OJB Edição 41 - Ano 2016

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 09/10/16

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Ano CXV Edição 41 Domingo, 09.10.2016 R$ 3,20

Fundado em 1901

Foto: Jacqueline Matos, de Moçambique

A simplicidade das crianças é o que mais se aproxima do amor de Deus Segundo domingo de outubro: Dia da Criança Batista Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Missionários são homenageados por 30 anos de parceria com a PIB em Campo Grande - RJ

DENAER reúne líderes de sete estados para Fórum de debates; saiba mais!

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Notícias do Brasil Batista

Missões Mundiais

Crianças da PIB em Cachoeiro de Itapemirim - ES se envolvem com Missões Nacionais

União Batista Latino-Americana celebra culto de aniversário

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

Poesia escrita por um dos nossos colaboradores * Crianças abandonadas; largadas ao relento Todas molhadas; na chuva; no vento Perdidas, deixadas à própria sorte Despreparadas para a sua morte Com frio, dormindo sob marquises Perdendo na vida oportunidades Nesta cidade e por todo mundo... Nasceram tão puras, imaculadas Despreparadas para tais sofrimentos Mas, infelizmente, eu digo, lamento Melhor seria não terem nascido... Guerras, conflitos, muitas porfias Muita inveja, melancolias Hipocrisias e falsidades Idolatria, muitas maldades Falta de amor entre os homens na terra... II Socorro meu Deus, escute meu grito Que espero varar e voar no infinito E vá encontrar Teus ouvidos, Senhor Para entender como ando aflito Preocupado com nossas crianças A esperança de toda Nação... Jesus foi criança; andava no templo Nasceu tão pobre e muito humilde Mas nunca dormiu pelas ruas, ao relento... Viveu com doutores; com mestres da lei Cresceu em estatura e sabedoria Em conhecimento; foi admirado

Crianças de Deus; herdeiras do céu! Serviu de exemplo para todas crianças Era diferente; era o filho de Deus... III Ninguém vai entrar no reino dos céus Se não tornar-se qual essas crianças Disse Jesus uma vez, explicando Que lá no céu nunca entra pecado Porque lá em cima é solo sagrado É lugar daqueles de novo nascidos Lavado pelo sangue do Senhor Jesus Que levou todos eles consigo na cruz IV Olhem para elas; estão precisando Da nossa ajuda; escutar nossa voz As ensinando como andar no caminho Por onde Jesus caminhou nos mostrando Como achar o caminho de luz Que vai: nos levar ao seu reino dos céus Para que não venham tornar-se sementes do mal E não serem mais vistas como crianças de Deus Ensinem a elas como andar com Jesus Para que nunca venham dizer na velhice Passei pela vida sem contentamento Ela foi pautada só por sofrimentos Porque não me falaram - de Cristo! * D’Israel (Israel Pinto da Silva), membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, colaborador de OJB


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

Vida de criança “Lembrança, quantas lembranças dos tempos que já lá vão! Minha vida de criança, minha bolha de sabão! Infância, que sorte cega, que ventania cruel, que enxurrada te carrega, meu barquinho de papel!” (Versos do poema “Coração”, de Guilherme de Almeida).

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h! Os bons tempos de criança. Tempos que não voltam, pois a vida, teimosa, deixa tudo no passado. Pretérito que traz à memória a bolha de sabão, a enxurrada a levar os barquinhos de papel, a roupa molhada pelos últimos pingos de chuva e a insistência em fazer

apenas mais um barquinho. O último a levar os sonhos de um futuro feliz. Harmonia perfeita entre a infância que sorri e o presente que não questiona, sem medo. O tempo passa e hoje não temos mais bolhas de sabão. As enxurradas estão contaminadas com os detritos que entulham as ruas. As crianças não sabem mais construir barquinhos de papel. Caso os construam, não sabem como utilizá-los nas brincadeiras inocentes do mundo infantil. Com seus tablets, smartphones e todos os recursos oferecidos pela louca vida moderna, crianças aprendem a guerrear uma guerra virtual

onde não há vencedores, nem vencidos. Destroem e são destruídas por inimigos invisíveis. Uma luta contra monstros fictícios; a mover apenas os polegares, enquanto a mente se atrofia e armazena cenas de horrores, que jamais oferecerão flores ao futuro. Sentadas, imóveis, com os olhos fitos na telinha, a morder a língua, a criança de hoje não sabe o que é ser criança e viver como tal. A sociedade de horror e violência tem roubado das crianças toda a pureza e sonhos do mundo infantil. Imobilizadas por aparelhos eletrônicos, apegadas aos celulares, sem orientação

dos pais quanto ao tempo disponível para usá-los, as crianças dormem, quando dormem, e acordam sem condições de respirar o ar puro do amanhecer. Ao usar as crianças, construímos um mundo robotizado, sem dar aos pequeninos o direito de pensar. Difícil imaginar como serão tais crianças daqui a 30 anos. Terão cérebros? Terão reações? Saberão amar? Ou se extinguirão na busca do vazio? Satanás tem investido todos os recursos disponíveis para destruir os encantos do mundo infantil. Durante seu ministério terreno, Jesus parou para abraçar e abençoar crianças que corriam para

tocá-Lo. O Mestre ouviu o lamento das crianças que cantavam e tocavam flautas nas praças. Amou-as com especial carinho. Recomendou aos pais e a Igreja ver nas crianças o Reino dos Céus. Usou o lanche de um menino para abençoar milhares de pessoas. Desafiou seus seguidores a ser tornarem crianças, caso desejassem entrar em Seu reino. Pais e Igreja precisam ensinar as crianças a soprar bolhas de sabão e a construir barquinhos de papel. Isto é, descer a estatura de crianças para ser grande no Reino de Deus. Viver vida de criança, sem maldade e sofismas. Deixar que sejam crianças.

distribuído para as nossas crianças. Não me canso de repetir: se não cuidarmos das nossas crianças, a sociedade cuidará do jeito dela. É necessário investir tempo e oração na vida dos nossos pequeninos. Educar os filhos não deve ser visto como uma obrigação por parte dos pais. Devemos ver isso como um privilégio. Devemos ter alegria em poder ensinar algo de bom aos nossos filhos. Eles dependem de nós. Participe da vida dos seus filhos, interaja com eles.

Procure saber o que eles aprendem na escola, com quem andam na hora do intervalo. Seja ativo, presente. Não deixe que a sociedade, a TV, a internet, a cultura ou o governo tomem o seu lugar de educador na vida do seu filho. Muitos dizem que não têm tempo. Ora, se você não tiver tempo para investir na vida dos seus filhos, qual é então o sentido da sua vida? Se seus filhos não são prioridades para você, é melhor você rever a sua vida.

Educação dos filhos, uma questão extremamente preocupante Edson Landi, pastor, colaborador de OJB

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ecentemente, um grupo de fãs adolescentes iniciou uma campanha no intuito de que a Elsa, personagem do filme de animação musical “Frozen” tenha um par romântico. Até aí tudo bem. Contudo, o mais assustador é que a sugestão do grupo é que Elsa tenha uma namorada. Uma personagem de desenho infantil, cuja maioria de seu público é formada

por crianças de quatro a seis anos pode se tornar lésbica! E até a atriz Idina Menzel, dubladora de Elsa, apoia que a personagem ganhe uma namorada na sequência do filme. Ora, se as pessoas querem namorar outras pessoas do mesmo sexo, o problema é delas. Cada um faz o que bem entende da vida. Agora, o absurdo e o cúmulo da arrogância por parte dos militantes gays é achar que estão no direito de impor isso no entretenimento dâs nossas

crianças. E isso não fica somente na área do entretenimento norte-americano. Pois no Brasil, o Governo Federal, através do Ministério da Educação, lançou uma campanha chamada “Brasil contra a homofobia”. Até aí tudo bem. Todavia, essa campanha distribuiria cartilhas e vídeos com meninos e meninas exibindo seus órgãos genitais entre si. Figuras que representavam meninas de sete anos trocando beijos e carícias. Graças a Deus, esse material não foi


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Crianças devem amadurecer

Criança tem cada uma... Rogério Araújo (Rofa), escritor, jornalista, colaborador de OJB

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esmo as pessoas mais sérias podem se derreter com uma criança e suas tiradas para lá de espontâneas e surpreendentes. O que chega a ser preocupante é quando ela fala algo que certamente ouviu em algum lugar e repete como se fosse um papagaio, sem ter noção do motivo do que disse. A criança é exposta à TV ou fica navegando pela internet, e ali encontra coisas sujas e perversas que atraem

e podem ter um impacto maléfico muito grande em seu interior e em sua formação. A criança possui inúmeras fases em sua vida e a primeira delas é uma das que mais mexem com todo o seu viver. Os pais não podem deixar que uma “babá eletrônica” chamada televisão e nem um “bercinho” que faz balançar pelas redes como a internet digam e ensinem o que querem. A expressão dita por muitos: “Criança tem cada uma...” é uma realidade, porém, nada que é falado acontece por acaso. É uma repetição do que se aprendeu ou ouviu. Daí a razão

de xingar, brigar e agir com violência. Não é isso e muito mais que existe neste mundo e cada vez mais? “Não sabe de nada... inocente!”. Esta é a criança. E olha que hoje em dia com a tecnologia tudo pode até mudar, pois pode-se aprender de tudo e mais um pouco. Os pais e os professores exercem papel fundamental na vida e boa formação das crianças para a vida. Não deixem que elas “naveguem” por onde o vento as levar. Controle-as enquanto é tempo e estarão seguras para o resto de seus dias com a devida proteção de Deus, é claro!

“Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Co 13.11)

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o nos revelar um dos resultados espirituais do amor divino em nós, Paulo focaliza a graça do crescimento em Cristo – o Amor de Deus encarnado. Foi assim que ele nos revelou: “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino.” (I Co 13.11). Ser cristão é um ato e um processo. Começa como uma decisão e continua como um crescimento de comunhão. Aceitamos a Cristo somente quando decidimos que

os nossos deuses pessoais nunca nos forneceram mais do que o cultivo do medo. As vivências ditas religiosas que a imaturidade humana produz, não passam de meros mantras, que somente repetem e nada produzem. Mantras humanos alimentam imaturidade espiritual. Eles bloqueiam a evolução das necessidades humanas, que são o fruto natural das nossas transformações etárias. Perguntas de adultos devem ser mais complexas e sofisticadas do que as perguntas infantis. Ser discípulo de Cristo implica constantes mudanças, na maneira de sentir, no modo de entender o perdão, no jeito de pecar e na postura de se arrepender e crescer na graça divina. Ninguém pode viver como cristão adulto se, no evoluir da sua jornada terrena, continua agarrado “às coisas de menino”.

“Você é meu diário” Wanderson Miranda de Almeida, colaborador de OJB

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ra uma tarde de quarta-feira, eu estava na sala de aula com minha turminha, quando uma aluna se aproximou e disse: “Tio, ME passou mal ontem. Teve dor de cabeça, chorou mas disse que o problema não era só a dor

de cabeça”. Na terça, outra professora havia ficado com minha turma. Depois de ter recebido essa informação, fiquei olhando para ME. Ela é uma menina doce, delicada, bonita, inteligente e muito educada. Sinceramente, gostaria de mais alunas assim. O tempo passou e, logo depois do recreio, resolvi conversar com ela. Chamei-a

e perguntei sobre o que havia acontecido com ela no dia anterior. Ela se abriu completamente, contou sobre a dor de cabeça e, para minha surpresa, falou sobre as dificuldades financeiras pelas quais sua família estava passando. Eu não podia imaginar que aquela menina estivesse com tantos problemas. No fim da nossa conversa, coloquei-me à disposição

dela, disse que ela podia contar comigo sempre para conversar ou para o que precisasse, dei um beijo e um abraço nela, ela me agradeceu e disse uma frase que eu nunca tinha ouvido até aquele momento: “Tio, você é meu diário!”. Isso mexeu comigo, confesso. Fiquei com vontade de chorar e rir ao mesmo tempo. Foi uma mistura de sentimentos, algo muito bom!

As pessoas precisam de diários (pessoas com quem possam se abrir e compartilhar seus problemas e tudo o que quiserem). Nossa saúde emocional depende disso. Deus criou o homem para viver em sociedade: “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2.18). Ele sabe o que faz. Seja um diário para alguém! Eu já sou.


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Filhos no altar Izaquiel Rosa de Moraes, pastor da Primeira Igreja Batista em Engenho Pequeno, São Gonçalo - RJ “E aconteceu depois destas coisas que tentou Deus a Abraão, e disse-lhe: Abraão! E ele disse: eis-me aqui. E, disse: Toma agora e teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai- te a terra de Moriá e oferece- o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi.” (Gn 22.1-2)

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uero tomar de forma um tanto alegórica este episódio e não ver

totalmente pelo lado literal, como se Abraão fosse apenas sacrificar o filho como se sacrifica um animal, o que era a forma de oferecer um culto a Deus. Muito embora esteja presente esta ideia de sacrificar o filho como se sacrificava um cordeiro, o degolando, no sangue derramado sobre o altar e posto fogo, vejo a fé, obediência, submissão e total dependência de Deus em sua vida. Quero ver, neste relato, um crente oferecendo a Deus algo precioso que exista em sua vida. Quero também ver um pai oferecer seu filho a Deus para um ato solene de culto.

Esta figura me mostra um modelo de culto que Deus estabelecia para que uma família fosse abençoada e, como tal, ser referência perpétua para o povo de Deus em todos os tempos. Havia este tipo de culto, no lado pagão, quando uma divindade, chamada Moloque, era aquecida com fogo e quando seus braços estavam encandecidos, seus adoradores punham seus filhos recém-nascidos sobre seus braços e os ofereciam em sacrifícios em um culto de profunda ignorância. Vejo este culto maldito hoje, quando pais levam seus filhos em tenra idade para os lugares

profanos, são ensaiados para as exibições na mídia em busca de fama, que nada mais é se não praticas mundanas por não serem tementes a Deus. Este é o altar da maldição (…). Voltando a Abraão, vejo o desafio de criar nossos filhos na presença de Deus, oferecê-los a Ele e, de contínuo, colocá-los no Altar do Senhor. Além de levá-los aos cultos para cultuarem conosco, termos por prática, colocá-los todos os dias no altar da oração, do amor, carinho, mansidão, compreensão, apoio, boa disciplina, companheirismo, diálogo, perdão, leitura da Palavra

de Deus e ter coragem de oferece -los ao Senhor, como Abraão fez. Por este motivo, Deus o livrou da morte. Quando nossos filhos e coisas em geral não são dedicados a Deus, elas certamente estão sujeitas a desaparecer das nossas mãos. Poderia estender-me à história de Abraão, desdobrando a vida de Isaque e os demais filhos que não foram postos no altar. Poderia citar Ana e Samuel, João o Batista e mais alguns. Contudo, me limito a essas citações, e o pequeno desdobramento de Abraão e Isaque, com o propósito de ser proveitoso para a vida do povo de Deus.

sistir” (Mr. 3.25), disse o próprio Jesus. Seus membros devem caminhar sempre em um único propósito e em um só pensamento, de acordo com a vontade de Deus. Quando existe dentro do lar opiniões divididas por parte dos pais, poderá surgir conflitos que podem perdurar até a idade adulta e serem transferidos para famílias futuras. A família mencionada se desenvolveu como casa dividida e foram marcadas por desrespeito, sentimentos facciosos, competitividade, rivalidade e separação. Os remédios bíblicos, para a cura de uma família nesse aspecto são: amor de forma moderada (I Coríntios 13. Ip. 4.8b), a união que nos unge (Salmos 113) e o perdão que

cicatriza as mágoas em todos os aspectos (Êxodo 20.12; Provérbios 15.33; Romanos 12.10). Essas recomendações bíblicas devem marcar as famílias que desejam ser saudáveis. Famílias saudáveis executam a Disciplina e a Justiça de Deus. O pai, ao disciplinar o filho, não deve ser movido por ira, impaciência, ou caprichos pessoais. Longe de ser desamor, é remédio usado pelo próprio Deus: “Eu repreendo e castigo a todos quanto amo” (Ap 3.19). Disciplina é prova de amor (Provérbios 13.24; 22.15; 29.15), é remédio para a alma. A falta de disciplina dentro do lar gera filhos que também não compreenderão bem os limites da sociedade.

Uma família saudável Carlos Montani, pastor da Terceira Igreja Batista de Umuarama - PR

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lar deve ser sempre um ambiente onde encontramos: paz, harmonia, alegria e felicidade. Nosso lar é, sem sombra de dúvida, o nosso porto seguro. A família, sendo a célula mater da sociedade, deve estar sempre em perfeitas condições para se reproduzirem de forma saudável os seus filhos, para que seja elemento útil em nossa sociedade. A Palavra de Deus diz que os filhos são benção do Senhor para os pais, mas, e para a sociedade, o que estamos formando? Para que um

filho seja benção do Senhor no mundo atual, ele deve ser instruído de acordo com as Escrituras Sagradas. “Instrui o menino no caminho em que deve andar e, ainda sendo velho não se desviará dele” (Pv 22.6). Para os nossos filhos serem benção, eles precisam ver em nós o exemplo que estamos transmitindo. A Bíblia diz que nós, seres humanos, somos o espelho que reflete a imagem do Senhor. Será que verdadeiramente eles veem isto em nós? Qual o legado que estamos deixando? Será que eles nos têm como um modelo a ser seguido? Ao pensar nas palavras para compor este artigo, me vem na lembrança a história da família de um grande pa-

triarca, Isaque. Uma família formada entre opiniões divididas. Isaque, já velho, sem a visão suficiente para distinguir entre um filho e outro, com a ajuda da própria esposa foi enganado dentro de sua própria casa. Acabou abençoando a Jacó com a benção da primogenitura que pertencia ao seu primogênito, Esaú. Dentro de um lar, não deve haver prioridade por um determinado filho, ambos devem ser tratados de forma parcial, para que não aconteça o que aconteceu com a família de Isaque, que passou a se odiar por muitos anos (Gênesis 27.41). A família saudável busca viver em união. “Se uma casa se dividir contra si mesma, tal casa não poderá sub-


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Pokémon Go Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

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okémon é a contração de duas palavras em inglês: pocket, que significa bolso; e monster, que significa monstro. Assim, um Pokémon é um “monstro de bolso”, uma criatura fictícia popular em videogames e desenhos. O fenômeno Pokémon começou como um jogo de videogame, criado por Satoshi Tajiri, em 1996. Mais tarde, o jogo foi adaptado para desenhos anime e filmes. Originalmente, na primeira geração, foram apresentadas 151 espécies diferentes de pokémons. Atualmente, no entanto, já foram revelados 720 pokémons, cada um com características distintas. É um jogo de realidade au-

mentada para smartphones com sistema operacional iOS e Android. Utilizando a tecnologia do GPS e o uso da câmera do celular, os jogadores têm a possibilidade de capturar, batalhar e treinar os pokémons que vão aparecendo na tela do telefone, como se estivessem presentes no mundo real (realidade virtual). Para capturar os pokémons no jogo, o jogador deve atirar uma Pokébola na direção do “monstrinho”. Na tela do celular aparecem sinais, indicando os lugares destinados aos ginásios, PokéStops e outros. Por exemplo, o endereço da rua Professor Gabizo 31 aparece como um PokéStop. Alguns dos nossos jogadores já pegaram monstrinhos dentro da propriedade da Igreja. Ao ler e analisar o assunto, pude ler todo tipo de comen-

tário a favor e contra. Existem aqueles que associam o jogo a entidades demoníacas e pastores que proíbem de púlpito os jovens de jogarem Pokémon. Pensei foi no sucesso do jogo. Por quê? O jogo é um desafio que motiva o jogador a conquistar, desenvolver-se, superar desafios, desenvolver estratégias e dominar regiões. Vivemos em um mundo em que todo tipo de facilidade nos tira o desafio de conquistar. A vida está na ponta dos dedos com a possibilidade de abrir conta em bancos, comprar, vender, se relacionar e até evitar relacionamentos. O político serve para quebrar o galho do eleitor. As orações colocam Deus na parede para conceder toda bênção com o mínimo de esforço possível do crente. Sabemos que a salvação não

depende de esforço nosso, porque Jesus já realizou o sacrifício completo na cruz. Mas a santidade e o serviço no Reino requer conquistas diárias para nos aproximarmos de Deus. Jesus ensina que é preciso pegar a sua própria cruz que Jesus usou para morrer e segui-lo. Disse ainda que não é fácil segui-lo. É preciso fazer um cálculo minucioso, como alguém que se prepara para a guerra ou uma construção. Paulo disse que é responsabilidade do crente deixar Deus desenvolver a salvação, “com temor e tremor”, “de acordo com a boa vontade de Deus” (Filipenses 2.12-13). A Bíblia ainda ensina que é uma conquista sua buscar o modelo de vida que agrada a Deus (Romanos 12.1,2). Pedro foi mais enfático dizendo o crente não

deve “deixar a vida leva-lo”, mas empenhar-se em buscar a santidade de Deus para a vida pessoal (I Pedro 1.13-16). A plenitude da Salvação é uma conquista pessoal, e por isso Paulo exorta você a “prosseguir para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3.14). Paulo ainda afirma que o crente conquista uma coroa eterna com a disciplina de um verdadeiro atleta olímpico (I Cor 9.25,26). É preciso se livrar de tudo que o atrapalha e correr com perseverança a corrida proposta pra você em Cristo, olhando sempre pra Jesus, autor e consumador da sua fé (Hebreus 12.1,2). Então, fique firme na luta, porque a sua conquista será grande recompensada (I Coríntios 15.58)

Pokémon Go versus Sabedoria Joel Silva de Souza, membro da Igreja Batista Leão de Judá – Manaus/AM “Bem-aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento.” (Pv 3.13)

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aplicativo Pokemon Go tornou-se um fenômeno entre os fãs da tec-

nologia, por usar realidade aumentada e permitir que os usuários capturem os “monstros de bolso” durante um passeio pelas ruas. Porém, desde o seu lançamento, em todo o mundo houve notícias de pessoas que sofreram assaltos, atropelamentos, colisões de veículos e, inclusive, acidentes fatais envolvendo os caçadores de Pikachu - “monstro destruidor” em japonês.

A Bíblia orienta os filhos de Deus a dedicarem o tempo de suas vidas à procura ávida por algo mais precioso: sabedoria. Ao contrário da busca por monstrinhos, os caçadores de sabedoria encontram vida, “Riquezas, honras, prosperidade e justiça”, como descreve Provérbios 8.18. O primeiro lugar onde ela deve ser procurada é na presença de Deus, pois “O te-

mor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 1.7). As Escrituras ilustram que ela está “No alto dos morros, na beira da estrada, na entrada da cidade” gritando: “Sou mais preciosa do que as joias. Tudo o que você deseja não pode se comparar comigo” (Pv 8.2,3,11). Na internet se multiplicam tutoriais que fornecem instruções para quem inicia a caça-

da aos Pokemons ou deseja explorar ao máximo os recursos do aplicativo. O apóstolo Tiago orienta os cristãos que sentem falta de sabedoria que “Peçam a Deus, e Ele a dará porque é generoso e concede com bondade a todos” (Tg 1.5). Que a nossa energia e o nosso tempo sejam dedicados à busca incessante por sabedoria e conhecimento da vontade de Deus.


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missões nacionais

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Pastor Guenther Krieger e Wanda Krieger são homenageados pelos 30 anos de parceria missionária com a PIB de Campo Grande - RJ

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m dos mais antigos casais de missionários de Missões Nacionais, o pastor Guenther Carlos Krieger e a sua esposa, Wanda Krieger, foi homenageado no domingo, dia 25 de setembro, pela Primeira Igreja Batista de Campo Grande, no Rio de Janeiro. A Igreja celebra os 30 anos de parceria que mantém com os missionários da JMN, que há 57 anos atua entre os índios Xerentes, no Tocantins. Louvamos a Deus pelo trabalho precioso que o casal realizou ao longo desses anos. Além do cuidado espiritual, o casal instruiu os Xerentes

nas áreas da saúde e educação. Eles codificaram a língua Xerente para a escrita e criaram o dicionário da língua português-Xerente. Entre os trabalhos publicados por eles, constam: Primeira Cartilha Xerente de Alfabetização e Saúde (1960), Primeiro Hinário Xerente (1961), Evangelho Segundo São Marcos (1970), Livro sobre Higiene e Saúde (1972), Atos dos Apóstolos em Xerente (1978), Coletânea de Textos do Novo Testamento (1990), Dicionário Escolar Xerente/Português - Português/Xerente (1994) e o Novo Testamento em Xerente. “Hoje rendemos graças ao bom Deus por tão abençoado

ministério e por tamanha dedicação ao Reino de Deus”, declarou o pastor Carlos Elias de Sousa Santos, pastor presidente da PIB de Campo Grande - RJ. Pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, foi quem pregou nesta noite de festa. A mensagem foi direcionada àqueles que têm ouvido o chamado de Deus, mas têm resistido. “Quem dera existissem mais Krieger em nossa Nação. Não resista ao chamado de Deus! Ainda há muito para fazer pelo Brasil e você pode fazer parte desta obra”, declarou o pastor, que ressaltou a importância de parcerias como a firmada pela

Pastor Guenter e a esposa são homenageados na PIB de Campo Grande - RJ

Igreja de Campo Grande. “Essa Igreja é um exemplo. Louvado seja Deus pela vida dos irmãos, que há 30 anos têm sustentado esses missionários e muitos outros”. Assim como a PIB de Cam-

po Grande - RJ, temos experimentado o cuidado de muitas Igrejas na obra missionária. São parcerias preciosas como essas que nos levam a avançar na conquista da nossa Pátria para Cristo.

“Deus colocou esse projeto no meu caminho e mudou a minha história” “Fases para Cristo” avança na evangelização de menores infratores em Porto Alegre

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trabalho de evangelismo discipulador de Missões Nacionais, em parceria com Igrejas Batistas gaúchas, tem gerado muitos frutos. A missionária Adriana Abrão é a responsável pelo Projeto “Fases Para Cristo”, que tem impactado vidas nas instituições para menores infratores no Rio Grande do Sul. O projeto começou em 2011, na Fase - Fundação de Atendimento Socioeducativo, em Porto Alegre - RS, para menores em conflito com a lei. A missionária recebeu

Adolescentes assistem ao culto dentro de uma das unidades da Fase

um convite da direção, na época, que viu na mensagem do Evangelho uma esperança para aqueles meninos e meninas que estavam perdidos e sem rumo. O “Fases Para Cristo” tem como missão assegurar o retorno à sociedade, por isso,

é importante acompanhar, evangelizar e discipular esses adolescentes e jovens em conflito com a lei, tanto aqueles que ainda cumprem medidas socioeducativas, como aqueles que já estão egressos. Por meio de diversas atividades, eles têm

conhecido a Cristo e, através do evangelismo discipulador, assumem um compromisso pessoal com o Senhor e começam a apresentar mudanças no comportamento. Além dos internos, também são assistidos funcionários que são reunidos para atividades relacionais como café da manhã e cursos ministrados por pastores e líderes do projeto de evangelismo. O jovem Ismael Andrade, 19 anos, é um dos frutos desse trabalho. Ele foi apreendido aos 17, por tentativa de homicídio. Dentro da unidade

Senador Pasqualini, em Porto Alegre, Ismael conheceu o Projeto “Fase Para Cristo”. “Fui resgatado. Eles me proporcionaram uma nova vida com o Senhor”, conta Ismael que após cumprir sua medida socioeducativa, virou voluntário do Projeto. “Dou Graças ao Senhor, por ter tido essa oportunidade de mudar de vida. Deus colocou esse projeto no meu caminho e mudou a minha história”, conclui o rapaz que hoje trabalha na evangelização de jovens que, como ele, precisam de uma nova chance.


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notícias do brasil batista

Congresso da Associação Carioca reúne 750 Mensageiras do Rei

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ais de 750 meninas participaram do 40º Congresso das Mensageiras do Rei da Associação Carioca, no dia 17 de setembro. A Igreja Batista em Benfica, da Associação Sinai, presidida pelo Pr. Luciano de Souza Araújo, sediou o encontro que deu ênfase a Missões Nacionais e teve como tema “Mensageiras do Rei transformadas pelo poder do reino de Deus”.

Para Raquel Zarnotti dos Santos, representante da UFMBB, que foi a preletora do encontro, “compartilhar com as MR cariocas sobre o Reino de Deus foi uma grande alegria. Partindo da ideia de reino e realeza, falamos sobre o Rei do Reino – nosso Senhor Jesus Cristo, que abriu mão de sua glória e se fez homem para morrer na cruz por nós, para que tivéssemos a oportunidade

de fazer parte de uma linda família – a Família Real do Rei Jesus, cujos membros são identificados por uma Roupa Real – a de nova criatura em Cristo. Diante do que ouviram, muitas meninas ficaram em pé, respondendo ao chamado para uma vida totalmente entregue e transformada por Cristo. Oramos para que a semente plantada neste dia floresça para a glória de Deus”!

Acampamento Estadual Associação do Mato promovido pela UFMB-MS valoriza Grosso realiza a formação de futuras lideranças retiro para Mensageiras do Rei

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conteceu nos dias 2 a 4 de setembro no Acampamento Batista em Piraputanga (ACAMBAPI), mais um ACAMPAMENTO ESTADUAL PARA MENSAGEIRAS DO REI DA UFMB-MS. O acampamento aconteceu sob a liderança da Líder Estadual das MR, irmã Maria Regina S. Vargas, com o apoio da liderança da UFMB-MS e contou com a participação de 90 meninas, 20 líderes de organizações representando 11 igrejas batistas de quatro Associações (Norte, Sul, Centro e Pantanal) do Estado do MS. Um dos destaques do Acampamento foi a gincana de conhecimento bíblico, da Organização MR e do livro “A missionária que abriu caminhos”. Sendo o grupo vencedor o da Associação Sul. O outro destaque foi o Programa de Reconheci-

mento de Etapas, onde se formaram 20 MR na 1ª etapa, cinco MR na 2ª etapa, duas MR na 3ª etapa e três MR na

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ntre os dias 23 e 25 de setembro a Associação Centro, em Cuiabá, no Mato Grosso, impactou 86 meninas 4ª Etapa, estando assim aptas ao promover um retiro de capacitação e crescimento para continuarem a servir espiritual para as Mensageiras do Rei. O tema do ao Senhor na Organização encontro foi “De volta a inocência”. como futuras líderes.


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Educação Cristã: reflexões para este tempo

Para onde as crianças estão indo?

Lidia B. Pierott Moreira, cordenadora Nacional de Amigos

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m dos contos dos irmãos Grimm fala do Flautista de Hamelim, você conhece? Os irmãos Grimm ouviram esta história através do relato de uma camponesa, no início do século XIX e a história é assim: a cidade de Hamelim, na Alemanha,

foi infestada por ratos, eram tantos ratos que ninguém suportava mais e seus moradores não sabiam mais o que fazer para acabar com os ratos. Um dia, chegou à cidade um homem que disse ter a solução para o problema. Os moradores então prometeram que lhe dariam uma moeda pela cabeça de cada rato. O homem pegou sua flauta, começou a tocar e hipnotizou os ratos, afogando-os no rio. Quando reivindicou o pagamento pelo serviço, os moradores se recusaram a pagar. O flautista então tocou sua flauta novamente e dessa vez atraiu todas as crianças da cidade, que o seguiram. O flautista levou-as para tão longe, que nunca mais voltaram. Na cidade ficaram os habitantes avarentos, com seus celeiros

cheios, mas sob um imenso silêncio e tristeza. Este conto me faz pensar nas crianças de nossas cidades, muitas estão sendo seduzidas por músicas e ensinamentos que são contrários à Palavra de Deus, às vezes, a própria igreja seduz as crianças com entretenimento e ensinos que não têm edificado a vida delas. Para onde as crianças estão indo? Como Igreja de Jesus, precisamos conduzir as crianças ao caminho do céu. Elas precisam conhecer Jesus como Mestre e viverem de acordo com os seus ensinos e não de acordo com os ensinos do mundo. É preciso mostrar a cada uma delas o poder que Jesus tem por ser o Filho de Deus e o valor que Ele dá a todos, pois foi capaz de dar

No mês das crianças presenteie com a literatura certa!

a sua vida por amar a cada um de nós. A criança é uma pessoa que precisa de salvação, ela precisa que alguém a ensine que Jesus, o Filho de Deus, foi enviado ao mundo para tornar-se o Salvador de todo aquele que nEle crê. Ela deve aprender que amigo tão especial como Jesus não existe! Ele é incomparável, por isso é muito bom viver com Ele. Nós precisamos ser modelos para a vida da criança. Em nosso viver diário devemos refletir a beleza de Cristo para que elas sintam o desejo de serem iguais a Jesus. O ensino das verdades bíblicas deve ser diário, constante, tanto a família como a Igreja tem a responsabilidade dada por Deus de transmitir os Seus ensinos e ensiná-las o caminho

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do céu. Quantos ensinos bíblicos a família pode dar ao realizar o culto doméstico! Mesmo que este não aconteça com todos os membros presentes, é importante que diariamente os pais orem com as crianças e compartilhem com elas as histórias da Bíblia. Eu e você, que formamos a igreja de Jesus, precisamos agir rápido, pois senão corremos o risco de perder as crianças para sempre e se isto ocorrer ficaremos iguais aos moradores de Hamelim, em silêncio e cheios de tristeza. É melhor semearmos a boa semente em seus corações para “voltarmos cantando, cheios de alegria, trazendo nos braços os feixes da colheita” (Salmos 126.6), tendo a certeza de que as crianças estão indo para o céu.

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notícias do brasil batista

Departamento Nacional de Embaixadores do Rei realiza Fórum de Debates Coletivo Hatton

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os dias 02 a 04 de setembro, o Departamento Nacional de Embaixadores do Rei promoveu no Rio de Janeiro o V Fórum de Conselheiros de Embaixadores do Rei nas dependências do Seminário Batista do Sul do Brasil, localizado no bairro Tijuca, no Rio de Janeiro. O evento contou com a presença de pelo menos 70 líderes de 7 estados representados (Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Paraná). Os temas foram espalhados em 15 plenárias. Em três dias de trabalho intenso, os participantes puderam expor e debater os temas pré-estabelecidos em seleção pública. A maioria dos temas abordados era de teor pacífico e poucos foram os temas em que o plenário ficou dividido, sendo necessário realizar votação para a tomada de decisão. Dentro dos temas debatidos, podemos destacar a proposta de reformulação do formato pedagógico da Organização Embaixadores do Rei, baseada no trabalho dos postos. A proposta basicamente prevê a diminuição da quantidade de manuais e de postos. O Conselheiro Lucas

Mourão Tavares, membro da Primeira Igreja Batista em São Gonçalo (Fluminense), autor da proposta, apresentou resultados de uma pesquisa de cinco anos realizada com líderes de vários estados. Esta pesquisa detalhou uma realidade de insucesso: as Embaixadas não conseguem levar seus ERs até os postos superiores. A estimativa é de que cerca de apenas 6% dos entrevistados conseguem ter um ER chegando ao posto de Embaixador Emérito em sua embaixada. Sabatinado após a apresentação sobre como ficariam os conteúdos dos postos, Lucas respondeu que “A proposta de diminuição de manuais e postos não significará a diminuição de conteúdo aplicado. Os temas dos 7 manuais serão separados por eixos e redistribuídos nos 4 novos manuais”. A proposta visa sanar um problema para as embaixadas: o gerenciamento de muitas “turmas” de postos para poucos conselheiros. Um ponto importante também solicitado pelo plenário é que as propostas e atividades sejam práticas. Além disso, há a oportunidade de aproveitar o momento para realizar uma revisão de linguagem textual, mesclando conteúdos convergentes e

retirando alguns tópicos que estão em desuso. Outra proposta apresentada por Lucas foi a unificação do currículo do Curso de Conselheiros, a qual seria feita através de um programa nacional de Curso de Conselheiros de ER desenvolvido pelo DENAER. A ideia é ter um currículo nacional e um controle quantitativo e qualitativo da formação de liderança ER. Ao que parece, a questão da Carteira de validade Nacional do ER também está com sua regulamentação garantida. Os DCER Carioca, Mineiro e Paulista foram ao fórum dispostos a encontrar uma solução para a questão, já que os mesmos emitem carteiras e querem ter a sua validade garantida em todo território nacional. O tema foi debatido no momento em que o DENAER apresentava um Sistema de

Gerenciamento Operacional (SGO), o qual contará com um cadastro único nacional. Uma proposta conciliatória, que dispensou até votação, foi a de que os DCER poderão emitir a carteirinha, que terão validade nacional, mas terão que ter um modelo único com o DENAER. O prazo para que haja essa reestruturação com o propósito de unificação é janeiro de 2018. A partir desta data, somente a nova carteira de ER nacional terá validade. Enquanto comissão gestora do DENAER, os conselheiros de ER Igor Andrade e Fabiano Lessa também apresentaram o edital que regulamentará a escolha de sedes de ONIER e ERER. O edital tratará de questões técnicas e operacionais para aqueles DCERs que querem sediar um dos eventos. A ideia é usar os critérios do edital como parâmetro

para tornar o DCER elegível ou não ao pleito. No decorrer do fórum, outros temas também foram debatidos: um novo hinário, proposta de definição de atuação estrutural da organização na denominação (DAER, DCER, DENAER), além de comercialização de produtos ERs. Também esteve presente o pastor Felipe Oliveira, que apresentou ao plenário os desafios da Campanha “Sempre Embaixador”, com o apoio do irmão Raphael Sobrinho. Tal campanha visa a recuperação do Sítio do Sossego, interditado há um ano. A expectativa é que ele seja aberto até janeiro, quando será realizado o ANVER (Acampamento Nacional). A Campanha teve palavra de apoio e reforço do executivo da Convenção Batista Brasileira, pastor Sócrates Oliveira de Souza, que prestigiou o evento, além de anunciar o lançamento da Bíblia do Embaixador do Rei, especialmente feita e toda personalizada para a Organização ER. Conheça a campanha de recuperação do Sítio do Sossego: www.sempreembaixador. com.br Site do ANVER: www.anverss.com

Crianças e missões em Cachoeiro de Itapemirim - ES

Sônia Mara Costa dos Santos Soares, ministra de Ensino da Primeira Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim - ES

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Primeira Igreja Batista de Cachoeiro de Itapemirim - ES abraçou com muito entusiasmo a campanha de Missões Nacionais “É tempo de avançar...Multiplicando o Amor de Deus”. É com esse entusiasmo que o Ministério de Ensino promove desde setembro e parte deste mês outubro o zelo por missões. Em setembro, realizamos os programas que

Junior representando Neemias, falando da importância de espalhar a Palavra de Deus

foram propostos pela Junta de Missões, com boa aceitação por parte das crianças Tem sido gratificante para nós, professores, ver o interesse e envolvimento das crianças através do compro-

misso de oração pelos missionários, de contribuição, e atitudes práticas que demonstram amor ao próximo. Os roteiros permitiram com que os professores pudessem contextualizar as histórias bí-

Crianças de uma das turmas com os cartões de oração, com os pedidos orientado pela Junta de Missões

blicas com o momento atual que vivemos, e percebemos que, de fato, as crianças não estão alheias a esse cenário tão difícil que a nossa Nação vive. Nós cremos que as crianças

têm entendido que a maior carência que uma pessoa pode ter é a carência do amor de Deus, e entendido também que elas são responsáveis em cumprir a missão que Jesus nos deixou.


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missões mundiais

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Doe Esperança à geração perdida Marcia Pinheiro – Redação de forçadas a deixar suas casas em razão da guerra ou de perseguiMissões Mundiais ções – passa de 65 milhões em ntramos na quinta edi- todo o mundo, segundo dados ção da Campanha “Doe divulgados em junho deste ano Esperança” com um de- pela Agência das Nações Unidas safio ainda maior: res- para Refugiados (Acnur). Trata-se gatar a infância de crianças re- da maior crise de refugiados e fugiadas, a chamada “geração migração desde a Segunda Guerperdida”, segundo a Organiza- ra Mundial. O estudo revela ainção das Nações Unidas (ONU). da que mais da metade destas Meninos e meninas que já pessoas têm menos de 18 anos nasceram na guerra e carregam de idade. Milhares são crianças no coração e na mente a dor que viram a guerra de perto ou de perdas irreparáveis. Mas fugiram de conflitos e da miséalgumas perdas são possíveis ria em seus países de origem. de serem recuperadas. Quere- A “geração perdida” já nasceu mos ajudar a resgatar a infância na guerra. São meninos e medestas crianças. Como preten- ninas carentes da verdadeira demos cumprir esta missão? infância e da esperança de se Com o seu apoio no desenvol- tornarem adultos melhores do vimento do Projeto “Tenda de que aqueles que lhes roubaram Brincar”, idealizado para atuar o direito de brincar e até mesmo diretamente na identificação e de conviver com seus pais. A tratamento dos traumas destas grande maioria vive hoje em crianças. Inicialmente, quere- acampamentos de refugiados, mos implantá-lo em campos de sem ou quase nenhum acesso à refugiados no Oriente Médio. educação e a brincadeiras necesO total de pessoas deslocadas sárias ao crescimento saudável – homens, mulheres e crianças de qualquer ser humano.

dos e atividades recreativas desenvolvidas por missionários-educadores devidamente capacitados ao convívio com pessoas marcadas por profundas feridas psicológicas e espirituais.

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Tenda de Brincar Missões Mundiais convida você a presentear crianças refugiadas neste Natal. Ao apoiar o Projeto “Tenda de Brincar”, você ajudará estes pequeninos a escreverem uma nova história. Inicialmente, cada Tenda de Brincar receberá, diariamente, cerca de 25 crianças, de 04 a 06 anos de idade, divididas em dois turnos. É a partir desta faixa etária que, segundo a Associação Pró-Evangelização das Crianças, 85% das crianças se convertem ao Evangelho de Cristo. Na Tenda de Brincar, elas terão acesso a brinque-

Como participar Você pode se envolver com a Campanha “Doe Esperança 2016” de duas maneiras. 1. Oferte Com a sua doação, equiparemos a tenda com brinquedos e outros materiais para que meninos e meninas possam fazer o que você mais gostava quando tinha a idade delas: brincar. Sabemos que felicidade não se compra, mas brinquedos sim. E crianças são muito mais felizes quando têm a oportunidade de brincar. Doe tempos felizes, doe memórias alegres, doe esperança! Para ofertar a partir de R$ 25,00, acesse os sites www.doeesperanca.org.br ou www.missoesmundiais.com.

br/relacionamento. Se preferir, ligue para nossa Central de Atendimento: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800 709 1900 (demais localidades). Estamos no WhatsApp: (21) 98884-5414 e também no e-mail: centraldeatendimento@ jmm.org.br. 2. Envie mensagens Outra forma de participar é enviando para doeesperanca@ jmm.org.br vídeos, fotos e textos falando sobre a brincadeira que marcou a sua infância. Estas mensagens serão usadas para estimular a criatividade dos missionários-educadores da Tenda de Brincar no convívio diário com as crianças. Meninas e meninos refugiados precisam crescer em estatura, graça e conhecimento diante de Deus e dos homens. A “geração perdida” e deslocada por guerras anseia por conhecer a mensagem do Evangelho. Doe Esperança!

União Batista Latino-Americana completa 40 anos Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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oi nos anos 1930 que aconteceu a primeira tentativa de se reunir representantes dos Batistas de países da América Latina em uma organização que promovesse a integração denominacional no continente. Porém, isso só aconteceu em 1976, com a fundação da União Batista Latino-Americana (UBLA), que no último dia 16 de setembro completou 40 anos. O primeiro presidente foi o pastor brasileiro João Falcão Sobrinho. A UBLA é a organização cristã evangélica que reúne as convenções, uniões e fraternidades das Igrejas Batistas da América Latina e Igrejas associadas dos Estados Unidos de língua espanhola. Além disso, a UBLA é um dos seis agrupamentos continentais com representação na Aliança Batista Mundial.

Pastor Ruy Oliveira Jr., à esquer- Pastores Elbio Marquez, à esquerda, e Ruy Oliveira Jr., à direita, da, entrega placa da JMM à UBLA participaram de culto pelos 40 anos da UBLA

anos de fundação no dia 16 de setembro, quando foi realizado na Bolívia um culto solene de gratidão a Deus. Para representar Missões Mundiais, estiveram na Primeira Igreja Batista de Santa Cruz, em Santa Cruz de la Sierra, os pastores Ruy Oliveira Jr. (coordenador para América Latina) e Elbio Marquez (missionário no Paraguai), além do casal Américo e Talitha Monje, atuantes na cidade boliviana. Durante o culto, o pastor Ruy entregou, em nome do diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, à liderança da UBLA uma placa em homeCulto na Bolívia marcou nagem e reconhecimento a aniversário da UBLA A União Batista Latino-Ame- sua “Importância na missão de ricana (UBLA) completou 40 levar a mensagem da esperan-

ça em Cristo até os confins da Equador, México, Paraguai e Venezuela, além de enviados Terra”. da Missão Batista Canadense, International Mission Board Um pouco de história Em setembro de 1975, em (IMB, agência missionária da uma reunião da Aliança Batista Convenção Batista do Sul dos Mundial realizada em Lima, Estados Unidos), Missão Batiscapital do Peru, representantes ta Conservadora e da Aliança de sete convenções nacionais Batista Mundial para constituir e cinco agências missionárias a UBLA. Esse ato foi levado a decidiram organizar a UBLA, efeito pelo voto unânime dos que seria formada por todas as presentes àquele encontro convenções e uniões Batistas histórico. da América Latina, esperandoA primeira diretoria da -se também a participação e UBLA, com representantes das convenções nacionais e agênapoio das agências. Um ano depois, no dia 16 cias missionárias, teve como de setembro de 1976, reu- presidente o pastor João Falcão niram-se em Cochabamba, Sobrinho, pastor emérito da na Bolívia, representantes Primeira Igreja Batista de Irajá, Batistas de Argentina, Bra- no Rio de Janeiro, e falecido sil, Bolívia, Colômbia, Chile, em 2014.

O objetivo da nova organização era a cooperação entre as convenções, o planejamento dos trabalhos missionário, evangelístico e educacional com outros ministérios, além de estimular o companheirismo e o intercâmbio de ideias, experiências e projetos. Outro alvo é implementar projetos específicos que dificilmente poderiam ser realizados somente por uma convenção ou agência missionária. Em abril de 2004, a UBLA aprovou uma reunião em Cali, na Colômbia, uma mudança em seu estatuto para aceitar como seus membros as convenções, uniões e fraternidades, instituições, denominações batistas, Igrejas e indivíduos pertencentes às Igrejas batistas dos respectivos países de toda a América, reconhecidos e aceitos de acordo com os regulamentos da organização. Desde 2009, o pastor venezuelano Ivan Martinez ocupa a Presidência da UBLA, cargo no qual permanece até 2017. O diretor-geral é o pastor equatoriano Parrish Jacome.


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Requerimento em relação ao artigo do Sr. Marcelo Dutra em O Jornal Batista edição no 38 – 18/09/2016 – pág. 14

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astores e seminaristas Batistas oriundos das várias regiões do Brasil, que unidos sob o mesmo propósito e visão bíblica conservadora, que não possui interesses separatistas, sectários, divisionista ou coisa que o valha, vem mui respeitosamente, dirigir-se à redação de O Jornal Batista e ao Executivo da Convenção Batista Brasileira, denominação à qual pertencemos e amamos, expressar nosso repúdio aos textos de linhas liberais que vem sendo constantemente veiculados em nosso órgão oficial de informação. Desta feita, dentre outras matérias, das quais discordamos de modo veemente, por se tratarem de assuntos que, ao nosso ver, são de interpretações contrárias ao princípio da suficiência e autoridade das Escrituras, queremos nos posicionar contrários ao texto do Sr. Marcelo Dutra, conforme citado acima. Sobre o referido texto, entendemos que ele expressa uma humildade arrogante, amor rancoroso e piedade mundana, atributos que poderiam ser atribuídos ao texto no qual, quem não pensa como o autor, é merecedor de uma vergonha pública. O autor, ao que nos pareceu, é alguém que defende a política e a ideologia de

esquerda liberal, mostrando-se legislativamente ingênuo e eticamente fora da moralidade comprometida com a Bíblia. Eis alguns exemplos da arrogância e incoerência do autor do texto: 1) É errado propor uma lei para que igrejas possam ser capazes de questionar o Supremo Tribunal Federal através de ADIN (ação direta de inconstitucionalidade) ou, ainda, fazer qualquer tipo de lei que aumente a isenção tributária de igrejas (se fosse outra entidade civil organizada poderia? Caso um setor ou atividade econômica pedisse algo semelhante seria errado?). Lembrando que o Congresso é uma casa representativa em seu conceito básico e serve para isso defender os interesses nacionais e específicos dos seus eleitores. 2) Por outro lado, o autor que toma para si a autoridade de exortar aos irmãos batistas, se utiliza de um posto que não lhe cabe, para defender pontos que são caros para quem leva à sério o compromisso com a Palavra de Deus e que defenda uma hermenêutica histórico-gramatical. O referido autor se alinha com progressistas que desprezam o conceito de pecado supracultural. Por exemplo, para o autor não é flexibilização ética defender o aborto, manter a

impunidade de menores criminosos e ampliar direitos dos homossexuais (lembrando que direitos civis já foram garantidos e o que falta é a regulamentação de um casamento). Se isso do ponto de vista bíblico não é flexibilização ética, o que seria então? No alto de sua autoridade, julgando quem pensa diferente, o articulista chama de hipócrita e declara haver um descompasso entre ética e prática a quem pensa diferente dele. Mas quem é hipócrita e incoerente? O autor joga rótulos e atribui pecados nas costas de personagens que peguem a carapuça sem dar qualquer exemplo real, fatual e específico. Mesmo no exemplo dado por Eduardo Cunha como político evangélico, o articulista pega o exemplo midiático. Coloca na vala comum das generalizações, todos os evangélicos que se arvoram pela política como corruptos e que a bancada evangélica cumpre apenas o papel ao fisiologismo. Ele se esquece que os que cassaram Eduardo Cunha são os mesmos que o colocaram lá, usaram sua liderança para os seus propósitos políticos governamentais e passaram para o lado de se tornarem os seus algozes, como se houvesse na questão Cunha os bons contra ele e os maus a favor dele, embora saibamos que

um dia todos estiveram do lado dele. Mas o cerne do artigo é em quem votar. Concordamos que não devemos votar em qualquer crente. Mas devemos votar em pessoas que tenham uma cosmovisão cristã. Isso é algo que daria um outro tema para arrazoar. Mas votar num ateu com os seus pressupostos materialistas é tão errado quando votar num crente fraco, mal preparado e sem uma cosmovisão alicerçada no cristianismo. Votar num ateu deve ser, para o cristão, inadmissível. Assim, nos posicionamos contrários ao texto e requeremos a publicação de nosso posicionamento na próxima edição de O Jornal Batista. Na certeza de que teremos o direito a expor nosso posicionamento. Nos subscrevemos abaixo: Pr. Sebastião Roberto Vaz Moreira; Pr. Joaquim José da Costa Dias; Pr. Flávio de Andrade Viana; Pr. Dinelcir de Souza Lima; Pr. Ezequias Amâncio Marins; Pr. Lucas Carvalho; Sem. Péricles Luiz Russo de Oliveira; Pr. João Marcos Mury de Aquino; Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira; Pr. Abmael Araujo Dias Filho; Pr. Jorge Henrique Sypriano; Pr. Saury Alvarenga dos Santos; Pr. Gilberto Araújo da Paz; Pr. Anderson Alcides; Everson Chaves Silva; Sem.

Vander Mendes Gonçalves; Pr. Manoel Jorge de Oliveira Paiva; Pr. Cremilson Rezende Meirelles; Pr. Wagner de Andrade; Pr. joversi Xavier Ferreira Junior; Pr. Judson Júlio Torres; Pr. Zacarias chaves da Silva; Sem. Jônatas Ornelas Duarte; Pr. Edil Nogueira Netto; Pr. Adriano Faria Ferreira; Pr. Francisco de Assis de Pereira de Lima; Pr. Jonazelton Nogueira da Silva; Pr. Douglas Santos Tomé; Pr. Fábio Guilhermino da Silva; Jerry Adriani Soares Gandra; Pr. Ronem Rodrigues do Amaral; Pr. Antonio de Moraes Regly; Pr. Rodrigo Odney dos Santos Cunha; Sem. Sebastião Max Dos Santos Macedo; Pr. Geliel Neto Silva; Pr. Cleonilson Almeida Santos Soares; Pr. Alex Cordeiro; Pr. Vagner Coelho Pontes; Pr. Pablo Rodrigo Ferreira; Pr. Eduardo Nunes; Sem. Marcos Antonio Schittino Júnior; Pr. Neurinam Coelho Marques; Pr. Tony Max F. de Oliveira; Pr. Ivis Costa Fernandes; Pr. Cezar Augusto Sanches; Pr. Marcelo da Silva Bologna; Sem. Werveton Mury Campos; Pr. Willes José da Silva; Pr. Jose Luiz S. da Silva; Pr. Paulo Eufrasino da Silva; Fernando Ferreira Chrispim; Vanderson Perrut de Faria; Sem. Rodrigo Pereira da Silva; Pr. Luis Fernando Santos Pereira; Ackley de Almeida Fontes; Pr. Leonardo Bohrer Schittino.


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OBITUÁRIO

Jairo Breder, um exemplo de vida a ser seguido Gilmar Pereira de Souza, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ

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ineiro nascido em Carangola -MG, no dia 23 de julho de 1952, o médico Jairo Breder completou 64 anos no mês de julho de 2015, vindo a falecer dois meses após, em setembro. Como ele mesmo dizia: “Deus está me dando seis anos de prorrogação”, mas aprouve a Deus levá-lo após seis anos de luta contra o câncer. Com tão pouca idade, ele nos deixou um legado, comprovando que quando o ser humano quer e desde que seguindo as orientações divinas, consegue atingir alvos e realizações incríveis. Aos sete anos de idade, seus pais, Dúlcio e Lindaura, com seus sete filhos, mudaram-se para Niterói - RJ, vindos de Manhumirim - MG à procura de vida melhor e estudo para os filhos. Aos 21 anos de idade graduou-se em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal Fluminense; com 23 anos ingressou no Exército Brasileiro como tenente e exerceu seu trabalho em um laboratório de análises clínicas. No ano de 1978 casou-se com Márcia Janson Ney Rocha, na Igreja Batista em Icaraí, em Niterói. Ela, enfermeira do Ministério da Saúde e professora de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense - UFF. Mas o desejo do coração do Jairo Breder Rocha era fazer Medicina. Ingressou no curso em Nova Iguaçu RJ e formou-se aos 29 anos,

especializando-se em Patologia Clínica. Como Bioquímico e Patologista, montou seu 1º Laboratório de Análises Clínicas e expandiu sua rede com várias filiais. Tornou-se um empresário evangélico bem sucedido. Só que esse servo do Senhor, ao crescer, jamais se esqueceu das verdades divinas e passou, de forma crescente, a colaborar exemplarmente com a obra social evangélica. Em Niterói, apoiou fortemente o Instituto Evangélico, que atende pessoas carentes, com médicos, dentistas e assistência social. Fundou o CAAIDS - Centro de Atendimento e Atenção a portadores de HIV e suas famílias. Estas duas Instituições continuam em pleno funcionamento após seu falecimento. Muitos dos pacientes destas instituições entregaram suas vidas a Jesus, buscaram

Igrejas locais e encontram-se hoje integradas no trabalho do Senhor. O CAAIDS ainda recebe alimentos arrecadados em Hortifrutis, supermercados e doações das Igrejas locais para atender aos pacientes e suas famílias, resultado de um profícuo trabalho de incentivo e coordenação junto às comunidades, que foi implantado pelo doutor Jairo Breder Rocha. Dos seus seis filhos, três são médicos como ele. Os quatro primeiros são casados; teve a oportunidade de conviver também com seis netos. Apesar dos compromissos empresariais, obras sociais e família, o casal Jairo e Márcia conseguia ainda ministrar frequentes palestras em diversas Igrejas evangélicas em Encontros de Casais sobre “Relacionamento conjugal e educação sexual”. Jairo também escreveu o Livro “O

que Deus uniu não o separe o homem”. Além da cooperação com a Aliança Bíblica Universitária - ABU e com a Aliança Bíblica de Profissionais – ABP, Jairo era membro atuante dos Gideões Internacionais - campo 26 - Niterói Leste, tendo sido membro ativo da Primeira Igreja Batista de Itaipu - Niterói - pastor Marcos Tristão, que junto com o pastor Ebenézer Soares Ferreira – Primeira Igreja Batista de Niterói, e diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói (STBN) - deram todo o apoio durante seus seis anos de luta contra a doença. Doutor Jairo Rocha sempre deu seu firme testemunho sobre o que Deus vinha concedendo a ele durante o período da sua doença. Até o último momento não deixou de lutar e contar as bênçãos recebidas. “Doutor Jairo foi a prova

viva do poder de Deus em realizar milagres; ele viveu o verdadeiro milagre em seus últimos anos de vida e glorificou o nome do Senhor com seu exemplo e seu testemunho, deixando um legado de serviço cristão a ser seguido”, afirmou o pastor Waldiney Leal, do ministério da Família da PIB Itaipu - Niterói - RJ. Louvamos a Deus pela família Breder Rocha, rogando ao Senhor da seara que inspire o povo evangélico, a fim de que possam surgir novos líderes com potencial e capacidade para incrementar a ação social dos evangélicos no Brasil e no mundo, com testemunho de vida cristã tão relevante e inspirador quanto o doutor Jairo, cujos efeitos são projetados até hoje, e com resultados que só a eternidade poderá revelar. O apóstolo Paulo, ao escrever uma linda mensagem aos Filipenses, pontuou de maneira clara: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp. 3.20). Podemos então glorificar o precioso nome do Senhor Jesus, que recebeu o nosso amigo e irmão Jairo Breder Rocha de braços afetuosamente abertos, concedendo a ele um novo e especial corpo celestial, resistente a toda prova de tempo e ainda revestido da glória de Deus, para viver pela eternidade afora nas primícias celestiais. Deus seja louvado e exaltado para sempre.


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ponto de vista

Discípulo criativo

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discípulo do Senhor Jesus é sempre criativo. Sendo aluno do Mestre Criador, o discípulo não pode ser diferente. Paulo foi um discípulo criativo e empreendedor. Percebemos claramente alguns traços distintivos da sua criatividade: visão, treinamento de pessoas, compromisso com a missão de Cristo e constante aperfeiçoamento. Sem dúvida, Paulo é um exemplo de discípulo comprometido com Cristo às raias da morte (II Coríntios 6.4-10). Ele foi criativo do princípio ao fim. Ele possuía uma paixão apostólica. Detinha um DNA missionário. O seu coração estava integralmen-

te focado na expansão do Reino a partir do Oriente (Jerusalém), até chegar ao Ocidente (Roma), sem impedimento algum (Atos 28.31). Era um homem comprometido com a excelência da missão. No seu encontro com os pastores de Éfeso, na cidade de Mileto, ele testemunhou: “Mas em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que eu complete a carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus” (At 20.24). É impressionante nesse discípulo criativo a consciência bem amadurecida da missão que ele recebeu de Cristo (Atos

9.15,16; I Coríntios 9.16). O aprendiz criativo é um visionário. Como o Senhor Jesus ensinou, Ele vê os campos que estão brancos para a ceifa (João 4.35). Há um compromisso com a expansão do Evangelho em todo o mundo. Ele não retrocede, mas avança, olhando sempre para Jesus, o Autor e o Consumador da fé (Hebreus 12.1-2). O discípulo, à semelhança de Paulo, tem estratégia. Ele tem um plano de trabalho e o executa com destreza. Ele semeia a Palavra, ora pelas pessoas que a receberam e mantém contato com elas. O seu relacionamento é criativo. Ele não perde o foco. A sua estratégia está

fundamentada no seu compromisso com Cristo Jesus. Uma das suas mais vigorosas estratégias é o treinamento de pessoas e o seu estímulo a esse ministério. Foi isso que ele fez com os líderes Timóteo, Tito, Epafrodito, Silas e tantos outros. O seu compromisso era preparar pessoas para a obra do ministério. Treinar pessoas para ensinarem a outras. Não existe sucesso sem sucessor. O discípulo criativo é movido pela paixão missionária. O aprendiz criativo tem como meta o aperfeiçoamento constante. Preso em Roma, o apóstolo Paulo pede a Timóteo os seus livros, pergaminhos que ele

havia deixado em Trôade, na casa de Carpo (II Timóteo 4.13). O discípulo de Jesus nunca para de aprender. O seu aprendizado é constante e prazeroso. Aprende para poder ensinar, pois quem para de aprender cessa de ensinar. Aquele que não fica sentado para aprender não pode ficar em pé para ensinar. Ele tem consciência de que a sua capacidade vem do Senhor (II Coríntios 3.5). Vale a pena ser um discípulo criativo. É valioso demais ser discípulo do Mestre que deu a Sua vida por nós. O Senhor Jesus espera que sejamos discípulos criativos para a edificação da Igreja, para a salvação dos perdidos e para a Glória de Deus Pai.

discípulos”. O mundo é o nosso campo de atuação e as pessoas que nos circundam no cotidiano são as que devemos discipular. Quando entendemos que a missão de fazer discípulos é a missão mais nobre desse mundo, pois é ensinar as pessoas a se reconciliarem com Deus, ouvirem o Evangelho e trilharem a caminhada da eternidade, deixamos de perder tempo e passamos a trabalhar para o que realmente importa. Quando percebemos o quanto podemos fazer em prol do cres-

cimento do Reino de Deus através do discipulado não deixamos mais de investir em vidas. Esse investimento promove salvação, transformação e redirecionamento, e só faz essas coisas discípulos que amam a Jesus e que cumprem a missão dada por Ele. Cristo nos impulsiona a irmos, a sairmos da nossa zona de conforto, mas revela que nossa missão no contexto chamado mundo é “fazermos discípulos de todas as nações”. Jesus mostra a expansão da nossa missão de discipulado: o mundo.

Discipulado: missão nobre Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

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a famosa Grande Comissão, narrada pelo evangelista Mateus, a ênfase recai sempre na expressão “Ide por todo mundo”, e as aplicações são sempre voltadas a olharmos o mundo como o campo missionário, a sairmos da nossa zona de conforto, e que temos a ordem de Jesus para pregarmos. Tudo isso é verdade, todavia, o “ide” só faz sentido quando

é acompanhado do restante das orientações de Jesus. O “ide” fora do seu contexto é somente a mola que nos empurra para o campo, mas ao chegarmos lá, faremos o quê? No campo, chamado mundo, ou seja, qualquer local geográfico que Deus nos levar devemos “fazer discípulos”. Não basta termos disposição para irmos, precisamos ir e fazer o que tem que ser feito. Temos um chamado para ir fazer discípulos, ou seja, investir nossas vidas em novos discípulos de Jesus, “ensinando-

-os a guardar” tudo o que Jesus nos ensinou. Quando enfatizamos o “ide” podemos perder de vista a finalidade da ordem de Jesus. Ele nos faz olhar para o mundo como um campo missionário carente da mensagem de salvação, mas também nos dá o roteiro de atuação no mundo. Nossa missão é fazer discípulos. E quando entendemos que precisamos fazer discípulos, nós começamos a perguntar onde e como. A localidade geográfica não é prioritária, a prioridade passa ser “fazer


o jornal batista – domingo, 09/10/16

ponto de vista

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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

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Estudos sobre a Igreja (13) A Igreja como comunidade profética - (parte 1)

os últimos artigos temos mencionado diversos aspectos da Igreja como comunidade e hoje temos o desafio de demonstrar o seu papel profético, isto é, o seu papel “noutético” – que vem de uma palavra grega do Novo Testamento que significa “colocar na mente”, convencer. Ao viver o Evangelho em suas implicações, os crentes da Igreja Primitiva causavam alteração no ambiente em que viviam. Vejam o depoimento que davam deles: “Aqueles que estão transformando (tradução do original grego) o mundo chegaram até aqui.” (Atos 17.6.12). Então, este papel profético tem a ver com a influência que, como Igreja, como crentes, temos diante do mundo, da sociedade, da cultura contemporânea e diante de cada um de nós, pois também é uma ação interna. No contexto bíblico, a palavra “mundo” tem um significado especial, pois geralmente se refere ao curso desta vida, ao estilo de vida adotado pela humanidade decaída no pecado e governada por Satanás e seus valores e princípios éticos que orientam as decisões das pessoas. Para nos ensinar, Jesus utilizou recursos de linguagem que nos aproximam da percepção concreta do que ele queria nos transmitir, tais como parábolas, ilustrações do cotidiano, etc. Por exemplo, mostra o envolvimento do cristão com o mundo por meio de dois elementos presentes no nosso dia a dia – sal e luz (Mateus 5.13-16). Tanto o sal, quanto a luz têm diversas características interessantes das quais destacamos a influência, isto é, sempre atuam no ambiente em que estão. A luz avança sobre as trevas e nos mostra

o que está escondido, indica o caminho seguro. O sal penetra no alimento e altera o seu sabor. Com a mesma figura da luz, o apóstolo Paulo destaca ainda nosso papel neste mundo caótico em que vivemos, onde há bondade, alegria, mas também violência promiscuidade, corrupção, egoísmo, inveja, traição. Nosso papel, tendo uma biografia – sendo filhos de Deus – é ser irrepreensíveis, sinceros, ser “luzeiros”, isto é, indicadores do caminho da verdade, não apenas salvadora, mas também da verdade que está ligada aos valores bíblicos e cristãos norteando o caminho da vida com princípios éticos sadios, honestidade, amor, respeito, humildade, paciência, mansidão, pacificação, respeito ao ambiente, socorro ao necessitado, distribuição justa de bens e oportunidade de trabalho/sustento, mas também com a criação de oportunidades de desenvolvimento digno da vida de cada ser humano. O texto chave está em Filipenses 2.15: “Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo”. Por isso mesmo, o mundo aguarda a manifestação dos filhos de Deus (Romanos 8.18-21) com seu estilo bíblico e saudável de vida. Na oração sacerdotal Jesus salta para a linguagem literal: “Pai, rogo não que os tires do mundo” (João 17.15). Assim, somos enviados ao mundo (vs.18) não para vivermos a partir dos seus valores e princípios éticos (Romanos 12.2), mas para vivermos para e por Cristo nele (II Coríntios 5.15). Mesmo porque este mundo (no grego “aion”) é governado por Satanás, o príncipe das trevas (Efésios

2.1-10) e tem como prática inverter os princípios e valores divinos (Isaías 5.20), de modo a levar as pessoas a viverem orientadas pelos seus valores éticos (Efésios 2.2), especialmente hoje divulgados pelos massivos de comunicação. No mundo hipermoderno, a valorização da vontade pessoal se torna fundamental, a autonomia da pessoa é o ponto de partida. Mas o ser humano foi criado para ser ligado aos ideais divinos de vida (Gênesis 1-2) e, assim, o conflito entre estas duas ideologias leva-nos a sermos espetáculo do mundo (I Coríntios 4.9), motivo de marginalização, segregação. Por isso mesmo, Paulo indica para não “nos conformarmos” a este mundo (Romanos 12.2), isto é, assumirmos seus valores e ideais de vida. Assim surge uma questão séria que se aplica a cada cristão, a cada Igreja: qual tem sido a influência da sociedade presente em nossas decisões pessoais, nos padrões de conduta na vida diária, na adoração, na vivência da Igreja? Somos desafiados a sermos sal e luz, como vimos, não esponja ou mesmo óleo. Este separa, segrega, marginaliza, aquela absorve e assume os valores contemporâneos como finais e determinantes. Não há como ficarmos em silêncio sobre isso com o risco de estarmos cometendo o pecado da omissão (Tiago 4.17). Estes desafios demonstram claramente o papel do Cristianismo, das Igrejas, dos cristãos em relação ao mundo à sua volta, em relação à sociedade e ao cotidiano. Nosso papel é viver inseridos no mundo, na vida, é influenciarmos ao meio ambiente em que vivemos, como a encarnação de Jesus aqui na terra, transformadores da

realidade, em vez de sermos seus consumidores. Esta característica do sal e da luz me leva a pensar na função profética da Igreja, não somente denunciando os males sociais, econômicos e políticos, mas também como instrumento de transformações estruturais na sociedade e no mundo. O cristão e a Igreja não podem viver isolados do mundo como ocorreu na época dos mosteiros e ordens religiosas do passado. Antes de ser crucificado, Jesus orou ao Pai “Não peço que os tires do mundo ... eles não são do mundo...a fim de que todos sejam um...para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.15,16,21,22). O que precisamos, então, não é nos isolar do mundo, mas saber qual é o nosso papel perante ele. Desde o princípio deve ficar claro que o Evangelho não é hóspede do estilo de vida do mundo, mas seu juiz e redentor (“Contextualização – uma Teologia do Evangelho e da Cultura”. Vida Nova. Nicholls, p. 13). Sendo assim, o Evangelho é colocado acima da cultura e tem sobre ela o papel transformador. Temos de aprender a manter o equilíbrio entre o isolar-se do mundo e o se envolver tanto a ponto de ser por ele contaminado no campo dos ideais e valores que influenciarão nossas decisões e escolhas diárias. Paulo nos admoesta: “Não vos conformeis com (moldar a vida conforme) este mundo, mas transformai-vos (Romanos 12.2). Mas será que perdemos a nossa função profética? Se mudássemos de onde estamos, alguém sentiria falta? Por que estamos afastados da vivência cotidiana e trancafiados dentro de nossos “templos-guetos” vivendo apenas um Evangelho dominical e escatológico que

lança o significado da vida e tudo o mais para a eternidade? Nosso papel não é ser sal ou luz da Nova Jerusalém, mas aqui deste mundo. Parece-me que estamos preparando as pessoas apenas para a morte e a vida no além, deixando de discutir, por exemplo, os dilemas do mundo contemporâneo e como podemos superá-los por meio da aplicação da visão e cosmovisão bíblica. Deixamos que os não cristãos ditem a nossa agenda de vida com a aprovação de leis e procedimentos públicos que se chocam com nossos ideais. Jesus orou para que Deus não nos tirasse do mundo, mas persistimos em viver longe do mundo em nossos “mosteiros eclesiásticos” tentando viver em um dia da semana – domingo – o cristianismo de sete dias, o que eu chamo de “Síndrome de Extrato de Tomate Elefante”. Estamos deixando de viver o cristianismo em tempo integral. Reduzimos cristianismo em atividades, programas e eventos, em vez de vida comprometida com os ideais cristãos onde estivermos. Conseguimos reduzir a Grande Comissão num imperativo equivocado de IR, e quem não pode ir para o campo missionário, então que pague a conta com sua oferta no dia de missões, enquanto que o imperativo da Grande Comissão (Mateus 28.19-20) está em fazer discípulos, ter, portanto, “vida copiável”. Qual é o papel da Igreja perante o mundo? Como a Igreja deve viver no mundo? Temos aqui a função ou missão profética da Igreja que Deus deseja que cumpramos. No próximo artigo citaremos, pelo menos, três ações que a Igreja pode operacionalizar para concretizar esta sua função.



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