ISSN 1679-0189
o jornal batista – domingo, 18/12/16
Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira
Fundado em 1901
Ano CXV Edição 51 Domingo, 18.12.2016 R$ 3,20
Batistas se reúnem em Barra Longa-MG em caminhada pela paz e celebração pelo primeiro ano dos Batistas mineiros na cidade Página 09
Coluna Vida em Família
Missões Nacionais
Coluna Arte e Cultura
“Pais e adolescentes”; veja dicas de como ser bemsucedido nessa relação
Casamento, ceia e batismos marcam vidas no presídio em São José dos Pinhais - PR
Conheça o trabalho musical dos irmãos Bradson e Bergson
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reflexão
EDITORIAL
Um ano de bênçãos derramadas
O JORNAL BATISTA
Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo
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esta penúltima edição do ano trazemos uma matéria que nos faz perceber que os propósitos de Deus não podem ser entendidos, mas vividos. Na página 09 você vai ler um texto da Convenção Batista Mineira a respeito da tragédia que ocorreu na cidade de Mariana – MG, no dia 05 de novembro de 2015.
Muitos foram os clamores do nosso povo Batista em prol daqueles irmãos que perderam praticamente tudo, além de parentes e amigos. Uma situação difícil, que precisou da união de todos para reerguer as cidades atingidas. E este ano, no sábado, dia 19 de novembro, centenas de Batistas se reuniram no município de Barra Longa -MG para uma caminhada
pela paz e um culto de celebração pelo primeiro ano dos Batistas mineiros na cidade, que hoje passa por uma completa transformação. Somos gratos a Deus pelos livramentos e pelo sustento que tem dado a esses irmãos. Além dessa, você vai ler muitas outras notícias sobre o que os Batistas têm feito no Brasil e no mundo,
acompanhar o trabalho de Missões Nacionais e Mundiais, e conferir dicas, testemunhos e palavras que, com certeza, edificarão a sua vida. Boa leitura! Que Deus abençoe e guar de você e sua família! Com carinho, Paloma Furtado, jornalista, secretária de Redação de OJB
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Deus ainda fala Wanderson Miranda de Almeida, membro da Igreja Batista Betel em Italva - RJ
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avendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo” (Hb 1.1-2).
A Bíblia, Palavra de Deus, mostra-nos um Deus que sempre falou (comunicou-se) com seu povo. Deus falou através dos profetas, de sonhos, de anjos e até através de uma mula. E, conforme diz o versículo 1 de Hebreus 12, Deus também falou através de Jesus, seu Filho unigênito. E hoje, Deus ainda fala? Claro que sim! Existem várias ideias sobre como Deus fala, mas a verdade pura e simples
é que Deus fala quando Ele quer e como Ele quer. Com isso, quero dizer que acredito que Deus ainda fala de várias maneiras. Deus fala através de pregadores da Palavra, de sonhos, de anjos, com Sua própria voz - ideia que muitos rejeitam -, através de cânticos, de situações que acontecem conosco. Não há nada na Bíblia que diga o contrário. Apesar de tantas opções usadas por Deus para falar
conosco, muitos creem que Deus só fala através da Bíblia. Tudo bem, ninguém precisa concordar comigo, aliás, apesar de não pensar desse jeito, creio que o instrumento mais utilizado por Deus para falar com Seu povo é a Bíblia. A Palavra de Deus nos afasta do pecado, abre nossos olhos para entendermos coisas que os incrédulos não entendem e nos mostra como agradar a esse Deus de quem tanto falamos, no entanto, não é
isso que tem acontecido. Por quê? Porque não temos ouvido (obedecido) Deus. Deus ainda fala, mas você ouve? A questão maior é esta: obedecer. Não adianta brigarmos para defender ideias sobre como Deus fala e não lhe obedecer. É hora de ouvirmos a voz do Senhor e agir conforme Ele quer. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas” (Ap 3.6). Espero que você ouça a voz de Deus agora.
A novidade é Cristo! tar a roda” a cada geração. Tarcísio Farias Guimarães, Por falar na Igreja de Cristo, pastor da Primeira Igreja Batista em Divinópolis - MG podemos estabelecer novas estratégias para que a mesma osso tempo é a mensagem dos crentes priépoca da busca mitivos seja compartilhada incessante por no- com todos. Podemos escrevidades, às vezes, ver novas canções que exalirrefletidamente. Muita gente tem a Deus com a mesma está viciada em novidade, reverência destinada a Ele ainda que aquilo que é tradi- nos velhos hinos. Podemos cional seja saudável e segu- (e devemos!) confrontar a ro, testado por muitas gera- Igreja com seus descamições. Despreza-se a história nhos e chamá-la de volta ao e o conselho das gerações cumprimento da Sua missão, passadas, de tal modo que estabelecida por Cristo há poucas pessoas admitem ser dois milênios. Mas não poidosas com alegria e tantas demos estabelecer um novo outras evitam falar da própria culto, exclusivo da nossa idade. Até mesmo as Igrejas época, e uma nova doutritêm assimilado esta marca do na, amoldada aos ventos da nosso tempo, ao aceitar novi- pós-modernidade “Porque dades no culto e na doutrina ninguém pode pôr outro funque não se sustentam diante damento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” das Escrituras. Sabemos que cada geração (I Co 3.11). O desprezo à sã doutricontribui com suas experiências e com o conhecimento na tem gerado crentes inconstruído para que a hu- consistentes, incapazes de manidade prossiga em sua “Responder com mansidão caminhada histórica, toda- e temor a qualquer que vos via, não precisamos “inven- pedir a razão da esperança
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que há em vós” (I Pe 3.15). Pessoas têm sido enganadas pelos falsos profetas da nossa época, porque amam as novidades apresentadas por estes obreiros da iniquidade. Já não mais conhecem a atitude nobre dos crentes que “De bom grado receberam a Palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17.11). Empolgam-se com as absurdas campanhas de oração, nas quais são comercializadas toda sorte de bugiganga gospel, desde o sabonete ungido até a vassoura que limpa a casa das maldições. Toleram a demoníaca teologia da prosperidade, com sua exaltação a um estilo de vida materialista reprovado por Cristo. Aprendem jargões do mundo neopentecostal para dar ordens a Deus e ao Diabo e, assim, inventam uma doutrina afastada da Palavra de Deus, criada por quem depende das novidades para continuar crendo em qualquer coisa.
As novidades em muitas reuniões ditas evangélicas eliminaram a existência do verdadeiro culto evangélico ao Deus Eterno. Os artistas são ovacionados. A necessidade humana de entretenimento é atendida por apresentadores de shows em espaços que deveriam ofertar culto a Deus. As letras das músicas e as demais apresentações se dedicam a valorizar o ser humano acima daquilo que o Evangelho ensina. É um “outro evangelho”, como ensina o Apóstolo Paulo em Gálatas 1.6-9. Este é o evangelho da novidade, para o qual o Cristo apresentado pelas Escrituras é simples e humilde demais, antigo demais para frequentar suas reuniões excêntricas. Este “outro evangelho” é anátema, maldito, reprovável aos olhos do nosso Deus. A novidade da Igreja genuína não está no culto ou na doutrina, já que ambos foram estabelecidos definitivamente por Deus e re-
velados em sua imutável Palavra. A novidade está na mensagem do Evangelho de Cristo, que regenera o pecador e mostra-lhe uma nova vida. Cada ato de quebrantamento diante de Deus, cada compromisso firmado após reconhecimento da vontade de Deus, cada momento de um culto sincero e espiritual nos dão a entender o que é novidade de vida. Quando Cristo é o centro da nossa pregação e o destinatário do nosso culto, tudo se parece novo a cada dia, mesmo para aqueles que têm uma longa caminhada cristã. A novidade é Cristo! Alimente-se da Palavra de Cristo, imite-O e celebre-O em seu viver, assim você estará liberto da ditadura da novidade e saberá o que é viver a nova vida andando no antigo Caminho, sob a direção d’Aquele que promete: “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21.5). Em Cristo está a nossa novidade de vida (Romanos 6.4).
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Ainda que...
GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia
Celson Vargas, pastor, colaborador de OJB “Ainda que a figueira não floresça, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3.18-19).
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inda que” é uma expressão comumente complementada pela narrativa de um fato extremo ou até desastroso, seguido por um posicionamento definido e confiante. Assim se expressou o profeta Habacuque, diante da iminência da destruição de Judá pelos povos caldeus; qualquer coisa que houvesse, não abalaria sua fé no seu Deus. Ao final do ano de 2016, quero me expressar aos leitores desse texto, motivado pela palavra do profeta. Ainda que o referido ano tenha nos trazido decepções, tristezas, dificuldades, preocupações e incertezas, no
âmbito de nossa vivência secular, devemos fazer uma retrospectiva sincera referente às nossas vidas, naquilo que dependemos de Deus: Estamos vivos, com saúde ou sobrevivendo, apesar de dificuldades na saúde, isso são bênçãos do Senhor. A quantos perigos de morte nos submetemos ou fomos submetidos durante esse ano? O Senhor nos livrou de todos. Não passamos por nenhum desabastecimento de alimentos, água, oxigênio. Tivemos momentos de olhar para nossos rios, nascentes, reservatórios e vê-los tão escassos que chegamos a acreditar na mídia sensacionalista criadora de desgraças, que projetava um tempo de até cinco ou mais anos para a recuperação desses. Hoje, pela Graça de Deus, já estamos vendo tudo isso quase em suas capacidades totais, o que é pouco divulgado, porque revela a grandeza de Deus. O que dizer da excelente
safra de produtos agrícolas do nosso país, apesar de longo período de estiagem? Tudo isso são bênçãos inquestionáveis do grande Deus da nossa salvação. Vivemos uma grande crise política, econômica e, principalmente, moral, que não tem procedência de Deus, mas sim da falta dEle no coração da maior parte dos brasileiros e dos que se propuseram a governar nosso país, mas se revelaram como não praticantes da verdade e maus intencionados em seus corações. Conclamo a todos os que verdadeiramente creem no Deus único e Todo-poderoso e se submetem ao Seu senhorio, que vivencie a posição do profeta e caminhem seguros para o ano de 2017, portando essa palavra: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, todavia eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3.18-19). Desde já, feliz ano de 2017, com fé em nosso Deus!
Fé e amor crescem juntos “Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é justo, porque a vossa fé cresce muitíssimo e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros” (II Ts 1.3).
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eus é amor, revelou-nos João. Por isso, quanto mais cremos nEle, mais o amor dEle cresce em nós. Daí a oração de Paulo: “Irmãos, sempre temos de dar graças a Deus por vocês. Para nós é certo fazer isto porque a fé que vocês têm está crescendo cada vez mais e o amor que vocês têm uns pelos outros está se tornando cada vez maior” (II Ts 1.3). Fé e amor sempre são cultivados juntos, na experiência da vida cristã. É pela fé que aceitamos Jesus Cristo como
nosso Senhor e Mestre. Como consequência natural, quanto mais confiamos no Senhor, mais a realidade da Sua natureza, que é o amor, toma conta dos nossos relacionamentos. Por isso, o apóstolo Paulo deu graças a Deus, por causa da vida cristã dos Tessalonicenses – vida crescendo em fé e amor fraternal. A Bíblia não encoraja mero crescimento setorial. Ela não valoriza mais um dom do que o outro. Usando a comparação feita por Paulo, a vida cristã e a comunidade cristã são parecidas com o corpo humano, todos os órgãos do corpo são importantes e necessários. Fé não funciona sem amor, que, por sua vez, não se desenvolve sem fé. Sigamos o exemplo dos cristãos de Tessalônica: cresçamos na fé e na prática do amor.
Andar com Deus Edson Landi, pastor, colaborador de OJB
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o sondar o nosso coração, Deus vê as nossas falhas. Mas, em Cristo, Ele passa a nos enxergar com um olhar gracioso e repleto de misericórdia. E a Santa Palavra nos traz o precioso ensinamento ao nos dizer que “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (I Jo 1.9). Ao sondar o nosso coração, Deus enxerga os nossos temores. Ele é conhecedor das nossas angústias e aflições. Contudo, em sua Palavra Ele nos encoraja ao dizer: “Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou teu Deus; Eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Is 41.10).
Ao sondar o nosso coração, Ele nos mostra que nada somos, nada possuímos e nada sabemos. Leva-nos a entender a nossa fragilidade, a nossa pequenez. E, mesmo assim, o Seu imenso poder se aperfeiçoa em nossa fragilidade e a Sua maravilhosa graça nos é suficiente (II Coríntios 12.9). Viver com Deus é desfrutar da companhia do nosso Criador. É saber que em momento algum estamos desampa-
rados. É poder contar com a presença poderosa que nos traz consolo, direção, paz, poder, sabedoria, etc. Crer em Cristo é andar com o único e verdadeiro Deus; o sentido das nossas vidas está nEle. Não confiemos as nossas vidas a nós mesmos e a nenhum outro nome. Jesus Cristo é Senhor nosso e Deus nosso. Quando depositamos em Cristo a nossa confiança, deixamos de temer o ama-
nhã. Quando lançamos sobre Ele toda nossa ansiedade, nosso coração encontra a verdadeira paz. Quando, de fato, confiamos em Seus planos, Ele nos concede um futuro cheio de esperança. É bom andar com Deus, é bom tê-lO como Senhor e Salvador. Em Cristo somos realizados. Em Cristo não há mais espaço vazio em nossas vidas, pois Cristo é o nosso único e suficiente Salvador.
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DIFICULDADES BÍBLICAS
Ebenézer Soares Ferreira
Diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói – RJ
E OUTROS ASSUNTOS
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Pregação aos espíritos em prisão
apóstolo Pedro, no capítulo 3 de sua primeira epístola, versos 18 a 20, escreveu: “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água” (I Pe 3.18-20). Alguém denominou esse texto de “O Oráculo negro
do Novo Testamento”; e outro, de crux interpretum. É no Credo Apostólico que aparece a frase: “descensus ad inferos”. Não é de hoje que os comentadores bíblicos buscam desatar o “nó górdio” desse problema. Alguns, sem muita base, vão logo lançando o que descobriram, julgando que isso é a verdade axiomática. Aceitam qualquer magister dixit. Outros preferem abster-se de falar sobre certos temas bíblicos, considerando-os como um “Ovo de Colombo”. Eis algumas perguntas que deveriam ser feitas e comentadas, se o espaço nos permitisse:
1. Que espírito eram estes referidos por Pedro? Têm aparecido três tipos de respostas: 1) - São os anjos decaídos (II Pedro 2.4); Judas 6); 2) - Os patriarcas; 3) - Os rebeldes do tempo de Noé. 2. Quem pregou? São sugeridos os nomes: 1) - Cristo; 2) - Noé; 3) - Os apóstolos; 4) - O Espírito Santo. 3. A quem se pregou? Há duas sugestões: 1) - Aos bons; 2) - Aos maus. 4. Em que prisão? Há quatro sugestões: 1) - No inferno; 2) - No tártaro; 3) - À “prisão do corpo”; 4) - À “prisão do pecado”. 5. O que foi pregado? Sugerem: 1) - Salvação; 2) - Condenação; 3) - Sua vitória.
6. E m q u e e s p í r i t o ? S u gerem: 1) - No Espírito Santo; 2) - No espírito de Cristo; 3) - No espírito do demônio. 7. Em que tempo isso ocorreu? 1) - Durante o tempo em que o corpo esteve na sepultura; 2) - No tempo de Noé. Pedro está escrevendo sua primeira epístola “Aos peregrinos da Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia”. Exorta os crentes a terem uma vida exemplar e os anima quanto à perseguição que sofriam. O apóstolo lhes mostra, então, como foi o comportamento de Cristo, a quem eles deveriam imitar. Cristo foi, durante o tempo
em que Seu corpo esteve na sepultura, tanto no céu, onde levou o ladrão arrependido (Lucas 23.43), quanto ao inferno, para demonstrar o Seu poder. Ali, aos “espíritos em prisão” que foram rebeldes, nos dias do patriarca Noé, e que rejeitaram a longanimidade de Deus, enquanto se preparava a Arca, e durante 120 anos de pregação, ali, repito, aos “espíritos em prisão”, Jesus fez a proclamação de Seu triunfo sobre a morte e o pecado, descendo “às partes mais baixas da terra”, como afirma o apóstolo Paulo em Efésios 4.9. Portanto, proclamou Sua vitória àqueles que não O aceitaram, quando pregou através de Noé.
Amor líquido Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB
E
ste é o título do livro escrito pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman. Recomendo todas as obras que você encontrar dele. Em português, entre outras, há: “44 cartas
do mundo líquido moderno”, “Aprendendo a pensar com a sociologia”, “A arte da vida”, “Comunidade”, “A cultura no mundo líquido moderno”, “Vida Líquida” e “Modernidade Líquida”. A ideia de Bauman é que vivemos em um mundo líquido, isto é, um mundo repleto
de sinais confusos, propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível; tudo isso é fatal para a nossa capacidade de amar, seja esse amor direcionado ao próximo, ao nosso cônjuge ou a nós mesmos. Bauman diz que na modernidade líquida tudo é fluido,
nada se mantém por muito tempo. Infelizmente, esta mentalidade tende a crescer, os relacionamentos a cada dia ficam mais líquidos, não são sólidos. Não há mais o compromisso do “Até que a morte os separe”; agora, a moda é ficar. Apesar de vivermos neste
mundo líquido, podemos fazer a diferença como cristãos. A Bíblia diz que “O amor jamais acaba” (I Co 13.8). Somos desafiados a amar a Deus e ao próximo sempre, pensemos nisso. Em tempos de liquidez, vivamos um amor sólido, um amor indestrutível.
6 vida em família
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Gilson e Elizabete Bifano
Pais e adolescentes
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m pai de uma filha adolescente compartilhou comigo que ficou sabendo que sua filha tinha “ficado” com um menino. “Pastor Gilson, o que faço?”, foi a pergunta feita por ele, ao passar, ao mesmo tempo, as mãos sobre a cabeça. Depois de ouvir, por um instante, suas ponderações e preocupações, procurei tranquilizá-lo. Disse então que poderia, sem passar a ideia de uma receita de bolo, fazer três coisas: orar, compreender e dialogar. Tive também a experiência de criar duas filhas adolescentes, hoje casadas. Orar em que sentido? Como pais devemos sempre orar pelos nossos filhos, independentemente da idade.
Para cada etapa de suas vidas devemos orar por eles. Agora oro para que minhas filhas sejam esposas e mães segundo os propósitos de Deus. Pais de adolescentes devem orar com outros focos. Devem orar para que saibam escolher suas amizades, para que não sejam influenciados por ideias estranhas, para que não tomem decisões que venham comprometer o futuro, como por exemplo, ter relações sexuais antes do casamento. Pais de adolescentes devem orar para que seus filhos firmem seus valores de acordo com os princípios cristãos. Que sejam firmes na fé. Outra coisa que disse para aquele pai desesperado foi sobre a importância de compreender os filhos adoles-
centes. E como podemos compreendê-los? Olhando um pouquinho para os anos passados. Falei com ele sobre a importância de lembrar algumas de suas atitudes na época em que foi um adolescente. Adolescentes são um desafio para os pais praticarem a compreensão. Lembro-me da minha filha Susanne, que, um dia, ao chegar de uma das nossas viagens para ministrar às famílias, a encontramos com o cabelo todo pintado, se lembro bem, acho que de vermelho. O que fizemos? Achamos graça. Sabíamos que era coisa de adolescente, que os cabelos iam crescer. Sabíamos que chegaria o dia em que ela mesma, um determinado dia, ao olhar no espelho,
acharia aquilo muito estranho. E foi o que aconteceu. Filhos adolescentes tentam a toda a hora os pais. Relevem atitudes que não vão influenciar suas vidas no futuro, como por exemplo, pintar o cabelo de vermelho. Compreenda que os filhos adolescentes falam um outro dialeto, que gostam de usar roupas esquisitas, que gostam de um outro tipo de música. Por último, disse àquele pai que deveria dialogar, que é o mesmo que conversar, explicar, ouvir, ponderar, refletir sobre o que o outro disse. Não adianta “bater de frente” com adolescentes. É pior, muito pior. Se “bater de frente” (levantar a voz, chamar para a briga), com certeza, vai ser pior. Aí mesmo é que eles vão afrontar mais.
O que aquele pai poderia fazer ao saber que a filha tinha “ficado” com um menino da escola? Eu diria que ele deveria aproximar-se da filha, colocar a mão sobre seus ombros e dizer: “filha, vamos comer uma pizza?”. E ai, entre uma fatia de pizza e outra, tocar no assunto, falar que ela está passando por um tempo que é natural conquistar a atenção dos meninos, falar dos hormônios, sobre namoro, sobre valorização do seu corpo, da sua imagem perante os colegas. No final da conversa aquele pai ficou mais tranquilo e prometeu testar meus conselhos. Como disse, não é uma receita de bolo, mas funcionou para nós, lá na casa dos Bifanos.
estão os comunicadores, que não poderão usar mais que cinco palavras e uma grande foto. Para sair do anonimato, com o auxílio de selfies, as novas gerações, que fazem de tudo para aparecer, fazem gerações de pouco tempo atrás parecerem velhas, pois o futuro, em termos de praticantes de novas tecnologias, talvez chegue daqui a alguns dias.
Fiquei pensando: enquanto gastamos horas e horas de estudos em nossas Igrejas, em como agir, diante dos novos costumes, pergunto: Será que eu estou sabendo o que está acontecendo? Não, não sei. E, então, como escrevo sobre o assunto? Aceito a crítica, mas, será que o crítico sabe me explicar? Que mundo louco! Ora! Vem Senhor Jesus!
Educação cometa Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB
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o acompanhar as discussões sobre educação, chego a dar graças por ter chegado aos quase 80 anos de vida, mormente por ter escapado de tal responsabilidade. Lendo sobre o assunto, vi que existe a “Geração
Z”, que nasceu depois dos “milenares”, e que serão o próximo alvo do mercado, fico perdido. Um jornal americano afirma que eles levarão sobre seus ombros a responsabilidade de salvar o mundo dos nossos antigos erros. Quais erros?, pergunto eu. Será que um jovem de 14 anos, que habita o mundo em 2016, partilha um mundo igual a um jovem de
2006? Os jovens da “Geração Z”, que formaram seus relacionamentos no Instagram e Facebook ainda existem? A Geração do Milênio teve sua adolescência ligada aos iPods e My Space, não aos smartphones. Uma estudante americana afirmou que a “Geração Z”, absorve a informação instantaneamente e perde o interesse igualmente rápido. Pensando bem, mal
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missões nacionais
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Capelania Prisional
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Casamento, ceia e batismos marcam vidas no presídio em São José dos Pinhais - PR
a Casa de Custódia em São José dos Pinhais-PR, nossos missionários e voluntários da Pastoral Carcerária Batista têm se dedicado na disseminação do Evangelho. O trabalho começou em fevereiro deste ano e já tem colhido muitos frutos. “Fomos desafiados a iniciar o evangelismo no Bloco 3, destinado aos membros da facção criminosa do Primeiro Comando da Capital (PCC). No começo, os presos eram muito retraídos, sem alegria, introspectivos, mas a cada semana que realizávamos o culto, aqueles homens se alegravam e se quebrantavam. Ganhamos a confiança deles, inclusive da liderança da facção”, relata Mauro Monteiro, missionário voluntário da JMN e coordenador de Evangelismo na CCSJP. No início de novembro, a realização de cinco batismos, a celebração da ceia e de um casamento marcaram vidas naquele lugar. A decisão de descer às águas refletiu o arrependimento de homens que, mesmo tendo que pagar pelos erros cometidos, conquistaram a liberdade em Jesus. E na celebração da
Presos que foram batizados recebem uma bíblia de presente
Presos são batizados em dia de festa em São José dos Pinhais
Rafael e Luana se casam no presídio paranaense
Noivos recebem a bênção dos presentes à cerimônia
ceia, trouxeram à memória que, por meio do sangue de Cristo, há esperança para eles. A mudança também veio para Rafael e Luana que, mesmo separados pelas grades, entenderam a importância de oficializarem o casamento. “Através da Igreja que realiza cultos no presídio, Rafael encontrou Deus e também me trouxe para dentro da Igreja. Deus e a Igreja nos abraçaram. Somos muito
gratos por isso”, conta Luana. O casamento, realizado no mesmo dia dos batismos, foi regado de amor e fé, consagrando a união do casal ao Senhor. “Foi aqui nesse lugar de angústia que eu conheci o verdadeiro amor de Deus. Ele aproximou a minha família, me mostrou pessoas boas, anjos que o Senhor enviou pra minha vida.”, revela Rafael. O trabalho da Pastoral Carcerária Batista é coordenado pelo pastor Luis Carlos Ma-
galhães, missionário da JMN, e apoiado pela Igreja Batista do Bacacheri - PR, e por uma equipe de voluntários. O Projeto tem como meta estabelecer uma Igreja em cada presídio no Brasil, a partir do Paraná, com orações, investimentos e voluntários. “Para isso, precisamos conscientizar as Igrejas Batistas da necessidade que os presos têm de ouvir o Evangelho e capacitar voluntários para falarem nas unidades peni-
tenciárias da esperança que há em Cristo Jesus”, desafia pastor Luis Carlos. Acesse ao nosso site e seja um parceiro, contribuindo mensalmente para esse Projeto. Faça parte também das mudanças espirituais que o Senhor quer realizar dentro dos presídios no Brasil! *Veja o álbum de fotos completo em nossa página no Facebook. facebook.com/ missoesnacionais
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notícias do brasil batista
Igrejas Batistas do Litoral Norte reúnem quase 300 jovens no lançamento do Wakeup Fotos: Camila Garcez /IB no Jaraguá
Adolescentes se reúnem com pastor Marcos Vinicius
Camila Garcez, jornalista, membro da Igreja Batista no Jaraguá – SP
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Juventude da Associação das Igrejas Batistas do Litoral Norte (AIBLIN) lançou no sábado, dia 26/11, o Projeto Wakeup, com a proposta de despertar os jovens da região para o chamado de Cristo. O encontro realizado na Igreja Batista no Jaraguá, em São Sebastião-SP, contou com quase 300 pessoas entre crentes e não crentes, superando as expectativas. Foram quatro horas de louvor, oração e muito bate-papo. Desafiados a falar a “linguagem” dos jovens, os pastores assumiram a missão de sensibilizar e aproximar a Bíblia da realidade desse público. No momento das palestras, o grupo foi dividido entre adolescentes,
Wakeup proporcionou momentos de oração e louvor
jovens solteiros e jovens casados.As amigas, Mariana Carlos, Isabela Ferreira, Adrieli Mireli e Bianca Vasti, todas na faixa dos 15 anos, se surpreenderam com a mensagem do pastor Marcos Vinicius, da Igreja Batista Betesda em Boissucanga. “Nunca tínhamos visto o pastor pregar para adolescentes e gostamos muito. Foi legal ele dizer que devemos respeitar nossos professores, mas não absorver qualquer coisa que é dita em sala de aula, sempre pesquisar”, destacaram sobre a palestra que apresentou a Bíblia como a infalível Palavra de Deus. Os recém-casados, Tamara e Marinho Coutinho, de 28 e 26 anos, respectivamente, levaram para casa o pensamento de que o jovem tem potencial para fazer a Igreja crescer. “Gostamos muito do que o pastor falou sobre tra-
balhar o relacionamento com as pessoas, sempre com amor, despertando para fazer o que Jesus espera de nós”, acrescentaram sobre a apresentação do pastor Vagno Teixeira, da PIB em Ubatuba. Os jovens solteiros se reuniram com o pastor Amauri Viana da Silva Júnior, da Igreja Batista Estrela da Manhã, em Ubatuba. Em um ambiente descontraído, tecnológico e cheio de energia, características marcantes dos jovens, os preletores participaram de uma mesa redonda, não muito tradicional. Os participantes puderam enviar perguntas no decorrer do evento, por meio de um número do Whatsapp disponibilizado pela organização. Algumas das questões foram respondidas e debatidas ali mesmo, mas todas foram encaminhadas aos pastores para que respondam uma a
Preletores respondem perguntas dos jovens enviadas pelo Whatsapp
uma. O pregador oficial do Wakeup foi o pastor Esio Moreira da Silva, que abordou o tema “Despertando o sentido de ser, na geração que valoriza o ter”. O primeiro encontro veio da Primeira Igreja Evangélica Batista em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba. Sob a coordenação de Josimar Bernado, que já presidiu a Juventude das Igrejas Batistas do Cone Leste Paulista (JUBACOLESP), com representação dos 39 municípios da região, a equipe da AIBLIN Juventude ainda conta com o pastor Alexander dos Santos Cunha (IB no Jaraguá), Henrique Simões (PIB em Ilhabela) e Romão (PIB em Caraguatatuba). Para Bernardo, todas as expectativas foram superadas. “Penso que o segredo foi, claro, Deus sempre em primeiro lugar, o trabalho em equipe,
colaboração e confiança dos pastores e liderança dos jovens e adolescentes. A Deus toda honra e glória!”, enfatizou. Os pastores Pedro Pereira (PIB Ilhabela), Jorge Albuquerque (IB Nova Galileia), Sebastião Azevedo (PIB Ubatuba) e Eliel Rodrigues (PIB Caraguatatuba) também prestigiaram o evento. Próximo evento já tem data A Juventude da AIBLIN está trabalhando no calendário de eventos para o ano que vem. O próximo encontro será em fevereiro, em um retiro de Carnaval. Também há planos para “Jogos de Verão”, “Festival de Música Sacra”, entre outros eventos. Os interessados podem acompanhar tudo de perto na página da AIBLIN Juventude nas redes sociais: https://www.facebook.com/ aiblinjuventude
Mutirão de homens movimenta a cidade de Niterói – RJ Fonte: O Escudeiro Batista
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m tempos de crise e falta de perspectivas, muitas famílias estão a mercê de oportunidades, sejam para o bem, sejam para o mal. Nesta hora, vale um mutirão de ajuda para que muitos possam ter acesso à boa orientação. Foi o que fez a União Missionária de Homens Batistas Fluminense, que, no mês de setembro, realizou uma ação social e missionária na comunidade do Palácio, em Niterói-RJ. A base de trabalho foi a creche que existe no bairro, local onde funciona a Congregação Batista, liderada pelo pastor Ebenezer Alves, que também é o secretário-executivo da
Moradores tiveram acesso a diversos serviços
UMHBF. Durante manhã e tarde do dia 24, cerca de 40 homens estiveram ativos para cooperar em diversas áreas do mutirão. Visitação nos lares foi o que não faltou, até porque foram feitos quatro cultos simultâneos em casas de família, que já haviam solicitado
Mutirão também contou com momentos de louvor e adoração
e agendado previamente. A concentração evangelística aconteceu no campo de futebol com mensagem e muita música. E o mutirão continuou com entrega de 60 kits de higiene (escova e pasta de dentes, sabonete), resultado de doações de vários irmãos da Primeira Igreja Batista do
Ingá. Em uma parceria com a empresa de Correios do bairro de Santa Rosa, foi possível providenciar a entrega de 70 números de CPF para crianças do Palácio. Mães levaram os documentos necessários de seus filhos e os Correios fizeram todo o procedimento para entregar tudo pronto.
Serviços de odontologia e de advocacia foram oferecidos. A dentista Ana Lúcia fez orientações sobre escovação e higiene, assim como o advogado José Lara prestou atendimento jurídico. Café da manhã, almoço e lanche fizeram parte do dia para todos os participantes. Diante da iniciativa, os frutos já começam a aparecer. Três pedidos de estudo bíblico surgiram após o mutirão; são lares que desejam conhecer um pouco mais do Amor de Deus. Sem dúvida, investimentos como este são prova de que homens e mulheres de Deus precisam estar mais próximos da população a fim de serem os verdadeiros “sal e luz” em forma de mutirão solidário.
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Igreja Batista do Bosque – RJ realiza programação infantil “Colheita Kids” Carlos Alberto, pastor interino da Igreja Batista do Bosque – RJ
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Igreja Batista do Bosque-RJ realizou no domingo, dia 06 de novembro, mais um “Colheita Kids”, e somos gratos a Deus pela festividade! Em primeiro lugar, nós queremos agradecer a Deus por tudo o que Ele tem feito por nós e ain-
da fará. Deus tem nos feito promessas e tem cumprido tudo aquilo que Ele nos tem prometido. Deus verdadeiramente tem nos honrado. O “Colheita Kids” foi uma festa linda, onde pudemos contar com a presença de muitos irmãos. Nossas crianças se alegraram, entoaram louvores, fomos abençoados por Deus através das ministrações delas. E o melhor de tudo foi saber que, mesmo que seja difícil
e trabalhoso, é maravilhoso e gratificante saber que você tem cooperado para a Obra do Senhor. Ver a fidelidade de Deus ao cumprimento da promessa que Ele fez à Igreja Batista do Bosque é maravilhoso. Só temos a agradecer a Deus, aos líderes, em especial a irmã Patricia (in memoriam), que sempre trabalhou muito por esse Projeto; e a todos que estiveram presente, o nosso muito Obrigado!
Batistas mineiros celebram um ano de bênçãos derramadas em Barra Longa - MG
Ilimani Rodrigues, coordenador de comunicação da Convenção Batista Mineira
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o sábado, dia 19 de novembro, centenas de Batistas se reuniram na cidade de Barra Longa – MG para uma caminhada pela paz e um culto de celebração pelo primeiro ano dos Batistas mineiros na cidade. Atingida pela tragédia que ocorreu na cidade de Mariana - MG no dia 05 de novembro de 2015, a cidade de Barra Longa hoje passa por uma completa transformação. Do ponto de vista físico e estrutural, quem visita a cidade fica maravilhado com as melhorias. Casas pintadas, ruas reconstruídas, as margens do Rio Doce completamente recuperadas. Aos poucos, onde havia lama e sujeira surge vida e esperança, amor e alegria, fruto de um trabalho intenso que vem sendo realizado pelos Batistas na cidade. Desde que chegaram lá, logo nos primeiros dias da tragédia, os Batistas têm impactado os moradores de Barra Longa. Carinhosamente conhecidos como “Os Amarelinhos” – cor do colete que a equipe usava – os Batistas Mineiros têm trazido cor ao sombrio inverno pelo qual a cidade passou, após ter sido quase toda destruída pela
Pessoas que aceitaram Jesus no encerramento do evento
Momento de oração pela população de Barra Longa
Entrega de Material Evangelístico para os moradores da Cidade
Voluntários vindos de Macaé-RJ
lama. “Há um ano atrás, iniciando o culto nos lares, nós falamos sobre a decisão de Rute de seguir Noemi e nós dissemos para esta comunidade que eles não deveriam nos pedir que os deixássemos, porque o que eles comerem nós comeremos, o que eles passarem nós passaremos, pois este é o Evangelho que Jesus nos ensina, o Evangelho que carrega as coisas juntos.
E também o Senhor nos deu uma palavra quando chegamos aqui, que esta terra que foi cheia de lama, ela será cheia do conhecimento da Glória de Deus”. O testemunho da missionária Doroti, que hoje representa a Convenção Batista Mineira na cidade, transmite o amor e a entrega que têm trazido mudança e transformação em tantas vidas.
Para o pastor Vanoir Torres o trabalho dos Batistas não pode parar. “Queremos alcançar todas as vidas presentes nesta cidade. Barra Longa não estava em nossos planos, sequer cogitávamos a possibilidade de manter um trabalho missionário neste local. Mas a vontade de Deus é soberana, é Ele quem escolhe como, quando e onde. Barra Longa, sem dúvida, estava nos planos
dEle e, por isso, estamos aqui, para dar o nosso melhor para que toda a cidade seja alcançada pelo Amor de Jesus, que cura, liberta e transforma”. Se o seu coração arde por missões e você quer vir fazer parte deste campo, que é a cidade de Barra Longa, entre em contato com a Convenção Batista Mineira, temos certeza que o Senhor usará você poderosamente.
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“Jesus, muito mais que um milagreiro”
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astor Sócrates teve a oportunidade de conhecer os nossos artistas na ocasião de uma das suas viagens ministeriais, e que alegria poder ter em nossa Coluna uma galera talentosa que só vem para adicionar. Os irmãos Bradson e Bergson vem nos presentear com um maravilhoso projeto musical. Con- vir, cantar, compor e tocar. Agradecemos pelo privilégio fira a matéria! de poder servi-lO com esse 1 - Fale um pouco sobre dom. vocês. 3 - Fale da sua experiência Somos os irmãos Bradson e Bergson. Nascidos em Feira com Deus. Graças a Deus que nos de Santana-BA, 39 anos e 34 anos, respectivamente, in- buscou ainda na infância e fâncias vividas em Senhor do nos libertou das trevas desBonfim-BA, membros funda- se mundo, abrindo nosso dores Igreja Batista Nova Al- entendimento através da fé. vorada em Feira de Santana. Graças a Deus Pelos irmãos Bradson é Engenheiro Quí- Joel e Bogilsan, nossos pais, mico, trabalha na Indústria que nos educaram no temor no Vale do Paraíba, é casado do Senhor. Na busca por respostas para com Elisa, Psicologa cristã e tem dois filhos. É membro da as questões fundamentais da Igreja Batista Nova Aliança vida encontramos na fé o X em Jundiaí e congrega na da questão, o sexto sentido, a IBAJI em São José dos Cam- ponte, o elo, o pulo do gato. Através da fé o ser humano se pos. Bergson é Engenheiro de permite não limitar tudo que Alimentos com MBA em Ges- existe à sua finita capacidade tão de Negócios e trabalha de compreender as coisas. em uma instituição financei- Pela fé o homem reconhece ra. Vive em Fortaleza-CE, é sua finitude diante do eterno, casado com Vicky, servidora do invisível, do ideal. Jesus, pública, cristã, e tem um o próprio Deus encarnado é filho. É membro da Igreja o ponto de interseção entre o Batista em Passaré Fortaleza. carnal e o espiritual, o finito e o eterno, o visível e o invi2 - Quando descobriram sível, o real e o ideal, o coro talento musical de vocês? ruptível e o perfeito. E só pela Começamos na música fé é possível entender isso. quando éramos crianças. 4 - Qual o objetivo do seu Nosso pai nos deu o primeiro teclado e o primeiro violão projeto musical? Quando em 2013 soubee nos ensinou as primeiras notas. Depois a tia Nilzete mos da morte de Dominguiensinou as primeiras notas ao nhos ficamos muito tristes. piano. De lá para cá tocamos Ele era para nós a maior remuito nas Igrejas por onde ferência musical. Apesar de passamos, aprendemos ou- admirarmos a obra de Luiz tros instrumentos, como gaita Gonzaga e de várias feras e acordeon, participamos de da MPB, Dominguinhos era grupos vocais e descobrimos para nós a maior influência. a composição. Bradson já Passamos a infância em Segravou um CD solo e parti- nhor do Bonfim, na Bahia, cipou de outro com outros conhecendo e vivenciando irmãos da IBG em Salvador. um pouco das histórias e da Somos infinitamente gra- cultura nordestina, tão bem tos a Deus pela existência retratadas nas canções de da música. Por poder ou- forró. E nesse ponto Domin-
que se canta na maioria das Igrejas. A música sacra também tomou um rumo muito comercial repetindo clichês, apelando muito ao emocional e pouco à reflexão profunda e ao conteúdo bíblico.
guinhos era diferenciado: como se não bastasse ter tanto talento para compor e ainda possuir uma voz que é a cara do Nordeste, tocava a sanfona como ninguém. Tinha ao mesmo tempo um desconcertante jeito simples e humilde de ser. Naquele momento nasceu a ideia de fazermos um disco bem nordestino, só que com histórias diferentes: contando parábolas e milagres de Jesus em uma linguagem simples, como se Cristo tivesse vivido e andado aqui no nosso querido e sofrido sertão. Mostrando que Ele é “Jesus, muito mais que um milagreiro”: o Homem-Deus capaz de dar paz ao coração do homem, de saciar a fome e a sede da alma e de trazer vida eterna a todo aquele que nascer de novo, por meio da fé nEle. Nesse sentido todo ser humano é um pouco nordestino e sofre com a aridez espiritual em um mundo cada vez mais perdido. Com esse objetivo traçado, começamos a reler os evangelhos e a orar, pedindo sabedoria e aprovação a Deus e, assim, decidimos trabalhar nesse projeto. Letras e músicas foram surgindo. Um no Ceará, outro na Bahia e depois em São Paulo. Mas a distância não atrapalhou o intercâmbio de ideias, letras, músicas e arranjos. Depois veio o próximo desafio: gravar as músicas estando tão distantes. E Deus usou a vida de Landerson e o talento de Alexandre para encontrar músicos maravilhosos, criar arranjos lindos e dar vida às músicas, lá em Feira de Santana. Deus ainda nos presenteou
7 - Deixe uma mensagem aos músicos Batistas. Como diria o pastor Gerson Borges, precisamos ser cristãos sem deixar de ser brasileiros. Precisamos também ler a Bíblia e fazer música de qualidade com conteúdo profundo. Não podemos cair na tentação do que é comercialmente atrativo. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os tipos de males e em um mundo capitalista o sistema nos impõe certas conveniências. Sejamos firmes e constantes no Senhor!
com as vidas de Orlando, talentoso cantor e sanfoneiro cristão, Euriano, cordelista de mão cheia, e Meg Banhos, artista super competente, todos esses membros da Igreja Batista Central de Fortaleza. Obra de Deus, que foi aprovando e abrindo portas improváveis, e que resultou nesse trabalho maravilhoso. Por tudo isso só temos que dar graças a Ele! Esperamos sinceramente que esse trabalho leve as pessoas a conhecerem mais 8 - O que acha de músicos de perto esse Mestre que cristãos tocarem músicas temos anunciado em nossas “mundanas”? músicas! Não gosto de usar o rótulo “mundanas” para as músicas 5 - Quantas canções e que não tem conteúdo evanquantas ficarão disponíveis? gélico. São músicas sobre a O trabalho tem 10 canções vida, o amor, o sofrimento, baseadas em Parábolas e a felicidade, os relacionaMilagres de Jesus, seguindo mentos. Coisas que todo ser à risca as narrativas bíblicas, humano experimenta em sua cinco faixas de cordel criadas caminhada. A música é uma e recitadas por Euriano e duas forma de arte, assim como faixas instrumentais. Desta- são a poesia, os romances, que para a versão nordestina as esculturas, os quadros, o da canção infantil “Pedro, cinema, a televisão. Tudo nos Tiago e João no barquinho”, é lícito, mas nem tudo nos que ficou muito legal! convém. Temos que ter equiEstamos disponibilizando líbrio e saber escolher a parte todas as faixas em formato que serve de inspiração para mp3 para Download para nossas vidas e isso se aplica a os leitores do OJB. Ofereci- todas as formas de arte. mento da Coluna de Arte e Cultura e CBB. Logo, logo este projeto musical estará disponível 6 - Como vê o campo da no nosso Portal Batista para música sacra? download. Espero que teSentimos falta de mais mú- nham sido edificados com o sica cristã com influência exemplo dos nossos irmãos brasileira, ritmos, harmo- e ficamos no aguardo da sua nias, melodias e arranjos estória de desafios e vitórias com a nossa cara. Temos no bom uso da arte para a alguns exemplos maravilho- Glória de Deus! sos como o pastor Gerson Borges, João Alexandre, Car- Escreva para a nossa Coluna: linhos Veiga, Logos (O velho Roberto Maranhão, e bom Logos), Paulo César Arte e Cultura CBB. Baruk.Mas, não é isso que marapuppet@hotmail.com a maioria ouve e não é isso WhatsApp: 11 949 807808
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missões mundiais
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Doe momentos de esperança
Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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s condições de vida de uma criança refugiada impedem que ela tenha acesso a vários direitos, inclusive a momentos de lazer e recreação. Seja por falta de brinquedos, fragilidade ou ocasião, essas crianças precisam se divertir. É para suprir essa carência que Missões Mundiais apresenta o “Tenda de Brincar”, foco da Campanha Doe Esperança neste Natal. Através deste Projeto, cerca de 50 crianças de 04 a 06 anos de idade poderão ter um momento de paz em meio à guerra em que vivem e, com isso, também ser apresentadas à verdadeira esperança, que é Jesus. Como será o “Tenda de Brincar”? O “Tenda de Brincar” contará com a atuação de missionários-educadores devidamente capacitados ao convívio com pessoas marcadas por feridas emocionais e espirituais. Para o treinamento dos missionários-educadores, Missões Mundiais convidou a psicóloga e assistente social Clenir Xavier dos Santos. Clenir, que também é a diretora interna-
cional do Projeto Calçada da Lifewords e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), participou da capacitação de uma equipe de missionários-educadores do Oriente Médio e destaca que o Projeto é uma excelente oportunidade para trabalhar com crianças refugiadas que estão fora da escola. Um dos principais instrumentos do Projeto Calçada, já desenvolvido na Colômbia com participação da missionária Carmen Lígia, é o Bolsa Verde, que também fará parte do Tenda de Brincar para alcançar crianças refugiadas nos campos e nas áreas onde vivem. O Bolsa Verde é uma ferramenta lúdica que permite a crianças em situação de vulnerabilidade social descrever seus sentimentos e traumas através de comparações e desenhos, e usa histórias bíblicas interativas e cuidadosamente escolhidas para ajudá-las a entender que são amadas e cuidadas por Jesus. “As crianças têm, então, a oportunidade de expressar como se sentem sobre si mesmas, e quase todas apresentam a autoestima melhorada. Tudo isso de forma leve e brincan-
do”, explica Clenir. “Crianças que superam o trauma estão em uma posição muito melhor para aproveitar a educação e outras oportunidades na vida”, acrescenta. No Tenda de Brincar, a criança será convidada a brincar e, de forma lúdica, explorará seus sentimentos, o mundo e a percepção de si mesma. “Ao brincar em um espaço de respeito, com tempo e liberdade, a criança vai refletir de forma relaxada, ensaiar novos conceitos e se reinventar”, explica Clenir. “O Tenda de Brincar vai se beneficiar das características da criança de qualquer país para envolvê-la nas atividades propostas. A criança tem uma curiosidade nata e se alegra diante de desafios e dificuldades que consegue vencer”, diz Clenir. Através de jogos e brincadeiras, as crianças beneficiadas pelo Tenda de Brincar aumentarão a capacidade de resolver problemas, incrementar a autoconfiança, desenvolver linguagem verbal e não verbal, melhorar os relacionamentos, comportamento e cooperação, segundo Clenir. “As atividades serão planejadas com objetivos e intencionalidade, e colherá resultados de crianças fortalecidas e em-
poderadas para o enfrenta- pelo site www.doeesperanca. mento de suas dificuldades e org.br, ligando para 21221901/2730-6800 (cidades com desafios”, afirma. DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades) nos dias Como participar? Com a sua doação (que úteis das 08h às 19h (horário pode ser feita o ano inteiro), de Brasília) ou escrevendo será possível equipar o Tenda para centraldeatendimento@ de Brincar com brinquedos jmm.org.br. A “geração perdida” precisa e materiais que permitam às crianças atendidas pelo Doe ser encontrada e salva pela Esperança fazer o que mais verdadeira esperança. Faça gostam e devem fazer na idade parte desta missão. Doe Esdelas: brincar. Você pode doar perança neste Natal e no ano um valor em dinheiro para inteiro! As crianças refugiadas a compra de um brinquedo são alvo do seu amor.
Da Ucrânia e até os confins
Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais
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Ucrânia é um dos campos onde Missões Mundiais mais investe no Leste Europeu. Em Kiev, a Igreja Batista da Graça, pastoreada por nosso missionário Lyubomyr Matveyev, está compreendendo cada vez mais a urgência da missão de levar esperança até os confins da Terra com o envio e sustento de uma família missionária em outro país, a Papua Nova Guiné, na Oceania. Recentemente, a Igreja dedicou um mês inteiro de programação especialmente para promover a obra missionária nos campos estrangeiros. Foi para aproveitar o período de retorno da família missionária Konstantinniki à Ucrânia depois de mais de dois anos no campo papuásio para renovação de vistos. Eles tam-
bém visitarão outras Igrejas ucranianas com o objetivo de despertá-las para a obra missionária. “Enfeitamos o santuário e as salas com mapas, o globo, coisas típicas da Papua Nova Guiné, tudo trazido pelo casal missionário. O templo lotou. Tivemos muitas visitas de outras Igrejas para ouvir a palavra viva e dinâmica de testemunho de nossos missionários”, conta Lyubomyr. “Transmitimos vídeos, levamos apresentações e novos desafios à Igreja nacional para os próximos quatro anos”, acrescenta. Em um dos domingos de culto temático na Igreja em Kiev, Lyubomyr pregou sobre o tema “Onde ficam os confins da Terra” e fez apelo aos ouvintes, desafiando cada um a se juntar ao projeto missionário com orações e ofertas. “Naquele domingo, a maioria tomou a decisão de seguir
Igreja ucraniana investe em missões na Papua Nova Guiné
junto com o casal missionário por meio de orações e finanças, independentemente da situação socioeconômica muito ruim na Ucrânia, como também a guerra instalada em nosso país”, conta Lyubomyr. “Muita gente orou chorando, confessando que tem feito muito pouco pela obra missionária, principalmente nos confins da Terra. Eles pediram perdão a Deus e prometeram
ser seguidores de Cristo, confessando estar prontos a pagar o preço de ir até os confins da Terra”, destaca. O missionário conta que, naquele mesmo dia, foi levantada uma oferta missionária e, para a surpresa de todos, o total arrecadado foi três vezes maior do que em qualquer outro domingo. “Esta é mais uma prova de que a Igreja vibra com missões e de que ela existe apenas porque há missão para ela cumprir, tanto aqui perto, um pouco longe ou até muito distante, e não o contrário”, afirma. A Igreja Batista da Graça em Kiev intensificou essa dedicação ao trabalho missionário, principalmente nos últimos cinco anos, chegando ao ponto máximo de dedicar 48% do orçamento anual para missões. “Primeiramente, pensamos em fazer algo pelos confins
da Terra e confiar que Deus fará por nós tudo o que precisamos. Esse gesto acendeu uma chama em outras Igrejas, e elas se uniram a nós. Uma Igreja que oferta para missões se torna mais rica. Esta é a matemática celestial que não tem uma lógica terrena”, explica. Pelas Igrejas da Ucrânia, Lyubomyr tem falado da importância de dar quatro passos ao mesmo tempo: em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria e até nos confins da Terra. “Explicamos que um dia nós também éramos considerados confins da Terra, e Deus enviou alguém que nos trouxe o Evangelho. Estejamos atentos para o nosso Mestre, pois Ele aponta para os confins da Terra”, declara Lyubomyr. “Continue orando por nós e por nossos missionários, que retornarão até os confins da Terra daqui a seis ou oito meses”, conclui.
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Mais um obreiro é consagrado no Sul do Brasil
Aprovação no concílio foi unânime
Ismael Vicente Ferreira Júnior, membro da Primeira Igreja Batista em Niterói - RJ
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o dia 29 de outubro deste ano foi realizado o concílio pastoral do irmão André Ricardo Lisbôa Herdy, convocado pelo pastor Ezequias Amancio Marins, da Igreja Batista Central de Japuíba, em Angra dos Reis – RJ, e com a presença de dez pastores vindos de diferentes regiões do estado do Rio de Janeiro em resposta ao convite para o evento. Neste concílio, o candidato foi aprovado por unanimidade dos pastores presentes e recomendado ao ministério pastoral. O culto de consagração foi realizado na manhã do dia seguinte, na mesma Igreja, e teve como pregador convidado o primo
Batismos são fruto do trabalho do pastor André Herdy na região
do candidato, pastor Rafael Antunes Vieira, da Primeira Igreja Batista de Casimiro de Abreu - RJ. Foi um grande momento de alegria e compromisso com o Senhor Jesus. Pastor André Ricardo Lisbôa Herdy é fruto de uma família que, por quatro gerações, tem atuado junto ao trabalho Batista em nossa Nação e tem a alegria de ter mais de 30 pastores dentre seus primos e tios (alguns já na Glória). É bisneto do saudoso pastor Joaquim Coelho dos Santos, pioneiro dos Batistas brasileiros, e que fundou várias Igrejas pelo interior do estado do Rio de Janeiro. Tem também, por outro lado, como avó materna, a saudosa irmã Cosette Brandão Lisbôa, professora dedicada da Escola Bíblica Dominicial (EBD) e membro fundadora da Primeira Igreja Batista de Icaraí e da Primeira
Culto de posse
Igreja Batista do Ingá, ambas em Niterói - RJ. Sendo filho do diácono Rubens Santos Herdy e da irmã Denise Lisbôa Herdy, membros atuantes da PIB de Niterói-RJ há 46 anos, ali o pastor André foi apresentado ao Senhor quando era um bebê, foi batizado e atuou, principalmente, na música, até sua ida para o sul do país. Atuando desde o início de seus estudos na Faculdade Teológica Batista do Paraná, no ano de 2011, como plantador do primeiro trabalho Batista na cidade de Três Coroas - RS, o pastor André Herdy, para manter a tradição de sua família, tem trabalhado incansavelmente para levar o Evangelho a esta população de uma região que tem grande carência de Igrejas da nossa denominação. São 11 cidades onde, até hoje, só existe uma única Igreja organizada
e que até o início do trabalho do pastor André Herdy só existia uma outra Congregação. Hoje, para a Glória de Deus existem seis Congregações nessas cidades, que, contando com àquela Igreja organizada, já somam sete das 11 cidades com a presença Batista. Como fruto deste trabalho Batista em Três Coroas, que é na realidade uma Congregação da Igreja Batista Central de Japuíba (Angra dos Reis, RJ - pastor Ezequias Marins), temos visto almas se rendendo aos pés do Senhor Jesus Cristo e a Verdade sendo propagada. O trabalho, que começou muito pequeno, apenas com o pastor André, sua esposa Dalva Herdy e uma única irmã, hoje conta com cerca de 50 membros (sendo que três deles já cursam formação teológica), embora tenha uma frequência
bem maior, a despeito das dificuldades para a expansão do Evangelho, comuns na região. No domingo, 20 de novembro, o pastor André realizou o batismo de mais três jovens, fruto deste trabalho que está crescendo ali naquela cidade que é de colonização alemã e que existe desde 1846 e nunca havia contado com nenhum trabalho Batista até este trabalho começar. Que Deus continue abençoando este ministério e que continuemos avançando para a Glória do Senhor Jesus, levando as Boas Novas de Salvação ao povo brasileiro. Porque vemos, na prática, que aquilo que Jesus recomendou é verdadeiro: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da plantação que mande obreiros para fazerem a colheita” (Lc 10.2)
Educação Cristã Batista é tema de encontro na Bahia
Meg Matos, gerente de Educação Cristã da CBBA
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stamos perseguindo o fortalecimento da Educação Cristã nas Igrejas Batistas filiadas à Convenção Batista Baiana, tendo como um dos pilares o maior envolvimento e desempenho de excelência de cada organização. Alinhada a esse objetivo, a Associação de Educadores Cristãos Batistas da Bahia (AECBBA) realizou, no período de 25 a 27 de novembro de 2016, um Encontro com alguns desses educadores para realizar seu Planejamento Estratégico. O encontro contou com a facilitadora Margareth Gramacho, também educa-
Educadoras participando do planejamento estratégico
Participantes do Encontro com o Presidente da CBBA pastor Adelson Santa Cruz
dora cristã e gestora pública com larga experiência nesse segmento. O Encontro foi de alta qualidade, tanto pela participação ativa de todos os integrantes desse evento, quanto pelo resultado final apresentado: uma proposta
finidos nesse planejamento. Parabéns, Educadores Cristãos Batistas da Bahia por esse evento, que certamente dará um novo rumo a essa associação e agregará valor à Educação Cristã em nossas Igrejas. Agradecemos ao Semi-
de Planejamento Estratégico da AECBBA, alinhado com o da CBBA, que será apresentado na próxima reunião do conselho. Parabéns a esse grupo de trabalho (GT), que dará continuidade a essa atividade, conduzindo os projetos de-
nário Teológico Batista do Nordeste por ter disponibilizado sua infraestrutura em Feira de Santana-BA para realização desse evento, e à preletora Margareth pela sua excelente contribuição. Deus seja louvado e exaltado!
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Jubileu de Ouro da Turma “F. B. Huey”, do STBSB - (1966-2016) Bruno Teodoro Seitz, membro e pastor da Igreja Batista Gaúcha – RS btseitz@terra.com.br
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o final de fevereiro, no ano de 1963, um novo grupo de alunos ingressou no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), recebidos pelo reitor, doutor A. Ben Oliver, pelo deão de alunos, doutor José Lins de Albuquerque, e por alguns alunos veteranos que já se encontravam no campus. Eram, ao todo, 31 jovens cheios de planos e de esperanças, alguns já casados e com filhos. No decorrer dos quatro anos seguintes, mais alguns se agregaram ao grupo, outros trancaram a matrícula e, no dia 26 de novembro de 1966, 23 receberam seus diplomas ou certificados: Adão Silva da Costa, Albino Ferraz, Allen Almeida Vasconcelos, Bruno Teodoro
Formatura da 46ª turma do STBSB, em 1966
Seitz, Cyro de Souza, Ely da Silva Lacerda, Francisco Nicodemos Sanches, Gilson Schueler de Amorim, Jared Lopes de Araújo, José dos Santos, José Ribeiro da Silva, José Villaça da Silva, Josué Valandro de Oliveira, Licio de Toledo Maciel, Marcilio Gomes Teixeira, Oswaldo Tinoco, Otto Vicente Kepler,
Renato Cerqueira Zambrotti, Salomón Caballero Alderete, Sérgio Paulo Azeredo Boechat, Waldemar Martins Vianna, Waldyr de Souza Oliveira e Williams Balaniuc. Foi a 46ª turma formada pelo STBSB. Entre os seus componentes, a maioria completou o curso de bacharel em Teologia, como se dizia
naquele tempo, e outros fizeram o curso abreviado em Teologia ou matérias avulsas. O primeiro aluno formado no Curso de Bacharel em Música Sacra estava também nessa turma: Albino Ferraz. Chegando ao Seminário, fomos instalados no Prédio 28, recém-inaugurado, construído especialmente para abrigar o curso de Música Sacra. Era um prédio de quatro pisos, no qual se entra por cima e se desce para os outros andares. No térreo, morava o pastor José Lins de Albuquerque, deão do Seminário; no primeiro andar, as salas de aula foram equipadas com camas, mesas e armários para hospedar os alunos; no terceiro e quarto andares funcionava o curso de Música, com suas salas de aulas e as saletas para os instrumentos musicais: pianos, harmônios, etc. Nos anos seguintes fomos “promovidos” para o Prédio 19.
Já passaram-se 50 anos. Alguns colegas já estão com o Senhor, no gozo da paz eterna. Todos já passamos dos 70 anos, muitos ainda ativos no ministério pastoral ou em outras atividades magisteriais e em outras áreas. Somos gratos a Deus pela chamada, pelo acompanhamento e pelas experiências que nos deu nesses anos todos. Nossa homenagem, cheia de gratidão, aos professores: Albert Benjamim Oliver, Ana Campelo Egger, Antonio Dutra, Delcyr de Souza Lima, F. B. Huey, Gilberto Maia, Jerry Stanley Key, Joana Riffey Sutton, João Filson Soren, John Boyd Sutton, José dos Reis Pereira, José Lins de Albuquerque, Luis Schettini Filho, Nilson do Amaral Fanini, Osvaldo Ronis, Reynaldo Purim e Rodney Bishop Wolfard. Além do conhecimento teórico, eles nos deram exemplo de vida e temor ao Senhor, que nos acompanham até hoje.
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ponto de vista
Departamento de Ação Social da CBB
Igreja: esperança de paz Remy Damasceno, coordenador do Departamento de Ação Social da Convenção Batista Brasileira
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emos na violência um problema social que afeta, provavelmente, a todos os brasileiros. As populações das grandes e médias cidades encontram-se sitiadas pelas ações de bandidos. Moradores das pequenas cidades assustam-se com a novidade de sua incidência. A precarização dos serviços públicos e condições sociais acirram as rivalidades internas entre os segmentos sociais. A polarização política fomentou a transformação do discordante em inimigo. A violência ganhou tamanha proporção que muitos hoje concebem que a única solução para a violência é a própria violência. Contradição teórica e prática somente possível diante da falta de reflexão e, principalmente, de esperança.
Pensando exclusivamente no problema da transformação do discordante em inimigo, algo facilmente perceptível nas redes sociais, onde facilmente encontramos palavras desnecessariamente duras e agressivas dirigidas a quem se discorda, haverá alguma contribuição da Igreja evangélica? Certamente sim. Na prática... Apesar de sermos tantos (segundo os dados do IBGE de 2010, somos 22,2%, algo em torno de 42 milhões de brasileiros), parece que não temos conseguido influenciar significativamente a sociedade brasileira. Acredito que um dos motivos envolve o fato de que os preceitos evangélicos já não ditam o comportamento do evangélico. Quero ater-me apenas a duas questões. Nosso olhar para o outro distanciou-se do modo como Jesus via as pessoas. Jesus convidou para o seu grupo apostólico pessoas com concepções completamente distintas (Simão, o zelote, e Mateus, o
publicano), buscou aproximar-se de pecadores e religiosos, curou piedosos e interesseiros e afirmou que devemos amar amigos e inimigos. Ao contrário de Jesus, nosso olhar tornou-se parcial e endurecido. Somos capazes de, assimilando a lógica reinante na sociedade brasileira atual, transformar em inimigo quem pensa diferente. Ignorando o que ensinou Paulo, passamos a lutar contra pessoas, não concepções, pecados, demônios. A irracionalidade e animosidade chegou ao ponto, entre alguns de nós, de conseguir reduzir o outro a um rótulo pejorativo, desconsiderando toda a diversidade de opiniões e modos de ser (“Petralha”, “Coxinha”, “liberal”, “fundamentalista”, etc.). Além do olhar, muitas das nossas palavras deixaram de ser evangélicas. Elas não conseguem traduzir a dignidade que a pessoa é apresentada no texto bíblico. Criada em amor, por um Deus que a valoriza, ao ponto do sacrifício
divino, encarnado na pessoa de Jesus. A Trindade vive em relação entre Si e com Sua criação, tendo Sua linguagem alicerçada em torno do amor. Como consequência, o amor constitui o maior dos mandamentos e a expressão própria de seus discípulos. Apesar dos claros ensinamentos, agredimos, xingamos, depreciamos o outro. Parece que desacreditamos no poder do Espírito Santo em mudar as pessoas. Chegamos ao ponto de legitimarmos agressões a pessoas e grupos. Caso julgue exagero, procure a rede social de pessoas que se afirmam evangélicas e você encontrará farta exposição de agressões: a políticos (algo bem distante da crítica que, aliás, é muito oportuna), a homossexuais, a mulheres, a bandidos, policiais, presos, etc. À semelhança dos piores valores da nossa sociedade, confundimos crítica ao desrespeito às pessoas, discordância veemente ao ódio, diferença à inimizade.
Como fruto dessa postura, nós, como Igreja, estamos perdendo o poder para transformar a sociedade. Com tanta agressividade, não temos como apresentar o perdão como o meio mais eficaz de superar erros do passado. Diante de tantas palavras de ódio, a sociedade não tem como valorizar o que dizemos, nossa palavra perde o seu valor (toda palavra de ódio social se assenta na irracionalidade. Toda palavra de ódio pessoal tem na distância de Deus um de seus fundamentos). Nós, como Igreja de Jesus, precisamos nos arrepender do nosso mal, sermos convencidos pelo Espírito Santo sobre a força do amor, aprendermos a valorizar as pessoas e, de fato, promovermos a paz. Jesus nos ensinou que somos a esperança, por sermos sal e luz, para a sociedade brasileira encontrar os caminhos da paz. Sejamos a Igreja que Jesus nos convida a ser. A sociedade brasileira agradecerá. E Deus baterá palma.
o jornal batista – domingo, 18/12/16
ponto de vista
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Estavam entre nós, mas não eram dos nossos Oswaldo Jacob, pastor, colaborador de OJB
E
ssa é a expressão de João, o apóstolo, em sua primeira carta (2.19), ao se referir àqueles que deixaram ou abandonaram a Igreja. Vez por outra ouço pastores que manifestam a sua angústia com a saída de membros da sua Igreja em direção a outras Igrejas, especialmente os que serviam ao Senhor na comunidade dos salvos. Sempre digo a eles que ninguém é insubstituível e que Deus sempre manda outros para exercerem dons e talentos na Igreja local. Depois de pregar sobre a Sua dura missão, o Senhor Jesus, que era perfeito, foi abandonado por aqueles que O seguiam e perguntou aos apóstolos se eles queriam deixá-lo também (João 6.60-66). Nós sempre teremos no âmbito eclesiástico o movimento de membros maduros e imaturos. Pessoas mudam de uma Igreja para outra achando que a próxima atenderá todas as suas expectativas, sendo assim perfeita. Até comparam o pastor anterior com o futuro pastor. Mais tarde, virá a decepção. É uma questão de tempo, pois nem Jesus agradou a todos. Nenhum obreiro vai agradar a todos. Charles Swindoll afirmou sabiamente: “Eu não sei o
segredo do sucesso, mas sei o segredo do fracasso: tentar agradar todo o mundo”. Há líderes que agradam, bajulam, fazem proselitismo, criam expectativas exageradas em relação aos que chegam. Certamente, terão decepções. Há Igrejas inchadas de membros problemáticos de outras comunidades. Particularmente, não tento convencer ninguém a ficar. Que Deus me livre de bajular quem quer que seja. Não tenho a pretensão de persuadir quem quer que seja. Que a pessoa saia sem nenhuma raiz de amargura ou qualquer ressentimento porque vai prejudicar a si mesma, a sua família e a Igreja para onde está se transferindo. As pessoas têm todo o direito de sair da sua Igreja para outra, mas devem fazê-lo de forma transparente, consciente e sem nenhuma pendência. Geralmente o que faz algumas pessoas deixarem a Igreja é a sua vontade contrariada. Sentem-se como clientes que não foram bem atendidos pela organização. Nesse ponto falta humildade, carece de maturidade. Não possui conhecimento do que seja a Igreja criada por Jesus Cristo. Precisam fazer uma leitura meditativa do Novo Testamento, especialmente. É muito triste ver pessoas insatisfeitas na sua comunidade de fé. O pior é a sua
postura beligerante, conflitiva e marcadamente fragmentadora dos relacionamentos. Elas não conversam com o pastor. E este, muitas vezes, é o último a saber que elas vão sair. Há membros de Igreja que não gostam da mensagem, do jeito e da família do pastor. Os que amam a Igreja têm prazer em servir na comunidade da graça. Os que amam a Igreja de Jesus superam as adversidades no meio dela. Os crentes que amam a sua Igreja oram e trabalham fortemente para a sua edificação. As pessoas que amam a Igreja de Jesus crescem com ela. Ensinam os seus filhos a amarem a comunidade dos salvos. Elas caminham a segunda milha tão ensinada por Jesus. É lamentável posturas exclusivistas, marcadas por imaturidade. Procedimentos egocêntricos, atitudes que não correspondem à vida cristã normal. Paulo, escrevendo aos irmãos em Corinto, com tristeza, disse: “Irmãos, não vos pude falar como a pessoas espirituais, mas como a pessoas carnais, como crianças em Cristo” (I Co 3.1). O apóstolo estava triste ao ver tanta imaturidade no meio da Igreja de Jesus. As pessoas saem de suas Igrejas e levam uma carga de ressentimentos e angustias. Retiram-se pesadas, carregadas de insatisfação. Elas não
têm ideia de como isso é altamente prejudicial para a sua vida espiritual. Paulo ensina magistralmente: “Quando eu era criança, pensava como criança e agia como criança, mas quando passei a ser homem, acabei com as coisas de criança (I Co 13.11). Muitos membros de nossas Igrejas precisam tirar as roupas de criança e vestir as de alpinista para galgarem as alturas da comunhão com o Senhor. Ser cristão significa viver para Cristo, sofrendo por Sua causa. Paulo afirmou: “Não mais eu, mas Cristo” (Gl 2.20). O viver do apóstolo aos gentios era Cristo e o morrer, lucro (Fp 1.21). A Igreja não é um clube, uma creche, um museu para santos, mas um hospital para pecadores. Um ambiente onde há pessoas doentes que precisam ser tratadas e curadas. Muitas delas com feridas profundas. O triste é que há aquelas que sempre reclamam e adoecem outros membros do Corpo de Cristo. Estão sempre insatisfeitas, mas nada fazem a não ser reclamar, murmurar e praguejar. Outras, são como dormideiras, altamente sensíveis, que não podem ser tocadas pela exortação porque se encolhem, e ficam magoadas e ressentidas. Culpam a Igreja; não se deixam ser tratadas pelo Senhor. Em sua postura, pensam que têm tudo a
ensinar e nada a aprender. São dispersas, estão dentro da comunidade dos redimidos, mas o seu coração está distante da sua comunhão. Sim, estavam entre nós, mas não eram dos nossos. Esta afirmação é muito triste. Há pessoas que passam anos na Igreja e não a amam. Elas querem que sua vontade seja feita. A sua opinião é mais relevante. Todavia, a vontade de Deus deve ser sempre central, sendo muito mais importante do que a nossa vontade. São pessoas que querem mudar a Igreja, mas não mudam as suas atitudes e os seus atos. Levarão os problemas para a outra comunidade onde vão congregar. Como pastor, a minha postura é de orar por elas e desejar que sejam muito bem-sucedidas, desde que resolvam as questões motivadoras de sua saída. Que ao chegarem na outra Igreja não façam comparações, pois cada Igreja tem a sua particularidade. Também, que elas sejam comprometidas e não apenas envolvidas na nova Igreja. Que tenham aprendido lições com a experiência na Igreja anterior. Que deixem a Igreja em paz com o Senhor e com os outros membros do Corpo de Cristo, podendo voltar para visitarem os antigos irmãos com uma consciência amadurecida.
Ainda sobre o “Doutor Justiça Social” Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB
L
endo, na edição de 21/06, as justas homenagens ao ilustre obreiro Batista Davi Malta Nascimento, pus-me a recordar aqueles relevantes e instigantes artigos publicados em Diretriz Evangélica, que li com prazer e expectativa. Ao líder principal, uniram-se
outros pastores. Lembro-me bem de Lauro Bretones, Élcio da Silva Lessa e Jáder Malafaia, que somaram forças levantando a voz na mesma direção. Todos são dignos da minha admiração e respeito. Foram notórios os vários pronunciamentos de Davi Malta em discursos inflamados, na intenção de sensibilizar os cristãos diante das injustiças evidentes.
Embora nossa denominação já contasse com boas amostras de interesse pelo social, o déficit era preocupante. Vale confessar que o foco quase exclusivo na pregação evangelística parecia nos acomodar, resultando na omissão de cuidados com outras carências do ser humano, em uma visão de conjunto - assunto que permeia as Escrituras
em ambos os Testamentos. Penso que os referidos obreiros deram o grito que despertou entidades nossas para uma atuação mais intensa e ampla. Não tiveram todo o apoio merecido, havendo até quem os acusasse de tendências comunistas. O nobre propósito nem sempre é bem interpretado, assim como as novas ideias.
Temos hoje o Dia de Ação Social, Comitês de Ação Social, além de numerosos projetos missionários que amenizam angústias no Brasil e no mundo. Não faltam Igrejas investindo na atenção aos desvalidos. Reconheçamos, porém, que podemos e devemos fazer mais. A boa semente, lançada em boa terra, continuará germinando e dando saborosos frutos.