ANO CXX EDIÇÃO 50 DOMINGO, 12.12.2021
R$ 3.20 ISSN 1679-0189 ÓRGÃO OFICIAL DA CONVENÇÃO BATISTA BRASILEIRA
FUNDADO EM 1901
Palavra viva de um Deus vivo Segundo domingo de dezembro - Dia da Bíblia “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4.12).
Notícias do Brasil Batista
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Missões Mundiais
Observatório Batista
Departamento feminino da BWA tem nova diretora executiva
Nova Igreja em 15 dias
Acampamento de Promotores 2022
Servir na obra de Deus ou ao Deus da obra?
JMM abre inscrições para evento, que será presencial
Coluna traz reflexão sobre as prioridades na vida cristã
pág. 11
pág. 15
Conheça Merritt Johnston, escolhida para exercer a função pág. 08
Comunidade N7, no sertão de Pernambuco, ganha um novo templo
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REFLEXÃO
O JORNAL BATISTA Domingo, 12/12/21
EDITORIAL
Dia da Bíblia. Dia de viver a Bíblia
“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4.12). Mais uma celebração do Dia da Bíblia. É bem provável que a sua Igreja esteja realizando neste segundo domingo de dezembro, seja um culto no templo, o famoso “ar livre”, publicações
nas redes sociais para celebrar esta data e outras ações de mesmo modo significativas e importantes. Pode parecer clichê o que vou escrever aqui. Com certeza você já leu e ouviu diversas vezes; e tenho certeza que não será a última: mais do que comemorarmos o Dia da Bíblia, nós precisamos que ela esteja em todos os nossos dias. Nós precisamos tirar um tempo para a sua leitura, para meditar na Pa-
lavra, estudar o texto bíblico e, principalmente aplicar os seus ensinamentos e princípios em nossa vida diária. Não dá para viver da Bíblia apenas quarta-feira e domingo. Ela precisa fazer parte do dia a dia, de modo que, mesmo que não esteja conosco fisicamente, fique guardada em nossas mentes. “Guardei no coração a tua palavra para não pecar contra ti” (Sl 119.11). Comemore este dia especial para todo o povo de Deus, mas não se es-
queça do principal, viva a Palavra em todo o tempo. A edição desta semana traz alguns artigos para marcar o Dia da Bíblia. Boa leitura e que Deus te abençoe. n Estevão Júlio
jornalista no Departamento de Comunicação da Convenção Batista Brasileira
( ) Impresso - 120,00 ( ) Digital - 50,00
O JORNAL BATISTA Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901
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Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Folha Dirigida
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BILHETE DE SOROCABA
Dia da Bíblia ou a Bíblia de todos os dias
Pr. Julio Oliveira Sanches O salvo que se alimenta espiritualmente da mensagem bíblica, não concorda que haja um só dia dedicado à Bíblia. Todos os dias do seu viver são dias da Bíblia. Não há como lembrar da Bíblia em apenas um dia especifico. Para o alimento da alma, todos os dias são dedicados à Bíblia. Qualquer que seja a situação, a Bíblia sempre está presente com sua mensagem e solução. Se o sono não chega, ela auxilia o cérebro cansado a repousar tranquilo, certo que o autor da Bíblia se faz presente, oferecendo conforto e esperança. “Eu me deitei e dormi, acordei, porque o Senhor me sustentou” (Sl 3.5). Não há noites de insônias quando se tem esta certeza. A esperança se
renova e novo alento desperta a alma a agradecer todos os dias. Quando pecados antigos voltam à mente e perturbam a alma, a Bíblia reafirma que todo passado foi desfeito sob a ação do Espírito Santo, no dia em que Jesus entrou em minha vida. A Bíblia afirma: “Multiplicando dentro de mim os meus cuidados, as tuas consolações recrearam a minha alma” (Sl 94.19). “É ele que perdoa as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades, quem redime a tua vida da perdição, e te coroa de benignidade e misericórdia. Quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia” (Sl 103.3-5). A Bíblia de todos os dias me oferece a certeza que posso superar todos os desafios que a vida me oferece a cada novo dia. Ela me diz,
sem orgulho e superioridade, que ao seguir suas orientações desperta em minha alma amor e profunda gratidão aos seus ensinos. “Oh quanto amo a tua Lei! É a minha meditação em todos os dias. Tu, pelos teus mandamentos me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou mais prudente do que os velhos porque guardo os teus preceitos. Por isso desviei os meus pés de todo o caminho mau, para observar a tua palavra” (Sl 119. 97-101). A Bíblia de todos os dias me desafia e me ensina a ser melhor em todos os sentidos. Não sou um fracassado, pois o Senhor está comigo, ao meditar na Bíblia de todos os dias. A minha Bíblia
de todos os dias me exorta a evitar o pecado e o caminho dos ímpios. Quando não consigo atender os seus ensinos, o resultado é sempre doloroso. “Rios d’Água correm dos meus olhos porque não guardam a tua Lei” (Sl 119.136). Por isso preciso tê-la como lâmpada a alumiar o meu caminho. “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para alumiar o meu caminho” (Sl 119.105). O meu amor pela Bíblia de todos os dias me fortalece a prosseguir e ajuda-me a não desanimar. “Tu és o meu Deus, e eu Te louvarei, Tu és o meu Deus, e eu Te exaltarei; Louvai ao Senhor comigo, porque Ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre” (Sl 118.29). Como está a sua Bíblia de todos os dias? Grifada, com anotações? n
Qual o valor de uma Bíblia?
Roberto Celestino
diácono da Primeira Igreja Batista em Taquaritinga do Norte-PE
“As ordenanças do Senhor são verdadeiras, são todas elas justas. São mais desejáveis do que o ouro, do que muito ouro puro” (Sl 19.9-10). Se desejarmos comprar uma Bíblia de estudo com inúmeros recursos, certamente pagaremos entre R$ 120,00 a R$ 300,00. Mas tem Bíblia com preços ainda mais acessíveis, e o melhor, ainda tem muita Bíblia que não nos custa nada. Bíblias impressas são distribuí-
das gratuitamente por Igrejas, entidades missionárias e pessoas físicas que também abençoam pessoas com porções da Palavra de Deus. Temos também Bíblias totalmente grátis em nossos computadores e smartphones. Não importa se a Bíblia que você tem foi gratuita, se custou um pequeno valor ou até mesmo um valor mais alto, a pergunta que faço para todos é: Que valor tem a Bíblia pra você? Sabemos que para termos a Palavra de Deus impressa em nosso idioma e em um só volume como a temos em nossas mãos, foi algo que custou muito caro. Pode não ter custado nada pra
mim e para você, mas custou o tempo e a vida de muita gente. Ter um exemplar da Bíblia nas mãos, ainda hoje, em cultura não cristãs, continua sendo preço de sangue, pois quem arrisca expor um exemplar da Palavra de Deus pode perder sua vida e colocar em risco a segurança de sua família. Levar uma Bíblia para casa, em muitos países, pode custar o pouco conforto da moradia, pois, por esse ato, muitos são expulsos do seu lar. Falar do conteúdo desse livro pode custar o emprego, a vaga na escola, o sobrenome que carrega.
Nós, brasileiros, dificilmente pagamos esse preço; mas qual o valor real que temos dado à Bíblia? Quantas Bíblias empoeiradas temos nas estantes de nossas casas? Quantas Bíblias esquecidas no domingo em algum banco da Igreja e nem sequer sentimos sua falta até que a reencontramos no domingo seguinte. Quantas Bíblias fechadas e quase nunca lidas? E quando lemos, qual valor damos ao seu conteúdo que fala diretamente conosco? No segundo domingo de dezembro comemoramos o Dia da Bíblia. Reflitamos qual o valor da Bíblia para nossas vidas. n
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Uso secularizado da Bíblia Olavo Feijó
pastor & professor de Psicologia
O Senhor prefere nosso amor Francisco Mancebo Reis pastor, colaborador de OJB
Ler a Palavra de Deus como se lê a palavra do homem? Abrir o livro sagrado como se abre um livro comum? Que aproveita a um racionalista pôr sobre a Bíblia os olhos da razão sem as lentes da fé? Vai arriscar uma falsa explicação para o sobrenatural, como procedem muitos na leitura de Gênesis e de tantos relatos do prodigioso. É o caso da travessia no Mar Vermelho a pé enxuto, a provisão do maná no deserto. E o perfil de Jesus? Para a mente natural, não passou de um parapsicólogo atuando no cérebro humano, um filósofo aquilatando a vida e o mundo, um mestre emitindo conceitos sublimes, um espírito iluminado. São títulos que o dignificam, mas ele excede a todas essas grandezas. Apelou à mente e ao coração, ao corpo e ao espírito, à convivência com as criaturas e com
o Criador, às relações com a terra e com o céu. Vítima de incompreensão, de afronta, de calúnia e rejeição, o Salvador trilhou a via dolorosa, mas não morreu simplesmente porque o mataram, e sim “segundo as Escrituras”, ressurgindo triunfante, convencendo-nos a pensar no drama da cruz como poder, não fraqueza; sabedoria, não estultícia (I Coríntios 1.23-25). A Bíblia é história, é ciência, filosofia, poesia, teologia, vida. Sobretudo, porém, um manual que orienta para o tempo e a eternidade. É a história de Abraão, a ciência de Moisés, a filosofia de Salomão, a poesia de Jó, a teologia de Paulo, a vida real ofertada por Jesus. Tudo impregnado de instruções transcendentais e perenes. Essa dimensão supranatural concita o leitor a manuseá-la com discernimento, reverência e fé. Acaso basta uma arma ser a melhor das armas? E o inteligente
Amor e medo são dois temas es“Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de senciais, que João nos revelou: “Deus Deus, mais do que os holocaustos” é amor. Aquele que vive no amor, vive (Os 6.6). unido com Deus… No amor não há medo; o amor que é totalmente verA religião constitui uma das mais dadeiro afasta o medo… Nós amamos importantes práticas da vida em so- porque Deus nos amou primeiro (I ciedade. Dentre as motivações que João 4.19). mais são encontradas nas estrutuÉ mais simples repetir uma série ras religiosas, duas se sobressaem: de práticas religiosas, fáceis de deo medo e o amor. Ambas são refor- corar. Só que estas coisas não nos çadas pelas práticas dos líderes, que alimentam espiritualmente. Nossa ostentam poder através dos seus ri- comida espiritual é a meditação da tuais sofisticados, que requerem lon- Bíblia e a prática da conversa com ga iniciação, sempre distante do dia o Cristo. a dia dos meros seguidores.
manejo? Assim deve ser com “a espada do Espírito” (Ef 6.17). O empenho recomendado a Timóteo vale para todos os exegetas. É aprovado quem “maneja bem a palavra da verdade” (II
Timóteo 2.15). Dos que estudam as sagradas letras requer-se boa vontade, amor, percepção, humildade e iluminação do Santo Espírito. n
A Palavra de Deus Leila Matos
ministra de Educação Cristã, membro da Igreja Batista Vida em Niterói - RJ
A Palavra de Deus é Luz para o meu caminhar. Em todos os dias Ela está a me orientar. A Palavra de Deus é Regra de conduta e fé Tenho ela na minha boca Me ensinando onde colocar o meu pé. A Palavra de Deus é Fonte de inspiração Para todo aquele que Entrega a Cristo seu coração.
A Palavra de Deus é Fruto do maior amor O livro mais lido do mundo Com a mensagem do Salvador. A Palavra de Deus é Vida, história, transformação Ela tem romance, conselhos, exemplos E o plano divino de redenção. A Palavra de Deus é Aquela que orienta os passos meus A Bíblia Sagrada é Um grande presente de Deus! n
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Compartilhando e celebrando o Reino: Jesus Nasceu! Levir Perea Merlo
pastor, colaborador de OJB
“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai” [A Palavra se tornou um ser humano e morou entre nós, cheia de amor e de verdade. E nós vimos à revelação da sua natureza divina, natureza que ele recebeu como Filho único do Pai] (João 1.14. Nova tradução na Linguagem de Hoje). Graças a Deus, Jesus Nasceu! O que significa esse nascimento para a
humanidade? O relato de João acerca do princípio de Jesus é absoluto e retrocede no tempo, chegando à eternidade. Ele colabora com um conceito essencial para a formação do retrato de Jesus nos evangelhos. Ele afirmou que o Messias de Deus estava no princípio. “No princípio”, não é a mesma coisa que “desde o princípio”. No princípio remete à eternidade, mas “desde o princípio” tem a ver com a experiência humana mais remota possível. (João 8.44). Jesus é identificado com o Criador e não com a criatura. Ele compartilha do atributo divino da existência eterna. O evangelho segundo João revela algumas verdades essenciais: (1) o
Messias sempre esteve com Deus; (2) o Messias é chamado o Verbo de Deus; (3) o Messias é o agente divino da criação; (4) o Messias é a luz em contraste com as trevas; (5) João Batista dá testemunho do Messias; (6) o Messias não é recebido pelos Seus; (7) o Messias é o unigênito (o único gerado) do Pai; (8) o Messias é superior à autoridade do judaísmo; (9) o Messias é o único que viu Deus face a face, porque procede de Deus; Ele é Deus! (João 1.1) (Fonte: Bíblia de estudo do Discípulo, p.1322) Portanto, amados irmãos e amigos, devemos celebrar e compartilhar o Reino de Deus porque Jesus a glória do Pai é o peso maior ou a importância de
Deus. É a luz que brilha e pela qual Deus confronta os seres humanos em seu modo de revelação visível do Deus invisível. É o poder radiante do criador que aparece na criação. Em Jesus Cristo, o esplendor de Deus se tornou visível ao ser humano. A glória de Deus (Êxodo 33.22) tornou-se visível como graça e verdade, das quais todas as pessoas necessitam. Ele mostra que essas diretrizes realmente podem ser vividas pelos seres humanos na terra. Como Deus que se fez carne, Jesus nasceu! Ele permite que vejamos o que de outra forma, seria impossível perceber. Celebremos sempre a glória do Reino: Jesus Nasceu! n
A alternativa para uma triste realidade
Celson Vargas
pastor, colaborador de OJB
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo 1.8-9). A triste realidade é o estado pecaminoso da humanidade, que constitui na contrariedade, por parte do homem, aos mandamentos estabelecidos por seu Criador para sua forma de vida. O pecado entrou no mundo e passou
a reinar com poder sobre toda a raça, levando-a às práticas mais vis e cruéis que se pode ver embaixo do céu. A alternativa para isso é que o Senhor, por amor a nós e por fidelidade a Si mesmo, criou uma forma real e segura para sermos libertos dessa escravidão e ainda sermos perdoados pelas transgressões anteriormente cometidas e voltarmos à nossa natureza de origem, ou seja, comunhão com Deus. Tal alternativa se constitui na obra de Jesus nesse mundo, ao instituir o Reino de Deus aqui, trazendo, assim, a real oportunidade ao homem de se ingressar nele mediante a justificação
de seus pecados e comprometimento com uma nova forma de vida, não mais como servo do pecado, mas de Deus. “Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação, e, por fim a vida eterna” (Rm 6.22). A opção por essa alternativa depende da decisão pessoal de cada um de nós envolvidos na triste realidade do pecado, em assim nos reconhecermos, e assumir as atitudes orientadas pelo texto em destaque, ou seja, confessar nossos pecados a quem é fiel e unicamente poderoso, para perdoá-los, para nos purificar de toda injustiça, ou
apagar as máculas de nossos atos injustos promovidos pelo pecado, nos tornando assim, dignos para então nos reaproximarmos de Deus, que é absolutamente santo. Nossos pecados devem ser confessados a Deus, em nome de Jesus, que, por ser a propiciação desses, se tornou também nosso advogado junto ao Pai, para essa intervenção. “… Se, todavia, alguém pecar, temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados…” (I Jo 2.1- 2). Que o Senhor nos abençoe para decidirmos sempre por essa alternativa. n
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REFLEXÃO
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Família: uma sociedade indispensável Rubin Slobodticov
pastor, colaborador de OJB
Família se vive no dia a dia. Entretanto, 8 de dezembro é marcado como o Dia da Família. Foi instituído na década de 60, a fim de promover a sua valorização e homenagear a instituição familiar composta tradicionalmente por pessoas de sexos diferentes, que podem gerar filhos, e assim estabelecê-la como instituição fundamental para promover a vida em sociedade de modo saudável, educada e promissora. Uma sociedade indispensável é preciso subsistir de modo a manter laços entre seus membros. E uma família se compõe e se firma por laços de parentesco e afetividade. Assim, em boa tradição, uma família tem pai e mãe como núcleo familiar e filhos cujos laços se estendem pela convivência de agregados que passam a compô-la. A Constituição Federal do Brasil conceitua família como sendo a base da sociedade, tendo esta proteção especial do Estado (art. 226). Assim, pois, pessoas relacionadas por descendência e ascendência é uma família. Sua base é a relação afetiva e a convivência responsável capaz de promover educação e cuidado mútuo suficientemente capaz de influenciar o comportamento dos seus descendentes de modo a viverem em harmonia no seu meio social. Família, como sociedade indispensável, socializa seus próprios membros através de valores morais, sociais, tradições boas e justas, costumes e co-
nhecimentos impregnados em suas gerações. Por isso, ela deve ser regada de afeto, cuidado, segurança e bem-estar onde gênero e ordem são mantidos. Assim, torna-se capaz de transmitir sua cultura e história. Para essa sociedade indispensável sobreviver devem estar presentes uma forte ligação afetiva, profissional ou mesmo de amizade onde o amor passa a ser um sentimento de carinho e demonstração real de afeto em constante desenvolvimento. O amor, neste caso deve se manifestar como ato de proteção no amor maternal ou paterno e fraterno. Assim pois, nessa sociedade indispensável conjuga-se o verbo amar onde o sujeito se relaciona obrigatoriamente com o seu ser amado, a saber, marido e esposa e filhos reciprocamente. Família, como sociedade indispensável, cultiva o amor entre casais que se completam em suas diferenças físicas e emocionais diferenciadas. No caso, o amor é capaz de prover novas vidas por atividades físicas saudáveis permitidas dentro da moral familiar entre um homem e uma mulher que compartilham a vida em comum, pelo compromisso do casamento honrado. Família, sociedade indispensável pode deixar de existir pela morte de um de seus cônjuges. Algumas culturas próprias admitem o agregamento de mais pessoas ao núcleo familiar, entretanto o respeito, condições e dignidade familiar são preservados. Entretanto, isso não significa que o núcleo
se constituía por pessoas iguais ou poligâmicas, porque a base da família é um homem e uma mulher, de modo absoluto. Essa constituição permite entender as regras e entendimentos fixos sobre o papel e função de cada um de seus integrantes: pai, mãe, marido e esposa, irmãos, avós, primos, tios etc. Nesta linha não existe espaço para o entendimento de “família informal”, “monoparental” e “anaparental”, isto é, da não oficializada por lei específica e familiar denominada como “união estável”, a composta por apenas um dos pais que independente de motivos não coabitam como família organizada, ou aquela cujos genitores simplesmente são ausentes, o que abre oportunidade para adoção. Família, sociedade indispensável, deve ser real onde seus integrantes desfrutam de privilégios especiais por reconhecerem e viver, cada qual, seu lugar dentro dela. O Criador já houvera determinado: “Ele criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. E Deus
os abençoou e lhes disse: Frutificai-vos e multiplicai-vos e enchei a terra” (Gn 1.27-28). Assim, pois, o casamento se tornou uma recomendação sagrada, como registram as Escrituras: “Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará. Sejam vossos costumes sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele disse: Não te deixarei, nem te desampararei. E assim com confiança ousemos dizer: O Senhor é o meu ajudador, e não temerei O que me possa fazer o homem. Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver” (Hb 13.4-7). Portanto, família como sociedade indispensável, deve se resguardar do adultério, dos desvios de conduta porque estes não herdarão o reino de Deus, como diz I Coríntios 6. 10. Preserve-se pois, a família como instituição indispensável para uma boa sobrevivência social, a partir de sua gênese. n
EDITAL DE CONVOCAÇÃO ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL !
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EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSOCIAÇÃO DOS MÚSICOS BATISTAS BRASILEIROS CNPJ 35.807.030/0001-9
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O Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Adilson Ferreira dos Santos, em cumprimento ao que determina os artigos 14 e 15 do Estatuto da OPBB, CONVOCA por meio deste Edital e pelo que estabelece o Regimento Interno (Art. 19, §2º; Art. 54, Parágrafo Único) e o Estatuto (Art. 9º) da OPBB, os pastores filiados,
Na qualidade de Presidente em exercício da Associação de Músicos Batistas Brasileiros, em cumprimento ao que determina o artigo 9º do estatuto da AMBB, CONVOCO os sócios para reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária, no dia 12 de janeiro de 2022, às 16 horas, na Primeira Igreja Batista em Jardim Camburi, com endereço à Av, Italina Pereira Mota, 500 – Jardim Camburi – Vitória - ES. Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 2021.
devidamente credenciados (carteira válida), para se reunirem em Assembleia Geral Ordinária a ser realizada nos dias 11 e 12 de janeiro de 2022, a partir das 08h30, nas dependências da Igreja Evangélica Batista de Vitória, situada à Av. Saturnino Rangel Mauro, 725 - Jardim da Penha - Vitória / ES - CEP 29060-770. Consta na pauta desta Assembleia Geral: Reforma do Estatuto, Reforma do Regimento Interno, Reforma do Código de Ética, Eleição e Posse da Nova Diretoria Estatutária, entre outros assuntos. Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2021
Alzira Maria Bittencourt de Araújo Presidente em exercício
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Pr. Adilson Ferreira dos Santos PRESIDENTE | OPBB
MISSÕES NACIONAIS
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Trabalho missionário abençoa escola no Amazonas
Millena Nascimento missionária
Adaptação: Redação de Missões Nacionais
A Escola M. São Luiz de Gonzaga sempre esteve aberta para nos receber e é sempre um privilégio servir a Deus amando cada aluno, professor e funcionário nessa escola. Na programação de encerramento, todas as turmas participaram de gincanas e
nós duas (eu, Millena, e a missionária Alcione) fomos as juradas. Fiquei muito contente em ver o progresso de alguns alunos específicos, pois, durante a segunda onda da pandemia, pude caminhar com alguns desses de perto no projeto que realizamos de reforço escolar. Vê-los com maior desprendimento me trouxe muita alegria. Precisamos orar pela educação nas comunidades ribeirinhas. Existe uma defasagem de ensino muito grande e vemos os esforços dos professo-
res, que, em maioria, são frutos locais, ou seja, quando concluíram o ensino médio, passaram em uma prova e começaram a lecionar. Isso faz deles grandes guerreiros e guerreiras, pois eles se desdobram e buscam, muitas vezes, além daquilo que já conhecem para ensinar essa geração. Sabemos que o desafio de lecionar é grande. Agora, imagine fazê-lo sem um preparo específico! Com um pequeno gesto, o grupo de Capelania Escolar (Eu, Alcione,
Dheynne e Lenilda) demonstramos nossa gratidão e reconhecimento aos professores e funcionários da escola municipal. Fizemos um simples bloquinho de anotações, lemos um poema para eles e expressamos nossa gratidão a cada um. Nesse momento, vimos a alegria e a surpresa no olhar de cada um deles por esse gesto. Sonhamos em estreitar cada vez mais os laços com essa escola, pois vemos ali um grande campo a ser alcançado para glória de Deus. n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
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Missionários Voluntários de São Paulo constroem templo em 15 dias no sertão de Pernambuco Cerca de 150 pessoas participaram da inauguração do templo.
Edna Paz
missionária mobilizadora da Junta de Missões Nacionais
No dia 24 de novembro aconteceu a inauguração e consagração do templo na Comunidade N7, sertão de Pernambuco. 11 homens e uma missão: “Abençoar o meu povo e os missionários que atuam no sertão é um sonho que foi plantado no meu coração em 2015”, diz pastor Enoque Paz, missionário mobilizador da Junta de Missões Nacionais (JMN). Cerca de 150 pessoas participaram deste momento. A comunidade foi impactada com a dedicação desses homens, que testemunharam através de suas vidas. Foram 15 dias de trabalho voluntário, dedicados ao Senhor e ao povo sertanejo. “Até padeiro vira pedreiro na obra missionária”, comentou o pastor Enoque em tom de gratidão. E continuou: “Construir no sertão é investir para que as futuras gerações nordestinas conheçam a Deus e andem com Ele!”. A missionária da JMN na comunidade N7, Jéssica Cabral, junto com seu esposo, Eliedson, afirmou com lágrimas: “nosso Deus responde oração! Nosso Deus realiza sonhos! Nós entendemos que Igreja somos nós e que
Em 15 dias, a comunidade N7, no sertão de Pernambuco, ganhou um novo templo podemos adorar ao Senhor nas casas dos irmãos, embaixo das árvores e em vários lugares. E assim fazemos, mas como sonhamos e clamamos com um lugar que fosse nosso, que pudéssemos nos reunir para adorar ao Senhor, guardar os materiais, ficar protegido do sol, da chuva, da poeira, do barulho, que fosse reconhecido como o local da Igreja Batista Resplendor! Por muito tempo parecia que não ia acontecer, mas nosso Deus levantou homens e mulheres de tão longe, que decidiram sonhar conosco, investir financeiramente, investir seu tempo, investir seus talentos para que nosso sonho virasse realidade”.
Pastores e Igrejas Batistas de outras regiões presenciaram a inauguração
Orlando, nosso mestre de obras, promotor de Missões e membro da Igreja Batista em São Bernardo do Campo-SP, declarou: “Cada tijolo que eu assento me faz ter mais vontade de ganhar o povo sertanejo pra Cristo. Construir no sertão é dizer que Jesus Cristo é a Única Esperança”. Louvamos a Deus pela vida das Igrejas e pastores de cada voluntário de São Paulo, pelo Joilson Alves da Silva, preletor do culto de inauguração do templo e pastor da Igreja Batista Esperança, no Projeto N9, Igreja mãe da Missão no N7, Primeira Igreja Batista de Petrolina-PE e demais irmãos e Igrejas que não foram mencionados, mas são conhecidos de Deus e fizeram parte desta história.
Ao ser questionado sobre onde será a próxima missão, o pastor Enoque usou as palavras de William Carey para responder: “Todo cristão deve viver a vida com uma Bíblia aberta e um mapa aberto”. Depois continuou: “Já estou orando e sonhando com a próxima missão, pois quando ainda era do exército existia um lema: Missão dada, missão cumprida. Hoje, esta frase não tem apenas um significado de cidadania e ética, mas adquiriu um valor muito maior e excelente, pois a Missão no sertão me foi dada pelo Deus Missionário, a qual cumprirei com todas as minhas forças”. A Jesus, somente a Ele, seja honra e glória! n
Adolescentes Batistas de Macaé - RJ participam de Clube de Debate Projeto sobre assuntos atuais foi idealizado por três mães. Larissa Chiroma Veiga Fernandes
professora, membro da Segunda Igreja Batista de Macaé - RJ
Você já viu adolescentes participando de um debate, no qual eles podem, orientados por uma cosmovisão cristã, pensar sobre assuntos atuais, e ainda aprenderem excelentes ferramentas para construir argumentos relevantes e interessantes? Essa é a proposta do Clube de Debate. Uma iniciativa de três mães de Macaé-RJ, Cátia Noronha, da Igreja Batista em Cavaleiros, Cleidi Firmino, da Igreja Batista do Engenho da Praia, e Larissa Fernandes, da Segunda Igreja Batista. O Clube de Debate visa ajudar, além dos seus próprios filhos, outros adolescentes e jovens a pensarem de forma correta, defenderem a verdade e argumentarem com precisão. Ter um raciocínio lógico, saber defender a sua fé e expor seus pensamentos de forma coerente, é necessário para que adolescentes lidem com as incoerências do mundo de hoje, e através de um
Clube de debate tem o objetivo de ajudar adolescentes em pautas contrárias à Palavra de Deus pensar bíblico refutem pensamentos contrários à Palavra de Deus, forjando uma mente capacitada a não se deixar moldar por qualquer retórica falaciosa. No último encontro do ano, foi promovido um torneio de Discurso de Elevador, no qual cada adolescente preparou um discurso coeso, com até três minutos, porém, persuasivo, a fim de defender sua ideia sobre um dos assuntos tratados durante o ano. Alguns dos assuntos abordados foram:
Adolescentes Batistas de Macaé - RJ aprendem a partir de uma cosmovisão bíblica
suficiência e veracidade das Escrituras, direito à vida (pena de morte, aborto, eutanásia), pirataria, cotas, feminismo, entre outros. No livro de Isaías, Deus chama Seu povo para arrazoar, para refletir junto com Ele, apresentar seus argumentos e discutir sobre o assunto (Isaías 1.18), o que nos mostra que o raciocínio é usado por Deus e nós, como cristãos, devemos usá-lo também. Em Marcos 12.30, Jesus relembra o mandamento de amarmos a Deus de
todo nosso entendimento, o que significa amá-lo com o nosso pensar, com a nossa mente, logo, essa é uma área que deve ser plenamente usada e desenvolvida para manifestarmos nosso amor ao Senhor. Ao longo do Clube de Debate temos visto adolescentes e jovens sendo transformados pela renovação das suas mentes, aprendendo a pensar bem, defendendo a verdade, através de assuntos relevantes e atuais através de uma cosmovisão bíblica. n
MISSÕES MUNDIAIS
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Acampamentos de Promotores 2022: inscrições abertas Jamile Barros
Redação de Missões Mundiais
O Acampamento de Promotores é um evento feito especialmente para aqueles que mobilizam suas Igrejas a fazerem mais e melhor por Missões Mundiais. É uma oportunidade para conhecer mais sobre a agência missionária da Convenção Batista Brasileira (CBB) para os povos estrangeiros e sua campanha anual. Nele, o promotor terá todas as ferramentas necessárias para realizar uma grande mobilização missionária na sua Igreja. No acampamento, o promotor ouvirá testemunhos de missionários diretamente do campo, será capacitado para realizar a campanha de 2022, terá a oportunidade de viver a comunhão e trocar experiências com líderes, missionários Após o pagamento da taxa de inscrie outros colegas de missão. Além disso, ção, o promotor já terá garantido uma terá acesso a um panorama sobre os camisa oficial da campanha 2022! principais desafios de Missões Mundiais Confira abaixo as datas dos acame conhecerá um pouco mais os Missio- pamentos e inscreva-se já! nários Mobilizadores que estão espalhados pelo Brasil, dispostos a servir e ser RIO DE JANEIRO ponte entre as Igrejas e nossa agência. De 11 a 13 de Fevereiro de 2022
PARANÁ De 11 a 13 de Fevereiro de 2022 SANTA CATARINA De 18 a 20 de Fevereiro de 2022 RIO GRANDE DO SUL De 11 a 13 de Março de 2022
Os acampamentos acontecerão de forma presencial, seguindo as devidas orientações sanitárias para a segurança de todos. As vagas são limitadas. Não perca tempo e garanta já o seu lugar! Inscreva-se no site: www.e-inscricao.com/missoesmundiais n
A história do pequeno Nima Dezembro é o Mês da Bíblia e você e sua Igreja são nossos convidados a se envolver com a campanha Bíblias para os Povos. Nas redes sociais e no site de Missões Mundiais tem sido publicado conteúdos que ajudarão a mobilizar outras pessoas a se importarem com novos convertidos que estão em campos refugiados no Oriente Médio e ainda não têm uma Bíblia. A Palavra de Deus é viva. Ela traz luz onde quer que esteja, assim como aconteceu na casa deste pequeno ex-muçulmano cuja história você confere abaixo. O programa “Bíblias para os Povos” tem abençoando milhares de cristãos, de origem islâmica, em países fechados à Palavra de Deus. Até mesmo crianças têm a oportunidade de ter sua própria Bíblia, em seu idioma, e isso gera testemunhos maravilhosos, como o do pequeno Nima, de apenas seis anos. A família de Nima se converteu em 2020. Logo depois, ele ganhou sua primeira Bíblia, ilustrada e colorida, como presente. Desde então, nosso pequeno irmão em Cristo não passa um dia sequer sem as lindas histórias da Palavra de Deus! Seu coração se alegra com cada uma delas. Mas a família mantém todos os cuidados em relação aos parentes que ainda são muçulmanos. Eles esperam o tempo certo de expor sua nova fé. Recentemente, um fato extraordi-
nário aconteceu: o avô de Nima, que é um muçulmano fervoroso, foi visitar a família. Para surpresa dos pais, Nima correu e pegou sua Bíblia, agarrou a mão do avô, o levou para o quarto e o fez sentar em sua cama. Já no colo do idoso, aquele pinguinho de gente abriu a sua Bíblia e começou a contar as histórias que aprendeu. Ele foi logo falando sobre como Jesus morreu e ressuscitou, para se tornar o Salvador de toda a humanidade. Que cena maravilhosa aquela: um idoso ouvindo atentamente, da boca do neto, a mensagem que pode redimir a sua vida da morte e da perdição!
O avô de Nima agora participa de um pequeno grupo de estudo da Bíblia e, certamente, em breve, fará a sua decisão por Cristo. Ore por ele e pelos demais familiares de Nima. Contribua para que mais e mais bíblias e novos testamentos sejam distribuídos no Oriente Médio. Participe: Pix: bibliasparaospovos@doeagora. com www.doeagora.com Quem preferir, pode ofertar através de depósito ou transferência em uma das contas abaixo. O comprovante
de depósito dever ser enviado para o e-mail: ofertas@jmm.org.br ou pelo WhatsApp da Central de Atendimento: (21) 98055-1818. Junta de Missões Mundiais // CNPJ: 34.111.088/0001-30 Bradesco Ag 1125-8 cc: 59000-2 Banco Brasil Ag 3010-4 cc: 141900-5 Itaú Ag. 9218 cc: 65100-9 Santander Ag. 3894 cc: 13001270-8 Caixa Econômica Federal Ag. 0201 cc 1165-4 op. 003 Doe agora n
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NOTÍCIAS DO BRASIL BATISTA
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União Batista Latino-Americana realiza reunião do seu Conselho Geral Projetos, relatórios e planos para 2022 estiveram em pauta.
Missão da UBLA é expandir o Reino de Deus através da união de Batistas latino-americanos Redes sociais da União Batista Latino-Americana
aos diferentes projetos levantados pela UBLA; relatórios dos diferentes departamentos da UBLA; trabalho com No sábado, 27 de novembro, o Con- ministérios e organizações parceiras; selho Geral da União Batista Latino-A- Assembleia 2022. mericana (UBLA) se reuniu virtualmente. No concílio foram abordados temas SOBRE A UBLA de interesse para todo o povo Batista A União Batista Latino-Americacomo: posição e resposta contra problemas migratórios; ajuda humanitária na - UBLA é uma organização cristã em países emergentes e cidades afeta- evangélica que reúne e coordena as das pela crise; apoio das Convenções Convenções, Uniões e Fraternidades
das Igrejas Batistas da América Latina e suas comunidades de língua espanhola e portuguesa no mundo, para, segundo sua própria declaração: “… a propagação do evangelho”. Simultaneamente, é um dos seis órgãos regionais representados na Aliança Batista Mundial. Nossa missão é vincular os Batistas latino-americanos, para compartilhar experiências, recursos, estratégias, a fim de contribuir para a extensão do
Reino de Deus. Somos organizações nacionais e juntas missionárias estrangeiras no amor do Senhor, para cumprirmos ombro a ombro a grande tarefa que Deus nos confiou no Continente e no mundo. SIGA AS REDES SOCIAIS Facebook: facebook.com/ublaonl Instagram: @ublaonl Site: www.ubla.net n
Convenção Batista do Planalto Central promove viagem missionária a Colinas do Sul - GO Impacto evangelístico contou com a força de irmãos de várias Igrejas do campo. Fotos: Adenildo Souza, Lucas Nunes e Daniela Rocha
Irmãos de diversas áreas do Planalto Central evangelizaram no impacto evangelístico em Colinas do Sul - GO Adenildo Souza
Comunicação CBPC
A Convenção Batista do Planalto Central (CBPC) realizou no dia 27 de novembro, um grande Impacto Evangelístico na cidade de Colinas do Sul-GO. A viagem missionária contou com a participação de quase 150 irmãos de
várias Igrejas do Campo Batista no Planalto Central. Na tarde de sábado, dividimos em vários grupos, que saíram pelas ruas de Colinas e compartilharam a mensagem da Salvação com a distribuição de folhetos evangelísticos (Jesus Cristo é a única esperança, da Junta de Missões Nacionais) e convite para
os moradores da cidade participarem do culto na praça. À noite tivemos atividades para as crianças e uma celebração ao ar livre, na praça central da cidade, com uma mensagem de esperança ministrada pelo pastor Diego Henrique Talaska, pastor da Primeira Igreja Batista em Alto Paraíso de Goiás-GO.
Na manhã de domingo (28) tivemos um Culto Missionário na PIB Alto Paraíso de Goiás-GO, com a participação do Coral de Homens Batistas do Planalto Central e uma mensagem de encorajamento da importância de sermos missionários, com o pastor Luís Cláudio Pessanha, diretor executivo da CBPC. n
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PONTO DE VISTA
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Nós temos a mente de Cristo Pr. Oswaldo Luiz Gomes Jacob “Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (I Co 2.16). 1. Paulo se refere à mente cristã, produto da nova natureza que recebemos de Cristo por ocasião do novo nascimento (II Coríntios 5.17). Temos, agora, o pensar de Cristo. Tudo o que é verdadeiro (digno de respeito ou honra, nobre); puro (moralmente puro, sem mancha, honesto); justo (reto, íntegro); amável (aceitável, refere-se àquelas coisas cuja graciosidade atrai; o que conduz à amizade); de boa fama (agradável, simpático, amável, boa reputação), se alguma virtude há (excelência moral, atividade excelente, valiosa, benéfica para a sociedade); e se algum louvor existe é da mente de Cristo (Filipenses 4.8). Todo o pensamento do cristão deve ser moldado pelo ensino de Cristo. Diz o Dr. Shedd: “o cristão não deve deixar a mente pensamentos inconvenientes ou “morcegos” descontrolados”. Alguém disse que não podemos evitar que o passarinho defeque sobre a nossa cabeça, mas podemos evitar que ele faça ninho.
2. A obra de Cristo em nós tem as Suas marcas indeléveis. Elas não podem ser apagadas, pois uma vez salvos, o somos para sempre (João 5.24; 10.28). Temos a segurança da salvação, pois o Salvador a garantiu em Sua obra na cruz e na ressurreição. Temos a Sua mente em razão de termos sido incluídos na Sua morte e fomos juntamente ressuscitados com Ele em novidade de vida (Romanos 6.1-11). Somos identificados com Ele de forma plena. 3. Pensarmos como Cristo é refletirmos no Pai, fazermos a Sua vontade, andando sempre pela estrada da obediência. É empreendermos a caminhada da reverência. É vivermos, cada dia, a diaconia do amor. Emprestarmos dons e talentos para abençoarmos as pessoas. Ele quer que toquemos as pessoas e oremos por elas. Devemos sempre agir com o amor, a mansidão e a humildade do Mestre. Ajamos sempre com a generosidade de Cristo, ajudando as pessoas, andando por toda a parte fazendo o bem (Atos 10.38). Ouçamos o próximo com atenção amorosa. Sejamos prudentes no falar. Semeemos a paz de Cristo que excede todo o entendimento (Filipenses 4.7). Trabalhemos arduamente para a ex-
pansão do Reino de Deus em toda a terra. Celebremos o Senhor com júbilo e nos apresentemos a Ele com cânticos (Salmos 100). 4. O fato de possuirmos a mente de Cristo significa procedermos com sabedoria. Sabermos o momento certo de abordarmos as pessoas. Aproveitarmos muito bem cada oportunidade porquanto os dias são maus (Efésios 5.16). Emana de Cristo, o nosso Salvador e Senhor, a capacidade para consolar os tristes, cuidar dos enfermos, tratar dos encarcerados, dedicar tempo aos idosos, albergar os maltrapilhos, procurando sempre testemunhar o evangelho da cruz. Somos chamados para encorajarmos os desanimados e consolarmos os enlutados. Passarmos o bálsamo nas feridas dos que sofrem as machucaduras da vida. É mister que procuremos sempre ouvir com atenção àqueles que sofrem. Lutarmos pela justiça social, contra a corrupção, pela eficiência e transparência dos governantes. Tratarmos muito bem do meio ambiente porque, sem Cristo, nada do que foi feito se fez (João 1.3). Ele é o nosso modelo de gestão ambiental. Toda a nossa abordagem e cuidado do ecossistema passa pela cosmovisão cristã. Há uma ética cristã em
nossa relação com o Meio Ambiente que tem a sua base no amor a Deus e ao próximo. 5. Pensarmos como Cristo é andarmos como Ele andou (I João 2.6). É amarmos os inimigos, bendizermos os que nos maldizem, abençoarmos os que nos perseguem, fazermos o bem aos que nos fazem o mal, orar pelos que nos rejeitam (Mateus 5.4348). É de Cristo Jesus soerguermos os abatidos, ministrando o descanso e o alívio aos que estão cansados e oprimidos (Mateus 11.28-30). Ele quer que profiramos uma palavra de esperança aos desesperados, pois Jesus Cristo é a nossa única esperança. 6. O discípulo deve ser como o seu Mestre. O servo deve obedecer e trabalhar para o seu Senhor. Jesus sempre pensou e agiu em favor de nós. Devemos sempre pensar e agir para beneficiarmos os outros. O Mestre quer que construamos pontes, relacionamentos frutíferos, abençoadores. Nós temos a mente de Cristo para fazermos sempre o bem às pessoas. Mente simples, saudável, equilibrada, que coopera com o Senhor na expansão do Seu Reino em toda a terra tendo em vista a salvação dos perdidos e a Glória do Seu nome! n
to, o reverendo Hernandes Dias Lopes diz: “O cônjuge incrédulo é trazido para mais perto de Deus ao conviver com um cristão na mesma casa”. Em segundo lugar, os filhos são abençoados pela influência do cônjuge cristão (I Coríntios 7.14). Existe um medo natural, daqueles que pertencem a Cristo, de que haja uma influência negativa do cônjuge incrédulo sobre o filho. Para o apóstolo Paulo, a presença de um dos pais crente coloca os filhos sob a bênção e traz proteção a eles. Ele deixa implícito que os filhos são consagrados com base na fé daquele que é cristão. O pastor e escritor John MacArthur Jr, diz: “A presença de apenas um dos pais cristãos protegerá os filhos de dano espiritual indevido, e eles receberão muitas bênçãos, inclusive muitas vezes a salvação”. A Bíblia traz um exemplo extraordinário desta realidade. Timóteo era filho de uma judia e de um pai grego incrédulo. A influên-
cia de sua mãe e sua avó foi tão forte, que Timóteo tornou-se um seguidor de Cristo Jesus (II Timóteo 1.5). Em último lugar, a possibilidade de conversão do cônjuge (I Coríntios 7.16). Alguns irmãos da Igreja de Corinto ventilavam a possibilidade de romper os laços matrimoniais com o cônjuge incrédulo, pois, estes duvidavam de que estes pudessem se converter. Paulo rebate mostrando que existe a esperança de conversão para aqueles que dentro do casamento não conhecem a Cristo. Eles deveriam manter acessa essa esperança, uma vez que o nosso Deus é especialista em mudança. O teólogo David Prior com propriedade diz: “Quaisquer que sejam as provações e obstáculos inerentes à manutenção de um convívio assim tão desigual, Paulo insiste em que se apeguem a real possibilidade de que o milagre da conversão finalmente leve a família a unidade em Cristo”. n
Cristãos casados com não cristãos José Manuel Monteiro Jr. pastor, colaborador de OJB
Um dos questionamentos mais frequentes no tocante a questão do casamento é se o cristão casado com o não cristão pode separar-se. Essa questão foi levada ao apóstolo Paulo e ele passa a tratar deste assunto. Alguns irmãos da Igreja em Corinto perguntavam: Devemos permanecer casados com cônjuges incrédulos? A resposta paulina é um sonoro Sim! O ideal seria se o crente não entrasse em um casamento misto e Paulo vê isso como um ato de desobediência (II Coríntios 6.14-15). Uma vez que o casamento entre um cristão e um não cristão está estabelecido, o que fazer? Em I Coríntios 7.12-16, Paulo oferece alguns argumentos e deixa explícito o porquê os cônjuges cristãos deveriam permanecer casados com os nãos cristãos.
Em primeiro lugar, a influência santificadora do cristão para com o não cristão (I Coríntios 7.14). É bom esclarecer que o apóstolo Paulo não está dizendo que um marido ou esposa não crente tornou-se moralmente santo por meio do cônjuge cristão. Isso é impossível acontecer, uma vez que homem nenhum é capaz de santificar ou salvar seu semelhante. O que Paulo ensina é que a convivência do cônjuge não cristão com o cristão possibilita ao cônjuge incrédulo ficar suscetível a influência benéfica do Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Por conta do poder intrínseco da pessoa de Jesus e do Evangelho, a influência de um servo de Deus é mais forte do que a influência de um não crente. O reformador Genebrino João Calvino diz: “Pois a piedade de um faz mais para santificar o casamento do que a impiedade do outro para torná-lo impuro”. Na mesma linha de pensamen-
PONTO DE VISTA
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OBSERVATÓRIO BATISTA
Servir na obra de Deus ou ao Deus da obra? Lourenço Stelio Rega É comum ouvirmos alguém afirmar que o mais elevado ideal do cristão é servir na obra de Deus. Não temos dúvidas de que o exercício dos dons e talentos é um elevado alvo para todos nós. Também já vi crentes exporem a história de alguém na Igreja, descrevendo seus esforços e dedicação para a obra, os cargos assumidos, a vida dedicada em fazer as coisas acontecerem, apesar de oposições e ausência de envolvimento de muita gente que se delicia em assentar-se dominicalmente nos bancos do templo para consumir o “entretenimento” dos cultos dominicais. Nessas ocasiões, também já notei que muitos destes “esforçados” crentes, nem sempre demonstram maturidade cristã, acabam se relacionando de forma destemperada com todos e, ainda, de forma ácida, despejam críticas contra tudo e todos. Em dias de assembleia da Igreja, se levantam e, em troca de seus esforços para a obra de Deus, se sentem no direito de exigir que as coisas andem conforme sua vontade. E nesse rumo poderemos defender que, apesar de sermos salvos não pelas obras, mas pela fé, viver a vida cristã é pelas obras e pelo esforço e dedicação na obra de Deus; quanto mais nos esforçarmos, mais bênçãos de Deus temos o direito. Então, essa “doutrina do esforço” tem levado muitas pessoas à frustração, pois, quando não aceitas por alguém da Igreja, ou quando recebem alguma crítica sentem-se injustiçadas. Então, o que faremos com Romanos 7, que nos mostra a nossa natureza pecaminosa como uma força impeditiva de nosso sucesso. O profeta Isaías (64.6) até nos aponta que nossas justiças são como algo descartável, portanto, tudo o que fizermos não alcança em nada os elevados padrões divinos. E, ainda mais, ao defender uma “doutrina” assim estaríamos defendendo, por exemplo, a doutrina da penitência retributiva, bem ao sabor do catolicismo romano. Há também aqueles que se dedicam tanto para a obra de Deus, que esquecem seus compromissos familiares; inclusive, pastores e a história já tem demonstrado o afastamento da fé de parentes e filhos. Um importante preletor até contou que, nestes casos, diversos líderes e, até mesmo, pastores argumentam, que vão cuidar do rebanho e obra de Deus e que o próprio Deus
cuide de seu rebanho pessoal, bem ao estilo de terceirização de responsabilidade lançada para Deus resolver. Nesse caso, a obra de Deus passa a ser a justificação para esse estilo de vida, bem distante dos princípios e escala de prioridades que Paulo nos ensina em Efésios (5.16-6.20) e Colossenses (capítulo 3) que aponta para o ponto de partida que é o relacionamento entre eu e • • • • •
Deus Meu matrimônio Minha família Meu trabalho A guerra espiritual
Então, você vai dizer que aí está, a primeira prioridade é Deus, então, se envolver com a obra dEle é a prioridade. Espere um pouco, o texto de Efésios é claro em falar sobre o relacionamento com Deus - sejam cheios do Espírito, se deixem dominar por Ele. O texto de Colossenses fala primeiro de vida transformada (3.1-17). Deus como prioridade, aqui nessa escala, tem a ver com vida transformada e transformadora, tem a ver com a expressão de nossas decisões e atos como compatíveis com os ideais e valores éticos da Palavra de Deus. Em outras palavras, como dizemos hoje, VIDA NA VIDA. Veja as demais prioridades em sua sequência. Temos assim, o matrimônio; depois, a família; e, depois, o trabalho, e aqui poderemos até incluir a vida profissional e na sequência o exercício dos dons e talentos. Aí estaremos preparados para enfrentar a guerra espiritual. Veja que o trabalho e o ministério estão no final da lista. Por que será que Deus colocou essa sequência? Poderemos desenhar muitas respostas, entre elas, é que, quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, a salvação, mais do que mera apólice de seguro contra o incêndio do inferno, nos conduz de volta para o princípio de tudo, nos traz potencialmente, diante de Deus, de volta para o Éden antes da queda, para o Plano da Criação, o plano original de Deus para a criatura. Assim, como novas criaturas (II Coríntios 5.17), inicia-se um processo de reconstrução de nossa vida, de nossos hábitos, de nosso interior, de nossos pressupostos de vida, tudo agora à luz da “métrica” divina original do Plano da Criação. A partir disso temos grande parte do novo testamento demonstrando o perfil elevado de vida que deverá espelhar esse Plano divino. Em
outras palavras, o Plano da Redenção nos conduz de volta ao Plano da Criação. O Plano da Redenção, a salvação, não é um fim em si mesmo, mas o meio de nos trazer de volta ao caminho do qual nos desviamos como raça humana, lá no Éden (Gênesis 3), para que nossa vida não seja modelada pelos ideais das diversas eras e épocas, mas transformada pelos ideais divinos, por meio da renovação de nossa estrutura mental, emocional e espiritual, e é desta forma que a vontade de Deus se torna clara para nós (Romanos 12.2). O Evangelho, que muitas vezes recebemos e pregamos, nem sempre segue esse caminho, me parece que é um outro evangelho (Gálatas 1.8-11), que nos leva para o futuro (visão escatológica) em vez de nos trazer de volta para o ponto de onde abandonamos, como raça humana, a Deus (Teologia, como doutrina de Deus + Cosmologia + Antropologia). Há uma compreensão de que para Deus não tem atalhos, ou você resolve e busca o conserto ou nada feito, mas com essa visão salvacionista (soteriocêntrica escatológica) demos um jeito de arrumar um atalho. Talvez, você possa me perguntar de onde, então, veio essa “doutrina” da funcionalidade utilitarista e pragmática, que torna o esforço cristão na obra de Deus substituta de uma vida transformada e transformadora? Analisando a nossa história sobre a implantação do Evangelho em nossa pátria poderemos levantar alguns dados que nos ajudarão. Em primeiro lugar temos de agradecer aos nossos precursores que deixaram o conforto de sua terra natal para nos trazer o caminho de Deus. Foram e são nossos heróis. Vamos lembrar que é praticamente impossível desenvolvermos uma compreensão da vida, das coisas e do próprio Evangelho de forma asséptica, isto é, isenta de nossos pressupostos e condicionamentos, inclusive culturais. Nós mesmos quando vamos atuar no campo missionário, seja nacional, seja nas terras distantes, levamos nossa compreensão do que seja o Evangelho, nossa compreensão da vida, nossa vida e prática cultural. Há diversos estudos até nacionais demonstrando isso. Portanto, nossos precursores também trouxeram para nós sua cultura, sua cosmovisão, seu modo de ver a vida, de legitimar e validar o que seja a vida da Igreja, da vida cristã. Nossos precursores, protestantes ou herdeiros
da Reforma Protestante, em sua maioria vieram da outra América, onde a cosmovisão pragmática e funcional é principal eixo para desenhar e legitimar quase tudo. Um bom volume de missionários no processo inicial, por exemplo, vieram nos inícios do século passado, onde, na outra América, as descobertas do progresso da produção industrial ocorriam com Henry Ford (1863-1947), seguindo os pressupostos de Frederick Taylor (1856-1915) e na Europa tínhamos Jules Henri Fayol (1841-1925), que foram os precursores da abordagem clássica e científica da Administração, desenvolvendo a ênfase nas tarefas com a aplicação de métodos científicos aos problemas da administração, com vistas a alcançar maior eficiência industrial, produzir mais, a custos mais baixos. Assim instalou-se de forma intensa a concretização do pragmatismo que já vinha sendo desenhado pelo filósofo norte-americano William James (1842-1910). Instalou-se, portanto, uma filosofia fabril, produtiva, funcional, estrutural para que toda vida nisso girasse e tivesse sentido. No momento estamos aprofundando pesquisas para descobrir mais detalhes destes traços nas ênfases de nossos missionários precursores, que foram implantados em nossa forma de pensar o Evangelho, em jeito de formar pastores e líderes (minha dissertação de mestrado em Educação - PUC-SP já demonstra isso), de pregar e viver o Evangelho, de fazer a Igreja funcionar. Em resumo, me parece que, com esse pressuposto, que não soubemos descobrir adequadamente e separar de nossa fé recebida, temos transformado Cristianismo em atividade, estrutura, eventos e programas. Um Evangelho assentado em uma filosofia fabril produtiva de trabalho, em vez de produtiva de vida transformada que, em consequência, produz trabalho como resultado e não como produtor da própria vida. E, assim, talvez poderíamos repensar, diante de tudo isso que em vez de primeiro servir na obra de Deus, poderíamos pensar em servir ao Deus da Obra tendo Ele como espelho de nossas decisões, relacionamentos, de fazer discípulos por meio de modelo de vida saudável e exemplar que será produtora de nosso trabalho cristão. Portanto, antes de servir a obra de Deus é urgente que vivamos para o Deus da obra. Contatos: rega@batistas.org n