ISSN 1679-0189
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Ano CXVI Edição 41 Domingo, 08.10.2017 R$ 3,20
Fundado em 1901
Congresso do PEPE marca centenário dos Batistas da Nicarágua Dia da Criança Batista 2° Domingo do mês
Evento aconteceu no dia 09 de setembro, no templo da Primeira Igreja Batista em Manágua, capital do país, e reuniu mais de 200 participantes. Entre eles estavam pastores, pastoras, missionárioseducadores, líderes de crianças, adolescentes, irmãos que trabalham com crianças no país, 66 Igrejas Batistas e outras denominações. Página 11
UFMBB
Notícias do Brasil Batista
Confira detalhes do 19o Congresso Nacional da Terceira Idade e capacitação
PIB Siqueira - CE consagra oito irmãos ao diaconato e institui corpo diaconal
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Notícias do Brasil Batista
Coluna Observatório Batista
PIB Tabuleiro celebra 39 anos com vasta programação; saiba mais!
O artigo desta semana é: “Não existe cura gay”; confira!
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reflexão
EDITORIAL
Elas são importantes
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
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uita gente, quando questionada sobre a presença de crianças nos cultos, têm como primeira imagem aquela correria pelo templo ou as conversas em volume e momento inadequado. Olhando assim, a impressão que passa é de que eles só atrapalham e em nada acrescentam aos cultos. A solução mais rápida é mandá-los para o “cultinho”, onde eles vão ouvir Quero parabenizar Willy Rangel pela matéria sobre Suicídio (O Jornal Batista – domingo, 10/09/17)
Aqui em Cuiabá-MT, infelizmente, temos recebido notícias de suicídio, e isso nos preocupa muito. Em um caso próximo a mim, percebemos o cuidado de Deus em nos alertar para uma jovem que, em algumas reações, demonstrou estar sofrendo. Com muita atenção e precaução me aproximei dela. Conversamos sobre a vida, faculdade, sobre Deus, sobre relacionamentos (no caso, ela estava apaixonada por outra garota). Começamos, eu e minha namorada, a desenvolver um relacionamento, sem tocar no assunto “suicídio”, até que, um dia, ela abriu seu coração e disse que já havia tentado se matar. Nos colocamos a disposição, em qualquer horário e em qualquer cir-
a palavra de Deus, mas em uma linguagem que possam entender. Mas os pequeninos podem, sim, colaborar de maneira eficiente para a Obra de Deus. Os pais podem passar aos filhos o amor pela Palavra, a importância de viver uma vida de dedicação e amor ao Evangelho. Também podem incentivar seus filhos a aprenderem a tocar algum instrumento musical ou a fazerem aula de canto. Nossas Igrejas sempre pre-
cisarão de bons ministros e músicos para a realização de suas atividades. A maior prova da importância das crianças traz Jesus como protagonista. Em Mateus 19. 14 Ele disse: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. Invista cada vez mais na vida do seu filho. Os dias são maus e as crianças são alvo das investidas do inimi-
go, pois ele sabe o potencial que elas têm. Por isso, a Igreja do Senhor não pode vacilar. Nesta edição de OJB, você verá exemplos de crianças que se envolveram com a evangelização e fizeram a diferença. Seu filho pode ser um deles. Incentive e “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” Pv 22.6 Deus te abençoe!
sim como Cleila em Montevidéu, a singela declaração de “estou aqui quando precisar” fez toda diferença. Essa semana, ela veio ao ed nosso encontro para agradeito r@ cer pelo cuidado e dizer que ba tis descobriu o quanto Deus a ta s .co ama e isso foi muito significam tivo, pois, em nossa presença, ela jogou fora o pote de remédios que havia guardado por muito tempo. Foi uma vitória, com toda honra e glória direcionada ao Senhor. Fiquei muito feliz ao ver cunstância, caso precisasse. nei minha namorada, junto a que O Jornal Batista abriu esNo Domingo, dia 03 de uma irmã para ir ao encontro paço para esse belo testemuagosto, passamos um sufo- dela. Graças a Deus, foi ape- nho vindo de Montevidéu. co ao receber uma ligação nas um susto. Em Cristo, Logo percebi que só pelo durante o culto matutino, onde ela encontrava-se em fato de ligar quando se senLucas Kainã prantos, dizendo que estava tiu mal, demonstrou que ela Seminarista da IBBN mal. Imediatamente direcio- confiava em nós em nós; asSalmos 40:09 “Às multidões anunciei os teus atos de As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. justiça, pois meus lábios não As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser ense puderam conter, como tu caminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) mesmo sabes, ó Eterno.”
Ca do rtas s le ito res
ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).
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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES
O jovem e o futuro
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futuro, hoje, para o jovem brasileiro se revela sombrio, especialmente para aquele comprometido com Jesus como Salvador e Senhor. As perspectivas revelam-se trágicas. Um país falido, com um governo corrupto, uma política sem horizonte de mudanças, dominada pela ausência de ética, milhões de desempregados, com o aumento geométrico de pessoas abandonadas nas ruas a mendigar um naco de pão; tudo isso amedronta o jovem. A juventude alimenta sonhos de grandes realizações; estuda com afinco. Alguns, com vários sacrifícios. Possui o objetivo de conquistar no mercado de trabalho, tão logo receba o diploma de graduação do
curso escolhido, um bom emprego. Trabalho que lhe traga recompensa pelos anos despendidos nos bancos escolares; almeja exercer a profissão dos seus sonhos. Mas essa realidade diz-lhe que não será nada fácil objetivar o seu ideal. Alguns estão comprometidos com financiamentos do curso realizado, e há um tempo específico para liquidar a dívida, que só conseguirá solvê-la caso consiga um emprego que lhe supra a sobrevivência e ainda sobre um pouco para liquidar os compromissos assumidos. Muitos jovens tiveram seus estudos custeados pela família. Mesmo assim, persiste o sonho de não depender de familiares, o que é ótimo. Por natureza, o jovem é um sonhador. Graças a esses
sonhos e alguns pesadelos, que sempre se intrometem nos sonhos, há um desejo de alcançar um lugar ao sol. Sonhar com uma família unida e feliz fá-lo sofrer as peripécias do amor, até encontrar o objeto amado. Sonhar com o emprego ou com a empresa que lhe renderá lucros fá-lo não abandonar as pesquisas e os estudos. Aprimorar-se a cada dia está incluído no currículo que vai sendo construído aos poucos. O desejo de melhorar a sociedade o faz capaz de lutar e competir para ver seus sonhos realizados. Infelizmente, os jovens de hoje estão recebendo uma sociedade deformada em seus valores. Sociedade corrompida e perversa, no dizer de Paulo aos escrever Filipenses 2.15, onde o jovem
é desafiado a reconstruí-la mediante uma vida irrepreensivel, resplandecendo a Luz de Cristo em um ambiente pervertido. A atual geração de adultos que administra e controla a sociedade é perversa por natureza. São homens loucos que governam o mundo e se consideram como deuses, donos do universo e daqueles que nele habitam. São homens que apertam botões, prontos a destruir a humanidade, mas incapazes de estender as mãos para minorar o sofrimento dos miseráveis. Roubam e gastam bilhões para atender seus instintos maléficos. Mas, não se comovem com a esquálida criança que perece de fome. O inferno é uma necessidade moral e ética para receber os governantes do mundo e
os falsos religiosos que se locupletam com a desgraça gerada pelo pecado. Aos jovens atuais estão reservados grandes desafios: não seguir os passos dos adultos de hoje, não imitar seus exemplos homicidas, não se deixar corromper por sugestões desonestas e imorais, exigir da geração atual pedido de perdão pelo mal que fizeram ao planeta terra, a si mesmo e às gerações futuras. Devem ouvir e colocar em prática as palavras de Deus ao jovem Gideão: “O Senhor é contigo jovem valoroso (...) vai nesta tua força e construirás uma sociedade melhor.” (Jz 6.12 e 14) (acréscimo do autor). Jovem, creio no seu potencial, em uma nova e melhor sociedade, com sua participação.
Lições dos pequenos para os grandes
Rogério Araújo (Rofa), Colaborador de OJB, Escritor, jornalista e diácono da Igreja Batista de Neves - São Gonçalo RJ
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s lições que os adultos transmitem para as crianças podem ser muito importantes, mas, ao con-
trário do que todos pensam, o inverso também acontece, ou seja, as preciosas lições dos pequenos para os grandes. Quando crianças se reúnem e brincam, elas podem até se desentender por algum motivo, mas passa rápido, como em um passo de mágica. E não é uma boa lição de como deveríamos
agir? Quantos motivos inúteis nos fazem perder tempo em brigar e até ficar sem se falar por isso. Ao se referir aos adultos com atitudes infantis, logo vem a expressão: “Tá parecendo uma criança”. Mas esta frase está carregada de preconceito, já que os pequenos não possuem apenas essas reações.
A inocência de um pequenino pode derrubar gigantes. O grandão, que pensa saber tudo, pode sofrer queda pelo olhar, palavras e “observações” de quem menos se espera. Brincar para o adulto pode ser algo inútil. E toda a criança, ao brincar, desenvolve o intelecto, grande criatividade e coordenação motora. E
quando os pais, tios e avós voltam a “ser criança” ao brincar com os pequenos sentirão grande prazer nisso. Como disse sabiamente Jesus em Mateus 10.14: “Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque de tais é o Reino de Deus”. Se todos assim fizessem, ganhariam lições das mais importantes da vida.
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Dia da Criança Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB
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i no jornal de bairro onde moro, na zona leste de São Paulo, um texto em que o autor relatava que a professora deu uma redação para a garotada escrever; o assunto era a família. Um garoto aproveitou para desabafar suas frustrações familiares. Ele escreveu sobre o seu grande desejo de ocupar o lugar que alguém ocupava em seu lar. Esse alguém recebia uma atenção toda especial de seu pai. O garoto nem podia abrir a boca quando papai estava dando atenção a esse alguém. Mamãe mandava ele sair de perto de papai para não atrapalhá-lo. Quando seu irmãozinho perturbava o papai de ocupar-se com esse alguém, ele era encarregado de cuidar do irmãozinho. O irmão mais velho tinha outro alguém, e se ocupava tanto com esse alguém, que ele ficava sem companhia. Deram-lhe um pequeno aparelho parecido com esse
alguém, mas ele não tinha quem lhe ensinasse a lidar com o pequeno aparelho. No final da redação, o garoto revela que esse alguém era o computador que cada um dos mais velhos possuía. Ele disse que gostaria de ser o computador de cada um, assim receberia atenção de todos. Ah! Havia também um televisor que recebia muita mais atenção do que ele. O articulista conta que, quando leu a redação, um pai ficou irado com esse absurdo, mas foi surpreendido pela mãe que lhe afirmou que a redação era de seu próprio filho. Nessa história, os aparelhos tecnológicos aparecem como os vilões, mas outras histórias poderiam ser escritas, e os vilões poderiam ser o emprego, o automóvel, o esporte preferido, os colegas de trabalho. Não estranhem, mas em certos lares, a Igreja, com suas muitas atividades, absorve tanto os pais, que a criança passa a invejar também a atenção que a Igreja recebe. Neste mês em que celebra-
mos a criança e promovemos programações em nossas Igrejas para exaltá-la, bom seria nos lembrarmos que ela, em certo sentido, é como o nosso Deus; quer nossa consagração, nosso serviço, nossa adoração, mas nada nos substitui junto ao Seu coração. Em primeiro lugar, Ele quer a nós. A criança também não está tão interessada em brinquedos ou coisas semelhantes, ela está interessada em nós. Ela quer o papai, a mamãe, o irmãozinho, ela é gente e quer gente. Podemos substituir uma coisa por outra, mas jamais podemos substituir alguém por outro alguém. Esquecemos as coisas que perdemos, mas jamais dos múltiplos “alguém” que perdemos. Quando Deus provou Seu amor para conosco, nos doou alguém, e ele, sabemos, é o alguém mais difícil de ser doar: um filho. Sabe qual presente que seu filho quer? Não há maior e mais precioso presente do que esse: seu filho quer você de presente.
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
Quando eu era criança... “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” (I Co 13.11)
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figura do “novo nascimento” nos ensina que a vida cristã deve ser dinâmica, evoluindo para o alvo estabelecido pela Bíblia. Paulo resume o assunto, escrevendo: “Quando eu era criança, falava como criança, sentia como criança e pensava como criança. Agora que sou adulto, parei de agir como criança” (I Co 13.11). O problema da imaturidade espiritual é também enfocado pelo autor da carta aos Hebreus: “Depois de tanto tempo, vocês já deviam ser
mestres, mas ainda precisam de alguém que lhes ensinem as primeiras lições dos ensinamentos de Deus. Em vez de alimento sólido, vocês ainda precisam de leite. E quem precisa de leite ainda é criança...” (Hb 5.12-13). Não é por acaso que Paulo coloca a questão do amadurecimento espiritual dentro do contexto do amor cristão. Porque, como todos os escritores do Novo Testamento, o apóstolo conheceu a ordem de Jesus: “Eu lhes dou este novo mandamento: amem uns aos outros. Assim como Eu os amei, amem também uns aos outros” (Jo 13.34). Permanecer criança é não crescer em amor. Por outro lado, “Acima de tudo, tenham amor, pois o amor une perfeitamente todas as coisas” (Cl 3.14).
O encontro magnífico de Jesus com as crianças
Davi Nogueira, pastor, colaborador de OJB
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ste é um sermão expositivo em Marcos 10.13-16. Vamos ler a Palavra de Deus: “E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam. Jesus, porém, vendo isto, indignou-se, e disse-lhes: Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele. E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou”. Esse é um texto precioso, escrito pelo apóstolo Marcos, que conta uma experiência: o encontro magnífico de Jesus com as crianças. Jesus estava em um local onde as crianças eram leva-
das até Ele para que elas O tocassem. Porém, os discípulos repreenderam aqueles que as traziam. Essa ação dos discípulos foi notada por Jesus e Ele sentiu-se indignado diante da situação. Aqui vemos um encontro e um conflito. Jesus queria ter um encontro com as crianças e abençoá-las, mas os discípulos impediram. Diante de Jesus e as nossas crianças, temos duas opções: ou somos do grupo que levamos crianças a Jesus ou somos dos que impedimos que elas sejam tocadas por Cristo. Como? • Não ensinando o Evangelho às crianças; • Não levando as crianças à Igreja; • Não levando as crianças à Escola Bíblica Dominical; • Não levando as crianças aos pequenos grupos da Igreja; • Não dando um bom testemunho de Cristo para elas.
Às vezes, pessoas que menos esperamos impedem que as nossas crianças cheguem até Jesus, foi o caso dos discípulos. 1) - Pessoas levavam crianças para serem tocadas por Jesus, mas os discípulos impediam. “E traziam-lhe meninos para que lhes tocasse, mas os discípulos repreendiam aos que lhos traziam.” (Mc 10.13). • Jesus amava as crianças; • Jesus queria conviver com elas; • Jesus queria conhecê-las; • Jesus queria ensiná-las; • Jesus queria abençoá-las; • Jesus queria amá-las; • Mas os discípulos tentaram impedir isso. • Os discípulos obstruíam o encontro das crianças com Cristo; • Os discípulos estavam equivocados com o que estavam fazendo. 2) - Jesus ficou indignado com a ação dos discípulos.
“Jesus, porém, vendo isso, indignou-se, e disse-lhes: “Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus” (Mc 10.14). • Jesus discordou do que os discípulos fizeram; • O desejo de Cristo é que as crianças estejam perto Dele e não longe; • Cristo quer cuidar de cada criança como o bom pastor zela pelas ovelhas; • Jesus exclama em alto e bom som que deixem as crianças irem ao Seu encontro; • As crianças têm a recompensa do Reino de Deus. 3) - Quem não receber o Reino de Deus como uma criança ficará em uma situação complicada. “Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele” (Mc 10.15). • Quem não recebe o Rei-
no de Deus como uma criança, não desfruta das bênçãos do Pai; • Quem não recebe o Reino de Deus como uma criança, como pode participar do Reino; • A sinceridade de um adulto diante de Cristo deve ser a mesma de uma criança; • O desejo, a vontade, o amor de uma criança por Cristo também deve ser vivenciado por um adulto. 4) - Jesus abençoou as crianças “E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou” (Mc 10.16). • Nenhuma criança é esquecida por Jesus; • As crianças são incluídas no Reino de paz e amor; • Jesus toma as crianças em Seus braços, impõe as mãos sobre elas e as abençoa; • O Amor de Jesus pelos pequeninos é magnífico.
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Semeando na vida das crianças Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB
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ós, cristãos, que amamos missões, conhecemos a visão missionaria chamada de Janela 10/40, que revela a maior necessidade de evangelização do mundo. Já o teólogo Luís Bush, com o foco evangelístico nas crianças, desenvolveu a tese da Janela 4/14. A tese de Luís Bush é que as Igrejas não estão investindo o quanto deveriam no ministério infantil, a fim de ganharmos as nossas crianças para Jesus.
Ele afirma que é notória a nossa falta de investimento humano e físico. As Igrejas precisam se despertar para o preparo, incentivo dos novos obreiros e visão de que as crianças precisam de bons professores e locais adequados de aprendizado. A Janela 4/14 mostra que as crianças de 04 a 14 anos precisam ser alcançadas pela mensagem do Evangelho. Nossos ministérios infantis são nosso campo missionário, e nós, por vezes, estamos preocupados em alcançar o mundo e não olhamos para nosso quintal. As crianças, assim como os
adultos, estão sedentos da Palavra de Deus. As crianças devem ser o nosso foco evangelístico, pois aceitando o Evangelho na mais tenra idade, muitos sofrimentos futuros serão evitados. Essa proposta da Janela 4/14 mostra que as crianças estão abertas a mensagem do Evangelho e que são receptivas, uma vez que suas mentes estão em formação. É nessa época que a Igreja deve semear o Evangelho na vida das crianças, a fim de que possamos colher adultos equilibrados e bíblicos. Nessa fase, muitas conversões ge-
nuínas acontecem e muitas almas recebem a semente do Evangelho. Estamos diante de uma geração que é totalmente digital. Essa geração já nasceu na era digital e agora se relaciona com o mundo a partir da tela dos smartphones, tablets e computadores. Essa geração digital será, e já é, um desafio à evangelização. A Igreja precisará investir muito nos professores (as) para cuidar, evangelizar e pastorear as crianças imersas na digitalidade. Independentemente da geração, as crianças são solos preparados para que a Palavra de Deus seja semeada.
Quando as crianças foram trazidas a Jesus para que o Mestre Lhes impusessem as mãos, os seus discípulos os repreendiam. Jesus amou e abençoou as crianças. Jesus disse: “Deixai vir a mim os pequeninos, não os embaraçeis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus” (Mt 19:13-14). As crianças precisam de cuidado pastoral, e esse cuidado é de responsabilidade da Igreja. O Estado e as demais instituições civis não cuidarão das nossas crianças como as Igrejas. É tempo de semear nos coraçõezinhos dos pequenos.
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Jesus, transformação e vida
Assistimos na mídia o que Jesus fez na vida de Silvia Regina, uma senhora de 60 uando olhamos anos que vivia na Cracolânao nosso redor dia e hoje é missionária em podemos obser- formação no Centro Integravar que vivemos em um país de contrastes. De um lado mansões, pessoas abastadas, carros importados e, do outro lado, pobreza, miséria, criminalidade. Os dois lados vivem conflitos internos, há um vazio existencial dentro de cada pessoa, independente da classe social. Podemos enxergar uma sociedade em busca de respostas para a dor da alma, pois temos uma sociedade doente, enferma. Quem tem recursos investe somas e mais somas de dinheiro para tratar os problemas emocionais. Como Igreja do Senhor Jesus Cristo temos a resposta, que está no nome de Jesus Cristo. Ele veio para transformar as pessoas que desejam transformação. Ele veio salvar o homem que está perdido. Em Tito 2.11 diz: “Porque a Graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.” Jesus não faz acepção de pessoas, não importa se é rico ou pobre, o importante é entender o plano de salvação e depositar a fé na Pessoa de Jesus Cristo, que transformou a vida de Zaqueu, Paulo, da mulher Samaritana, de Onésimo e tantos outros.
Cleverson Pereira do Vale, pastor, colaborador de OJB
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do de Educação e Missões (CIEM) no Rio de Janeiro. Que bênção poder testemunhar a transformação de vidas que estão à margem da sociedade e hoje tem dig-
nidade. O nome de Jesus tem poder, só Ele pode dar alento, força, certeza de vida eterna a todo que Nele crê. Jesus, transformação e vida para todos os brasileiros. Essa
é a nossa oração e desejo que cada pessoa conheça o Amor de Jesus Cristo. Que sua casa seja transformada e sua vida seja mudada pelo poder transformador de Jesus.
EDITAL Organização de Igreja Batista Primeira Igreja Batista de Cascadura Praça Artur Azevedo, 101 - Cascadura Rio de Janeiro – RJ – 21350-040
A Primeira Igreja Batista de Cascadura, com sede na cidade do Rio de Janeiro, Praça Artur Azevedo, 101 – Cascadura, representada pelo seu pastor, Marcos Coelho da Silva, comunica que no dia 04 de novembro de 2017 às 16h, na Rua Miguel Rangel, 436 – Cascadura, será realizado o Concílio que examinará os membros da Congregação Batista de Cascadura e, havendo aprovação, esta se organizará em Igreja. O culto de organização, porém, será celebrado às 19h no templo da Igreja organizadora e no endereço anteriormente mencionado.
Marcos Coelho Pastor Presidente
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missões nacionais
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O Evangelho como o melhor presente para as crianças do nosso país
infância é um período muito importante na formação de cada pessoa. Eventos marcantes nessa faixa etária são lembrados durante toda a vida e, nessa fase, é fundamental que elas ouçam sobre Jesus e sobre o Evangelho. É por isso que Missões Nacionais tem trabalhado com a evangelização de crianças de todo o país. No último ano, aconteceram cinco edições da Operação Jesus Transforma voltadas para a evangelização das crianças. Nessas ocasiões, os missionários e voluntários se mobilizaram para alcançar as Samuel falou de Jesus para crianças de diversas cidades uma criança de sua idade na com estratégias como jogos e Trans em Pernambuco
cultos infantis. Mais de seis mil crianças ouviram sobre Cristo e, entre essas, 526 receberam a Jesus. Mas há um segundo lado nessa importante missão da evangelização de crianças: a atuação das próprias crianças e adolescentes falando do Evangelho para outras crianças. Isso por acontecer através da participação em atividades evangelísticas ou através do relacionamento discipulador com amigos e colegas. A missionária Rute Goulart, que trabalha com Evangelização de crianças no Rio de Janeiro, contou uma experiência marcante da Operação Jesus Transforma Crianças em São
José das Piranhas, em Pernambuco. “Dois irmãos da Igreja Batista do Méier, Ana e Tony, levaram seu filho Samuel (foto) e ele ficou envolvido como se fosse um adulto. Ele ficou apaixonado pelo trabalho de missões! Foi a primeira Trans que ele participou. Ele abordou uma criança no meio do caminho enquanto nós íamos evangelizando, e ele falou de Jesus para a criança. Ele usou o Plano de Salvação e a criança recebeu a Jesus. Foi um momento muito emocionante”, contou a missionária Rute Goulart. Em Niterói - RJ, uma equipe da Operação Jesus Transfor-
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ma contou com a participação de uma menina de apenas nove anos. Ela não tinha a camisa amarela Jesus Transforma, então pintou uma de suas blusas para participar das ações de evangelismo. Os voluntários, comovidos com o empenho dela, se reuniram e deram uma camisa da Trans para ela. Esses relatos mostram a importância do envolvimento de todas as crianças e adolescentes cristãos com a evangelização e também como é fundamental que os líderes invistam nas crianças e adolescentes de suas Igrejas, para que elas possam evangelizar seus amigos e conhecidos.
Parceria entre Missões Nacionais e a IB do Farol vai inaugurar Cristolândia em Maceió - AL * Com colaboração de Rai- uma parceria entre Missões mundo Gomes Nacionais e a Igreja para a abertura de mais uma unidam visita à capital Ma- de da Cristolândia. A Igreja, que é uma grande ceió, em Alagoas, durante o mês de se- parceira de missões, já vinha tembro, o pastor Fer- há anos conduzindo um tranando Brandão, diretor de balho com dependentes quíMissões Nacionais, percebeu micos da região de Maceió. a necessidade do estado na Um ano após o fechamento prevenção ao uso de drogas desse projeto, a viabilização e acolhimento de pessoas de um novo local onde dedependentes químicas. Após pendentes químicos possam conversas com o pastor Ro- receber acolhimento foi celeberto Amorim, da Igreja Ba- brada por toda Igreja e pela tista do Farol, foi estabelecida comunidade.
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O projeto já dispõe de um imóvel na parte alta de Maceió e será inaugurado em breve. Com o apoio da Convenção Batista Alagoana, Igrejas e pastores do estado, o pastor Roberto acredita que a Cristolândia está começando com grandes perspectivas de fazer diferença e avançar proclamando que Jesus transforma vidas. “Não será o projeto de uma Igreja! Precisamos transformá-lo em um projeto de toda a sociedade alagoana”, Parceria com IB do Farol - AL vai inaugurar nova Cristolândia declarou o pastor.
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notícias do brasil batista
Minha vida anuncia o Reino de Deus 190 CONGRESSO NACIONAL DA TERCEIRA IDADE E CAPACITAÇÃO Marília Viana Berzins Preletora, Assistente Social Mestre em Gerontologia Social Doutora em Saúde pública
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s terras pernambucanas receberam, entre os dias 21 e 24 de setembro de 2017, o marcante 19º Congresso Nacional da Terceira Idade e Capacitação, promovido pela União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB). O evento foi realizado no Enotel Convention, em Porto de Galinhas, no município de Ipojuca, PE. A Praia de Porto de Galinhas é considerada uma das mais belas do país, e não fez por menos. Durante os dias do Congresso, a temperatura agradável, a paisagem encantadora e as condições satisfatórias da hospedagem favoreceram uma atmosfera inspiradora aos congressistas, vindos de o Brasil. Pr. Sócrates Oliveira de Souza, Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira, foi o maestro que conduziu o evento, iniciando e terminando as reuniões nos horários previstos na programação, o que agradou a todos os presentes na plenária. Marli de Fátima Pereira González, Diretora Executiva da UFMBB, foi presente em todo o tempo. Ao seu lado, uma eficiente equipe de trabalho: Lis Ruama, Aildes Pereira e Ilmar Neves. Equipe sempre alegre e disponível para atender às necessidades de preletores e caravanas. Liderando com excelência e simpatia e tomando todas as providências necessárias, elas demonstraram, na prática, que suas vidas anunciam com alegria o Reino de Deus, propósito principal do Congresso. Os congressistas, na sua maioria, mulheres, expressaram o retrato das pessoas idosas batistas brasileiras. De todas as regiões brasileiras, es-
pecialmente do Sudeste e Nordeste, participaram do congresso com o propósito de reafirmar que suas vidas anunciam o Reino de Deus, independentemente dos 60, 70 ou mesmo 90 anos já vividos. Destacaram-se as caravanas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, que tiveram o maior número de participantes. Cerca de 700 pessoas se deslocaram de suas casas em busca de crescimento cristão, oportunidade de conhecer uma cidade linda e, sobretudo, fortalecer os laços de amizade e a comunhão com o povo de Deus. Indescritível presenciar a alegria daqueles idosos cristãos. Eles nos provaram que a alegria é um dom de Deus, que vem do coração do homem que teme a Deus em todo o tempo. Não é a idade física que determina o prazer de viver, e sim as bênçãos adquiridas no decorrer de toda uma vida PLENA e dependente do poder de Deus. Em conversa
com uma irmã fluminense de 72 anos, ela me confidenciou: “Espero o congresso o ano todo, e não vejo a hora dele chegar. Tenho dor no joelho, mas isso não me impede de vir. É meu programa preferido do ano. Economizo cada centavo para poder vir. Já conheci muitos locais, aonde não poderia ir por minha conta própria”. As palestras foram ministradas pelo orador oficial, pastor Paulo Roberto Seabra, CE, pelo Pr. Marcos Petrucci, RJ, e pela Pofª do CIEM – Centro Integrado de Educação e Missões, Elen Barreto, RJ. Com base bíblica, eles expuseram mensagens que reforçaram a ideia de que nossas vidas devem anunciar o Reino de Deus. Edificantes, inspiradoras e desafiadoras. Assim foram todas as mensagens. O Senhor Deus usou seus servos contritos na explanação da Sua Palavra, lembrando-nos continuamente que “… formosos são, sobre os montes, os pés do que
anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, do que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, do que diz a Sião: O teu Deus reina!” (Isaías 52.7). O Congresso também promoveu grupos de interesses, que abordaram temas para incentivar ainda mais a participação dos idosos em suas igrejas locais. Os preletores convidados foram: Marília Viana Berzins, SP; Luciana de Barros Freitas, advogada, AL; Marli de Fátima González, RJ; Nadja Ruth Van Eyke Dalcin, RJ; Shirlene Costa Gonçalves; e Ebenezer Soares Ferreira Júnior, médico, RJ. Merece destaque ainda o grupo que conduziu os louvores durante as celebrações. Liderados por Jilza Feitosa, RJ, o grupo foi composto por: Adriano Carvalho, baterista, RJ; Cristiano Martins, baixista, ES; e Leonardo Gomes, tecladista, ES. Diante de tudo o que vimos e vivemos naqueles dias, podemos dizer que velhice não é tempo de aposentar
a vida cristã, pois o Senhor nos diz que os idosos, “na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto” (Sl 92.14). Com essa promessa, eles voltaram para suas casas e igrejas com o desafio ser esteio para as gerações futuras. Agradecemos a Deus por cada congressista que esteve presente, pelos dedicados líderes de caravanas, pelos inspirados preletores e pela incansável equipe de trabalho da UFMBB. Agora, aguardamos idosos de todo o país no 20º Congresso Nacional da Terceira Idade e Capacitação, que será realizado em Foz do Iguaçu, Paraná, entre os dias 20 e 23 de setembro de 2018, no hotel Mabu Thermas Grand Resort. Garanta sua vaga! Entre em contato com o setor de Eventos da UFMBB pelo e-mail promocao@ufmbb. com.br ou pelo telefone (21) 2570.2848.
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inda pequena, meu contato com missões era intenso. Ser uma mensageira do Rei foi um tremendo privilégio. Já adolescente, tudo o que aprendi na organização começou a pulsar em meu coração com mais intensidade. Aos 17 anos, entendi que precisava me capacitar. Mas, apesar do desejo latente de me aperfeiçoar, muitas coisas ainda precisavam amadurecer dentro de mim. O caminho que precisei percorrer para crescer e ser moldada por Deus foi um pouco diferente do que imaginei. Aos 19 anos, ingressei na minha primeira graduação. Naquele momento, Deus me levava a um caminho extraordinário. Por meio da Psicologia, comecei a conhecer melhor aquele que é o alvo do amor de Deus: o ser humano! Continuei vivendo meu chamado onde estava. Na faculdade, participei da criação de um projeto de evangelização de universitários, que alcançou todas as instituições de ensino superior da minha cidade. Foi quando, mais uma vez, meu coração, assim como o do profeta Jeremias, começou a queimar. Percebi que eu precisava estar mais preparada para responder o motivo da esperança que há em mim, pois o ambiente acadêmico é desafiador. Dois anos após o término da minha graduação, iniciei a busca por um curso em instituição que me proporcionasse o preparo adequado. Hoje, sou aluna do Mestrado em Missiologia no Centro Integrado de Educação em Missões (CIEM). Chegar aqui foi a concretização de todas os sonhos que nasceram no meu pequenino coração de mensageira do Rei.
O preparo tem contemplado minha vida integralmente. Os professores são mais que mestres, são servos, que ensinam com suas vivências de campo e de vida. O CIEM tem sido um verdadeiro laboratório de experiências com Senhor da seara. Hoje, minha oração é que você, leitor, possa ser encorajado a ir além. Prepare-se! Mas, principalmente, esteja disponível! Débora Regiane Lizardo Psicóloga Clínica e Mestranda em Missiologia pelo CIEM Membro da PIB em Foz do Iguaçu-PR. @ufmbb
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PIB Siqueira - CE consagra oito irmãos ao diaconato e institui corpo diaconal Fotos: Renan Duarte / PIBS
Pastores e corpo diaconal da PIBS
Oração consagratória
Fredson Miranda de Souza, cício neste ministério na pastor auxiliar da Primeira PIB do Siqueira. Foi um Igreja Batista Siqueira - CE momento histórico para esta Igreja, que, em 21 de janeioi com imensa ale- ro de 2018, completará seis gria e satisfação que anos de organização. Em Atos 6.1-7 temos os na noite do dia 26 de agosto de 2017, relatos dos primeiros servos os membros da Primeira de Jesus que foram consaIgreja Batista do Siqueira, grados ao diaconato. Na em Fortaleza - CE, junto ocasião, os gregos recémaos irmãos de outras Igrejas -convertidos ao cristianismo convidadas, ofereceram um murmuraram, porque as culto de adoração a Deus, suas viúvas estavam sendo consagrando a Ele oito ir- esquecidas na distribuição mãos para o exercício do diária. Diante deste probleministério de Diaconato, ma logístico, com a sabeempossados para ter exer- doria advinda do Espírito
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Santo, os apóstolos desafiaram os irmãos a escolherem dentre eles sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e sabedoria para que ficassem encarregados deste serviço e, assim, elegeram Estêvão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, que receberam a benção de serem os primeiros diáconos discípulos de Jesus consagrados neste ministério, deixando, então, os apóstolos livres para exercer exclusivamente o ministério de oração e da Palavra.
Culto consagratório dos primeiros diáconos da PIB Siqueira - CE
A partir da Igreja Primitiva, deu-se então início ao ministério do diaconato, e ainda hoje algumas denominações, sobretudo nós, os Batistas, entendem a importância da presença do diácono em suas Igrejas, sendo estes considerados oficiais junto aos os pastores. O apóstolo Paulo, em sua primeira carta endereçada ao seu filho na fé chamado Timóteo (I Tm 3.8-13), descreve com detalhes as qualidades essenciais àqueles que aspiram servir às três mesas: do Se-
nhor, do pastor e das obras sociais. Aos diáconos e diaconisas do Senhor: irmã Alina, irmão Paulo, irmão Bandeira, irmã Lourdinha, irmão Raimundo, irmã Conceição, irmã Vera e irmã Auricélia, doravante comissionados a servir na PIB Siqueira, deixamos os nossos votos de continuado sucesso nessa carreira que lhes foram propostas, e que possam servir ao Senhor neste abençoado ministério, combatendo o bom combate até a volta gloriosa de Cristo Jesus.
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missões mundiais
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Congresso do PEPE marca centenário dos Batistas da Nicarágua Vládia Soares - missionária de Missões Mundiais na Nicarágua
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pesar de todas as difíceis situações climáticas que assolam a América, diante de notícias desalentadoras e ameaças de furacões, terremoto e tsunami, louvamos a Deus que nos livrou e ajudou na realização do Primeiro Congresso PEPE na Nicarágua. Vivemos uma experiência de fé com a liderança da Convenção Batista, que não acreditava ser possível reunir um grupo tão significativo de pessoas para participar de um congresso infantil. Motivamos os irmãos a orar, clamando a Deus por um despertar da visão do trabalho com as crianças, e trabalhamos arduamente na divulgação, viajando por todo o país e fazendo contatos com pastores. Estivemos também na rádio Batista para entrevistas, convidando as pessoas para participarem desse evento histórico do Centenário da Obra Batista na Nicarágua. E o Senhor nos abençoou enviando um número expressivo de participantes. Tivemos uma programação maravilhosa e envolvimento de diversos líderes. Realizamos em Manágua, no dia 09 de setembro, o primeiro Congresso Nacional do PEPE, no templo da Primeira Igreja Batista, o qual tive o prazer de coordenar junto a irmã Lizeth Detrinidad e a missionária Rejane do Nascimento, minha colega de campo. O projeto faz parte da União Feminina Missionaria e conta com o apoio da Convenção Batista da Nicarágua. Tivemos a presença de mais de 200 participantes entre
pastores, pastoras, missionários-educadores, líderes de crianças, adolescentes e muitos irmãos que trabalham com crianças no país, oriundos de diversas regiões, 66 Igrejas Batistas e outras denominações. Esse dia entrou para a história do povo Batista nicaraguense. Foi um período marcado por mensagens desafiadoras e testemunhos impactantes. O tema tratado foi: “Alcançando as crianças para Cristo”, com a divisa em Lucas 18.16, que diz: “Mas Jesus chamou a si as crianças e disse: Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas”. A ideia central desse encontro foi destacar a importância de plantar sementes de vida eterna no coração das crianças, amando-as e conduzindo-as a Jesus. Contamos com um grupo de preletores muito especiais, que transmitiram a urgência de cuidarmos, protegermos e evangelizarmos as crianças. Tivemos a mensagem bíblica ministrada pelo pastor Félix Ruiz, presidente da Convenção Batista da Nicarágua, que abordou sobre dar o melhor aos pequenos, nos preparando para ensinar o Amor de Deus, dando-lhes os melhores lugares nas Igrejas e não mais debaixo de árvores ou
em lugares desconfortáveis e inadequados para que elas possam aprender as verdades bíblicas. Desafiou os presentes a fazerem como Jesus, que ensinou a importância das crianças, mas também abraçou e abençoou suas vidas. A missionária de Missões Mundiais Carmen Ligia Ferreira, que é a coordenadora Regional da América Central e Caribe do PEPE, também esteve presente. Ela falou sobre os desafios que temos em mudar a dura realidade de milhares de crianças que estão sofrendo no mundo e, principalmente, na Nicarágua. A realidade pela qual as crianças da América Latina e de todo o mundo têm passado é assustadora e desafiadora. Precisamos atuar de forma emergencial e eficaz. Carmem abordou o tema da criança como um campo missionário e um missionário em potencial, pois cada coração sem Jesus é o nosso campo missionário e cada criança alcançada pelo Amor de Deus se torna automaticamente um missionário, que leva a mensagem de salvação a sua família, amigos, vizinhos e a todos os que a cercam. As crianças têm a capacidade de falar do Amor de Deus aos outros, multiplicando essa mensagem rapidamente com muita coragem e destemor.
Um grupo de crianças também esteve abrilhantando o congresso. Elas entraram com a bandeira do país, cantaram o Hino Nacional, oraram pela Pátria e louvaram a Deus com alegria, destacando que é muito importante aprender. Essas crianças fazem parte do primeiro PEPE iniciado no país em 2014, na Igreja Batista Ressurreição, pastoreada pelo pastor Omar Arcia. Ele testemunhou sobre o trabalho realizado com as crianças da comunidade e as conversões de famílias inteiras. Pastor Omar falou que as crianças estão recebendo a mensagem do Evangelho, se convertendo e levando Jesus para sua família. Ele citou o exemplo do pequeno Joshua, um garotinho de cinco anos que trouxe os pais para Cristo. Eles se converteram, estão sendo preparados para o batismo e se casarão, dando testemunho do Poder de Deus. Na ocasião do congresso, foi realizado um momento de reconhecimento, com entrega de certificado a todas as Igrejas que já abraçaram o programa socioeducativo, atendendo as crianças de 03 a 05 anos na educação infantil. Que alegria ver o mover de Deus e a multiplicação de esforços em alcançar os pequenos que carecem de amor, proteção e o conheci-
mento da Palavra de Deus. Louvamos ao Senhor pela vida de pastores e pastoras, professores e missionários-educadores, líderes que amam as crianças e estão levando a mensagem de salvação aos pequenos corações, resultando em vidas e famílias inteiras transformadas pelo Poder de Deus. Atualmente, já contamos com 18 unidades do PEPE na Nicarágua, alcançando cerca de 400 crianças e suas famílias, com 28 missionários-educadores que, além de ensinar as letras e números, transmitem o Amor de Deus. Também tivemos conferências que trataram sobre a evangelização e musicalização infantil, ministrada por mim e pela irmã Martha Parajón, que levou um coro de crianças e adolescentes para louvar a Deus, encerrando assim o congresso. Na evangelização foi falado sobre a necessidade de ensinar o plano de salvação às crianças de maneira criativa e dinâmica, utilizando as cores, o livro sem palavras, fantoches e canções. Na área da música, foi ensinado sobre como é importante conduzir os pequenos a adorar a Deus. Devemos ser persistentes e atenciosos em ensinar verdades bíblicas através da música. Que toda honra e glória sejam dadas ao nosso Deus, o único digno de ser louvado e exaltado eternamente! Dwight L. Moody, o maior evangelista norte-americano do século XIX, disse: “Ganhar um adulto para Cristo é ganhar apenas meia vida; ganhar a uma criança é salvar uma vida inteira”. Vamos ganhar as crianças para Cristo!
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PIB Tabuleiro - AL celebra 39 anos com vasta programação Joseane Santos Oliveira, jornalista
“S
endo transformados para transformar” foi o tema das festividades de comemoração dos 39 anos de organização da Primeira Igreja Batista no Tabuleiro, em Maceió - AL. Há quase quatro décadas essa Igreja vem cumprindo a missão de pregar e praticar a Palavra de Deus, contribuindo para a edificação espiritual de diversas pessoas e exercendo um importante papel social na comunidade, através dos projetos que tem desenvolvido. Foram três dias de celebração, de 15 a 17 de setembro, em que a Igreja esteve lotada de membros e convidados. A festa contou com várias participações especiais na área musical, entre elas, a orquestra do Corpo de Bombeiros
Participação do Coral da Cristolândia de Pernambuco
de Alagoas, que se apresentou logo na abertura, na sexta-feira. As demais atrações foram: o Grupo Essência, o cantor Roberto Diamanso, ministério de coreografia Exaltar-Te, o coral da PIB Tabuleiro e o coral do Projeto Cristolândia de Pernambuco, que deu um “show” à parte, emocionando os presentes pelo entusiasmo e testemunho de transformação de vida dos seus integrantes.
As mensagens bíblicas foram ministradas pelos pastores convidados, Tércio Ribeiro, da PIB Maceió e Valdir Soares, da Junta de Missões Nacionais do Rio de Janeiro. Para Anderson Nunes, pastor presidente da PIB Tabuleiro há dez anos, este momento tem grande significado na vida da Igreja, que só tem crescido espiritualmente e em número de membros e congregados, de-
Igreja estava lotada de membros e convidados
monstrando o cumprimento da Palavra de Deus na vida de Seu povo. “Louvo a Deus porque ao longo desses anos a PIB Tabuleiro tem crescido no conhecimento de Deus e frutificado para que o Seu nome seja exaltado”, disse. Além dos cultos comemorativos com a realização de batismos, os participantes puderam adquirir conhecimentos através de palestras gratuitas ministradas em ofi-
cinas, cujos temas foram: “Quinhentos anos da reforma protestante: seu legado e desafios”, com o pastor Társis Lemos; “Empreendedorismo: criar para inovar”, por Leonardo Naves; e “Um com Ele: como trabalhar com o ímpar”, por Selma Brito; além da Oficina Kids para as crianças. O templo da Igreja fica localizado na rua doutor Eurico Ayres, 78, Tabuleiro do Martins.
OPBB - subseção Anápolis e cidades da região Centro Norte Goiano realizam reunião em Anápolis - GO Marcos José Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO
N
o dia 25 de setembro de 2017, na residência do pastor Edmar Silva, foi realizada mais uma reunião quinzenal do grupo de pastores da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) - subseção Anápolis e cidades da região Centro Norte Goiano. Periodicamente, os pastores costumam reunir-se para fomentar o crescimento espiritual do grupo e o fortalecimento da comunhão entre os líderes e pastores das Igrejas locais. Na ocasião, o anfitrião foi o pastor Edmar Silva, que também foi o responsável pelo devocional do dia. O pastor leu o texto de Romanos 15.8-21 e tratou de um assunto muito oportuno e pertinente para os Batistas brasileiros no mês de setem-
Momento de oração entre pastores e famílias
bro: missões. A reflexão do pastor Edmar abordou a obra de evangelização e missões confiadas a Igreja de Jesus Cristo. A mensagem, dentre outras coisas, chamou a atenção dos ouvintes para a situação de estagnação das Igrejas Batistas em Anápolis e do papel dos líderes para reverter a situação atual e manter o rebanho do Senhor saudável e operoso. O objetivo da Igreja de Jesus Cristo
é ganhar a cidade e o mundo para Cristo. O pastor Pedro Mascare, presidente da OPBB - subseção de Anápolis e cidades da Região Centro Norte Goiano, elogiou a coragem do pastor Edmar em tratar de um assunto tão urgente e necessário para os líderes Batistas de Goiás. Pastor Pedro Mascare ainda ressaltou a difícil tarefa empreendida pelos pastores de apascentar
Momento da audição da Palavra através do Pr Edmar. O primeiro da Direita
a Igreja do Senhor. Cada pastor cuida de pessoas que Jesus as confiou para protegê-las. E o Senhor Jesus revelou o perfil de um bom pastor: “O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10.11b - NVI). “Esforce-se para saber bem como suas ovelhas estão, dê cuidadosa atenção aos seus rebanhos” (Pv 27.23 NVI). Após a mensagem bíblica e cânticos espirituais seguiu-
-se com a troca de pedidos de oração e intercessão uns pelos outros. Em seguida, foi servido um delicioso jantar e terminou a reunião com um lindo momento de confraternização entre os participantes. Deus abençoe os seus servos, os pastores, na grande tarefa de cuidar da Igreja do Senhor Jesus e cooperar para a expansão do Reino de Deus na terra. Amém!
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OBITUÁRIO
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Pastor José Gruvira dos Santos Uma vida dedicada ao Senhor
pastor José Gruvira dos Santos nasceu no dia 14/01/1933, na cidade de Barreira de Santana, no estado do Pará. Aos 09 anos de idade ficou órfão de pai e mãe. Na sua juventude, aos 23 anos, converteu-se a Cristo, dando, a partir daí, uma grande virada em sua história de vida. Sua família não aceitou a sua decisão e o expulsou de casa e, assim, começou a sua jornada em busca da vontade de Deus. No ano de 1964, formou-se em Teologia pelo Instituto Bíblico de Carolina, no estado do Maranhão. No dia 15/02/1964, casou-se com a educadora religiosa, professora Wanda Marly Lins Gruvira dos Santos, que foi peça fundamental em seu ministério. Ela se formou no ITC (Antigo IBER). Dona Wanda, como era chamada, também era missionária da Junta de Missões Nacionais e colocou 100% da sua vida para ajudar ao pastor Gruvira em seu ministério, tanto no
campo missionário como na direção das Igrejas locais por onde passaram; além disso, também foi líder da União Feminina no estado do Espírito Santo. Desta união, Deus concedeu ao casal quatro filhos: Laís (pedagoga), Marcos (pastor), Keila (ministra de Música) e Júnia (ministra de Música e violinista da Orquestra Sinfônica do ES). Deus agraciou a família Gruvira com sete netos: André, Mariana, Pedro, Rômulo, Giovanna, Timótheo e Esthevão. Seus genros, pastor Edivandro e pastor Cesar, e a sua nora Ângela (teóloga e farmacêutica), também estão servindo na Obra de Deus. Pastor Gruvira dedicou a sua vida para o Reino de Deus, em especial na denominação Batista. Por dez anos foi missionário da Junta de Missões Nacionais no Sul da Bahia e, após essa etapa, foi ordenado pastor da Primeira Igreja Batista de Campo Grande, na cidade de Cariacica - ES, onde foi pastor titular
por 23 anos. Nesse longo período, Deus o abençoou grandemente e frutificou o seu ministério; fundou 26 novas Igrejas e Congregações em vários locais do estado do Espírito Santo. Ao longo dos seus 53 anos de ministério realizou mais de 2.400 batismos. Encaminhou para os Seminários Teológicos no Brasil e fora do Brasil mais de 80 candidatos, entre eles pastores, ministros de Música, missionários e educadores religiosos. Muitos deles hoje são grandes líderes cristãos servindo em suas Igrejas. Em 1996, a convite, foi pastor titular na Igreja Batista
no Bairro São Bernardo em Campinas - SP e lá ficou por oito anos. Ao retornar para o Espírito Santo, em 2004, recebeu o convite para ser pastor titular da Primeira Igreja Batista no Bairro São Francisco, em Cariacica - ES, onde, de forma abençoadora, a conduziu até a presente data. Em 2010 ficou viúvo, mas Deus lhe concedeu um abençoado casamento com a professora Elzelita Dias Oliveira Souza. Soubemos que a sua partida para o Lar Celestial foi ouvindo o hino do nosso Cantor Cristão “Tudo Entregarei”. “Sempre cantava para ele, pois, percebia que quando cantava ele se acalmava e conseguia adormecer e, então, eu conseguia ver em seus olhos uma profunda paz de espírito. No dia da sua convocação cantei para ele o hino ‘Tudo entregarei’, do nosso Cantor Cristão, quando percebi que não haviam mais batimentos cardíacos e a respiração havia cessado. Ele partiu de forma calma,
serena e tranquila, ou seja, dormiu nos braços do Senhor Jesus. O testemunho dele no hospital era fascinante; a médica nos relatou que a equipe estava impressionada com a paz que ele transmitia e alguns diziam que queriam sentir esta paz também. Mesmo no vale ele conseguia evangelizar dando a todos um brilhante testemunho de fé”, é o que nos relata a sua terceira filha, a ministra de Música Keila Gruvira, com quem passou seus últimos momentos. O pastor José Gruvira sempre esteve convicto que sua caminhada começou pela Graça de Deus, quando descobriu na juventude a razão do seu viver - Jesus Cristo. Foram 84 anos de vida e 53 anos de ministério pastoral, hoje promovido para o glorioso céu, caminha por toda eternidade com o seu grande e único amigo Jesus Cristo. O Senhor deu, o Senhor tomou, bendito seja o nome do Senhor. A Deus toda honra, glória e louvor.
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Oração: ação e reação
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oração é uma conversa íntima com o Pai por meio do Senhor Jesus Cristo, único Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2.5). É maravilhoso lidar com o Pai pela oração e pela súplica com ações de graça! A oração genuína é uma ação que produz uma reação ou resposta. Deus, nosso Pai, age em nós para orarmos e Ele mesmo responde às orações feitas por Seus filhos. O Senhor é o motivo principal das nossas orações. Ele nos ensina a orar, a buscar Sua face com temor e tremor durante o tempo da nossa peregrinação. A oração é dinâmica, pois é uma ação que produz reação. Muito mais do que na lei da física, a oração é exercida debaixo da lei espiritual. Na oração, reagimos ao amor de Deus, ao Seu perdão, à Sua justiça e à Sua verdade. Deus, em Cristo Jesus, nos leva a agir orando para que Ele, por Sua vontade, graça e misericórdia, reaja poderosamente. As nossas orações estão sempre submissas à vontade de Deus, que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2). Elas santificam o cristão comprometido com o ensino das Escrituras. Devemos, como crentes em Cristo Jesus, orar com deleite, prazer e contentamento. A oração é uma prática eminentemente espiritual com implicações éticas e emocionais. Deus nos deu a fé como um dom para que a exerçamos na vida cristã, especialmente na oração e no aprendizado das Escrituras (Ef 2.8-10). A oração deve ser concebida no coração. Não se deve ter pressa na
oração. O diálogo com o Pai é sempre muito prazeroso e produtivo. O nosso Deus não despreza um coração quebrantado e contrito que ora, que O busca intensamente (Sl 51.17). Oração é relacionamento com o Senhor e com o nosso próximo, especialmente quando intercedemos em comunidade. Orar é agir em favor do próximo visando sempre a glória de Deus. Na oração nós adoramos o Pai em espírito e em verdade (João 4.24). Na intercessão, nós agimos (orando a Deus) e reagimos (esperando em Deus a resposta). Diante da oração, o Senhor age e reage sempre conforme a Sua vontade soberana. Na oração sincera somos perscrutados ou sondados pelo Senhor. Quando oramos, Ele trata conosco. Em nosso relacionamento com Deus somos humilhados, pois Ele se revela a nós em perfeita santidade. Enquanto estivermos nesta terra devemos orar sem cessar, exercendo a nossa fé em todo o tempo (I Tessalonicenses 5.17), pois o justo viverá pela fé (Habacuque 2.4; Romanos 1.17). A fé é um dom de Deus, que nos motiva a orar, a confiar e a esperar. Como o salmista, somos desafiados a esperar com paciência pelo Senhor, sabendo que Ele ouvirá a nossa voz (40.1). Sabemos que sem fé é impossível agradar a Deus (Hebreus 11.6). O Senhor é sempre presenteador daqueles que O buscam e O fazem em verdade, com inteireza de coração. Um cristão genuíno tem prazer na oração ao Pai, tem gozo em orar por pessoas. Possui a consciência de
que a oração é um trabalho muito sério; ele confia que o Senhor dirige a história. Como Jesus, na Oração do Pai Nosso, devemos sempre reconhecer que o Deus Pai está nos céus e entre nós pelo Espírito Santo. Que o Seu nome é sempre Santo. Que o Seu Reino esteja sobre nós. Que a Sua vontade seja sempre obedecida em todo o lugar. Que a Sua provisão
e proteção sejam reais em nossa vida. Que o Seu perdão seja sempre a base para perdoarmos os que nos ofendem. Que só Ele pode nos livrar da tentação, pois dEle é o Reino, o Poder e a Glória para sempre (Mt 6.9-13). Sejamos homens e mulheres de oração; oremos em todo o tempo (Efésios 6.18). Aproveitemos todas as oportunidades para intercedermos
uns pelos outros. Adoremos ao nosso Deus por meio de uma vida de oração. Que as nossas orações sejam fruto de corações quebrantados e contritos. Sejamos dependentes do Senhor, pois, sem Ele, nada podemos fazer (João 15.5). O nosso Pai age e reage a nosso favor. Devemos, igualmente, agir e reagir para beneficiarmos os outros sempre para a glória de Deus Pai.
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OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA
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estes dias, o tema da homossexualidade tomou conta de diversos setores, especialmente da mídia, a partir de uma liminar concedida por um juiz federal a respeito da Resolução 001/1999 que, em resumo, proíbe os psicólogos de atenderem pacientes homossexuais que buscam (re) orientação sexual. Assim, em 15/09/2017, a 14ª Vara Federal entendeu que a referida Resolução viola o patrimônio público, concedendo liminar com a seguinte observação: “Defiro, em parte, a liminar requerida para, sem suspender os efeitos da Resolução nº 001/1990, determinar ao Conselho Federal de Psicologia que não a interprete de modo a impedir os psicólogos de promoverem estudos ou atendimento profissional, de forma reservada, pertinente à (re) orientação sexual, garantindo-lhes, assim, a plena liberdade científica acerca da matéria, sem qualquer censura ou necessidade de licença prévia por parte do C.F.P., em razão do disposto no art. 5º, inciso IX, da Constituição de 1988”. O Conselho Federal de Psicologia entrou com recurso com a liminar e o tema deve prosseguir no trato jurídico. Uma grande rede de televisão, em horário nobre, por meio de um de seus principais programas, reforçou a ideia de que o que se pretendia com esta ação era a busca pela “cura gay”, expressão em nenhum momento utilizada pelos postulantes da ação, nem na decisão do referido juiz. Destacam-se diversos fatos contundentes no conteúdo e formato da referida reportagem expondo o tema de modo parcial, se valendo de “diversos pesos e medidas”, atributos estes que ferem a necessária isenção e imparcialidade tão necessárias neste mundo complexo e
diversificado. Vejamos que na reportagem tivemos: • A exposição de uma nota explicativa dos postulantes da ação, mas sem nenhum destaque das frases explicativas, como normalmente a mesma rede de comunicação faz com documentos recentes referentes a delações premiadas, Lava-Jato, etc; • O depoimento de dois profissionais da área médica, destacando-se um deles, que participa ativamente nos programas da rede. Lembro-me que há cerca de um ano esta rede divulgava o dia todo um spot de vídeo de poucos segundos em que este médico afirmava que “Se alguém se incomodasse com um vizinho que dormisse com um homem ou uma vizinha que dormisse com uma mulher deveria procurar um psiquiatra”. Como professor universitário há mais de 40 anos procurei o site deste médico e lhe perguntei qual era a base científica dessa sua afirmação. Fiquei sem resposta, mas em cerca de três dias a rede de TV tirou do ar aquele spot de vídeo. O pior é que no vídeo completo de onde foi retirado o spot, este médico inicia fazendo acusações preconceituosas contra religiosos, demonstrando, no fundo, o preconceito dele mesmo, ainda que no vídeo desejasse defender que não devemos ser preconceituosos (???); • A própria utilização da expressão “cura gay”, repetida diversas vezes, não representa o posicionamento apresentado na ação. Não tenho dúvida que essa expressão possa ser utilizada por pessoas “leigas” no tema, mas não representam a séria comunidade científica e mesmo religiosa que trata do tema com posicionamento diferente do expresso na reportagem. O uso desta expressão não seria uma medida preconceituosa contra abordagem diferente da adotada pela rede?
Não existe cura gay • A tentativa coercitiva de entrevista de uma profissional da área de psicologia, inclusive em um apertado elevador. Aliás, isso não foi “privilégio” desta reportagem, é uma estratégia há muito tempo utilizada em reportagens, muitas vezes com o objetivo de constranger alguém. As pessoas têm o direito de atender ou não um repórter do ponto de vista constitucional. Mas, além de tudo, é necessário considerar a contradição no tema ao analisarmos algumas publicações, como o artigo do professor Leandro Colling (Folha de São Paulo, “Desnaturalização da heterossexualidade”, 17/05/11), que, por certo, teve sua fundamentação em Judith Butler e na Teoria Queer. Deste artigo, que você deve ler, por causa do espaço, vamos destacar os pontos principais: • “Em vez de pensarmos que as nossas identidades são naturais, no sentido de que nascemos com elas, verificaremos que nenhuma identidade é natural, que todos resultamos de construções culturais”. • “...Para combater a homofobia, precisamos denunciar o quanto a heterossexualidade não é uma entre as possíveis orientações sexuais que uma pessoa pode ter. Ela é a única orientação que todos devem ter. E nós não temos possibilidade de escolha, pois a heterossexualidade é compulsória e produziu a heteronormatividade”. Em resumo, a heterossexualidade acaba não sendo uma opção de orientação sexual, mas produto compulsório da modelagem da cultura sobre o sujeito. Daí, é possível deduzir que ser heterossexual é anormal e inferior, pois o homossexual se contrapôs à compulsoriedade da cultura e buscou a sua libertação optando por orientação diversa da compulsória.
Alguns detalhes: • Neste caso, eu comento incluindo fatos culturais como a escravidão, que tirou direitos humanos, destruiu histórias de vida, matou, etc. O mesmo com relação à poligamia, especialmente a poligínica, que torna a mulher um objeto e a desvaloriza. Então, a cultura não é tanto assim normativa como essa escola de pensamento tenta defender. • É curioso notar que, mesmo em casais homossexuais, a matriz macho e fêmea geralmente se faz presente. • Também é curioso notar que o argumento antropo-socio-cultural destaca muito bem a fluidez e instabilidade da cultura em suas variadas formas, mas isso não pode ser igual a dizer que a cultura atual é superior a culturas anteriores, como se isso partisse de uma fundamentação evolutiva crescente hegeliana ou kuhniana. Hoje, por exemplo, há estudos sérios demonstrando que a cultura medieval não foi tão medieval (cruel e divinizada) assim, desprovida totalmente de senso e razão. Assim, os fenômenos culturais sempre são relativos. E aqui sempre tem a pergunta fatal: “E se a cultura de amanhã tornar a pedofilia como algo normal, você entregaria seu filho ou filha para algum pedófilo?”. Desculpem-me, não estou querendo exagerar, mas apenas demonstrar a instabilidade da argumentação. Precisamos ir mais à frente em busca uma ética mínima para que possamos sobreviver como raça, pois, do jeito como a cultura caminha, o mundo está não só ficando mais violento, egoísta, como sofrendo um processo de “auto”- fagia. • Ainda sobra mencionar a existência dos disruptores endócrinos, que são elementos externos que provocam distúrbios endócrinos funcionais, inclusive na libido da pessoa. • Mas também há o senso de arrependimento e ina-
dequação consigo mesmo de pessoas que fizeram a opção por identidade sexual diferente de sua constituição neurobiogenética, vivendo em uma situação “egodistônica”, portanto, com sofrimento emocional devido a estranhamento, repulsa e não aceitação de uma disposição pulsional, causando desconforto com desejos incompatíveis ou em conflito com a condição de vida que assumiu. Assim, se o homossexual teve a coragem e o direito de buscar outra orientação sexual que difere de sua constituição neurobiogenética, por que ele não teria o direito de buscar uma (re) orientação, isto é, desistir de sua decisão sobre a opção sexual? Se o professor Leandro e seus colegas discordarem disso, será que teriam coragem de afirmar que defenderiam, do mesmo modo, que a homossexualidade é, hoje, pela dinâmica evolutiva cultural, uma imposição e compulsoriedade social? E se o homossexual desistiu, por várias razões, de sua decisão e necessita de suporte profissional, por que furtar dos profissionais da área de psicologia esse direito do exercício profissional? Em resumo, fico pensando que se tudo isso que se defende hoje, geralmente baseado nos postulados de Judith Butler e a Teoria Queer, acaba não sendo um processo de imposição compulsória às pessoas, tirando-lhes o direito de decidir e (des) decidir. Assim, não se trata de cura gay, mas, simplesmente, de a pessoa ter o direito de mudar sua opção. Veja que, em nenhum momento, expresso preconceito, apenas tenho um conceito diferente. São proposições diferentes, não preconceito. Fico preocupado quando defensores de ideias diferentes nos atacam com a etiqueta de preconceito. E aí, quem está sendo preconceituoso?