ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 05/11/17
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXVI Edição 45 Domingo, 05.11.2017 R$ 3,20
Dia Nacional do Embaixador do Rei abre comemorações dos 70 anos da Organização no Brasil
Fotos: Lucas Tavares
Evento reuniu cerca de 400 meninos, de 38 Embaixadas, para comemorar o Dia Nacional do Embaixador do Rei. A programação também abriu as comemorações de 70 anos da Organização no Brasil. O novo coordenador da entidade também foi apresentado durante a celebração. Páginas 08 e 09 Missões Nacionais
Notícias do Brasil Batista
Casa Viver, em Costa Barros - RJ, completa um ano levando a escolha pela vida
Terceira Igreja Batista de Macaé - RJ comemora Jubileu de Ouro e celebra a grandeza de Deus
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Notícias do Brasil Batista
Notícias do Brasil Batista
PIB em Jardim Marilea - RJ realiza festa missionária para comemorar aniversário
PIB em Conrado - RJ festeja Dia das Crianças com tarde recreativa e evangelística
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reflexão
EDITORIAL
Cuide bem da sua família
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
“Mas, se vos parece mal cultuar o Senhor, escolhei hoje a quem cultuareis; se os deuses a quem vossos pais, que estavam além do Rio, cultuavam, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Mas eu e minha casa cultuaremos o Senhor.” (Js 24.15)
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iante de tantos ataques que a família vem sendo vítima nos últimos tempos é importante que estejamos atentos e atuando, de forma contínua, na defesa dos valores bíblicos que cremos e seguimos. Nenhuma filosofia ou ciência
moderna vai mudar o que Deus criou. A nossa declaração doutrinária nos ensina que a família, criada por Deus para o bem do homem, é a primeira instituição da sociedade. Sua base é o casamento monogâmico e duradouro, por toda a vida, só podendo ser desfeito pela morte ou pela infidelidade conjugal. O propósito imediato da família é glorificar a Deus e prover a satisfação das necessidades humanas de comunhão, educação, companheirismo, segurança, preservação da espécie e, bem assim, o perfeito ajustamento do ser humano em todas as suas
dimensões. Caída em virtude do pecado, Deus provê para ela, mediante a fé em Cristo, a bênção da salvação temporal e eterna, e quando salva poderá cumprir seus fins temporais e promover a Glória de Deus. Nossa família é o maior bem que possuímos; por isso, precisamos vê-la como dádiva divina. Precisamos vivenciar, com cuidado e vigilância, afinal, há muitas forças trabalhando para destruí-la. Se a família é enfraquecida ou desestabilizada, o resultado é uma sociedade enfraquecida e desestabilizada. Pastor Jaime Kemp fez
a seguinte afirmação: “Qualquer civilização, sociedade ou nação que negligencia a importância da família está condenada à destruição”. A família é a célula mater da sociedade, isso significa dizer que qualquer outro grupo social se desenvolve a partir da família. Os efeitos da pós-modernidade têm causado danos irreparáveis a família e precisamos estar atentos a esta quebra e perda de valores. Nós somos uma família, a família de Deus e, para tanto, precisamos cuidar de cada um com carinho e amor, independente das situações em que se encontram. Somos uma família.
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reflexão
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MÚSICA ROLANDO DE NASSAU
Música nos lares
(Dedicado aos leitores Nor- cra”; então, em 1958, ele convidou-nos ao seu palacete ma e Alfon Kruklis) na Lagoa Rodrigo de Freiizemos algumas visi- tas, para ouvir, em gravação tas e observamos que, completa, o “Requiem”, de em cada uma delas, o Mozart. Em 1961, estávamos em dono da casa exibia Porto Real - RJ, onde enconsua preferência musical. Em outubro de 1954, a tramos um huguenote; agora convite de um colega católi- era industrial na área de refrico da Faculdade Nacional de gerantes; convidou-nos à sua Direito, que desejava inaugu- fazendola, quando ouvimos rar a vitrola (antigo aparelho salmos compostos por Swepara reproduzir sons grava- elinck, seu ancestral. As obras de Palestrina, Hados em disco), fomos ao seu apartamento no Méier - RJ, e endel, Mozart e Sweelinck ouvimos os motetos do renas- foram ouvidas por nós na centista Palestrina, baseados intimidade de alguns lares. no Cântico dos Cânticos, de Por isso, em várias oportuniSalomão; ficamos maravilha- dades, escrevemos que aquedos com a clareza da textura. les eram os “anos dourados”. O desenvolvimento da foEm abril de 1956, fomos convidados por um casal nografia tornou possível a para visitá-los em seu aco- expansão do repertório da lhedor apartamento em Co- música sacra gravado em pacabana - RJ; ouvimos, na disco; ficou muito mais diíntegra, o oratório “Messias”, fícil a escolha de uma obra. de Haendel, impressionados Pressentimos que viriam anos com a competência do coro em que a qualidade do gosto musical decairia. e dos solistas. A decepção ocorreu em Em 1957, fomos a uma bela casa na Floresta da Ti- Brasília, em 2014: em uma juca - RJ, para ouvir trechos visita, durante todo o tempo da cantata “Jauchzet Gott in os adolescentes tocaram um allen Landen” (“Jubilai ao “rock” psicodélico da banda Senhor em todas as terras”), “Pink Floyd” e disseram que BWV-51, de Bach, interpre- aprenderam com seus pais a tados por uma soprano de gostar desses roqueiros cinquentões; tivemos a sensação passagem pelo Rio. Oferecemos ao presidente de uma queda no abismo. Para ajudar nossos leitores, da empresa privada em que trabalhávamos um exemplar inventamos uma tabela, com de “Introdução à Música Sa- escala descendente do nível
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5 para o nível 1, que serve para avaliarmos a música que ouvimos; serve também para o crente escolher a forma que deve usar no louvor a Deus, para ouvi-la ou cantá-la. O nível 5 é o de maior complexidade composicional e o de maior dificuldade de execução. Tabela de avaliação Nível 5 - música sacra erudita, para coro, composta, nos séculos 16, 17 e 18, na liturgia católica, principalmente por Giovanni Pierluigi Palestrina (1526-1594), Thomas Luis de Victoria (1548-1611), Claudio Monteverdi (15671643) e Antonio Vivaldi (1678-1741); nos séculos 17 e 18, na liturgia luterana, por Heinrich Schütz (15851672) e Johann Sebastian Bach (1685-1750); nos séculos 16, 17 e 18, na liturgia anglicana, inicialmente nas catedrais, por William Byrd (1543-1623), Thomas Tomkins (1572-1656), Thomas Weelkes (1575-1623), Henry Purcell (1659-1695) e William Croft (1678-1727). Nível 4 - música religiosa erudita, para coro, composta por outros compositores católicos, luteranos e anglicanos; nesse grupo, Georg-Friedrich Haendel (1685-1759), que foi “A figura dominante na vida musical inglesa na primeira metade do século 18” (ver: Fellowes, Edmund H. English
Cathedral Music. London: Methuen, 1973). Entretanto, Haendel nada escreveu para os cultos regulares da Igreja Anglicana; nenhuma de suas obras religiosas é apropriada ao uso litúrgico; ele não aceitou o estilo paroquial. Nível 3 - apenas para ilustração do leitor, devemos lembrá-lo de que, ao lado da música erudita do século 16, sacra ou religiosa, existia a salmodia calvinista, composta pelos franceses Claude Marot (1496-1544), Loys Bourgeois (1510-1561) e Claude Goudimel (1510-1572), e pelo holandês Jan Pieterszoon Sweelinck (1562-1621), e a salmodia anglicana, pelos ingleses Thomas Sternhold (1500-1549), Francis Rous (1579-1659), Nahum Tate (1652-1715) e Nicholas Brady (1659-1726); depois da salmodia, veio a hinodia primitiva, composta, nos séculos 17 e 18, por Martin Rinckart (1586-1649), Paul Gerhardt (1607-1669), Georg Neumark (1621-1681), Joachim Neander (1650-1680) e Gerhard Tersteegen (16971769), alemães luteranos; somente no século 18, por Thomas Ken (1637-1711) e Isaac Watts (1674-1748), dissidentes ingleses. Nível 2 - a nova hinodia, no século 18, influenciada pelos dissidentes da Igreja Anglicana, representados por Philip
Doddridge (1702-1751), John Wesley (1703-1791), Charles Wesley (1707-1788), John Newton (1725-1807), Augustus Montague Toplady (1740-1778) e Reginald Heber (1783-1826). Nível 1 - a hinodia evangélica dos séculos 19, 20 e 21, representada por Thomas Hastings (1784-1872), Lowell Mason (1792-1872), Fanny Crosby (1820-1915), Robert Lowry (1826-1899), Paul Philip Bliss (1838-1876), Ira David Sankey (1840-1908) e Will Lamartine Thompson (1847-1909); desde o surgimento do “rock”, em 1955, abriga a chamada música cristã contemporânea (roque santeiro), e os cânticos contemporâneos e tolera os “musical shows” (espetáculos musicados), que revelam uma constante e crescente preocupação com o efeito teatral (uma jovem levando ao colo um boneco, para representar a virgem Maria e o Menino Jesus, ou um barítono barbudo, com olhos esbugalhados, no papel de Jesus crucificado); há um marcante declínio na musicalidade. Se tivéssemos essa tabela por ocasião das visitas, poderíamos ter informado aos nossos hospedeiros, se perguntassem, em que nível estava a música em sua casa... Ela estava no nível 5!
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reflexão
Transformando fracasso em vitória
José Manuel Monteiro Jr., pastor, colaborador de OJB
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uando contemplamos o desfecho da história de José, nos esquecemos, muitas vezes, do caminho trilhado por ele para chegar à glória. A vida desse homem é marcada por desilusões, traições e esquecimento. Ele era igual a nós, que no transcurso de sua vida passou por percalços, mas venceu. Podemos destacar, a título de introdução, quatro coisas que este jovem de Deus passou. Primeiro, a dor de ser considerado alguém dispensável (Gênesis 37.27-28). José fora visto pelos seus irmãos como alguém descartável, uma mercadoria barata, sem valor algum. Sei que muitos passam por essa experiência dolorosa, principalmente no contexto da família. Segundo, a perda da liberdade (Gênesis 39.1). Ele fora vendido como escravo e passou a viver no Egito. Ele estava longe do aconchego da sua casa, dos seus amigos, em terra estrangeira. Seus passos passaram a ser monitorados; para tudo o que faria precisava pedir permissão. Terceiro, foi vítima de calúnia e difamação (Gênesis 39.19-20). José perdeu os melhores anos da sua vida (juventude) em uma masmorra, porque foi acusado injustamente. A esposa do comandante (Potifar) acusou José de assédio sexual. Potifar não pensou duas
Juvenal Netto, colaborador de OJB
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uantas vezes vemos as pessoas esquivarem-se de responsabilidades em relação ao seu papel a desempenhar no Reino de Deus. Algumas delas argumentam que são muito fracas, falhas ou incapazes de fazer qualquer coisa em nome de Deus. Olham para aqueles que se destacam e que estão sempre trabalhando, como pessoas superdotadas de talentos espirituais ou com um grau de fé muito elevado.
vezes, lançou José na prisão e lá ele ficou por 13 anos. Quarto, a dor da ingratidão (Gênesis 40.14; 23). Ao interpretar o sonho do copeiro, José pede a este homem que interceda por ele junto a Faraó. Entretanto, ao ser reintegrado ao seu posto, ele se esquece de José. Ingratidão: esta palavra significa “Falta de reconhecimento por algo que alguém lhe fez”. Sara Sheeva, ao comentar sobre a ingratidão, diz: “O ingrato esquece com muita facilidade. Não as coisas ruins, mas esquece das coisas boas que fizeram por ele”. Como José transformou os fracassos colhidos ao longo da história em vitória? Quero elencar alguns pontos para a nossa reflexão. Em primeiro lugar, José teve a consciência de que Deus está no controle, mesmo quando já perdemos o comando. “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; Deus, porém, o intentou para o bem, para fazer o que se vê neste dia, isto é, conservar muita gente com vida” (Gênesis 50.20). José tinha plena convicção de que sua vida era controlada, dirigida pelo Deus Soberano. Deus está no controle. Nossa vida não está à deriva, ela é governada por Aquele que tem as rédeas da nossa vida em suas mãos. Em segundo lugar, José deixou de lado o ressentimento e colocou em prática a experiência do perdão. “Assim direis a José: Perdoa a transgressão de teus irmãos, e o seu pecado, porque te fizeram mal. Agora,
pois, rogamos-te que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. E José chorou quando eles lhe falavam. Agora, pois, não temais; eu vos sustentarei, a vós e a vossos filhinhos. Assim ele os consolou, e lhes falou ao coração” (Gênesis 50.17; 21). Quais são as farpas que ainda fazem o seu coração sangrar? Não adianta sepultar um problema vivo, pois ele se levantará como fantasma em sua vida. José além de perdoar seus algozes, agiu com benevolência com aqueles que lhe fizeram mal. O perdão liberta e traz cura. A mágoa adoece. A falta de perdão torna a vida um inferno. Em último lugar, José percebeu as coisas boas acontecendo mesmo em tempo de luta. “Assim José achou graça aos olhos dele, e o servia; de modo que o fez mordomo da sua casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha. O Senhor, porém, era com José, estendendo sobre ele a sua benignidade e dando-lhe graça aos olhos do carcereiro. O qual entregou na mão de José todos os presos que estavam no cárcere; e era José quem ordenava tudo o que se fazia ali. Depois disse Faraó a José: Porquanto Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão entendido e sábio como tu. Tu estarás sobre a minha casa, e por tua voz se governará todo o meu povo; somente no trono eu serei maior que tu.” (Gn 39.4; 21-22; 41.39-40). Olhe para a sua vida, veja as pessoas que amam você. Veja
A primeira coisa que precisamos avaliar é que tipos de fraquezas estas pessoas possuem? O que significa esse adjetivo quando se trata de parâmetros espirituais? De acordo com os critérios de Deus, o que parece ser fraqueza aos olhos dos homens pode ser exatamente o contrário, uma força descomunal. Citando como exemplo, quatro homens debilitados pela lepra que resolveram investir contra o acampamento de um grande exército sírio e obtiveram como resultado a fuga em massa daqueles guerreiros que ouviram o som como se fosse de um
numeroso e gigantesco exército (II Reis 7). O apóstolo Paulo afirma que Deus, ao escolher pessoas para realizar a Sua obra, não costuma usar como regra observar primeiramente os de “QI” acima da média, os possuidores de força física, os que demonstram ter uma grande fé ou aqueles portadores de habilidades das mais variadas possíveis. Deus usa as coisas consideradas fracas neste mundo para confundir as fortes e as coisas loucas para confundir as sábias. Ele faz isso para que ninguém se vanglorie (I Coríntios 1.26-29). Ser fraco não significa ser in-
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
O ímpio e nossa visão de tempo
“Pois ainda um pouco, e o ímpio não existirá; olharás para o seu lugar, e não aparecerá.” (Sl 37.10)
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livro dos Salmos comenta, em vários versículos, o impacto que nos causa a prosperidade e o poder dos ímpios. Quase sempre, são aqueles malfeitores nossos contemporâneos, os que mais nos incomodam. Afinal de contas, de um ponto de vista justo, o natural não deveria ser o fracasso a merecida recompensa dos ímpios? Na discussão do assunto, a Bíblia insere um detalhe importante: a dimensão do tempo. “Dentro de pouco tempo, os maus desaparecerão. Você poderá procurá-los, porém, não os encontrará” (Salmo 37.10). Através da história, o final dos malfeitores tem sido sempre trágico. Mas isso, aparentemente, não nos incomoda tanto. A razão disso pode ser encontrada no tem-
po: as consequências maléficas dos ímpios, à medida que vão ficando no passado, perdem seu impacto de mal-estar de nós. A proposta da Bíblia, para a solução espiritual da prosperidade ímpia, é o Cristo. Ao comentar o futuro terreno dos Seus discípulos, Jesus foi muito franco: “No mundo, vocês sofrerão tribulações...Eu, porém, venci o mundo” (Jo 16.33). Como, então, não ser vencido pelas injustiças do mundo? Jesus enfatiza: submetam-se ao Meu poder e ao Meu amor. Eles são eternos, porque são divinos. E, porque são eternos, conseguem nos mostrar como o ímpio, no desenrolar do tempo, se desmorona. A escolha é nossa: alimentar nossa alma com a prosperidade temporal dos ímpios ou insistir em avaliar o mundo com os olhos de Jesus. Aquele que venceu o mundo nos dará poder para não sofrermos os impactos enfermos deste mundo.
as pessoas que demonstram traçou um plano lindíssimo carinho por você. Pare de para você, para que sejas mais murmurar e reclamar. Deus do que um vencedor.
Deus usa pessoas fracas
capaz de cumprir um chamado ou desempenhar uma atividade que traga edificação para outras vidas e, como consequência disso, a glorificação do nome de Deus. Ser frágil significa que estamos sujeitos, a todo o instante, a cometermos erros, a pecar, até a cair. Contudo, isso não significa que seremos escravos do pecado ou da nossa debilidade. A grande prova dessas verdades foram as pessoas que Deus usou no passado para realizar milagres e proezas em Seu nome, e, olha que eram pessoas consideradas desprezíveis aos olhos do mundo. Poderia enu-
merar aqui dezenas delas. O segredo da vitória destes frágeis homens foi obedecer à chamada e estar na total dependência de um Deus que tudo pode. Portanto, sentir-se fraco e incapaz não é motivo suficiente para nos esquivarmos da grande responsabilidade que temos de ser sal desta terra e luz deste mundo e de proclamarmos as Boas Novas do Evangelho de Cristo Jesus a este mundo em trevas. Façamos então o que já ordenou o Senhor no passado através do profeta Joel: “Forjai espadas das vossas enxadas, e lanças das vossas foices; diga o fraco: Eu sou forte.” (Jl 3.10).
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Celebração verdadeira Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB
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tualmente, no segundo domingo de maio, famílias, entidades sociais, educacionais, Igrejas, clubes, celebram o Dia das Mães. O que acontece nos intervalos de uma celebração a outra? Desrespeito, bate boca, ansiedades, desobediências, uso de drogas, noites maternas mal dormidas, ocasionadas pela ida às baladas, com companhias corruptoras dos bons costumes. Por que isso acontece? Todos sabem o motivo pelo qual a sociedade celebra esse dia. Em primeiro lugar, pelo fato histórico, de uma jovem
professora enviar uma rosa a uma senhora que perdera o seu único filho. Em segundo lugar, que agora torna-se o principal, o consumismo que governa todas as celebrações da nossa época. Em terceiro, a troca. Como no ano inteiro o desrespeito “corre solto” e acontecem atitudes vergonhosas, exatamente nesse dia, os filhos têm a oportunidade de comprar o perdão. É uma espécie do dia do “perdão judaico”. Em Stambul, cidade da Turquia atual, há um local histórico, onde, em outra época, estava localizada a antiga cidade de Éfeso. Os que gozam de boa saúde sobem longas escadas para visitar uma casa no alto da
montanha. Ali, diz a lenda, morou Maria, a genitora humana de Jesus. Faz sentido, pois o apóstolo João foi bispo da Igreja de Éfeso por cinco anos, e, como está registrado no Evangelho de João: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa” (Jo 19. 26-27). Aí está o segredo. O verdadeiro filho vê sua mãe como mãe e a recebe como sua mãe. Alguém pode ter um título, um cargo, uma posição, mas não ser visto com a dignidade que tais posições
merecem. É exatamente isso que acontece em nossos dias, as mães não são vistas como mães. O segredo tem mais um componente: a quem Jesus entregou sua mãe? Ao discípulo a quem Ele amava. Aliás, João era chamado de “Apóstolo do amor”. João precisou da ordem de Jesus, pois ele não era filho de Maria. Como Jesus vê um jovem cristão, que não dá à sua mãe o respeito, a obediência, e o amor que a mãe merece? Nos dez mandamentos temos uma promessa: “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra, que o Senhor Deus te dá”. Aliás, é o único mandamento seguido de uma promessa.
A partir da data que, em um sentido global, o desrespeito pelos pais começou, a terra também começou a ser tirada dos homens. Hoje em dia, não se fala em outro assunto que não seja o movimento acelerado do planeta em direção à destruição. Deus está tirando o planeta de nós. Se não respeitamos nem as nossas mães, como respeitaríamos o planeta, a casa onde moramos? Para finalizar, celebremos as nossas mães! E a forma correta é esta: Humilhemo-nos diante dela em todas as situações, e celebraremos, dia a dia, de modo correto. Aquele que obedece a sua mãe, pode estar certo, Deus lhe dará dias felizes nesta terra. Comece hoje a ser feliz.
Encontro de Jesus com a mulher cananeia Marinaldo Lima, pastor, colaborador de OJB Em certa ocasião, Jesus Cristo viajou Para uma região mais distante da Judeia. Foi para as terras de Tiro e Sidon Onde foi encontrado por uma cananeia. A mulher, que morava naquelas cercanias, Não deixou de aproveitar a grande oportunidade. Entendeu que aquela era a sua grande chance E clamou a Jesus, esperando Sua piedade: “Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim. Minha filha está muito endemoniada.” Mas, Jesus, querendo provar a sua fé, Continuou andando; não lhe respondeu nada. Os discípulos, chegando junto do Senhor Jesus Disseram: “Mestre, despede logo esta mulher. Ela vem gritando pelo caminho, atrás de nós.” Realmente foi uma grande prova de fé! Então, Jesus falou para os seus discípulos: “Apenas às ovelhas de Israel fui enviado.”
A mulher, persistindo na sua grande firmeza, Não desistiu, mesmo ouvindo aquele recado. Humilde, ela chegou aos pés de Jesus Cristo; Determinada, pediu: “Socorre-me, Senhor!” Então, o Mestre deu uma resposta negativa. Provando a fé da mulher, nesse momento falou: “Não é bom pegar o pão que é para os filhos E jogá-los aos cachorrinhos”; assim, Ele respondeu. A cananeia, cheia de fé e grande confiança, Não voltou atrás, não desistiu, não cedeu. Persistentemente, soube buscar a sua bênção E ousada, respondeu ao Senhor Jesus Cristo: “Sim, mas também os cachorrinhos se alimentam Das migalhas que caem; para mim, basta isso.” O Mestre respondeu: “Grande é a tua fé! Como tu desejas, seja agora tudo feito.” E naquela hora, a sua filha foi curada, Pois a fé verdadeira, pode muito em seus efeitos.
6 vida em família
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Gilson e Elizabete Bifano
Linguagens do amor
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uase todos os casais cristãos, de alguma maneira, já ouviram falar em “linguagens do amor”, terminologia cunhada pelo escritor cristão americano doutor Gary Chapman, em seu famoso livro “As cinco linguagens do amor, publicado, no Brasil, pela Editora Mundo Cristão. Chapman popularizou e sistematizou, e isso foi muito bom, o que o psicanalista (também filósofo e sociólogo) alemão Erich Fromm já tinha escrito, na década de 50, no seu livro, “A arte de amar”. Gary Chapman usou a terminologia “As cinco linguagens do amor”; Erich Fromm, se apropriando de um estilo filosófico, tinha usado, em seus escritos, a expressão “Símbolos do amor”. Ambos os autores foram importantes para compreendermos o amor.
Chapman nos ensinou, e ainda nos ensina, que o amor deve, acima de tudo, ser demonstrado de forma concreta nas relações humanas. Erich Fromm escreveu mais um tratado sobre amor. Para ele, o amor, como a música, pintura, carpintaria ou exercer a medicina ou engenharia, deveria ser aprendido. Para Fromm, o amor é algo ensinável. Talvez, você já tenha ouvido algum preletor para casais falar que o amor é uma decisão. Esta frase é de Erich Fromm, quando escreveu: “O amor é uma decisão, é um julgamento, é uma promessa. Se o amor fosse só um sentimento, não haveria base para a promessa de amar um ao outro para sempre. Um sentimento vem e pode ir”. Se uma pessoa ama a outra, de verdade, ela não nutre apenas um sentimento, mas
decide amar. Surge aí, então, a grande contribuição do doutor Gary Chapman, quando, como já afirmamos, sistematizou as chamadas “linguagens do amor”. Para Chapman, o amor é demonstrado através de cinco maneiras: Toque físico, tempo de qualidade, palavras de afirmação, presentes e atos de serviços. A demonstração do amor, através do toque físico, se dá, como o próprio nome revela, através dos abraços, beijos, andar de mãos dadas, do carinho, das massagens relaxantes, do cafuné. Demonstrar o quanto amamos o outro através do tempo de qualidade acontece quando estamos com outro, seja nos passeios ou ao sentar no sofá e ver um filme. Palavras de afirmação acontece no ato de demonstração do amor, quando dirigimos ao outro, palavras
positivas, de encorajamento, ânimo, elogio, que fazem bem às emoções e fortalecem e levantam a autoestima da pessoa. Dar presentes também é uma outra forma de dizermos para o outro o quanto nós o amamos. São aqueles presentes dados ocasionalmente, em datas especiais. São presentes, não muito caros, mas também aqueles que representam um pouco de sacrifício em nosso orçamento. Podemos demonstrar que amamos o outro através dos atos de serviços. Isso se dá quando ajudamos através de algo, da participação nos afazeres e, como o próprio nome diz, nos serviços. O grande desafio, coloca doutor Gary Chapman, não é apenas demonstrar o amor através dessas linguagens, mas também conhecer a linguagem de amor que o ama-
do ou a amada mais se satisfaz e que preenche as suas necessidades de ser amado e, a partir daí, concentrar nesta linguagem, sem esquecer das demais. Os conceitos de Erich Fromn e de Gary Chapman são importantes para o relacionamento na família e no casamento. Mas, o maior tratado de amor está na Palavra de Deus, em I Coríntios 13. Esse amor foi vivenciado, na sua plenitude, por Jesus. Ele não apenas ensinou sobre o amor, mas viveu o amor. Ele é o próprio amor.
famílias. A família de Abraão seria, ao longo da história do povo de Deus, uma benção para as nações. As famílias que amam a Deus acima de todas as coisas devem levar a esperança paras as demais, que estão imersas em crises, conflitos, violência e desesperança. As famílias ao redor do mundo precisam de esperança, precisam conhecer a Jesus, a razão da nossa esperança, que é eterna e não válida apenas para situações desta vida. As
famílias destruídas, falidas e machucadas podem ser restauradas ao conhecerem o Evangelho de Jesus. As famílias cristãs têm a missão de abençoar as demais famílias sendo “sal e luz”. Nossa casa precisa ser um farol, ou seja, um local de direcionamento e um foco de luz na escuridão. Nossa casa deve ser “sal”, isto é, deve ter um estilo de vida feliz e que não se deteriora. As famílias cristãs têm a missão de abençoar as demais famílias até que Ele venha.
Pr. Gilson Bifano é o fundador e diretor do Ministério OIKOS (Ministério Cristão de Apoio à Família). Preletor, escritor e Coach na área de família e casamento. oikos@ministeriooikos. org.br
Famílias que levam esperança Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB
A
s famílias ao redor do mundo enfrentam dias difíceis. Contudo, Deus as ama, por ser Seu projeto, e assim conta com as famílias cristãs para que as demais sejam alcançadas e abençoadas. Deus nos deu uma família para desfrutarmos do convívio dos relacionamentos, cuidarmos uns dos outros e para espalharmos
o Evangelho. Uma família cristã saudável terá o prazer de fazer da sua casa uma Igreja, ou seja, um local de adoração, uma casa e oração, que cultua e celebra o Senhor. Uma casa que ora por famílias em crise e conflitos, que ama missões e ora pelos missionários espalhados pelo mundo. Casa que se dispõe para acolher e abençoar outras vidas. Para Abraão, a chamada missional de Deus para ele ser uma benção estava rela-
cionada com a formação de uma nação que representasse o Senhor diante das demais famílias. Abraão, nosso pai na fé, foi chamado para viver pela fé e para formar famílias que serviram a Deus ao longo da história. Deus disse: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem, em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). A chamada de Abraão continha a proposta de que essa nação seria uma benção para as
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missões nacionais
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Casa Viver, em Costa Barros - RJ, completa um ano levando a escolha pela vida
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á um ano, Missões Nacionais dava mais um passo em direção à prevenção do uso de drogas entre crianças e adolescentes. Após o lançamento do Viver - Programa Nacional de Prevenção ao Uso de Drogas -, a comunidade de Costa Barros, uma das mais violentas do Rio de Janeiro, recebeu a Casa Viver, um lugar onde crianças poderiam encontrar refúgio, amparo e aprendizado de boas escolhas para a vida. A Casa, que nasceu através de uma parceria da Primeira Igreja Batista de Costa Barros com Missões Nacionais, atende, atualmente, mais de 100 crianças e adolescentes, de terça a sábado, sob a coordenação do casal de missionários pastor Raone e Laíse Félix. O cuidado diário com elas inclui aulas de reforço, inglês, esportes, balé, música e discipulado. A assistência se estende também às famílias, que recebem doações e participam de palestras educativas. A missionária Laíse Félix compartilhou algumas das conquistas do primeiro ano da Casa Viver. “Uma grande conquista nossa durante esse primeiro ano é a relevância na co-
Casa Viver completa um ano
munidade. O projeto tem sido muito bem visto na comunidade pelos moradores; crianças que sabem do projeto querem entrar e pedem vaga. Outra conquista é o envolvimento da PIB de Costa Barros, que tem sido uma grande parceira. Eles têm testemunhado que a Igreja tem sido muito avivada através dessa participação. O crescimento no envolvimento dos voluntários é mais uma conquista. No início, as pessoas tinham medo de ir e hoje temos pessoas doando seu tempo, além de Igrejas parceiras
Leandro é uma das crianças assistidas pelo Projeto
que têm nos ajudado muito”, contou Laíse. Durante o ano de atividades, a Casa Viver já pôde vivenciar a transformação provocada na vida das crianças e suas famílias. Alguns exemplos são Leandro, de 12 anos, que chegou ao projeto semianalfabeto e após as aulas de reforço já sabe ler e escrever, e Júnior, de 13 anos, que após os aprendizados na Casa recebeu Cristo como Salvador, batizou-se e mostrou o desejo de ser missionário. “Queremos agradecer a Deus por tudo que Ele tem
feito no projeto. Muitas crianças já entregaram a vida ao Senhor, muitas estão sendo discipuladas, outras vão ser batizadas. Isso tudo é fruto do que Deus tem feito ali em Costa Barros. A gente louva a Deus pelos parceiros, pelas Igrejas e pessoas que estão participando com a gente, que têm orado e investido financeiramente e com suas próprias vidas. Se não tivéssemos essas pessoas não teríamos condições de fazer o que a gente tem feito. A gente ora para que muitas outras pessoas sejam despertadas para contribuir. ”
Comemorar um ano da Casa Viver é comemorar a vitória sobre as drogas e outras más influências que tentam alcançar nossas crianças e adolescentes. Nosso desejo é avançar ainda mais no cuidado das nossas crianças e na prevenção ao uso de drogas, com a conscientização de uma escolha certa junto de Cristo. Contamos com o envolvimento do povo Batista brasileiro neste projeto! Seja um parceiro da Casa Viver! Acesse: <https://www.atos6.com/ missoesnacionais/projetos/ raone-e-laise-menezes>.
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Dia Nacional do Embaixador do R dos 70 anos da Organiza
Redação OJB
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erca de 400 meninos, de 38 Embaixadas, compareceram ao Centro Batista Brasileiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, para participarem do Dia Nacional do Embaixador do Rei, comemorado no dia 26 de agosto. A programação também deu abertura às comemorações de 70 anos da Organização no Brasil. Durante o dia, os Embaixadores também participaram de provas na modalidade bíblica (Conhecimento Geral da Organização, Conhecimento Geral da Bíblia, Livro Sempre Embaixador, História dos 70 anos* e II Coríntios) e esportiva (Dama, Dominó, Xadrez e Futebol de Botão). A premiação contemplou os meninos que ficaram entre o primeiro e quinto lugar. Quem conduziu toda a programação foi o pastor Felipe Oliveira, relator da comissão
do Sítio do Sossego. Na ocasião, o novo coordenador do Departamento Nacional de Embaixadores do Rei (DENAER), Fabiano Lessa, também foi apresentado e levou uma palavra de gratidão aos presentes no evento. Um dos momentos mais aguardados em programações dos Embaixadores do Rei é o momento cívico. E quem teve a oportunidade de realizá-lo foi a Embaixada da Igreja Batista do Sarapuí, em Bangu - RJ. Os meninos conduziram as bandeiras e declamaram os compromissos da Bandeira Nacional, Bandeira Cristã e também dos Embaixadores do Rei. Um momento marcante para a garotada, que, em alta voz, entoou o hino 439 CC, “Oração pela Pátria”. Pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira (CBB) também participou da solenidade e emocionou-se, ao lembrar da sua época
como Embaixador do Rei, na adolescência, e compartilhou algumas de suas histórias dos acampamentos. A parte musical da festa ficou por conta da Banda Atitude, que animou a galera ao som de “Os anjos Te louvam”, do cantor Eli Soares, e “Eu vejo a glória”, de Fernanda Brum. O preletor na ocasião foi o pastor Samuel Moutta, gerente Executivo de Missões da Junta de Missões Nacionais (JMN), que falou com base em Atos 9.15. O culto contou também a presença de John Hatton, acompanhado de sua esposa Mônica. Ele é filho de William Alvin Hatton, pioneiro e um ícone do trabalho dos Embaixadores do Rei no Brasil. Em sua fala, orientou os garotos a sempre buscarem ao Senhor: “Nós servimos ao maior Rei do universo. Nós temos o melhor e mais forte herói do universo. Nossa vida é uma aventura com o Rei do
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Rei abre comemorações ação no Brasil
Fotos: Lucas Tavares
universo. Ele não conta tudo pra a gente, não sabemos o plano de Deus para nós. Só faremos a vontade de Deus se O buscarmos na Palavra (Colossenses 3.16). O importante não é fazermos para sermos aplaudidos, mas porque Deus está vendo”, encerrou William. Agenda para as comemorações de 70 anos Janeiro - ANVER-SS/2018 - Acampamento Nacional de Verão de Embaixadores do Rei no Sítio do Sossego. Para mais informações, acesse: www.anverss.com / Facebook: Denaer Brasil / Facebook: Anver SS 25 de agosto - Comemoração dos 70 anos dos ERs no Brasil. Atenção! Outros eventos alusivos aos 70 anos da Organização serão realizados, mas ainda não foram definidos por completo.
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“Fazer parte dos Embaixadores do Rei foi muito importante para minha vida, pois aprendi a ler a Bíblia, a buscar mais de Deus, porque tinha que dar o exemplo para os meninos. Nunca enfrentei preconceito por parte dos meninos ou da liderança local e nacional, mas alguns líderes não me aceitavam; no início fui barrada em alguns eventos e locais.” - Dona Jória Araújo, 78 anos, membro da Segunda Igreja Batista de Mesquita - RJ, uma das primeiras conselheiras dos Embaixadores do Rei no Brasil - atua há aproximadamente 40 anos na Organização. “Tenho o privilégio de ter muitos frutos vindos dos Embaixadores do Rei. Meu chamado aconteceu depois de muitos anos de Embaixador e conselheiro. Muitos embaixadores que liderei hoje são pastores. Precisamos ter visão missionária da Organização para incentivar esses meninos. Temos a oportunidade de servir ao Rei Jesus e colher os resultados (João 15.16). Primeiro somos escolhidos, depois nomeados e, por último, enviados.” - Pastor Milton Viana, conselheiro da Embaixada Heraldo Carvalho de Souza, membro da Segunda Igreja Batista de Rio das Ostras - RJ. “Hoje estou pastor, mas sou Embaixador do Rei. Há 51 anos a Organização tem feito a diferença na minha vida!” - Pastor Nivaldino Cipriano, membro da Segunda Igreja Batista de Irajá - RJ.
“Tive o primeiro contato com os Embaixadores do Rei na PIB Turiaçu, com oito anos, mas depois parei de ir e, em 2014, fui em um Congresso no Sítio do Sossego. Lá eu pude conhecer mais sobre Deus e sobre os Embaixadores do Rei. A Organização me ensinou como devo me portar como cristão e homem de Deus. Agradeço muitos aos meus conselheiros. Hoje eu não sou apenas liderado, mas ajudo. Meu desejo é ser conselheiro também e missionário. E minha visão vai além da Organização. Os adolescentes da minha localidade precisam do Amor de Deus e o meu papel é cumprir a ordem do Rei.” George Alexandre, 18 anos, membro da Primeira Igreja Batista Nova Jerusalém - RJ, integrante da Embaixada pastor Otoniel Maximiniano Nazaré.
“A importância dos Embaixadores do Rei na minha vida é grande e vejo que continua mudando a vida de muitos meninos. E as técnicas não estão defasadas, como muitos líderes dizem. Continuamos com a mesma forma de atuação, mas estamos atualizados na era digital.” - Cristiane - integrante da Embaixada Rubens Silva, membro da Igreja Batista Central em São João de Meriti – RJ. “Que todos os pastores e conselheiros olhem para a Organização. Meu desejo é que todas as Igrejas Batistas realizem esse trabalho em suas Igrejas locais. Que os irmãos se posicionem para resgatar esses meninos para a Obra de Deus. Participem!” - Romeu de Jesus Pires, conselheiro missionário dos Embaixadores do Rei, trabalha com a missão de reativar e organizar Embaixadas, membro da Primeira Igreja Batista de Nova Iguaçu - RJ
“Eu gosto dos Embaixadores do Rei, lá eu jogo bola, faço prova de Bíblia. Meu irmão foi e depois eu fui também.” - Mateus, 7 anos, membro da Igreja Batista Sarapuí - RJ “Quero parabenizar a todos os Embaixadores presentes no evento e desejar que Deus abençoe a cada um.” - Magno Batista da Silva, membro da Igreja Batista Central de São João de Meriti - RJ
“Nossa Embaixada é recente, mas conseguimos levar 15 meninos no evento no Centro Batista. Temos trabalhado a educação física, mental e espiritual e, dessa forma, temos alcançado os pais e a família. A maior dificuldade que temos hoje é buscar os meninos nas comunidades todo fim de semana.” - Oseias Campos, integrante da Embaixada Pastor Ouvidio Rodrigues Santos, membro da Igreja Batista Benfica - RJ.
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Terceira Igreja Batista de Macaé - RJ comemora Jubileu de Ouro e celebra a grandeza de Deus
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endo como divisa o Salmo 145.3: “Grande é o Senhor e mui digno de louvor; e a sua grandeza inescrutável”, a Terceira Igreja Batista de Macaé - RJ celebrou 50 anos de organização. Subordinados ao tema “Oito noites celebrando a grandeza de Deus que hão de impactar suas vidas”, a Igreja desafiou a comunidade e a sua membresia a participarem de 06 a 13 de agosto, ou seja, de domingo a domingo, de noites memoráveis, onde se via claramente a manifestação da gloriosa presença de Deus em meio ao seu povo. Foram noites e dias emocionantes com a Igreja, que teve o seu templo ampliado com a construção de uma “galeria-relâmpago” para abrigar melhor o povo. Iniciamos nos dias 06 e 07 de agosto, com o pastor Celso F. Martinez, pregando durante a noite e no dia 14, pela manhã, a Igreja serviu churrasco para pastores, famílias e o preletor, falando para mais de 60 pastores e líderes; e no dia 08, foi a vez do ex-presidente da Convenção Batista Brasileira (CBB) e atual presidente da Convenção Batista Fluminense (CBF), pastor Vanderlei Batista Marins, pregar com a sabedoria de sempre. Após o culto, junto com o pastor Cezar A. Duarte (presidente da ABS), pastor Odenildo Bittencourt (presidente da OPBB - Subseção Serramar) e o pastor local, inauguramos uma linda placa celebrativa incrustada na parede frontal do templo. No dia 09, foi a vez do povo ouvir o ex-diretor geral da CBF e atual pastor da Segunda Igreja Batista de Nova Friburgo – RJ, pastor Nilson Gomes Godoy, que, com esmero, nos trouxe a reflexão da Palavra de Deus. No dia 10, foi a noite da juventude, com o jovem e talentoso obreiro, líder da Igreja Batista de Bairro de São João, em São Pedro da Aldeia - RJ, pastor Elildes Junior M. Fonseca, nos abençoar profundamente com a insuperável Palavra de Deus. No dia 11, foi a vez do experiente obreiro,
Coro do cinquentenário foi a grande surpresa da celebração
Comemoração aconteceu durante uma semana
ex-presidente da OPBB e líder espiritual por quase 28 anos da maior Igreja Batista de nossa Convenção, que é a Segunda Igreja Batista de Campos - RJ, pastor Éber Silva, que nos desafiou tremendamente. Nos dias 12 e 13, contamos com a experiência e a competência do diretor geral da CBF, pastor Amilton Ribeiro Vargas, que com muita simpatia e espiritualidade nos impactou profundamente; e, no domingo à noite, fechamos com um dos nossos pastores auxiliares, pastor Maicon Mello Bezerra, que fechou com chave de ouro os nossos abençoados festejos celebrativos. Música das conferências Liderados por esse gigante da música sacra de nossa Igreja, ministro Hélio Júnior, fomos presenteados com todos os corais de Igreja participando dos cultos (Kids Som, Cantai, Rosa de Saron e a surpresa ficou por conta do Coral do Cinquentenário, mais de cem vozes) que lacrou a programação cantando o tão famoso e tradicional, porém, sempre abençoado “The Messiah Hallelujah”, de George Frederic Handel. Ainda contamos todas as noites com a orquestra da Igreja e o famoso Ministério TIBAM. Também tivemos atrações musicais que vieram de fora: Grupo Vacális, Integração, Banda Nova Aurora, Eduardo e Silvana e Marcelo Nascimento. É evidente, amados, que as palavras não traduzem o que
foi essa ousada celebração. Damos graças a Deus pelas vidas de todos os participantes, pelos irmãos que oraram e estarão sempre intercedendo por nós, a professora Miriam Passos dos Santos, que capitaneou a comissão do Cinquentenário, a toda membresia da Igreja e, acima de tudo e sobretudo, a Jesus, Dono, Senhor e legítimo proprietário da Igreja. A Ele, somente a Ele, toda honra e toda glória, todo louvor para todo sempre, amém! Histórico da Igreja Tudo começou em 1965, na campanha nacional de evangelização, acontecida nesse país sob o comando de um dos maiores líderes do século 20, de saudosíssima memória, pastor Rubens Lopes. Embalado por essa empreitada de fé foi que a Primeira Igreja Batista de Macaé se propôs em plantar essa Congregação no, então, discriminado bairro da Aroeira. Dois anos depois, com 37 membros, surgiu a Terceira Igreja Batista de Macaé, após passar por um concílio presidido pelo pastor Edmundo Antunes da Silva, tendo como examinador geral e orador oficial os saudosos obreiros: pastor Daniel Carvalho de Almeida e João Antônio Amorim e mais as participações dos também saudosos pastores: Luis Laurentino da Silva, Henrique Gomes, Afonso Pinto da Silva e Osmar Proença. Dessa data em diante, a Igreja prosseguiu em sua jornada de fé, passando por
Pastor Geraldo Geremias e esposa
algumas turbulências que a levaram a um extremo desânimo, fazendo até com que alguns lideres da época pensassem que deveria voltar a se tornar Congregação, para nascer no devido tempo com mais firmeza, maturidade espiritual e administrativa. Sugestão essa, que foi logo rechaçada por homens e mulheres de fé, propondo-se a enfrentar todas as intempéries e se portar firmemente como verdadeira agência do Reino de Deus. Cinquenta anos depois, a Igreja encontra-se sólida, garbosa, altaneira, sendo reconhecida na cidade como uma verdadeira Betel (Casa de Oração), lugar de cura e libertação de vidas, recebendo inúmeros condecorações pelas autoridades constituídas da cidade como uma das instituições mais relevantes do município, com a denominação entendendo ser ela uma das Igrejas mais participativas do programa denominacional nos aspectos regionais, nacionais e mundiais. A Igreja também se destaca pela sua ampla visão de Reino, pois além de organizar seis outras Igrejas, todas com templos e propriedades próprias e com seus pastores liderando-as integralmente, tem também emprestado
o seu pastor para servir a denominação ao presidir inúmeras vezes a Associação Batista Macaense, hoje Serramar, a ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção Rio de Janeiro, vice-presidência da OPBB e, por quatro vezes, a CBF. Ainda dentro dessa visão, ela permitiu que seu pastor dirigisse interinamente 14 Igrejas e realizasse uns sem números de conferências evangelísticas e familiares no estado do Rio, no Brasil e, até mesmo, fora do país. Nesses 50 anos, a Igreja foi liderada desde sua organização pelos seguintes pastores: Edmundo A. da Silva; Ismael Franco de Oliveira; por três meses pelo missionário Elton Rangel e, a partir de 1971, pelo atual pastor Geraldo Geremias. Hoje, a Igreja conta em seu rol de membros com mais de 800 vidas e, para a nossa alegria, estão militando conosco os seguintes heróis da resistência, que são os membros fundadores: Adeilde Santos da Costa Magalhães, Ângela Francisca Barcelos Henrique, Eli Dutra dos Santos, Eunice da Conceição Berto, Mirian Passos dos Santos, Nicanor Bernardo da Costa, Nilce Castilho da Silva e Selma Barcelos Damasceno.
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missões mundiais
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Botsuana: mãos abençoadas Willy Rangel - Redação de Missões Mundiais
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esenvolvido desde 2014, o projeto Blessed Hands (“Mãos Abençoadas”, em inglês) está alcançando cada vez mais gente em Botsuana e outros países africanos. Com isso, novas portas têm se aberto, seja por premiações que o projeto tem recebido, seja pelas oportunidades de mostrar o Amor de Cristo através de ações que permitam às pessoas ter uma vida digna com geração de renda. Blessed Hands é uma iniciativa que começou quando o casal missionário Roberto e Edna Carmona ainda atuava na cidade de Palapye, interior de Botsuana. Segundo eles, a motivação foi justamente por ver o esforço de muitas pessoas em buscar uma forma de complementar a renda familiar. O projeto não contempla apenas mulheres e não impõe limite de idade, podendo participar desde adolescentes até pessoas na terceira idade. Funciona assim: são realizadas oficinas iniciais de um dia,
Blessed Hands começou em 2014
geralmente com frequência de a prêmios por categorias. Uma comissão avalia e julga 30 pessoas. Já foram realizados sete workshops em diferentes os produtos, concedendo as regiões de Botsuana, alcançan- premiações ao final do evento. “No caso do Blessed Hands, do cerca de 200 pessoas. algumas componentes participaram de duas dessas feiras, Premiações e expansão uma na região central e outra internacional O casal Carmona explica na capital, sendo que em amque, em contexto nacional, bas foram premiadas com o o governo de Botsuana tem 1º, 2º e 3º lugares com seus posto em prática ações que produtos, recebendo prêmios visam à erradicação da pobreza em dinheiro que chegam ao paralelamente a programas de valor do salário mínimo local”, incentivo ao empreendedoris- conta Roberto Carmona. Segundo o missionário, essa mo. E uma dessas iniciativas governamentais é a realização premiação possibilitou a parde feiras regionais, onde pes- ticipação em outro evento, soas e instituições concorrem não governamental, chamado
Feira do Consumidor, no qual as empreendedoras do Blessed Hands receberam dois espaços de exposição, onde foram premiadas com o 1º e o 2º lugares no quesito apresentação/exposição/disposição dos produtos. Em 2016, o projeto foi apresentado durante a conferência anual das mulheres Batistas do sul da África, realizada no Malauí, onde a missionária Edna Carmona expôs os produtos para um público de cerca de 400 pessoas. Em 2017, o encontro aconteceu em Zâmbia, onde cerca de 500 mulheres Batistas do sul do continente africano estiveram presentes; ali, o Blessed Hands foi citado como um programa de incentivo às mulheres Batistas de Botsuana. “Muitas irmãs demonstraram interesse pelo projeto, e tivemos dois contatos mais específicos com representes de Quênia e Zâmbia. Firmamos um compromisso de oração pela possibilidade de iniciar o programa nesses dois países”, diz Edna. “Estudos bíblicos inspirativos e momentos de confraternização foram especiais e proporcionaram o início
de muitas amizades e compromisso de oração”, completa a missionária sobre o evento em Zâmbia. Sobre o projeto, os missionários manifestam sua gratidão a Deus pela oportunidade de sinalizar o Reino através de uma estratégia como o Blessed Hands, uma vez que muitos dos participantes não são convertidos e poucos frequentam alguma Igreja. “Nós sempre iniciamos nossas aulas com estudo da Palavra e oramos juntos”, ressalta Roberto Carmona, segundo quem já é possível perceber que muitas dessas pessoas sentem-se valorizadas por aprender a Palavra e também por descobrir que são capazes de produzir algo que antes não imaginavam que pudessem fazer com suas mãos abençoadas. “Um dos maiores desafios é acompanhar e discipular essas pessoas para que elas se firmem em sua caminhada com Cristo. Outro desafio é fazer com que elas se desenvolvam de maneira sustentável e encontrem um espaço no mercado para vender seus produtos”, conclui Edna.
Ucrânia nos 500 anos da Reforma Anatoliy Shmilikhovskyy - Missionário especial na Ucrânia
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Europa está passando por um doloroso processo de transformação. Por um lado, os clubes europeus de futebol estão batendo os recordes em compra de jogadores, por outro, a miséria está batendo as suas portas mais e mais. Em pleno século XXI, ninguém estava pronto para a vinda de milhões de refugiados árabes e africanos, ou uma guerra híbrida provocada pelo presidente russo no coração da Europa. Aparentemente, a economia europeia está crescendo, mas não leva à diminuição do volume dos problemas econômicos e sociais. Pelo contrário, tudo indica que o continente europeu está passando pelo momento mais crítico em sua história após a Segunda Guerra Mundial. Dentro deste contexto, justamente agora, em 2017, quando celebramos os 500 anos da
Reforma Protestante, não se discute a grandeza dos efeitos que esse evento histórico teve sobre os povos europeus e no mundo. Porém, temos percebido uma triste tendência, onde aqueles países que mais se beneficiaram da Reforma estão se distanciando mais de seus valores, e aqueles povos que ficaram longe da Reforma querem vivê-los agora. E a Ucrânia faz parte do segundo bloco. Morando na Ucrânia, não posso falar em nome de todo mundo. Mas aqui no nosso contexto, algo sobrenatural está acontecendo. Historicamente, estamos sob a influência da Igreja Ortodoxa Oriental, que não permitiu que os conceitos reformadores ocidentais chegassem a “suas terras”. Mas como disse antes, estamos em processo de mudanças. Assim, em outubro do ano passado, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, decretou uma lei para a celebração dos 500 anos da Reforma - algo inédito na história moderna do jovem país. Na prática, isso
Ucrânia dedicou 2017 para celebrar os 500 anos da Reforma
significa o seguinte: todas as autoridades locais são obrigadas a promover o aniversário da Reforma em todos os seus níveis. Sabe o que aconteceu em seguida? Várias prefeituras entraram em contato com as Igrejas evangélicas para pedirem a sua ajuda para promover algo relacionado com a R500. Lei é lei e tem que ser cumprida. O governo convidou os evangélicos para celebrar a “sua” data usando também a verba governamental em um contexto ortodoxo. Só Deus mesmo! Para aproveitar bem este momento único, 12 denominações protestantes e evangélicas se uniram para criar o Comitê
da Celebração R500, presidido pelo deputado federal e membro Batista Pavlo Ungurjan. Foram criados oito departamentos estratégicos que fornecem vasto material e recursos que podem servir a qualquer Igreja a celebrar o evento no seu local. Foi criado o site oficial www. r500.ua, onde, além de toda informação necessária, há mais de 70 ideias bem práticas para a celebração. A intercessão começou no dia 01 de janeiro de 2017 e vai até o fim de dezembro, e a cada minuto há alguma Igreja orando e intercedendo em favor da Nação. Assim, os protestantes entraram nas escolas, universidades, presídios, nos meios de comunicação, nas praças e teatros, e muitos outros lugares para falar sobre os Princípios da Reforma. Isso não quer dizer que a gente não fazia isso antes. Sim, até 2017 já existiam vários projetos missionários que alcançavam o país com o Evangelho. Mas a celebração da R500 trouxe algo mais: o reconhecimento das
autoridades que os valores promovidos pela Reforma podem servir para o bem da Nação ainda hoje. E quando, no dia 17 de setembro, na praça principal do país, se reuniram mais de meio milhão de protestantes, Nick Vujicic, em nome de cada crente falou: “Jesus Cristo é a nossa única esperança”. Como resultado disso, foi decretada outra lei, segundo a qual, a partir de 2018, teremos no nosso calendário oficial o terceiro domingo de setembro como o Dia de Gratidão a Deus. Sim, estamos em um processo doloroso de mudança. Sim, há vários desafios que nos cercam. Sim, a Europa que provocou a Reforma agora está longe dos seus valores e até de Deus. Mas, em Sua infinita sabedoria, Deus tem levantado os países mais fracos e mais pobres para promover uma nova reforma. A verdadeira transformação não depende do país onde vivemos, mas do coração quebrantado perante a Cruz de Cristo. Sejamos estes agentes de transformação.
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PIB em Jardim Marilea - RJ realiza festa missionária para comemorar aniversário Foto: Lucas Vellasco
O pastor de Jovens e Adolescentes, José Franco, também é grato a Deus por poder compartilhar desse momento com os irmãos. E para demonstrar seu carinho e sua gratidão a Deus, escreveu os versos que encerram esse momento de louvor e adoração a Deus pelos 13 anos da PIB Marilea.
Texto: Ninah Pinheiro / Revisão: Eduardo Valentim
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ara comemorar o seu 13º aniversário, a Primeira Igreja Batista em Jardim Marilea RJ preparou uma festa para celebrar e agradecer a Deus a data que traz muitas alegrias e motivos de gratidão. Organizada no dia 09 de outubro de 2004, a Igreja sempre cultivou um coração missionário e, neste ano, a festa foi totalmente voltada à promoção de missões. A PIB Marilea adota um projeto em cada continente e está presente com três Congregações (Barra da Estiva - BA; Simplício Mendes - PI; Enseada - RJ), além de ter mais oito projetos adotados no Brasil. Junto, a Igreja agradeceu a Deus pelos aniversários de consagração e de posse do pastor titular e por mil membros alcançados em seu rol, fruto de missões. A festa que celebrou a data aconteceu no dia 07 de outubro, momento muito importante para a Igreja, que tem se levantado em clamor, apoio e está trabalhando para adotar mais projetos no campo, edi-
“São 13 anos de contínua dedicação, Com muito trabalho e pregação, Visando o Reino de Deus em expansão.
Igreja sempre esteve ligada à Missões
ficando cada dia mais a obra do Senhor. Durante todo o dia, os membros e muitos visitantes da localidade, no município de Rio das Ostras - RJ, estiveram intercedendo pelos projetos já abraçados, pelas vidas a serem alcançadas por Cristo e arrecadando ofertas para os campos missionários. No dia 08, os pastores Rafael Antunes, da Primeira Igreja Batista em Casimiro de Abreu - RJ, e Noriedson Figueira, da Segunda Igreja Batista em Barra de São João - RJ, junto com
os diversos coros, orquestras e grupos musicais da PIB Marilea conduziram a Igreja em adoração ao Senhor Jesus. Para o pastor Fabio Martins, titular da PIB Marilea, comemorar mais um ano da Igreja é um momento de grande alegria. “Dia 09 de outubro é uma data muito importante, nessa data comemoro 18 anos de consagração ao Ministério Pastoral, 10 anos como pastor na PIB Marilea e os 13 anos da nossa Igreja. E este ano estamos comemorando mais
de mil membros, louvado seja a Deus por suas maravilhas!”, comentou o pastor. Louvado seja o Senhor pelos 13 anos da PIB Marilea e que muitos anos possam vir para Glória de Deus e expansão do Seu Reino. “Sou grato a Deus que tem nos sustentado e permitido caminhar sempre, e que possamos caminhar muitos anos juntos. Muito obrigado a todos os irmãos que oram por nosso ministério”, disse o pastor Fabio.
Agradeço a Deus, com emoção, De fazer parte deste ministério, que está em ação, E busca servir a Deus, com convicção. A festa missionária, com humildade e dependência, Foi a perfeita comemoração, Separada por Deus para que pudéssemos demonstrar nossa devoção. De servi-Lo com gratidão, Acolhimento e satisfação, E desta forma cumprir a nossa missão.”
PIB em Conrado - RJ festeja Dia das Crianças com tarde recreativa e evangelística Paulo Santana, membro da Primeira Igreja Batista em Conrado - Miguel Pereira - RJ
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Primeira Igreja Batista em Conrado, que tem como pastor Renato Silva de Oliveira, realizou, no dia 07 de outubro, uma tarde recreativa e evangelística para as crianças da comunidade de Conrado, 3º Distrito do município de Miguel Pereira - RJ. A programação ocorreu das 14h às 17h30min e reuniu o total de 80 crianças. A irmã Maria Aparecida, responsável pelo departamento infantil, foi quem esteve à frente do evento, porém, toda Igreja se envolveu, tanto
Programação teve a reverência como tema central
na doação de lanches, tempo, como intercessão. A programação contou com a presença dos “Bonecos da Alegria”, que ajudaram nos cânticos, gincanas e no ensinamento principal: “Reverência na Casa de Deus”.
Baseado em Mateus 21.12-13 e Eclesiastes 5.1, o comportamento durante o culto foi o tema central. Por exemplo, as crianças aprenderam que devem fazer silêncio durante a leitura e explicação da Bíblia, evitar conversas, lanches e
“Bonecos da Alegria” fizeram a festa da criançada
idas ao banheiro durante o culto. Foi enfatizado que a Casa de Deus não é lugar de comércio, mas um local sagrado, onde nos reunimos para, juntos, louvar e engrandecer a Deus por tudo o que Ele é.
Após a oração final, lanches e brindes foram distribuídos para os nossos pequenos. Tudo ocorreu como sempre, para a Glória de Deus. Esperamos, em breve, conhecer os frutos de ver as crianças sempre na Casa de Deus.
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OBITUÁRIO
Tombou mais um príncipe: doutor Joais Azevedo Batista (21/07/1960 - 13/05/2017) Salvador Soler, pastor da Igreja Batista Nova Aliança - Vila Guilhermina -SP, professor, escritor, conferencista “Não Sabeis que hoje caiu em Israel um príncipe e um grande?” (II Samuel 3.38b)
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screvo algum tempo depois de sua partida, mas não poderia deixar de fazê-lo, porque homens como o doutor Joais, honesto, servo na causa do Mestre, educado, com uma vida de integridade, de caráter cristão, exemplo de dedicação a Deus e ao próximo, é daqueles que deixam marcas indeléveis nas vidas que com ele conviveram.
Viveu para atender de modo magistral os seus clientes. Na música, cantou no Coro, nos conjuntos, sempre com a finalidade de adorar a Deus através de sua voz privilegiada. Éramos membros da mesma Igreja, Primeira Igreja Batista do Brás. Lembro-me de sua postura em servir a Jesus e ao necessitado e cabe Gálatas 2.20, que diz: “...Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a Si mesmo se entregou por mim”. O culto de despedida foi como um reflexo de sua carreira cristã, pois seu magne-
tismo pessoal e o brilho de seu testemunho atraíram tanto no templo quanto no cemitério, centenas de pessoas, entre pastores e diversas Igrejas, diáconos, cantores, musicistas e membros que com ele conviveram e desejaram prestar-lhe as honras de um príncipe e o reconhecimento de um servo exemplar. Só o que nos consola é saber que, na verdade, o perdemos momentaneamente, pois um dia estaremos lado a lado, quando juntos continuaremos a servir ao nosso Deus. Por tudo isso, dele se pode também afirmar: “Que depois de morto, ainda fala.” (Hb 11.4)
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ponto de vista
Falha divina ou prepotência humana? Antonio Pirola, pastor, colaborador de OJB “Eu nasci em um corpo errado, eu vou consertar o que tem conserto” (Ivana).
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livro sagrado dos cristãos diz que Deus criou o homem e a mulher, cada qual com o seu sexo, instituiu o casamento monogâmico e ordenou a procriação da espécie humana (Gênesis 1.18-22; 27-28). Ao final do relato de toda criação foi emitido o certificado de qualidade: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gn 1.31). Entretanto, um dos princípios da revolução cultural comunista é dar voz à serpente e afirmar que não existe verdade, tudo é relativo e Deus deve ser questionado. A novela global “A força do querer” é um exemplo disso. Em um de seus capítulos foi possível perceber claramente a base ideológica que pauta tudo que se faz na emissora. A personagem Ivana, que representa uma jovem transexual, disse, pelo menos, dez frases cuidadosamente esculpidas pelos autores da novela, para dar a entender que não existem valores absolutos, e que o transexual é uma vítima da natureza ou dos erros de Deus. [1] É preciso ficar atento para o que realmente está acontecendo. O objetivo da novela não
é apenas prestar um serviço social ou ajudar no combate ao preconceito. Na verdade, trata-se de uma forte campanha de erotização e transformação sexual de adolescentes e crianças que ocorre simultaneamente em outras partes do mundo. Uma notícia recente relata que na Austrália a justiça concedeu uma autorização absurda para que uma criança de cinco anos seja submetida à cirurgia de mudança de sexo. [2] Aqui no Brasil, há parlamentares fortemente empenhados para aprovação de leis que autorizem esse tipo de cirurgia em crianças. Um deles é o deputado Jean Wyllys, autor do projeto de lei PL 5002/2013, que prevê cirurgia de mudança de sexo em crianças, mesmo sem o consentimento dos pais ou responsáveis. O portal O Globo tentou desmentir, mas não convenceu. [3] Fato é que, diante disso, cada vez mais pessoas estão sendo estimuladas a trocarem de sexo e ir contra os padrões biológicos próprios do ser humano. Nesse contexto, duas importantes áreas das ciências humanas estão sendo usadas como instrumento das politicas de gênero: a medicina e a psicologia. A primeira como estratégia de expansão, e a segunda, de restrição. Ou seja, as cirurgias de sexo estão sendo incentivadas e facilitadas de todas as maneiras; por outro lado, o atendimento psicológico sofre grandes res-
trições, principalmente se for ao sentido de oferecer ajuda ou orientar um caminho alternativo à mutilação física. [4] Com relação às cirurgias de mudança de sexo em pessoas adultas realizadas no Brasil, há informações do Ministério da Saúde que até 2014 foram realizados 6.724 procedimentos ambulatoriais e 243 procedimentos cirúrgicos em quatro serviços habilitados no processo transexualizador no SUS. [5] Recentemente, um famoso jornal britânico (“The Telegraph”) entrevistou o doutor Miroslav Djordjevic, um renomado especialista em cirurgia genital reconstrutiva, que atende na Sérvia e em Nova York. Ele criticou severamente essa conduta, e também a realização de tratamentos hormonais para mudança de sexo das crianças. Ele afirma que a cirurgia de reversão e o arrependimento das pessoas transgênero são um dos temas mais polêmicos. Segundo ele, a maioria dos pacientes que o procuram, para reverter a sua mudança de sexo, sofre de altos níveis de depressão e pensamento suicida (grifo nosso). [6] O jornal também relata que James Caspian, psicoterapeuta que atende pessoas transexuais, propôs a realização de um estudo, que foi originalmente aprovado pela Bath Spa University, na Inglaterra. Ele compilou achados preliminares que apontavam que há cada vez
mais jovens, especialmente mulheres, que se arrependem de ter realizado a mudança de sexo (grifo nosso). [7] Enfim, com base nos dados levantados até o presente momento, não há base científica que apoie a ideia de que a cirurgia de mudança de sexo seja o procedimento correto para lidar com o fenômeno da transexualidade. Partir do princípio que Deus falhou é pura prepotência. Paulo, porém, já havia nos alertado sobre esses tempos e eu acredito que eles chegaram: “Pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios.” (II Tm 3.2). Referências: [1] UOL. “Nasci mutilada”: dez desabafos da revelação de Ivana em “Força do Querer”. Disponível em: https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ redacao/2017/08/29/nasci-mutilada-dez-desabafos-da-revelacao-de-ivana-em-forca-do-querer.htm. Acesso em: 09 out. 2017. [2] JM NOTÍCIA. Na Austrália, menino de 5 anos é autorizado pela justiça a fazer mudança de sexo. Disponível em: http://www.jmnoticia. com.br/2016/12/07/na-australia-menino-de-5-anos-e-autorizado-pela-justica-fazer-mudanca-de-sexo/. Acesso em: 10 out. 2017. [3] AMORIN, Diego. Mi-
nistra pede aprovação de lei que libera mudança de sexo em crianças sem autorização dos pais?. http://blogs.oglobo.globo.com/eissomesmo/ post/ministra-pede-aprovacao-de-lei-que-libera-mudanca-de-sexo-em-criancas-sem-autorizacao-dos-pais.html. Disponível em: 10 out. 2017. [4] PIROLA. Antonio Luiz Rocha. Juiz Federal corrige distorção que violava a liberdade científica do psicólogo e o aprofundamento dos estudos na área de sexualidade. Disponível em: https:// tompirola.jusbrasil.com.br/ artigos/501818032/juiz-federal-corrige-distorcao-que-violava-a-liberdade-cientifica-do-psicologo-e-o-aprofundamento-dos-estudos-na-area-de-sexualidade?ref=feed. Acesso em: 09 out. 2017. [5] BRASIL. Cirurgias de mudança de sexo são realizadas pelo SUS desde 2008. Disponível em: http://www. brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/03/cirurgias-de-mudanca-de-sexo-sao-realizadas-pelo-sus-desde-2008. Acesso em: 09 out. 2017. [6] ACIDIGITAL. Cada vez mais pessoas se arrependem de mudança de sexo, mas censuram estudos. Disponível em: http://www.acidigital. com/noticias/cada-vez-mais-pessoas-se-arrependem-de-mudanca-de-sexo-mas-censuram-estudos-84189/. Acesso em: 09 out. 2017. [7] Ibidem ACIDIGITAL, 2017
Perigos das oportunidades Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “Uma tarde, levantou-se Davi de seu leito, e andava passeando no terraço da casa real; daí viu uma mulher que estava tomando banho; era ela mui formosa.” (II Sm 11.2)
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e forma geral, vemos as oportunidades como algo bom e desejável, e, elas, quando bem utilizadas, o são. Entretanto, quando as distorcemos de seus princípios bons, podem
se transformar em perigos. Destaco a seguir como elas tornam-se perigosas para nossa vida espiritual, ou seja, nosso relacionamento com Deus: Ao nos permitirmos a ociosidade, quando deveríamos estar a serviço do Reino de Deus, estaremos nos expondo a tentações inerentes desse estado, tipo: aplicar nossos olhos, ouvidos e fala em coisas que não coadunam com um cristão. Temos, hoje, em nossas mãos, poderosas ferramentas que nos oferecem, online, todo tipo de indu-
ção ao pecado. Temos até cultos, pregações, louvores transmitidos via internet ou TV, que eu não tenho nada contra, desde que isso não se torne uma oportunidade para não irmos aos cultos da Igreja que compomos, de deixarmos em falta os nossos compromissos dos ministérios que ocupamos, de orarmos, de ouvirmos a Palavra, de recebermos o que nosso pastor preparou, de testemunharmos ao mundo a alegria que temos em estar na Casa de Deus. Nisso está a ociosidade, e, nela, os perigos das
oportunidades. “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestação, tanto mais quanto vedes que o dia se aproxima” (Hb 10.25). Nas oportunidades, também podem estar perigos para as nossas próprias famílias, quando, ao abraçá-las de forma plena, deixamos de cumprir nossos deveres de pais, esposos, esposas e filhos. Mais do que nunca, temos vivido um tempo de falta de comunicação, afeto, amor e paciência nas famílias. Nossos jovens têm se
sentido solitários e sem orientação dos pais, carentes de serem ouvidos e acalentados; recebem diversos “presentes” que, muitas vezes, tornam-se armas mortíferas contra eles. Muitos têm visto cachorros e gatos (nada contra esses) recebendo a atenção e o carinho que eles não têm. Davi, em sua ociosidade, foi envolvido por esses tipos de oportunidades, e recebeu severa correção de Deus. Leia o capítulo 12 de II Samuel. Veja se não tem sido ocioso em sua vida espiritual. Cuidado com as oportunidades!
o jornal batista â&#x20AC;&#x201C; domingo, 05/11/17
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