OJB Edição 43 - Ano 2017

Page 1

ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 22/10/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 43 Domingo, 22.10.2017 R$ 3,20

Crianças e adolescentes que fazem parte de projeto Batista em Cássia - MG vão ao cinema pela primeira vez

O que para muitos pode não parecer nada, para a maioria dessas crianças e adolescentes é a realização de um sonho, já que as famílias não têm condições financeiras para levá-los ao shopping. Ao todo, foram 25 crianças e adolescentes que fazem parte do projeto social Jiu Jitsu/ Lutando para Viver e da Igreja Batista em Cássia - MG. Página 08 Missões Nacionais

Notícias do Brasil Batista

Comunicado às Igrejas e Congregações que mobilizam ofertas para a Campanha

PIB em Taquaritinga do Norte - PE celebra 75 anos de pregação do Evangelho

Página 07

Página 09

Notícias do Brasil Batista

Coluna Fé para Hoje

MCM da Primeira Igreja Batista em Campina Grande - PB completa 93 anos

O artigo desta semana é: “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”; confira!

Página 09

Página 14


2

o jornal batista – domingo, 22/10/17

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

Você não está aqui por acaso

P

or que você está vivo? Para que você está vivo? Se você quiser saber por que foi colocado neste planeta, deverá começar com Deus. “A questão não é você. O propósito de sua vida é muito maior que sua realização pessoal, sua paz de espírito ou mesmo sua felicidade. É muito maior que sua família, sua carreira ou mesmo seus mais ambiciosos sonhos e aspirações.” (Rick Warren) É por isso que tudo começa com Deus, que nos criou. Você nasceu de acordo com os propósitos Dele e para cumprir os propósitos Dele (Salmo 139.14-16). Você foi

feito por Deus e para Deus e, enquanto não compreender isso, a vida jamais terá sentido. O profeta Isaías afirmou: “Eu sou seu criador. Você está sob os meus cuidados mesmo antes de nascer” (Is 44.2). É preciso descobrir esta verdade incrível sobre Deus e a sua história pessoal. Se não houvesse um Deus, seríamos todos “acidentes”, o resultado de um fato extraordinariamente aleatório no universo. Se não houvesse um Deus, a vida não teria nenhum propósito, significado ou importância. Se não houvesse um Deus, não haveria certo ou errado, nem alguma esperança além de seus breves

anos aqui na Terra. Mas há um Deus que o fez por uma razão, e a sua vida tem um profundo significado. Descobrimos esse significado e propósito somente quando tomamos Deus como ponto de referência da nossa vida. Você já declarou que Deus é o referencial absoluto da sua vida? Você deseja cumprir o propósito de Deus para a sua vida? Viver com a certeza de que Deus existe e com a segurança de que é especial para Deus é viver com senso de missão ou consciência de propósito na vida. Você pode alcançar seus objetivos pessoais, tornar-se um sucesso, e falhar em alcançar

os propósitos para os quais Deus o criou. Jesus nos ensinou que “Quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará.” (Mt 16.25) Viver bem é deixar Deus usá-lo para Seus propósitos. Reconhecer que tudo começa com Deus é o primeiro passo para viver reconhecendo que foi criado para ser eterno. Você decide viver assim? Vamos contar estas boas novas para nossa família, amigos, vizinhos e colegas? Luiz Roberto Silvado, pastor, presidente da CBB


o jornal batista – domingo, 22/10/17

reflexão

3

bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

O dízimo de Abraão

F

oi diferente do dízimo de Jesus. O Mestre deu tudo, todo o Seu ser foi integralmente colocado no altar para nos remir da condenação do inferno. Sendo Senhor de tudo, esvaziou-se e ofertou tudo que tinha e era. Já Abraão deu o dízimo dos despojos da guerra. O dízimo oferece-nos algumas lições importantes como desafio à reflexão. O ato do velho patriarca é anterior à Lei mosaica. Não ocorreu uma lei obrigando Abraão a dar o dízimo a Melquizedeque. Foi um ato de gratidão e de culto pela vitória alcançada na batalha com os seus 318 soldados. Antes de dizimar, Abraão permitiu que os seus aliados na peleja tomassem a parte

que lhes cabia nos despojos. O dízimo é pessoal, como é de costume acontecer com o culto que prestamos a Deus. Na Igreja, mesmo no culto coletivo, o que sobressai é a adoração individual. Cada um responde pelo culto que presta a Deus; é relação pessoal entre o adorador e Deus. O dízimo tem consequências e influências futuras na vida familiar do dizimista. O autor da carta aos Hebreus, ao meditar sobre o fator Melquizedeque, amplia os frutos do ato realizado por Abraão. Na lógica humana, Abraão, como pai da promessa, deveria receber o dízimo, mas, o entrega a Melquizedeque que se apresenta como semelhante ao Filho de Deus (Hebreus 7.3), nosso sacerdote eterno, que

é Jesus Cristo. Ao dizimar, Abraão exerce influência sobre quatro gerações sucessivas. Alcança seu bisneto Levi, que dará origem à linha sacerdotal, que receberá o dízimo do Povo de Deus. Hebreus 7.6-9 conclui que, ao dizimar, Abraão inclui seu bisneto na bênção da fidelidade. A colocação de Hebreus não isenta quem atua no ministério a não dizimar, no caso, o pastor. Ao contrário, Abraão entregou o dízimo a Melquizedeque, que era sacerdote do Deus Altíssimo. Fê-lo como expressão de gratidão pela vitória e bênçãos alcançadas. Não prometeu dizimar caso ocorresse vitória, não dizimou para ser abençoado. Dizimou ao reconhecer que todas as coisas pertencem a

Deus, inclusive, a vitória na guerra. Não fez um pacto com Deus: “Dou o dízimo e, em troca, o Senhor me abençoa, cura tal enfermidade, concede-me prosperidade e me arranja um bom emprego”. Não! Por pertencer exclusivamente a Deus, não cabe ao dizimista negociar bênçãos em troca de fidelidade. Dízimo não é moeda de troca. Não me cabe negociar com Deus com algo que não me pertence. Deus não negocia bênçãos, Ele as dá graciosamente. Tudo o que precisamos nos é oferecido de graça. Neste caso, Deus é um péssimo negociante; não vende, não troca, apenas dá. Pede apenas que O cultuemos com inteireza de coração. O dízimo, no conjunto da mordomia, é a

parte mais fácil a ser vivida. Assinar um cheque, colocar algumas notas em um envelope e depositá-las no gazofilácio, qualquer pecador, mesmo não convertido, consegue fazê-lo. Difícil é cultuar com sinceridade e gratidão. O pecado inoculou no ser humano a desgraça da murmuração. Reclamar, acusar à Igreja, sua liderança e os demais salvos são pratos especiais dos murmuradores. Ficam bravos e agridem quando leem ou ouvem sobre dízimo. Perdem a oportunidade de abençoar seus descendentes com o exemplo da fidelidade gerada pela gratidão. Deus abençoou Abraão e sua descendência, não pelo dízimo entregue a Melquizedeque, mas, por achá-lo fiel em tudo.

Circuncisão: quando Deus estabelece promessas Almir de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista em Cruzeiro d’Oeste - PR “Este é o meu concerto que guardarei entre mim e vós e a tua semente depois de ti: Que todo o macho será circuncidado.” (Gn 17.10)

É

muito significativo o fato da circuncisão ser o pacto, o concerto de Deus com Abraão, quando o Senhor lhe faz promessas de multiplicar a sua descendência grandemente. É tão marcante, que Deus muda o nome de Abrão para Abraão, significando o “pai de uma multidão de nações”, e também o de Sarai, mulher de Abraão, para Sara, que

significa “mãe de nações.” Mas, o que nos chama a atenção neste ato, quando Deus estabelece Suas promessas a Abraão, confirmando todo o cuidado para com ele, tirando-o da sua terra de origem, de sua parentela, e conduzindo-o naquela peregrinação rumo a terra que o Senhor lhe prometera é um fato que, podemos dizer, passa quase despercebido. Isaque, o filho da promessa, ainda não era nascido. Ele só vai ser gerado, só vai nascer, um ano depois. Ou seja, Abraão vai gerar Isaque já na condição de circuncidado. Quando Abraão, por exemplo, gera a Ismael, o filho com a escrava Agar, ele ainda não era circuncidado. Inclu-

sive, quando Isaque nasceu, Ismael já tinha 13 anos de idade. Então, a condição em que Isaque foi gerado é muito especial. O ato da circuncisão simboliza purificação e marca o rito da iniciação da família de Deus. O Povo de Deus, o Israel do Antigo Testamento inicia-se em Abraão, a nação israelita descende dele. Isaque é a continuidade dessa nação estabelecida por Deus. A promessa da benção do Senhor para todos os povos da terra inicia-se em Abraão. A grande lição que podemos extrair dessa riqueza de detalhes é que Deus, desde o início, priorizou a pureza do Seu povo. Um povo purificado, santo, separado do

pecado é o maior desejo de Deus, o maior alvo, o que mais ele espera ver do povo que leva o Seu nome. A palavra circuncisão passou a marcar tanto a história do Povo de Israel, que quem não era circuncidado era incircunciso, ou seja, reprovado, classificado como pagão, pois não tinha a marca do concerto, do pacto estabelecido por Deus. No contexto neotestamentário e espiritual, ser circuncidado é ter o coração regenerado no sentido de não abrigar dentro dele as influências pecaminosas. Pelo contrário, é ter um coração puro, limpo, purificado, pronto para produzir, gerar sentimentos de amor, de perdão, de com-

paixão, de misericórdia. Virtudes essas tão escassas, tão raras na humanidade de hoje. O Senhor nosso Deus continua disposto a estabelecer um concerto conosco, deixando-nos promessas eternas, convidando-nos a amá-lO, com todas as forças do nosso ser, apresentando o nosso coração circuncidado, quebrantado, mudado. Quando deixamos o coração ser tocado por Cristo, ser conduzido por Ele, a circuncisão da nossa vida acontece, e podemos, a exemplo de Abraão, caminhar e avançar com toda confiança e fé no Senhor, pois Ele continua sendo o Deus Todo Poderoso e o nosso grandiosíssimo galardão.


4

o jornal batista – domingo, 22/10/17

reflexão

GOTAS BÍBLICAS

Tempos de oração Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

L

endo nos jornais e vendo as reportagens pela televisão, ficamos sabendo do estado moral e espiritual doa nossos dias. Esse estado de coisas é global. Um articulista de um dos jornais de grande circulação afirma: “A Europa é toda ateísta”. O Brasil é o nosso campo de testemunho. Relataremos dois exemplos para sustentar o nosso título. Os tempos que vivemos são “tempos de oração”. Uma Igreja da capital paulista, em uma campanha evangelística em um bairro de uma cidade do interior, conheceu uma situação preocupante. A pobreza do bairro não causou impressão, pois ela está presente no Brasil inteiro. O que impressionou foi

a presença de garotos vítimas das drogas. Em frente ao colégio onde se hospedaram havia uma árvore. Em um galho da árvore, havia uma sacola pendurada, e dentro dela, porções da droga. Os meninos, depois de viciados, tornam-se escravos do vício e fregueses. Outro exemplo foi dado em um jornal do interior de um dos nossos estados. Um grupo de cidadãos da elite da cidade criou um esquema de captação de adolescentes virgens, que eram vendidas pelos próprios pais. O captador repartia a quantia com o comprador. Comentando o resultado, ele afirmou, sobre o estado em que ficou a vítima: “Eu a encontrei e ela estava ‘quebrada’”. Que maldade! Divulga-se a desgraça de um ser humano como se fosse a coisa mais natural

NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

desse mundo. Esse episódio é comum em países em estado de guerra. Esses desvios, lamentavelmente, estão presentes nos esquemas religiosos. O espetáculo é promovido, sem nenhuma ética, visando apenas o engodo do povo. Na África, Igrejas promoveram culto de cura do ebola. Como o contágio era pelo toque, transmitido pelo suor, só uma enorme Igreja perdeu dez pastores contagiados pelo ebola, na hora do ritual da cura. Nossos tempos são assustadores, em todos os segmentos da sociedade. No Brasil, principalmente, no seguimento político. Agora, terminemos com uma pergunta: “Que tempos sãos esses?”. São “tempos de oração”! E nós, vamos ignorar o chamado à oração, que esses tempos nos apresentam?

Não interromper a Obra de Deus “Deixai que se faça a obra desta casa de Deus; que o governador dos judeus e os seus anciãos reedifiquem esta casa de Deus no seu lugar.” (Ed 6.7)

O

Rei Dario, da Babilônia, sentiu-se compelido a autorizar a reconstrução do Templo de Jerusalém. Ao receber informações de que inimigos da obra estavam colocando empecilhos, o rei decretou: “Não interrompais a obra desta Casa de Deus, para que o governador dos judeus e os seus anciãos reedifiquem a Casa de Deus no seu lugar” (Ed 6.7). Há várias maneiras de interromper a Obra de Deus aqui na Terra. Uma delas é a nossa postura de autossufici-

ência, quando determinamos que o Senhor é quem deve seguir os nossos planos. Na oração dominical, Jesus nos ensinou que seguir os planos do Senhor é coisa essencial: “Seja feita a Tua vontade, assim na Terra, como no céu” (Mt 6.10). Jesus sabe da nossa tendência de confiar em nossos próprios planos. Por essa razão, orar como Ele nos ensinou é um encorajamento para viver pela fé no Senhor, de acordo com Seus mandamentos. Buscar a orientação de Cristo, além de aperfeiçoar nossa vida espiritual, garante a qualidade da nossa obra, como parte do estabelecimento do Seu Reino aqui na Terra. Não fomos chamados para “interromper a obra”, fomos chamados para construir.

O que é o Evangelho? Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

A

palavra Evangelho significa, no grego, “Boas novas, notícias alegres, boas notícias”. Temos também a palavra kakangelho, que significa notícia ruim. Ninguém gosta de receber uma notícia dessas, todos esperamos boas notícias. Mas, infelizmente, o noticiário na

TV, as páginas impressas estão cheios de notícias nada agradáveis. Ao ouvi-las, ficamos presos em nosso mundo e não queremos sair de lá; passamos a ter receio de sair na rua, temos medo de ser assaltados e medo de andar em grandes centros. Notícias ruins entristecem; não conseguimos entender porque daquela situação, lamentamos e choramos

ao saber de fatos desagradáveis. As Escrituras Sagradas trazem notícias alegres, boas novas, algo que agrada o nosso coração. Que notícias são essas? As Escrituras apresentam o Evangelho, que é a melhor notícia que nós poderíamos ouvir, é a chegada de Jesus Cristo ao mundo para trazer vida completa a quem está morto. Jesus Cristo veio buscar e salvar

aquele que estava perdido. A missão Dele aqui foi obedecer à ordem do Pai. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas, mas Jesus veio como o bom pastor nos colocar no aprisco. O Evangelho apresenta o Salvador, e precisamos entender o porquê Jesus deixou Sua glória e veio habitar entre nós. Ele veio para nos salvar dos nossos pecados, basta crer Nele para ter o perdão e

a garantia de uma nova vida com Cristo. O apóstolo Paulo falava que o Evangelho é o Poder de Deus para todo aquele que Nele crê. Ele jamais envergonhou-se do Evangelho de Cristo, ele dependia de Jesus. Meu amigo leitor, não fique indiferente ao Evangelho, aceite o sacrifício que Jesus Cristo fez na cruz do calvário para te salvar. Você sabe agora o que é Evangelho?


o jornal batista – domingo, 22/10/17

reflexão

5

Vitória sobre as naturais crises da humanidade Celson de Paula Vargas, pastor, colaborador de OJB “Eis que estou a porta e bato; se alguém ouvir minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo. Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também eu venci, e me sentei com meu Pai no seu trono.” (Ap 3.20-21)

A

maior de todas as crises que já ocorreu com a humanidade foi

quando todos os homens, dominados pelo pecado, se reproduziam na espécie e na prática de toda sorte de abominações éticas, morais e espirituais, sem ter uma prerrogativa de mudar esse alastrante desastre humanitário. Foi nessa atmosfera que Jesus, o Deus encarnado, chegou ao mundo, com a missão de solucionar essa gravíssima e letal crise. O texto acima diz que Ele venceu e foi reconduzido ao céu onde voltou a sentar-se no mesmo trono do Pai.

Com essa incontestável autoridade de vitorioso, Ele nos afirma, no mesmo texto, que também podemos ser vitoriosos, desde que sigamos suas orientações, também contidas no texto. São elas: Admitirmos a exterioridade de Jesus em nosso ser: “Eis que estou a porta e bato...”. A universal natureza pecaminosa da humanidade retrata isso. Jesus não está em nossos corações, mas, sinaliza Sua vontade de entrar, batendo e se anunciando às portas

do nosso íntimo. É lá, em nossa intimidade, que Ele faz a obra regeneradora do nosso ser, libertando-nos da servidão do pecado e nos tornando novas criaturas. A segunda orientação consiste no desafio de, espontaneamente darmos ouvido à Sua voz, e abrir-lhe as portas do nosso interior. Chamo de desafio porque a voz de Jesus ecoa-nos junto a milhares de outras vozes, eficazmente corruptoras, aos nossos ouvidos corruptos. Resistir a essas

vozes para ouvir Jesus não é fácil para o homem, os resultados conseguidos pela pregação do Evangelho, demonstram isso. Mas, precisamos vencer essa questão, para que Sua promessa se cumpra em nós: “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono...”. Creia nisso, ouça a voz de Jesus e permita que Ele entre em seu coração e te faça também um vitorioso sobre as crises humanitárias atuais, e, ao final, sente-se com Ele em seu trono celestial e eterno.

A cura Edson Landi, pastor, colaborador de OJB

A

s Escrituras Sagradas dizem: “Eu cri e por isso falei. “Pois assim nós, que temos a mesma fé em Deus, também falamos porque cremos.” (II Co 4.13) O que você faria se descobrisse a cura para uma doença que, até então, é incurável? Guardaria segredo ou se esforçaria para que essa sua descoberta fosse compartilhada? Bom, imagino que você não pensaria

duas vezes: anunciaria, com muita alegria e dedicação, que a tal doença pode ser erradicada. “Ninguém mais precisa sofrer ou padecer. A cura existe!”, seria o seu anúncio. Agora, pegue esse exemplo e encaixe-o ao Evangelho. Enxergue o pecado como uma doença cruel e destruidora, cujas consequências é a morte e a separação eterna de Deus. Isso responde de modo bem claro alguns questionamentos que são feitos até mesmo por membros de Igreja: “Por

que pregamos a Cristo?”; “Por que nos preocupamos tanto em anunciar o Evangelho?”; “Por que investimos dinheiro nisso?”; “Por que alguns são capazes de deixar casa, família e emprego para se tornarem missionários?”. A resposta é simples: fazemos isso porque entendemos que Jesus Cristo é verdadeiramente o único Salvador. Acreditamos que não há outra possibilidade de uma pessoa receber perdão de seus pecados e ser reconciliada com Deus a

não ser por meio de Jesus. Entendemos que para a enfermidade chamada pecado existe apenas um remédio: o Evangelho. Quando o crente olha para aquilo que Cristo fez em sua vida, não lhe resta dúvidas de que o Senhor é capaz de transformar a vida de qualquer pessoa. A obra missionária é fruto de corações convertidos e de mentes convictas quanto à veracidade da Bíblia. Aquele que ora, que investe dinheiro, tempo ou a própria vida na evangelização das pesso-

as é porque compreendeu o Evangelho. Só pode dizer “eis-me aqui” quem antes teve um encontro genuíno com Deus. Vivemos em um mundo doente e condenado à morte. E nós, os cristãos, não por mérito nosso e sim por meio da graça e da misericórdia de Deus, somos as únicas pessoas que conhecemos a cura. Não nos resta alternativa a não ser compartilhar, isto é, orar, pregar, investir e ir. Neste mundo que está a padecer, Jesus é a única esperança e vida!


6

o jornal batista – domingo, 22/10/17

reflexão

Missões nos presídios

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

O

s presídios brasileiros, masculinos e femininos, são um desafio às autoridades públicas e às Igrejas. Os presídios do nosso país sempre estão nos noticiários por conta das atrocidades e das rebeliões violentas. O poder público não sabe como conter a imensidão de criminosos que nossa sociedade brasileira com forte ênfase na desigualdade provoca. É triste ver o cenário da nossa juventude, que desde

a tenra idade é aliciada a serem “soldados do tráfico” ou “aviãozinho do crime”, e assim, nossos adolescentes e jovens se matriculam na escola do crime e logo estarão atrás das grades. O Brasil tem uma das maiores populações carcerárias do mundo e que necessita de vários cuidados que o Estado precisa suprir, contudo, os presidiários e os funcionários desse contexto violento também precisam da esperança que há no Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Nosso Senhor nos ensinou assim: “Estive preso e foste

ver-me” (Mt 25.36). Jesus, ao dizer isso, causou espanto, o mesmo assombro quanto citamos esse verso a alguns cristãos, que pensam erroneamente que não temos responsabilidades com os presos. Eles também precisam da salvação que há no nome poderoso de Jesus. Ele estava apontando para os presos e ensinando seus discípulos a olhar para essa população carcerária com misericórdia, que é revertida em visita. Visitação intencional, com o desejo de compartilhar o Evangelho que cura, liberta e transforma. Nossos missionários Batis-

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INSTITUIÇÕES BATISTAS DE ENSINO TEOLÓGICO (fundada em 1970) Rua José Higino, 416 – Edifício 14 – Sala 206 – Tijuca – Rio de Janeiro/RJ CNPJ: 02.191.726/0001-84

EDITAL CONVOCAÇÃO ÀS INSTITUIÇÕES FILIADAS ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA Eu, Vanedson Ximenes dos Santos, presidente em exercício, no uso de minhas atribuições, faço a presente Convocação para realização por no mínimo 1/5 dos associados (assinados pelos mesmos), com base no Art. 60 do Código Civil, e na conformidade dos dispositivos estatutários vigentes, a todos os representantes das Instituições Teológicas Batistas filiadas à ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INSTITUIÇÕES BATISTAS DE ENSINO TEOLÓGICO para se fazerem presentes na Assembleia Extraordinária, que se realizará no dia 17 de novembro de 2017, na FACULDADE BATISTA PIONEIRA, situada na Rua Dr. Pestana. 1021 - Centro - Ijuí – RS, às 13h30 em primeira convocação com 50% das filiadas, e às 14hs em segunda convocação, com um quarto das filiadas. Constando a PAUTA: REFORMA DO ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO TEOLÓGICO - ABIBET. Rio de Janeiro, 05 de outubro de 2017.

tas brasileiros estão entrando nas unidades prisionais levando Jesus nos lábios, nas ações, nas pregações e nas canções. Passam por revistas vexatórias, por situações de tensões e com vários tipos de pressão, mas são motivados pelo chamado do Senhor para alcançar essas pessoas que precisam da transformação e de uma nova vida que só o Evangelho oferece. Ele oferece libertação da nossa alma das garras de satanás. Ele apaga o nosso passado e nos garante um futuro feliz na presença de Deus, na eternidade. O Evangelho nos fornece nova chance,

nova vida, uma reconstrução operada por Deus. O Evangelho devolve a dignidade e o desejo de fazer tudo o que é certo, justo, honrável e bom aos olhos dos homens e de Deus. O Evangelho é a disponibilização da salvação e libertação. Precisamos nos engajar com esse ministério difícil e desafiador. Precisamos contribuir, orar pelos missionários (as). Precisamos orar para que Deus levante mais obreiros para essa seara dura e árdua. “Lembrai-vos dos encarcerados, como se preso com eles.” (Hb13.3). Ore e contribua!

(Modelo da Carta de Designação que deverá ser apresentada na Assembleia) (TIMBRE DA INSTITUIÇÃO, NOME DA INSTITUIÇÃO, CNPJ E ENDEREÇO) (cidade / U F ) de

de

2017.

Ao Pr. Vanedson Ximenes dos Santos Presidente da Associação Brasileira de Instituições Batistas de Ensino Teológico – ABIBET Rua José Higino, 416 – Edifício 14 – Sala 206 – Tijuca – Rio de Janeiro/ RJ – 20510-412 Prezado Presidente, A (O) (NOME DA INSTITUIÇÃO) vem pela presente indicar como seu representante legal, perante a Assembleia Extraordinária da ABIBET, a realizar-se no dia 17/11/2017, na Cidade de Ijuí/RS, o (a) Sr. (a) ______________________ que exerce a função de ________________ nesta Instituição. Atenciosamente, _________________________________________________________ (NOME E ASSINATURA DO REPRESENTANTE LEGAL ESTATUTÁRIO DA INSTITUIÇÃO FILIADA)

Pr. Vanedson Ximenes dos Santos Presidente


o jornal batista – domingo, 22/10/17

missões nacionais

7

Doação de 18 mil kits de limpeza bucal vai beneficiar 26 comunidades ribeirinhas

O

Projeto Novo Sorriso da Amazônia recebeu a doação de 18.750 kits de limpeza bucal, com escova e pasta de dentes. Os kits foram doados pela empresa Colgate após a mobilização da missionária Márcia de Oliveira Salgado. Segundo os coordenadores do projeto, missionários André e Germana Matheus, a doação beneficiará moradores de 26 comunidades ribeirinhas da Amazônia. Ao voltar de uma viagem à Amazônia, a missionária de Alianças Estratégicas em São Paulo Márcia Salgado se propôs a mobilizar parceiros para arrecadar kits de saúde bucal para o projeto

Empresa Colgate doou mais de 18 mil kits

Novo Sorriso da Amazônia. Por meio de uma parceria com a Colgate, ela conseguiu 18.750 kits de escova dental e pasta de dentes, que foram enviados para o Projeto Amazônia. Cerca de 26 comunidades ribeirinhas serão beneficiadas. “Eu estive na viagem do

barco. E quem faz essa viagem é impossível voltar de lá e não fazer nada. Ver um novo sorriso nos rostos daquelas crianças é um privilégio, é saber que vale a pena servir a Deus. Então, resolvi investir um tempo em conseguir os kits para dar um Novo Sorriso às nossas crianças”,

Doação irá beneficiar 26 comunidades onde atuam Radicais Amazônia

relatou a missionária. Após o recebimento da doação, em São Paulo, o frete para a Amazônia era mais um desafio. A empresa Exata Cargo foi a possibilitadora desse transporte. O trabalho entre os ribeirinhos da Amazônia está avançando para a glória de Deus e

muitas empresas e parceiros estão sendo facilitadores para que vidas sejam transformadas pelo Evangelho e pela compaixão e graça de Cristo! Você também pode ser um parceiro deste projeto! Acesse <https://www.atos6.com/ missoesnacionais/projetos/ andre-e-germana-matheus>.

Comunicado às Igrejas e Congregações que mobilizam ofertas para a Campanha de Missões Nacionais

E

stamos em Campanha e informamos que, desde julho, está em implementação a Nova Plataforma da Cobrança, que exige o registro de todos os boletos em circulação nacional. A medida traz benefícios para o consumidor, mas pode representar um obstáculo para Missões

Nacionais. São duas mudanças agora: os boletos precisam ter CPF ou CNPJ e não podem mais ser enviados com valor zerado. Precisamos que você entre em contato agora para que as mudanças não afetem a mobilização de recursos da Campanha anual e prejudiquem o sustento dos projetos e dos missionários que atuam

no campo na transformação de vidas e propagação do Evangelho. O vídeo explicativo está no link: www. youtube.com/watch?v=Pyr_ bq0kQzw&t=5s Qualquer dúvida, entre em contato conosco ou utilize nossas contas para depósito ou transferência bancária. Ligue em horário comercial, de 8h30

CNPJ: 33.574.617/0001-70 Contas para depósito: Bradesco - AG 226-7 / CC 87500-7 Banco do Brasil - AG - 30104 / CC - 120275-8 Santander - AG 4362 / CC 130001420 Caixa Econômica Federal Dados: Junta De Missões Nacionais AG 1411-0 / CC 138-6 Itaú - AG 0281 / CC 66341-9 Da CBB às 17h30, para (21) 2107-1818 ou 0800-707-1818 para demais localidades, envie uma mensagem para falecom@ missoesnacionais.org.br ou entre em contato pelo WhatsApp (21) 96697-3786.


8

o jornal batista – domingo, 22/10/17

notícias do brasil batista

Igreja Batista Central em Cajati - SP comemora 36o aniversário e lançamento do Movimento Viver Márcio Luiz Angulo, pastor da Igreja Batista Central em Cajati - SP

A

comemoração do 36º aniversário da Igreja Batista Central em Cajati - SP (IBACEN), região do Vale do Ribeira no estado de São Paulo, foi marcada por uma ação impactante na prevenção ao uso de drogas. O evento aconteceu nos dias 23 e 24 de setembro, e contou com a presença do pastor Hélio Silva Rocha (PIB de Registro) como preletor. Com a participação do Coral da Missão Batista Cristolândia de São Paulo, no culto de sábado, dia 23, foi lançado oficialmente o Movimento Viver (Programa Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas da JMN) na Igreja pelos missionários Alexandre Henrique F. de Freitas Jr. e Luísa Karla de Freitas Melo, representantes do Movimento Viver em São Paulo. O domingo, dia 24, foi marcado por uma passeata na cidade pela prevenção ao uso de drogas, também com

Passeata para a prevenção ao uso de drogas

Ibacen comemorou aniversário em setembro

Culto na Escola Estadual Professor Celso Antônio, em Cajatão - SP

Participação do Coral da Cristolândia - SP

a participação da Igreja, dos missionários acima e do Coral da Cristolândia. A passeata terminou na Escola Estadual professor Celso Antônio (Cajatão) com um culto. A preleção sobre prevenção de drogas ficou a cargo do missionário Radical Leonardo H. M. An-

gulo.com, que pregou diante da presença da membresia da Igreja, alunos e coordenadores da Escola da Família, dentre outras pessoas da comunidade. À noite, encerrou-se as atividades mais uma vez com a presença do Coral da Cristolândia. Além dos já

citados, também participaram das festividades pastores e Igrejas Batistas da região, e o mobilizador estratégico da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP), pastor Edmilson de Morais Lara. Com essas ações, a Igreja segue comprometida em ser

um sinal histórico do Reino de Deus no município de Cajati, no Vale do Ribeira e até os confins da terra, levando o Evangelho todo ao homem todo e a todos os homens. Louvamos ao Senhor por todos os benefícios que nos tem feito.

Crianças que fazem parte de projeto Batista em Cássia - MG vão ao cinema pela primeira vez

Mês das crianças com muita alegria para as crianças de Cássia - MG

Rony Cleiton Barbosa, pastor; Andreia Cristina Barbosa, missionária

N

este mês de outubro, em que comemoramos o Dia das Crianças, a Igreja Batista em Cássia - MG, através dos missio-

Crianças e adolescentes realizaram sonho

nários pastor Rony Cleiton e Andreia Barbosa, junto a alguns parceiros levaram 25 crianças e adolescentes que fazem parte do projeto social Jiu Jitsu/Lutando para Viver e da Igreja ao shopping. O que para muitos pode não parecer nada, para a maioria dessas crianças e

adolescentes é a realização de um sonho, já que as famílias não têm condições financeiras para levá-los ao shopping, pois fica a 60 Km da cidade, e existe a deficiência de transporte público, o que aumenta o custo e torna-se inviável para muitos.

Trabalho tem como base o Movimento Viver, da Junta de Missões Nacionais

Boa parte deles ainda não tinha ido ao cinema, mas Deus usou nossos parceiros para abençoar nossa turminha! Depois do passeio no shopping e cinema, fizeram um bom lanche para encerrar a tarde de muita alegria e diversão.

O Movimento Viver existe para incentivá-los a fazer boas escolhas, e isso passa por estudo, cultura, respeito, carinho, cuidado, etc. Que um dia eles encontrem Jesus Cristo que realiza nossos sonhos, não somente para esse tempo, mas para a eternidade.


o jornal batista – domingo, 22/10/17

notícias do brasil batista

9

PIB em Taquaritinga do Norte - PE celebra 75 anos de pregação do Evangelho Roberto Celestino, vicemoderador da Primeira Igreja Batista em Taquaritinga do Norte - PE

N

o dia 07 de outubro, a Primeira Igreja Batista em Taquaritinga do Norte - PE comemorou 75 anos de pregação do Evangelho nesse município. Foi no ano de 1942 que três pastores evangelistas pisaram no chão de Taquaritinga do Norte, sendo estes os primeiros pastores evangélicos a pregarem o Evangelho de Jesus Cristo na cidade: o inglês Leônidas Johnson, o norte-americano John Mein e o brasileiro José Munguba, todos vindos da cidade do Recife para iniciar o primeiro

Comemoração aconteceu no início de outubro

trabalho evangélico no local. Assim, neste ano de 2017, foi comemorado por esta Igreja 75 anos de Evangelho, sendo os Batistas os pioneiros entre os evangélicos nesta cidade. No sábado, dia 07, estiveram presentes na comemoração, além de diversos pastores da cidade, pastores de cidades vizinhas acom-

panhados de suas famílias e respectivas Igrejas e os que já pastorearam a PIB em Taquaritinga, como o pastor Roberto Tavares de Almeida e o pastor Edson Cabral da Luz, que foram homenageados junto ao pastor Silvio Lima, que pastoreia a Igreja atualmente. Entre os homenageados, estavam também os pastores Francisco Freire

Grande coral formado por membros e congregados da Igreja

e Pedro Ferreira, que justificaram a ausência. A Igreja recebeu também grande número de pessoas da cidade que atenderam ao convite para prestigiar esse momento tão significativo. O pregador da noite foi o pastor Maurício Manoel, coordenador da Área de Missões Estaduais da Convenção Batista de Pernambuco.

Na conclusão do culto, um grande coral composto por todos os membros e congregados da Igreja, emocionou a todos louvando ao Senhor em gratidão pelo que Ele tem feito ao longo dos anos nesta obra. O pastor da Igreja, Silvio Lima, agradeceu a Deus, aos envolvidos direta e indiretamente nas festividades e a todos os presentes.

MCM da Primeira Igreja Batista em Campina Grande - PB chega aos 93 anos Lana Aguiar, coordenadora de Evangelismo e Missões da Primeira Igreja Batista em Campina Grande - PB

G

randiosos são os feitos do Senhor desde o início em 1923, quando Ele plantou a semente da União Feminina Missionária em nossa Igreja, hoje denominada Mulheres Cristãs em Missão (MCM). Naqueles dias, ela assumia os trabalhos missionários, de fonte de oração e auxiliava a Igreja na ação missiológica, auxílio do trabalho pastoral, visitações aos enfermos e necessitados, etc. De igual modo, temos hoje a nossa MCM, sinal de Deus, chamas acessas e luzes resplandescentes que, diária e semanalmente, abençoam e ajudam a nossa Igreja a se manter de pé com vidas, orações, missões, cuidados aos necessitados., cooperando no cumprimento da missão da Igreja no mundo. Somos gratos ao Senhor pela existência da nossa MCM, que se reúne para o louvor da Sua glória e expansão do Seu louvor.

Mônica Patrício foi a preletora do evento

No dia 03 de setembro realizamos a celebração de gratidão e louvor por mais um ano concedido por Deus à nossa MCM, trabalhando o tema: “Ele brilha através de nós”; e a divisa: “Porque Deus, que disse: das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (II Co 4.6). A celebração veio cooperar para que a Igreja estivesse sendo regada com edificação, crescimento espiritual, despertamento, renovo e alento, convocando a Igreja a ser incessantemente almejante da presença gloriosa de Deus, assumindo um compromisso fiel e dependente

para com Ele. Tivemos como oradora do nosso aniversário a irmã Mônica Patrício da Igreja Congregacional Diamantina, em nossos cultos da manhã e noite. Na celebração da noite, tomou posse a nova diretoria da MCM, que atuará nessa nova jornada de serviço dedicado ao Senhor e à Igreja, dando continuidade aos bons serviços que esta organização tem prestado desde o começo, ajudando e abençoando a vida da nossa Igreja. Durante o período de preparação para as festividades, realizamos o culto rosa - uma iniciativa evangelística inclusiva, que reuniu várias mulheres amigas convidadas, em que tivemos a palestra com a missionária Daiane, da

Algumas irmãs que compõem o grupo

Igreja Batista Sal e Luz de João Pessoa, que trouxe uma palavra animadora e edificadora sobre o dever missionário e o chamado pra assumir o Ide de Jesus Cristo, cumprindo a missão do Reino de Deus. Consideramos esses momentos por demais desafiadores e animadores para a nossa caminhada como MCM. Foi também um tempo de muitos chás de bebês (quatro) realizados para celebrar a benção e o valor da família, agradecendo a Deus pelas heranças do Senhor - os filhos - que chegam ao nosso meio. Realizamos o culto de arrolamento da primeira criança nascida (Ana Laura), filha do casal Fabiano e Aline - numa tarde de progra-

mação muito especial feita pela coordenadora do Rol de Bebês com nossa MCM toda presente. Louvamos a Deus por todos os seus benefícios ao tempo em que rogamos ao Senhor para que sejam lembrados em nosso coração cada um deles “Bendize a minh’alma ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o Seu santo nome; Bendize ó minha alma ao Senhor, e não te esqueças de nenhum só dos seus benefícios” (Sl 103.1-2), a fim de que sejam renovados o ânimo, a firmeza e as forças para o empenho, o serviço e a esperança nos tornando sempre abundantes na obra do nosso Deus (I Coríntios 15.58).


10

o jornal batista – domingo, 22/10/17

notícias do brasil batista

Saiba mais sobre o Congresso Nacional de Educadores Cristãos (CONNEC Brasil)

Educadores cristãos compareceram em bom número

Samya Vanessa Soares de Araújo, Igreja Batista no Criméia Leste - Goiânia - GO, presidente da Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil

D

iante do cenário atual em que vivemos, não podemos desconsiderar que a educação cristã tem sido deixada em último plano em nossas Igrejas; são ambientes sem as estruturas necessárias, professores desmotivados, falta de material pedagógico e de pesquisa para o preparo de uma boa aula, etc. Tudo isso causa ao educador cristão

Evento passa por várias cidades do Brasil durante o ano

um certo desânimo e uma sensação de impotência, sem falar que em muitas Igrejas a figura do Educador Cristão tem sido considerada desnecessária. Nossos educadores formados partiram para o ensino secular, pois na Igreja não há lugar para eles; eis o motivo da baixa procura em nossos seminários, levando-os a fechar os cursos. Foi nessa conjuntura que através da Educadora Cristã Neusir Rangel, presidente da Associação de Educadores Cristãos, que havia feito o Congresso no Espírito Santo, conheci Priscila Laranjeira e André Santos, coordenadores

do Congresso Nacional de Educadores Cristãos (CONNEC). A partir daí temos caminhado juntos, Editora AD Santos, Associação de Educadores Cristãos Batistas do Brasil (AECBB) e as Associações Estaduais de educadores cristãos. Também fizemos parceria com a Convenção Batista Goiana para trazê-lo ao nosso estado. Foi benção. Se formos analisar a qualidade dos crentes que estamos “formando” em nossas Igrejas, teremos um dado estarrecedor: crentes imaturos e despreparados para enfrentar a demanda da sociedade em que estão inseridos. Precisa-

Igreja Batista Barra do Rocha - BA completa 92 anos Fábio Porto Novais, pastor da Igreja Batista Barra do Rocha - BA

N

os dias 29 e 30 de julho, a Igreja Batista em Barra do Rocha completou 92 anos de organização. Foram dias de muito louvor e adoração a Jesus Cristo, o responsável e sustentador dessa grande obra na cidade de Aniversário da Igreja contou com momentos de louvor e adoração Barra do Rocha. O tema da nossa festa foi “92 anos anunciando o Reino com o poder de Deus” e divisa: “Venha o teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” (Mt 6.10). Pastor Marcos Gomes, da Primeira Igreja Batista em Camamu BA foi o orador nesses dias de festa. Agradecemos ao Pai pela oportunidade de servir ao Reino de Deus com muita Tema da celebração foi “92 anos anunciando o Reino com o Poder alegria e dedicação. de Deus”

Congresso aconteceu em Vila Velha - ES

mos mudar e, segundo Léa Rocha Lima e Marcondes, “A mudança precisa vir de dentro para fora, dos líderes para os liderados, precisa ser fruto de questionamentos e reflexões consistentes sobre o real significado da educação e a sua contribuição na formação de cidadãos conscientes e participativos na sociedade em que vivem”. Participei do CONNEC em Vila Velha - ES através de uma cortesia que a direção do Congresso me proporcionou e foi bênção, cada dia tenho mais certeza que o ensino relevante da Palavra de Deus é o foco do CONNEC com intuito de transformar vidas. Muitos Educadores associados a AECBB estavam presentes, representantes dos estados do Rio de Janeiro, Bahia, Maranhão, Goiás entre outros. Só temos a agradecer e dizer que muitos desses educadores sentiram o desejo de levar o CONNEC para seus estados. Abaixo segue alguns depoimentos de educadoras cristãs Batistas: “Participar do CONNEC foi uma experiência maravilhosa! Conhecimentos, adoração, reflexão sobre o que estou fazendo ou deixando de fazer como servo (educador cristão). Nossa avaliação: Excelente” - Educadoras Janilene e Milena Ilhéus, Bahia. “No CONNEC nos foi oportunizado preciosos momentos de aprendizagem e reciclagem de conhecimentos. Fomos instigados a evoluir no ministério que nos foi proposto pelo Senhor e desafiados a executá-lo com excelência, utilizando-se de ferramentas inovadoras pautadas na Palavra de Deus, nosso manual de vida. CON-

NEC é uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento da liderança cristã.” - Vanessa Vidal Gomes de Moraes. RJ PIB de Senador Camará. “CONNEC em Vila Velha, uma experiência motivadora. Participei do Congresso desejando conhecer como anda a Educação Cristã na visão de outras denominações. Como sempre acreditei que é através da Educação Cristã que estaremos formando a nova geração Cristã, as temáticas propostas para o Congresso chamoume atenção com abordagens de conteúdo teológico (fundamento), metodológico e missionário. Que benção! Voltamos renovadas em nossa missão! Ver uma turma jovem (homens e mulheres) investindo em Educação foi motivador. Ainda há esperança! A Educação Cristã não está apagada! Está acontecendo um resgate da sua importância na formação dos cidadãos dos céus. Amém!” - Rosângela Baeta, PIB de Moça Bonita, Padre Miguel, Rio de Janeiro. “Posso afirmar que o CONNEC me fez refletir sobre a importância da construção de um perfil genuinamente cristão, para que se produza educação eficaz nos vários segmentos da igreja, teoria e prática. Assim, trouxe à baila, que a práxis bíblica tem prioridade diante dos modernos recursos pedagógicos, pois evidencia Cristo como fundamento do que se ensina. No mais, o CONNEC pontuou com maestria a relevância do zelo nos relacionamentos, para uma Educação Cristã de qualidade. - Fátima Regina Pinho Martins, Primeira Igreja Batista em Alcântara.


o jornal batista – domingo, 22/10/17

missões mundiais

11

Joelhos dobrados pelas crianças Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

M

eninos e meninas em todo o mundo são atingidos diariamente por algum tipo de violência que, aos poucos, lhes rouba a infância. São crianças vítimas de guerra, do abuso sexual, das drogas, da violência doméstica, da fome...Crianças que não têm seus direitos garantidos e, tampouco, alguém que lute por eles. É para estas crianças que Missões Mundiais convida você a levantar um grande clamor a Deus na Campanha Joelhos Dobrados pelas Crianças. Desde o dia 09 de outubro até o último domingo deste mês, serão 21 dias de intercessão pelos mais variados motivos que fazem com que crianças de todo o planeta não tenham mais a esperança de se tornarem adultos melhores do que aqueles que lhes roubaram o direito de brincar e, até mesmo, de conviver com seus pais.

Neste período, diariamente publicaremos em nossas redes sociais motivos para você orar pelas crianças de todo o mundo. Não só ore, mas também compartilhe estas publicações em suas redes sociais com a hashtag #joelhosdobradospelascrianças. Fale desta campanha na sua Igreja, na sua reunião de pequenos grupos, célula, classe de Escola Bíblica Dominical. Não perca a oportunidade de mostrar ao mundo que somente o amor de Cristo é capaz de levar esperança também às crianças. Estes são alguns dos motivos pelos quais você já

pode orar em favor das crianças. • Perseguição/refugiados Existem lugares no mundo, como o Oriente Médio e o Norte da África, onde povos inteiros estão saindo da região onde viviam para fugir da perseguição de grupos que espalham terror e medo. Elas viram refugiadas em outros países, e mais da metade das 65 milhões de pessoas nessa condição são crianças ou adolescentes. Ore para que haja esperança no coração dessa nova geração para encontrar um abrigo e refúgio em Jesus.

grama socioeducativo) introduz crianças de 04 a 06 anos no universo escolar e ensinando valores bíblicos. Na Ásia, os projetos Lar da Paz e Meninas da Índia estão resgatando crianças do universo da exploração e tráfico humano. No Oriente Médio, o Tenda de Brincar desenvolve ações para devolver o verdadeiro sentido de infância à chamada geração perdida. Ore por nossos missionários e pelas • Saúde Há muitas crianças que crianças beneficiadas por vivem sem acesso básico estes e outros programas. à saúde e educação. Hoje • Filhos de missionários há mais de 120 milhões de Muitos casais missionácrianças e adolescentes que estão fora da escola. Sem rios contam com um apoio isso, dificilmente crescerão de respeito: os filhos de com condições de chega- missionários, carinhosarem saudáveis à vida adulta mente chamados de FM’s. tampouco com consciência Seja no apoio ao trabalho de cidadania. Ore para que do dia a dia e também na as crianças possam ir à es- Igreja, os FMs são crianças que também precisam da cola. sua oração: afinal, a rotina deles é bem parecida com • Exploração infantil Mais de 200 milhões de a sua: escola, cursinho, crianças estão sendo ex- esportes, Igreja, etc. Então, ploradas em todo o mundo ore para que eles também através do trabalho infantil, possam dar testemunho de e mais da metade desse Cristo através de suas vidas, número em atividades de apoiando o ministério dos risco. Além disso, lugares pais. como o Sul da Ásia são Busque também cultivar considerados como os piores do mundo para uma no coração das crianças do criança viver, pois o risco seu convívio social a prátide ser aliciada para explo- ca da oração. Incentive-as ração é muito alto. Ore a participar do Programa por liberdade para essas de Intercessão Missionária crianças e proteção divina (PIM) de Missões Mundiais. Oriente-as a pedir ao rescontra malfeitores. ponsável que faça o cadas• Projetos com crianças tro delas no PIM através do Missões Mundiais desen- e-mail pim@jmm.org.br, ou volve uma série de proje- pela nossa Central de Atentos para levar esperança a dimento: (21) 2122-1900 crianças em várias partes (de cidades com DDD 21) do mundo. Na América La- ou 0800-709-1900 (demais tina e na Ásia, o PEPE (pro- localidades).


12

o jornal batista – domingo, 22/10/17

notícias do brasil batista

Igreja Batista do Paiva - São Gonçalo RJ festeja mais um aniversário José Manuel Monteiro Jr., pastor da Igreja Batista do Paiva - São Gonçalo - RJ

A

Igreja Batista do Paiva, em São Gonçalo - RJ, é filha da Igreja Batista do Porto da Madama, e sua história começa com o diácono José Leandro, que usado por Deus, evangelizou e ganhou para Cristo Bernardina Vieira Ferreira. Ela, após sua conversão, fez de seu lar um núcleo de estudo bíblico, e sob a direção do diácono José Leandro o trabalho cresceu, e o que era um grupo de estudos bíblicos tornou-se uma Congregação. Esta Congregação foi organizada em Igreja em 04 de outubro de 1964 com 40 membros, e temos congregando até hoje conosco dois irmãos fundadores: Elói dos Santos e Arlete Busson da Silva. Inicialmente, foi presidida pelo pastor Ageu de Oliveira Pinto, até o pastor Assuer Antunes Crelier tomar posse. Ao longo de sua história, outros pastores exerceram o ministério em nossa Igreja; são eles: pastor José Maria de Mattos Tougeiro e pastor Leonardo Peixoto Legentil; e, desde fevereiro de 2010, está à frente do rebanho o pastor

Equipe de trabalho

Diaconato da Igreja Batista do Paiva - RJ

Membros Fundadores

Pastor Gerson Moreira (IB Central da Trindade) e pastor José Manuel Monteiro Jr.

José Manuel Monteiro Junior. Para a glória de Deus, na quarta feira, dia 04 de outubro, tivemos o culto de agradecimento a Deus pelos 53 anos de existência da Igreja. A celebração foi muito abençoada. Estiveram conosco o Coral da Igreja Batista do Porto da Madama, e o pregador da noite foi o pastor Gérson Moreira, da Igreja Batista Central de Trindade. Em seu sermão, baseado

em Neemias 4.19-20, ele destacou três pontos importantes para a Igreja. Primeiro, a visão da obra (v. 19): “Grande e extensa é a obra”. A Obra de Deus requer toda a nossa dedicação. Segundo, a manutenção da comunhão (v. 19): “E nós estamos no muro mui separados, longe uns dos outros”. A Obra de Deus requer que estejamos em comunhão. Ed. Rene Kivitz, no livro Koinonia, diz: “Quem

está fora da comunhão e do serviço ao outro está fora da vontade de Deus”. Em último lugar, contar com o Poder de Deus (v. 20). “O nosso Deus pelejará por nós”. Sem o Poder de Deus sobre a Igreja, não há possibilidade de vencermos os poderes das trevas e do maligno. Foi sem dúvida uma mensagem muito inspirativa. A programação também contou com uma bela home-

Um ato de pensar sobre o tema missões Gleyds Domingues

N

o mês de setembro de 2017, a Igreja Batista do Bacacheri - PR promoveu sua primeira Conferência Missionária, abordando o tema “Para o louvor da Sua glória”. Um destaque dentro da Conferência inovou a forma de ser, pensar e discutir missões: a realização do 1º Simpósio de Missiologia. O Simpósio refletiu sobre o tema missões sob uma perspectiva bíblica, teológica, antropológica e cultural. Não apenas trouxe percepções,

mas estudos, investigações e ensaios que contribuíram para as discussões no campo da missiologia. Os trabalhos apresentaram conhecimentos e práticas no âmbito da área de atuação missional. Talvez você se pergunte: Trabalho científico e Igreja combinam? Sim. Quando abrimos espaço para a reflexão pautada pela investigação, estamos dizendo aos membros da comunidade eclesiástica e social que as nossas ações são fundamentadas e comprometidas. A Igreja é um campo de possibilidades para a produ-

ção do conhecimento, afinal, temos uma diversidade de pessoas com múltiplas formações. Essa diversidade nos ajuda a compreender que também temos um papel educador e formativo, que deve possibilitar o crescimento e o desenvolvimento integral do ser humano. O ato de refletir faz parte deste processo, assim como argumentar, escrever, pesquisar e posicionar-se. Nesta direção, que venham mais propostas reflexivas e mais simpósios, pois queremos dar mostras visíveis e confiáveis da nossa fé.

nagem aos membros fundadores da Igreja; tudo para a honra e glória do nome do nosso Deus. Tenho o prazer e a honra de pastorear a Igreja neste momento. Eu e minha esposa somos gratos a Deus por ter nos concedido a oportunidade de servir a esta comunidade. Aqui somos uma família que serve ao Senhor com alegria. Parabéns, Igreja Batista do Paiva!


o jornal batista – domingo, 22/10/17

13


14

o jornal batista – domingo, 22/10/17

ponto de vista

A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gl 6.7-10).

E

ste é um texto de Paulo, que faz parte da epístola aos Gálatas. Ele é muito esclarecedor. Paulo o escreveu em 49 d.C., logo depois da primeira viagem de Antioquia da Síria. O seu tema é: “A justificação pela graça divina mediante a fé em Cristo - contra a doutrina judaica das obras meritórias da lei” (Gundry, p.430). Há três lições preciosas nesse texto paulino, inspirado pelo Espírito Santo, que precisamos considerar.

A primeira é uma pergunta: O que estamos semeando? (Gálatas 6.7-8). Não nos esqueçamos de que há uma lei da semeadura. O que temos semeado diante de Deus? O que temos concebido dentro do nosso coração? Temos semeado no Espírito ou na carne? Paulo, em Gálatas 5.19-21, faz uma lista das obras da carne. A leitura desta lista nos causa um grande desconforto e profunda tristeza. Em contraposição às obras da carne, precisamos semear o fruto do Espírito (Gl 5.22-23). Há um adágio popular antigo: “Semeie um pensamento, colha um ato; semeie um ato, colha um hábito; semeie um hábito, colha um caráter; semeie um caráter, colha um destino” (Citado por Stott). Precisamos ter cuidado com as más companhias; quando ficamos na cama, em vez de acordarmos para orar; toda vez que lemos ou vemos material pornográfico; toda vez que assumimos um risco que cria dificuldades para

o nosso autocontrole, estamos semeando para a carne (Stott). E quando semeamos para o Espírito? Quando buscamos as coisas do alto (Cl 3.1-4). Quando fazemos as coisas boas no caráter de Cristo estamos semeando para o Espírito, glorificamos a Deus. A segunda lição é que devemos sempre fazer o bem (Gálatas 6.9-10). Para o cristão genuíno, fazer o bem não cansa, mas renova as suas forças, amplia a sua visão. O que temos feito para abençoarmos as pessoas? Qual é o nosso nível de comprometimento em relação aos que sofrem? O que significa fazer o bem? Certamente, é orar, acompanhar, suprir, apoiar, estimular, motivar, facilitar, doar, consolar, orientar, encorajar, investir, etc. Os que fazem o bem em Cristo Jesus são chamados de “Benditos de meu Pai” (Mt 25.34-40). Na parábola dos talentos contada por Jesus, os que agradaram a Deus foram os que multi-

plicaram seus talentos e as suas ações propositivas (Mt 25.14-30). O filantropo cristão que semeia boas obras na comunidade vai fazer boa colheita nas vidas daqueles a quem serve e terá uma recompensa para si mesmo na eternidade (Stott). Somos salvos por Cristo Jesus para as boas obras. Deus quer que andemos nelas (Ef 2.8-10). A terceira lição é um péssimo exemplo de pessoas que semearam a desobediência, a perversidade e a incredulidade. Temos alguns exemplos negativos tais como: Adão, que nos passou a natureza perversa, má, incrédula. Caim, seu filho, que assassinou o seu irmão Abel; os arrogantes construtores da torre de Babel; os irmãos de José, que o venderam para os mercadores; os dez espias, que promoveram o medo e o desespero ao povo de Israel; Davi, que adulterou; Sansão, que desobedeceu a Deus morrendo cego; os reis idolatras de Israel, que promoveram a promiscuida-

de; Judas, que traiu a Jesus, vendendo-O por 30 moedas; e Ananias e Safira, que mentiram ao Espírito Santo. Todos eles semearam a desobediência, a perversidade e a incredulidade. Tornaram-se péssimos exemplos. Colheram a vergonha e a morte. O que temos semeado diante de Deus e do nosso próximo? Temos consciência de que prestaremos contas do que fizemos de mal aos outros? Estamos cansados de fazer o bem ou renovados por fazê-lo? Temos amado a Deus mais do que tudo? Será que temos amado mais as coisas do que as pessoas? Será que temos semeado o ódio, ressentimento, rejeição, juízo temerário, amor às coisas materiais, maledicência, palavras torpes, futilidades, desavenças, divisões, infidelidade, maus pensamentos, amarguras, injustiças, oportunidades perdidas, etc.? Temos consciência de que seremos julgados por nossos pensamentos, sentimentos, atitudes e ações?

Medo de pregar o Evangelho Wanderson Miranda de Almeida, escritor, colaborador de OJB

É

triste ter que falar sobre isso, mas não tem jeito. Tenho observado os cristãos do nosso tempo e, com tristeza, vejo o medo estampado em cada um. Recebemos a missão de confrontar pecados, falar de Cristo, levar esperança ao mundo pecador, mas a maioria está com medo, apenas vivendo sua vida, tentando não se comprometer. Alguém tem que levantar a voz e proclamar a Mensagem! Querido, por que ter

medo? Jesus disse que sempre estaria conosco e também que Ele tem toda autoridade, todo poder. Se quem tem toda autoridade e todo poder está conosco, por que temer os homens? Por que temer o inimigo? Por que temer o diabo? O confronto do mal não será contra nós, seres humanos, ainda que soframos ataques. O confronto verdadeiro será contra Cristo. Vamos cumprir nossa missão? Jesus disse que quer que façamos discípulos. Sim, discípulos do Mestre Jesus. E para cumprir essa missão, devemos aprender do Mestre Jesus, viver como Ele viveu e passar adiante Seus ensinos. Jesus está conosco, Ele é a

nossa proteção. Ele não nos abandonou! Você acredita nisso? Fico chateado ao ver o pecado se desenvolvendo de forma tão rápida no mundo e, ao mesmo tempo, os ditos cristãos, quietos, com medo, ou até se entregando ao pecado também. Fico chateado ao ver cristãos que não se preparam para uma batalha que a Bíblia diz que é espiritual. Nossa luta não é contra carne ou sangue; é contra o diabo e os anjos dele. Nossa luta é espiritual e, sendo assim, devemos nos preparar. Comunhão com Deus, estudo da Bíblia e oração são coisas que não podem faltar na vida de um

cristão que queira entrar na luta por Cristo. Quem não faz isso vai ficar com medo mesmo, vai ficar calado e, se entrar na luta, não vai resistir, sendo derrotado pelo inimigo. Não posso me conformar com isso. Sou cristão, defendo a Bíblia, onde encontro a vontade de Deus e os valores dos quais não abro mão. Se Deus condena, eu condeno. Se Deus diz não, eu digo não. Se Deus chama de pecado, eu chamo de pecado. Não posso esconder-me, não posso calar-me. Estou no mundo para ser sal e luz. O que você pensa sobre isso? Não vou deixar de dizer que adultério é pecado, que

sexo antes do casamento é pecado, que mentira é pecado, que relacionamento homossexual é pecado, que avareza é pecado, que compra de votos é pecado. Não tenho motivos para não dizer isso. Talvez você diga: “E as leis?”. Eu sigo as leis de Deus, não as leis dos homens. Sou cidadão dos céus! Medo de pregar o Evangelho? Não tenho. Meu medo é de, por descuido, não representar Jesus, meu Senhor e Salvador. E se a perseguição vier? Vou exultar e me alegrar porque é uma honra ser perseguido por amor a Cristo. Preguemos o Evangelho, e que Deus nos abençoe!


o jornal batista – domingo, 22/10/17

ponto de vista

15

OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA Eticista, educador e escritor No momento, faz pesquisa no campo da neuroética

Não existe cura gay - (Parte II)

N

o artigo anterior, procuramos demonstrar os equívocos, para não dizer manipulação, que a mídia tem realizado no tema sobre gênero/sexo/identidade sexual. A rede de televisão que foi citada tem demonstrado seguir uma linha de conduta definida no rumo de conduzir e induzir seus telespectadores em sua proposta, de modo a tratar quem pensa diferente como obsoleto, preconceituoso e com outros atributos semelhantes, inclusive intelectuais, que seguem a mesma linha de opção. Temos aqui um primeiro equívoco, entre outros, que desconsidera um dos princípios mais nobres da nossa cultura ocidental e, até mesmo, a Carta Magna de nossa Nação, que é a liberdade de consciência e expressão. O que temos aqui são dois conceitos diferentes e não preconceitos. Em resumo, o que temos, na verdade, é uma ideologia que tenta se impôr e procura tirar a credibilidade dos que pensam diferente, acusando-os de preconceituosos. Na realidade, quem está demonstrando preconceito é a rede de televisão e todos os que assim atuam. O poder da mídia televisiva é inegável e dessa rede de televisão ainda mais. Além disso, as discussões acadêmicas em diversos outros meios massivos de comunicação não abrem espaço para discussão e diálogo aberto e transparente para quem pensa diferente. Lembro-me muito bem quando cursava mestrado e doutorado em uma grande universidade do país, que era comum entre os professores a afirmação de que no meio acadêmico a democracia não tem assento. Passando para um segundo detalhe importante, podere-

mos discutir ainda a atribuição da definição da identidade sexual (prefiro utilizar esta expressão) a partir da dinâmica sócio-cultural, conforme expusemos no artigo anterior. Utilizamos, especialmente, o artigo do professor Leandro Colling, da Universidade Federal da Bahia, pois conseguiu sintetizar em curto espaço de linhas o núcleo dessa concepção que tem, em geral, como precursora a Teoria Queer e Judith Butler. A influência da cultura na vida e decisões humanas perdura desde que o ser humano existe, em todas os povos. Niebuhr ensina que a cultura é o ambiente artificial e secundário que se sobrepõe sobre o ambiente natural e primário. Isto é, toda produção humana, incluindo hábitos, estruturas de pensamento, ideias, artefatos, valores, etc., que se sobrepõe ao ambiente terreno existente. Um ponto que discutimos no campo da ética é a métrica que a cultura deverá ter sobre o ser humano. Isto é, até que ponto a cultura e seus componentes são, de fato, normativos e categóricos para determinar infalível, compulsoriamente e de forma irresistível o comportamento humano e suas decisões? Cabe aqui a famosa pergunta do psiquiatra e psicanalista (que se tornou título de um livro seu) Jorge Forbes, “Você quer o que deseja?”. No campo da neuroética, o tema se complica ainda mais se levarmos em conta a atuação dos neurotransmissores (como a dopamina, serotonina), aminoácidos e hormônios. E aqui um dilema que discutimos neste campo é se você toma as suas próprias decisões por vontade própria e faz o que deseja (para parafrasear Forbes) ou sua rede neural já “tomou” a decisão e você apenas segue.

No campo do Neuromarketing, por exemplo, é famosa a utilização das reações provocadas pela dopamina como neurotransmissor, que estimula compras compulsivas ou mesmo estudos avançados do cérebro trino, teoria desenvolvida por Paul Maclean na década de 70, e suas influências nas decisões de compra ou aderência a alguma atividade. Poderia alguém até defender o fundamento do “consensus gentium”, indicando que a legislação deve seguir os costumes que um povo adota. Mas temos uma outra questão: onde está o limite para que esse consenso comum possa ser o regulador dos limites legislativos? Vale aqui citar alguns exemplos, até atuais, para demonstrar a precariedade da cultura como régua para determinar o comportamento. Na cultura oriental, temos em diversos povos a redução da natureza, e não apenas do papel, da mulher, a quase ser sub-humano. Há também a prática do tribadismo (retirada do clítoris), pois a mulher não teria o direito de ter prazer na sexualidade. Ato, que, em nossa cultura ocidental, é tido como barbárie. Sem contar a poligamia poligínica que reduz, novamente, a natureza/papel da mulher que a torna objeto. Mas temos ainda culturas, mesmo no Ocidente, que mantém a escravidão e retira do ser humano o direito de construir sua história como sujeito ativo. Nas últimas semanas, aqui no Brasil, eclodiram exposições e performances que arriscam a pedofilia, transgredindo, frontalmente, o Estatuto da Criança e do Adolescente e, até mesmo, o Código Penal. E, aqui, repito a pergunta do artigo anterior, sem querer apelar, mas é a pura realidade dos fatos:

“Você estaria disposto ou disposta a permitir que um filho seu, criança, fosse objeto de pedofilia?”. Será que esses exemplos poderiam legitimar a sociocultura como diretriz ética para nossas decisões. Então, quais são os limites da cultura sobre nossas decisões e vida? É uma pergunta que aqueles que defendem o que é chamado de ideologia de gênero, precisam responder. O que temos até aqui são “declarações afirmativas”. E não é assim que se faz ciência. Então, desejo seguir Albert Eistein, quando afirmou que devemos aprender pelo ontem, viver o hoje e esperar pelo amanhã. Mas o importante é não deixar de questionar. Por que, este grupo (vamos assim chamá-los, por respeito) não permite ser questionado, e questiona quem pensa diferente? Isso é que é preconceito. Em terceiro lugar, mas não último, pois o diálogo precisa continuar, necessito relembrar que a pressão sociocultural para que o indivíduo passe por uma reengenharia volitiva e se sinta no “dever” de decidir ser homossexual, pois essa pressão se tornou compulsória e irresistível, além de ser louvada pelos meios de comunicação. Um bom exercício agora é retomar o texto de Colling: “Desnaturalização da heterossexualidade” (Folha de São Paulo, 17/05/17, lembrando que há outros artigos de sua lavra, inclusive, publicado recentemente na revista Cult), e demonstrar que o que ele afirma sobre os heterossexuais, que são compulsoriamente assim por motivo cultural, hoje há inversão no processo, em que o homossexual é que está sujeito à compulsoriedade cultural. Hoje você não tem opção, ou é homossexual, demonstrando sua superioridade cultural

ou se torna “homofóbico” preconceituoso e ser inferior na camada social. Permita-me citar, literalmente, diversas indicações do artigo, trocando os termos indicativos da homossexualidade para heterossexualidade e vice-versa (entre aspas) e os resultados serão visíveis. “...Problematizar a identidade dos ‘homossexuais’, demonstrando o quanto ela também é uma construção, ou melhor, uma imposição sobre todos ... Assim, em vez de pensarmos que as nossas identidades são naturais, no sentido de que nascemos com elas, verificaremos que nenhuma identidade é natural, que todos resultamos de construções culturais. É a inversão dessa lógica que falta fazermos para chamar os ‘homossexuais’ para o debate, para que eles percebam que não são tão normais quanto dizem ser. Ela é a única orientação que todos devem ter. E nós não temos possibilidade de escolha, pois a ‘homossexualidade’ é compulsória ... Ao menor sinal de que a criança não segue as normas, os responsáveis por vigiar os padrões que construímos historicamente, em especial a partir de meados do século 20, agem com violência verbal e/ou física. Para executar estratégias políticas que denunciem o quanto a “homossexualidade” é compulsória, e de como ela produziu a ‘homonormatividade’... Não podemos apostar apenas em marcos legais e institucionais.” Encerro com uma frase de José Saramago: “Aprendi a não tentar convencer ninguém. O trabalho de convencer é uma falta de respeito, é uma tentativa de colonização do outro”. E, então, quando o diálogo sério estará aberto? Já estamos fazendo a nossa parte.



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.