OJB Edição 46 - Ano 2014

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 16/11/14

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

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Ano CXIV Edição 46 Domingo, 16.11.2014 R$ 3,20

Foto Izabela Silveira

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o jornal batista – domingo, 16/11/14

reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Othon Oswaldo Avila Amaral (Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio

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Dia de Educação Teológica

s Igrejas Batistas que compõem a Convenção Batista Brasileira (CBB) celebram neste domingo o Dia da Educação Teológica. Nós, os Batistas, temos nos notabilizado pela constante busca de um excelente preparo de líderes, tanto espiritual, como teologicamente. Nesta direção, há cotidianamente um trabalho voltado para que todos os vocacionados possam ter acesso a este preparo espiritual e teológico. Esta afirmativa pode ser comprovada quando observarmos o surgimento das primeiras casas de preparo teológico da denominação, que já ultrapassam mais de um século de organização. De lá para cá, das duas primeiras, dezenas de outras foram organizadas de forma tal que todos possam ter acesso ao Programa de Formação Teológica. Como Convenção, as igrejas sempre estiveram envolvidas através da elaboração de uma filosofia em que se define o conceito, as normas e as diretrizes da Educação Teológica, como podemos ver a seguir. A educação teológica e ministerial visa à formação especializada de pessoas vocacionadas para dedicarem suas vidas à Obra do Senhor na igreja, na denominação e no munO Jornal dos Batistas • Amados irmãos, sou leitor e colaborador de O Jornal Batista há muitos anos. Tenho tido o privilégio de poder escrever e ver editados diversos artigos meus ao longo de quase 30 anos. O primeiro artigo foi autorizado pelo pastor Reis Pereira, quando diretor deste Jornal. Por algum motivo, não consigo ficar sem ler o Jornal dos Batistas (permitam-me denominá-lo assim). É um veículo de grande valor para nós. Faz-nos sentir próximos uns dos outros, nos anima a cooperarmos e a continuar-

do. Deve ser cristocêntrica, bibliocêntrica e oferecer aos vocacionados a oportunidade de aperfeiçoamento de suas atitudes, habilidades e ações, inspiradas no exemplo de Jesus Cristo. A Convenção assume o papel de estabelecer as normas e diretrizes das instituições teológicas a ela vinculadas, zelando pela excelência da qualidade de ensino e do seu resultado. Estas diretrizes estabelecidas na Filosofia de Educação Teológica da Convenção dizem respeito a estabelecer como objetivo do Programa de Educação Teológica e Ministerial, a visão acadêmica de estímulo à pesquisa e aprofundamento intelectual; participação na vida denominacional; interesse prático; e fidelidade à Bíblia, às doutrinas e princípios dos batistas. Assim como promover e estimular o ensino teológico, tendo em vista o preparo dos obreiros, respeitando a diversidade de dons e vocações. E, diante dessa diversidade, oferecer gratificação para pastores, evangelistas, músicos, educadores religiosos, docentes e habilitações para ministérios de áreas diversas, a fim de atender às necessidades das igrejas, da obra missionária e das instituições denominacionais.

Por reconhecer a importância da Educação Teológica e Ministerial e a necessidade de seu desenvolvimento, a Convenção busca estimular e apoiar o surgimento de projetos, programas e a constituição de fundos que visem à formação de docentes, mestres e doutores capazes de atender à variada demanda do magistério teológico, ministérios especiais e produção de literatura no campo teológico e ministerial. Busca-se também incentivar pastores e igrejas a serem cuidadosos na recomendação de candidatos aos seminários; a se envolverem em programas de apoio, sustento, educação e treinamento de vocacionados; a cultivarem o compartilhamento do discipulado, visando à formação de um ministério forte e dedicado ao trabalho cristão. Estimula, dessa forma, as instituições teológicas, os pastores e as igrejas a se desenvolverem e realizarem programas de estágios, visando à formação prática do estudante, a partir de experiências concretas nos diversos ministérios das igrejas e dos pastores. A Bíblia ensina existirem ministérios variados. A Convenção, em consequência, tem como responsabilidade desenvolver programas que confrontem pessoas com a chamada

de Deus e as eduquem , treinem e reciclem para que se dediquem a esses ministérios, incentivando as igrejas ao seu aproveitamento, reconhecendo o valor do ministério pastoral e outros para sua edificação e crescimento; a sustentarem dignamente os seus ministérios, a valorizarem o ideal de um ministério de dedicação integral, a manterem bom relacionamento com seus pastores, preservarem a ética do ministério pastoral e outros ministérios; motivar as igrejas para que participem do sustento dos vocacionados, de sua educação, preparação e seu treinamento prático, reconhecer que a vocação é dada por Deus para o cumprimento do seu propósito eterno na história, em face das necessidades do mundo. Reconhecer também o ministério de crente, também chamado para servir na obra cristã, e, por essa razão, incentivar e apoiar programas de ensino, de discipulado e treinamento para sua capacitação em todas as áreas do serviço cristão. Celebremos, pois, com alegria e gratidão, ao Deus que chama vocacionados para o seu serviço e, principalmente, roguemos ao Senhor que novos vocacionados sejam despertados. (SOS)

Jornal. Talvez, porque, com algumas dificuldades por causa da saúde, eu não consiga mais frequentar tantas igrejas e reuniões quanto ed frequentava antes, e o Jornal ito r@ tem trazido a presença de ba tis irmãos queridos até o meu ta s coração. .co m Deus abençoe a equipe que trabalha para que O Jormos cooperando, faz-nos mesma essência, a da mente nal Batista seja uma realidade semanal em tantos lares e “passear” e tirar grandes pro- do Senhor Jesus Cristo. Ultimamente tenho me Igrejas Batistas. Tenham cerveitos de pensadores diferentes de nós, porém, com a alegrado muito com o nosso teza de que vocês tornam realidade algo que é de grande valor para nós leitores. As mensagens enviadas devem ser concisas e identificadas (nome com-

Ca do rtas s le ito res

pleto, endereço e telefone). OJB se reserva o direito de publicar trechos. As colaborações para a seção de Cartas dos Leitores podem ser encaminhadas por e-mail (editor@batistas.com), fax (0.21.2157-5557) ou correio (Caixa Postal 13334, CEP 20270-972 - Rio de Janeiro - RJ).

Dinelcir de Souza Lima, pastor da Igreja Batista Memorial de Bangu - RJ


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Manoel de Jesus The, colaborador de OJB

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or que você está assim tão triste, ó minha alma? Por que está assim tão perturbada dentro de mim?”. Por duas vezes o rei Davi faz essa pergunta no Salmo 42. Fico surpreso de como é antiga essa pergunta e, ao mesmo tempo, tão atual. O existencialismo é uma filosofia que tenta resolver essa adversidade. Todas as tentativas humanas para resolver a crise da alma terminam em fracasso, e mais, torna pior a dificuldade. Davi tem a resposta, mas os homens não a desejam, pois, pecadores como somos, preferimos satisfazer o nosso orgulho e ostentarmos a nossa independência de Deus. Davi respon-

Eusvaldo Gonçalves dos Santos, membro da Igreja Batista Ebenézer de Americana – SP

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m determinado pastor estava certo de que conhecia Deus, pois já havia pregado em muitos lugares, havia alcançado status como conferencista, era considerado um ministro de sucesso. Estava envolvido em obras de alcance mundial, havia participado de fundação de grandes igrejas, era considerado um grande homem de Deus. Certo dia, fora convidado por um colega para pregar em sua pequena Igreja. Como fazia tudo pensando que era o que deveria fazer, como de costume, foi buscar um texto apropriado para pregar atendendo ao colega. Sentiu logo pela manhã uma sensação que nunca havia sentido, um sentimento vazio invadiu seu coração, um sentimento de que o Senhor estava esvaziando o seu coração da presunção de que ele conhecia Deus. Aquele convite foi uma surpresa. Ele sentiu que lhe faltava a presença de Deus e que ele, até então, tinha feito de tudo sem sentir a presença de uma intimidade com o Pai. Ele sentiu que Deus estava se aproximando dele querendo manifestar sua presença, sentiu que o povo está em uma apostasia, sentiu que

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deu à sua alma: “Ponha a sua esperança em Deus”. Nos meados do século XIX, um dinamarquês, filho de pastor luterano, chegou à conclusão de que o que falta ao homem é uma experiência existencial. Sugere que todos saiam em busca dessa experiência, fazendo uso da liberdade para solucionarem a angústia que habita na alma humana desde o seu nascimento. Ele chamou isso de “um salto no escuro”. A única coisa que os homens entenderam do que ele falou é que existe um desespero que precisa ser solucionado. Lutero foi um dos que colocou para fora tal angustia. Ao ouvirmos frases como: “Todos têm o direito de ser feliz”, “todo homem é livre para escolher o que quer ser”, “o importante é ter uma

experiência”, você está falando como um existencialista. O dinamarquês, pai desse princípio filosófico, teve muitos seguidores e, cada um deles, reinterpretou sua filosofia. Como o cérebro, as emoções e os nossos sentimentos também precisam do corpo para vivenciarem uma experiência. Partamos de um princípio irreversível: todo homem nasce livre, mas jamais estará livre das consequências das suas escolhas. As consequências do existencialismo atingiram todas as esferas da sociedade. Nos primeiros anos do século XX, os evangélicos foram afetados pelo existencialismo. Os costumes, a moral, a ética, as artes, a cultura, a música, a literatura, a doutrina, tudo ficou a serviço do existencialismo. Como nos interessa

mais a influência nos evangélicos ou protestantes, vamos abordá-la. Registrou-se uma busca de “experiência com Deus” através das emoções. Isso trouxe mudança na doutrina, na forma de culto e na conduta do cristão denominado evangélico. Ficou difícil a comunhão entre os membros do corpo de Cristo, pois cada um é livre para escolher a sua verdade (como se isso fosse possível). A verdade deixou de ser absoluta para ser flexível. Doutrina, moral, conduta, forma de culto, tudo é flexível. Diríamos: tudo hoje é meia verdade, não verdade. Se contrário a verdade é a não verdade, e a não verdade é mentira, vivemos um mundo onde predomina a mentira (os políticos brasileiros são a maior prova do

que estamos arrazoando). A televisão, o cinema, tudo ficou a serviço das emoções; e como bebida, droga, sexo, música, e tudo mais provoca emoções (a experiência emocional sempre precisa ser maior do que a emoção anterior), acabou-se o limite racional ou preservador do bom senso, e isso é o que vemos nos cultos chamados evangélicos, normalmente os que são apresentados na TV. Agora, uma pergunta e uma resposta: você já encontrou alguém que consiga descrever sua experiência existencial? A resposta da crise existencial foi dada e explicada por Davi: “Ponha a sua esperança em Deus. Pois ainda o louvarei; ele é o meu Salvador e o meu Deus”. O que o mundo espera é ver isso em nós, de tal modo, que nem seja preciso explicar.

sua Igreja e aquela que falaria precisava sentir a presença de Deus em sua manifestação tal qual o mundo iria ver e se sentir constrangido e buscaria entender o que estava acontecendo, como no dia de Pentecostes, no inicio da Igreja. Sentiu que ele estava sedento de Deus e que o povo estava com fome e sede de Deus. Ao abrir a sua Bíblia, na qual conhecia quase todos os textos, se deparou com II Crônicas 7.14. Leu uma vez, outra vez, e pediu a Deus que o fizesse perante o seu trono, então começou a sua oração dizendo que ele sabia tudo a respeito de Deus, mas ainda não havia sentido Deus face a face. Sentiu que lhe faltava a intimidade com o Pai, sentiu que Deus estava se manifestando para ele, embora ele soubesse que o véu da separação estava rasgado, pois fora rasgado quando Jesus morreu na cruz. Sentiu que Deus o queria na sala do trono após o véu, no lugar santo. Nesse momento, um fogo invadiu sua alma como na sarça que ardia e não se consumia diante de Moisés. Meus amados pastores, cri, por isso estou falando, como diz Salmos 116.10. Deus está querendo manifestar-se de uma forma diferente hoje em nossas igrejas. Ele quer intimidade com os membros da igreja mas, primeiro, ele tem que incendiar o pastor. Nossa liderança fala muito e diz pouco. Nossa liderança

sabe tudo e mais um pouco de Deus, mas ainda não passaram o véu. Embora esteja rasgado há muito tempo, não os encontramos na sala do trono encarando o Pai face a face, e chamando-o de Aba Pai. Corações cheios de trabalhos da igreja e para a igreja, que já não é mais aquela que Jesus disse em Mateus: “Edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). Samuel chamou a atenção de Saul. Deus quer obediência e não sacrifício, creio que em pleno século XXI, Deus não mudou, Hebreus nos diz que ele não muda, ele é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. Tiago 1.17 diz que ele não tem sombra de variação. Conhecer significa saber os seus hábitos. Basta um olhar e já sabemos o que está querendo dizer. Quando Jesus olhou para Pedro e o galo cantou, ele saiu de onde estava e chorou amargamente. Nós precisamos ver o olhar do Pai e saber o que ele está dizendo e sair de onde estamos e chorar, amargamente, em oração. Em uma oração de arrependimento, uma busca sem precedentes, ansiosa para passar o véu. Uma oração que vai chegar aos ouvidos do Pai, oração de confissão, intercessão, que vai trazer vidas e vidas avivadas; oração que vai mostrar ao mundo a manifestação da presença de Deus. Oração intima a vida toda.

Nossas igrejas têm conhecimento dos fatos de Deus tal como o povo de Israel; está faltando intimidade. Conhecemos teologia que podemos ganhar qualquer concurso, mas a intimidade com Deus ganha almas. Jó disse: “Eu o conhecia de ouvir falar mas, agora, os meus olhos te veem” (Jó 42.5). No Livro de Salmos, o salmista disse: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo. Quando me apresentarei e entrarei ante a tua face?” (Sl 42.2). “Se o meu povo” - observe o pronome possessivo “meu” - se humilhar e buscar a minha face e se converter dos seus caminhos, então - essa adversativa significa que ele não está ouvindo nossas orações - eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados plural - e sararei a sua terra” (II Cr 7.14). O povo que se chama pelo nome de Jesus está doente espiritualmente. O nosso povo brasileiro está faminto e com sede de Deus, aguardando a manifestação dos filhos de Deus, como descreve Romanos 8.19. Deus quer se manifestar à sua Igreja de uma forma que as pessoas sintam que ali seus problemas serão resolvidos. Para isso, ele está querendo que a Igreja adentre à sala do trono o lugar santíssimo, onde os membros possam vê-lo face a face. Antigamente, tínhamos uma canção que dizia, “Pode o mundo ver Cristo em você?”.

Mas, como na vida moderna tudo cai da moda, o inimigo mostra o homem religioso, dizimista, ofertante, frequentador de todas as reuniões, mas não está vendo a pessoa de Cristo vivendo. Paulo disse: Cristo vive em mim. Você conhece Deus? Anda com Deus? Fala com Deus face a face? O Espírito Santo disse isso a Paulo. Você, pastor, já ouviu a vós do Espirito Santo falando com você antes de você falar aos seus filhos, aos crentes da igreja que você é responsável? Em sua oração, você tem intimidade de chamar Deus de Aba Pai? Quando lemos Gênesis 5.24, vemos que Enoque andou com Deus. A intimidade era tanta, que Deus o arrebatou para não ver a morte. Deus quer arrebatar a Igreja, não para levá-la, mas, para manifestar o seu poder, a sua presença. Ele quer que andemos com ele para que ele possa andar em nós, como diz Mateus: “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). O Jornal “A Folha”, do dia 31 de outubro, caderno “Mundo”, pág. A-18, traz uma notícia dos pastores dos Estados Unidos da América do Sul que, para mim, é uma verdadeira aberração. Será que Deus está querendo isso? Será que isso significa a vontade do Pai? Será isso significa andar com Deus, será a manifestação de intimidade com Deus? E, você, conhece Deus?


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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia Carlos Henrique Falcão, colaborador de OJB

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sta é a pergunta que estamos respondendo juntos durante o III Congresso da MCA. Neste caso, o coração se refere ao ser interior e não ao órgão que bombeia o sangue no corpo. É aquela parte, lá de dentro, onde sentimos coisas que ainda não temos consciência. É lá onde amamos, odiamos, ficamos amargurados, alegres e sentimos todos os outros sentimentos que dão colorido à vida. Acontece que “colocar o coração em” indica a direção que você está tomando com a sua vida. Também é lá, no coração, que está a pessoa que realmente você é. Por isso, quando Deus mandou Samuel ungir o novo rei de Israel na casa de Jessé, disse para não considerar a aparência porque ele, o Deus eterno, vê o coração, como está escrito em I Samuel 16.7. Usando esse critério, Deus escolheu Davi, o “homem segundo o seu coração, porque fará tudo o que for da vontade de Deus” (At 13.22). Além da sinceridade transparente que saía do coração, Davi orava para que todo o seu ser pertencesse ao Senhor. Reconhecia os seus pecados e os confessava a Deus com o coração contrito

Antonio Luiz Rocha Pirola, colaborador de OJB

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oninho era um menino complexado em relação às roupas. Embora sua mãe afirmasse que sua gaveta estava cheia de roupas, Toninho tinha suas queixas. O fato é que ele possuía dois calções prediletos; um era mais predileto que o outro, classificados como o calção número 1 (azul escuro) e calção número 2 (azul claro, meio desbotado). O outro que ele tinha na gaveta parecia um “calção de pijama” e não lhe caia

e clamava pelo perdão, como relata Salmos 32.5; 51.17. E, se por acaso, houvesse algo que, de tão escondido, não fosse possível colocar diante de Deus para ser perdoado, Davi abria o seu coração e pedia para ser sondado por Deus para ver se algo não estava de acordo com a sua vontade, como diz Salmos 139.23-24. Esse coração íntegro e obediente foi o desejo de Davi, intensificado com oração. Davi orava: “Dá-me um coração inteiramente fiel para que eu tema o teu nome. De todo o meu coração te louvarei, Senhor, meu Deus; glorificarei o teu nome para sempre” (Sl 86.11-12). Davi cometeu muitos erros, mas manteve sempre em seu coração o desejo de obedecer a Deus. Não deixou de pecar, mas também não deixou de clamar por perdão. Gosto de observar a história de Davi e perceber que ele era um homem comum com o coração disposto a fazer a vontade de Deus. Fico feliz em pensar que o Deus que foi misericordioso com Davi também será comigo. Este mesmo Deus também terá misericórdia de você que agora lê estas linhas. Não pense que você é melhor do que Davi, o pastor Carlos, ou qualquer outro crente que conheça. Por isso, Jesus ensinou aos discípulos que

iniciavam a vida cristã que o coração está voltado para o seu verdadeiro tesouro, como diz Mateus 6.21. Então, deseje profundamente os tesouros celestiais porque já estamos escondidos com Cristo em Deus, de acordo com Colossenses 3.3. Não faz mais sentido desejarmos aquilo que não vem de Deus. Não faz mais sentido nos orientarmos por conceitos que não sejam ditados por Deus. Mas podemos desejar coisas que não venham de Deus, podemos ter no coração sentimentos que desagradam a Deus. Podemos agir e falar de forma a mostrar do que o nosso coração está cheio. Segundo Jesus, o que está no seu coração indica o que você realmente é. Não é possível tirar do coração um fruto que não existe nele, como a Bíblia fala em Mateus 12.33-35. Por isso, o convite para a reflexão: “Onde está o teu coração?”. Esse é um momento pessoal com Deus, porque somente você e ele conhecem o seu coração. Diante de Deus somos julgados com base nas intensões mais profundas do coração e também prestaremos contas delas a Deus, como fala Hebreus 4.12-13. Use um tempo significativo da sua vida para abrir o seu coração e apresentá-lo a Deus. É só o que falta, pois ele já sabe de tudo.

muito bem; esse não contava. Ele, porém, conseguia usar os calções, no máximo, dois dias da semana, nos outros “penava”, afinal, eles tinham que ser lavados. Geralmente eram mandados para a “lavadeira” e Toninho ficava muito ansioso quando ela atrasava. Algumas vezes, mesmo contrariando a sua mãe, ele ia buscar os seus calções pessoalmente. “Cadê o meu calção?”, dizia rispidamente. Conversando com amigos sobre casos da infância, prometi que um dia escreveria sobre o “Calção de Toninho”. Eu estava brincando,

mas como gosto de escrever, resolvi arriscar-me, afinal, o assunto é mais sério do que parece. A história dos calções rendeu ao Toninho muitas “palmadas”, mas é fato inegável que o “trauma” marcou a sua vida. A “cura”, segundo ele, só veio quando ganhou o calção número 3 (também azul escuro). Foi quando descobriu que Deus se importava com os detalhes da sua vida e que, dessa forma, não precisaria se preocupar tanto. Depois disso, Toninho não sofreu mais com a história dos calções. Hoje, com 50 anos, Toninho praticamente só usa

Sua voz, nosso coração

pós relembrar o histórico de “dureza” de coração do povo israelita, o autor da Carta aos Hebreus recomenda: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 4.7). A Bíblia é o registro das constantes iniciativas do Senhor no seu processo de ensinar aos seres humanos como viver em comunhão com ele. E a razão é simples. Logo no princípio, Gênesis relata o projeto divino de criar as pessoas “À sua imagem e semelhança”. O significado daquela declaração é simples: a melhor maneira de uma criação funcionar bem é seguir as instruções do seu criador. Só que o Senhor não quis criar bonecos do tipo marionete. Por ser “à sua semelhança”, os humanos devem obede-

cer ao Criador de maneira voluntária e, até, alegre. Não “endurecer o coração” seria equivalente a “obedecer com sensibilidade, com prontidão e com alegria”. Por que é tão difícil não endurecer o coração? Uma das dificuldades é a de distinguir a voz divina, quando vivemos na barulheira de um mundo com mil atrativos e mensagens. A coisa fica mais séria, porém, na medida em que vamos deixando para mais tarde nossa resposta positiva aos apelos da voz do Senhor. Quanto mais adiamos, menor vai ficando nossa sensibilidade às instruções recebidas. Diminuir a sensibilidade espiritual é o mesmo que endurecer o coração. Daí o início do ensino: “hoje”. Responder na data de hoje é eliminar as desculpas do tipo “quando sobrar algum tempo”, ou “quando as coisas ficarem mais tranquilas”. Ser sensível à vontade do Senhor é evitar respostas atrasadas. “Hoje, quando ouvirdes, respondei afirmativamente”.

calção na hora de dormir. Ironicamente, ele usa um “calção de pijama”. Mas isso não importa mais, já que o que ele mais gosta de fazer é dar testemunho dos cuidados especiais que recebeu de Deus desde a sua infância. Um dos textos que ele mais aprecia é o descrito em Mateus: “E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva

do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: com que nos vestiremos? De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal” (Mt 6.29-34). Ah, só para não esquecer, Toninho sou eu.

“Determina outra vez um certo dia, hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações” (Hb 4.7).

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Paulo Francis Jr., vicepresidente da Primeira Igreja Batista de Presidente Venceslau – SP

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alvez 15 ou 20 minutos; ninguém sabe ao certo quanto tempo durou. A manhã havia sido de grande movimento, o que antevia uma tarde agitada, não fossem os imprevistos que surgem e nos deixam sem ação. Não era meio dia quando a notícia chegou; o semblante de todos havia mudado. Parte deles optou em se isolar, procurar seu cantinho próprio para reflexão. Alguns estavam com os olhos marejados. Os mais emotivos se abraçavam ao fundo, além do balcão e das prateleiras. Tentavam se conter; a notícia era impactante. Na verdade, uma desgraça e trazia em cada um, uma reação única. A informação era pesada demais; dura de acreditar. Inaceitável! De repente, dois funcionários, murmurando entre si, lentamente iniciaram o fechamento das grandes portas de vidro naquela imponente loja de comércio em Presidente Venceslau - SP. Uma a uma foi cerrada pacientemente, em um ritmo diferente de outros dias. Nem era sábado e nem véspera de feriado. Era um dia de trabalho que terminava apenas na metade do período habitual. Em cada uma destas gigantescas vitrines que deslizavam lateralmente para a abertura e fechamento do local, um diminuto cartaz escrito às pressas em pincel atômico foi colado ligeiramente inclinado com fita adesiva. Um manuscrito tremido e disforme. Cada letra de um tamanho deduzia o nervosismo de quem teve a responsabilidade pela frase: “Fechado por luto”. Quando nos deparamos com esse tipo de mensagem ficamos imobilizados. As despedidas mexem com cada um de nós à sua maneira. Na verdade, a morte repentina de alguém ou de algum conhecido, aquela que não nos fornece período prévio de alguma doença, nos traz extrema dor. Na essência não nos dá nem o prazer - ou desprazer - de uma despedida. Não há tempo para isso. Tenho um conhecido, que de certa maneira, filosofa sobre a questão. Segundo ele, ninguém se despede de ninguém, apenas dá ao desti-

no a decisão de um possível reencontro mais adiante. Isso é o que chamo “romantismo doloroso”. Infelizmente, real e profundo. A partida de alguém sempre causa algum choque. Recordo-me de alegres despedidas de profissionais do esporte. Dentre eles, o destaque certamente envolve o maior jogador de futebol de todos os tempos: Pelé. Disse “adeus” à Seleção Brasileira, ao Santos e ao time dos Cosmos, de Nova York, etc. Nestas ocasiões, sempre esperávamos boas “partidas” do rei. Entre as despedidas menos alegres no mundo esportivo está a de Airton Senna. As corridas de Fórmula 1 nunca mais tiveram a mesma emoção. Esclareço que ninguém é insubstituível, mas algumas pessoas fazem falta por onde passam porque têm estrela própria, lutam pelos ideais de forma firme e honesta. Você é assim? Segundo um grande amigo que testemunhou o fato, o saudoso cantor Altemar Dutra fez um show para um pequeno público no antigo e já fechado Cine Bandeirantes, aqui em Presidente Venceslau, nos idos dos anos “60”. Dono de voz potente e marcante teria externado em uma canção ao final do espetáculo a sua decepção e certa melancolia pelo pequeno número de assistentes. Encerrou a interpretação de seu sucesso “E voltarei”, acrescentando um advérbio na última frase: “e não voltarei”. Os mais atentos na plateia não esquecem esta passagem. Já no cinema, dizer “adeus” normalmente envolve os apaixonados e seus amores impossíveis. No período de fevereiro de 2002 até dezembro de 2007, assisti um pouco mais de 700 filmes, a maioria retratando a vida cotidiana e comum das pessoas no Brasil, Estados Unidos, Europa, Ásia e Oriente Médio. Foram estes filmes e seus detalhes que me desenvolveram o entendimento e conhecimento sobre os costumes e a vida das pessoas ao redor do mundo. Contudo, o cinema americano continua insuperável. Em “Longe do Paraíso”, que retrata o dia a dia de uma família americana “perfeita” dos anos “50”, uma dona de casa “perfeita” se despede do seu “admirador” negro em uma estação

de trem, acenando com um lenço. Quem não assistiu a trama, logo condena esta personagem. Tudo isso acontece depois que o esposo problemático - envolto em uma profunda crise - é flagrado por ela beijando outro homem na boca no próprio escritório onde trabalhava. Pense nesta cena e na época que ocorreu, há mais de 60 anos. Um tremendo choque. Na TV, as despedidas estão na tela a cada meia hora, pelo menos, em algum canal. Ao vivo, costumam gerar confusão nos apresentadores. Foi assim quando em pleno Jornal Nacional, William Bonner resolveu acabar o informativo antes do final. Pediu desculpas e seguiu adiante. Na vida real, ninguém gosta de dizer adeus aos parentes. Em qualquer circunstância quase sempre as partidas de filhos, mães, pais e avós geram lágrimas. Não vou me aprofundar neste caminho. Que cada um prossiga sozinho sobre este item da reflexão. Recordo-me da queda do avião da Air France recentemente com brasileiros que iam para Paris. Ela externou os piores comentários que se pode ouvir. A desumanidade, a medíocre avaliação de que “os que se foram eram ricos e quanto aos mendigos que morrem todos os dias pelas ruas?”, transforma quem pensa assim no mais infeliz dos humanos. Vá para o lugar dos familiares que perderam parentes no acidente. Rico ou pobre, nunca se esqueça que há uma eternidade nos aguardando. Você está se preparando para ela? O que meditamos até agora não está fora das Escrituras. A Bíblia nos lembra isso, por exemplo, na errante partida do filho pródigo para terras longínquas e na despedida do povo de Israel com destino à Terra Prometida. Particularmente detenho-me em outra passagem. Indo para Jerusalém para cumprir a sua missão, ao filho do Criador são oferecidos seguidores. No entanto, em Lucas 9, um deles propõe e condiciona segui-lo desde que lhe seja dado tempo “para se despedir primeiro dos que estão no lar”. Isso vale para os nossos dias: se trata de gente que põe a mão no arado e olha para trás. Você não é um deles, é?.

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rancisco era um eletricista de autos, crente fiel com sua esposa e filhos na Igreja do Centenário em Itaquera - SP. Certo dia, sabendo que Francisco estava passando por dificuldades, o pastor Carlos Henrique foi visitá-lo. Francisco estava desempregado, devendo várias prestações do apartamento e acabava de receber uma carta do banco dando um curto prazo para que ele pusesse os pagamentos em dia, caso contrário, o apartamento seria levado a leilão. O pastor abriu a sua Bíblia ao acaso para procurar um texto apropriado para consolar e dar esperança à família e caiu bem na página de I Tessalonicenses. O pastor leu: “Em tudo dai graças porque esta é a vontade de Deus para convosco” (I Ts 5.18). Em seguida, o pastor disse: “Se a Bíblia manda dar graças, vamos dar graças pelo que os irmãos estão passando”. E oraram, dando graças a Deus. Todos os mantimentos estavam zerados, mas deram graças. Havia só uma colher de pó de café e uma colher de açúcar, mas deram graças. O pastor perguntou: “O irmão já tentou renegociar a sua dívida com o banco?”. Ante a resposta negativa, acrescentou: “Então o irmão, assim que der, vai ao banco, procura o gerente da sua conta e pede para renegociar a dívida. Quanto ao mais, vamos dar graças”. A esposa do Francisco foi à cozinha, raspou o pó do pote e fez um cafezinho meio ralo. Adoçou com a última colher de açúcar e trouxe um pacote com os últimos biscoitos. Tomaram café, o pastor comeu alguns biscoitos, orou e foi embora. Logo que o pastor saiu, a campainha tocou. Era um casal da Igreja que trazia uma farta bolsa de compras, inclusive café, açúcar e vários pacotes de biscoitos. Foi uma festa. No dia seguinte, Francisco recebeu a visita de um senhor conhecido, que lhe disse: “Francisco, eu tenho um terreno com um galpão, está abandonado, o mato crescendo em volta e eu estou com medo de que me invadam a propriedade. Eu vim aqui para lhe pedir

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que ocupe aquele terreno para mim”. Naquele mesmo dia, Francisco improvisou uma placa, que pregou na fachada do galpão: “Eletricista de autos”. Mal colocou a placa e apareceu o primeiro serviço. Foi o primeiro dinheiro que ele viu em meses de pindaíba. Os fregueses foram aparecendo porque Francisco era ótimo profissional. Então ele comprou as ferramentas necessárias e o negócio prosperou. Francisco foi ao banco, falou com o gerente e, na hora, a dívida foi renegociada em condições bem favoráveis para ele. “Em tudo dai graças” significa que Deus está atento às necessidades dos seus filhos. “Os filhos dos leões sofrem fome, mas o que confiam no Senhor de nada têm falta” significa também que Deus sempre vai à nossa frente. Quando José chegou ao Egito, Deus já estava lá providenciando tudo o que era necessário para que ele chegasse ao ponto a que chegou para ser o salvador do seu clã. Quando Moisés chegou ao Sinai, a sarça já estava ardendo para que Deus pudesse lhe revelar sua eternidade, sua soberania, seu amor e propósito. Quando Jesus chegou a Jerusalém, a sua cruz já estava pronta. Quando o pastor Carlos orou com a família de Francisco, uma completa bolsa de compras já estava a caminho. Paulo diz “Em tudo daí graças” e não “Por tudo”. Não podemos dar graças a Deus pelos nossos pecados, mas podemos dar graças pelo perdão da graça que Deus nos dará. Pela lágrima que vertemos e pela que não brotou dos nossos olhos, pela pressão no coração e pelo alívio que nos foi dado, pela noite não dormida, pela oração não respondida, “e a esperança que falhou”, pelo pote de açúcar vazio, pela blusa que rasgou, pela pessoa querida que partiu, pela traição sofrida, pela doença ainda não curada, pela amizade conquistada e também pela rompida, Paulo é taxativo: “Em tudo daí graças porque esta é a vontade de Deus”. Não precisamos entender porque dar graças. Só precisamos obedecer.


6 vida em família

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reflexão

Gilson e Elizabete Bifano

Raul Marques, pastor da Primeira Igreja Batista de Várzea Nova – PB

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ma grande guerra está sendo travada nos nossos dias. Não me refiro a uma guerra entre nações, mas uma guerra contra a instituição do casamento e da família. Doutor James Dobson, em seu livro “O casamento debaixo de ataque – Porque devemos ganhar esta batalha”, lembra que as forças nazistas entraram sorrateiramente, no inicio da 2ª Grande Guerra, sem sofrerem nenhuma resistência dos principais países europeus. Só depois, quando a guerra tinha se instalado definitivamente, é que a Inglaterra e França, dois países mais importantes da Europa se posicionaram. Todos nós conhecemos as mazelas que os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) impuseram sobre todo o mundo, até que as forças aliadas venceram a Grande Guerra, em 1945. O mesmo está acontecendo hoje. Os movimentos que defendem o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o aborto estão crescendo. Só para se ter uma ideia, hoje, no Congresso Nacional, existem mais de 800 projetos de lei que ferem os princípios do casamento segundo a visão judaico-cristã. As novelas, todos os dias, voltam suas armas para destruir os valores cristãos da família, consagrados há milhares de anos. Não há uma novela em que não tenha um personagem homo ou bissexual. Isso, além de veicular mensagem valorizando a violência, a vingança e o adultério. Já tivemos novelas em que um homem terminou com três mulheres e todas felizes da vida com aquela situação. Os projetos educacionais, em sua maioria, tentam co-

locar na mente dos alunos, na maioria deles crianças e adolescentes, conceitos contrários à Palavra de Deus. Os profissionais, nos mais diversos campos, também colaboram para destruir a visão cristã da sexualidade. Recentemente, uma mãe ao indagar ao médico obstetra sobre o sexo dos seus filhinhos que iriam nascer, este respondeu: “Não se preocupe com isto. Na idade certa ele vai escolher o que desejar ser”. Deus, o Criador do casamento e da família, deseja que igrejas, denominações, organizações pró-famílias se engajem nesta batalha. Mas, de nada adiantará se as famílias (pais, mães, avós) não realizarem sua grande tarefa de educarem as milhares de crianças que nascem todos os dias nos lares cristãos com os princípios imutáveis da ética cristã do casamento, da família e do direito à vida. A família, juntamente com a Igreja de Cristo, são as mais importantes trincheiras da batalha que se trava em nossos dias. Essa guerra é de todos aqueles que creem que Deus é o criador da família. É daqueles que acreditam que a família é o esteio moral de uma nação. Pais e mães cristãos, levantem-se e lutem, livrando os filhos e netos de se tornarem reféns de conceitos e ideologias contrárias à Palavra de Deus. As palavras de Neemias são atuais também para os nossos dias, quando conclamou seus liderados a lutarem por suas famílias. O texto diz: “E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados, e ao restante do povo: Não os temais; lembrai-vos do grande e terrível Senhor, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres e vossas casas” (Ne 4.14).

uando criança eu tinha muitos medos. Medo das muitas águas; do escuro intenso; das portas fechadas com trancas; do “lobisomem”; do “velho do saco”; da “bruxa malvada”; enfim. Na medida em que fui crescendo, outros medos foram sendo acrescentados: medo de matemática; medo das confusões e das multidões; medo de ser chamado ao quadro negro, etc. A maioria deles foi superada pela razão e pela maturidade; outros, no entanto, ainda não. O medo é um sentimento profundamente complexo como a nossa própria existência. Ele é bom, enquanto sinal de alerta; e mal, quando se torna patológico. Ao longo da nossa vida, outros medos vão se associando à caminhada e vão nos mostrando mais nítidas certas obscuridades. Eles nos ajudam na nossa proteção pessoal, ao mesmo tempo em que podem proteger as outras pessoas de nós mesmos.

O medo não pode ser considerado um ato de covardia quando servir de motivação para o exílio contra as forças da impiedade. Ele pode, perfeitamente, se constituir no canal mais legítimo a nos levar aos “getsêmanis” em busca de paz. Eu tenho medo do “homem”. Não é sem motivo que a Bíblia prevê: “Maldito o homem que con fia no homem, que faz da carne mortal o seu braço e aparta o seu coração do Senhor” (Jr 17. 5). Eu tenho medo dos “falsos irmãos”, de quem o apóstolo Paulo faz menção em II Corintios 11.26. O apóstolo teve tanto receio deste aspecto que, angustiado, foi além: “Agora vos escrevo para que não vos associeis com qualquer pessoa que, afirmando-se irmão, for imoral ou ganancioso, idólatra ou caluniador, embriagado ou estelionatário. Com pessoas assim não deveis, sequer, sentar-se para uma refeição” (I Co 5.11). Tenho medo do que Jesus profetizou sobre esses fatos difíceis: “Naquele tempo

muitos ficarão escandalizados, trairão e odiarão uns aos outros, e numerosos falsos profetas surgirão e enganarão a muitos. Devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.10-12). Tenho medo de que as decepções resultem em apatia ou, ainda pior, em antipatia às atividades do exercício da fraternidade legítima, sobretudo, quando ouço a voz do Mestre a ressoar: “Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lc 18.8b). Tenho encontrado tanta gente ferida, enganada, desiludida e frágil com as deformadas relações cristãs, que me falta o fôlego. Conheço líderes abandonados, do mesmo modo como conheço ovelhas nanicas e desnutridas clamando por amor e acolhimento. Tenho medo do tempo em que vivo. Por isso, Senhor, tenha misericórdia de todos nós. Tenho saudades dos medos de quando criança. Já não sinto aquele medo ingênuo do escuro da noite; tenho medo, muito medo das densas trevas da mente e coração humano.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO A AECBB, com sede na cidade do Rio de Janeiro - RJ, na rua José Higino, 416, prédio 30, sl 104, Tijuca – Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20.510 - 412, através da sua diretoria Executiva, devidamente representada por sua presidente Tânia Oliveira de Araújo, CONVOCA, através do presente edital, todos os associados para a Assembleia Geral Ordinária, que será realizada no Espaço Cultural da FAURGS - Rua São Pedro, 663, Centro – Gramado – RS, dia 04 de fevereiro de 2015; horário: 8h30 às 21h30, com a seguinte ordem do dia: inspirativa, eleição e posse da nova diretoria; eleição e posse dos coordenadores Regionais; encerramento. Rio de janeiro, 01 de novembro de 2014 Tânia Oliveira de Araújo Presidente


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missões nacionais

Vidas batizadas em Gurupi - TO Redação de Missões Nacionais

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Evangelho tem sido multiplicado em Gurupi TO, onde atuam os missionários Nilton e Vilma Duarte. As pessoas têm sido impactadas pelo amor de Cristo, e compreendido o Plano de Salvação. Como resultado, mais seis pessoas foram batizadas porque compreenderam

que é tempo de assumir um compromisso ao lado de Cristo. “Foi um dia muito especial. Foi muito bom ter a presença dos parentes das pessoas que foram batizadas. Houve choro de alegria”, relata o pastor Nilton. O companheiro de uma irmã da Igreja que nunca tinha assistido a um batismo e que não queria se casar para que ela pudesse se batizar, agora já pensa em se

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casar oficialmente para ver sua esposa batizada. Ainda de acordo com o missionário, este homem também tem participado das reuniões dos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs), que são realizados em sua casa. “Cremos que em um tempo não muito distante, ele virá a se converter”, afirma. Interceda para que mais vidas sejam firmadas em Cristo por meio da realização dos PGMs. Celebração impactou familiares das pessoas batizadas

Projeto Novos Sonhos torna-se celeiro de talentos

Redação de Missões Nacionais

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ão é só no balé que o Projeto Novos Sonhos, da Missão Batista Cristolândia - SP, tem seus talentos. Em outros esportes, como futebol, ou nas artes marciais, estamos sendo bem representados. Ilustrando a frase anterior, temos os exemplos dos jovens Gabriel e Davi, que têm desenvolvido seus talentos e acumulado conquistas em seus esportes.

As últimas notícias sobre Gabriel são as melhores possíveis e louvamos a Deus pela vida dele. Aluno da equipe de futebol do Projeto Novos Sonhos há dois anos, sob responsabilidade da missionária Chirlene Sandrele, Gabriel Kaique foi contratado pelo Palmeiras, famoso clube de futebol de São Paulo. E, além do salário, que ajudará muito no sustento da família, o menino terá a oportunidade de estudar na Mackenzie, uma das

Igreja doa produtos de higiene e limpeza para maternidade de Parelhas - RN

Esforço do grupo tem ajudado a mostrar a relevância social da Igreja

Redação de Missões Nacionais

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proposta da visão de Multiplicação vê as ações de compaixão e graça como mais uma estratégia de compartilhar o amor e o Plano de Salvação de Cristo. A Igreja Batista em Parelhas - RN, liderada pelo missionário Adão Ribeiro, doou produtos de limpeza e higiene para uma maternidade da cidade.

Esta foi a segunda vez que a Igreja ajudou por meio do envio de produtos. “Somos a primeira igreja evangélica a se tornar parceira de uma instituição mantida pela comunidade em Parelhas. Como batistas, queremos ser uma Igreja relevante nesta cidade”, afirma o pastor Adão. Interceda por esse ministério, a fim de que continue sendo instrumento de Deus para proclamação do Evangelho, servindo sempre de auxílio aos necessitados.

faculdades de mais renome do estado de São Paulo. Sem a bolsa de estudos, ele não teria condições de pagar. Davi, que pratica jiu-jitsu no Projeto da Cristolândia, também tem se destacado no universo das artes marciais. Na última competição que ocorreu no Ginásio João Aranha, em Paulínia - SP, o adolescente foi campeão do ADCC e compartilhou sua alegria com um de seus professores, o missionário Lael Rodrigues.

Gabriel e Davi destacaram-se em esportes como futebol e jiu-jítsu

Esses são apenas dois das centenas de jovens que, graças ao trabalho realizado no Projeto Novos Sonhos, têm a oportunidade de desenvol-

verem o dom com que Deus os presenteou, mudando o rumo da vida deles e conquistando, assim, um futuro melhor.

Batismos na Igreja Batista em Libras de Vila Isabel - RJ

Redação de Missões Nacionais

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oram realizados os primeiros batismos da Igreja Batista em Libras de Vila Isabel - RJ. Membros da Igreja Batista da Zona Norte (IBZN) participaram do culto. Liderada pelo pastor Fabiano Fialho, esta é a Igreja mãe desse ministério em Libras. Quatro jovens foram batizadas. O missionário RaClima de alegria e gratidão por cada vida batizada fael Wagner realizou dois batismos. Estas celebrações também marcaram o 8º aniversário da IBZN. Segundo a missionária Marília Moraes, coordenadora do Ministério com Surdos de Missões Nacionais, na ocasião, a Igreja em Libras foi presenteada com um kit para ceia do Senhor. Missões Nacionais agradece o apoio da IBZN, bem como de cada Igreja que tem apoiado os projetos missionários. Missionário Rafael e uma das jovens pouco antes do batismo


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Outubro Rosa: a vida por um toque

Liane Nepomuceno, pastora Primeira Igreja Batista de João Pessoa - PB

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ompreendendo a importância da conscientização sobre o cuidado preventivo do exame de mama para toda mulher, o ministério feminino da Primeira Igreja Batista de João Pessoa – PB, sob liderança da pastora Liane Nepomuceno, abraçou a causa junto à sociedade, mobilizando as mulheres

da Igreja. O objetivo era impactar não só o universo da membresia, mas sair para além das quatro paredes do templo, demonstrando que nós, cristãos, temos que nos preocupar com a vida, que é tão preciosa; presente do Criador. Foi em um cenário maravilhoso - o calçadão da Praia de Tambaú - no sábado, dia 18 de outubro, que as “Mulheres de Honra” fizeram um trabalho de panfletagem com informativo do autoe-

xame e, anexo, um convite para as mulheres participarem de uma palestra especial com uma mastologista no “Culto Rosa”. As pessoas eram atraídas pelo louvor e ministração do grupo de expressão corporal “Corpo e Luz” e pela alegria contagiante da graça de Deus no sorriso de cada mulher do ministério. No domingo, em todos os cultos da Igreja em seu templo central e no “Espaço Gospel”, os irmãos eram re-

cepcionados pelas mulheres, que distribuíram um laço rosa, símbolo da campanha. A programação foi concluída com o “Culto Rosa” na segunda feira, dia 27 de outubro, quando a Igreja foi decorada de maneira especial para o evento. Todos os que estiveram presentes foram enriquecidos e despertados pela excelente palestra da doutora Taciane Ramalho. Com muita sensibilidade, o pastor Estevam Fernandes postou em seu Facebook o

seguinte texto sobre o tema: “Pequenas atitudes podem mudar grandes destinos. Toda mulher que se ama, se cuida. Antes que qualquer pessoa toque seu corpo, faça isso você primeiro. Ame-se. Cuide-se. Previna-se. Proteja-se. Mas também proteja a sua alma. Não deixe que as feridas abertas se tornem um câncer incurável. No corpo, um toque pode salvar; na alma, o perdão é a melhor forma de proteção. Seja livre, seja feliz!”.


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UMHBB apoia Campanha Novembro Azul Alexandre Julião, coordenador do DENAGAM

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União Missionária de Homens Batistas do Brasil (UMHBB), que tem a responsabilidade de trabalhar com os homens da nossa denominação, apoiará durante este mês a Campanha Novembro Azul, com o intuito de chamar a atenção para os exames preventivos do câncer de próstata. O movimento ainda quer alertar para a importância do exame de toque, que ainda sofre resistência pelos pacientes. O câncer de próstata é a neoplasia maligna mais comum entre os homens. Tem números superiores ao câncer de mama, o de maior incidência feminino. A detecção precoce é fundamental para seu tratamento, visto que, nessa fase, 90% são curáveis. Em sua fase inicial não há sintomas, por isso, a ida anual ao urologista é essencial para o acompanhamento da glândula. Desde 2013, a Sociedade Brasileira de Urologia inicia uma nova recomendação, baseada nos trabalhos científicos publicados nos últimos anos. O exame de toque retal deve ser feito a partir dos 50 anos para homens sem casos na família e, aos 45 anos, para homens com casos na família e negros. A Sociedade Brasileira de Urologia ainda estima que 69 mil novos casos do câncer serão diagnosticados no Brasil em 2014. Depoimentos “Anualmente fazia todos os exames de próstata: U.S., PSA e, quando requerido o famigerado e temido “exame de toque prostático”. Apos um exame de PSA, verifiquei que o mesmo estava muito elevado (27,0), mesmo sem ir ao médico tive a certeza que estava com câncer, que mais tarde foi confirmado pelos médicos. Não entrei em desespero, pois tinha confiança em um Deus que tudo pode. Iniciei o tratamento, confiante de que o milagre de Deus já havia sido feito em minha vida. Fiz todos os procedimentos que o Urologista prescreveu e fui encaminhado ao Oncologista para iniciar o tratamento, com uma série de radioterapia. Não foi necessário fazer cirurgia, mas o tratamento foi muito intenso e incômodo. Por um período de 25 dias, e as mes-

mas quatro aplicações diárias de radioterapia, por mais 10 dias. Já se passaram cinco meses que todo o tratamento foi suspenso por ordem médica, devendo retornar para novos exames somente na segunda quinzena de janeiro de 2015. Com tudo isso, neste meu testemunho, só quero encorajar você, que ainda está resistente em não fazer o exame de próstata, que abaixo de Deus, se não fosse os meus cuidados em fazer periodicamente os exames necessários, talvez seria muito tarde para que o tratamento ocorresse com o sucesso que foi”, afirma Natanael Gomes, conselheiro de Embaixadores do Rei. “Aos 45 anos comecei a fazer o exame de prevenção ao câncer de próstata. E, aos 65 descobri que tinha o câncer e logo fiz a operação. Hoje, aos meus 73 anos, estou completamente recuperado e aconselho a todos os homens a fazerem o exame, pois o quanto antes descobrir, mais são as chances de cura”, diz Zé Carlos, morador da Tijuca – RJ. “Eu estou junto com o Novembro Azul, jogando por terra todo preconceito para ter uma vida melhor e mais longa”, declara Weslley Prudente, de Volta Redonda – RJ. “Eu faço todo ano sem preconceito nenhum”, admite Amauri Rocha, de Paranaguá – PR. “Tenho 44 anos e já fiz o meu no início do ano. Encorajo aos irmãos e todos os homens que façam, pois é muito importante”, destaca Gilson Freire, do Ceará – CE. “Fiz o exame e foi em questões de segundos, indolor e seguro. Fazendo esse exame só temos a ganhar”, afirma José Furtado, presidente dos Homens Batistas da UniBaixada – RJ. É devido a esses e outros exemplos que enfatizamos a importância dessa Campanha para Homens Batistas do Brasil. Diante disso, pensamos que os homens precisam desconstruir estes paradigmas e começarem entender que a prevenção ainda é o maior aliado da saúde, bem como detectar qualquer adoecimento precocemente trará mais chances de cura ou tratamentos menos invasivos. Precisam compreender que estilo de vida determina a qualidade de vida e, com isso, muitas doenças podem ser evitadas.


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UMHBB realiza Mutirão Nacional Missionário em Cacaulândia – RO

Abel Albino de Arruda, presidente da UMHBB

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u i t a s são, Senhor meu Deus, as maravilhas que tens operado para conosco, e os teus pensamentos não se podem contar diante de ti; se eu os quisera anunciar, e deles falar, são mais do que se podem contar” (Sl 40.5). A UMHBB tem em seus projetos a execução anual do Mutirão Nacional Missionário (Munami), que acontece sempre no período de 1 a 12 de outubro. Neste ano, o Munami foi realizado na cidade de Cacaulândia – RO, município com aproximadamente 10.000 habitantes entre a zona urbana e rural. Rondônia é um dos estados brasileiros onde há um dos

maiores índices de presença Batista, no entanto, a cidade de Cacaulândia, que já possui trabalho Batista, mantido pela Igreja mãe, a Primeira Igreja Batista de Ouro Preto - RO, precisava de ajuda. Dessa maneira, a UMHBB foi acionada e aceitou o desafio. Foram deslocados para Cacaulândia representantes das seguintes Convenções Estaduais: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro (carioca e fluminense), Espírito Santo, Pernambuco, Acre, Amapá, Maranhão e a Convenção hospedeira, Rondônia. Com a presença de 250 “munamistas”, entre evangelistas, pastores e os bravos construtores, a pequena cidade de Cacaulândia foi impactada pelo Evangelho. No local foi desenvolvido o tra-

balho de evangelismo de impacto. Não houve um lugar sequer que não tenha sido visitado, o que resultou em 40 vidas que se entregaram a Cristo, foram solicitados 45 estudos bíblicos, 40 visitas permanentes - que consistem em assistência espiritual e oração - e dez batismos. Como tem sido feito nos Mutirões anteriores, as nossas irmãs também prestaram sua ajuda, com curso de corte costura e pintura, onde foram entregues certificados de participação às mulheres que frequentaram as aulas. O Departamento Nacional dos Embaixadores do Rei também participou ativamente, onde se fez presente o nosso coordenador, o irmão Cristiano Medeiros. Na ocasião, foram desenvolvidos trabalhos com os Embaixadores do Rei local

e foram também desenvolvidos os trabalhos de Kids Games, que contou com a participação de mais de 250 crianças e adolescentes. Contamos também com vários conjuntos musicais, dentre eles o Conjunto Missionário do Espírito Santo, Conjunto Coral do Munami, Conjunto Coral Sublime, Quarteto Master e várias outras participações. Os nossos irmãos construtores executaram a obra onde foi edificado um templo em formato retangular (8 x 20), 160 m², em tempo recorde. Os trabalhos preliminares foram realizados pelos irmãos de Rondônia, em períodos alternados e mutirões pequenos, que consistiu na preparação do terreno - que era irregular - e a fundação. O templo foi totalmente finalizado, quando foi forrado

com PVC, portas e janelas de alumínio e vidros Blindex. O “Culto da Vitória” aconteceu no domingo, dia 12 de outubro, com a participação de várias igrejas da circunvinhança e um público de mais de 400 pessoas. O templo não suportou o fluxo, ficando mais de 60% das pessoas do lado de fora. É conveniente destacar que o Munami é Mutirão de Evangelismo. A construção de templos não é o fim, mas, sim, um meio para que a UMHBB possa ajudar as igrejas com dificuldades na área de construção e edificação de templos. No ano de 2015 o Munami será realizado em Foz do Iguaçu – PR. Amados, continuemos na batalha, onde o nosso lema é sempre avançar e nunca retroceder; tudo para honra e glória do nosso Deus.

Congresso “Homens de Coragem” O governo de Deus Rogério Alencar, ministério Homens de Coragem, da Igreja Batista de Rancho Novo - RJ

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Igreja Batista de Rancho Novo, em Nova Iguaçu - RJ realizou no período de 18 a 20 de setembro de 2014 o 1º Congresso “Homens de Coragem”. Quem participou do evento experimentou o derramar do Espírito de Deus de um modo totalmente especial. O Ministério de Louvor Homens de Coragem apresentou a canção “Coragem para ser feliz”, que retrata a importância das respon-

sabilidades do homem; o cantor Sérgio Lopes arrebatou todos aos céus com canções que marcaram o seu ministério. O pastor Eber Silva, da Segunda Igreja Batista de Campos - RJ fez uma reflexão contemporânea e de despertamento. Trouxe-nos uma palavra sobre o governo de Deus em nossas vidas, alertando sobre a importância de mantermos Deus como soberano na caminhada cristã, pois quando decidimos assumir por conta própria os riscos de nossas escolhas, os resultados tornam-se desastrosos. Assim foi com o povo de Israel quando decidiu ter um rei,

assim foi com Adão e Eva quando decidiam comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, e assim tem acontecido em nossas vidas quando decidimos assumir o controle. Deus tem a capacidade de agir de um modo diferente em nosso meio, despertando àqueles que, devido as dificuldades da caminhada, pensavam até em desistir. No primeiro dia de Congresso observamos Deus agir assim na vida de muitos homens. Sabemos o quanto ele agiu, tem agido e agirá em nossas igrejas, para que nossa sociedade brasileira seja constituída

de homens valorosos, que tenham coragem de assumir suas responsabilidades sem se preocuparem com o que dirão. Precisamos de homens que não se escondam, que confrontem o mal, que declarem e assumam a sua fé, que valorizem o seu compromisso firmado em seu pacto matrimonial. Somente assim construiremos lares comprometidos com o Senhor, que defendem a sua fé e transmitem-na à próxima geração. Sejamos perseverantes com a nossa fé. Desafio você a continuar confiando em nosso Deus, pois somente nele encontraremos esperan-

ça de dias melhores, porque a sua Palavra nos garante isso quando nos fala: “Sem mim nada podeis fazer”. Sejamos fortes, corajosos, homens de coragem. Prossigamos perseverantes na jornada que nos está proposta pelo nosso Senhor. O alerta desse Congresso é para que homens assumam suas responsabilidades como sacerdotes do lar, sem querer assumir o lugar de Deus em suas vidas, pois entendemos que somente assim seremos prósperos em nossa caminhada cristã. Que Deus continue abençoando esse ministério que tem despertado homens pelo Brasil afora.


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missões mundiais

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Culto marca retorno de turma do Radical Latino-Americano Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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m culto de gratidão a Deus realizado no dia 4 de novembro na capela do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil - RJ marcou o encerramento da nona turma do Projeto Radical Latino-Americano. Os 26 jovens de 11 nacionalidades, que se dividiram em seis equipes e serviram em quatro países, compartilharam um pouco da emoção do que viveram no campo missionário. O culto foi aberto com uma palavra de Fernando Santos, supervisor do Programa Radical e ex-integrante da sexta turma do Radical África. “Estamos felizes também porque a colheita que eles estão trazendo produzirá frutos para a eternidade. Olhar para vocês e ver a missão cumprida é um testemunho do poder da graça de Deus atuando nas suas vidas”, declarou. O pastor Girlan Silva, coordenador do Centro de Capacitação Missionária da JMM, falou aos jovens Radicais que já os vê não como o futuro, mas como o presente da obra missionária. O Paraguai recebeu duas equipes do Radical Latino-Americano. A primeira era composta pela colombiana Keissy Juliany Giraldo Giraldo, a equatoriana Gabriela Teresa Suasti Argudo, a argentina Maria Amor Perez, o boliviano Josue Marcos Quino Davila e a brasileira Lícia Emanuela Gomes Pinto. Representando o grupo, Gabriela contou que a equipe atuou na cidade paraguaia de Luque, onde conduziu várias atividades com crianças e adolescentes, entre elas o Pepe (programa socioeducativo) e discipulado. “Em cada Pepe trabalhamos com as famílias que tivemos a oportunidade de conhecer. E graças a Deus, quatro adolescentes puderam se batizar e agora estão na igreja”, contou. A segunda equipe que seguiu para o Paraguai era formada pelo equatoriano Josue Andres Leon Alarcon, o hondurenho Andres Ezequiel Torres Lanza, a portuguesa Dina Marques Santana e a brasileira Uêine de Carvalho Faria. O campo de atuação foi a cidade de Encarnación,

Nona turma doProjeto Radical Latino-Americano serviu em quatro países

próximo à fronteira com a Argentina. “Trabalhamos manhã, tarde e noite em hospitais e prisões de cerca de cinco comunidades. Trabalhamos muito e agradeço a Deus pela oportunidade de participar desse Projeto e de todo o trabalho e experiência que tivemos”, contou Dina. O trabalho na prisão rendeu pelo menos um fruto, segundo o jovem Andrés. “Duas semanas antes de voltar encontramos um rapaz que tinha saído da prisão e nos contou como Deus transformou a sua vida e que agora está na igreja. Agradeço a Deus pela vida dele”, contou o jovem de Honduras. A Colômbia também recebeu duas equipes do Radical Latino-Americano. Na primeira, a argentina Carmen Maritza Chafloque Cornejo, o boliviano Harold Josue Lara Terrazas, a equatoriana Maria Jose Valdiviezo Contreras e a brasileira Jaqueline Galhardo. Eles atuaram na cidade de Medellín, em dois bairros, Castilla e Candelaria, duas localidades conhecidas por serem bem violentas. Eles ajudaram na implantação de uma unidade do Pepe em Candelaria, assim como na plantação de uma igreja naquele bairro de Medellín. “Também ajudamos no “Projeto Calçada”, que trabalha com crianças e ado-

lescentes em situação de risco. Essa é uma grande ferramenta para falar de Jesus. Trabalhamos também na Igreja Batista de Castilla com a célula dos jovens, liderando e atuando com todos eles na parte de discipulado”, contou Jaqueline. A outra equipe enviada à Colômbia também teve Medellín como campo de atuação. O argentino Hector Martín Navarro, o paraguaio Marcos Antonio Acuña Valenzuela, a chilena Paula Inés Riquelme Sáez e a peruana Mercedes Maria Cardenas Cardenas auxiliaram o Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança (Pare). “O Pare é um centro de reabilitação que tem como objetivo trabalhar com as pessoas que moram na rua e também com dependentes químicos, alcoólatras, travestis e prostitutas. É um trabalho muito duro porque são pessoas que estão muito fechadas não apenas para o Evangelho, mas também no sentido de se comunicar com outras pessoas, porque estão acostumadas com a discriminação”, contou Mercedes. “Trabalhamos também com os internos do Pare e também um objetivo: plantar uma igreja. Graças a Deus deixamos por lá um ministério de louvor. Deus nos usou para isso. Não apenas marcamos as vidas deles, mas eles marcaram a nossa. Esse

é o caminho. É um trabalho muito lento”, acrescentou Mercedes. Os outros dois países a receberem equipes do Radical Latino-Americano foram o Panamá e o Uruguai. No Panamá, o Radical equatoriano Esteban Josue Gonzales Soriano, a boliviana America Lorena Zuñiga Montero, a peruana Wendy Estrella Farfan Valverde e a brasileira Rutheany entraram em campo em duas cidades panamenhas: a capital, Cidade do Panamá, e também Colón. “Conseguimos unir duas igrejas que haviam se separado no passado. Nós chegamos, trabalhamos e mudamos isso sem saber de nada. Foi muito bom para nós poder fazer isso. Foi um impacto e, graças a Deus, pudemos ver os frutos”, contou América, que destacou a falta de obreiros em tempo integral como uma das principais carências no Panamá. No Uruguai, a equipe formada pelos equatorianos Jerry Paul Mayorga Muñoz, Edgar Baraja Palomo e Sara Marisol Mero Marcillo, a panamenha Zurisadais Quintero Peñaloza e a brasileira Thais Junger de Souza foi para Montevidéu, a capital. Os jovens falaram sobre a dificuldade de evangelizar nesse campo, onde ao simples fato de mencionar Jesus, as pessoas se assustavam ou se afastavam, segundo Jerry,

que representou a equipe. “Por isso, um pouco do trabalho que fizemos por lá foi por meio de relacionamentos. Entramos em vários cursos, oficinas, na casa de cultura de Montevidéu. Isso era necessário para poder entrar em contato com as pessoas. A ideia era se relacionar com as pessoas e testemunhar através desses relacionamentos”, disse Jerry. Ao final do culto, os Radicais receberam a tradicional medalha de conclusão do Projeto para marcar o tempo no campo missionário. Depois, o coordenador do CIM (Cuidado Integral Missionário), pastor Renato Reis, fez uma oração de gratidão por toda a turma que voltou do campo. “Nossa gratidão é muito grande a Deus, não se traduz em palavras. Louvamos a Deus por suas vidas, porque vocês se dispuseram. E esses meses de dedicação total deixaram marcas nas suas vidas e de todos aqueles que vocês tocaram, mas também na nossa vida aqui na JMM. Cada vez mais eu me convenço que o Programa Radical tem um lugar especial no Reino de Deus e em nossa JMM também”, declarou o pastor Renato. Se você deseja ser fazer parte de uma das próximas turmas do Programa Radical, escreva para: crh@jmm.org.br.


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Pastor Rogério Bellan - Há 50 anos pregando com teatro de bonecos

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enho tido o privilégio de encontrar grandes artistas do Senhor em nossas igrejas, das mais variadas áreas artísticas. E, com alegria, apresento-lhes o pastor Rogério Bellan, um dos pioneiros no ministério de teatro de bonecos. Como surgiu o trabalho com bonecos na sua família? Na década de 40, o então jovem Oscar Bellan teve contato com alguns missionários americanos que utilizavam bonecos como meio de evangelizar crianças. Dessa inspiração, ele construiu vários bonecos, se destacando o Cazuza, com quem evangelizou e encantou crianças por todo o Brasil até 1987, quando foi continuar sua alegria no céu. Esse era o meu pai, com quem aprendi a ser bonequeiro ventríloquo. Como se desenvolveu esse trabalho em sua vida? Eu comecei a carreira cedo, quando meu pai - por volta de 1963 - foi o preletor de um acampamento de “Embaixadores do Rei” no Sítio do Sossego, em Casemiro de Abreu – RJ. Ele iria contracenar com meu irmão Oscar Bellan Junior, seis anos mais velho que eu e que, simplesmente, desapareceu na hora da apresentação e lá fui eu, subindo

em um caixote por trás do teatrinho, manipular um de seus bonecos preferidos, o “Macaco Simão”. Embora eu tenha me desequilibrado e caído sobre o teatro, que, por sua vez, caiu sobre ele, nunca mais parei. Em 1978 formamos um “grupo missionário” na Igreja Batista do Tauá - RJ, liderado pelo diácono Otávio Cabral. Queríamos rodar por todo o Brasil apresentando o Evangelho de Jesus. Traçamos um roteiro que cortaria o Brasil do Rio de Janeiro até o Rio Amazonas, pelo Brasil Central. No dia da nossa saída meu pai me chamou, com uma caixa, de mais ou menos um metro nas mãos, e disse: “Abra, você vai se tornar um ventríloquo”. Quando abri, lá dentro havia uma boneca, feita por ele, esculpida e mecanizada com movimentos de cabeça, olhos, boca e até fazia caretas, a boneca Krica. Nessa viagem de 30 dias, com dezenas de apresentações, eu me tornei ventríloquo. Como você vê a influência dessa arte no meio evangélico? É uma forma de comunicação extremamente eficaz, seja para adultos ou crianças. No entanto, não posso considerá-la muito difundida e valorizada no meio evangélico, principalmente na modalidade da ventriloquia.

Tenho experimentado voltar em igrejas onde estive há mais de 30 anos, constatando que pessoas, agora adultas, lembram com detalhes das pregações feitas com os bonecos. Esqueceram de mim, mas não das mensagens e dos bonecos. Já foram mais de 1400 apresentações nesses 36 anos, muitas histórias e, glória a Deus, muitas conversões. Como compatibilizar a função de pastor e artista? Ser pastor, entre muitas atividades, também é comunicar a Palavra de Deus todo o tempo. O apóstolo Paulo já frisava a importância de comunicar, de se fazer ouvido, de se transformar para ser entendido e de ser entendido para transformar. Ser bonequeiro comunica, alegra, evangeliza e realiza a Missão. Tive um brilhante professor que disse uma frase inesquecível: “A Missão é da igreja, mas a agenda é da comunidade”. (Longuinni Neto). Compartilhe uma experiência importante nesse ministério da pregação com bonecos: Certa vez nosso grupo missionário esteve na cidade de Araguaina. Chegamos até a praça da matriz, tiramos os equipamentos da Kombi, montamos o som e pregamos o Evangelho. Ninguém foi nos ouvir. Ao longe, um homem

com um guarda-chuva pendurado no braço, nos olhava. Ele se aproximou e perguntou: “É verdade que vocês vieram lá do Rio de Janeiro só falar desse Jesus?” Respondemos e o convidamos para o culto à noite, que seria em um auditório na cidade. No culto, já com algumas dezenas de pessoas, lá estava o tal homem. Contamos a história do filho pródigo com um velho projetor de slides e apresentamos a boneca Krica de ventríloquo. Aquele homem estava inquieto, esfregava as mãos nervoso e quando convidamos a levantar as mãos os que queriam receber Jesus em seu coração; ele foi o primeiro. Logo em seguida, fui aconselhá-lo e ele, em tom grave me disse: “Rogério, eu quero lhe dizer uma coisa, eu sou um assassino. Meu nome é Nego Daniel, e eu sou pago pelos grandes fazendeiros para matar os pequenos sitiantes que

fazem com eles divisas. Eu tenho 74 anos e nunca ouvi falar desse Jesus. Eu vi muitos homens chorar nas minhas mãos e eu estou com nojo delas. Será que tem jeito pra mim?”. Li com ele João 3.16, ele confessou seus pecados e aceitou a Jesus. Naquela noite seguimos viagem. Onze anos depois, um dos meus companheiros de viagem foi fazer um trabalho no interior de Minas Gerais e ao voltar me procurou: “Rogério, você nem imagina quem eu encontrei em uma igrejinha evangélica, o Nego Daniel! Agora ele é professor de crianças na escola dominical”. Em 2014, meu pai, o professor Bellan, faria 100 anos. Obrigado pai, por me ensinar essa arte tão bonita e rara da ventriloquia. Obrigado Pai do céu, por usá-la para o crescimento do Reino e para a sua glória.

Conselho Batista do Espírito Santo elege diretor-geral Lilia Barros, jornalista da CBEES

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Conselho Geral da CBEES elegeu o seu novo diretor-geral. O nome indicado foi o do pastor Diego Bravim, com 80% de aprovação. O pastor Diego atuou interinamente à frente dos

batistas capixabas desde o dia 27 de abril de 2012, período em que reduziu gastos, enxugou quadro de funcionários para dar mais equilíbrio às contas da Convenção, aproximou-se das associações e igrejas, investiu na evangelização com ação social (Missão Integral), além da plantação e revitalização de igrejas. Foram reabertos os campos missionários em Mucurici e Laranja da Terra, aberto em Tabuazeiro, concluída a revitalização e emancipação da Igreja Batista em Irupi e, agora, recentemente, organizada a Segunda Igreja Batista de Cariacica.

“É um privilégio servir ao meu Deus na minha denominação neste momento tão especial de uma convenção com 126 anos de história. O relacionamento e a transparência tem norteado nosso trabalho. Com o pastor Doronézio Andrade na presidência, somos motivados a cultivar uma vida de santidade. Queremos fortalecer as áreas de educação, comunicação e todas as nossas organizações executivas e auxiliares, bem como o nosso seminário teológico. Caminhando sempre juntos faremos um planejamento estratégico com a Ordem de Pastores focando o trabalho missionário, pois en-

tendemos que, juntos, vamos escrever uma nova história em campo capixaba”, diz o novo diretor. Diego Bravim é nascido em Vitória, formou-se em Teologia pelo CETEBES e cursa atualmente Psicologia. Em relação ao seu histórico, foi presidente da Juventude Batista Cariaciquense; presidente da Associação de Igrejas Batistas de Cariacica e Viana; vice-presidente da Juventude Batista Capixaba (JUBAC); coordenador Estadual do Grupo de Apoio Missionário (GAM); diretor- executivo da JUBAC; capelão do Colégio Americano e Faculdade Batista;

secretário da Subseção de Pastores de Vitória; terceiro secretário da Ordem de Pastores do ES; secretário da CBEES; vice-presidente da Juventude Batista Brasileira; membro do Conselho da CBB; presidente da Juventude Batista Brasileira; pastor auxiliar da PIB em Bento Ferreira e pastor de Jovens e adolescentes da PIB em Cachoeiro.


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ponto de vista

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OBITUÁRIO

Uma palmeira tombou Helvécio Vaz Andrade Santos nhou concursos de poesias e, com isso, em pouco tempo, Família Vaz Andra- já na juventude, veio para de comunica o fa- o Rio de Janeiro chamada lecimento da que- para trabalhar no “O Jornal rida Daria Gláucia, Batista” como secretária do ocorrido em 07 de outubro redator, pastor Almir dos Sande 2014, no Rio de Janeiro. O tos Gonçalves, na então Casa culto de gratidão foi realizado Publicadora Batista. Daí em na Igreja Batista Itacuruçá - RJ, diante, a trajetória de escritora sob direção do pastor Israel e poetisa se firmou. Estudou no Seminário Betel, Belo de Azevedo. Estiveram presentes inúmeros irmãos ao tempo ainda do pastor em Cristo, familiares, pasto- José de Miranda Pinto. Conres e colegas seus da Acade- viveu com várias expressões mia Evangélica de Letras do da literatura evangélica, foi Brasil (AELB). A seguir, uma aprovada por exame para transcrição da breve biografia cargo na Câmara Municipal de autoria do diácono Almir do Rio de Janeiro, onde exerGonçalves Júnior, publicada ceu a função de revisora por no boletim do culto realizado muitos anos. Formou-se em curso superior de Pedagogia na ocasião. e Literatura. Em todo esse tempo se Daria Gláucia, “a baiana aproximou e fixou raízes mais carioca possível” De Nova Itarana, interior na Igreja Batista Itacuruçá. da Bahia, desde a infância se Foi muito amiga do pastor afeiçoou aos livros e à leitura. Hélcio Lessa e de sua esposa Família grande, na casa da Odete, e do pastor Israel Belo vovó, sempre lia e se deli- de Azevedo e sua esposa ciava, especialmente com as Rita. Além disso, foi insepapoesias. Foi estudar no grande rável companheira de nossa Colégio Taylor Egídio, onde “Tuca”, a Aracy Carneiro e aos pés de Carlos Dubois companheira do mano Hele sua esposa Stela Câmara vecio Andrade em nossas Dubois, se empolgou ainda atividades. De Itacuruçá não mais com a literatura. Ga- se afastou nunca até que há

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Saudades Valdeci Pose, pastor

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endito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Conforme a sua grande misericórdia, ele nos regenerou para uma esperança viva, por meio da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (I Pe 1.3). Assim foi a partida da irmã Argentina da Silva para os braços do Pai. Faz um mês, mas não dá para esquecer o falecimento da irmã Argentina. Saudades. Argentina fazia parte da membresia da Igreja Batista do Jardim Rotsem, em Duque de Caxias – RJ, pastoreada pelo pastor Ecleir. Serva fiel, dedicada em suas atividades com a sua denominação. Uma mulher de oração em todos os momentos, sempre com um sorriso nos lábios e pronta para atender a qualquer

que lhe solicitasse ajuda. Temos certeza de que esta saudade que temos em nossos corações até hoje, somente o Espirito Santo de Deus pode amenizar, pois esquecer, nunca. Saudade dos seus filhos, filhas, genros, netos, netas, bisnetos e bisnetas. Como faço para expressar o mais puro sentimento por uma pessoa, a qual sempre fez parte da nossa vida e agora foi chamada por Deus para o descanso eterno? Duro, mas é a grande verdade.O que vem a ser tristeza? O objetivo da tristeza é fazer você lembrar, é alertar que algo foi perdido, que algo aconteceu, pois foi justamente isso que ocorreu. Minha esposa perdeu a sua mãe, amiga, companheira, conselheira, e uma grande admiradora da filha que tinha. Sofro neste momento com a partida da minha sogra, pois sinto as mesmas

dores da esposa e dos netos. Quando você sentir tristeza, não as coloque de lado, pois a maioria de nós não aceita esse estado melancólico que nos envia para o banco das tristezas e perdas. Como agradeço a Deus pela vida da minha sogra. Como cresci, como aprendi com o tempo que aqui conviveu conosco esta bela serva do Deus vivo. Não posso esquecer da elegância como se vestia, gostava sempre de estar bem-arrumada e nunca deixava os seus compromissos com Deus por último. E eu sempre instigando-a para ver suas respostas de experiência de vida. Querida sogra, já sinto a sua falta. Olha, pode ter a certeza que nunca vou ficar sem camisa no varandão da comunhão. Preciosa é a morte dos justos (santos) à vista do Senhor para irem ao encontro de Jesus. Saudades do seu genro.

três domingo nos vimos mais uma vez nos bancos da Igreja. Em 2004, graças aos seus trabalhos, deu entrada aos portais da Academia Evangélica de Letras, na cadeira de um grande inspirador dela, o também itacurucense, professor José Luciano Lopes. Um dos últimos livros que nos brindou, “Uma boneca para Salete”, uma reflexão sobre a infância abandonada, traz-nos um poema de grande atualidade em suas poucas linhas: “Há um menino na rua, há um menino na estrada, há um menino na praia, há um menino na pelada. E foi por esses meninos que escrevi estes versos”. Um novo livro estava já em fase de digitação. Sairá quando Deus quiser. Dentre os preitos de gratidão em memória de Daria Gláucia citamos os que ocorreram nos dias 12 e 22 de outubro: o primeiro na Igreja da Candelária, por ocasião do concerto do Coral Excelsior, com um momento de silêncio e ainda uma homenagem na sessão Solene da Academia Evangélica de Letras do Brasil, presidida pelo reverendo Guilhermino Cunha, no templo da Igreja “Cristo Vive”.



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