ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 09/11/14
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Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
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Ano CXIV Edição 45 Domingo, 09.11.2014 R$ 3,20
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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Othon Oswaldo Avila Amaral (Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
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urante o período em que eu estava aprendendo a usar o computador, comecei a ficar preocupado com o barulho que vinha dele. Parecia que ele estava trabalhando, embora nada estivesse mudando na tela. Liguei imediatamente para o representante, preocupado, e ele me respondeu: “Não se preocupe, provavelmente o computador está trabalhando em uma das funções por trás
da tela e você não pode ver”. Comecei a pensar então na frase “por trás da tela” e a perceber como eu era orientado visualmente, preocupado por não ver o que estava acontecendo. Aí então eu lembrei do meu relacionamento com Deus e quão dependente eu sou de ver os resultados da sua atuação. Quando não vejo os resultados esperados, quando “nada” acontece, eu assumo que Deus não está fazendo
nada. Mas ele muitas vezes trabalha por trás da “tela da vida”. Se eu em determinados momentos não vejo a mão de Deus atuando, me protegendo, guiando, eu posso estar seguro de que ele está trabalhando a meu favor por trás da cena do cotidiano. Existe uma situação na sua vida hoje que você não está vendo a ação de Deus? Talvez as circunstâncias da sua vida estejam resistindo qual-
quer tentativa de mudança que você já fez. Apesar de você ter a impressão de que nada está acontecendo, não desanime e busque a Deus, pois ele não está parado, mas está “trabalhando por trás da tela da vida a seu favor”. “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele e ele tudo fará” (Sl 37.5). Luiz Roberto Silvado, presidente da Convenção Batista Brasileira
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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches
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or natureza, o salvo por Jesus Cristo deveria ser alegre. A salvação é fonte de alegria. O sentir-se perdoado e amado pelo Senhor gera contínua felicidade. O convívio com outros irmãos é fonte de perene contentamento. Aprender a aceitar o irmão difícil, compreendê-lo e ajudá-lo a desenvolver seus dons e talentos estimula a alegria do servir. Cada culto é um convite a alegrar-se no Senhor. O estudo sistemático da Bíblia e a mensagem de salvação que alcança os pecadores são geradores normais de alegria espiritual. Saber que os anjos se alegram ante o trono divino quando um pecador se arrepende e permite que o Espírito Santo o conduza a Cristo, é mais do que alegria. A Bíblia contem vários textos que nos convidam a alegria perene. “Alegrei-me quando me disseram: vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1).
O apóstolo Paulo insistiu com os cristãos, em Filipos, a cultivar a alegria. “Regozijai-vos sempre no Senhor” (Fp 4.4). Quando os 70 discípulos voltaram da primeira “trans” da história, estavam tão alegres, que Jesus precisou adverti-los para a alegria maior: a alegria de terem seus nomes escritos no Livro da Vida (Lucas 10.17-20). A euforia dos discípulos atingiu Jesus. Lucas registra: “Naquela mesma hora se alegrou Jesus no Espírito Santo” (Lc 10.21). Alegria gera alegria e produz gratidão. O salvo alegre é grato e contamina os demais com o reconhecimento de que tudo procede do Pai. Esta alegria que deveria integrar a vida e o labor dos salvos está morrendo. São muitos os motivos que estão contribuindo para o arrefecimento da alegria na vida dos salvos na atualidade. Os cultos em si não desafiam
a alegria dos que cultuam. As mensagens dos púlpitos são pobres quanto à Palavra de Deus. É o último item na ordem do culto, com tempo limitado e auditório cansado. As músicas e o denominado louvor é praticado por um grupo pequeno, que não consegue levar os salvos à verdadeira alegria da adoração. A maior parte do auditório se contenta em aplaudir, bater palmas, mas sem cantar. A ginga do corpo é cansativa e desestimula a concentração geradora da alegria. Os temas desenvolvidos pelo púlpito são estranhos à realidade vivenciada pelo auditório na segunda-feira. A comunhão entre os que cultuam inexiste; ninguém conhece ninguém. O drama do irmão que está sentado na poltrona ao lado não me alcança. Não há interação entre os adoradores. O culto, que deveria ser coletivo, torna-se individualista e exclusivista. A expressão “ale-
grai-vos comigo” (Lc 15.6;9) não mais existe em nossas igrejas. A cada novo dia a igreja cede lugar às pequenas comunidades, onde a alegria do culto e a comunhão do ser igreja inexiste. Os mesmos problemas que atormentam a sociedade sem Deus integra a vida da igreja. Não conseguimos, como Igreja, estabelecer ou apontar caminhos para o mundo sem Cristo. Os assuntos que são contrários à Bíblia são impostos pelos ateus como válidos e a Igreja insiste em permanecer na trincheira em vez de lutar em campo aberto. Acossada pela sociedade corrupta, corrompida, adúltera e perversa, a Igreja se encolhe na sua fragilidade. Contenta-se em fugir em vez de atacar. A expressão de Jesus no sermão de despedida: “Eu venci o mundo” (Jo 16.33) soa invertida aos olhos dos cristãos. Na tristeza dos salvos persiste a mudan-
ça do sujeito da frase. Em lugar do “eu venci o mundo”, a realidade grita: “o mundo nos venceu”. É triste verificar que o denominado país “cristão”, ao ouvir o discurso de gratidão da vencedora das últimas eleições para presidente, em nenhum momento reconheceu a soberania divina sobre os povos. O “eu” enfático avisa que o que nos espera no futuro são tristezas e mais tristezas por ver a sociedade sem o temor de Deus agindo como pequenos deuses orgulhosos, incrédulos e arrogantes. Como salvos, resta-nos o consolo do lamento profético: “Não vos comove isto a todos vós que passai pelo caminho? Atendei e vede se há dor igual a minha dor” (Lm 1.12). Por isso, integro a multidão dos salvos tristes que aguardam com ansiedade um avivamento que nos traga de volta a alegria.
Manoel de Jesus The, colaborador de OJB
reto, tanto no Velho, como no Novo Testamento. Em Mateus lemos: “Vocês ouviram o que foi dito: ‘ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: ‘Amem os seus inimigos e orem por aqueles que vos perseguem’” (Mt 5.43). O amor ao próximo, contido nas entrelinhas de outros mandamentos, surge várias centenas de vezes na Bíblia. No mundo de hoje, há um desafio oriundo do humanismo, derivado do existencialismo. É o desafio de confiarmos em nosso próximo. Em Jeremias lemos: “Assim diz o Senhor: ‘maldito é o homem que confia nos homens’” (Jr 17.5). Confiar é uma troca. Se a pessoa em quem você confiou falha, não há outro remédio senão o amor. Quando você confia, fica a expectativa de que ela corresponda, e se não houver correspondência, aquele que
confiou se decepciona. Só o amor resolverá a mágoa que ficou. A sociedade brasileira apregoa que as principais falhas do nosso sistema é a falta de investimento na saúde e na educação. A esperança que colocam de que tal investimento trará retorno pleno é falsa. Essa esperança está baseada na crença do homem no homem. De nada adianta se investir na saúde se os brasileiros continuarem alcoólatras, sendo usuários das drogas e fumantes desbragados como são. Na educação, por exemplo: para que a educação produza resultados, é preciso que haja mudança de sentido de vida. Um pai investe a mesma quantia, tanto em dinheiro como energia, na educação dos filhos, pergunto: o resultado é o mesmo em todos os filhos? Raríssimas famílias alcançam tais resultados. Descendentes de algu-
mas etnias correspondem melhor, mas, para vermos como os adolescentes brasileiros encaram a educação, basta frequentarmos um dia de aula, em classes de primeiro e segundo grau. Tenho certeza que os professores que estiverem lendo essa avaliação concordarão conosco. O saudoso educador Ruben Alves, dizia: “Temos que transformar a educação numa alegria!”. Ele tinha razão. Nossos adolescentes, raríssimas exceções, odeiam estudar. Ao homem, crer no homem é enganar-se a si mesmo. Traz a ilusão de que está consertando o mundo. O empresário ganancioso fica satisfeito com sua consciência porque julga promover o progresso, emprego, divisas para o país. O comunismo promovendo a igualdade; ledo engano. O sistema foi sustentado pela mais inflexível elite que já existiu, e matou milhões para
manter-se no poder. Dá para crer no homem? Orígenes, sábio do século II, dizia: “Pecar é fazer a escolha errada”. O homem escolhe errado seduzido pelo prêmio que a escolha errada oferece. Já imaginaram inventarem um deus que eu precise defendê-lo matando todo mundo que pensa diferente de mim? Duvida? Isso acontece porque a humanidade atual está no estado definido por Jesus como “grandes trevas”. Ele afirmou: “Se a luz que em ti há são trevas, quão grande serão tais trevas” (Mt 6:23b). Se duvida, assista a um jornal midiático ou leia um jornal impresso. Não creia no homem, ame o homem como teu próximo, esse é o mandamento que Deus nos deixou no Velho Testamento e que Jesus reafirmou em o Novo Testamento. Essa é a missão do cristão, amar o próximo como a si mesmo.
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mundo de hoje r e c e be m u ito s desafios e apelos. Temos o desafio da preservação da natureza, o desafio dos direitos humanos, o desafio da fome, que assola quase todas as nações, algumas chegando ao insuportável de contemplar-se. No Brasil, de modo particular, temos o desafio da saúde e o da educação. É interessante notarmos que a Bíblia não coloca tais desafios a nós, cristãos, e tampouco aos humanos, em geral. Ela nos coloca um desafio só, e este desafio é um mandamento. Chamamos de desafio o mandamento maior porque esse é o maior de todos os desafios. Esse mandamento é o amor ao próximo. Temos esse mandamento de modo di-
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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB
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esus contou a parábola da ovelha perdida, narrada em Mateus 18.10-14, para expressar o valor de cada indivíduo e a importância de buscar aqueles que estão afastados ou perdidos. Na parábola, a centésima ovelha é aquela que se perdeu e o pastor desejou reencontrá-la. Entretanto, faz-se necessário refletir sobre as razões pelas quais ela se perdeu, ainda que a ênfase do texto não esteja voltada para este tema. Vamos especular um pouquinho acerca deste assunto? É possível que a centésima ovelha tenha se perdido por ter tomado a atitude de se afastar do Supremo Pastor, aquele que dá a vida pelas ovelhas, como diz João 10.11. No Velho Testamento lemos que o povo de Israel endureceu a sua cerviz, rejeitou os estatutos e a aliança com Deus, e seguiu o exemplo das nações ao redor,como está escrito em II Reis 17.14-77, bem diferente da ovelha do Salmo 23, que afirmou o seu desejo de viver na casa do Senhor por longos dias (v.6). Pode ser também que a centésima ovelha tenha se perdido por ter se afastado gradualmente do convívio do rebanho. Observe que quando ela se perdeu, as outras estavam juntas no monte, e o pastor entre elas. Não havia
Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB
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uita gente vibrou no domingo, dia 19/10, quando a chuva começou a cair na região onde se localiza o Sistema Cantareira, uma das fontes de abastecimento de água da cidade de São Paulo. Foram 23,9 mm de chuva, quantidade 80% menor que a média para esta época do ano, que fica em 130,8 mm, de acordo com dados da Revista “Veja”. A chuva é sempre uma bênção, mas, neste domingo, não cumpriu com o propósito de encher os reservatórios que, apesar da água que caiu do céu, ficou mais vazio 1%, ainda segundo a revista. Com a esperança de ver o Sistema
falta de pasto ou pastoreio, ela simplesmente decidiu trocar o aprisco de Deus pela farra mundana. A orientação divina é que ninguém deve se afastar da comunhão da igreja. Não devemos deixar a nossa congregação, como alguns têm feito, como descreve Hebreus 10.15. O exemplo da Igreja Primitiva continua sendo válido: “E perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos, com alegria e singeleza de coração” (At 2.46). É possível ainda que a centésima ovelha tenha se perdido por ter desconsiderado os marcos antigos. Ela mexeu nas estacas fincadas por Deus, ultrapassou os limites traçados pelo Supremo Pastor, e foi se embaraçar em um arbusto espinhoso bem longe do convívio do rebanho. Paulo disse a Timóteo: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (II Tm 3.14-17).
E, finalmente, uma última hipótese, talvez a centésima tenha se perdido por ter preferido satisfazer suas necessidades em “terras estranhas”. Não devemos nos esquecer de que quando ela se perdeu, as outras 99 ovelhas estavam no pasto de Deus, se alimentando da comida do Senhor. A Bíblia diz que a alegria do Senhor é a nossa força. Jesus disse à mulher samaritana: “Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (Jo 4.13-14). Devemos satisfazer nossas necessidades na presença de Deus, a exemplo dos salmistas: “Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?” (Sl 42-2). “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranquilas. Refrigera a minha alma” (Sl 23). É verdade que a centésima ovelha, quando foi achada, trouxe grande alegria para o seu pastor, mas é bom refletirmos sobre a dor e tristeza provocada por ocasião do seu afastamento. Eu creio sinceramente que existem tristezas que podem ser evitadas.
Cantareira transbordando, muitas pessoas se alegraram com o pouco de água. Não foi o suficiente; as torneiras continuam secas. No Velho Testamento, a ausência ou a abundância da chuva está relacionada com o pecado ou a obediência a de Deus. Várias vezes vemos que a ausência da chuva está relacionada com o pecado do povo. Na oração de consagração do templo, Salomão pediu para Deus ouvir a oração do povo e enviar a chuva perdida por causa do pecado, como relata I Reis 8.35-36. Algumas vezes, Israel estava tão distante que se recusava a “Temer o Senhor Deus; aquele que dá as chuvas do outono e da primavera no tempo certo, e assegura as semanas certas da colheita” (Jr 5.24).
Mas Deus convida o povo ao arrependimento dizendo que ele mesmo apascentará com justiça as ovelhas de Israel. Disse que “Porá sobre elas um pastor, o seu servo Davi, e ele cuidará pessoalmente delas” (Ez 34.15-24). Nesta época, com governo de Jesus sobre os salvos, haverá chuvas abundantes, mas chuvas de bênçãos, de acordo com Ezequiel 34.26. Com as chuvas, há fartura de alimento e o gado engorda por causa do pasto farto. As bênçãos de Deus sempre são prometidas de forma abundante, como a chuva que enche os reservatórios e faz crescer o fruto da terra. No Novo Testamento, as promessas de bênçãos são sempre fartas. Em Cristo estão reservadas aos salvos
É necessário esvaziar-se Bíblia está repleta de verdades espirituais que, simplesmente, desafiam nosso raciocínio lógico. Uma delas se refere ao autoesvaziamento de Cristo. “Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se, assim, igual aos seres humanos” (Fp 2.7). Se não houvesse, na história humana, uma personalidade chamada Jesus de Nazaré, não teríamos cristianismo. O humilde “filho do carpinteiro” se apresentou ao nosso mundo, ao completar 30 anos, como o Filho Unigênito de Deus. Diante do escândalo e incredulidade gerados por sua revelação, ele começou a fazer milagres, que o evangelista João chamou de “sinais” – evidências da sua divindade, como Cristo. Como já estava
programado, desde “antes da criação do mundo”, Jesus Cristo foi rejeitado e morto. A crucificação foi mais uma manifestação de quão necessitados somos nós, humanos, da intervenção curativa e aperfeiçoadora de Deus. O apóstolo Paulo foi escolhido pelo Pai para nos explicar sua divina estratégia de recuperação dos humanos possuidores do potencial de serem “salvos”, de receberem a capacidade de se tornarem filhos de Deus, como diz João 1.12. Saber que Cristo se esvaziou de suas prerrogativas divinas por amor de nós, pecadores, no mínimo, deveria nos levar a pensar mais nas necessidades do nosso próximo. O ato poderoso e altruísta do Cristo deveria nos esvaziar de nossa própria postura egoísta, diante da miséria humana que nos cerca. Foi o que Paulo nos aconselhou: “Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos” (II Co 5.15). Esvaziar-se continua sendo necessário.
“todas” as bênçãos espirituais (Ef 1.3). Em Filipenses 4.19 temos também a promessa de que Deus pode suprir “todas” as nossas necessidades, de acordo com as suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus. Como diz Efésios 5.18, somos exortados também a buscarmos estar cheios do Espírito Santo gradativamente, para que estejamos completos, “Até que cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Ef 4.13). Como a chuva, o Espírito Santo e as bênçãos precisam ser suficientes para produzirem o fruto que Deus deseja. Ele mesmo disse em Isaias 55.10-11 que sua Palavra produz o fruto certo como a chuva abundante sobre a terra. Por isso, não é possí-
vel compreender que alguns crentes se alegrem com chuviscos da vida cristã. Chegam atrasados ao culto e dizem: “Pelo menos deu pra aproveitar um pouco”. Ouvem músicas evangélicas e dizem que estão louvando, mesmo sem viver a vida cristã. Leem porções da Bíblia, não meditam nelas e pensam terem cumprido com a sua obrigação diária. Fazem orações religiosas que não mostram intimidade com o Pai Celestial. Não se alegre com o pouco. Não se constrói vida cristã com chuviscos. É preciso encher o reservatório para que haja abundância do Espírito e de bênçãos celestiais na vida. Se o seu reservatório está vazio, o chuvisco não fará diferença. Você continuará seco e vazio. Como está a sua Cantareira?
“Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2.7)
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Sandra Natividade, jornalista, colaboradora de OJB
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omo Igreja de Cristo temos o dever de cooperar e participar ativamente do Plano Cooperativo, uma ferramenta eficiente a serviço dos batistas brasileiros, para abençoar a obra gigantesca do Evangelho aqui na terra. O Plano Cooperativo é dever de todos porque seu nascedouro vem da liberalidade e fidelidade do povo de Deus através do dízimo de cada um. Ao sair das mãos do membro fiel, o Plano transforma-se em socorro, sendo direcionado a áreas variadas da evangelização; é compromisso inarredável com a Obra redentora e expansionista do Senhor Jesus Cristo. Como mordomos, confiamos plenamente que a igreja, instituição divina, que propugna e corrobora com a proclamação do Reino de Deus, seja célere em enviar para a convenção local e esta, por sua vez, encaminhará ao órgão maior da denominação - a Convenção Batista Brasileira - seu gesto cristão, misto de fidelidade, amor e dever à Causa. Sejamos cuidadosos, acompanhando com zelo o percurso do Plano Cooperativo em nossas igrejas, não deixando de contribuir nem um mês sequer. Qualquer atraso no envio dos recur-
sos, compromete as ações da Missão evangelizadora, discipuladora e resgatadora da denominação no Brasil e, por consequência, no mundo. Valorizemos as sessões ou cultos administrativos, eles são o nosso fórum. Ali observamos, entre outras ações, que a oferta dedicada ao Plano Cooperativo já não está na igreja local e, sim, na convenção Estadual de origem. Nas convenções estaduais, o Livro do Mensageiro deve ser considerado como norteador; mostra com detalhes necessários o trabalho desenvolvido em prol de cada campo, como também as possíveis igrejas e congregações com performances atípicas às mais participativas. O Plano Cooperativo para nós, batistas, é sinônimo de fidelidade. Não entendemos quando os relatórios apresentados nas assembleias locais - à tabela indicativa - mostra alguns meses sem a devida contribuição. Não queremos entender a falta do preenchimento, então tentamos explicar em solilóquio, que o valor não chegou a tempo de constar naquele documento. Essa é uma explicação plausível, quiçá verdadeira. Na assembleia anual da CBB folheamos atentamente o Livro do Mensageiro e observamos a fidelidade da maioria das igrejas do nosso país. Às vezes não entendemos mesmo os claros existentes nas ta-
belas do Plano Cooperativo, sabe por quê? Porque não se trata de mais uma entrega, mas a devolução do “dízimo dos dízimos” de cada igreja/ congregação batista. Plano Cooperativo é dever da igreja local com seu organismo fraterno, sua denominação. Quando as igrejas cumprem seu compromisso fraternal, estão dando ao Plano Cooperativo aval de trabalho profícuo, subsidiando a instituição que o administra a investir com vigor na obra missionária através das juntas evangelizadoras e manutenção dos seminários. Enfim, entendemos que o Plano Cooperativo é o braço que move a ação social, educação e evangelização, para só citar esses, mas o trabalho empreendido pelo Plano Cooperativo vai além do que podemos nominar, é a mão de Deus que, extraordinariamente, direciona o avanço da obra missionária, levantando novas frentes e suprindo as carências que não são poucas. Que Deus, Senhor absoluto da obra missionaria, tenha misericórdia dos que ainda dormem preferindo desconhecer o alvorecer tão visível e que, o mesmo Deus, continue abençoando aqueles que caminham a passos largos na direção certa orando, fazendo diferença, contribuindo com o desenvolvimento e crescimento da obra missionária em todo o tempo.
2. Instalações: Uma vistoria responsável nas instalações da igreja deverá verificar se a lei de acessibilidade de cadeirantes está sendo observada. A maioria das igrejas construiu seus templos antes dessa lei. O prazo legal para adaptação já se esgotou, mas, vou arriscar, 90% das igrejas não têm acesso ao templo para cadeirantes, nem instalações sanitárias adequadas para portadores de necessidades especiais. Não é somente por causa da lei, mas por causa do amor de Cristo que a igreja deve pensar nos 18 milhões de brasileiros que são portadores de necessidades especiais. Há algum tempo fui pregar em uma igreja. Ao visitar as instalações sanitárias, que horror. Os trincos das portas estavam quebrados, as papeleiras vazias, a descarga não funcionava e pia para lavar as mãos, “só no banheiro feminino”, explicoume um irmão. O cheiro do local me lembrou o banheiro da rodoviária. A cantina também estava carecendo de uma boa faxina. Nessa Igreja estava faltando uma urgente autovistoria. 3. Imóvel e veículos: Como está o telhado do templo? Calhas não entupidas? Como estão as instalações hidráulicas? E as instalações elétricas, sem riscos? As tomadas ao alcance das crianças estão com o devido protetor? Não há lâmpadas queimadas? As janelas do templo estão todas com os vidros? Os filtros do bebedouro estão dentro da validade? Os veículos da igreja estão com o IPVA em dia? Não estão precisando de revisão nem com pneus carecas? A placa com o nome da igreja na fachada do templo não está desbotada? Os horários dos cultos que dela constam estão corretos? E a sala dos pequeninos: têm cadeiras e mesas adequadas para todas as crianças? 4. Organizações: Uma autovistoria eclesiástica há de verificar também se as organizações estão funcionando a contento. Que programas estão sendo desenvolvidos? Há pontualidade nas reuniões? Como podemos melhorar o seu funcionamento?
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5. Tesouraria da igreja: está em dia e em ordem? As ofertas designadas têm sido encaminhadas ao seu destino pontualmente? O Plano Cooperativo está em dia? Como esperar que os crentes estejam em dia e sejam liberais para com a igreja se a igreja está omissa na sua contribuição denominacional, dando mau exemplo? Quando a Igreja Batista de Água Santa - RJ ficou sem pastor, fui pregar lá em um domingo pela manhã. Conversando com o vice-presidente, perguntei como estava o processo sucessório e ele me respondeu que havia sido convidado o pastor Josias Cardoso Machado. Respondi àquele irmão: pois saiba que ele vai pôr a casa em ordem. Em seis meses, todos os documentos da Igreja estarão em ordem, catalogados em pastas numeradas, a biblioteca estará perfeitamente organizada, as organizações estarão estruturadas e funcionando, e a Igreja crescerá. Não deu outra. Algum tempo depois da posse do pastor Josias, encontrei-me com o vice -presidente e perguntei: “E aí, como vai a Igreja?”. Ele me respondeu: “Foi exatamente como o irmão falou. O pastor colocou tudo em ordem e em dia do jeito como o irmão disse: escrituras, estatuto e regimento, rol de membros e a Igreja está crescendo”. A organização e o bom funcionamento de uma igreja dependem muito do pastor. Se ele for metódico, organizado, tudo na igreja será bem estruturado, inclusive a pontualidade dos trabalhos. Do contrário, autovistoria anual, por favor, por uma comissão muito bem escolhida, que tenha, pelo menos, um contabilista, um advogado; se possível, uma senhora que goste de tudo limpo e organizado, um eletricista e um encanador. Após a autovistoria, a comissão dará seu relatório à igreja, que deverá considerá-lo item por item e programar, dentro dos recursos disponíveis, a correção de tudo o que for necessário, pois o nosso Deus “Não é Deus de confusão, mas sim de paz como em todas as igrejas”.
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notícias do brasil batista
Diáconos Batistas celebram o seu dia José Octávio dos Santos, presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB)
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2º domingo de novembro é destinado, no calendário batista brasileiro, às celebrações do Dia do Diácono. A Associação dos Diáconos Batistas do Brasil (ADBB ) tem recomendado que as igrejas batistas celebrem esse dia com gratidão a Deus pela vida desses servos que, de forma tão salutar, têm dedicado as suas vidas ao serviço do Senhor, prestando serviço a outros. O Novo Testamento menciona apenas duas classes de oficiais da Igreja: os pastores
e diáconos. Paulo reconhece ser a função do diácono de muita honra e de muita confiança, essenciais ao trabalho da igreja. Infelizmente, hoje muitas igrejas não dão o devido valor a este ofício. Porém, o fato é que o exercício saudável da diaconia é fonte de grandes benefícios para a igreja. Os diáconos servem a mesa dos órfãos, das viúvas, da Ceia do Senhor e do pastor, sempre com o objetivo de doação, obedecendo ao chamado para o serviço, reconhecendo ser este um ofício divino. Na qualidade de presidente da Associação dos Diáconos Batistas do Brasil, tenho me preocupado em, através da ADBB, cooperar com cada
membro individual e com os respectivos corpos diaconais de nossas igrejas, a fim de buscarmos exercer a nossa função com zelo, dedicação e de forma irrepreensível, como recomenda o apóstolo Paulo. Somos gratos a Deus por percebermos o desenvolvimento do trabalho diaconal nas diversas regiões do nosso país e uma maior conscientização das implicações desta função.
Dirijo-me aos queridos diáconos batistas de todo o Brasil louvando ao Senhor por suas vidas e pela maneira com que temos desempenhado a nossa função como servos fieis, prontos a agir de acordo com a sabedoria que vem do alto, buscando desempenhar bem o diaconato, nunca desprezando o cumprimento dos deveres que Deus atribui a cada um de nós, escolhidos seus diáconos. Aproveito para desafiá-los a se fazerem presentes em nossa Assembleia na cidade de Gramado - RS, no dia 04 de fevereiro do próximo ano. Daremos início a uma nova ênfase, baseados no tema da CBB, tendo adaptado para a nossa ADBB como
“Diáconos desafiados a ser padrão de submissão a Cristo”, com divisa em Romanos 6.22. Assim, vamos vencendo os desafios e sendo abençoados em nossos propósitos. Rogo a Deus abençoar as suas vidas, possibilitando a cada diácono o crescimento que necessitamos para cumprir com diligência a preciosa missão que do Senhor herdamos. Recebam o meu abraço fraternal, cheio de gratidão a todos os diáconos batistas do Brasil, pedindo que vocês continuem orando pela direção da ADBB. “Mas sede fortes, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a obra que vocês estão realizando terá recompensa” (II Cr 15.7).
Batistas capixabas realizam Congresso para Surdos Lilia Barros - ES
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s batistas capixabas realizaram o 1º Congresso para Surdos no estado no dia 04 de outubro, às 19h30, na Igreja Batista da Praia do Suá, em Vitória - ES, com a presença de 300 pessoas. O preletor foi o pastor surdo, Flávio Castellar, e a programação incluiu louvores com dinâmica e apresentações de teatro e luz negra, apresentados pelos próprios surdos. Ao final do evento, um surdo entregou sua vida a Jesus. Toda organização do evento foi feita pela convenção Estadual, na direção do pastor Osvaldo Moura. Os Ministérios Sinais da Esperança (IB de Bela Aurora), Ministério Sons do Silêncio e de Louvor (PIB Bento Ferreira) abrilhantaram a celebração inédita em nível denominacional. A ideia do Congresso nasceu no coração da Priscilla Demoner, líder do Ministério de Libras na IB do Ibes. “Em encontros com intérpretes de igrejas identificamos a necessidade de nos unirmos e solicitarmos, por meio da convenção, um contato com todas as igrejas para identificar quais tinham ministérios atuantes e, assim,
pudéssemos nos encontrar com o povo batista para compartilhar conhecimento e experiências vividas em cada região. Dessa busca surgiu o Congresso, cujo objetivo é justamente essa integração. Começamos com cinco ministérios, mas creio que muitos outros virão para honra e glória do nosso Deus. Formamos um único ministério com um único objetivo: alcançar os surdos”, diz. Dados do IBGE de 2010 revelam que 5.110 pessoas se declararam com deficiência auditiva no Espírito Santo por não conseguirem ouvir de modo algum. Porém, há uma diferença entre deficiente auditivo e surdos, pois estes, conforme decreto 5626/2006 que regulamenta a Lei 10436/2002, traz a seguinte definição: “considera-se pessoa surda aquela
que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua de Sinais – Libras”. Ou seja, o universo é bem maior que o número da amostra do IBGE. Para Priscilla, o apoio da convenção é primordial. “Nossa CBEES é o elo que liga todas as nossas igrejas. Essa iniciativa trará um novo tempo para o Ministério com Surdos em nosso estado”, diz, acrescentando que as igrejas batistas ainda têm uma caminhada importante a percorrer neste ministério. “Inclusive para àquelas igrejas que já possuem o ministério com surdos, a capacitação e reciclagem é imprescindível, considerando que os surdos hoje, através da Libras, tem acesso a semi-
nários, cursos, faculdades, o que antes não acontecia com tanta força. Precisamos capacitar a liderança para que a mensagem seja realmente pregada, de forma que o surdo não saia das igrejas vazio e, sim, com um forte conhecimento e principalmente entendimento Bíblico”, finaliza Priscilla. O Diretor Geral da CBEES, pastor Diego Bravim, parabeniza a iniciativa dos irmãos batistas. “Este é um campo missionário que precisa da nossa atenção. Nossas igrejas estão se preparando para atender a essa demanda”. Historicamente, as instituições religiosas tiveram grande relevância no uso e difusão da Língua de Sinais. Aqui no Espírito Santo, temos trabalho realizado nas igrejas batistas que sempre ofertaram cursos livres com vistas
a capacitar pessoas para atuação no ministério. Atualmente, é possível ressaltar a participação ativa de alguns surdos que realizaram um trabalho forte de Evangelismo em nosso estado a exemplo do irmão Sandoval - surdo - membro da Igreja Batista da Praia do Suá. Há tempos, os intérpretes têm orado buscando uma estratégia para resgatar esse trabalho de maneira integrada, com a participação ativa dos surdos e, principalmente, unindo os ministérios para ganhar mais força dentro e fora das igrejas. Desse momento de oração surgiu o Congresso, com vistas a reunir os surdos e intérpretes batistas para que, juntos, possam aprimorar o trabalho de interpretação e estratégias de evangelização, abrangendo os surdos no Espírito Santo.
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missões nacionais
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Missionários promovem 5 Impacto “Jesus, luz para Patu - RN” o
Redação de Missões Nacionais
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cidade de Patu - RN foi impactada mais uma vez por meio de uma ação evangelística, que alcançou pessoas em escolas, praças e ruas. Por meio do 5º Impacto “Jesus, luz para Patu - RN”, os missionários Luzinaldo e Graça Tomaz também promoveram ação social, caminhada na avenida principal da cidade, palestras, entre outras atividades. Como parte da ação social, foram oferecidos serviços
Igreja proclamou a Palavra pelas ruas da cidade
como aferição de pressão arterial, oficinas alimentar e bucal, aplicação de flúor, em parceria com a secretaria Municipal de Saúde. Profis-
Evangelismo em uma das escolas
sionais, como nutricionistas, dentistas, psicólogos, médicos, professores de educação física e cabeleireiros realizaram atendimentos gratuitos,
beneficiando boa parte da população. Nas escolas e praças, o grupo Palhaços Urbanos compartilhou o Plano de Salvação
e distribuiu brindes. Como resultado, crianças e adolescentes aceitaram a Jesus. A missionária Graça explica que no terceiro dia de programação, a caminhada de oração e as mensagens teatrais também impactaram a população. “As pessoas, de suas casas, oravam, choravam e outras até pediam ajuda. Neste ano, o evento recebeu destaque e foi aprovado no calendário oficial da cidade. Vidas estão sendo transformadas e agradecemos ao Senhor pelas vitórias”, conclui Graça.
Congresso Multiplique desperta participantes para a geração de igrejas multiplicadoras Redação de Missões Nacionais
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ealizado por Missões Nacionais, na Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba - PR, o Congresso Multiplique reuniu pastores e líderes em uma programação que durou quatro dias. Ao todo, 600 pessoas, de diversos estados brasileiros, participaram do evento. Cada momento foi marcado pela comunhão e celebração ao Senhor, além do aprendizado. Durante a preleção de abertura, o pastor Roberto Silvado, presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB), falou sobre a importância de promover os relacionamentos por meio da Evangelização Discipuladora nos Pequenos Grupos Multiplicadores. “Quem não pensa em crescer
Evento reuniu pastores e líderes de vários estados brasileiros
não sabe o que está dizendo. Não fomos criados por Deus para o isolamento da montanha. O PGM é estratégico no relacionamento com outras pessoas”, enfatiza. Durante a plenária da manhã do primeiro dia, os congressistas foram impactados pela ministração do pastor Fabrício Freitas, gerente executivo de Evangelismo da JMN. Abordando o tema “Cristãos comprometidos gerando Igrejas Multiplicadoras”, ele falou
Momento de clamor
sobre o entendimento que precisamos ter a respeito da direção de Deus sobre nossa vida. “Muitas vezes a nossa falta de visão nos limita e limita o que Deus quer fazer em nós. Deus tem desafios extraordinários para nós. Enquanto Paulo pensava em chegar a apenas uma cidade, Deus queria dar um continente para ele alcançar”, explica. Testemunhos sobre o trabalho desenvolvido a partir da
visão de Igreja Multiplicadora fizeram parte da programação. O pastor Renato Florêncio, missionário da JMN que atua em Gramado - RS, compartilhou a experiência que a igreja nesta cidade tem experimentado. Uma noite de grande celebração entre o povo de Deus, demonstrada por meio da comunhão, adoração e louvor conduzido pelo pastor Atilano Muradas, da Igreja Batista da Lagoinha. “Só pela primeira
noite já valeu a pena ter vindo a este Congresso”, declara o pastor Hudson Galdino, líder da Associação Batista Litorânea, filiada à Convenção Batista Fluminense - RJ. Na noite do penúltimo dia, o pastor Paschoal Piragine, da Primeira Igreja Batista de Curitiba - PR, afirmou que “A obra de Deus não é uma estratégia, nem uma metodologia. É o agir do Espírito Santo na vida das pessoas”. Cada palavra inspirada por Deus impactou o coração dos participantes, que afirmam ter a certeza do plano de Deus para sua vida, assumindo o compromisso de colocar em prática os ensinamentos ministrados. Para muitos, por meio do evento ficou claro que não é tempo de recuar, mas de continuar firme no ministério confiado por Deus a cada um.
Cruzada Jesus Transforma Governador Valadares - MG: mais de 100 vidas rendidas ao Senhor Jesus
Redação de Missões Nacionais
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ealizada no Estádio do Democrata, a Cruzada Jesus Transforma Governador Valadares - MG contou com a ministração do conferencista norte-americano pastor Sammy Tippit, que tem reali-
zado grandes Cruzadas pelo mundo. “Foram dias de muitas bênçãos!”, disse o pastor Fabrício Freitas. Com alegria, ele relatou que mais de 100 pessoas entregaram a vida a Jesus. “Isso foi resposta de orações. Louvamos a Deus por você e pelo seu amor em interceder por essas vidas
que não conheciam a Jesus, mas que agora o proclamam como Senhor e Salvador”, declarou. A Cruzada Jesus Transforma Governador Valadares foi realizada pela Associação Batista Central Riodocense e contou com o apoio da Convenção Batista Mineira e Missões Nacionais. Corações quebrantados e vidas salvas
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notícias do brasil batista
Visão Cristocêntrica do ensino (II)
notĂcias do brasil batista
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notícias do brasil batista
Crianças de Osasco - SP são assistidas pelo Projeto Espaço Voar
Daniel e Deborah - SP
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m grupo de cristãos da Igreja Batista Memorial de Osasco - SP, inconformados com o grande número de famílias desestruturadas, de crianças e adolescentes nas ruas sem atividade construtiva para ocupar seu tempo, evasão escolar e o envolvimento precoce com o mundo das drogas, decidiram constituir a “Comunidade Impacto” com a missão de fortalecer a primeira e mais importante comunidade: a família. Iniciou-se, assim, a peregrinação para acesso as certificações necessárias (CMAS, CMDCA, DRADS e MDS)
e busca por parcerias. No inicio, houve concessão de espaço pela Prefeitura de Osasco para atividades com adolescentes, fato que ocorreu de 2010 a 2013. Com o cenário político, a parceria foi suspensa. Não podendo mais voltar atrás, decidimos, mesmo com 65 membros na Igreja, buscar atividades interessantes e com cunho religioso para ser ofertado para crianças que já estávamos atendendo e algumas outras do Conselho Tutelar. Acessando a internet, entramos no site da Convenção Batista Brasileira (CBB), na página do Departamento de Ação Social, e identificamos o Projeto Espaço Voar. Entramos em contato e realizamos
a capacitação no Rio de Janeiro. O bom foi que o pastor da Igreja pôde também participar. E, em março de 2014, implantamos o Projeto. No início, começamos atendendo as crianças dos responsáveis que, semanalmente, recebem o Kit alimento. Depois, a demanda do Conselho Tutelar e, atualmente, estamos com 23 crianças e mais a demanda reprimida, pois não temos recursos para atender todos. Ofertamos, além da atividade proposta na apostila do Espaço Voar, aulas de judô e artesanato. Esse ano nos trouxe muito mais resultados concretos do que os anos anteriores. Temos depoimentos de mães, como por exemplo, esta: “Fui
na reunião do meu filho e os professores falaram que ele melhorou o comportamento e está fazendo as lições agora”, diz a mãe. A situação que mais nos marcou foi de duas crianças de dez anos encaminhadas pelo Conselho Tutelar com a justificativa de roubo e demais comportamentos inadequados. No começo foi difícil. Falavam muitos palavrões, não eram alfabetizadas, se metiam constante em brigas com os colegas, além de tentarem levar brinquedos embora e desestruturarem a equipe. Após três meses, o grupo passou a aceitar essas crianças. Elas, por sua vez, estão controlando o palavrão, estão na fase silábica, e já são
as organizadoras da sala. Os serviços ofertados de atividades socioeducativas para crianças, distribuição de kit alimento e os encontros bimestrais com as famílias têm proporcionado aos membros da Igreja um despertamento, uma certeza cada vez maior que a nossa obra social é pela fé. Quantas vezes não tínhamos o que oferecer de lanche para as crianças e Deus providenciava de forma magnífica e sem imaginarmos que seria possível. Não existe desculpa plausível para que a igreja não queira fazer a obra social. As dificuldades existem, mas nunca serão maiores do que o nosso Deus, como diz Efésios 2.10.
Igreja Batista do Fonseca - RJ o realiza 1 Encontro de Crianças Márcia Gomes, coordenadora de Educação Infantil da Igreja Batista do Fonseca - RJ
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realização do 1º Encontro de Crianças da Igreja Batista do Fonseca, em Niterói – RJ partiu do desejo de proporcionar às crianças de 4 a 12 anos atividades em que elas que pudessem reconhecer o amor de Deus em suas vidas. Começamos o dia oferecendo um delicioso café da manhã, seguido de cânticos e história bíblica com a mensagem da salvação. Ao longo do dia, as crianças participaram de três oficinas: culinária, musicalização e teatro, todas com o objetivo de vivenciarem o amor de Deus em suas vidas. Terminadas as oficinas, foi proporcionado a elas um momento muito especial, que foi o encontro na sala de oração, onde as crianças puderam reconhecer os seus pecados e também entregar seus pedidos e tristezas a
Deus. No decorrer do evento, 12 crianças entenderam a mensagem recebendo a Jesus como seu salvador. Após a passagem pela sala de oração, foi organizada uma grande roda com todas as crianças, que tiveram a oportunidade de “queimar” seus pecados em uma “píra”. Elas ainda puderam visualizar seus pedidos, simbolicamente indo aos céus, dentro de bolas de gás, após oração feita pelo pastor Eduardo Luís de Carvalho Faria, pastor da Igreja Batista do Fonseca. O evento foi finalizado com uma festa temática, onde as crianças puderam brincar livremente, pular, comer, divertir-se, reconhecendo que foi Deus quem proporcionou este momento tão especial. “Várias foram as dificuldades e obstáculos, mas entendemos que quando nos colocamos à disposição de Deus, ele mesmo soluciona os problemas e faz aquilo que não conseguimos fazer”, afirma Márcia Gomes, coordenadora de Educação Infantil.
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Estado Islâmico: a ameaça às minorias étnicas com cânticos jihadistas, vídeos que mostram as conquistas do novo Estado e folhetos que pregam contra o Ocidente e a democracia; a imposição gradual e uma interpretação estrita das leis islâmicas. O saldo negativo desse novo “Estado estabelecido” já pode ser visto e sentido em todo o planeta. As minorias étnicas daquela região estão sendo literalmente dizimadas, e entre elas estão algumas comunidades cristãs. Jornalistas ocidentais capturados foram decapitados em uma demonstração para o mundo de que eles não estão brincando.
Caleb Mubarak – missionário da JMM no Norte da África
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urante esse tempo de visitas às igrejas do Brasil, tenho sido questionado sobre o que é, e o que querem os militantes do tão falado Estado Islâmico ou ISIS. Acreditamos que essa curiosidade esteja relacionada ao destaque dado pela mídia nas últimas semanas. Tentarei explicar aqui as razões históricas, políticas e ideológicas que colaboraram para o surgimento desse grupo que tem feito com que minorias étnicas daquela região (norte do Iraque e partes da Síria e Turquia), principalmente as minorias cristãs, clamem a Deus assim como acontecia no tempo do profeta Habacuque: “Por que toleras a injustiça?” (Hc 1.3). Razões muito antigas Desde o início do islamismo (século VII) e logo após a morte do profeta Muhammed (Maomé), no ano 632 d.C., já havia um desejo de mudanças sociais e religiosas no novo sistema criado, e elas aconteceriam, em muitos casos, através do uso da espada. O primeiro grupo a surgir foi o dos Kharijitas (século VII e VIII), e seu desejo era promover a forma mais ortodoxa do islã, voltando às suas raízes. Depois surgiu o grupo denominado Hashshashin (século XI), e seu nome significa, literalmente, “aqueles que fumam haxixe”. Durante os séculos XIII e XIV, surgiu um movimento radical liderado por Ibn Taymiyya, quem enviou uma fatwa (um discurso radical religioso oficial) contra os mongóis. E no século XVIII, motivados pelo mesmo desejo de retorno ao fundamentalismo islâmico original, surgiu o movimento do Wahhabismo na Arábia Saudita, responsável também pela criação daquele Estado. Considerando esses dados, é possível observar que o desejo pelo fundamentalismo (ortodoxia) já pairava os “arraiais islâmicos” desde muito tempo. Movimentos contemporâneos A partir do século XIX, alguns movimentos tomaram forma no mundo contemporâneo e, diferentemente daqueles que surgiram em
tempos anteriores, passaram a fazer parte de uma revolução não tão silenciosa e não tão-somente localizada na Península Arábica. Seus reflexos podem ser vistos e sentidos ainda hoje em nosso mundo moderno. O primeiro dos movimentos modernos surgiu no Egito, onde, em 1928, foi criada a Irmandade Muçulmana. Essa mesma irmandade foi aquela que, com a queda do ditador Hosni Mubarak, em 2011, retomou o poder do Egito após décadas de espera, enquanto “na calada” influenciava e dava as diretrizes às escolas islâmicas do país. Outro expoente dos movimentos radicais surgiu na Líbia, sob a liderança do ditador Muammar Kadafi, que tomou o poder do país em 1969 após um golpe militar, e seus primeiros anos de governo demonstravam seu alto envolvimento com o terrorismo radical, tendo o islã como principal bandeira para justificar tais atos. Mas foi em 1979 que o mundo conheceu de fato, através da Revolução Islâmica do Irã, o grande desejo do mundo muçulmano de declarar sua indignação contra o Ocidente. Depois
retorno às raízes islâmicas do tempo do profeta do islã, somada à indignação e humilhação sofridas pelos muçulmanos do mundo inteiro pelo Ocidente, surge em uma região remota do planeta, um grupo intitulado Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Islamic State in Iraq and Syria – ISIS), grupo que segue uma interpretação islâmica antiocidental extrema e que chama de infiéis e apóstatas todo aquele que não es tá de acor do com suas interpretações. É um grupo motivado principalmente pelo desejo de reconquista das terras islâmicas (Iraque, Síria e Turquia) para a instalação do novo Califado Islâmico (califa seria a autoridade mundial sobre todos os muçulmanos do planeta). É um grupo também que tem como principais características a instalação de uma bandeira negra no prédio mais alto da cidade, representando a reconquista territorial; a conquista de mentes e corações de O Estado Islâmico do muçulmanos através de Iraque e do Levante serviços sociais em locais C o m o g r a n d e d e s e j o devastados pela guerra; a de ver a concretização do distribuição de pendrives
disso, uma série de eventos passou a conduzir a história do radicalismo islâmico aos dias atuais: 1) Em 1989, os afegãos conseguem expulsar os soviéticos de seu país e veem nisso a mão de Alá com eles; 2) No início dos anos 1990, surgem os talibãs e ouve-se falar também de uma organização terrorista chamada Al-Qaeda e seu principal homem (Osama bin Laden); 3) Em 2001, o mundo é abalado com os ataques ao World Trade Center, no país mais ocidental e capitalista do mundo (Estados Unidos), o que acarretou na invasão ao Afeganistão pelo Exército americano em busca de Osama bin Laden; 4) Em 2003, ocorre a invasão americana ao Iraque contra o regime de Saddam Hussein, o que para a comunidade islâmica radical trouxe um enorme sentimento de humilhação à causa do islã; 5) De 2003 a 2013, o que se viu foi uma série de ataques e manifestações radicais em todo o planeta.
Um clamor As minorias étnicas que hoje sofrem com as atrocidades causadas por esse novo regime radical podem estar clamando da mesma maneira que a comunidade do tempo do profeta Habacuque: “Estamos cercados de destruição e violência”. Isso é o que eles estão dizendo. Mas como isso pode mudar? Como evitar que jovens (entre eles alguns ocidentais) parem de se alistar no exército desse Estado Islâmico e venham a morrer por uma causa tão radical e violenta? Sem uma intervenção divina, dificilmente veremos esse quadro mudar. Porém, existe algo que move o coração de Deus: é quando o seu povo se coloca diante dele e clama por justiça, paz e prosperidade (essa última como aquela que nos garante um estado de satisfação plena mesmo na adversidade). Então, cabe a nós clamarmos por esse momento crítico vivido em nossos dias; dias esses que podem apresentar ao mundo, a qualquer momento, um regime que se for aceito por toda a comunidade muçulmana mundial, poderá trazer sérias consequências para toda a humanidade. Ainda bem que temos a garantia de que as portas do inferno não prevalecerão. Mas ainda há muitos povos que não sabem e nem podem desfrutar dessa verdade espiritual. Não deixe de clamar pelas minorias étnicas (cristãs e não-cristãs) que hoje sofrem naquela região sob o regime do Estado Islâmico. “A oração de um justo é poderosa e eficaz” (Tg 5.16b).
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N
ponto de vista
Não sou pastor para disputar
ão sou pastor para entrar em disputas, mas para somar, facilitar, ajudar, cooperar e encorajar em amor. Não preciso disputar ministério ou cargo com ninguém. Cada um tem o seu ministério para exercer com temor e tremor. Tem a sua vocação dada por Deus, por graça, e não por mérito pessoal, como diz I Coríntios 15.10. Somos o que somos somente pela graça de Deus. Por esta razão, o ministério pastoral deve ser exercido com graça, amor e misericórdia. Pastores que invejam, disputam, criam animosidade, divisão, maledicência, discórdia, não são pastores, são apenas líderes e sem caráter. Quando deprecio o companheiro de ministério, quando o rejeito, não o honro como irmão e companheiro de jugo, ajo como um desqualificado para o exercício de uma vocação tão sublime e tão rasa ao mesmo tempo. O ministério pastoral é para poucos. É para aqueles que não se apegam às coisas materiais, que consideram o ministério uma vocação e não uma vacação. Está destinado àqueles que estão contidos no contentamento em Cristo Je-
sus. O seu tesouro é o Senhor. Os seus bens são os tesouros conferidos por Cristo apenas por graça. Os tesouros do caráter de Cristo Jesus. A sua porção é o Senhor, como está escrito em Lamentações 3.24. A sua alegria está naquele que tudo pode. Ele pode dizer com convicção: “Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4.13). O pastor não está interessado em luxo, ostentação e tietagem. Não depende de homens, mas de Deus. Não busca os seus interesses, mas os de Deus. Não faz conchavos, alianças políticas ou quaisquer arranjos para se promover, para se manter no cargo. O ministério não é para autopromoção, mas para a exaltação de Cristo Jesus. O ministério não combina com popularidade, mas com não-popularidade. Não é função de destaque, de status, mas de recato, discrição. O pastor chamado por Deus não deseja aparecer, mas quer que Cristo apareça à semelhança de João Batista quando afirmou em relação ao Senhor Jesus: “Importa que ele cresça e eu diminua” (Jo 3.30). O ministro do Evangelho é um homem simples, revestido da simplicidade de Cristo. Ele
não tem nenhum interesse em negociar cargos, posições, poder ou quaisquer postulados meramente humanos e que só trazem prejuízos para o ministério e para a família. O seu prazer maior e inegociável é o Senhor. É triste dizer que há poucos pastores, de fato, e muitos líderes. Há poucos homens de envergadura ministerial, mas muitos comprometidos com esquemas do mundo e sem nenhuma relevância no testemunho pessoal. Não são éticos. Apreciam os elogios, as bajulações e gostam dessas coisas. Há líderes de igreja, e não pastores, que estão terceirizando o ministério na igreja local. Elementos disputando cargos e não dispostos a levar as cargas. Que ganham altos salários sem repartir, sem investir em gente necessitada, sem perceber que o salário dos crentes, a começar dos que pastoreiam, é social. Paulo ensina assim em suas epístolas. Ensina que é muito importante investirmos em pessoas, exercermos a liberalidade amorosa. Pastores na acepção da palavra estão em extinção. Há bons líderes, inteligentes, jeitosos, espertos, escorregadios,
políticos, mas poucos homens de Deus, destemidos, corajosos, intrépidos e que não são conduzidos pelo estômago, mas estão dispostos a serem enforcados por causa das suas convicções em Cristo, do seu amor ao Salvador, por causa do seu compromisso com a mensagem da cruz, seu amor à obra missionária, seu zelo pela doutrina da Palavra de Deus e seu amor à Igreja pela qual Jesus morreu, derramando o seu precioso sangue. Deus não nos chamou como homens extraordinários, mas nos chamou como homens comuns para realizarmos um trabalho extraordinário, sublime, impactante, poderoso e transformador. Não preciso de honra, mas quero dar honra ao meu Senhor. Não desejo o pódio, mas o chão. Não desejo conforto físico, mas necessito do precioso conforto do Espírito e dos meus irmãos. Não quero disputar lugar na fila das vaidades. Ministério não existe para dar fama a ninguém. Ministério é para escravos do Senhor Jesus Cristo (em I Co 4.1, Paulo usa a palavra “huperetes”, remadores de baixa categoria, para se referir a nós, ministros). Fomos comprados
por grande preço e por esta razão a glória é daquele que nos comprou ou redimiu, como diz I Co 6.20. A honra é dele. Não estou interessado no estilismo, na aparência, mas em que o Senhor domine o meu coração e a minha mente, tornando-me cativo à sua vontade. Não quero focar a aparência, mas desejo que o Senhor trabalhe o meu interior para que as minhas intenções, ações e reações glorifiquem o seu nome. Que o Senhor nos livre das disputas, da síndrome do pequeno reino. Que nos liberte do egoísmo, da fama, da tietagem, do pódio e da imagem que gosta de ser admirada e ovacionada. Que sejamos desviados da feira das vaidades. Que sejamos homens de Deus. Que o agrademos, que o honremos, que ele assuma o centro do nosso coração, que ele defina as nossas prioridades, que ele seja, acima de tudo, a nossa prioridade. Aí não haverá disputas porque as minhas razões para vivenciá-las estão crucificadas com Cristo, nosso Pastor Supremo, que a si mesmo se humilhou e morreu em uma cruz como um marginal para nos tornar aceitos pelo Pai.
observatório batista LOURENÇO STELIO REGA
A
pós a apuração dos votos no segundo turno para a presidência da República notou-se que o Brasil está dividido, gerando um conjunto de sentimentos preocupantes para uma nação do porte continental como a nossa. Os movimentos de rua de junho de 2013 não voltaram às ruas, mas deixaram profundas marcas de descontentamento em uma nação que já teve tudo para deixar de ser um país de 3º mundo e um país em desenvolvimento. As malhas de fiscalização se sofisticaram e alcançam o cidadão comum nas ruas, os radares de trânsito são colocados aos milhares para alcançar nossos bolsos dentro, o desrespeito à vida se intensifica e cada um torce para não ter de ir para um hospital público, que na sua maioria mais parece açougue ou depósito de gente, onde temos alguns poucos oásis de excelência, que assim continuarão se não caírem nas mãos de políticos
Brasil, e agora, para onde vamos? corruptos. Muito menos dá para depender da aposentadoria, que é verdadeira piada sem direito à isonomia, pois enquanto na iniciativa privada, depois de aposentado você necessita continuar trabalhando, tendo sido do poder público, em geral, você vai viver das benesses da integralidade. O que dizer da segurança? Em geral, ter que ir em uma delegacia é enfrentar situações humilhantes diante de um cartaz ameaçador sobre desacato de autoridade e a punição que o Código Penal prevê a isso, mas que deveria ter ao lado outro cartaz indicando a penalidade por abuso de autoridade que não é incomum no poder público. O que dizer de educação pública? E mais ainda dos meios de transportes que vivem apinhados de gente? As estradas estão cada vez mais perigosas e inseguras. Pagamos impostos e muito impostos para obter tudo isso. Como disse um ex-presidente ao ser entrevistado: “Imposto
é isto mesmo, imposto, não é voluntário!”. E quem vai impor ao governo que, em troca dos impostos, dê a todos de volta serviços decentes e respeitadores na saúde, educação, transporte, segurança, estradas? Pagamos e não recebemos e ainda o Imposto de Renda foi apelidado de “Leão” há um tempo pelo próprio governo. Leão não existe para ser amigo, vem para devorar, destruir, perseguir a sua presa. Parece-me que a metáfora é bem real a cada compra ou pagamento que fazemos. Para obter tudo isso de volta - segurança, saúde, educação, transporte, estradas, etc - temos de pagar novamente para a iniciativa privada. E, ao pagar para ela, estamos novamente pagando impostos. Quem pagaria duas vezes pelo mesmo serviço? Eu e você a cada instante, quando pagamos pedágio, plano de saúde, segurança privada, equipamentos de vigilância para nossas casas, escola particular, etc. E nem
falamos em moralização da República. A corrupção corre solta no país. Planos de distribuição de renda acabaram se tornando currais eleitorais. Incontáveis pessoas que recebem as benesses acabam se acomodando com a preguiça, sendo raros e pouco anunciados os casos de crescimentos pessoal e profissional. Assim é fácil ganhar uma eleição. Quando nosso povo “carente” vai deixar de ser consumidor da realidade e acordar para ser participante da construção desta mesma realidade? O país está mesmo dividido e vai ficar ainda mais se a igreja continuar deixando de lado sua missão profética de denunciar os abusos contra a vida, contra o direito, contra a retidão e justiça. Não há mais como esperar, cada igreja tem o compromisso de ser sal da terra e luz do mundo, não sal da Nova Jerusalém e luz das ruas de ouro dos céus. Nosso papel começa aqui, não apenas pregando que Cristo salva,
mas também mostrando como é que se vive a vida de salvo. Um exemplo, vencida a eleição, o que o Governo Federal propõe? Um plebiscito para promover reforma política. Você não acha que deveríamos começar por uma reforma moral? A criação de um pacto ético para toda nação alcançando a iniciativa pública e a privada, governantes, políticos, empresários, empregados e cidadão comum? Penso que esta deveria ser uma bandeira nossa como igreja neste momento. Não há mais como continuar dividindo o mundo em ímpios e pecadores, salvos e não salvos e ficar só nisso. Apesar da condição soteriológica de cada um, todos vivemos do mesmo ar, todos temos de pagar os mesmos impostos. Não podemos continuar vivendo como se estivéssemos construindo um mosteiro para aguardar a segunda vida de Jesus. Precisamos recuperar com urgência o ensino e a pregação dos profetas do Antigo Testamento.
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ponto de vista
Vanderlei Alberto Schach, professor da Faculdade Batista Pioneira
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uase que diariamente a mídia apresenta algum noticiário envolvendo abuso ou exploração de crianças. Diante desta situação, a sociedade precisa tomar medidas protetivas em favor da criança. Uma delas pode ser a denúncia do criminoso. Para fazer uma denúncia e notificar as autoridades competentes, a pessoa deve buscar informações no município. Cada município deve contar com um Conselho Tutelar, que é o órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado
Joel Pereira dos Santos, colaborador de OJB
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omo é cediço, os tempos religiosos de qualquer culto gozam de imunidade tributária concedida pela Constituição Federal. O artigo 150 da Carta Magna, com clareza meridiana, dispõe que, “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI – instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto”. No parágrafo 4º do mesmo artigo ficou explicitado que as vedações expressas compreendem o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. É imperioso afirmar-se que templo não significa apenas a edificação, mas tudo quanto seja ligado ao
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pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. A exploração sexual é uma situação que viola os direitos das crianças e dos adolescentes, por isso a denúncia deve ser feita ao Conselho Tutelar, que encaminhará o caso para o Ministério Público ou Juizado e delegacias especializadas para que sejam tomadas as providências necessárias. O Disque Denúncia Nacional 100 (DDN) é um serviço de denúncia de violência via contato telefônico que encaminha aos órgãos competentes para verificação e encaminhamentos. Não é necessário se identificar e deve-se passar o máximo de informações sobre a vítima, podendo ser
feitas denúncias também em casos de suspeita. Para ajudar o município a implantar programas e serviços de atendimentos a estes casos, o educador deve procurar conhecer as ações do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) - órgão que formula políticas de proteção integral para crianças e adolescentes. Como esse tema é extremamente complexo e exige ações de vários profissionais e de diversos setores da sociedade, na perspectiva do trabalho em rede o educador deve evitar agir sozinho e buscar a articulação intersetorial e interdisciplinar. O Disque 100 é um serviço eficaz, tanto no combate,
como na prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes. A ligação é gratuita e o sistema funciona das 08 às 22 horas, inclusive em fins de semana e feriados, recebendo ligações com garantia de anonimato. De fora do Brasil, as ligações podem ser feitas pelo número telefônico pago 55 61 3429-2800. Além das ligações, o serviço também recebe denúncias que podem ser enviadas para o endereço eletrônico: disquedenuncia@sedh.gov.br Para provar sua eficácia, o Disque 100 recebeu, de maio de 2003 até setembro de 2008, mais de dois milhões (2.080.303) de atendimentos, perfazendo uma média de 991 atendimentos/dia no pe-
ríodo, tendo recebido e encaminhado 77.889 denúncias de todo o país, apresentando a média de 37 denúncias/dia no período de 2003 a 2008. Isso significa que, de alguma forma, 37 crianças e adolescentes a cada dia tiveram algum tipo de proteção. As ferramentas acima descritas podem e devem ser usadas no combate à exploração sexual e outros crimes cometidos contra as crianças e adolescentes. É papel da igreja fazer a denúncia e proteção através de cada crente brasileiro. Se todos puderem fazer a sua parte, muitas crianças terão suas vidas protegidas de desgraças que poderão perdurar para o resto de suas vidas.
exercício da atividade religiosa. Logo, salas anexas ou dependências para reuniões da membresia, casa de zelador, casa pastoral ou paroquial, prédio de educação religiosa, convento, ou qualquer outro edifício utilizado para atividades religiosas, ou para residência dos religiosos, todos esses componentes hão de ser compreendidos como um todo sobre o qual não pode haver incidência alguma, de qualquer tributo, por força do dispositivo constitucional sobredito. O Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, por meio de inúmeros de julgados, tem pontificado esse entendimento, afirmando que a norma constitucional confere imunidade tributária às entidades referenciadas e alcança os imóveis de sua propriedade, como casa pastoral, paroquial, salas de catequese, de guarda de materiais, de diáconos, de
atendimento comunitário, não se podendo considerar nenhuma dessas destinações estranhas à atividade comunitário-religiosa. Entende a Egrégia Corte de Justiça Fluminense que a referida imunidade tributária alcança os imóveis de propriedade das entidades religiosas, ainda que locados a terceiros, considerando que a renda produzida com esses bens é aplicada no custeio das atividades sociais, estando os mesmos vinculados às suas finalidades essenciais. Com base na jurisprudência dos tribunais, o autor desta matéria (que não é político) realizou um estudo jurídico do caso, por meio do qual procurou convencer o poder municipal competente que seria cabível e de justiça que uma Lei Municipal fosse editada, onde expressamente se reconhecesse que a incidência de imunidade tributária concedida aos tem-
plos de qualquer culto se estendesse também sobre casas pastorais, paroquiais, de zelador, convento, salas de catequeses, dependências anexas, ou qualquer outro edifício utilizado para atividades religiosas. E mais: que houvesse o cancelamento de eventual débito existente, com extinção de procedimento judicial de cobrança executiva, se houvesse, em nome da entidade religiosa. A pretensão externada sensibilizou o chefe do Poder Executivo Municipal, o qual enviou mensagem à Câmara Municipal, que mereceu aprovação. Assim, adveio a Lei nº 577, de 0906-2014, do Município de São Gonçalo - RJ, publicada no jornal “O São Gonçalo”, como órgão oficial, pág. 10, de 11-06-2014. A ementa da lei citada é a seguinte: “Reconhece a incidência de imunidade tributária também sobre casas pastorais, paroquiais, de zelador, con-
vento, salas de catequeses, dependências anexas, ou qualquer outro edifício utilizado para atividades religiosas, vinculadas a templos religiosos de qualquer culto”. No corpo da lei, foram incluídos, também, seminários, conventos, centros de formação de rabinos, como igualmente alcançados pela imunidade tributária municipal. Trata-se de uma questão de justiça; direito que vem sendo reconhecido pelos tribunais do país. Logo, não é benesse ou favor algum às entidades religiosas. Com esta matéria, conclamo as igrejas em geral pelo país afora, que, através de suas associações ou outros organismos disponíveis, se mobilizem junto ao poder municipal local, a fim de que uma Lei Municipal venha a ser editada nos moldes daquela que beneficiou as entidades religiosas de São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro.