quis a realização da inoportuna Copa, e quer a Olimpíada. Esbanjou dinheiro e, agora, quer que o povo passe fome, desde que trabalhe. De acordo com reportagem do Portal G1, “Os gastos com a Previdência Social estão estimados em R$ 491 bilhões, para 2016, enquanto as despesas com pessoal chegam a R$ 252,6 bilhões. Ou seja, um total de R$ 743,6 bilhões”. Recordei-me de que outro dia fui questionado por um idoso se haveria possibilidade de o aposentado ficar sem o seu salário mensal. Entendo que não, já que isso derrubaria o governo imediatamente. Não há como deixar de atender anciãos que, em sua maioria, por certo, já pelejam com extrema dificuldade. A opinião pública mundial e os Direitos Humanos massacrariam o governo brasileiro. A Bíblia avisa no Livro de Salmos, que “Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus” (Sl 71.18a). Temos que clamar ao Senhor em nossas ora-
ções para que Deus levante alguém ou para que levante uns 300 cidadãos de bem e com coragem, assim como fez com Gideão, para consertar tudo que está errado no Brasil. Porém, faço um alerta àqueles que forem se aposentar de agora em diante, pois correm um sério risco de serem bonificados com um lanche para almoço e um lanche para o jantar, nada mais. Nem dinheiro para cuidar da saúde haverá. Parte deste projeto já está em andamento com as tais farmácias populares com a insistente distribuição “gratuita” de remédios. Não existe nada de graça, alguém paga caro por isso. Adivinha quem?! Mas, não se desespere, cidadão de bem desta Nação. Não se preocupe você que está em vias de aposentar nos próximos anos. Agora está muito, mas muito mais fácil conseguir o merecido descanso remunerado. Depois de décadas e décadas de suada contribuição é só comparecer aos postos da Previdência Social com todos os seus documentos. Se você tiver 80, 90 anos de idade e estiver acompanhado de seu pai e de sua mãe, recebe o benefício na hora.
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ponto de vista
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Evangélicas e a violência doméstica em lares cristãos Gilberto Garcia, mestre em Direito, colaborador de OJB
É
altamente expressivo o número de mulheres evangélicas que declaram ser agredidas: física, psicológica, sexual e patrimonialmente; e quem diz isso são as ONGs que prestam auxílio direto as irmãs agredidas, atuando na Defesa de Mulheres Vitimas de Violência Doméstica. Em uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, realizada junto a mulheres religiosas agredidas, é compartilhado: “(...) Não esperávamos encontrar, no nosso campo de pesquisa, quase 40% das atendidas declarando-se evangélicas (...)”. E, prossegue: “(...) A violência do agressor é combatida pelo ‘poder’ da oração. As ‘fraquezas’ de seus maridos são entendidas como ‘investidas do demônio’, então a denúncia de seus companheiros agressores as leva a sentir culpa por, no seu modo de entender, estarem traindo seu
pastor, sua Igreja e o próprio Deus (...)”. Concluindo: “(...) Logo o que era um dever, o da denúncia para fazer uso de seu direito de não sofrer violência, passa a ser entendido como uma fraqueza, ou falta de fé na provisão e promessa divina de conversão-transformação de seu cônjuge (...)”. A Lei Maria da Penha (11.340/06), à qual visa: “(...) Coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher (...)”, contendo penalizações, e, descrevendo os “ambientes” onde ocorre agressão: “(...) No âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas (...)”. Destacando-se: “(...) No âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; em qualquer relação íntima de afeto,
na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independente de coabitação (...)”, seja namorada, noiva, companheira, esposa, etc; especialmente a mais combatida, que é: “(...) A violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal. (...)”. Enumera, também, outras condutas criminosas, tais como: “(...) A violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação (...)”.
E, ainda, “(...) A violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação, ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos (...)”. Como também, “(...) A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria (...)”.
A ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu um programa denominado Rede de Homens Líderes, que se comprometem a trabalhar mundialmente pela eliminação da violência contra mulheres e meninas, seja educando meninos não violentos, seja conscientizando outros homens para que não compactuem com a violência, seja denunciando homens violentos, seja instrumentalizando meninas e mulheres para que não se acomodem a violência doméstica; e no caso das evangélicas é vital que as Igrejas promovam campanhas, à luz de I Pedro 3.7. É plano de Deus que mulheres cristãs testemunhem a prática do amor ao próximo mais próximo, que são os cônjuges no âmbito do lar evangélico, exercitando o desafio da edificação de famílias que sejam testemunho de vida em comunhão, em uma contribuição para a construção de uma sociedade saudável, mercê da Graça do Senhor.