ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 23/11/14
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
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Ano CXIV Edição 47 Domingo, 23.11.2014 R$ 3,20
Foto: Sélio Morais
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Marselle Karolina Emanuelle Karolina Vera Lúcia Nogueira Pereira
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EDITORIAL O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIO DE REDAÇÃO Othon Oswaldo Avila Amaral (Reg. Profissional - MTB 32003 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com Assinaturas: assinaturaojb@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Jornal do Commércio
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música é, sem dúvida, a mais fina e sublime de todas as artes e a mais significativa de todas as expressões humanas. A música tem o poder mágico de influenciar atitudes – acalmar temperamentos revoltosos, modificar estados de humor e em certos casos até transformar conceitos e filosofias. As reações do homem à música podem ser divididas em três classes: física, emocional e intelectual. Sabe-se que estas reações são inter-relacionadas e interagidas, e que elas não poderiam ser completamente separadas. A reação tipicamente física à música é notada pelo aumento da pulsação, da respiração e a tendência de uma movimentação corporal, como bater o pé, bater palma, acompanhar com o corpo e a cabeça o ritmo percebido. Essas são as reações físicas mais comuns à música. Na emoção, não se discutem as reações tão prontamente. Alguém que tenha experimentado a emoção do medo sabe perfeitamente do que estou falando. Contudo, como pode ser descrito? Quantas vezes nos expressamos assim: “Meu coração quase soltou pela boca” ou “Minhas mãos estão geladas e suando”. A reação emocional se mantém sem explicação. Toda emoção forte precisa ser experimentada para que seja completamente entendida. Toda pessoa que experimenta um contato com a
música tem sentindo por meio da emoção a força de sua comunicação. Um simples fragmento melódico que conhecemos nos leva, muitas vezes, a um passado tão remoto que jamais poderíamos experimentar ou lembrar a não ser estimulados por uma experiência com determinada melodia. Assim, pode ser uma brincadeira de criança da qual nos lembramos ao ouvirmos a música. Essas emoções podem ser de alegria, tristeza, regozijo, etc. É interessante notar que não é apenas lembrança, mas também a emoção daquela época. A reação intelectual é aquela que vem pelo conhecimento musical, não somente do ponto de vista histórico, mas também estrutural e estilístico. O envolvimento, o “background” cultural e o treinamento específico são fatores condicionantes da apreciação musical. De acordo com essas condições, a música pode evocar nas pessoas respostas físicas, emocionais e intelectuais. Pensando neste aspecto das reações do homem aos estímulos da música, seria interessante lembrarmos: “Cantai louvores a Deus, cantai louvores; cantai louvores ao nosso Rei, cantai louvores. Pois Deus é o Rei de toda a terra; cantai louvores com salmo” (Sl. 47. 6-7). “Que fazer, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o en-
tendimento” (I Co. 14.15). “Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor todos os moradores da terra” (Sl. 96.1). A música do povo de Israel consistia em cantos de louvor, gratidão, instrução, experiência pessoal e até celebração de fatos históricos. Já existiam cantores, corais, instrumentistas, professores, regentes e compositores. O livro de Salmos é o primeiro hinário do povo judeu. O rei Davi nomeou os levitas como responsáveis pela música no templo e também pela liturgia dos cultos da época, como diz I Crônicas 16.4-7). Na dedicação do templo de Salomão, a música foi esplendorosa, de acordo com o que diz II Crônicas 5. 13-14). Naquela ocasião, não resta a menor dúvida de que a música trouxe ao povo um profundo sentimento de certeza da presença de Deus. Em vários e significantes momentos do Novo Testamento, nos deparamos com a música cumprindo um importantíssimo papel. No Evangelho de Lucas, por exemplo, três belíssimos cantos marcam a presença da música: Canto de Maria, o Canto de Zacarias e o Canto de Simeão. É impossível pensar em música sem lembrar-se de Deus. A música é a voz que fala ao coração humano e o mais rápido veículo da vontade, da emoção, do sentimento que nascem do Criador em direção à sua criatura. Tudo na natureza é harmônico, como se uma grande
partitura tivesse sido criada para que cada nota, cada semifusa fosse uma pequenina parte daquele conceito excepcional que une homem, animais, plantas, astros. Tudo se coordena, como se não houvesse maestro. As notas se sucedem, entrelaçam-se, arpejam-se em uma organização que revela o grande espírito que as reuniu. Que Deus permita que usemos esta harmonia em nossos cultos para conduzir o seu povo à edificação, cheios de bom exercício teológico, e temperados com três ingredientes que melhorarão a acidentada relação entre música e adoração; fervor reverente, sentido de comunhão solidária, e obediência sincera ao Senhor. Fervor reverente, para que não esqueçamos que estamos diante de Deus e que não podemos esconder nosso sentimento. A música ajudará a aquecer nossos corações guardando o sentido de respeito festivo. Comunhão solidária, para sensibilizar-nos à realidade do corpo de Cristo que somos. A música deverá ser colaboradora do amor e da paz, os verdadeiros alicerces entre os cristãos. E obediência sincera, para sair do culto e viver o que confessaram nossos lábios, mesmo que esta obediência nos custe sofrer no meio de um mundo idólatra. A música nos recordará a Palavra de Cristo, Palavra de vida, justamente em meio à luta contra as forças da morte. Ery Herdy Zanardi, presidente da AMBB
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bilhete de sorocaba Julio Oliveira Sanches
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mundo está em crise, não há como negar. O nosso governo está em crise, já é fato comprovado. A família também está em crise. Tantas são as investidas do maligno para destruir a família que segue o padrão original divino. Muitos não mais creem na restauração da célula mater da sociedade. A Igreja está em crise. A inversão dos valores bíblicos, a tentativa de moldar a Igreja à nova concepção de pecado, à nova moralidade e ao mundanismo que penetrou os nossos arraiais deixam a Igreja aturdida e vulnerável. A mensagem pregada pela Igreja parece ineficiente para confrontar o reino das trevas. Qual a mensagem a ser pregada hoje para mudar a atual situação do mundo pecador? Os curandeiros vendem milagres. Os oportunistas aproveitam-se das desgraças alheias e oferecem soluções
que não solucionam. A crise também já atingiu os pastores. Logo eles que deveriam estar acima de todas as crises. São eles que oferecem suportes e caminhos para aqueles que vivem momentos difíceis. Como profetas de Deus, deveriam estar incólumes às adversidades que atacam o rebanho. Os cuidados à ovelha em crise exigem um pastor saudável em todos os sentidos, que não se deixa contaminar pela peste que assola o rebanho. Deveria ser assim, mas não é. Pastor também é humano, dirão alguns. É verdade. Mas, pastor em crise não tem como apascentar o rebanho e buscar a ovelha desgarrada. As ovelhas aturdidas reclamam, aumentando ainda mais as crises do pastor. Não se trata de crise quanto à vocação. A maioria crê na chamada divina e tem consciência de que é Deus quem convoca ao ministério. Não há dúvidas sobre o cha-
mado. Claro que há os que desejavam apenas a titulação. Ser chamado de pastor, sem nunca empunhar o cajado, sem jamais se imiscuir com o odor da ovelha. Ser pastor dá status. Sentem-se felizes com o título e com os convites para serem oradores das Assembleias e Congressos. Gostam de ensinar os pastores a pastorear. Ensinam como fazer a igreja crescer, sem jamais ter atuado como verdadeiro pastor de um rebanho. A liderança denominacional tem uma atração especial por tais pastores sem rebanho em suas programações. São peritos em dizer como fazer sem nunca terem feito. O pastor em crise no qual me refiro é aquele que tem um chamado específico para o pastoreio. Tal pastor não consegue encontrar uma igreja para pastorear. As redes sociais estão repletas de pedidos de auxílio e para que se encontre uma igreja para
alguém sem a mesma. Alguns postam pedidos de auxílios financeiros para sobreviver. Contas a pagar, aluguel vencido, remédios a comprar, acrescido ao desconforto de sentir-se preterido no Reino de Deus. As pequenas campanhas de solidariedade de uns poucos abnegados não são suficientes para suprir as carências pastorais e devolvê-los ao ministério. As contas vencem a cada mês. Os recursos chegam de modo esporádico. Não há Igrejas sem pastor suficientes para acolher a demanda. Tempo houve em que havia mais igrejas do que pastores; era possível escolher. Hoje não. Todos os dias chegam mensagens de alguém suplicando por uma igreja. O que aconteceu? Vários são os motivos: as igrejas não investem mais em congregações ou missões; tudo é investido na sede. O olhar que via os campos brancos para a ceifa agora passou
a ver apenas os bancos que precisam ser trocados. As “megas igrejas” não investem na abertura e implantação de novas congregações. Seu alvo é crescer em torno de um líder, de um nome. Há uma equipe repensável pelo show e milhares de salvos sentados a aplaudir. As instituições de Ensino Teológico não clamam mais por vocações. Estão saturadas de futuros desempregados na causa. Qual foi a última vez que você ouviu um sermão com apelo para que os vocacionados se apresentassem? Não precisa responder. A seara continua grande e madura, mas no conceito moderno de igrejas, há trabalhadores sobrando. Precisamos reverter a situação atual e voltar a abrir pontos de pregação, que se transformem em missões e, estas, em novas igrejas. Quando isso voltar a ocorrer, não teremos mais pastores em crises chorando por um ministério.
Anderson Resende Barbosa, pastor da Primeira Igreja Batista Brasil Novo – PA
trina atacou a Igreja de Éfeso, mesmo muitos anos depois de ele partir para outro ministério ou mesmo ter morrido por causa da perseguição. Vemos que, em Apocalipse capítulo 2, Jesus faz menção a essa Igreja que foi pastoreada por Timóteo. Mesmo com toda convicção e bagagem pastoral, houve um momento na vida de Timóteo em que ele foi chamado a atenção pelo companheiro Paulo. Havia muita perseguição, havia muitos falsos crentes, havia muitas dificuldades no ministério. Talvez houvesse pensado que ficar quieto sendo um crente só de reuniões regulares na igreja já fosse o bastante. No início do livro de II Timóteo encontramos o apóstolo Paulo fazendo algumas advertências e exortações a Timóteo: reavives o dom de Deus que há em ti; Deus não nos tem dado espírito de covardia; não te envergonhes do testemunho do Senhor; participa comigo dos sofrimentos a favor do Evangelho; mantenha o padrão das sãs palavras que de mim ouviste; fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus; participa comigo dos sofrimentos como
bom soldado de Cristo; e assim por diante. A Palavra de Deus sempre nos lembra de que haverá um dia que prestaremos conta a Deus de tudo que fizemos aqui na terra. Mas também vamos prestar contas de tudo que deixamos de fazer, o que era nossa obrigação fazermos. Jesus deixou uma ordem: pregar o Evangelho. Paulo novamente lembra Timóteo dessa ordem: “Prega a palavra, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (II Tm 4.2). Tem muitos “crentes” que querem ouvir o que agrada seus ouvidos e coração, e partem para outros meios religiosos que falam e prometem coisas agradáveis. No tempo da Igreja Primitiva já estava surgindo essas heresias e muitos “crentes” preferiam estar nesses lugares do que se submeterem a correção, repreensão e exortação. Vejamos o que diz o texto: “Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina, pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como se sentindo coceira nos ouvidos, e se recusarão
a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas” (II Tm 4.3-4). No período em que esta carta foi escrita, muitos cristãos estavam morrendo, muitos tiveram seus bens confiscados, muitos foram expulsos da região que moravam e passaram a viver sob constante ameaças de morte. Paulo anima a Timóteo: “Se sóbrio em todas as coisas, sofre as aflições, faze o trabalho de um evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério” (II Tm 4.5). Cumprir cabalmente o ministério é começar a vida crista e concluir. No início do texto que lemos há uma menção da vinda de Cristo. Permaneça firme mesmo com sofrimento. No capítulo 3, nos versos 14 e 15 também é lembrado a Timóteo sobre o inicio da sua vida cristã. Embora Paulo estivesse falando de perseguição e sofrimento, como ele mesmo descreve que alguns irmãos o abandonaram e outras pessoas o fizeram muito mal, (vs.9-14), ele descreve o que teve que suportar, e suportou por amor a Cristo, como diz II Coríntios 11.18-30. Paulo tinha convicção da sua coroa da justiça. Pesava
sobre ele a angústia de estar prestes a morrer, o qual faz a declaração ciente e consciente de sua morte: “Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegada”. Ele faz referencia a morte de animais no antigo testamento, que tinha seu sangue derramado em sacrifício. Paulo entendeu a mensagem de Jesus: “Quem quiser vir até mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, siga-me; quem quiser pois salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho salva-la-á” (Mc 8.34-35). A esperança da recompensa de Paulo não era dos seus méritos, mas da graça de Deus. Paulo não estava recebendo recompensa de chefe de estado e nem de nenhum líder religioso pelo trabalho feito na terra. Ele simplesmente está dizendo a Timóteo que vale a pena pregar o Evangelho, vale a pena seguir a Jesus, pois quem me dará a recompensa é o próprio Jesus, o Senhor, reto Juiz, que me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.
Base Bíblica: II Timóteo 4.1-8
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ostaria de chamar a atenção do leitor para a realidade da vida cristã. Não existe vida cristã sem batalha espiritual, sem sofrimento, sem morte, por isso Jesus disse: “Quem quiser vir até mim, negue-se a sí mesmo, tome a sua cruz, siga-me, quem quiser pois salvar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida por causa de mim e do evangelho salvá-la-á” (Mc 8.34-35). Timóteo era um jovem com uma história de fé e caminhada cristã excepcional. Sua vida de testemunho é louvada por Paulo graças ao zelo e também fidelidade da sua avó Lóide e sua Mãe Eunice para com Deus. Quando ainda muito jovem seguiu Paulo na sua segunda viagem missionária e, logo depois, assumiu o pastorado da Igreja de Éfeso. Sua característica pastoral é aprovada por Jesus. Doutrinou a Igreja de forma que nenhum vento de dou-
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GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE
OLAVO FEIJÓ Pastor, professor de Psicologia
O barulho das canções religiosas Rodrigo Odney, pastor da Primeira Igreja Batista de Pompéia - SP
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culto a Deus, pessoal ou coletivo, é a expressão mais elevada da fé e devoção humana. É supremo, tanto em privilégio, quanto em dever. Cultuar a Deus nos permite experimentar uma renovação de fé, esperança e amor, como resultado da comunhão com o Deus supremo. O culto não pode ser relegado a um mero encontro social. Ao contrário disso, é um momento indescritível que o indivíduo tem um tríplice encontro. Um encontro consigo mesmo, com o seu semelhante e com o Deus Todo Poderoso, explico. O encontro consigo mesmo é necessário para um indivíduo tornar-se pessoa. Conhecer a si mesmo, as suas virtudes e deméritos possibilita a pessoa perceber a vida e as transformações
que carece sofrer. Permite o desenvolvimento do caráter, suas habilidades e sua vocação. O encontro com o seu semelhante é necessário para que a pessoa seja um cidadão. Coexistimos com outras pessoas, não nos bastamos em nós mesmos. Necessitamos uns dos outros para amar, servir e amadurecer. O nosso semelhante enobrece a nossa existência. O encontro com o Deus Todo-poderoso é a realidade sem a qual não existimos. Por ele e para ele fomos criados. Ele é a razão primeira e última da nossa existência. Fomos criados por ele, para o louvor de sua glória e, somente nele, a nossa entidade deleita-se em prazer e glória. O tríplice encontro é o indelével encontro destilado nas Sagradas Escrituras. Observe a intercessão de Abraão por seu sobrinho Ló, descrita em Gênesis 18.2333. Note a intercessão de
“Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque Moisés pelo povo de Deus, não ouvirei as melodias das como relata Êxodo 32.30-35. tuas violas” (Am 5.23). Considere o apoteótico encontro de Isaías com Deus, mós era “pastor de como diz Isaías 6.1-8. Note ovelhas” em uma ainda, a transfiguração, citapequena cidade do em Mateus 17.1-8. judaica chamada Extraordinários relatos que Tecoa. Por motivos não exmarcaram para sempre a plicados no seu livro, Amós existência do homem nesta foi convocado por Jeová para Terra. Que Deus nos conce- pregar sobre a justiça do Reida a graça de cada culto ser no de Deus. A prosperidade efetivamente esse tríplice material do povo de Israel encontro que tanto necessi- atingira um alto nível. Ao tamos. Que o culto a Deus mesmo tempo, entretanto, não seja um mero encontro a vida espiritual da nação social. No entanto, seja um entrara em decadência. Por encontro com o sagrado que isso, os cultos se transformasantifica a resistência profa- ram em meros espetáculos na que, por pouco tempo, de liturgia. E é neste contexto habita em nós. que a mensagem do Senhor O tríplice encontro é teo- deve ser ouvida e recebida: cêntrico. Corrige e nos ensi- “Eu odeio, Eu detesto as suas na a olhar para nós mesmos, festas religiosas. Parem com para o nosso semelhante e o barulho das suas canções para o nosso Deus. O culto religiosas” (Am 5.21-23). a Deus é, definitivamente, Hoje em dia, estão surum tríplice encontro. Que gindo alguns poucos líderes em todos os momentos de cristãos pregando “o Reino culto sejamos renovados e de Deus e a sua justiça” (Mt fortalecidos pelo impacto 6.33). Eles lamentam o espedestes encontros.
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táculo dos templos grandiosos, que cultivam propositadamente os altos decibéis do “louvor” gospel. Eles se entristecem com o mau testemunho dos membros de igreja, que se vestem com “pele de cordeiro” nos cultos de domingo e não se sentem constrangidos em ostentar as roupas da corrupção do mundo, a partir da segunda-feira. O Deus de Amós não se alegra com o barulho das nossas “festas e canções religiosas”. Neste contexto, vale a pena levar a sério a experiência do profeta Elias, machucado pela podridão espiritual dos judeus que adoravam a Baal. A mensagem do Senhor, que restaurou espiritualmente Elias e a vida religiosa do povo, não pode ser ouvida no barulho do terremoto, do vento impetuoso ou do fogo avassalador. O avivamento começou com “a voz mansa e suave do Senhor”, como relata I Reis 19.12. É tempo de ouvir o Senhor, cultivando silêncio reverente em nossos cultos.
D’Israel, colaborador de OJB e membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro - RJ Servos de Deus Há música nos ares, o mundo está em festa Cantem salmos, hinos, bem-aventuranças Dando esperança a todo pecador De entrar no céu mui feliz da vida Com alma salva toda garantida Sem nenhum pecado. Tenham tolerância com esses pecadores Longanimidade, grande paciência E muito amor. Músicas trazem sons alabastrinos Flautas, violinos, harpas e saltérios Para refrigério e consolação desses pecadores Dessas pobres almas, que estão distantes, Trazem os seus dons e os seus talentos Vem de muito longe para engrossarem O batalhar de Deus que vem combatendo O negro pecado que vem se alastrando Na face da terra no coração do homem O desviado, o enfraquecido na sua fé em Deus Vem para exaltar o seu santo nome Sem lhe dar guarida com toda certeza Por sua Igreja na face da terra. Vem toda despojada de qualquer malícia Vem na comitiva tão celestial Cheia de unção que estão caindo
Do trono de Deus Com grande vontade de evangelizar. Ouçam lá no céu os anjos cantando Os corais dos anjos, um a um chegando Maravilha, vejo que coisa tão linda, Eu não sei ainda se estou sonhando Há música nos ares, sim estou ouvindo, Vejo os maestros, ministros de música Todos reunidos e confabulando Se organizando para essa grande festa Cheios de alegria e sem preconceito Mui realizados neste seu trabalho As suas batutas estão no ar girando Toda a orquestra já se preparando Para exibição na face da terra Estão afinando os seus instrumentos Para começarem o grande concerto A apresentação das suas oferendas Ao grande senhor de todos lugares Lhe oferecendo o melhor lugar que tem Os seus dons, talentos, para aqui estarem Para comemorarem o Dia do Ministro de Música. Bah está chegando, Chopin também Trouxe Debussy junto de Bethoven Brams e TchaiKovsky, Mozart vem vindo Há música nos ares: Deus está presente.
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Paulo Francis Jr., vice-presidente da Primeira Igreja Batista de Presidente Venceslau - SP
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m sacerdote ascético, devoto da filosofia de vida na qual são refreados os prazeres mundanos, isolou em uma caverna um grupo de jovens aspirantes ao serviço religioso no intuito de obrigá-los a jejuar. No outro dia, quando foi apanhá-los, o velho percebeu alguns fragmentos de cascas de ovos espalhados pelo chão. Ao indagá-los acerca da “quebra do jejum”, ouviu a seguinte resposta: “O diabo tentou-nos. Achamos alguns ovos de codorna e os cozinhamos em uma colher aquecida por uma vela e acabamos comendo”. Conta-se que, na mesma hora, satanás apareceu e defendeu-se: “Nem eu sabia que dava para cozinhar ovos usando uma pequena colher e uma vela”. Se tivermos a compreensão plena das orientações vindas das Escrituras Sagradas vamos perceber o quanto precisamos melhorar e quanto elas nos trazem infinitos ensinamentos. A Palavra nos dá maturidade para nos percebemos, por exemplo, que o pavor dos discípulos não estava no tamanho da tempestade que enfrentavam enquanto o seu Mestre dormia. O pânico maior veio depois, ao constatar o poder que o filho do Criador tinha em acalmar as ondas e o tamanho da paz que ele trouxe. Os pregadores atuais quase não “detalham” isso. No mundo hoje, tristemente, os grandes erros alheios
Cleverson Pereira do Valle , colaborador de OJB
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estado de São Paulo tem vivido dias de tensão quando se refere à água. Na cidade de Itú-SP, inclusive, os caminhões-pipa precisam ser escoltados. As pessoas entraram em desespero por falta de água. Por que estamos passando por esta crise hídrica? O que está acontecendo na região Sudeste do país, mas precisamente no estado de São Paulo?
quase sempre nos deixam à vontade para cometer delitos tidos como “pequenos”. Na nossa cabecinha, tudo parece absolutamente aceitável, não é mesmo? Mas, não é. Por detalhes, temos perdido o melhor para as nossas vidas. Sobre os motivos que levam as pessoas, por exemplo, a se ausentarem das igrejas, a faltarem. Poucos são realmente relevantes. A maioria das desculpas é por causa da preguiça. Mas, existem ainda outros “argumentos” que nos tiram da direção do Criador. Outro dia, um amigo disse-me que faltou ao culto “porque resolveu assistir a um filme”. Não é interessante esse pretexto? Penso que, em nenhum outro momento da história contemporânea, se congregar em uma igreja em torno das verdades do Criador se tornou tão imprescindível como agora. É uma necessidade primordial a quem deseja uma postura casta e a redenção espiritual. Certa vez, li em um pequeno catálogo de uma igreja o alerta: “A vida não é uma paisagem que olhamos por alguma janela enquanto o tempo nos abandona”. Precisamos aproveitar bem o nosso pequeno período por aqui reverenciando o Criador. Desta forma, que tal você ir a uma casa de oração hoje? Infelizmente, os bons sentimentos dos homens estão sob uma camada de gelo de diferentes espessuras. Isso não se refere apenas a quem ouve a Mensagem de Deus. Também, a quem prega, independente do segmento a que pertença. Há
mais ou menos oito anos, um homem entrou em uma loja famosíssima nos Estados Unidos e cometeu um delito inexpressivo: roubou uma gravata. Poderia ser apenas repreendido pelos seguranças. No entanto, descobriu-se que ele era um dos mais destacados líderes dos Direitos Humanos no mundo e de comunidade religiosa. Perdeu seu trabalho, sua posição e sua credibilidade e sumiu da mídia. Pessoa de moral ilibada, até então, que caiu apenas por não observar um diminuto detalhe, não é mesmo? Agora, preste atenção e divulgue onde você achar que seja útil. Pode ser na sua casa, na sua escola, no seu trabalho, em uma praça, na sua igreja ou no seu local de orações. Toda a violência, todas as bilhões de mortes brutais que já existiram, existem e ainda vão acontecer; todos hospitais e seus pacientes cheios de dores; todas as prisões com os mais bárbaros delinquentes e suas celas solitárias; toda a amargura e ira das pessoas somente existem por causa de um detalhe: “comer o fruto”. Todo o mal do mundo está ligado a este simples ato de desobediência ao Criador que aconteceu lá no princípio, no Éden. Não é matar, estuprar ou espancar alguém. Não é guerrear com alguém. Comer o fruto foi a rebelião da humanidade contra a santidade de um ser supremo e infinito. Medite, reflita, considere, pense nas coisas que parecem ser detalhes; a ausência nas celebrações e cultos ao nosso Deus na igreja é “comer o fruto”. E isso é sério.
O fato é que, com a falta de chuva, os reservatórios de água estão secando. Com reservatórios secos, milhões de pessoas ficam sem água. É preciso conscientização, é preciso ficarmos em alerta. Não podemos desperdiçar a água. Neste tempo de racionamento de água temos algumas lições para aprender. Primeiro, não podemos usar a água de forma irresponsável. Em segundo lugar, é necessário preservar a natureza. E, por último, devemos ser solidários. Não é fácil viver sem
água potável. A água é útil para beber, lavar roupa, casa, carro, gerar energia, etc. Se não conseguimos viver sem água potável, espiritualmente também é uma tragédia viver sem água. Jesus ao falar com a mulher samaritana em João 4, apresenta-se como a Água Viva. Ele quer saciar a sede espiritual de cada pessoa, basta crer nele e confiar pela fé. Não viva uma vida espiritual fraca, beba a Água Viva, a água que jorra como fonte para a vida eterna.
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ona Zinha, Luíza dos Santos, minha saudosa sogra, tinha uma paixão na vida: levar pecadores a Jesus. Certa vez ela aprontou os filhos pequenos e saiu para os lados do distrito de Independência para visitar um senhor que estava muito enfermo, por nome Artur, de uma das mais conhecidas famílias da região, a família Piauí. Com aquela meiguice que lhe era característica, ela tentava convencer Artur Piauí a aceitar o Senhor Jesus: “Seu Artur, só Jesus tem poder para iluminar o nosso caminho aqui nesta vida e na passagem para o céu. O senhor precisa crer em Jesus”. “Eu creio em Zésuis, dona Zinha, ele não é o Filho de Deuso?, garantia Artur, sentado em uma cadeira com as mãos nos joelhos, enquanto balançava o corpo para frente ao ritmo da própria fala. Dona Luíza insistia em lembrar as palavras de Jesus: “ Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” O senhor quer ter a luz de Jesus? Olha, seu Artur, se o senhor aceitar Jesus, na última hora da vida o senhor terá um caminho brilhante de luz, um caminho lindo. Jesus é a luz do mundo; quem não segue Jesus está andando na escuridão”. O senhor Artur responde: “Eu creio em Zésuis, dona Zinha; ele não é o Filho de Deusu?” “A verdade de Deus revelada em Cristo ilumina a mente, mas isso não basta para a salvação. É preciso que a verdade desça ao coração e toque a sensibilidade emocional, aquela parte da personalidade que a Bíblia chama coração, o mais íntimo do ser. Aquela camada da personalidade que fica abaixo da mente e dos sentimentos. Porque ‘é com o coração que se crê para a justiça’. É ali que a verdade vai ser manifestada pela graça de Deus para fazer nascer a fé; essa fé que salva. Creia em Jesus, seu Artur. Jesus é a
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luz do mundo”, disse dona Zinha. E o Artur, com mãos nos joelhos, balançando o corpo em sinal de respeito, diz: “Eu creio em Zésuis, dona Zinha; pois ele não é o Filho de Deusu?”. Algum tempo se passou, dona Zinha se mudou para o Rio de Janeiro e foi morar na Pavuna. Certo dia, um filho de Artur Piauí foi ao Rio e foi visitar dona Luiza. Contou muitas coisas que se passaram lá na Independência, no município de Castelo - ES, depois que dona Luíza foi embora. Contou a ela a respeito da morte de Artur Piauí, seu pai. Artur foi definhando, mas guardou a lucidez mental até o último momento. Ao sentir que a morte se aproximava, Artur Piauí clamava por luz: “Está tudo muito escuro; eu quero ver aquele lindo caminho de luizi que dona Zinha falou”. Solícitos e angustiados, os filhos correram e trouxeram uma vela acesa, que colocaram nas mãos do velho. Com um “vapt”, ele sacudiu a vela para longe, dizendo: “Não é essa lúizi, tira daqui já. Eu quero aquela lúizi da dona Zinha”. Foram ainda mais depressa buscar um tição aceso no fogão a lenha. Tentaram colocar o graveto aceso nas mãos de Artur. Novamente ele atirou longe a lenha em chamas e gritou: “Não é essa lúizi. Eu quero a lúizi que dona Zinha falou”. Porém, ninguém naquela casa sabia, àquele tempo, que Jesus é a luz do mundo. Ninguém ali sabia que Jesus ilumina a alma para viver a verdade nesta vida e para passar a eternidade. Ninguém. Artur Piauí partiu maldizendo as trevas, clamando pela “luz do céu”. E você, quando chegar a sua hora de partir, você terá a luz da vida, Jesus? “Tu anseias hoje mesmo a salvação? Tens desejo de banir a escuridão? Abre então, de par em par teu coração, deixa a luz do céu entrar”.
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Sylvio Macri, colaborador de OJB
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Bíblia aponta para a necessidade de a nossa música ser uma proclamação da salvação do Senhor, e isso não somente de quando em quando, mas diariamente: “Cantai ao Senhor, bendizei o seu nome; dia após dia, proclamai a sua salvação” (Sl 96.2). A música que se canta na maioria das igrejas hoje em dia tem pouca proclamação, pois abandonaram os hinários tradicionais e, consequentemente, aqueles grandes hinos da fé cristã, que apresentam o caminho da salvação. São lindos testemunhos de pessoas criativas a respeito da sua experiência de libertação em Cristo, constituindo verdadeiros apelos ao coração dos pecadores para que aceitem a Jesus como salvador. A maioria dos cânticos que se usa nas igrejas atualmente é, em primeiro lugar, de natureza meramente contemplativa, mostrando, por um lado, uma certa indiferença para com os pecadores perdidos, e, por outro, evidenciando uma certa alienação da realidade de um mundo que jaz no maligno e necessita ouvir falar que há poder e libertação em Jesus. Em segundo lugar, são também cânticos triunfalistas, que falam de vitória e proteção incondicional vindas de um Deus que não exige nenhum arrependimento de pecados nem a sua confissão. Enquanto os templos e outros locais se enchem de “adoradores” emocionados, entoando durante horas esses tipos de cânticos, lá fora (e mesmo
dentro) jazem os perdidos, e o diabo continua vitorioso em sua sinistra colheita de almas para povoar o inferno. Em terceiro lugar, são cânticos humanistas, isto é, colocam o homem no centro, e não Deus. Este é mero coadjuvante dos “adoradores eleitos”, os quais são automaticamente abençoados por causa do “louvor” que apresentam. Isto é, a partir do momento que “levantam as mãos” (um gesto ritual), Deus virá e lhes dará a vitória. Raramente vemos a relação de dependência criatura/Criador, redimido/ Redentor, discípulo/Mestre, servo/Senhor, que coloca Deus no centro da vida do crente. Assim, por ser destituída do caráter de testemunho, a música de igreja hoje em dia não produz mudança nenhuma, pelo contrário, gera apenas uma situação de êxtase momentâneo, sem consequência no cotidiano das pessoas. Diante desse tipo de música, que deixa muito a desejar no que se refere à evangelização, o que devemos fazer? Em primeiro lugar, temos que ser mais seletivos, isto é, ao escolher o que cantar não podemos nos submeter à tirania do novo do mercado, da maioria. Cantar somente ou, principalmente, o que é novo não é um bom critério, pois assim deixamos de usar o que é bom e bonito que foi feito antes, e corremos o risco de não cantar nada de bom e bonito, ainda que seja novidade. Não é bom também cantar só o que toca nas rádios, porque elas são ligadas às gravadoras; são um negócio, obedecem às leis de mercado e estão interessadas, não em qualidade,
reflexão
mas em ganhar dinheiro. Cantar o que agrada à maioria, infelizmente, acaba no que Paulo disse em II Timóteo 4.3, que as pessoas desejarão ouvir apenas “coisas agradáveis”, não suportando a sã doutrina. Em segundo lugar, precisamos ser mais objetivos. Qual é a finalidade da música no culto? Que tipo de música vamos cantar? Que resultados esperamos e o que temos alcançado? A música do culto cristão deve dirigir-se a Deus (louvando) e ao ser humano (proclamando). Sua finalidade não é contemplativa, estética ou exibicionista, antes é um ato
de adoração e de pregação do Evangelho, como ressalta o Salmo 96. Nesse sentido, então, devemos ser muito criteriosos na escolha das músicas, mesmo tendo que restringir o repertório. Temos que planejar e não agir ao sabor do momento. Além disso, precisamos avaliar os resultados para corrigir os erros e melhorar o conteúdo e a apresentação. Em terceiro lugar, precisamos ser mais comprometidos. Isso significa ter um claro senso de Missão. A Igreja existe para adorar, proclamar, ensinar e servir, e a música que ela canta faz parte disso. As pessoas que
cuidam da música precisam ter esse senso de Missão, e precisam também ter um compromisso com a qualidade, tanto da melodia e da letra, quanto da apresentação. Não podem produzir apenas ruído, tem que haver beleza, equilíbrio e mensagem. Isso se chama senso de perfeição. Mas também necessita haver senso de comunhão, de solidariedade. Cantar na igreja é um ato coletivo de alto poder de coesão. A comunicação entre as pessoas através da música é sem igual. Quem faz a música na igreja precisa lembrar-se sempre disso.
o jornal batista – domingo, 23/11/14
missões nacionais
Ações de compaixão e graça
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Redação de Missões Nacionais
S
eguindo o objetivo da Grande Comissão, Missões Nacionais tem unido esforços para apoiar refugiados por meio do Projeto Etnias no Brasil. Este trabalho, por sua vez, também só está sendo possível devido a contribuição das Igrejas Batistas. No Paraná, a PIB de Curitiba, IB do Bacacheri, a PIB em Foz do Iguaçu e a IB Alameda Princesa Isabel, têm firmado parcerias constantes nesta ação com famílias sírias que fugiram da guerra.
Pastor Fernando Brandão e uma família síria refugiada
Famílias e missionários em frente à casa em Foz de Iguaçu - PR
Seja parceiro nesta obra missionária, colocando-se à disposição como membro, Igreja, associação ou
soesnacionais.org.br, ou através de nossa central de atendimento – do Rio de Janeiro – (21) 2107-1818;
iniciativa da própria Convenção estadual. Para ajudar, faça contato por meio do e-mail pambrasil@mis-
outras capitais e regiões metropolitanas – 40071075; demais localidades – 0800-707-1818.
Programa Missionário Fundamental reúne 62 pessoas em treinamento Redação de Missões Nacionais
U
m grupo formado por 62 missionários de Missões Nacionais participou do Programa Missionário Fundamental (PFM). O treinamento foi promovido pela Universidade de Missões, com o objetivo de promover capacitação para que os obreiros sirvam de modo ainda melhor em seus campos de atuação. O treinamento durou 18 dias e foi realizado em Teresópolis - RJ. Durante esses dias, eles foram dirigidos por líderes tratando sobre matérias como História e Estrutura da Junta de Missões Nacionais, Captação de recursos, Planejamento Estratégico, entre outros.
Pastor Fernando deixou uma reflexão baseada em Atos 10
O pastor Jeremias Nunes, gerente-executivo de Comunicação e Mobilização de Missões Nacionais, pastor Valdeir Contaifer, missionário no Vale do Amanhecer - DF, bem como os missionários Sandro e Denise Pereira, foram algumas das pessoas
que ministraram aos alunos com suas experiências missionárias. “A Bíblia fala de dois grandes desafios: o Grande Mandamento e a Grande Comissão, que são como os trilhos por onde passa o trem. O trem não anda em um trilho
só”, afirmou o pastor Cirino Refosco, que coordena a visão de Igreja Multiplicadora nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. O pastor Fernando Brandão deixou uma reflexão a partir do texto de Atos 10, mostrando que Deus é quem está no controle da obra missionária. “O Senhor sabe a necessidade de cada campo. E Ele chama e capacita pessoas para ir ao encontro dessas necessidades”, disse. Pastor Samuel Moutta, gerente-executivo de Missões, ministrou sobre a importância e o funcionamento dos Pequenos Grupos Multiplicadores (PGMs). E o pastor Fabrício Freitas, gerente-executivo de Evan-
gelismo, falou sobre Igreja Multiplicadora, destacando que esta visão não apresenta um simples método, mas sim princípios importantes para o crescimento espiritual de cada cristão. De forma bastante criativa e dinâmica, Anair Bragança, gerente executiva de assistência social, e as integrantes de sua equipe, falaram sobre compaixão e graça. “Muito mais do que conhecer os princípios de Igreja Multiplicadora, precisamos assimilar estes princípios. Eles precisam estar em nós”, destacou Anair. “Foi uma bênção. Cada palestra trouxe muito crescimento para cada missionário”, contou o pastor Elisângelo Oliveira, diretor do Lar Batista David Gomes.
Batismos são realizados no Templo Batista do Vale do Amanhecer - DF
Redação de Missões Nacionais
M
ais dez pessoas foram batizadas no Templo Batista do Vale do Amanhecer - DF. Cada vida é fruto do trabalho realizado pelos missionários Valdeir e Morgana Contaifer. “Foi um dia alegre em que presenciamos a boa mão de Deus no Vale do Amanhecer continuando a salvar vidas em Cristo Jesus”, relatam os obreiros, que estão desde 2011 atuando nessa região.
Celebração a Deus pelas vidas firmadas em Cristo
Pregar a Palavra de Deus para as pessoas que ocupam a região do Vale do Amanhecer tem sido o desafio. Para
Cada vida alcançada e batizada é um motivo de gratidão
romper as barreiras, além As batalhas espirituais são de muita oração, eles têm intensas, carecendo de um colocado em prática a evan- grupo de parceiros comprogelização relacional. metidos com a causa missio-
nária. Por isso, interceda por este ministério, que tem resgatado pessoas que estavam presas ao misticismo.
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o jornal batista – domingo, 23/11/14
notícias do brasil batista
Pastor Francisco Gomes e sua história em Rio das Ostras - RJ
Moacy Miranda Canuto, diácono
N
asceu em 13 de outubro 1930, na Região de Brej o Gran d e, em Amontado, distrito de São Francisco de Itabapoana RJ, no lar de Ana Martins de Castro e Augusto Gomes de Freitas. Recebeu da sua mãe o nome de Francisco. Esse nome foi lhe dado como promessa ao santo Francisco de Assis, do qual era devota. Nessa época, sua família ainda não conhecia o verdadeiro Santo. E, na sua ignorância espiritual, vendo que todos os seus filhos homens morriam logo que nasciam, fez uma promessa de dar o nome do santo ao filho que nascesse, para que esse vingasse. Na verdade, sem saber, estava dedicando seu filho ao Senhor para ser usado da maneira que ele quisesse, repetindo o gesto de Ana, mãe de Samuel. Ainda bem pequeno aceitou a Jesus como seu salvador, e quando completou 12 anos, foi batizado na PIB de Amontado, tornando-se membro ativo, ajudando na EBD, na união de treinamento e no evangelismo. Aos 17 anos foi para o Rio de Janeiro. Sem uma profissão definida, trabalhou em vários lugares. Tornou-se
membro da Igreja Batista da Tijuca - RJ, participou do coral da Igreja e de vários conjuntos. Aos 19 anos, sua família mudou-se para Papucaia, um lugar com o nome de Fazenda Papucaia, onde conheceu a jovem Dulce, que mais tarde se tornaria sua esposa. Depois que deu baixa do Exército, pediu sua carta para a Igreja Batista de Cachoeira de Macacu - RJ para ajudar na Congregação em Papucaia, onde trabalhou muito com a música e com o evangelismo até a organização da Congregação na PIB de Papucaia, tornando-se membro fundador da mesma. Casou-se com Dulce no dia 11 de Maio de 1963 na PIB de Papucaia. Dessa união nasceram seis filhos. Depois de seis anos de casados, Deus o chamou para acrescentar ao seu dom de
criar corais, a incumbência de ganhar almas pra Jesus e também organizar igrejas. E, no ano de 1970, foi com a família para Campos com a finalidade de fazer o Curso de Teologia no Seminário Batista de Campos dos Goytacazes – RJ, e atuou como seminarista na 7ª Igreja Batista de Campos - RJ, ajudando na música e no trabalho de evangelismo. No ano de 1971 foi convidado pelo pastor Gelson Dutra para ajudá-lo como seminarista e também na música, na PIB em Rio das Ostras - RJ, que estava recentemente organizada e, desde então, nunca mais saiu. Ajudou na música da Igreja, organizou o coral e atuou no evangelismo. No dia 17 de Novembro de 1973, o pastor Gelson, juntamente com a Igreja, promoveu sua ordenação ao santo ministério da Palavra. No inicio do ano de 1974 foi convidado para pastorear a Igreja Batista de Parque John Kennedy, em Campos - RJ. Foi um ministério curto, de apenas alguns meses, já que no mesmo ano foi convidado pelo pastor Gelson Dutra para ajudá-lo novamente, pois se encontrava muito enfermo. Depois de alguns meses, com a passagem do pastor Gelson para glória, a Igreja convidou o pastor
Francisco para ser o pastor oficial da mesma. E, no dia 20 de outubro do mesmo ano, em um culto solene tomou posse de tão grande responsabilidade. Foi um período difícil. Nos finais de semana deixava sua família e o trabalho em Campos e seguia para Rio das Ostras com o objetivo de atender às necessidades da Igreja. E, por muitos anos, ele mesmo custeou as suas despesas com passagens de ônibus e alimentação nas idas e vindas de Campos para Rio das Ostras. Por muitas vezes ajudou a Igreja nas suas necessidades financeiras, pagando conta de água e luz e ate o salário da zeladoria tirando do seu próprio salário. Nunca questionou o valor do seu salário junto à Igreja, pelo contrário, sempre o colocou à disposição da liderança. Mas o Reino de Deus crescia cada vez mais em Rio das Ostras. Muitas almas aceitavam a Jesus pela sua pregação e ministração da Palavra de Deus. Ele realizou muitos batismos. Houve um ano em que foram batizadas 96 almas. Dessas, 39 foram batizadas em um só dia. No período do seu ministério, organizou a 2ª, 3ª, 4ª Igreja Batista de Rio das Ostras, e 1ª Igreja Batista de Mariléia. Organizou também duas
Congregações, que seguem trabalhando sob a direção de alguns irmãos. Em todas essas Igrejas organizadas ele assumiu o pastorado enqua nto er a es c olhido o novo pastor. Pastoreou também a PIB de Donana, em Campos dos Goytacazes - RJ durante três anos e ajudou na construção do novo templo. O jovem Francisco Gomes de Castro foi o primeiro seminarista que a PIBRO ordenou ao santo ministério da Palavra e substituiu depois o seu pastor em 1974 e pastoreou até o ano de 2012. E foi com muita honra e alegria que a PIBRO o jubilou e o tornou pastor emérito da mesma, após ele passar o cajado ao atual pastor, Leonardo da Costa Matos. Na Igreja, teve uma vida de dedicação e carinho para com todos. Na sociedade, foi respeitado e reconhecido como um cidadão de bem. Na família, foi amado e quase venerado. Amante da música e da leitura, sábio, paciente e ponderado nas decisões, primado em tudo pelo equilíbrio e o bom senso, homem de fé, porque mesmo enfrentando grandes lutas, nunca caiu no desânimo, pois confiava no seu Mestre e Sustentador. “Combati o bom combate acabei a carreira e guardei a fé” (II Tm 4.7).
Pastor batista é orador de turma em formatura da Escola Superior de Guerra em Brasília - DF
Créditos da foto: Tereza Sobreira
Fonte: Assessoria de Comunicação do Ministério da Defesa
A
Escola Superior de Guerra (ESG) - instituto de altos estudos vinculado ao Ministério da Defesa – diplomou no dia 30 de outubro, 52 especialistas que concluíram o Curso Superior de Política e Estratégia (CSUPE 2014 ). O curso, que está em sua quarta edição, tem por objetivo proporcionar conhecimentos para a macroanálise das conjunturas e cenários nacional e internacional, possibilitando avaliações de políticas e estratégias na área de Defesa. Em cerimonia, realizada no auditório do edifício-se-
de do Ministério da Defesa, os 52 ‘estagiários’ - como são tradicionalmente chamados os alunos da ESG - receberam os diplomas e certificados do curso das mãos do comandante da Escola, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira; do diretor do campus Brasília, brigadeiro Delano Teixeira Menezes; e do coordenador do curso, coronel da reserva Paulo Roberto. O pastor Francisco Dias Filho, um dos participantes do curso, foi escolhido como o orador da Turma Cruzeiro do Sul. Em um discurso carregado de emoção, o pastor proferiu palavras aos pares e professores, ressaltando valores morais, éticos e de
patriotismo em prol da construção e do desenvolvimento do país. O orador da turma também destacou o representativo papel que os recentes diplomados podem dar à nação em diversas áreas dos poderes público federal, estadual e municipal. “Seremos interlocutores, não só no aparelhamento das Forças Armadas, mas também na capacitação e valorização da tropa”, disse. Francisco ainda lembrou das viagens que foram realizadas pelos participantes do curso à instalações militares e também às indústrias de defesa, etapa do curso destinada a mostrar a grandeza do Brasil e suas riquezas naturais
e econômicas. O participante destacou a visita feita ao 5º Pelotão de Fronteira, em São Gabriel da Cachoeira - AM. “Os bravos jovens militares não estão sós nesta batalha. Não somos espectadores, seremos seus embaixadores, em defesa da nossa soberania nacional”, afirmou.
O curso O CSUPE 2014 teve duração de 12 semanas, e era composto por integrantes da Alta Administração Feder a l. A o longo dos es tudos, foram abordadas disciplinas sobre estrutura, recursos e indústria de defesa, por exemplo.
o jornal batista – domingo, 23/11/14
notícias do brasil batista
Música na Igreja - Aos vitoriosos coristas Batistas do Brasil
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Maria Nery, membro da Primeira Igreja Batista de Niterói – RJ
Louvai ao Senhor, louvai a Deus no seu santuário. Louvai-o pelos atos poderosos, louvai-o conforme a excelência de sua grandeza” (Sl 150.1-2).
A
música na igreja é uma consagração ao Deus Eterno, assim como o louvor das pessoas cantando alegremente, unindo suas vozes e formando um lindo coro angelical. No mês de novembro, em todas as Igrejas Batistas do Brasil, é comemorado o Mês da Música. O ministério da música promove apresentações especiais, com a participação de coros, e os abençoados coristas que tão bondosamente se apresentam como voluntários da música nas Igrejas. Ser corista é um privilégio. Cantar louvores a Deus unindo suas vozes, a beleza dos irmãos em Cristo cantando juntos. A alegria de participarem dos ensaios, todos juntos se preparando com muita dedicação para se apresentarem, e serem admirados cantando os mais belos hinos de louvor a Deus acompanhados da música e dirigidos pelos maestros, maestrinas, regentes de coro, pianistas, e organistas das orquestras. Ser corista é uma benção. A Deus toda glória e todo louvor. E para homenagear todos os coristas que participam do Ministério da Música, todos serão representados pela música de algumas Igrejas Batistas do Brasil: Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ e Igreja Batista da Capunga, no Recife - PE. A Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro completou 130 anos de glórias em 2014. O pastor titular é o pastor João Soares Fonseca, e o ministro de música é o maestro Eduardo Transcoveski, formado pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. É dedicado a música por mais de 20 anos, fez vários cursos de Música Sacra e Clássica, regência e mestrado. Suas apresentações são sempre muito consagradas a Deus. A Igreja possui nove coros, orquestra e órgão de tubo. O Coral Eclésias é o mais antigo da Igreja. Este ano de 2014 completou 99 anos e, em 2015, completará 100
Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro – Coral Eclesias
Primeira Igreja Batista de Niterói – coral Oficial
Igreja Batista da Capunga – PE – Coral da Capunga
Conjunto de Sinos da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ
anos. O Coral Eclésias tem grande relevância histórica, sendo um dos primeiros em igrejas evangélicas fundados na cidade do Rio de Janeiro. O Coral tem o privilégio de ser dirigido pela Maestrina professora Anna Campello Egger por 47 anos de dedicação ao Coral e consagração a Deus. É uma benção. A maestrina Anna tem se dedicado à música por longos anos, fez vários cursos de música no Brasil e mestrado nos EUA. Suas apresentações são sempre muito admiradas pelo louvor, e pela beleza com que se apresentam, sempre com muita reverência. O Coral Eclésias se apresenta em várias Igrejas do Brasil e em salões de concertos, Teatro Municipal do Rio de Janeiro e com apresentação de músicas clássicas. A maestrina Anna Campello Egger é filha do inesquecível pastor Zacarias Campelo que, por longos anos, foi missionário pioneiro no sertão do Brasil. Aos coristas da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, que Deus abençoe a todos. Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ, esta Igreja foi fundada em 01 de maio de 1892 e este ano completou 122 anos. Tem como pastor titular José Laurindo Filho. A ministra de Música é a querida professora Meri Marcia Prado Bello, pianista, formada em Música Sacra pelo Seminário Teológico Batista do estado do Espírito Santo. É dedicada à música por longos anos, fez vários cursos de Música Sacra e Clássicas, curso de regência e mes-
trado. Suas apresentações são sempre admiradas pela beleza dos hinos em louvor a Deus. A ministra Meri Marcia, além de dedicada à música, é bacharel em direito. Meri Marcia é palestrante evangélica em várias Igrejas. Suas mensagens são muito sábias, demonstrando muita consagração ao trabalho de evangelização. A Igreja possui dez coros. O coral oficial da Igreja tem 101 anos de glória e uma bela orquestra; um conjunto de sinos muito lindo sobre a regência da professora Denise Lisboa Herdy, que por muitos anos foi prestigiada na música pela missionária professora Helga Kepler Fanini, com 41 anos de dedicação como pianista, organista e regente de coro. O coro oficial da Igreja, com 101 anos, também teve o privilégio de mais de 20 anos ser dirigido pela inesquecível e muito querida regente professora Eudora Petrowski Sales (in memória). A Deus demos glória pelos regentes e coristas da PIB de Niterói. A Igreja Batista da Capunga, em Recife - PE, com 91 anos de história, tem como pastor titular, o pastor Ney Ladeia. Como ministro de Música, o maestro Apolônio Guilherme de Ataíde Júnior, formado pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil. É dedicado à música por muitos anos e fez vários cursos de música Sacra e Clássica no Brasil, e mestrado nos EUA. O Coral da Capunga, com 87 anos, é muito famoso no nordeste do Brasil. Suas apresentações são sem-
Banda de Gaita de Fole (Representa a Escócia – Escola Vieira Brum – Niterói - RJ)
pre de grandes consagrações a Deus. Se apresentam em várias Igrejas do Brasil e em salões de concertos e teatros com concertos de música clássica. A Igreja da Capunga possui mais de dez coros e uma grande orquestra. Deus seja louvado pelos regentes e coristas da Igreja da Capunga. É uma enorme satisfação prestar esta homenagem aos meus companheiros da música. Isso porque eu também, por mais de 40 anos, fui organista, corista de vários coros, participando do coral infantil Raios de Luz (grupos de crianças de várias Igrejas em Niterói), coral de adolescentes Brilho Celeste, da PIB de Curitiba - PR, coral da Juventude Evangélica do Rio de Janeiro, coral Excelsio no Rio de Janeiro, Canto Coral e poesia do Rio de Janeiro e Coral Rosa de Sarom, da PIB de Niterói. Participei também do famoso coral de mil vozes realizado no Estádio do Maracanã, em homenagem à cruzada Ame-
ricana, do ilustre pastor Billy Graham, com sua mensagem “Cristo é a única esperança”. Aos que participam do ministério de música de todas as Igrejas Batistas do Brasil, em especial aos vitoriosos coristas, que Deus abençoe cada um pela sua dedicação de louvar ao Deus eterno. Assim como aos coros de adultos, jovens, adolescentes, crianças, coro da terceira idade, coro surdo e mudos, coro de diáconos, coro dos Seminários Teológicos Batistas do Brasil, coro da Cristolândia. A Deus demos glória também pelo conjunto de sinos da PIB de Niterói sobre a regência da professora Denise Lisboa Herdy, e também pela Banda de Gaita de Foles (representa a Escócia) que pertence à Escola Vieira Brum em Niterói, sobe a regência do professor Jhonny M de Souza. Que Deus abençoe a todos participantes da música. Vinde, cantemos alegremente, a glória de nossa salvação. Amém.
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o jornal batista – domingo, 23/11/14
Pastor Irland Pereira de Azevedo completa 80 anos de vida
Paulo Eduardo, pastor da Primeira Igreja Batista em São Paulo - SP
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notícias do brasil batista
embro-me bem que, quando completei 15 anos, eu recebi um pequeno cartão de um grande amigo, com o seguinte dizer: “A vida nos é dada para as grandes coisas”. O autor da frase não era citado e, hoje, passados “alguns” anos, não consegui descobrir quem “cunhou” a referida sentença. Busquei na mega ferramenta de busca da internet, o Google, mas não encontrei a informação. Essa frase, simples, mas significativa, além de ter ficado registrada em minha memória, tem me feito olhar para o universo em minha volta buscando identificar pessoas que têm realizado grandes coisas na vida. Tais pessoas têm me inspirado, têm sido referencias para mim. Neste exercício regular de observar pessoas que realizam grandes coisas, vejo o pastor Irland Pereira de Azevedo. Seria dispensável dizer, mas o pastor Irland tem inspirado muitos. Crentes, não crentes, pastores, famílias, todos têm sido abençoados por esta vida preciosa. Ao longo de oito décadas, ele tem sido grande bênção para muita gente. Para aqueles que não sabiam, o nosso querido pastor Irland, presidente emérito da Convenção Batista Brasileira, completou 80 anos no dia 15 de julho. E, como Primeira Igreja Batista em São Paulo - SP, registramos esta data com muita celebração. Não pudemos realizar o culto de gratidão no dia do aniversário porque estávamos na Semana Batista da Convenção do estado de São Paulo, a qual eu presidia. Mas fizemos um culto de gratidão no dia 24 de julho. E foi uma celebração muito especial, como teria que ser. Afinal, era o pastor
Irland Pereira de Azevedo completando 80 anos. Mesmo sendo uma quintafeira, o nosso templo estava cheio. Irmãos da Igreja, familiares, pastores, amigos, representantes denominacionais e, também, autoridades constituídas participaram daquela grande celebração. Dentre elas, o deputado estadual, amigo e irmão Carlos Alberto Bezerra Junior, e também o deputado federal Cândido Vacareza. Nós, pastores batistas brasileiros, devemos ao pastor Irland a nossa imensa gratidão. É indiscutível que ele tem sido o pastor dos pastores batistas brasileiros. Em diversas ocasiões, eu tenho dito que se nós, batistas, tivéssemos uma estrutura episcopal, o pastor Irland seria o nosso bispo. Todas as vezes que eu faço esta referência na frente do pastor Irland, ele reage de forma acanhada, com um sorriso discreto. Ao longo de mais de 50 anos, o pastor Irland tem exercido um ministério que é mais do que um ministério pessoal, ou seja, ele, o pastor Irland, foi chamado por Deus para o pastorado. O ministério do pastor Irland é referencia para gerações e gerações de pastores em todo o Brasil. Pastores que vivem tempos críticos têm sido aconselhados e socorridos por ele. Pastores principiantes têm sido orientados por ele. A Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, ao longo de anos, tem recebido valiosas contribuições do pastor Irland. Considerando isso, nós decidimos expressar nossa gratidão de um modo especial. Digo nós, porque eu, o pastor Nelson Pacheco e o pastor Alex Huemura prestamos esta homenagem ao pastor Irland. E por que nós três? Nos últimos anos, o pastor Irland tem conduzido igrejas em processos de sucessão
pastoral, e dado posse aos novos pastores nestas Igrejas que ele tem conduzido. Dentre estes pastores, nós três nos dispomos a este gesto com sincera alegria. Eu, empossado pelo pastor Irland na PIB de São Paulo, o Nelson, empossado por ele na Batista do Ipiranga - SP, e o Alex, na Paulistana - SP. Nós três, apoiados por nossas Igrejas, presenteamos o pastor Irland com uma viagem a Israel. Fizemos a entrega do envelope surpresa a seis mãos diante de toda a Congregação. Este foi, sem dúvidas, um momento muito especial daquela noite. Como pastor do pastor Irland que sou (ele é membro da PIB em SP), eu fui o orador da noite. Soa estranho dizer que eu sou o pastor do pastor Irland. Na verdade, ele pastoreia a nós, pastores. O tema da minha mensagem foi: “Pastor Irland e os livros”. É inevitável a associação da pessoa do pastor Irland aos livros. O primeiro ponto foi “o pastor Irland e a Bíblia”. Quantas pessoas foram abençoadas por uma mensagem da palavra pregada pelo pastor Irland? Impossível mensurar isso. Grandes mensagens, um vasto e profundo conhecimento das Escrituras que, ao longo de mais de 50 anos de ministério, tem sido traduzido em verdadeiras peças homiléticas pregadas por ele e que abençoaram milhares de corações, conduziram tantos ao Senhor Jesus, fortaleceram enfraquecidos, restauraram famílias destruídas e apontaram o caminho para pessoas desorientadas. Sem dúvida, a Bíblia é o livro primaz da vida do pastor Irland. O segundo ponto foi “o pastor Irland e os livros”. Neste momento, eu fiz referencia à imensa cultura geral do pastor Irland. Como disse um irmão da PIB em SP, o desembargador Thyrso José da Silva, o
pastor Irland “devora livros”. E é verdade. Ele é um grande leitor. Possuidor de uma cultura geral vasta. Ele conversa sobre qualquer assunto com versatilidade. Mesmo aos 80 anos, é atualizado, bem informado e informatizado. Como dizem os de fala inglesa, ele sempre está “up to date” com o que está acontecendo no mundo. Até então, tenho mencionado o que quase todos sabem, ou seja, a riqueza do conhecimento bíblico, assim como as memoráveis mensagens bíblicas do pastor Irland, e o seu grande aporte cultural, fruto da sua “fome” por livros. Estas características, todos que o conhecem sabem e veem. Mas o terceiro ponto da minha mensagem fez referência a um fato que, provavelmente, poucos saibam: “o pastor Irland e o livro de oração”. Isso mesmo. O pastor Irland tem um livro de oração. A cada ano, ele abre um novo livro de oração, e ali registra seus principais momentos de
clamor e intercessão diante do Senhor. Neste livro, o pastor também tem registrados centenas de nomes de pastores pelos quais ele ora semanalmente. Em cada dia, ele menciona diante de Deus nome por nome daqueles que foram privilegiados em sua lista. Por muitos, ele ora semanalmente. Por outros, ele ora diariamente. Não quero ser deselegante neste artigo, mas tenho que confessar com grande alegria que eu estou entre aqueles por quem ele ora todos os dias. Encerro este texto fazendo uso da fala do apóstolo Paulo em Romanos: “A quem honra, honra” (Rm13.7) . Ao nosso pastor emérito da PIB de São Paulo, ao nosso presidente emérito, da Convenção Batista Brasileira, ao nosso pastor, que é pastor dos pastores batistas brasileiros, a nossa honra, a nossa gratidão, e os nossos parabéns. Parabéns, pastor Irland, pelos seus 80 anos de vida.
o jornal batista – domingo, 23/11/14
missões mundiais
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Vocacionados serão comissionados na IB do Méier - RJ
Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais
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issões Mundiais convida a todos que amam Missões a se alegrarem com os dez vocacionados que, no dia 30 de novembro, serão comissionados à obra missionária. O culto de gratidão a Deus, organizado por Missões Mundiais, acontecerá na Igreja Batista do Méier – RJ, a partir das 19h. O endereço é Rua Hermengarda, 31, Méier, zona norte do Rio de Janeiro. Sua presença é muito importante para que nossos missionários tenham a confirmação de que não estarão sozinhos quando seguirem para os campos; a maioria irá Novos missionários da JMM seguirão aos campos em breve para áreas consideradas de risco à pregação do Evangelho. Será muito bom que vejam a Igreja cheia de irmãos dispostos a orar e contribuir, a fim de que tudo aquilo que eles investiram durante o treinamento seja revertido em vidas alcançadas para o Senhor Jesus. Ouvir o chamado de Deus, amar os povos não alcançados, desenvolver dons e talentos, participar do treinamento missionário, tudo isso faz parte da vida de um vocacionado pronto para seguir às nações e para compartilhar o amor de Cristo. Porém, este sonho não é só dele. Para realizá-lo, o vocacionado precisa de parceiros que viabilizem sua ida ao encontro de outros povos. Jovens assumiram o compromisso de usarem sua vocação para sinalizar o Reino de Deus
Após sua aprovação no processo seletivo, o vocacionado participa das aulas de capacitação no Centro de Treinamento Missionário da JMM. E, durante o tempo de seleção e treinamento, há uma atividade importante que ele precisa realizar: o levantamento de recursos para seu envio e sustento. A JMM oferece todo o suporte ao candidato, oferecendo-lhe material promocional para que alcance a oferta necessária ao período de capacitação. Através da Parceria na Ação Missionária (PAM), seus adotantes recebem os boletos de contribuição (mensalmente) e informativos missionários. O envolvimento das igrejas, através da intercessão e das contribuições, é o que permite à JMM o preparo e envio de novos obreiros. O vocacionado conta com a assídua participação das igrejas na obra missionária mundial como parceiras, desde o período de treinamento até os dias em que estará no campo, cumprindo a Missão de Deus. Juntos, missionários e parceiros fazem a voz de Deus chegar até os confins da Terra através de ações humanitárias. Considere fazer uma parceria com Missões Mundiais e todos esses irmãos que investem seus dons, tempo e talento na missão de expandir o Reino de Deus. Ligue para a Central de Atendimento JMM: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800 709 1900 (demais localidades).
Missões Mundiais apresenta desafios para 2015 em Congresso no Recife - PE Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais
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capital pernambucana vai respirar Missões. O Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, localizado em Recife - PE, será palco do Congresso “Por Amor a Missões”. O evento acontecerá nos dias 28 e 29 de novembro. Na sexta, o culto de abertura começará às 20h. E, no sábado, a programação começará às 8h30 com um café da manhã para pastores e líderes e terminará à noite com um grande culto missionário. A proposta é mobilizar o público a usar o seu chamado para ser voz de Deus às nações. Para participar,
basta se inscrever gratuitamente através da página do Congresso no Facebook: ww.facebook.com/ poramoramissoes. Os palestrantes serão os pastores da JMM: João Marcos Barreto Soares (diretor- executivo), Davidson Freitas (gerente de Comunicação e Marketing) e Adilson Santos (mobilização). Eles apresentarão os principais desafios de Missões Mundiais para 2015, frente aos mais variados acontecimentos nos cenários socioeconômico, cultural e religioso no Brasil e no mundo. Você entenderá como fatos como as ações do Estado Islâmico, a epidemia de ebola e a alta do dólar podem colocar em risco
o avanço da obra missionária e descobrirá como se envolver com Missões Mundiais para que nada impeça que a voz de Deus seja anunciada a todos os povos. No segundo e último dia de Congresso haverá oficinas para promotores e voluntários, com missionários da JMM; para as mulheres, com a professora Daisy Correia e, para jovens, com a presidente da JBB, Gilciane Abreu. Louvor, oração e experiências missionárias conectarão você à realidade do Evangelho no mundo. O Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil fica localizado na Rua Padre Inglês, 243, Boa Vista, Recife - PE. O telefone para contato é o (81) 3366-3277.
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notícias do brasil batista
Igreja Batista Memorial de Aracaju SE celebra 50 anos
Amanda Neuman, comunicação da Igreja Batista Memorial de Aracaju – SE
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á 50 anos, mais precisamente no dia 7 de setembro de 1964, nasceu em Aracaju a Igreja Batista Sete de Setembro, mais tarde denominada
Igreja Batista Memorial, localizada no bairro Siqueira Campos, em Aracaju – SE, há nove anos pastoreada pelo pastor Carlos Rocha. Para celebrar o 50º ano de organização, a Igreja promoveu uma série de conferências toda especial que, além do brilho de fazer aniversário, ainda celebrou a alegria de estar em um
Templo lotado para agradecer a Deus pelos 50 anos da Igreja
templo reformado e muito mais moderno do que o primeiro construído ali. As “Celebrações de Ouro” contaram com cinco dias de festa, no período de 3 a 7 de setembro, e cada um deles teve como convidadas mais que especiais as igrejas-filhas - oito no total - e são elas: IB Monte Sião, IB Restauração, IB Poço Redondo, IB Aquida-
bã, IB Shekinah, IB Moriá, IB Rosa de Sarom e PIB Itabaiana. Em cada culto, as filhas da Igreja Batista Memorial participaram com grupos musicais, grupos de dança e corais, dando um toque único à programação, que ainda contou com a presença dos pastores Jairo Pereira (ex-pastor da Igreja), Israel Pimentel (ex-pastor da Igreja) e
Pastor Carlos Rocha está há 9 anos à frente da IB Memorial
Eduardo Mercês (ex-membro, hoje pastor), na ministração da Palavra. Durante a festividade, pessoas que marcaram a Igreja nesses 50 anos de história foram homenageadas, juntamente com os 50 membros mais antigos. Foram lindos dias na presença do Senhor, em uma oportunidade, não só de agradecer pelo que já foi consolidado até o presente, mas também uma oportunidade de declarar por fé as coisas grandiosas que o Senhor ainda fará naquele lugar. O slogan “Uma igreja viva eficaz”, adotado há alguns anos pela Igreja, reflete com exatidão aquilo que ela é – viva e atuante na Obra de Deus em todo o tempo, e eficaz nos frutos que dá, frutos dignos do Senhor. Que Ele mesmo, então, continue a abençoar a Igreja Batista Memorial.
Nova diretoria e secretário-geral da a CBDF são eleitos na 55 Assembleia
Comunicação da Convenção Batista do Planalto Central
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conteceu nos dias 18 a 20 de setembro na Primeira Igreja Batista Sobradinho - DF, a 55ª Assembleia Geral da Convenção Batis-
ta do Planalto Central, que contou com a participação de mensageiros de todas as Associações da Convenção Batista do Distrito Federal: Oeste, Taguatinga, Plano Piloto, Serrana, Gama e Sudeste. O orador da Assembleia foi o pastor Sócrates Oliveira de Souza, diretor-executivo
da Convenção Batista Brasileira (CBB), que falou sobre o tema “Família, o ideal de Deus para o ser humano”. No sábado, dia 20, foi dada posse ao pastor Robério Soares de Souza como secretário-geral e eleitos os seguintes irmãos para a diretoria da CBDF
no exercício 2014/2015: pastor Héber Aleixo de Souza (PIB Brazlândia) – presidente; pastor Josué Mello Salgado (Igreja Memorial Batista) - 1º vice-presidente; pastor José de Arimatéa Nascimento (IB Peniel em ST Maria) - 2º vice-presidente; Fátima
Lima Garcia (TIB Plano Piloto) - 3ª vice-presidente; Viviane Ferraz Amorim (Igreja Memorial Batista) - 1ª secretária; Adilza de Souza Bomfim (Igreja Memorial Batista) - 2ª secretária; pastora Zenilda Reggiani Cintra (Igreja Batista Esperança) - 3ª secretária.
Pastor Roberio Soares de Souza secretario-geral
Pastor Héber Aleixo de Souza presidente
Pastor Josué Mello Salgado 1º vice-presidente
Pastor José de Arimatéa Nascimento 2º vice-presidente
Fátima Lima Garcia 3ª vice-presidente
Viviane Ferraz Amorim 1ª secretária
Adilza de Souza Bomfim 2ª secretária
Pastora Zenilda Reggiani Cintra 3ª secretária
notĂcias do brasil batista
o jornal batista – domingo, 23/11/14
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o jornal batista – domingo, 23/11/14
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ivemos em um tempo de tecnologia ultramoderna. Nunca, em toda a história da raça humana, o homem se comunicou com tanta facilidade através de tecnologias hiper avançadas. Ao mesmo tempo, nunca o homem esteve tão robotizado, alienado, solitário e ensimesmado como em nossos dias, com muita dificuldade de sentar, olhar nos olhos e conversar com o próximo. Na era da comunicação fácil temos muita dificuldade de nos comunicar com qualidade. Quanta gente dominada pelas máquinas, interagindo com elas e se esquecendo do próximo. Vivemos um tempo de muita insensibilidade, falta de solidariedade e generosidade. O nosso grande desafio é nos relacionarmos em amor, compreendendo o próximo
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proveitando este mês de novembro em que enfatizamos a educação teológica e ministerial, penso que seria importante tratar deste tema. Será que estamos passando por um período de redução do número de vocacionados? Será que estamos passando por uma crise vocacional? Este é um lado de nossas preocupações ao longo do tempo, mas também tenho notado o depoimento dos colegas líderes das nossas Juntas Missionárias que estão constatando o inverso. Aliás, o amigo pastor Fernando Brandão, da JMN, tem por diversas vezes afirmado que não há falta de vocacionados. Sua equipe tem testemunhado que em 100% dos encontros em que pregam sobre vocação há decisões. O que podemos concluir com estes depoimentos? Não
ponto de vista
no mundo e o irmão no ambiente do Reino e na igreja. O Senhor quer que aceitemos o irmão sem carimbarmos seus pecados. Orar por ele sem legalismo. Precisamos entender o irmão no seu temperamento, no seu caráter, enfim, na sua personalidade. Devemos evitar a todo o custo o julgamento conforme o ensino de Jesus descrito em Mateus 7.1-5. Somos diferentes, mas o amor de Deus nos une de forma extraordinária. Jesus orou para que fôssemos um, como ele e o Pai são um, a exemplo do que diz João 17.20-23. Em nossa diversidade encontramos, em Cristo Jesus, a nossa unidade, o nosso ponto comum e a nossa missão. Sabemos que o relacionamento como arte, beleza, criatividade, benção, tem se perdido. Por várias razões, tais como tempo,
atividades, trabalho, distância, condições financeiras, diferenças sociais, egoísmo, opiniões, foco, interesses, prioridades. O mundo tem desenvolvido mecanismos de influência perversa e muitas pessoas em nossas igrejas têm sido afetadas violentamente. Temos três inimigos ferozes: o mundo, a carne e o diabo, como relata I João 2.15-17; 5.19. Nossos relacionamentos têm sido sofríveis, formais e, muitas vezes, interesseiros. Precisamos resgatar os nossos valores do Reino de Deus. A nossa comunicação deve estar fundamentada na unidade da Trindade de Deus; o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um. Esta é a base muito sólida, indestrutível dos nossos relacionamentos. Um mundo perdido é constituído de gente perdida e influencia mais pessoas
perdidas em seus comportamentos desajustados, doentios e maliciosos a partir da natureza má e perversa de Adão. Morremos em Adão, mas passamos a viver em Cristo Jesus, na sua morte e ressurreição. Em Adão, na carne, nossos relacionamentos são conflituosos, odiosos e maliciosos, como diz Gálatas 5.19-21. As nossas relações podem ser restauradas a partir de Cristo, no seu amor e na sua graça e passamos a viver no Espírito, como descreve Gálatas 5. 22-23. Então, se vivemos na carne, temos muitas dificuldades de estabelecermos relações puras e saudáveis, mas se vivemos no Espírito, as nossas relações fluem, sendo altamente abençoadoras. Não permitamos que os nossos relacionamentos se percam. Que em nossas relações sejamos construto-
res de pontes que ligam e aproximam, e não de muros que separam e afastam as pessoas. Cresçamos no conhecimento do Senhor e do nosso irmão. Quanto aos de fora, devemos amá-los com o amor do Senhor, testemunhando a nossa fé em Cristo Jesus, sempre fazendo o bem. O nosso testemunho deve ser contundente, pois não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido, como está escrito em Atos 4.19-20. Sejamos pessoas amorosas, relacionáveis, perdoadoras, servidoras, amigas de verdade, sinceras, compreensivas, mansas, sábias, de pouco falar, boas ouvintes, humildes e, profundamente comprometidas com o Senhor, com sua Palavra, família, igreja e com a evangelização do mundo até que ele volte. Que o Pai seja glorificado em nossas relações.
há crise vocacional em nossa denominação. Se não há crise vocacional, então por que temos notado a redução de vocacionados em nossos seminários? Para pesquisar este tema no campo, tenho feito uma simples pergunta a grupos em encontros: “Nos últimos seis meses quantos ouviram pelo menos um sermão ou palestra sobre despertamento vocacional?”. Invariavelmente, a resposta positiva é bem reduzida, mesmo ao ampliar o tempo para o prazo de um ano. O que é possível concluir? Penso que, embora não haja crise vocacional, pode estar havendo redução no despertamento vocacional. Isto é, pode ser que, na agenda de prioridades temáticas, para pastores e líderes, a vocação e o despertamento vocacional não estejam sendo considerados. Se isso
é verdade, quais seriam as causas? Podemos deduzir que uma das causas seja o conceito de que todos os crentes são vocacionados, isto é, chamados para o cumprimento de seu papel no Reino de Deus por meio dos seus dons e talentos. Então, por que despertar vocações? Necessitamos entender que, mesmo sendo todos vocacionados, há pessoas que Deus tem despertado para dedicar sua vida para o trabalho da liderança na igreja, e pessoas que conjugarão sua ação “profissional” com a ministerial e dedicarão muito maior tempo - se não mesmo tempo integral - com atividades ligadas diretamente com atividades do Reino e da igreja e necessitam, portanto, conhecer este detalhe e serem despertadas para este grande e nobre desafio. Mas também penso que outro motivo da redução no
despertamento vocacional seja o desânimo que pode estar rondando a vida ministerial e pastoral no momento. Dados que já apresentei nesta Coluna sobre a situação da saúde ministerial e espiritual do pastor batista apontam para isso. Veja que 65% dos pastores responderam que se sentem incapazes para o exercício do ministério. Consta também que 30% se sentem mais inferiorizados hoje do que no passado e, se pudesse voltar atrás, mudaria muita coisa na vida e ministério. Em nossa visita a diversas regiões no Brasil batista, temos também notado crescimento em dificuldades e crises familiares pastorais. Diante disso vem a pergunta: será que o ministério tem sido tão insalubre para muitos pastores que acabam não se sentindo animados, estimulados e motivados a
despertar outros para a vida ministerial? O que fazer neste caso? Penso que necessitamos reestudar e revalorizar o exercício do ministério de modo a redescobrir a magna importância diante de Deus do exercício do ministério. Também redescobrir o valor em despertarmos novos líderes que poderão ser instrumentos de Deus para o pastoreio, para missões, para liderança em diversos setores da igreja e em ações no reinado divino aqui em nosso mundo. Querido colega pastor, desejo animá-lo a considerar com carinho o despertamento vocacional e a descoberta de novos líderes para o futuro da Obra de Deus. Que tal você programar em sua agenda temática, pelo menos uma vez por mês promover em sua igreja o despertamento vocacional?
o jornal batista – domingo, 23/11/14
ponto de vista
Niberto Amorim, Igreja Batista da Liberdade - SP
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ez mil pessoas se acotovelavam em um cemitério dos Estados Unidos no sepultamento do empresário de um showbusiness americano, morto em um desastre aéreo. Mas, o afluxo de tão grande público devia-se menos ao apreço dessas pessoas pelos predicados biográficos do falecido, do que aos efeitos do noticiário da grande mídia nacional – martelando nos dias anteriores o desaparecimento e queda do avião – sobretudo, devia-se à presença de celebridades cinematográficas no local, entre as quais a da própria viúva, estrela de primeira grandeza e considerada, à época, a mulher mais bonita do mundo. E por mais que essa tentasse se esconder dos olhares, ao abrigo de uma tenda, mais ouvia a multidão – grande parte dela devorando quantidades de batatas fritas e coca-cola gritando em coro o nome dela e pedidos de “apareça”, “apareça”, “só uma olhadinha”. Por fim, guarda-costas algum pôde evitar que a famosa viúva não tivesse arrebatado o xale que lhe cobria a cabeça por um grupo de caçadores de souvenirs. Ora, as multidões, por vezes, tendem a perder o senso e a cometer desatinos. Estamos falando de uma que não sabe discernir entre a conduta devida aos ambientes de luto e aquela que é própria aos piqueniques ou aos ginásios de esporte; de uma que comparece ao cemitério demonstrando descomunal déficit de coração ou cérebro, mas com excesso de olhos, por assim dizer – olhos ávidos pelo que é sensacional e espetacular. Cena, de resto, muito consistente com a civilização em que vivemos, tão notável pela disseminação de formas de vida bizarras, de indivíduos invertendo sinais e atropelando campos de sentido da convivência humana. E não seja esquecido que o ambiente – as sociedades que compõem a atual civilização – tem como fazer a delícia dessas multidões, cevando-as a partir dos olhos à base de “banhos de imagens”, preferencialmente de mercadorias, mas também de assassinatos, estupros, assaltos, pedofilia, guerras, bebidas alcoolicas e armas.
Contudo, em se tratando dessa civilização, quem tem muito a dizer é Mário Vargas Llosa, prêmio Nobel de literatura peruano e naturalizado espanhol em “A Civilização do Espetáculo – uma radiografia do nosso tempo e da nossa cultura” (São Paulo, Editora Objetiva Ltda, 2013). Eis o livro que exige toda consideração, não só pela excelência da análise crítica, da radiografia perfeita das sociedades contemporâneas – mais especificamente, da cultura que elas refletem mas também por constituir manifesto corajoso contra os vícios e deformações que as acometem. Que o leitor cristão o examine detidamente, aquilatando o que nele consta sobre o papel que teve o cristianismo enquanto esteio fundador da civilização ocidental, o quanto ele moldou esquemas de percepções, de ideais, valores estéticos e éticos, o como fez surgir formas de cultivo do espírito; que se compenetre, por isso e muito mais, da força plasmadora da fé cristã em obras artísticas, literárias, sociais, econômicas e políticas. Examinar também as trágicas consequências daquilo que se convencionou chamar de “a morte de Deus”, isto é, do rompimento dessa civilização com as fontes nutridoras da vida espiritual e moral, só possíveis, em última análise, com a religião (o próprio autor salienta isso). Que se de-
tenha no destaque dado por Llosa, ao fenômeno da violência, integrante do séquito dessas consequências – “desencantamento”, “mal-estar”, “nihilismo”, “tédio”, “grande bocejo”, desespero”, “vazio”. Pois, de fato, e consoante o convincente autor, o deslocamento da fonte nutridora da religião para a política ou o poder secular teve como desdobramento imediato a violência social, cujo ápice é atingido com as grandes monstruosidades e campos de morte do século XX. Mas, Llosa vai além, com o atribuir a origem dos males atuais de corrupção, fraudes, tráfico de influência, criminalidade, impunidade, etc. ao desmonte do lastro espiritual e moral inerente à religião. A tese central do livro, porém,- e sempre alicerçada no mesmo referencial daquelas perdas morais e espirituais de base - é a deterioração da cultura e o aparecimento da civilização do espetáculo. Civilização do espetáculo? É aquela em que o entretenimento reina como supremo valor; em que o se divertir, o escapar do tédio, constitui lei e paixão. Llosa é esclarecedor, definindo-a como a “banalização da cultura, generalização da frivolidade e, no campo da informação, a proliferação do jornalismo irresponsável da bisbilhotice e do escândalo”. É claro que a noção inclui a primazia do visual, ou seja, da cultura das
telas – blockbusters, videogame, tv, telefone celular -, sob cuja égide o pensamento, a palavra, e a figura do intelectual encontram seu túmulo, substituídos que são por histriões, futebolistas, atores de cinema e de novela, líderes de seitas religiosas, cantores de rock, falsos artistas e ilusionistas de toda ordem. Por consequência e conclusão, o livro em tela implica as igrejas de um modo geral. Embora declarando-se não-religioso, o autor faz pronunciamento sobre o fenômeno da musicalização da cultura, de que a Igreja cristã não escapa: “(...) se inverte, secularizado, o espírito religioso que, em sintonia com o viés vocacional da época, substituiu a liturgia e os catecismos das religiões tradicionais por manifestações de misticismo musical: assim, no compasso de vozes e instrumentos exacerbados, que os alto-falantes amplificam monstruosamente, o indivíduo se desinvidualiza, transforma-se em massa e, de maneira inconsciente, volta aos tempos primitivos da magia e da tribo. Esse é o modo contemporâneo – muito mais divertido, por certo – de alcançar o êxtase que Santa Teresa ou São João da Cruz obtinham através de ascetismo, oração e fé”. Guardadas as devidas proporções, as formulações do prêmio Nobel coincidem com as do pastor Júlio de Oliveira Sanches no corajoso artigo “A Ditadura
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dos Decíbeis” (Jornal Batista, 10/08/2014, pg.3), referindo-se ao estilo e conteúdo da música que predomina nas reuniões convencionais da denominação e do qual recolho estas linhas: “Culto significa comunhão, edificação e oportunidade para ouvir a voz divina. Hoje as músicas são estressantes. Os solistas disputam para ver quem grita mais alto. O baterista quer suplantar a guitarra. A guitarra o baixo. O dirigente suplanta a todos, com aleluias fora do contexto”. Como quer que seja, cada vez mais se torna visível a interpenetração em nossas práticas de culto daqueles elementos típicos da cultura que Vargas Llosa deplora. E quando isso acontece, pior para os ambientes de culto. O resultado só pode ser a volatilização do temor e reverência que uma casa de oração deve infundir; o sentido de santuário decai da sacralidade para a ritualística de teatro; a sublimidade da Palavra, da transcendência e da vida do espírito degenera-se em performances de palco; a centralidade de Cristo se confunde com o louvor – louvor rocambolesco, veja-se bem, no qual adoradores, não raro, põem-se a fazer contorções corporais dignas de Madona ou de Michael Jackson. Pela sensatez, os Llosas e os Julios Sanches são muito bem-vindos com suas mensagens.