OJB Edição 43 - Ano 2015

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 18/10/15

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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 42 Domingo, 18.10.2015 R$ 3,20

Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele Provérbios 22.6

Ser educador é ter o dom de transformar vidas!


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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

Ao mestre com carinho

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ão sei se você já assistiu ao filme que tem este título (foi lançado em 1967), mas, com certeza, esta frase você já ouviu. O filme retrata as questões sociais e raciais em uma escola londrina através do relacionamento do professor com seus alunos. Este dia dos professores me fez relembrar este filme, pois mostra um homem com ideais maiores do que passar um conteúdo educacional, pois ele se envolve com a vida de cada jovem de sua sala. Mais do que um professor, ele é um educador. Sabemos que a educação brasileira passa por diversos problemas, mesmo no ano em que o lema do

governo é “Pátria Educadora”. Fica difícil pedir aos homens e mulheres que se dedicam ao ensino nas escolas públicas ou privadas que, além de professores, sejam também educadores. Falta tudo: remuneração adequada, respeito por parte dos alunos e pais que agridem e ameaçam, segurança para trabalhar nas escolas em áreas de risco, investimento no preparo, principalmente no uso das novas tecnologias. Falta a valorização de alguém que se dispõe a investir o seu tempo na formação de outras pessoas. Fico pensando também na nossa educação Batista. Seja a realizada em nossas escolas, seminários, faculdades

Ca do rtas s le ed ito ito r@ ba r tis tas es .co m

As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome completo, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

Batistas ou a realizada na Igreja. Como temos tratado aqueles que ensinam, que se dispõem a usar o dom dado por Deus para ministrar na Igreja a crianças, adolescentes, jovens, adultos e terceira idade? O aprendizado das verdades bíblicas deve acontecer, em primeiro lugar, no espaço da família, mas a realidade mostra que este papel tem sido realizado pelas Igrejas através dos professores de EBD. Lembro-me que por meus pais não serem crentes, tudo o que aprendi e vivenciei na minha vida cristã (me converti aos nove anos e me batizei aos 13) foi através das minhas professoras na Igreja, e até hoje

continuo neste processo de aprendizagem, que não pode parar. A maioria dos membros da Igreja, mesmo os de famílias cristãs, vivenciam a mesma experiência. Vocês, professores de nossas Igrejas, são educadores porque nos preparam para viver a Palavra de Deus no cotidiano, para sermos verdadeiros discípulos de Jesus. Por isso, em comemoração ao Dia do Professor, dê um abraço e uma palavra de gratidão e motivação ao seu mestre na Igreja, com muito carinho.

Testemunho

mim os momentos de aflição que os crentes estão sujeitos, e quero lembrar a todos os nossos irmãos um trecho do hino 312 do Cantor Cristão: “Os malvados me detestam, e me querem destruir, mas os anjos me rodeiam, não me deixam sucumbir / Que nos ajuda a caminhar ao lado do Bom Redentor”. Deus abençoe a todos!

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m 1960, ainda muito jovem, no Maracanã, no Rio de Janeiro, converti-me a Cristo durante a pregação do pastor Billy Graham. Assim pude compreender àqueles que resolvem seguir os passos do Mestre, que disse: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33). Por isso dou testemunho que após essa decisão senti em

Sandra Regina Bellonce do Carmo, coordenadora do Departamento de Educação Religiosa da CBB

Eber Soares de Souza, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ


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Cada etapa da vida tem seus encantos e desafios Joílton Oliveira, membro da Igreja Batista do Méier - RJ, teólogo, especialista em geriatria e gerontologia

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ós, como Igreja, cantamos: “Jesus ama as criancinhas...” (Jesus de fato ama), mas precisamos lembrar que Jesus também ama as pessoas idosas, Ele não faz acepção de pessoas, ama e abençoa a todos de modo que ninguém é velho demais para não necessitar desse amor. Estamos preparados para um cenário futuro fortemente longevo? Pelos estudos e pesquisas que vem circulando parece que não. O pior é que ignoramos que tal fenômeno afetará a todos nós, mais cedo ou mais tarde. Uma realidade bem mais séria do que parece. A maioria das pessoas não sabe envelhecer porque ninguém ensina isso. Não é fácil lidar com as limitações impostas pelo envelhecimento, mas ele é real para todos. Temos a mídia que bombardeia com estereotípicos negativos sobre idoso, como por exem-

plo, que o velho se retira da participação ativa do mundo, adota hobbies inóculos, viaja e recorda o passado. Quando somos crianças queremos ser maiores de idade, dirigir automóveis, trabalhar e nos casar. Na nossa sociedade estas coisas são vistas como acontecimentos importantes. E na realidade são naturais e bons. Por que, então, encaramos o envelhecer (parte do processo natural da vida) como algo não desejável? Por que não queremos envelhecer? A sociedade em que vivemos aprecia a juventude e a beleza exageradamente. Temos a impressão de que o envelhecer reduz o nosso valor como pessoa. É certo isso? Claro que não! Infância, adolescência, juventude, maturidade, o tempo passa depressa. As transições da vida são normais e inevitáveis. E a Bíblia nos dá alguns exemplos de pessoas que chegaram a terceira idade e nesta fase viveram felizes e realizados. O salmista declara: “Na velhice ainda darão frutos” (Sl 92.14). Vejamos então

exemplos de homens e mulheres da Bíblia na terceira idade e seus frutos: Calebe, aos 85 anos, falou do seu vigor, como relata Josué 14.6-15; 15.4; Ana, com 84 anos, não deixava o templo, mas adorava a Deus, como diz Lucas 23.36-37 Abraão, na sua velhice, creu em Deus e ainda viu Sara ter um filho, como cita Gênesis 18.9-15; 21.1-7); Josué, na terceira idade, ainda conquistou muitas terras; Barzilai semeou generosidade e colheu gratidão na terceira idade, como descreve o texto de II Samuel 19.32. “E era Barzilai muito velho, da idade de oitenta anos; e ele tinha sustentado o rei, quando tinha a sua morada em Maanaim, porque era grande homem” (II Sm 19.32). Davi experimentou a fidelidade de Deus na terceira idade. Ele declara em Salmo: “Fui moço e já, agora, sou velho, porém, jamais vi o justo desamparado, nem a sua descendência a mendigar o pão” (Sl 37.25) Quando devemos parar de buscar crescimento? Nunca.

O Senhor afirma que o justo, não importa sua idade, deve buscar crescer sempre. O limite está estabelecido em Efésios: “Até que todos cheguemos a unidade da fé, e do pleno conhecimento do Filho de Deus, a ser homem perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4.13). Certa vez, a Revista “The New Yorker” publicou que “Aprender uma nova habilidade traz inúmeros benefícios ao cérebro, incluindo melhoria da memória, inteligência verbal e o aumento das competências linguísticas.”. Toda vez que aprendemos algo novo nosso cérebro muda de forma significativamente, por sua vez, isso faz com que outras partes de sua vida melhorem, pois os benefícios do aprendizado contribuem para que novas aprendizagens se tornem mais fáceis. Quanto mais conexões entre os neurônios são formadas mais aprendemos, e mais informações retemos. Existem algumas recomendações para aqueles que estão na terceira idade, como por exemplo: Exercite sua

comunhão com o Senhor todos os dias e dê um lugar especial ao Espírito e experimente renovação. Tenho visto algumas pessoas que aceitam a terceira idade como uma fase difícil. Outros aceitam como uma etapa da vida para se viver bem, com alegria e felicidade. Tudo depende de como se encara a realidade. Como cristãos, temos motivos para agradecer ao Senhor por nos ter concedido uma longa vida. Mesmo que ela não nos tenha proporcionado a realização de todos os nossos sonhos, a vida é um dom de Deus, um presente dado pelo Senhor. Por isso, tenham fé e sejam gratos, pois como diz Paulo aos Filipenses: “Aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus” (Fp 1.6). Precisamos compreender que cada etapa da vida tem seus encantos e desafios, porque a vida é um presente de Deus. Aqueles que conseguem chegar à chamada terceira idade são privilegiados, pois conseguiram sobreviver às lutas e tempestades de toda uma existência.

em todas as oportunidades, tomando todo o cuidado para não ser modificado nenhum detalhe daquilo que deveriam cumprir. Nossa responsabilidade, como líderes e servos desse Senhor, ainda hoje, continua a mesma: “Ensinando-os a guardar tudo o que vos tenho ensinado” (Mt 28.20a). É uma responsabilidade, mais do que transmitir conteúdos, é ensiná-los a guardar todo esse conteúdo de forma consistente para que seja um instrumento útil na sua prática e defesa da fé. Como educadores conscientes de nossa vocação temos uma responsabilidade ainda maior: precisamos ensinar os crentes em Cristo,

líderes e servos, à prática de um ensino continuo que leve a novos frutos de comprometidos com a prática da Palavra. Somos responsáveis por ensinar os fiéis a serem testemunhas vivas de uma vida segundo à vontade divina. Temos ao nosso alcance ferramentas teóricas e didáticas para realizar bem nossa missão, além de termos a nosso favor o Espírito Santo, que guia e conduz o povo de Deus no caminho em que deve andar. Quando permitimos que essa combinação seja usada por Deus em sua plenitude, caminhamos rumo ao ensino e aprendizado necessários para uma vida segundo a vontade do nosso Salvador.

Que nesta data possamos comemorar uma realidade de preocupação sincera com o ensino empregado em nossas Igrejas. Que possamos despertar-nos para a necessidade constante de investir naqueles que são chamados por Deus para assumir a vocação do ensino em nossas instituições. E que, principalmente, sejamos gratos ao Senhor pelo seu Espírito Santo que nos guia por seu caminho em uma vida próspera de amor e obediência às Sagradas Escrituras. Parabéns aos Educadores. Que o Senhor os renove em força, ânimo e dedicação todos os dias de exercício de seu ministério na Casa de Deus.

Parabéns, educador! Priscila Mariano Mota, educadora Religiosa, presidente da AERCBC, membro da Primeira Igreja Batista em Jardim Palmares - RJ

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, se: “Todos fossem no mundo iguais a você?”. Que país seria esse? Se essa rua fosse minha que valores ladrilhariam seus caminhos para quem amamos passar? Se pensássemos na educação cristã como fundamento para tais perguntas, talvez nos preocupássemos mais com a qualidade do ensino cristão dado ao nosso povo. Preocuparíamo-nos em estruturar nossas escolas bíblicas, em preparar mais didatica-

mente nossas mensagens, e até, aproveitaríamos melhor as oportunidades de ensinar enquanto nos relacionamos com as tão grandes nuvens de testemunhas que nos cercam. O desafio de sempre, desde a mais remota época mosaica, é manter o compromisso com o ensino fiel da vontade de Deus, é fazer com que o povo aprenda de tal forma os preceitos divinos que não se desviem deles, mesmo quando sendo confrontados com qualquer outra doutrina dos tempos chamados modernos. Em Deuteronômio 6, o Senhor se preocupa em orientar seu povo quanto a necessidade de ensinar seus descendentes em todo tempo e


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Os Batistas na História

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

PR. CERQUEIRA BASTOS (in Memoriam)

John Smith e o “batismo de crentes”

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mith aparece na história como figura de proa nos tumultuados inícios da perseguição religiosa no Reino Unido da Grã Bretanha, tido como “separatista” pela Igreja oficial. Smith nasceu, provavelmente, no ano de 1500. Ingressou na Universidade de Cambridge para ser educado segundo os cânones da Igreja Inglesa. Formou-se em medicina, e em 1600 foi nomeado lente em Lincoln, dois anos depois, demitido por “criticismos indiscretos” pelas ideias não conformistas. Voltando a sua cidade natal (Gainsborough), juntou-se aos separatistas e foi eleito seu pastor. Em 1606-07, o grupo de Gainsborough, em face perseguição oficial, fugiu para a Holanda (Amsterdã), sob a liderança de Smith e Helwys, e se organizou em uma “Igreja separatista”, que, mais tarde, se dissolveu (1609), tendo Smith “se batizado“ e, logo em seguida, batizado Helwys e mais 40 da Congregação, tornando-se em uma Igreja Batista, reconhecida como sendo a Primeira

Igreja Batista Inglesa em solo estrangeiro. Na Holanda, Smith exerceu a medicina para manter-se economicamente. A Sua obra teológica é imensa e sólida. No seu tratado “Um Modelo de Verdadeira Oração”, escrito quando ainda na Inglaterra (1605), defendeu o papel da magistratura como portadora da espada para a manutenção da verdadeira religião. Em “Princípios e Inferências Concernentes à Igreja Visível”, embora fale sobre a liberdade da congregação individual, Smith ainda admite o papel da autoridade civil nos assuntos atinentes à religião. Em “Paralelos, Censuras, Observações”, publicado em 1609, é ainda clara a sua defesa quanto ao poder da magistratura em interferir na vida espiritual para imiscuir-se na vida interna da congregação individual. Só mais tarde em “O Caráter da Besta”, é que surge o “Smith, o Batista”, defendendo o princípio do “batismo de crentes”. A consciência amadurecida de Smith sobre a liberdade religiosa só vai ser alcançada em sua Confissão

de 1612: “Que o magistrado, por virtude de seu ofício, não deve se intrometer com religião ou assuntos de consciência, nem compelir homens a esta ou aquela forma de religião ou doutrina, mas permitir a religião Cristã conforme a livre consciência de cada um, e ter ingerência apenas em assuntos políticos (Romanos 13.3 e 4), a saber, injustiça e males de alguém contra outrem, tais como assassinato, adultério, furto e semelhantes; “Porque somente Cristo é o Rei e Legislador da igreja e da consciência” (Tg 4.12). Em seu “Último Livro”, ele demonstra de forma clara possuir uma mente aberta e espírito de tolerância com as posições diferentes de seus pontos de vista, confessando não recusar a fraternidade de qualquer pessoa penitente e fiel cristão, seja qual for. Assim, Smith passou de seu ponto de vista anglicano sobre a magistratura, para a posição Batista de liberdade religiosa, tornando-se, portanto, o pioneiro do princípio da liberdade de consciência.

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia

Faze-nos deuses “Dizendo a Arão: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque a esse Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu” (At 7.40).

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stêvão, diácono da Igreja em Jerusalém, causava incômodo às autoridades religiosas porque era um “homem cheio de fé e do Espírito Santo”. Tendo sido preso foi levado perante o sumo sacerdote, diante de quem afirmou, citando as Escrituras, que Jesus era o Messias. Um dos trechos do seu discurso vale a pena citar, porque nos oferece uma pista para entender nossa própria idolatria: “Dizendo a Arão: faze-nos deuses que vão adiante do nós; porque a esse Moisés, que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que aconteceu” (At 7.40). Deus nos criou limitados. Nenhuma criatura jamais ostentou o privilégio de ser idêntica ao Criador. O máximo que o Senhor nos outorgou foi ser à imagem e semelhança dEle. Só que ser seme-

lhante implica ser diferente. Dito tudo isso, perguntamos: Como é ser Deus? Ninguém, na verdade, sabe a resposta. Mesmo assim, algo muito estranho tem caracterizado os humanos. Desde os começos, os seres humanos ou tentam se afirmar como deuses, ou tentam fabricar objetos que dizem ser “deuses”. A exigência dos hebreus, em pleno deserto, ainda ecoa nos dias de hoje. Por mais absurda que seja a ideia, continuamos acreditando que os poderes do Senhor podem ser conferidos às nossas próprias criações. A lista é enorme: o deus dinheiro, o deus poder, o deus inteligência, o deus igreja. O que quer que coloquemos no altar que, por direito, pertence ao Senhor, nada mais é do que um ídolo de mau gosto, frágil, feio, ao qual decidimos adorar. O princípio bíblico é simples e direto: “Não terás outros deuses diante de Mim” (Ex 20.3). O preço de adorar ídolos é muito alto – no fim, tornamo-nos como eles: espiritualmente inúteis, segundo Sl 115.8.

Sobre o rebatismo Francisco Mancebo Reis, colaborador de OJB

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om reconhecido motivo, exegetas evangélicos colocam ênfase na Hermenêutica (ciência da interpretação) ao lidarem com a Bíblica. Tal disciplina desaconselha fundamentar doutrinas em textos de escassa clareza. O que dizer de Atos 19.1-5? O destaque é aos (supostamente) discípulos de João Batista. Convém atentar para alguns pormenores significativos. Primeiro: O tempo ocorrido entre o ensino de João e o de Paulo pode ser em torno

de 20 anos. Por que aqueles discípulos não estavam ainda seguindo o Messias anunciado e apresentado por seu precursor, consoante João 1.29-33; 3.28-30? Segundo: Eram mesmos discípulos de João, ou apenas batizados “no batismo de João”? O texto não afirma que seguiam os ensinos de João. Confessaram que nem sabiam que existia Espírito Santo: “Nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo”, foi a resposta à pergunta de Paulo: “Recebestes o Espírito Santo quando crestes?” (At 19.2). João ministrou o ensino, cujo relato encontra-se em João 1.32-33. Estavam ausentes? Não prestaram atenção? O

tampo conseguiu apagar essa solene verdade na memória deles? Terceiro: A pergunta do apóstolo: “Recebestes o Espírito Santo quando crestes?” não subentende fé em Jesus. A resposta dada omite qualquer experiência cristã vivenciada por eles. Os que recusam o rebatismo hoje transparecem esse lamentável déficit? Desconhecem a existência o Espírito Santo? Não creem em Jesus como Salvador? Cabe perguntar: Por que Apolo não foi rebatizado, bastando-lhe uma reciclagem aos pés de Priscila e Áquila? Relaxamento da liderança?

Liberalismo teológico? Segundo consta em Atos 18.2425, esse eloquente orador era “poderoso nas Escrituras” (do Antigo Testamento, certamente), e ensinava acerca de Jesus, mas conhecia “somente o batismo de João” – razão para receber as instruções do referido casal, de acordo com At 18.26, não outro batismo. Por que Paulo submeteu ao batismo os discípulos referidos em Atos 19? Dois pesos e duas medidas? Como concluir? O que se sabe dos discípulos de João Batista em Mateus 9.4 é que praticavam o jejum. Até questionaram Jesus. Sua afinidade era com os fariseus:

“Nós e os fariseus...”. Não se libertaram das amarras judaizantes. Careciam, portanto, de orientações de Jesus e de Paulo, segundo Mateus 9.1517 e Atos 19.4. Respeitando quem discorde do que acabo de expor, entendo que Paulo batizou um grupo de novos crentes, e os batizou após ouvirem a respeito de Jesus: “Quando ouviram isto, foram batizados em nome do Senhor Jesus” (At 19.5). Não foi propriamente uma reciclagem. Paulo os evangelizou e eles creram. Na minha análise, essa prática em Éfeso não serve de parâmetro para o rebatismo.


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Amo o Brasil e quero ser uma bênção para minha Nação Texto: Isaías 62.1 Jorge Perciano de Oliveira, pastor da Igreja Batista Praia da Costa - ES

Amo o Brasil, por isso amo os idosos Jeferson Cristianini, colaborador de OJB

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o dia 01 de outubro celebramos o Dia Internacional do Idoso. Segundo os dados do IBGE (do Censo de 2000) da população brasileira, de 130 milhões de pessoas, cerca de 14,5 milhões são pessoas com mais de 60 anos, o que representa cerca de 8,6% dos habitantes. A população idosa está crescendo em nosso país por conta dos tratamentos de doenças crônicas. Os idosos em nossa sociedade não são honrados como deveriam, por isso, Deus registrou esse ensinamento em Sua Palavra: “Diante dos cabelos grisalhos te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor” (Lv 19.32). Davi disse: “Fui moço e já, agora sou velho, porém

jamais vi o justo desamparado” (Sl 37.25). Davi afirma que durante a vida toda ele viu que Deus é fiel. Os idosos podem contar suas lindas experiências com Deus. Eles têm muito a nos ensinar. Só precisamos amá-los e honrá-los como o Senhor nos orienta. O sábio Salomão disse que “A glória dos jovens é a sua força; e a beleza dos velhos são os cabelos brancos” (Pv 20.29) A Bíblia diz que os idosos que andam na presença do Senhor darão frutos: “Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto” (Sl 92.14). Os idosos devem dar frutos independentes da idade, e o alvo deles deve ser a proclamação da justiça e retidão do Senhor. Com muitos anos de vida, os idosos cristãos podem e devem falar do Reino de Deus que é justo. Paulo,

o apóstolo, escrevendo ao jovem pastor Timóteo, orienta-o a cuidar bem dos idosos. A respeitá-los e “Admoesta-los como a um pai”, ensiná-los a serem “temperantes, sérios, sóbrios, sãos na fé, no amor, e na constância” (I Tm 5.1 e Tt 2.2). Que os nossos idosos sejam referenciais de sabedoria, perseverança e de fé cristã, e que os mais novos possam honrar os idosos como o Senhor recomenda, pois isso agrada a Deus. Que os idosos possam produzir uma vida de oração frutífera orando por nossa Nação e nós, como Igreja, possamos servir os idosos de nossa Igreja local e da sociedade. Amar o Brasil é também amar os idosos. Eles precisam de cuidado e amor, elementos esses que o cristão sabe e deve oferecer. Plante afeto e amor pelos idosos, pois se você não é um, em breve será!

1 Eu nunca me calarei, Nem tão pouco aquietarei, Por amor à minha Nação. Por esta terra sofrida, Por ela darei a vida, Dar-lhe-ei meu coração. 2 Que resplandeça a justiça, Expulsando a cobiça, E a salvação como tocha. Em todo seu resplendor, Que jesus seja o Senhor: Nosso Rei, nossa Rocha. 3 Como diz o profeta Na mensagem de alerta: Isaias sessenta e dois. Você não deve se calar, Nem mesmo se aquietar, O resultado vem depois. 4 O que diz apóstolo Paulo Que também já foi Saulo Que chama sua atenção: Se o crente se calar, Quando deveria falar, Até as pedras clamarão. 5 O que mais me interessa E até tenho pressa Ver o Brasil todo salvo. Eu não me calarei, Não me aquietarei, Eis aqui o meu alvo. 6 Estes que alvoroçaram o mundo, Num movimento profundo, Chegaram até nós. Que isto seja dito, Por estardes pregando a Cristo, Que digam isto de vós. 7 Não posso deixar de falar, Nunca, nunca me calar Do que tenho ouvido e visto. O que me impulsiona E também me apaixona, É falar de Jesus Cristo. 8 Quem está envolvido na obra, Que paixão tem de sobra, Nunca olha para trás. Recebe através da visão, Que lhe fala ao coração: “Fale e não cales jamais”. 9 Deixe o mesmismo, Viva o cristianismo Com coragem e ousadia. Desperte você que dorme, Veja este Brasil enorme Clamando noite e dia. 10 Se a fé vem pelo ouvir, Não pode se omitir, Não pode se aquietar; E como eles ouvirão? E daí, como crerão Se você não for pregar?


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reflexão

Valorizemos as crianças Cleverson Pereira do Valle, colaborador de OJB

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o dia 12 de outubro foi comemorado o Dia das Crianças. E, infelizmente, muitas crianças não são valorizadas como deveriam. Muitas crianças foram abandonadas pelos seus pais e hoje vivem nas ruas, outras entraram para o mundo do crime e vivem à margem da sociedade.

Não podemos ser indiferentes à nossa realidade, precisamos fazer algo para ajudar as crianças do nosso país. Quando olhamos para a Bíblia aprendemos lições preciosas com Cristo. Jesus Cristo nunca deixou as crianças em segundo plano. Certa feita os seus discípulos não queriam deixar as crianças aproximarem de Jesus, Ele disse: “Deixai vir a mim os pequeninos pois dos tais

é o Reino de Deus” (Mt 19.14). Jesus valorizava as crianças e ele quer que façamos o mesmo. Como é que valorizamos as crianças? Valorizamos as crianças quando damos a elas a educação necessária. Como pais, não podemos deixar de educá-las. Valorizamos quando não damos a elas tudo que elas desejam. O fato de fazer a vontade da criança é prejudicial. Quan-

do os pais fazem tudo o que a criança quer, não estão valorizando, pelo contrário, os pais estão criando crianças mimadas. Pais cristãos devem ensinar todo o conselho de Deus aos seus filhos, não devem deixar de orar com eles, não devem deixar de ler as Escrituras, não devem deixar de ir à Igreja com eles. A criança precisa entender que é valorizada como

um ser completo, a criança precisa saber que é amada por seus pais, que é querida. Não podemos ficar indiferentes com as crianças abandonadas, é necessário fazer alguma coisa de forma prática. Encaminhá-las para os órgãos competentes, lares, abrigos. A criança precisa de proteção, educação e cuidado. Neste Mês das Crianças não deixe de valorizá-las.


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missões nacionais

Projeto de capelania leva esperança para presidiários do Rio Grande do Norte Redação de Missões Nacionais

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s missionários Dario e Pâmela Fonseca têm atuado na área de capelania prisional em Mossoró RN. Além do Presídio Federal de Mossoró, eles têm alcançado vidas com o Evangelho no Presídio Estadual Doutor Mario Negócio de Mossoró, na Cadeia Pública Municipal em Mossoró, no Centro de Apoio Psicológico (CAPS), que abrange dependentes de álcool e drogas no Centro Educacional da Criança e do Adolescente e Privação de Liberdade e também no Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Acusado de Ato Infracional.

“Estamos testemunhando o amor de Deus aos encarcerados com os demais missionários que atuam nessa área em Missões Nacionais. Nossa missão é edificar uma Igreja Batista em cada unidade prisional do nosso país. Para isso, semanalmente prestamos assistência religiosa em seis unidades do município de Mossoró”, afirmam os missionários. Junto aos encarcerados, eles têm compartilhado a mensagem do Evangelho de Cristo e vidas têm seguido a Cristo. Pastor Dario e Pâmela pedem oração para que os encarcerados já alcançados tenham forças para prosseguir conhecendo a Deus, obedecendo aos mandamentos e demonstrando ser novas criaturas.

Missionários puderam novamente iniciar o trabalho de evangelismo no Presídio Provisório em Caraúbas - RN

“Ore também para que as portas das cadeias estejam sempre abertas para que possamos entrar sem impedimentos”, diz ainda o pastor Dario. Em agosto, os missionários puderam novamente iniciar o trabalho de evangelismo no Presídio Provisório em Caraú-

bas - RN. Eles contam que, anteriormente, o trabalho tinha sido paralisado por falta de voluntários. Entretanto, após o apoio do pastor e dos membros da Igreja Batista em Caraúbas, os missionários puderam treinar uma equipe e iniciar o trabalho que logo

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no primeiro dia resultou na salvação de três vidas. “Somos gratos a Deus pelas igrejas que têm se juntado a nós na missão de levarmos o Evangelho de Cristo Jesus aos encarcerados. Deus tem cuidado de nós com seu amor incondicional”, declaram os missionários. Nesta área de capelania prisional, além do projeto no Rio Grande do Norte, Missões Nacionais conta com o trabalho realizado pelo missionário Luis Carlos Magalhães em unidades prisionais do estado do Paraná, e também com o projeto da missionária Mônica Peixoto, em Minas Gerais. Interceda pelos obreiros que têm proclamado a Palavra junto aos encarcerados.

Vidas são impactadas por meio da obra missionária no interior do Nordeste Redação de Missões Nacionais

O

s missionários Eugênio e Laédina Maia foram enviados para Icapuí CE, com o objetivo de proclamar a Palavra de Deus para a população daquele município. Vidas têm sido impactadas e alcançadas e o trabalho missionário já foi estendido a outras localidades como Tibau e Gado Bravo, ambas no estado do Rio Grande do Norte. “Estamos impactando vidas por meio de Pequenos Grupos Multiplicadores, Kids Games (atividades para evangelizar crianças) e cultos nos lares. Estamos trabalhando muito nessas cidades e, aos poucos, as

Crianças, adolescentes e adultos têm se rendido a Cristo por meio da expansão do trabalho missionário

pessoas abrem as portas de suas residências, escutam a Palavra de Deus e visitam as frentes missionárias”, contam os missionários. Eles também têm realizado estudos bíblicos, distribuído cestas básicas e kits escolares para crianças da região. “Temos visto o agir de Deus”, afirmam os obreiros,

em função do aumento de vidas rendidas a Cristo e sedentas por conhecer a Palavra. Os desafios nesta região são muitos, porém, Eugênio e Laédina são motivados pela vontade de servir a Cristo, pela fé, e pelo fato de testemunharem a salvação de vidas que se entregam a Cristo com lágri-

mas de esperança nos olhos. “Ver pessoas chorando ao se converter é o nosso maior prêmio”, afirmam. Eles também têm alcançado vidas por meio do trabalho esportivo. Em Icapuí, 45 crianças e adolescentes participam das atividades que unem evangelismo e esporte. Deste grupo, 13 já aceitaram a Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas. Em Praia de Redonda, no Ceará, 20 crianças participam do Projeto e 10 delas aceitaram a Cristo. Em Tibau, 35 crianças estão no Projeto e 13 já receberam a Cristo. E em Gado Bravo, todas as 22 crianças alcançadas pela iniciativa receberam a Cristo como Salvador de suas vidas e prosseguem firmes na fé.

Em todos estes lugares, os missionários têm o desafio, e também a oportunidade de cuidar das crianças e de seus pais. “Continuaremos impactando vidas”, afirmam Eugênio e Laédina. Para que o Evangelho continue avançando, eles contam com o apoio dos parceiros de oração e também com o sustento por meio do PAM Brasil. Entre os desafios, eles estão em oração para que futuramente possam adquirir um terreno e realizar a construção de um templo para a Igreja em Icapuí. “Contamos com o apoio dos parceiros para contagiar outros e alcançar os lares e corações das pessoas com o amor de Deus”, declaram os missionários.


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notícias do brasil batista

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Dias 29 e 30/10/2015 - Simpósio CBPI Dia 31/10/2105 - Encontro dos Coordenadores do DAS da CBB

1ª IGREJA BATISTA EM TERESINA

Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não terá resposta Provérbios 21.13

Valor da Inscrição: R$ 25,00

Informações na CBPI (86) 3222-3647

REALIZAÇÃO:


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notícias do brasil batista

Sorria, Jesus te ama!

“O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Pv 17.22).

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ue alegria é poder saber que o nosso Deus está conosco sempre, em todos os momentos da nossa vida e estará por toda a eternidade. Ele é a nossa alegria! Queremos agradecer de todo o nosso coração a todos os nossos artistas, que

em tempo e fora de tempo, vem alegrando o nosso povo brasileiro, e fazem de tudo e mais um pouco para que todos possam ter momentos de muita alegria. Em especial quero agradecer a todos os líderes de departamento infantil, por servir milhares de crianças pelo nosso Brasil afora. Sempre que ministro em congressos para crianças fico admirado logo na chegada com a produção que todos colocam para garantir

um ambiente alegre e descontraído para elas. Que Deus os abençoe grandemente. Sabemos que mesmo que muitos não recebam os “parabéns” merecidos, nos conforta saber que não é isso que vai nos fazer parar, pois sabemos que o que fazemos é para o Senhor, e Ele tudo vê e a todos recompensa segundo às suas obras. Com alegria vivamos todos os dias comprometidos em servir ao nosso próxi-

mo, chorando com os que choram e se alegrando com os que se alegram. E um motivo de alegria para nós é saber que o artista, educador infantil e muitos outros promotores da alegria não produzem atividades para promover o puro entretenimento, mas fazem bom uso dele para ganhar muitos para Jesus. Depois de promover Jesus a alegria que salva -, mais de 25 pessoas, entre crianças e adultos aceitaram a Jesus em

Rechim - RS. Em um estado onde milhares de pessoas cometem suicídio todos os anos, Jesus se manifesta na alegria e a todos trouxe salvação. Para compartilhar as alegrias que você tem vivido através do ministério artístico, favor enviar a sua matéria para marapuppet@hotmail. com. Roberto Maranhao, Arte e Cultura - CBB


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Missionários completam 25 anos no campo latino-americano indígenas. Foi uma experiência muito gratificante. Em um ano, tivemos a alegria de batizar 48 pessoas”, lembra o pastor Elbio.

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

F

oi há pouco mais de 25 anos que o casal Elbio e Adilene Márquez seguiu para o campo. Os missionários, que inicialmente se apresentaram como candidatos a ir para a Espanha, foram no dia 20 de setembro de 1990 para a Argentina, e desde então têm levado esperança à América Latina. Até hoje, o casal nunca foi à Espanha, para onde seguiria, mas o preparo, inclusive com o aprimoramento do idioma espanhol, foi essencial para a atuação em campos como Panamá, Venezuela e Paraguai. Essas nações foram palco do agir de Deus através das vidas e ministérios de Elbio e Adilene, que desde março estão à frente de um novo desafio, o Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança – PARE. Chamado Missões sempre esteve presente na vida de Elbio e Adilene. Ela participava desde os nove anos de idade das Mensageiras do Rei na Primeira Igreja Batista de Campo Grande, no Rio de Janeiro. Anos depois, entrou no antigo Instituto Batista de Educação Religiosa (IBER, atual Centro Integrado de Educação e Missões, o CIEM) e participou de mutirões missionários. Elbio nasceu no Uruguai e é naturalizado brasileiro. Foi criado no Amazonas, onde cresceu na Primeira Igreja Batista de Manaus, q u e se mpr e e nfatizo u a importância de missões. Em 1983, quando estava no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, participou de uma viagem organizada pela JMM ao Paraguai. Na mesma época esteve no Uruguai por algum tempo

Na sede da JMM

e pôde apoiar brevemente o casal Geraldo e Elvira Rangel, que atuou no país vizinho de 1975 a 2004. Com o tempo, Deus ia confirmando em seu coração o chamado missionário. Elbio e Adilene se casaram, e o chamado dos dois se uniu. Elbio pastoreou a Igreja Batista do Castelinho, em Volta Redonda - RJ, e quando Adilene se formou no IBER, o casal se apresentou à JMM. Quando tudo indicava que eles seguiriam para a Espanha, o que seria o primeiro campo do casal, foram enviados para a Argentina. Ali, a missão era estruturar uma Igreja e passá-la para a liderança de um obreiro local. “Já existia um templo, e nós ficamos ali por cinco anos”, conta Adilene. “Foi um trabalho muito bom com os jovens, o que sempre foi o nosso forte”, ressalta. Panamá, pioneirismo da JMM O campo do Panamá recebeu pela primeira vez um casal missionário brasileiro em 1995. Elbio e Adilene formavam esse casal, pioneiro da JMM no país

centro-americano. O pastor Elbio conta que a atuação nesse campo foi através da abertura de portas por D eus, pois pouco antes da ida para o Panamá, o presidente da Convenção Batista daquele país estava no Brasil e tinha visto como os brasileiros eram apaixonados pela obra e falado que era necessário levar missionários daqui para ajudar os crentes panamenhos a também amar missões. “Tivemos experiências muito bacanas no Panamá, principalmente por causa da possibilidade de mobilizar Igrejas para apoiar pequenas obras. Foi organizado um trabalho chamado ‘Um povoado para Cristo’, no qual as Igrejas do país se mobilizavam anualmente para ir a uma cidade e evangelizar durante todo o dia”, conta o pastor Elbio. Depois do Panamá, Elbio e Adilene foram para a Venezuela em 2000. Atuaram em Machiques, próximo à fronteira com a Colômbia. Ali foi erguido um templo para 150 pessoas, porém, a instabilidade política na Venezuela impediu a permanência dos missionários. “E em Machiques atuamos diretamente em seis

Com o retorno antecipado para o Brasil, Elbio atuou na sede da JMM, no Rio de Janeiro, onde apoiou a comunicação institucional com o acompanhamento e dinamização do site da agência missionária, e também por um tempo à frente do Setor de Voluntários. Em 2005, o casal foi enviado para o Paraguai, de onde esteve à frente da versão latino-americana do Programa Radical, que na época só tinha a África como campo missionário. “Ali pudemos coordenar e desafiar os jovens de outros países da América Latina a se somar aos brasileiros para motivar outros que sentissem na sua realidade o chamado missionário”, conta Elbio. Colômbia é o mais novo desafio D esde m a r ç o de 2015 vivendo na cidade colombiana de Medellín, o casal Elbio e Adilene está à frente do PARE. Na coordenação deste Projeto de Missões Mundiais, nossos missionários têm contribuído para a recuperação de dependentes químicos, moradores de rua e até travestis, que desejam se dedicar a Cristo. Formada em Psicologia, Adilene destaca viver um novo desafio no PARE, mas que o Senhor tem se mantido fiel e a ajudado a desenvolver seu ministério de ajuda ao próximo. “Tenho trabalhado bastante nessa área, ajudando os internos a se superarem, a se amarem, a aumentarem sua autoestima. Queremos mostrar que eles têm valor.

A única coisa que peço a Deus é que me dê sabedoria em cada entrevista para poder realmente ser usada por Ele nesse momento”, diz a missionária. No PARE, todas as noites cerca de 60 pessoas vão até a sede do Projeto, instalada propositalmente em um local conhecido como “Rua do Pecado”, e alguns chegam alcoolizados, sob efeito de drogas, mas se sentam e ouvem a Palavra de Deus. “Vemos que Deus tem realmente operado, e Igrejas têm se movido para nos apoiar, dando sua colaboração”, diz o pastor Elbio. Mensagem “Se formos olhar, 25 anos é uma vida. Podemos dizer que tivemos momentos tristes, de alegria, de ver vidas serem transformadas e eu digo que é uma obediência a Deus”, afirma Adilene. “Olhar aquilo que Deus tem nos permitido viver durante 25 anos nos faz pensar que gostaríamos de ter feito mais, de ter ajudado mais pessoas”, ressalta Elbio. “Como Jesus disse: ‘Os campos estão brancos, mas os obreiros são poucos’. Se queremos fazer a diferença, teremos que trabalhar para consolidar os resultados com alguns para que esses também possam se multiplicar. Esse tem sido o nosso pensamento”, conclui. Os resultados alcançados pela dedicação desses missionários só foram possíveis porque pessoas comprometidas em servir a Cristo os sustentaram com suas ofertas e orações. Outros missionários precisam seguir e/ou continuar no campo, segundo a vontade de Deus. Viabilize este chamado. Participe do Programa de Adoção Missionária – PAM.


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Histórico da Associação Batista Sul-Fluminense Doriscélio de Souza Pinheiro, Associação, que se organizou pastor, relator; Manoel Neves no Templo Antigo de Paulo de Frontin em Barra do Piraí. da Silva e Antônio Gregório Neste nosso histórico quede Souza, diáconos, vogais remos destacar alguns dados udo começou por vol- estatísticos e eventos que marta de outubro de 1923 caram a nossa Associação: • O primeiro presidente quando foi criada a Associação Batista Parai- dirigiu as Assembleias e reubana, a mais antiga do Campo niões de nossa Associação Fluminense. Antes de existir a por três vezes: depois veio a Convenção Batista Fluminense administração do pastor Beexistia a Associação das Igrejas nedito Peçanha, que na época Batistas do estado do Rio de pastoreava a Primeira Igreja Janeiro. Em 1907, surgiu a Batista em Resende. • De todos os presidentes Convenção Batista Fluminense. Em 1945 ainda éramos o que mais tempo dirigiu a uma região a ser desbravada, nossa Associação foi o irmão no que concerne a Obra Ba- Ageu Celestino, o mesmo que tista. Existiam poucas Igrejas fundou a Juventude Batista Sule, geralmente, de um número -Fluminense. Ageu presidiu a, pequeno de membros. A área hoje chamada JUBASULF, por territorial era imensa. Assim, quatro anos em duas ocasiões surgiu a ideia de ser organiza- distintas, totalizando oito anos da mais uma Associação, des- de presidência. Ele presidiu membrada da Paraibana. Esta a JUBASULF, Associação e Associação foi organizada, União de Homens Batistas oficialmente, nos dias 02, 03 e do Sul Fluminense. Posterior04 de agosto de 1946, no tem- mente, o filho do irmão Ageu, plo da Igreja Batista de Barra o jovem Ageu Marcos Vieira do Piraí, no pastorado de Os- Celestino, veio também a prevaldo Ronnis, com a presença sidir a JUBASULF. • Destaca-se também a de oito Igrejas que a fundaram, e que pela ordem cronológica vida do pastor Nilson Dimárde suas organizações foram zio, que durante muitos anos as seguintes: Valença (1908); foi o redator de “O Jornal BaBarra do Piraí (1917); Mendes tista”. • Dos oradores que nos (1935); Resende (1941); PIB Volta Redonda (1942); Piraí trouxeram inspiração em As(1944); Barra Mansa (1945) sembleias Associacionais dois e SIB Volta Redonda, Atual foram oradores oficiais em Central (1946). O orador ofi- mais de uma ocasião: pastor cial foi o missionário Walter Israel José Pinheiro, que foi presidente por duas vezes, B. McNelly. Naquela década o trabalho foi orador em três ocasiões pioneiro do pastor Elias Portes diferentes e pastor Paulino Filho era um grande destaque: Ferreira Campos, que presidiu homem de Deus que usava os uma Assembleia e foi orador mais primitivos e cansativos oficial em quatro Assembleias meios de transporte para al- diferentes. • Diante dos desafios crescançar as Igrejas que ia organizando. Era ainda um período centes de abrir novas frentes de pioneirismo. Para Barra de trabalho e dar ajuda a Igredo Piraí estava chegando um jas e Congregações em ocajovem pastor de origem leta, siões de dificuldade, surgiu a casado com uma descendente figura do secretário-executivo. • O primeiro deles foi o do famoso historiador Rocha Pombo: Osvaldo Ronis e Evan- eficiente, lutador, denodagelina. Este jovem tornou-se o do irmão José Lemos de Alprimeiro presidente da novel buquerque, o único “leigo”

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a exercer a função nos seus primórdios. Depois vieram os pastores: Malvino Corrêa; pastor Doriscélio de Souza Pinheiro; pastor Nelmo de Souza Batista; pastor Geraldo Teixeira da Silva Filho; pastor Fernando Evangelista dos Anjos; irmão Daltro de La Puente Machado; pastor André Silva Rosa e pastor Fabrício Escano. • É destaque ainda o único missionário Norte-Americano que residiu em nossa região por um longo período de tempo, pastor Walter B. Mcneally, que com uma enorme visão estratégica, comprou diversas propriedades, hoje importantes áreas usadas por Igrejas nascidas daquela visão do Missionário. Dele também foi a ideia de organizar um Colégio Batista na importante cidade de Volta Redonda, onde surgia altaneira a primeira indústria pesada de todo o Brasil: a CSN. • Destacamos entre os órgãos cooperantes, o trabalho, o empenho, a dedicação e o envolvimento da União Feminina Missionária Batista Sul Fluminense, que tem sido um verdadeiro celeiro de liderança sob a submissão e direção do Senhor da Ceara. Dentre as várias líderes, destacamos: Noemia Machado; Nair de Araújo Portes; Dorcas Souza Pinheiro; Marlene Baltazar da Nóbrega Gomes; Ângela Maria da Conceição Reis; Zenilda da Silva Pinto; Gersonita Meneses da Silva; Maria da Silva Santos; Leopoldina Rosa da Silva; Orly de Souza Oliveira; Cenira Maria Gomes Bezerra; Marilda Kaizer Soares Romero e Enilda de Souza. • Os Homens Batistas, em 24 de agosto de 1968 se organizaram como órgão cooperante. O primeiro presidente foi o irmão Laudelino Lucas da Silva. Seguiram-se diversos irmãos como líderes presidentes dos quais podemos destacar o irmão José Lemos de Albuquerque, que

presidiu 9 dos 28 Congressos da União de Homens Batistas Sul-Fluminenses; Manoel Neves da Silva, que também presidiu nove Congressos e outros irmãos denodados que se esforçaram por manter viva a chama do trabalho dos homens, tão difícil de ser executado. O primeiro Congresso da UMMBSF foi realizado em 1974 e foi presidido pelo irmão Wilson Cordeiro de Andrade. Seis irmãos ainda se destacaram como Executivos: Joaquim Gonçalves Fontes; Paulo Pinheiro; Wilson Rosa Cordeiro; José Lemos de Albuquerque; Daltro de La Puente Machado e Mardocheu Lopes de Sousa. Em 1975, Surge nova divisão, foi criada a Associação Batista Costa Verde. Saindo neste caso, Angra dos Reis, Paraty e Mangaratiba, Ficando 16 Igrejas, chegando a 56 em 2001. Em 2001, na 56ª Assembléia da Associação Batista Sul Fluminense, realizada em Valença, houve uma nova divisão, sendo criadas a Associação das Igrejas Batistas da Região das Agulhas Negras (AIBRAN) e a Associação Batista Centro Sul Fluminense (ABCSF). Em 2005, no ano de jubileu de diamantes, a Associação Batista Sul Fluminense era constituída de 35 Igrejas entre Barra Mansa, Rio Claro, Volta Redonda, Piraí, Pinheiral e Barra do Piraí. Nos últimos 10 anos, podemos destacar os seguintes fatos importantes: • A luta que tivemos para acertar as contas da Associação junto à União; • O crescimento e desenvolvimento do Seminário Batista Sul Fluminense, que alcançou a marca de 120 alunos formados em Teologia, além dos cursos de música e liderança. E hoje em nossa Associação 1/3 das Igrejas têm como pastor titular ex-alunos de nosso Seminário, sem contar os ministros auxiliares;

• Realizamos Congressos relevantes, como o de “Avivamento” com doutor Russel Shedd, “Pequenos Grupos” com o pastor Ricardo Aurino e “Celebrando a Recuperação” com a doutora Janaína Eller; • Tivemos o prazer e privilégio de receber na cidade de Volta Redonda em 2008 a 100ª Assembleia da Convenção Batista Fluminense; • Recebemos também a Festa da Primavera realizada pela Juberj em Volta Redonda no ano de 2012, com todo o trabalho de apoio e realização da JUBASULF; • Vendemos o apartamento que foi adquirido há anos na liderança dos pastores Malvino e Edson Péterle, e em consequência a busca incessante por uma sede própria que foi adquirida em 2013 sob a liderança dos pastores Davidson E. Breves da Silva, Robson Carlos Francisco e Gerson januário, que, finalmente, foi quitada em agosto de 2015, e então oficialmente podemos dizer: “Temos uma sede própria”. Escrever atas, coletar dados, preocupar-se com a história e a informação são características de alguns abnegados que possuem esta visão histórica. Neste item queremos destacar o irmão Othon Ávila do Amaral, natural de Valença, que escreveu um histórico de nossa região no que se refere a Obra Batista, e o irmão Manoel Neves da Silva, que possui um arquivo histórico de muitas atividades, congressos e eventos de nossa Associação. Parabéns a você que faz parte da nossa Associação, hoje composta, oficialmente, por 39 Igrejas entre Volta Redonda, Barra Mansa, Barra do Piraí, Piraí, Pinheiral, Vargem Alegre e Rio Claro. Você faz parte desta história. Comemoramos a 70ª Assembleia, e junto dela a compra e quitação da nossa sede própria. Que Deus nos abençoe e que a cada geração cresçamos mais para a Glória de Deus.


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OBITUÁRIO

Juntos na glória Homenagem da família

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ntimados a se despedirem, agradecerem e celebrarem a vida nesta hora de morte física e terrena, Erodias Angela de Oliveira de Souza, da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, e Eraldo Ângelo de Oliveira, da Igreja Memorial Batista de Brasília - DF, irmãos do pastor Eliequim Ângelo de Oliveira, falecido em 28 de novembro de 2003 (publicado nos Jornais: “O Jornal Batista” de 14/12/03 e “O Jornal Batista Carioca”, de Novembro/Dezembro de 2003) e da professora e servidora federal Edná Ângela de Oliveira Gomes, falecida em 30 de agosto de 2015, sentindo ainda a dor da separação física, mas convictos e certos de que Deus é Senhor de todas as coisas e que, portanto, tem o direito de criação e de redenção, O louvamos aceitando resignados Seus desígnios. Edná Ângela de Oliveira Gomes, filha de Argentina Simplício de Oliveira e Euclides Ângelo de Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, em 02 de maio de 1947, foi batizada na Igreja Batista Betel Mirim, hoje, Primeira Igreja Batista de Piabetá - RJ, em 1957, pelo pastor Zózimo Durval.

Foi membro da Igreja Batista da Penha, sendo transferida em 28 de outubro de 1973 para Primeira igreja Batista do Rio de janeiro e, finalmente, transferiu-se para Primeira Igreja Batista do Alto da Boa Vista, no Rio de Janeiro, sendo membro fundadora e diaconisa. Casada em de abril de 1979 com Jarbas Gonçalves Gomes, membro fundador da PIB do Alto da Boa vista - RJ, onde exerce o cargo acumulado de presidente da Sociedade Masculina Missionária de Homens Batistas - Soma Centro e de

presidente do corpo diaconal. Edná não deixou filhos. Seus sobrinhos: Júlio Francisco de Souza Neto e Luter Ângelo de Oliveira, Lethycia Mara lldefonso de Oliveira e Keylia Lima de Oliveira nutriam por ela profundo respeito, admiração, exata noção de limite e referência moral e cristã. Seus primos, pastor Josias Pereira da Silva e pastor Paulo Célio de Oliveira, da Primeira Igreja Batista Nova Cidade, em Campo Grande RJ, díáconos Joabio Pereira da Silva e Jairo Pereira da Silva, Lígia de Magalhães Pereira,

Janete da Silva, Janecy da Silva, Eunice Gonçalves de Souza, Roberta Gonçalves de Souza, Edem Simplício e Marcos Aurélio de Oliveira, presentes no culto de despedida, sentem ainda a dor da separação momentânea e rendem a Deus um preito de gratidão por sua existência física entre nós. Na PIB do Alto da Boa Vista, onde congregou até sua partida para a glória, eia participava regularmente dos cultos da Igreja fazendo solos, cantando no coral, atuando na liderança do MCA - Ministério de Mulheres Cristã em Ação - e de outras atividades. Com sua vida pautada na Palavra de Deus e nos ensinos do Salmo 16-8-9-11 e Hebreus 2-13, no lar e fora dele, certamente aquele drama da enfermidade física, que se estendeu por meses e provavelmente, por um ano foi amenizado. Mesmo sofrendo as dores trazidas pela enfermidade e as consequentes limitações no direito de locomoção nossa querida e saudosa irmã Edná não deixou de buscar ao Senhor. Quando já não havia mais resistências física, orava diariamente e ouvia pelo rádio colocado junto à sua cama as programações das Igrejas evangélicas fazendo do Senhor a sua companhia cons-

tante. Essa sua confiança inabalável em Deus ajudou-lhe atravessar o vaie da sombra da morte - de acordo com Salmo 23 -, de forma bem serena. No culto de sua despedida e gratidão a Deus por sua existência entre nós, o pastor Romano R. Borghi, da PIB do Alto da Boa Vista, fundamentou sua reflexão em II Coríntios 4.16-18 trazendo conforto aos presentes, no evento. Agora, resta dizer aos irmãos, vizinhos e amigos não nominados aqui e que conosco vivenciaram o drama da enfermidade de nossa saudosa irmã, muito obrigado. Tudo está de acordo com as Palavras do Senhor e do hino escrito por Walt Harrah, que assim diz no estribilho: “Não mais dor, só o bem, só a paz, não mais noites também, louvo a Deus por seu amor, viveremos na luz de Jesus Senhor”. Sempre firmes no Senhor. Com eternas saudades de quem está com Deus. Até nos encontrarmos outra vez - “Juntos na glória”. “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do Tempo presente não são para comparar com a glória por Vir a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação Dos filhos de Deus” (Rm 8.18-19).


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PIB Missionária em Parque das Missões, em Caxias – RJ, comemora 16 anos de existência

Elias Gomes de Oliveira – pastor, Caroline Rocha de Oliveira

A

PIB Missões, como é conhecida, teve a oportunidade de comemorar mais um ano de existência, na comunidade carente do bairro Trevo das Missões, em Duque de Caxias -RJ. O culto de gratidão a Deus deu-se nos finais de semana dos dias 12 e 13 de setembro onde foram convidados várias Igrejas locais e ministérios longínquos como o Ministério Eterna Adoração, de São Paulo. Percebemos muitas evidências de como Deus tem direcionado Sua Igreja nestes longos 16 anos. O local possui suas peculiaridades, muitas necessidades humanas e falta de recursos visíveis. Logo, ser luz em um lugar desprezado pela maior parcela das

pessoas devido à sua precariedade social e intelectual é um grande desafio. Testemunho que não foi fácil e não tem sido nada fácil pregar o Evangelho no foco onde o diabo trabalha com afinco para poder aprisionar pessoas para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho. Mas estamos felizes por que sabemos que Ele têm cuidado de sua noiva espiritual. Ficamos surpresos e alegres pela providência e recursos que Deus nos enviou.

Como Deus tem abençoado nossa Igreja e tem nos ajudado de uma forma inexplicável! Ele têm abençoado os irmãos e familiares de maneira especial. Tem dado crescimento ao seu corpo devido à fidelidade dos irmãos. Acredito a cada dia naquela Palavra que Jesus ensinou, em que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja de Jesus Cristo. Conseguimos melhorar todos a continuarem a fazer um pouco a parte estrutural a vontade de Deus. da Igreja e adquirir alguns Parabéns para a família projetos que tem motivados Missões por ser uma Igreja

segundo o coração de Deus. Nosso desejo é que todos honrem a Deus pelas maravilhas que tem feito.

“Amo o Brasil e quero ser bênção para minha Nação”

José Carlos, missionário mobilizador, voluntário da JMN

A

Igreja Batista Memorial de Macaé - RJ, que tem como pastor presidente o doutor Aunir Pereira Carneiro, voluntariou no dia 26 de setembro de 2015 alguns irmãos para aplicar o amor de Cristo através da compaixão e graça na Cristolândia Central do Brasil - RJ. O

tema da Campanha de Missões Nacionais deste ano, “Eu amo o Brasil e quero ser bênção para Minha Nação”, nos dá uma noção básica de como demostrar o amor à nossa Nação. Devido ao tema, a Igreja pode abençoar pessoas através do amor de Cristo, como por exemplo, dependentes químicos e pessoas em situação de rua, onde foram realizados trabalhos sociais como: corte de ca-

belo, banhos e distribuição de alimentos. A novidade quando foi aplicada a Palavra de Deus, um jovem fazia sinais de libras para deficientes auditivos. Na ação houve quebrantamento de coração, e almas foram convertidas ao Senhor Jesus. Segue a lista dos voluntários: Fernando dos Santos Xavier (IBNH), Gabriella Luparele do Monte, Gábrio Pinheiro Magno (PIBMACABU), Jean Muniz

Melo (IBNH), José Carlos da Silva Freitas, José Carlos Ferreira (PIBMACABU), Lívia Maria Corrêa Labre, Lucas Ferreira Ramos (IBNH), Marcelo Alves Rodrigues,

Patrícia Fernandes Moura e pastor João Marcos de Oliveira Correa. Agradecemos a todos voluntários pelo carinho e amor pelas almas perdidas.


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Casamento na Cristolândia SP

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Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

U

ma história maravilhosa, com um final feliz, apesar dos estragos feitos por vários anos sob o poder das drogas. Tiago Canaes é de família Batista, membro da Igreja Batista Nova Jerusalém, em Santos - SP. Foi morador de rua e consumiu drogas por nove anos. Internou-se na Cristolândia, entidade mantida pela Junta de Missões, na cracolândia, e passou pelos vários estágios, chegando agora ao estágio que é o alvo maior da JMN: vida independente, trocando para a dependência de Cristo. O irmão Josias, membro da Igreja Batista Nações Unidas, cujo pastor é Luiz Sayão, instalou aparelhos modernos em todas as entidades da JMN, e preparou o irmão Tiago para trabalhar na cozinha. Tiago demonstrou tanta vocação como cozinheiro, que irmão Josias o matriculou no SENAC de Campos de Jordão - SP. Tiago foi o melhor aluno, e conquistou emprego como cozinheiro no Hotel da Colônia de Férias do BB em Campos de Jordão. A Igreja Batista de Campos do Jordão, pastoreada pelo pastor Dário de Olivei-

ra Matos, deu pleno apoio ao irmão Tiago Canaes. No dia 29 de outubro o pastor Wilson Roberto Ávilla, da IB Nova Jerusalém, e o pastor Dário, da Igreja local, e o autor destas linhas, presidiram a celebração das núpcias do irmão Tiago com a irmã Silene, sua conhecida de infância, que residia em Recife, es-

pecializada em panificação, membro da Igreja Batista de Imirim, em Pernambuco. O mais incrível é que recebemos pleno apoio do Convento de Freiras, próximo ao templo da IB de Campos do Jordão, hospedando os irmãos vindos de várias Igrejas, pois a irmã Ariete Antunes, irmã do pastor Arídio Barreto, aluga

um dos chalés do Convento. Foi uma celebração onde o preconceito esteve totalmente ausente, pois as freiras do Convento também compareceram na Celebração, e fizeram comentários elogiosos a respeito da mensagem e de tudo que presenciaram. Pastor Humberto e irmã Soraia, líderes da Cristolândia, tive-

ram compromissos que lhes impediram de estar presentes. Sem dúvida alguma vivemos novos dias na religiosidade brasileira, e foi com muita emoção que vivenciamos essa abençoada experiência. Que nossa JMN continue a ser abençoada em sua nobilíssima missão no Reino de Deus.

“Passa a Macedônia e ajuda-nos”

Silas Ramos, pastor da Igreja Batista em Mangabeira - Casa Amarela - Recife - PE

“À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos” (At 16.9).

T

odos nós conhecemos não só essa passagem, como o seu contexto. Todavia, eu gostaria de usar o referido texto, tirando-o do seu contexto e levando-o para outro, convidando-o também a fazer o mesmo. No texto bíblico, em sonho, o apóstolo Paulo teve uma visão na qual um varão macedônio clamava por ajuda, e ao ouvir o seu clamor, o apóstolo passou à Macedônia e não mediu esforços para ajudar aquele povo. Quando lhe convido a tirar o texto do seu contexto e aplicá-lo em outro, faço-o convidando-o a pensar comigo nas seguintes perguntas: “Qual a Macedônia que você e eu precisamos atravessar?”. E “Que ajuda podemos levar? No ano de 2014 lancei

Antiga bancada

um desafio à Igreja da qual sou pastor de realizarmos uma viagem missionária. O desafio foi aceito, e escolhemos uma cidade do interior. Estabelecemos contato com o pastor da Segunda Igreja Batista Centenário Tamanduá, no município de Passira, no Agreste de Pernambuco. No dia 17 de maio de 2014 lá estávamos nós. Ao chegarmos, logo nos dividimos em três equipes. A maior delas saiu para fazer evangelismo porta a porta, e convidar os moradores para o culto noturno. As outras duas, uma se dedicou a cuidar da beleza das mulheres da localidade, e a outra em trabalhar com as crianças.

Nova bancada

Quando a noite chegou, muitas pessoas foram celebrar o culto a Deus conosco, e logo a casa ficou cheia. Daí percebemos dois grandes problemas: a Igreja não possuía bancos suficientes para acomodar todos os convidados, e os poucos bancos que tinha não ofereciam conforto, nem segurança, pois na hora que as pessoas tinham que ficar em pé, todas precisavam fazê-lo ao mesmo tempo, e o mesmo procedimento na hora de tomarem seus assentos, caso contrário, os bancos tombariam para a direita ou para a esquerda. Foi nesse momento, que assentado à plataforma com

o pastor Wanderley, pastor daquela Igreja, que o Espírito de Deus incomodou meu coração a fazer alguma coisa. Já havíamos atravessado a Macedônia, todavia, precisávamos ajudá-los, foi quando em um ato de fé, quando me foi dada a oportunidade de dirigir a palavra à Igreja, falei do que Deus nos havia tocado ao coração. Disse aos irmãos que estava angustiado com o que havia visto naquela noite, e que iríamos trabalhar para trocarmos aqueles bancos. Naquele momento lançamos a campanha com os 17 irmãos da Igreja que estavam comigo, e ao voltarmos para o nosso templo

lançamos oficialmente a campanha. Contamos com a valiosa ajuda de um membro da nossa Igreja que trabalha na área de comunicação, e o mesmo desenvolveu toda a logística da campanha. Pela graça de Deus outras Igrejas também abraçaram o desafio, e no dia 09 de maio de 2015 fizemos nossa segunda viagem missionária para aquela mesma Igreja, desta vez, para celebrarmos com aqueles irmãos um culto de gratidão a Deus pela linda e confortável bancada que aquela amada Igreja pôde adquirir. Que Macedônia você atravessará, e que ajuda você levará?



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