OJB Edição 51 - Ano 2017

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 17/12/17

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Fundado em 1901

Ano CXVI Edição 51 Domingo, 17.12.2017 R$ 3,20

Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

CB Pioneira realiza Congresso da Família Pastoral

PIB em Teresina - PI promove Congresso de Missões Locais

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

PIB em Porto União - SC celebra 100 anos de vida

Confira o que aconteceu no 50o Congresso de Homens da ComnBrasil

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reflexão

EDITORIAL O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Luiz Roberto Silvado DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: decom@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.batistas.com A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

Fortalecer a família, um projeto de Deus

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família sempre foi e continuará sendo um projeto de Deus e acreditamos que ela é instrumento para comunicar as respostas que a nossa geração busca. Desta convicção emergem inúmeras razões para defendermos e fortalecermos as famílias hoje. Uma delas é a necessidade de construir famílias saudáveis, criando os nossos filhos com convicções bíblicas e conhecimento da Palavra e expondo à sociedade pluralista a nossa fé. A nossa sociedade está vivendo uma imposição

! Aviso importante

de novas concepções de gêneros e famílias. Uma ideologia que diz que ninguém nasce homem ou mulher, mas que isso se constrói, defendendo o direito de cada indivíduo determinar o que é legítimo para si. Essa doutrinação tem chegado às escolas, confrontando o direito dos pais de orientar e simbolizar os seus filhos de acordo com o sexo do nascimento. Mas nós cremos na concepção do Criador. A Bíblia Sagrada nos apresenta a criação do ser humano em dois sexos: “homem e mulher os criou” (Gênesis 1.27). E essa

criação tinha como propósito o casamento, expresso como companheirismo, união sexual e procriação (Gênesis 2.23-25). Jesus Cristo reforçou esse princípio ao afirmar que o Criador, desde o princípio, fez homem e mulher, e disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne (Mateus 19.4-5). Os argumentos ideológicos de gênero não se sustentam e nem encontram respaldo apresentados nas narrativas bíblicas. Entendemos que o Evangelho e seus princípios são

superiores à cultura e que esta deve ser compreendida à luz da essência da Bíblia. Somos desafiados a fortalecer as nossas famílias através da cosmovisão cristã e promover os princípios bíblicos não disseminando ações preconceituosas e discriminatórias, mas reafirmando os valores divinos com o propósito de transformar pessoas por meio do Evangelho. Luiz Roberto Silvado, pastor Sênior da Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba - PR, presidente da CBB

A partir da primeira edição de O Jornal Batista do ano de 2018, todas as Igrejas vinculadas à Convenção Batista Brasileira passarão a receber o OJB apenas em formato digital. Pedimos que a liderança das Igrejas atualizem os seus cadastros de e-mail, para evitarmos equívocos.


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Deu tudo errado! Deu mesmo? Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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aquele dia, quando o vimos conversando com os nossos amigos Simão e André, consertávamos nossas redes. Após uma noite “Que não estava nada para peixe”, Ele aproximou-se, e, olhando para os Seus olhos, reconhecemos que era o mesmo de que João dera testemunho: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29b). Ele nos convidou para que O seguíssemos. Olhei para o meu irmão Tiago e disse: “Por que não experimentar? Se não vier coisa boa disso,

voltamos para o trabalho com o nosso velho pai”. Levantamo-nos e fomos. Ele abria as Escrituras nos textos que falava sobre o Messias e dizia a todos que era o Prometido. Não havia dúvida! Milagres? Eram realizados em seguida! Curava cegos, era evitado pelos demônios, tinha plenos poderes. Em pouco tempo, éramos 12. Seu amor era posto em prática em cada cidade que entrava. Ele cobriu a nossa querida Galiléia com milagres, um atrás do outro. Enquanto isso, aquilo que era uma mera curiosidade, tornou-se uma empolgação. Era, sem dúvida, o restaura-

dor do reino de Israel. Que exército o perseguiria andando sobre as águas? Quem dizimaria seu exército, se Nele estava o poder de ressuscitar os seus soldados? Ah! Que excitação crescia em nosso peito, só em pensar nesse momento! Porém, as coisas não foram bem assim. Em vez de reagir e mostrar seus poderes, Ele nada fez. Que horror! Os judeus uniram-se aos inimigos e o levaram à cruz. Todos nós caímos na maior prostração. “O jeito é voltar para a pesca, pensamos”. Mas, ninguém tinha a coragem de tomar a iniciativa de voltar àquela vidinha sem sentido de outrora. Tínhamos

passado três anos e meio comendo, bebendo, dormindo, andando com Ele, de cidade em cidade. Então, Pedro - sempre ele - disse: “Vou pescar!” Não era um convite para a pesca esportiva, era o retorno ao passado. Não pescamos nada a noite inteira. Ninguém falava. Havia algo lúgubre, pois todas as vezes que isso aconteceu, nada pudemos fazer, com exceção de uma quando, estando Ele conosco, mostrou que era o Senhor da natureza. Ao nos preparar para descer do barco, vimos um vulto na praia. Dirigindo-se a nós, disse: “Filhos; vocês têm alguma coisa para comer? Todos nós, a uma voz dissemos que

não. “Lancem a rede do lado direito do barco e encontrarão”. Um frio correu-me pela espinha. “Já vi esse filme”, pensei. Não deu outra, era Ele. Nunca mais voltamos ao nosso trabalho. Ele não reagiu. Ele morreu, para depois ressuscitar. Deu tudo errado? Não! Se você duvida, pense nisso. Passaram-se dois mil anos e Ele prossegue vitorioso. Naquele dia, nós todos, e Pedro, nos reconciliamos com Ele, que saiu vitorioso. Eu, João, o apóstolo, dou meu testemunho para que você também se reconcilie com Jesus Cristo, através de Sua vitória sobre a morte.

Dia do aniversário Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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odo ano completamos aniversário, sendo assim, precisamos ser gratos a Deus por mais um ano de vida. Gratos pela saúde física, emocional e espiritual, pela certeza que temos um futuro certo. É dia de comemorar, de

festejar, de alegrar-se com os que se alegram. Gosto da expressão do Salmista no Salmo 90.12: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.” Certa vez um conhecido disse que a cada aniversário é menos um ano de vida. Cada aniversário estamos mais perto da morte. Aliás, há grande

verdade nisso, afinal, a cada aniversário ficamos mais velhos e, assim, caminhamos para o fim. A única certeza que temos nesta vida é a de que um dia ela acabará. Somos mortais, isto é, nascemos e morreremos, não ficaremos para semente. Fico imaginando uma pessoa sem Deus, que não sabe o que a espera no futuro. Deve

ser muito ruim essa sensação de saber que a vida terminará, deve ser desesperador. Para o cristão não, ele vive de certezas. O cristão sabe o que o espera; não têm medo do amanhã, pois sabe que será maravilhoso. Jesus Cristo, em João 14.12, diz: “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim. Na

casa do meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.” Não deixe de comemorar o dia do seu aniversário, comemore, sabendo que o fim é o começo de uma grande vitória. Para os que estão em Cristo, vale expressar-se como o apóstolo Paulo, “Eu sei em quem tenho crido.”


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Por que ler a Bíblia? Ater A. Mattos, professor, músico, membro da Primeira Igreja Batista Bairro Ideal - Realengo - RJ

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or que ler a Bíblia? Para guardar a Palavra de Deus no coração e não pecar contra o teu Criador. “De quebra”, entender que essa referência reflete Jesus como o nosso maior exemplo de tudo e para tudo. Descrito no Livro dos livros, visto como um tesouro vindo dos céus transcrito por gerações. Por que ler a Bíblia? A história nos diz que os primeiros cristãos, em seus primórdios, dependiam da oralidade, depois, de uma capa preta e dura (característica). No processo evolutivo e de modernidade, apresenta-se: “digital”. Por que ler a Bíblia? “Sem polemizar”, tem específica para crianças, mulheres, atletas, diáconos, para os jovens e todos os gostos. O que não mudou nem mudará é a sua essência. Inspirada e inspiradora, especialmente para você e para mim. Por que ler a Bíblia? Porque, como ditar, o quão fácil ou difícil ser um cristão de coração. Haja vista, que nos dias de hoje precisamos enfrentar as propostas e res-

postas sobre a revelação de Deus, humanidade, mensagem da Cruz, da Salvação, do perdão, arrependimento e vida eterna. Hoje, mais do que nunca, fala-se de ciência, saúde, relacionamentos, gêneros, guerra, amor e de paz, no meio de tantos assuntos ocorrentes e concorrentes. Como isso seria possível sem a Bíblia? Afinal a mesma é a própria palavra de Deus! Por que ler a Bíblia? Saiba que em “terra”, a aliança que nos une é o que corrompe o coração, mas, por graça, enquanto todos dormem, Deus opera, travando uma batalha espiritual mais que vitoriosa. Por isso, leia a Bíblia, principalmente em um mundo onde a todo momento se levanta bandeiras da/de intolerância, em nome de Deus e de ideologias humanas, por pura ignorância. Por que ler a Bíblia? Paralelo a isso, sofrer não te torna mais poético; chorar não deixa você mais aliviado, e aprender com os seus próprios erros também não é a melhor solução. Em suma, devemos ser e estar esclarecidos: não compreendendo somente aquilo ou daquilo que nos interessa, mediante as nossas (in) certezas pessoais e de entendimento. Por que ler a Bíblia? La-

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE

mentavelmente, nos perdemos quando buscamos longe aquilo que está bem perto. Na prática, a síntese da Bíblia não deveria ou poderia ser um livro de estante e/ou conveniência, afinal, ela é tão e, simplesmente, Deus na Pessoa de Jesus falando. Por que ler a Bíblia!? “Breve Jesus voltará e com Ele no céu vou habitar” (diz o cancioneiro). Prepara-te, para isso. O nosso desejo através de uma maturidade cristã é: não precisarmos mais da ajuda de um dicionário para definir Deus. Ela, por si e só, já nos oferece isso. Por que ler a Bíblia? Por que “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices” (Salmos 19.7). Finalizando, só o Amor de Deus é real. Ele morreu por você e por mim! À medida que começarmos a permanecer e a discernir o quão Deus é maravilhoso, começaremos também a entender que Ele reflete Sua própria formosura sobre nós. Para isso, basta confiar no Seu amor e na Sua graça, mediante a fé na Palavra. Não sei o seu momento, não sei o seu propósito, a começar por/em mim. Deixa Deus te usar, deixa Deus falar contigo. Leia a Bíblia!

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Com Cristo, sem condenação

homem condenado vive sempre na expectativa daquele dia em que sua pena será executada. Sua condenação total rouba suas esperanças, seus planos, seu significado. É nesse contexto sem paz, sem beleza, que Paulo nos escreveu sobre o poder vitorioso de Cristo sobre a condenação. “Agora, já não existe nenhuma condenação pra as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus” (Rm 8.1). A justiça humana somente é respeitada quando é cumprida. Por isso, as decisões da justiça produzem medo e depressão. Medo, porque toda a estrutura dos valores sociais gira ao redor do poder que

as autoridades comunitárias recebem para garantir que o condenado seja exemplarmente punido. Depressão, porque a condenação final elimina todas as possibilidades de autorrealização. É então que surge a instituição do perdão. Somente pode perdoar um condenado, o indivíduo que tenha recebido autoridade suprema. No caso espiritual, Paulo diz que a autoridade maior, que tem poder para nos perdoar de toda a nossa culpa, é o Senhor Jesus Cristo: “Não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo Jesus” (Rm 8.1a). Porque Cristo pagou por todas as nossas condenações, viver em comunhão com Ele significa viver sem medo, sem depressão. Cristo não nos obriga a aceitar Seu perdão. Quando O aceitamos, pela fé, recebemos a garantia e a qualidade de vida que o poder do Seu amor nos dá.

pessoa deve ser amável para com o seu próximo. Jesus é exemplo supremo de sabedoria do amor. Desde cedo as pessoas perceberam isso Nele. “Ele crescia em graça e em conhecimento diante de Deus e das pessoas”. A palavra “graça”, nesse contexto, significava que o menino e jovem Jesus tinha “boa vontade” para fazer coisas boas, que Ele era “amável”, que Ele dispensava “um amor sem merecimento” para com as pessoas. A sabedoria do amor

habitava em Jesus porque sempre era visto procurando prazerosamente ajudar as pessoas, sempre trazia palavra de conforto a quem o buscava, e, sobretudo, porque sempre o viam agradecer ao Pai pelo privilégio de se mostrar a pessoas humildes, independente do grau de cultura, principalmente. Assim, quem tem a sabedoria que vem do alto, sabe ser amável, isto é, sempre tem prazer em ajudar pessoas que necessitam de auxílio.

“Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” (Rm 8.1)

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Sabedoria do amor Rubin Slobodticov, pastor, colabotador de OJB “A sabedoria que vem do alto antes de tudo é pura, depois pacifica, amável” (Tg 3.17) - ênfase: a sabedoria do alto é amável. “Amabilidade”: “É tolice tratar os outros com desprezo; o homem prudente prefere ficar calado. O mexeriqueiro espalha segredos, mas a pessoa séria é discreta” (Pv 11.12-13).

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er amável é um dos segredos mais importantes das pessoas que desejam ser sábias. Ser amável e ser agradável são uma questão de sabedoria. Henry Ford era mais conhecido por ter pessoas que lhe proporcionavam conhecimento necessário para ser bilionário. Eram as pessoas que estavam com ele quem alimentavam sua sabedoria em gerar seus bilhões de dólares. Salomão diz que “Na multidão dos conselhos há sabe-

doria e segurança”. Pessoas não amáveis dificilmente são amigas de muitas pessoas. Repare: pessoas agradáveis sabem ter pessoas ao seu lado. Quanto mais sábio e amável uma pessoa for, tanto mais pessoas sábias ela terá consigo que proporcionarão o seu crescimento e ajuste no mundo. Ter sabedoria do amor é uma questão de ter a “sabedoria que vem do alto”, e, com essa, agregar a sua pureza e o seu espírito de paz, como diz Tiago. Uma sabedoria assim dirá que a


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DIFICULDADES BÍBLICAS

Ebenézer Soares Ferreira

Diretor-geral do Seminário Teológico Batista de Niterói – RJ

E OUTROS ASSUNTOS

“M

ilênio” vem do latim - mille (mil) e annus (ano). Portanto, “milênio” refere-se a mil anos. A palavra “milênio” não se encontra em o Novo Testamento. Ela nos é sugerida pelo número mil (1.000) usado em Apocalipse 20.1-6. Vejamos o fundo histórico do assunto, a disputa sobre ele e as principais escolas em que se dividem os milenistas. Consideraremos também o amilenismo, que surgiu com Agostinho e que considera o número mil (1.000) como simbólico, apenas. 1. O fundo histórico do assunto 1.1 Nos profetas Os profetas Isaías, Ezequiel, Daniel, Joel, Zacarias e outros sempre vaticinaram a inauguração de um reino messiânico. Para MacCown, a ideia de “milênio” e de “idade de ouro” foi tomada pelos profetas aos assírios e egípcios. 1.2 Na literatura pseudoepígrafa Na literatura pseudoepígrafa, a ideia de milênio é mais desenvolvida. Há variações quanto à sua duração. O livro apócrifo de Esdras limita-o a 400 (quatrocentos) anos. Já o livro de Enoque dá a este período vaticinado pelos profetas o nome de “sábado”. O caráter do Reino é extravagante: mulheres tendo filhos sem dor, vinhas produzindo mil galhos; cada galho produzindo mil cachos, cada cacho produzindo mil uvas, e cada uva, um coro (medida hebraica equivalente a 360 litros).

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A questão do milênio 2. A esperança de um Reino no tempo de Cristo O Talmude interpretava de várias maneiras a vinda do Messias. Havia variações quanto à duração do Reino. Quando Jesus falou aos judeus que ele seria levantado na cruz, eles lhe replicaram: “A Lei nos ensina que o Cristo permanecerá para sempre (...)” (João 12.34). Quando Jesus entrou triunfalmente em Jerusalém, pensaram os judeus que Ele restauraria o Reino de Davi (Lucas 19.37-38). Aos fariseus, Jesus replicou que o Reino não virá com aparato nem se dirá: “O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está entre vocês’” (Lucas 17.20). Os discípulos contenderam sobre quem deles seria o maior no Reino dos céus (Mateus 18.1) e a mulher de Zebedeu pediu a Jesus um lugar de destaque no seu Reino para seus filhos (Mateus 20.20-21). Tanto aos discípulos como à mulher de Zebedeu, Jesus repreendeu. A Pilatos, Jesus disse que o seu Reino não era deste mundo. Essas passagens e outras mostram como os judeus pensavam em um reino temporal e não em um Reino espiritual como o que Cristo veio inaugurar. O ladrão da cruz sabia que o Reino de Deus seria espiritual, quando disse a Jesus: “(...) Lembra-te de mim quando entrares no teu Reino.” (Lucas 23.42)

Aqui apresentamos apenas um sumário, pois o espaço não nos permite discorrer sobre o assunto: O historiador Newman divide os “pais antinicenos” em quatro períodos cronológicos. Veremos que neste período é maior o número dos que se opõem ou se mantêm silenciosos quanto ao Milênio do que o número daqueles que parecem favorecer o Milênio. No primeiro período (95 a 150 a.D.), temos oito escritores: Clemente de Roma (95), Policarpo (100), Inácio (100), Didachê (125), Mathetes (130), Hermas (140), Barnabé (160), Papias (150). Os seis primeiros não aceitavam o Milênio e só os dois últimos falam sobre o Milênio, mesmo assim, em termos extravagantes. No segundo período (150 a 200 a.D.), temos cinco escritores: Justino Mártir (150), Melito (170), Taciano (170), Atenágoras (175), Teófilo (180 a 190). Dos cinco, só o primeiro parece favorecer o Milênio. No terceiro período (de 95 a 250 a.D.), são sete os escritores: Ireneu fala no Milênio, mas nunca contendeu por um Milênio literal; Tertuliano tem apenas uma referência em toda a sua vasta obra; e Comodiano é o único neste período que pode ser considerado como milenista. No quarto período (200 a 300 a.D.), temos oito escritores: Clemente de Alexandria (200), Orígenes (225), Vitorino (304), Dionísio (260), 3. A história da disputa Archelleus (275), Metódio sobre o Milênio até o quarto (275), Lactâncio (300), Anóbio (300). Neste período, enséculo

contramos apenas Lactâncio principalmente à imaginafalando sobre o milenismo. ção. E São Jerônimo diz que ViConclusão torino era também milenista. Sabendo que os profetas 4. Pontos de vista com vaticinaram uma era de felicidade para os israelitas, referência ao Milênio Há dois grandes pontos de e que essa era se confundia vista: 1) - o ponto de vista dos com a esperança messiânica; que negam o Milênio; 2) - o sabendo que no período inponto de vista dos que sus- terbíblico a ideia de um reino tentam que haverá o Milênio. temporal de gozo e felicidade Para alguns, já estamos vi- foi muito desenvolvida, chevendo o Milênio joanino. Os gando ao ponto de pensarem que sustentam que haverá o somente em carnalidades; Milênio dividem-se hoje em sabendo que Cristo disse que dois grupos: pré-milenistas e o “Reino de Deus está entre pós-milenistas. É interessante vocês”; sabendo ainda que é notar que esta terminologia essa a única vez em que se fala, na Bíblia, em um reino só aparece mais tarde. Os pré-milenistas dividem- de mil anos; sabendo que o -se ainda em futuristas e his- número mil (1.000) é usatóricos. Os que negam o do 23 vezes no Apocalipse Milênio são chamados hoje e, em todos os lugares, seu “amilenistas”. Agostinho é significado é simbólico; satido como o primeiro ami- bendo ainda que o salmista lenista, porque interpretou diz que “(...) mil anos (...) que não haveria mais Mi- são como o dia de ontem lênio, pois, em sua época, que passou” (Salmos 90.4); a Igreja já estava vivendo o sabendo que Pedro também diz que “(...) para o Senhor Milênio. um dia é como mil anos, e 5. As bases do amilenismo mil anos como um dia” (II Como foi visto, “amilenis- Pe 3.8), quando fala de sua mo” é a corrente teológica vinda; sabendo que a ideia que não aceita como literal de um Reino de mil anos na a interpretação do número terra está de encontro aos mil (1.000) em Apocalipse ensinos de Jesus; sabendo que João escrevia para cren20.1-6. Alguns argumentos dos tes que viviam perseguidos amilenistas: pelas autoridades civis e que 1. O Apocalipse deve ser necessitavam de um consolo interpretado à luz do seu (daí o consolo de um Reino); fundo histórico. sabendo que o número mil 2. O Apocalipse foi escrito é símbolo de perfeição, conem linguagem muito simbó- cluímos que só os que vivem apegados a esta terra podem lica. 3. O autor do Apocalipse encontrar no referido texto usa a terminologia do Antigo (forçando-o, pois os outros Testamento, com significação números não são tomados literalmente) um Reino de neotestamentária. 4. O Apocalipse é dirigido mil anos aqui na terra.


6 vida em família

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reflexão

Gilson e Elizabete Bifano

O segredo das famílias fortes - (Parte 2) Comprometimento com a família, sentimento de pertença

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m dos segredos das famílias fortes é o sentimento de pertencimento, ou sentimento de pertença. Mas, o que vem a ser sentimento de pertença? Como o próprio nome diz, é o sentimento de que, como indivíduo, pertencemos a um grupo, no caso a família. Esse sentimento é desenvolvido, especialmente, na formação da criança, no seu convívio diário com a família. Esse sentimento permite que a criança perceba, desde a mais tenra idade, o seu lugar no grupo social, a família. Como, então, é formado então o sentimento de pertença? O sentimento de pertença deixa a teoria e entra no mun-

do familiar quando ações são praticadas no dia a dia da vivência da família. São nos momentos simples, desde os primeiros dias de um bebê, quando a mãe o amamenta e o acolhe emocionalmente em seus braços. Com o crescimento da criança, pais podem fortalecer o sentimento de pertença lendo histórias para seus filhos, dando-lhes banho, participando das festinhas e reuniões escolares, quando agacham para uma conversa e para brincadeiras. Sentimento de pertença é cultivado quando a família comemora o aniversário da criança, faz aquele bolinho e canta parabéns. Quando andam de mãos dadas.

Pais que desejam fortalecer o sentimento de pertença podem, por exemplo, contar a história dos antepassados da família. Podem colocar fotografias dos antepassados de modo que as crianças percebam que há uma linha geracional na família. Nas famílias europeias, o brasão da família cumpre esse papel. Escreva, mesmo de forma simples, a história da família, imprima e deixe para as gerações seguintes. Muitas vezes, a história da família fica perdida no tempo porque a fonte primária não está mais presente. Muitas das histórias de minha família eu consegui através de uma tia de segundo grau já falecida há muito tempo. Foi através

dela que obtive a informação de que meu bisavô veio da Itália aos noves anos. A partir desta informação comecei a saga pelo reconhecimento de minha cidadania italiana, alcançada em 2015. Outra forma de fortalecer o sentimento de pertença é construir a árvore genealógica da família. Existem sites que ajudam neste sentido, como, por exemplo, www.myheritage.com.br. Outra maneira de fortalecer o sentimento de pertença é passar para as gerações seguintes um objeto que simboliza a continuidade da família. Pode ser algo simples, como um relógio, uma cristaleira, uma cadeira. Quando esse objeto é passado de geração para geração,

a mensagem que fica é que pertencemos a uma família que tem uma história. Voltando ao impacto positivo do sentimento de pertença na criança, quando essa percebe que faz parte e tem um vínculo com uma família, se estabelece a segurança emocional, possuindo, assim, um sentimento de “porto seguro”. Crianças que não experimentam isso na família, com certeza vão buscar em outros lugares, muitas vezes perigosos. Gilson Bifano é diretor do Ministério OIKOS. Palestrante, escritor e coach na área de família e casamento. oikos@ ministeriooikos.org.br

Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios! Wanderson Miranda de Almeida, colaborador de OJB “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores!” (Sl 1.1 - NVI)

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omo ser feliz de acordo com esse versículo? Não seguindo o conselho dos ímpios. Seguir o conselho de quem não teme a Deus não é uma boa coisa. Como seguir conselhos de quem vê a vida sob uma ótica carnal? Como seguir conselhos de quem não busca a sabedoria divina? Fazer isso é entrar por um cami-

nho que não trará felicidade. Fazer isso é viver uma vida longe do Criador. Se é para buscar conselhos, que esses conselhos sejam buscados na Palavra de Deus ou com pessoas maduras e tementes ao Senhor. Esses conselhos, sim, farão diferença na nossa vida. Não imitando a conduta dos pecadores. Infelizmente, os pecadores têm sido imitados. Fico muito triste quando vejo pessoas imitando aqueles que vivem do jeito que o diabo gosta. E para dizer a verdade, eles são os mais imitados. O cabelo daquele jogador, a roupa daquela atriz, a dança sensual daquela cantora. Você tem visto isso? Eu tenho visto e, pior, por meio de crianças. Qual

será o futuro dessas crianças que são aplaudidas por imitarem as celebridades? Não é nada promissor, tenho certeza. Se é para imitar alguém, que imitemos Jesus, o Filho de Deus. Você conhece alguém melhor para ser imitado? Tenho visto muitas pessoas endeusando homens e mulheres, dizendo tantas coisas bonitas sobre eles, que parecem que eles são deuses, são perfeitos. Há muito para imitar nas pessoas. Normalmente, as pessoas têm qualidades e essas podem ser imitadas, mas não vamos endeusá-las por causa disso. Jesus foi o único que passou por este mundo sem pecar, é o nosso melhor modelo. Que tal imitá-lO?

Não se assentando na roda dos zombadores. Parece brincadeira, mas tem muito “cristão” perdendo tempo na roda dos zombadores. Às vezes, nem dá para saber se o indivíduo é cristão ou não, já que ele se junta com os zombadores e, quando está naquela roda da zombaria, parece que está na sua zona de conforto, no lugar que se sente bem, até mesmo ajudando a zombar de tudo que diz respeito a Deus e à Sua Palavra. O salmista disse isso. Você já imaginou se ele visse o que temos visto hoje? Se é para se assentar com alguém, que seja com cristãos, pessoas comprometidas com Jesus e com o Reino de Deus. Não estou falando que não podemos bater papo

com pessoas incrédulas, pelo contrário, precisamos estar com elas e falar de Jesus e a salvação que Ele oferece. A questão é que não podemos perder tempo com coisas ou pessoas que não edificam. “O mundo está no maligno” e nós precisamos buscar forças ao lado de pessoas tementes ao Senhor, que tenham conversas agradáveis e espirituais. Não nascemos para pertencer ao grupo dos zombadores, mas, sim, daqueles que vivem para a Glória de Deus. De acordo com o salmo 1, ser feliz é não seguir o conselho dos ímpios, não imitar a conduta dos pecadores e nem assentar-se na roda dos zombadores. Que façamos isso!


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missões nacionais

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Universidade de Missões da JMN lança capacitação EaD para formação de líderes na Amazônia

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Universidade de Missões inovou em 2017 com a proposta de Capacitação Missionária à distância. Atualmente, mais de 40 alunos estão inscritos, cursando disciplinas à distância e reunindo-se periodicamente para ter contato com os monitores presenciais no polo central do curso, que fica em Coari, na Amazônia. O curso tem abençoado o ministério dos líderes multiplicadores daquela região e contribuído ainda mais para a expansão do Reino. Segundo o pastor Valdeir Contaiffer, coordenador da UniMissões, a ideia de uma capacitação à distância surgiu durante a reunião do

Conselho da Amazônia, que reúne os missionários coordenadores da região, onde foi percebida a necessidade da capacitação de vocacionados dentre os povos ribeirinhos, já que eles são uma grande força missionária na Amazônia e estão afastados do treinamento e ensino ministerial de qualidade por motivo das grandes distâncias até os centros estaduais e por causa da escassez de transporte e recursos financeiros. “A ideia é possibilitar uma Capacitação Missionária de excelente nível para obreiros que queiram ser relevantes em suas comunidades, queremos gente de Deus preparada para fazer a Obra e que ponha em prática o que aprende en-

quanto aprende. Acreditamos que ensinando a aprender e ensinando a discipular vamos multiplicar discípulos para a Glória de Cristo e plantar Igrejas que se multipliquem”, compartilhou o pastor. Nesse modelo EaD, a UniMissões gravou diversas videoaulas com professores especialistas com prática e resultados comprovados. As aulas são postadas em plataforma virtual na internet e também gravadas em sistema DVD e os missionários e outros colaboradores são treinados para serem monitores e multiplicadores desse ensino. São convidados a participar do projeto crentes vocacionados, com liderança espontânea nas comunidades e com

o coração na Obra de Deus. Os líderes são indicados por missionários e pelas Igrejas e passam a conhecer mais sobre evangelização discipuladora e multiplicação de discípulos no contexto em que vivem. “Quem aprende sobre plantação multiplicadora nunca mais será o mesmo porque a pessoa sai da limitação da visão que dependia estritamente da estrutura e entra na dimensão do relacionamento e do princípio da plantação e colheita espiritual. Assim, as disciplinas propostas na Capacitação Missionária da JMN puxam o aluno para cima, de forma que possa ter uma ampla visão do seu campo missionário e dos rios

de oportunidades que Deus tem aberto para efetivamente multiplicar discípulos e alcançar todos com o Evangelho!” Ainda de acordo com o pastor Valdeir, o pólo de Coari deve ser o primeiro de muitos na Amazônia e em outros campos missionários de difícil acesso no Brasil. A Convenção Batista do Amazonas tem sido uma grande parceira nessa iniciativa, reunindo vocacionados e Igrejas. Incentivamos os secretários executivos das convenções regionais a entrarem em contato com a UniMissões caso desejem que esse projeto seja estendido para seus estados através do e-mail valdeircontaifer@missoesnacionais.org.br ou do telefone (21) 2107-1806.


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Associação das Igrejas Batistas do Extremo Leste da Capital realiza Assembleia e elege nova diretoria Eliel Leão, pastor, diretor Executivo da Associação das Igrejas Batistas do Extremo Leste da Capital

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os dias 24 e 25 de novembro de 2017, foi realizada a 69º Assembleia da Associação de Igrejas Batistas do Extremo Leste da Capital (AIBELEC), nas dependências da Igreja Batista em Jardim Etelvina. O tema do evento foi “Anunciando o Reino com o Poder de Deus”, com divisa em Mateus 6.10: “Venha o Teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu.” Tivemos como oradores os pastores João Martins, presidente da OPBB-SP, e o pastor Adilson Santos, dire-

Escolhidos para fazer parte da nova diretoria da AIBELEC

tor Executivo da Convenção Batista do Estado de São Paulo (CBESP). A diretoria da AIBELEC eleita para o ano de 2018 ficou assim constituída: pas-

tor Carlos José de Andrade, da PIB Vila Progresso (presidente); pastor Natanael Mendonça, da PIB Jardim Indaiá (1º vice-presidente); pastor Givanildo Pereira

de Meneses, da PIB Nova Aliança (2º vice-presidente); diácono Gilson Mariano Vieira, da IB Vila Verde (1º secretário); Claudia Regina Vieira da Silva, da IB Jar-

dim Etelvina (2ª secretária); pastor Renato Brilhante, da IB Vila Curuça Velha (1º tesoureiro); pastor Ivan Ferlin Neroni, da PIB Jardim Fanganielo (2º tesoureiro); pastor Eliel Leão de Oliveira (diretor Executivo); diácono Gilson Mariano Vieira (presidente da Ordem dos Diáconos e Diaconisas); diácono Joel Peixoto Nascimento, da PIB Jardim Indaiá (presidente da UMMAIBELEC); Isabel Vasconcellos Emidio, da PIB Guaianazes (presidente da UFM); Rebeca de Holanda, da IB Parada XV (presidente da Jubacen); Anderson Matos de Sousa, da CB Jardim Lourdes (presidente do Depac); pastor Claudio Lopes, da CB Jardim Lourdes (diretor de Evangelismo).

Convenção Batista Pioneira promove Congresso da Família Pastoral Pâmela Wincke, secretária da OPBB - seção Pioneira

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os dias 8 a 13 de outubro aconteceu o Congresso da Família Pastoral da Convenção Batista Pioneira, com a participação de 132 adultos (pastores, obreiros, esposas e convidados) e 37 crianças. O Hotel Renar, em Fraiburgo - SC, recebeu-nos novamente. Foram abordados diversos subtemas em torno do tema central “Bênçãos e Desafios do Pastoreio”. As palestras foram proferidas pelo pastor Jilton Moraes e sua esposa Ester. Também tivemos dois workshops sob os temas “Depressão: como identificar e tratar”, com a doutora Ana Marlene Reinhard e “Heranças da Reforma e Identidade Batista”, com o pastor Claiton André Kunz. Na quarta-feira pela manhã aconteceu a Assembleia deliberativa, na qual foi realizada a eleição da nova diretoria 2018-2019, com os seguintes resultados: pastor Denis Beuter (presidente); pastor Al-

Mais de 150 pessoas participaram do Congresso da Família Pastoral

mir Seifert (vice-presidente); pastor Claiton André Kunz (secretário); pastor Enylson Nahor Peno (tesoureiro); pastores Waldi Frey e Matias Fischer (Vogais). Por decisão unânime dos membros presentes, foi estabelecido o novo cargo de Executivo da OPBB Pioneira, para o qual foi escolhido o pastor Erich Luiz Leidner.

Simultaneamente à Assembleia, aconteceu a reunião da União de Esposas de Pastores (UNESPA). Na ocasião, foi eleita a nova diretoria, que agora é composta pela irmã Marta E. Seifert, como presidente, irmã Maidi Beuter, como vice-presidente, e a irmã Ellen Geraldo, como secretária. Em seguida, a Regional Fronteira liderou a

programação especial com a palavra da irmã Ester Moraes. A tarde de quarta-feira foi intensa, com a realização do Exame de Concílio Ordenatório de quatro candidatos: Agnaldo Gutierres (PIB Tapejara), Adriel Geraldo (IBP Guaíra), Davi Scholl (IBAE – Curitiba) e Evandro Carlos Nava (PIB Santo Ângelo);

todos passaram pelo exame com êxito, motivo de muita alegria para os que estavam presentes. Logo após, as mulheres tiveram um encontro especial com a doutora Ana Marlene. Para finalizar, na quarta-feira foi realizada a noite especial “Voltando a ser criança”, que foi uma noite de muita descontração e comunhão, sob a liderança da Regional Fronteira. Na quinta-feira, estavam presentes os pastores Juracy Bahia e Hilquias Paim, respectivamente presidente e vice da OPBB nacional, os quais permaneceram no evento até o seu término. Paralelo à programação principal, aconteceu o Retiro Kids. O pastor Felipe Bongiolo e sua esposa Karla abordaram o tema “Família Pastoral, o que é isso?”. Vinte e quatro crianças participaram dos encontros sempre cheios de histórias e atividades. A OPBB Pioneira agradece o apoio das Igrejas e a todos os pastores, obreiros e esposas que estiveram presentes no Congresso 2017.


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Juventude Batista Brasileira passa por mudanças e apresenta novo coordenador centes e jovens a viverem os valores do evangelho a partir da Igreja local e o cumprimento de sua missão na sociedade, em quaisquer áreas de atuação, entendendo as demandas do nosso tempo.

Estevão Júlio, estagiário do Decom CBB*

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trabalho com juventude entre os Batistas brasileiros existe desde 1946, quando foi criado o Conselho da Mocidade Batista Brasileira, em uma das Assembleias da CBB realizada em São Paulo. Doze anos depois, em Salvador, foi criado o Acordo de Mares, que garantia a participação jovens nas decisões da Organização. Mas só em 1968 foi criada a Junta de Mocidade da Convenção Batista Brasileira (JUMOC). Mais recentemente, em 2009, o nome foi alterado para Juventude Batista Brasileira (JBB), que permanece até hoje. A história da juventude Batista mostra mudanças ao longo do tempo. E a partir deste ano, a Organização passou por modificações importantes: ela deixou de ser uma Organização e agora é uma secretaria da Convenção Batista Brasileira. Na direção também aconteceram alterações. Após oito anos como diretora executiva, Gilciane Abreu se despediu da função no Despertar 2017, em Natal – RN. Agora, quem tem a responsabilidade de liderar a JBB é Amnom Lopes. Na entrevista a seguir ele conta um pouco sobre quem é, sua trajetória e os planos para a juventude Batista brasileira.

evangelismo. Sou apaixonado por Missões. No ano de 2009, comecei a me envolver com projetos paralelos aos da Igreja local: projetos missionários diversos e a Juventude Batista Meritiense (JUBAME). Entre 2011 e 2012, desenvolvi tarefas denominacionais importantes, que me ajudaram a forjar o líder que sou hoje. Comecei a fazer parte da liderança da JUBAME, chegando rapidamente a funções na sua diretoria estatutária. Também agreguei a liderança do Impacto de carnaval da Convenção Batista Carioca; em 2014 me tornei presidente da JUBAME. No ano de 2016 fui eleito presidente da Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro (JUBERJ). No meu relacionamento com a JBB sempre estive por aqui disponível para servir desde 2012. Em setembro de 2017 fui convidado para assumir a função de coordenador da secretaria nacional de Juventude (Juventude Batista Brasileira).

Quem é Amnom Lopes? Sou filho de Marcos Lopes (pastor há 30 anos na Pib de Villar Formoso - RJ) e da Liliane Lopes. Tenho 25 anos, sou morador da Baixada Fluminense, músico e produtor cultural e graduando do curso de produção cultural, Qual a importância da JBB membro da Primeira Igreja pra denominação? Batista em Vilar Formoso, Creio na importância vital São João de Meriti - RJ. da Juventude Batista BrasiComo foi a sua trajetória de leira para a denominação nesses dias de transição de trabalho com a Juventude? Minha atuação começou Realidade. A sociedade está mudanna Igreja local desde a época do (na verdade, já mudou de adolescente. Me tornei muito), e quem está protagolíder bem cedo, atuando na nizando essas mudanças é a música da Igreja, no trabalho própria juventude. Uma mudos adolescentes, preparando dança sociocultural com caordem de culto e cuidando do

ráter estrutural, e que atinge diretamente a denominação, através das transformações de relacionamento das juventudes com suas Igrejas locais. A JBB vai trazer essas respostas. Por isso, a necessidade de termos jovens atuando diretamente na denominação, seja através da Convenção ou outras organizações regionais para adolescentes e jovens. A juventude precisa ocupar espaços estratégicos para a renovação estrutural, e para que nossas Igrejas tenham respostas atuais para a sociedade como um todo. Assim como há responsabilidades da Igreja para com a juventude. Para essa resposta, farei uma citação de Myron A. Clark, feita aqui no Jornal Batista a mais de um século atrás: “Os dois fatos, cujo conjunto constitui a obrigação da Igreja Cristã para salvaguardar a juventude, são os seguintes: Primeiro: que a esperança de qualquer nação está na sua juventude. Os futuros legisladores, estadistas e governadores são os jovens de hoje, e somente quando estes são moralizados pelo Evangelho pode resultar a felicidade da nação. Segundo: que em nenhuma outra época da vida do homem são tão graves os perigos e tão ferozes as tentações como durante a sua juventude.” A JBB existe com essa missão de identificar, equipar, e encorajar líderes, adoles-

Quais os planos para o futuro da organização? Agora a fase em que estamos é de organização e reconhecimento institucional. Toda a estrutura da JBB mudou, agora somos uma secretaria direta da Convenção. Hoje temos um Conselho Consultivo, que é formado por um representante de cada região (deixarei ao final os nomes), e, por isso, estamos reestruturando toda a Organização. Estamos criando um novo site, que será o nosso principal portal. Também estamos conhecendo os líderes das Juventudes estaduais, e reorganizando nossa agenda. Neste início, estamos voltados para a formação de liderança, de um modo que chegue na Igreja local. Acreditamos muito na força e autoridade que a Igreja local tem para o seu bairro, e por isso queremos cada vez mais, jovens líderes, que possam atuar no dia a dia da Igreja. Nesse sentido, em breve teremos um “Curso” ou Centro de Formação para líderes de Jovens, com plataforma EAD. Além disso, teremos um curso pocket de fim de semana, para servirmos as JUBAS estaduais, e no próximo ano teremos mais uma vez o Paixão pela Juventude, que é o grande encontro de líderes que reuni participantes de todo o Brasil. Na coordenadoria dos adolescentes já temos novidades. Passamos a ter um perfil no Facebook e no Instagram voltado para eles [ #TBR ], e dois coordenadores que vão pensar diretamente o universo dos adolescentes. Estamos nos organizando para uma produção de conteúdo sistemática, tanto com textos quanto com vídeos, que serão disponibilizados em nossos canais e site. Enfim... tem bastante coisa pra acontecer ainda. Rs

Faça um convite para a Juventude Batista espalhada pelo Brasil Pra galera que já se envolve com a JBB, continuem conosco! Temos muitos desafios pela frente. Nós vamos trabalhar a continuidade do legado que nos foi deixado, entendendo também os novos planos que Deus tem para nós. Para os que ainda não se envolvem, cheguem mais! E vamos viver a Missão do nosso tempo! Logo no início de 2018 teremos a realização do Pés no Arado, e nesse sentido, quero te convidar a orar por essa galera (as inscrições já encerraram), que se dispôs a Compartilhar Esperança aqui no Rio de Janeiro. E nos dias 24 – 27 de Janeiro, teremos o Teen Brasil em Espírito Santo, que ainda dá tempo de envolver a galera e vir com a gente! Fiquem ligados porque teremos o 29+(Congresso para os jovens que já chegaram nos 30), Paixão pela Juventude, proposta de Mês da Juventude - Agosto, e muitas outras coisas incríveis, pensadas e planejadas com uma equipe engajada, que quer buscar o tempo e a missão de Deus para este tempo. E já fica o nosso convite para 2019: o Congresso Despertar, que vai reunir jovens de todas as regiões do Brasil. Acontecerá no Rio de Janeiro, e estamos com muitas expectativas! Contatos: E-mail: contato@juventudebatista.com.br Instagram: SomosJBB / TBR (Adolescentes) WhatsApp: 21 – 99946-5865 Coordenadores Regionais: Região Norte - Antenir Santos Região Nordeste - Solange Alves Região Centro-Oeste - pastor Ranieri Carvalho Região Sudeste - Ronan Lima e pastor Felipe Oliveira Região Sul - pastor Filipe Martins * Supervisão da jornalista Paloma Furtado


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Integrando nações através da arte

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uero que conheçam um pouco sobre a minha amiga alemã Alice, mestre em Teatro de Bonecos. A conheci no verão de 2003, na Universidade de Connecticut, durante o curso de marionetes, ministrado pelo mestre Albert Roser e Ingrid (sua esposa). Alice fez parte do grupo de mestres da Alemanha que ministrou a Academia Internacional de Marionetes, no ano em que eu cursei a Universidade de Formação em Teatro de Bonecos. Alice e Albert também fizeram parte do show de televisão como convidados especiais. Na época, Canal 14 em Connecticut. Estive na Alemanha nessas últimas seis semanas, e pude ter o privilégio de contar com a ajuda dela para ministrar um workshop de Teatro de Máscaras, feito com técnicas

do uso de papel; técnica essa, criada pelo nosso mestre Albert Roser. O workshop foi um sucesso! Tivemos um grupo expressivo de alunos da comunidade alemã e também amigos refugiados. Durante o treinamento, os participantes puderam aprender muitas possibilidades de construção de máscaras, a partir de um modelo simples de papel. Depois foi a utilização de técnicas de pinturas de máscaras. A oficina foi uma iniciativa do nosso novo desafio como diretor executivo de Artes e Esportes da International Community of a Integration (ICOI), que tem como um dos objetivos promover a integração dos refugiados nas comunidades, através do bom uso dos dons e talentos. O evento foi patrocinado pelo departamento social da cidade de Iffezheim, na Alemanha.

Agora, conheça um pouco mais sobre essa grande artista: Alice Therese Gottschalk Alice Therese Gottschalk construiu sua primeira marionete aos 16 anos. Antes de estudar, foi aprendiz de “técnico de plástico e borracha”, na empresa Teufel Prototypen. Lá, ela aprendeu a lidar com muitos materiais diferentes e técnicas de construção. Alice começou seus estudos em 2000, na escola de atuação “Ernst-Busch”, em Berlim, na Alemanha. Em seguida, ela passou a estudar puppets, na Universidade de Música e Artes Dramáticas de Stuttgart, na Alemanha. Durante esse tempo, dirigiu e realizou muitas produções, como: “The Nutcracker”, de Tchaikovsky e “Pictures of a Exchibition”, de Moussorksky. Durante seus estudos, Alice atuou como Puppeteer (bone-

queira) em várias produções no State Theatre Stuttgart. Ela também participou de muitas oficinas, incluindo várias com o proffesor Albrecht Roser (muito conhecido pelo público artístico), pai da famosa “Granny from Stuttgart” e do palhaço Gustaf (personagens famosos do mundo de teatro de bonecos). Em 2003, ajudou o professor Albrecht Roser na International Summer String Academy, da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, que foi quando nos conhecemos. Ela foi convidada a ensinar novamente, como parte de suas oficinas “Master Class”, em fevereiro de 2004; e 2005 em Buoch, na Alemanha. Desde 2005 é sempre convidada para lecionar como professora de marionetes de cordas, na Universidade de Música, Artes e Cênicas em

Stuttgart, na Alemanha. Ela também é professora assistente de marionetes e movimento na Universidade de Heidelberg e em Karlsruhe. Alice é bem ativa em sua profissão de puppeteer, atuando em diferentes países, como: França, Suíça, Polônia, Itália e Áustria, com shows e também oferecendo workshops. Ela constrói e projeta seus próprios bonecos usando uma variedade de materiais. Um dos objetivos de ter a Alice e outros artistas internacionais por perto é para que possamos ter também a oportunidade de ministrar sobre a Graça de Deus sobre suas vidas. Conte sobre seus dons e talentos! Escreva para: Roberto Maranhão - Arte e Cultura - CBB marapuppet@hotmail.com WhatsApp: +351 965 103556


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missões mundiais

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Guiné-Bissau: Doe nutrição Willy Rangel - Redação de Missões Mundiais

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entro das ações do Programa Pão Nosso, foco da campanha natalina Doe Esperança este ano, Missões Mundiais está presente em Guiné-Bissau com ações que levam alimento e cuidados nutricionais tanto para crianças quanto gestantes e lactantes. Ações como o Projeto Sementinha de Vida, dentro do Doe Esperança, ajudam a combater o triste índice de mortalidade infantil em um dos países mais pobres do mundo, onde 01 em cada 10 crianças morre antes de completar cinco anos de idade, segundo o Unicef. Atualmente, o Projeto Sementinha de Vida atende por mês a cerca de 50 mulheres gestantes e lactantes, além de 80 crianças até cinco anos de idade de cinco localidades onde há projetos de plantação de Igrejas. “Nosso desejo agora é ampliar esse atendimento mensal através da capacitação de agentes comunitários e de saúde, que poderão realizar o acompanhamento nutricional

Marcia Pinheiro - Redação de Missões Mundiais

Pão Nosso, programa de Missões Mundiais contra desnutrição, é foco da campanha natalina Doe Esperança 2017

e outras práticas profiláticas de saúde em suas próprias comunidades, com o nosso apoio técnico”, ressalta Sônia Santos, nutricionista e missionária em Guiné-Bissau junto ao marido, pastor José Roberto. Foi no projeto que a mãe de I. A. M. (iniciais do nome) recebeu acompanhamento durante a gestação. “A gestação foi conturbada, e a criança nasceu com baixo peso, mesmo tendo recebido acompanhamento e suporte nutricional. Devido a vários fatores, a criança sempre se manteve entre o baixo peso e a má nutrição moderada, apresentando baixa estatura

“Apesar de tudo isso, ela está estudando a Palavra de Deus conosco e já recebeu orientações. Tem seguido a dieta e tomado os medicamentos, que haviam sido prescritos por um médico, porém ela não tinha comprado por falta de recursos. É uma gravidez de risco, por isso a estamos acompanhando com orações diárias, para que o parto aconteça na hora certa, e a criança e a mãe vivam para a Glória de Deus”, afirma Sônia. A missionária e nutricionista lembra que o índice de mortalidade materna e infantil em Guiné-Bissau são um dos maiores do mundo e que, por isso, a Igreja tem orado e agido para que isso mude. “E aqui em Guiné-Bissau, como em vários lugares do mundo, a má nutrição nem sempre é causada pela escassez de alimentos, mas sim pela má educação nutricional, tornando-se causa secundária de outras doenças”, conclui.

para a idade e chegando até a receber complemento nutricional do Programa Mundial de Alimentos, da ONU, por seis meses, fato que resultou na melhora de sua saúde”, relata Sônia Santos, que tem orientado a mãe em relação à dieta da criança. Um caso recente que chegou até o projeto é o de M. (inicial do nome), que conheceu o casal José Roberto e Sônia durante um discipulado da Primeira Igreja Batista em Doe Esperança Bissau. M. está às vésperas do A campanha Doe Esperanparto, tem obesidade mórbida - algo raro no país - e hiperten- ça deste ano quer dar sua são arterial, além de suspeita contribuição para ajudar a reverter o triste quadro de de diabetes gestacional.

desnutrição de crianças em Guiné-Bissau, Moçambique e em um país na África Ocidental, porém, o objetivo é fazer com que esse alcance seja mundial. Somente nos sete primeiros meses de 2017, mais de 30 mil pessoas foram alcançadas pelas ações de nutrição. Com a sua doação, iremos formar agentes de saúde, comprar farinha enriquecida e oferecer cuidados nutricionais a mulheres grávidas e lactantes. Neste Natal, Doe Esperança para que uma nova geração possa ter um futuro salutar e fortificante. Doe e conecte outras pessoas no combate à fome de crianças no mundo. Ligue para 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades), nos dias úteis, das 08h às 19h (horário de Brasília). Se preferir, envie um WhatsApp para 98216-7960 ou 98055-1818, ambos com DDD 21, ou escreva para doeesperanca@jmm.org.br. Visite www.doeesperanca. org.br e compartilhe esta campanha nas redes sociais com as hashtags #DoeEsperança e #PãoNosso.

Batismos e cuidado para crianças em Cabo Verde

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este mês de dezembro, a obra missionária em Cabo Verde ganhou reforços estratégicos e celebra novos frutos. Uma de nossas missionárias na região, Elis Vieira, conta que a escolinha de futebol do Projeto Amar começou com 47 alunos e que a Igreja Batista da Ilha do Sal celebrou seus primeiros batismos. “O nosso treinador é o irmão Maurício, que tem se dedicado aos meninos com muito entusiasmo”, conta Elis. A região tem uma população de maioria muçulmana. Certo dia, enquanto Elis falava com os alunos a respeito das regras, deveres e princípios da escolinha, alguns pais

Batismos em Cabo Verde

também ouviam. E ao final da mensagem, dois deles, muçulmanos, pediram para falar com a missionária. “Eles pediram para que os filhos pudessem participar da escolinha de futebol. Eu, então, compartilhei novamente com eles os princípios e valores que a Bíblia nos ensina. Os dois disseram que ouviram e que estavam de acordo”, comentou Elis. Outros pais têm permitido, com entusiasmo, que seus filhos participem de atividades bíblicas. Esta é uma grande

Missionária Elis realizou batismos inéditos na Ilha do Sal, em Cabo Verde

vitória. Sem contar que o espaço do projeto foi cedido por um casal muçulmano. “Eu estou feliz, pois creio que Deus está abrindo portas para falar do seu amor aos muçulmanos aqui na ilha”, comenta. A escolinha de futebol também é uma tentativa de guardar as crianças dos casos de violação de menores no país que, segundo nossa missionária, infelizmente tem aumentado. “Só neste mês, aqui na Ilha do Sal, foram sete novos ca-

sos denunciados. Mas para nossa indignação, a procuradora da ilha tem deixado os acusados soltos, apenas com o direito de identidade e residência, ou seja, sem nenhuma condenação e ainda com a oportunidade de cometer novos crimes”, indigna-se. Elis pede que oremos para que Deus levante homens e mulheres dele dentre as autoridades na ilha. Ela relembra os mais recentes frutos do trabalho em Cabo Verde. No dia 26 de novembro, as Igrejas Batistas de Praia e de

Sal celebraram um batismo simultâneo. Pastor Emanuel Monteiro celebrou o batismo na Cidade de Praia, e ela na Ilha do Sal. “Foi o nosso primeiro batismo aqui na Ilha, o primeiro da Igreja Batista do Sal e também o primeiro que celebrei”, disse Elis. Ore pelos novos irmãos em Cristo: Elton, Elson e Celestina. E que o momento de comunhão e celebração a Deus no dia de seus batismos sejam constantes em suas caminhadas com Cristo.


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Primeira Igreja Batista em Teresina - PI lança campanha de missões locais Maressa Nogueira, promotora de Missões da Primeira Igreja Batista em Teresina - PI

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om o tema “Eu vou até a última cidade”, a PIB em Teresina - PI lança sua campanha de missões locais e desafia seus membros e congregados a assumirem a tarefa de alcançar as cidades do Piauí com o evangelho de Cristo. “Nós temos uma caminhada missionária, inspirados pela experiência do Senhor Jesus. Como diz em Lucas 8:1, Jesus ia de cidade em cidade, de aldeia em aldeia e nós queremos chegar a última cidade do estado. Nós não vamos descansar enquanto não plantarmos a semente do Evangelho até

a última cidade”, enfatiza o pastor titular da Igreja, Gilvan Barbosa Sobrinho. A PIB em Teresina trabalha com o lema “Até a última cidade” desde o ano de 2008. De lá para cá, 60 cidades piauienses já foram alcançadas com o trabalho Batista por meio da ação das Igrejas da região e também parcerias com missões internacionais, como a IMHOPE. No entanto, ainda existem 26 cidades que carecem em conhecer sobre o Amor e Graça transformadora do Mestre. Assim, a campanha de missões locais 2017 visa encorajar não apenas a sua membresia, mas também as demais Igrejas Batistas do estado para que, juntas, alcancem o Piauí para Cristo. Conheça os objetivos da campanha “Eu vou até a últi-

ma cidade”: • Oração pela evangelização do Piauí; • Oração pela obra missionária da PIB em Teresina; • Oração pelos missionários da PIB em Teresina; • Socializar informações sobre a obra realizada pelas congregações da PIB em Teresina; • Compartilhar os desafios de cada cidade onde a PIB Teresina mantém uma congregação; • Despertar vocacionados para a obra missionária do estado do Piauí; • Promover ações missionárias que fortaleçam as Congregações e as levem a avançar pelos povoados; • Levantar R$ 50 mil para a construção dos templos em Alegrete do Piauí e Povoado Buriti do Castelo.

Equipe de missões da PIB em Teresina - PI

Se você deseja apoiar esta Teresina: Agência: 4249-8 obra financeiramente, depoConta-Corrente: 94874-8 site sua oferta na conta da Banco do Brasil Primeira Igreja Batista em

Primeira Igreja Batista de Porto União SC celebra 100 anos de vida

Renata Martins Florêncio, jornalista, membro da Primeira Igreja Batista de Porto União - SC

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último final de semana de novembro foi marcante para a Primeira Igreja Batista de Porto União – SC. A Igreja encerrou, oficialmente, as comemorações de seus 100 anos com celebrações no sábado (25) e domingo (26), com muita música, alegria e gratidão a Deus. No sábado, o conjunto Haggios, da Primeira Igreja Batista de Curitiba - PR abrilhantou a festa que contou, também, com a presença de vários irmãos de outras denominações, representante do Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, representante da Convenção Batista Catarinense e ministração do pastor Jonas Edison, da Igreja Batista de Barreiros (São José). O pastor Jonas também ministrou a palavra na EBD, pela manhã, e no domingo à noite.

Igreja recebeu uma placa de homenagem das mãos do secretário de Cultura e Turismo da cidade

Um dos momentos especiais do culto de domingo foi a explanação da história da imigração leta em Santa Catarina pelo pastor Benjamin Keidann, presidente da Associação Batista Leta do Brasil, e sua esposa, Zina Maria, que receberam uma placa de agradecimento. Outra presença importante foi a de Sérgio Buch, secretário de Cultura e Turismo de Porto União, que entregou um exemplar do livro comemorativo dos 100 anos do município e uma placa em homenagem à Igreja. O secretário também trouxe

uma boa e aguardada notícia: por iniciativa do pastor titular da Igreja, Paulo Lazarino, será inaugurado um monumento em comemoração ao Dia da Bíblia no centro da cidade, no dia 10 de dezembro. Um ano de comemorações Completar 100 anos de vida é uma benção divina, mas no caso da PIB de Porto União é um privilégio ainda maior, pois além de ser a Igreja mais antiga de Santa Catarina em funcionamento, a história de fundação da Igreja

caminha lado a lado com as histórias do estabelecimento do trabalho Batista no estado, da imigração leta e da emancipação política do município. Por isso, o ano de 2017 foi marcado por vários eventos em alusão ao centenário. Em março foi realizada a primeira conferência Cura da Alma, para mulheres, com ministrações da irmã Silvana Calixto. Em maio, a Igreja recebeu o congresso “Família, ideia de Deus”, ministrado pelo doutor e pastor Jaime Kemp; e o último Conexão Missionária do ano no sul do Brasil, com a presença da missionária Ludmila Gaspar Schmidt, que atuou no norte da África. Em junho, a juventude da Associação das Igrejas Batistas do Planalto de Santa Catarina se mobilizou para realizar o primeiro congresso Rota da Cruz. Em setembro, foi realizado pelas mulheres o Chá da Alegria, com a presença de cerca de 100 participantes. Em outubro, a Igreja se reuniu na

Congregação de Irineópolis - SC para proporcionar um dia de atividades recreativas para as crianças. O mês de dezembro ainda terá eventos importantes, além do Dia da Bíblia. O coral da igreja, que está sendo reativado, se apresentará nas programações de natal da prefeitura da cidade. O pastor Paulo Lazarino considera um privilégio participar desse momento: “Olhando para nossa história local, em que homens e mulheres, servos do Senhor, doaram suas vidas para que o Evangelho chegasse a muitos lugares, nos sentimos honrados e, ao mesmo tempo, pequenos diante do que já foi feito e do que ainda é preciso fazer”. Ele agradece a Deus por tudo, as mensagens de carinho enviadas à Igreja, a Convenção Batista Brasileira e Catarinense, a Junta de Missões Nacionais, o Projeto 70, as Igrejas irmãs e a PIB de Porto União, “por ser essa família abençoada”.


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Convenção Batista do Amapá chega a a sua 15 Assembleia Geral

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Convenção Batista Amapaense (COBAP) realizou, nos 10, 11 e 12 de novembro de 2017, sua 15ª Assembleia Geral, na Primeira Igreja Batista em Monte Dourado - PA, que teve como orador oficial o pastor Israel Belo de Azevedo, da Igreja Batista Itacuruçá – RJ. Na ocasião, foi eleita e empossada a diretoria para o exercício do biênio 2018-2019. Dentre as atividades realizadas no exercício anterior (2016-2017), destacamos: Cerimônia de formatura das turmas do Básico em Teologia (turma 2015) e Bacharelado livre em Educação Religiosa (este último em parceria com Seminário Ana Wollerman - MS); mais quatro turmas aguardam formatura para o início de 2018 nos municípios de Calçoene/ Flexal, Monte Dourado - PA e Santana, e continuamos com as turmas em Macapá e Norte do estado (atendendo os municípios de Itaubal, Breu, Cujubim e Amapá); além da implantação de um

Congregação da PIB Monte Dourado realizou batismos no rio Almeirim - PA

Nova diretoria da Convenção Batista Amapaense (COBAP)

Parceria com Faculdade Estácio

Turma F. Ministerial Pólo Norte do Amapá (Breu - AP)

polo em Macapá (início das aulas previsto para fevereiro de 2018), para o Curso de Educação Cristã do Seminá-

rio de Educação Cristã (SEC). Outros convênios foram firmados, como por exemplo, com a Escola Batista de Ma-

Nossa gratidão a Deus por capá/UNIGRAN NET para o Curso de Bacharel em Teolo- tudo o que Ele nos proporgia (EAD) e com a Faculdade cionou realizar para a expanEstácio. são do seu Reino.

São Luís do Maranhão recebe 50o Congresso de Homens Batistas da ComnBrasil

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conteceu na legendária e charmosa Ilha do Amor, em São Luis do Maranhão – MA, entre os dias 03 a 05 de novembro de 2017, o 50º Congresso da União Missionária de Homens Batistas da Comnbrasil, sob a presidência do irmão Carlos José Alves da Costa. O evento, já tradicional nesta Convenção e na CBB, tem se tornado um referencial de ajuntamento de homens Batistas. O orador oficial foi o pastor Fábio Marinho Martins, da Primeira Igreja Batista em Jardim Mariléa, na cidade de Rio das Ostras - RJ; tendo como preletores, “pratas da casa”: pastor Robson Kennedy Campelo Pita - secretário Executivo da Convenção Batista Meio Norte do Brasil

Evento tem ganhado cada vez mais importância entre homens Batistas da região

Mais de 1400 homens participaram do Congresso

e pastor Osvaldo Pereira de Abreu - presidente da Associação Missionária de Igrejas Batistas do Médio Sertão Maranhense (AMIBAMSEM). O cantor Orlando Camarini, integrante do Quarteto Templo, de Londrina - PR,

de trombetas e palavras de ordem, causando um santo alvoroço na abertura do Congresso. Foram mais de 1.400 participantes. O tema, “Homens anunciando o Reino de Deus com Poder” é extremamente impulsionante, uma convocação e um

abrilhantou ainda mais com sua imponente voz de tenor, resgatando hinos maravilhosos, levando os participantes ao elevo espiritual. Na coordenação do pastor Edilson da Silva Cruz, os Embaixadores do Rei adentraram no local ao som

desafio aos Batistas. O próximo Congresso da UMHBMNB acontecerá em 2018, na cidade de Teresina-PI. O convite partiu da PIB no Conjunto Saci, que demonstrou intenso interesse em recepcionar este magnânimo evento.


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o jornal batista – domingo, 17/12/17

ponto de vista

Natal sim! Aborto não! Tarcísio Farias Guimarães, pastor, colaborador de OJB, casado para sempre com Sâmela, pai de Susan (06 anos) e Társis (04 anos), crianças que já tiveram apenas 12 semanas de vida.

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agenda hedonista adotada por muitos países têm alcançado igualmente muitas autoridades brasileiras. O aborto, que é tema recorrente nesta agenda, tem sido defendido abertamente até por alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiram, recentemente, desconsiderar o Código Penal e aceitar que o aborto praticado até a 12ª semana de gestação não é crime. A posição da primeira turma do STF, composta por cinco ministros, reforça a ideologia abortista e está amparada em um posicionamento do Conselho Federal de Medicina (CFM) publicado em 2013. Tal decisão tem sido

rejeitada por boa parte dos médicos brasileiros, muitos dos quais alegam que o CFM não promoveu uma discussão ampla e isenta da questão. Na Bíblia Sagrada encontramos um exemplo semelhante de atentado à vida. Por considerar que o nascimento de um bebê poderia causar prejuízo a um projeto pessoal, o rei Herodes tentou matar Jesus. Ao tomar conhecimento de que nasceria em Belém da Judeia o menino esperado para ser “rei dos judeus”, Herodes desconsiderou o valor da vida humana e planejou eliminá-la (Mateus 2.13). Segundo as Escrituras, por não conseguir encontrar Jesus, “Herodes mandou matar todos os meninos de dois anos para baixo que havia em Belém, e em todos os seus arredores” (Mateus 2.16). Em contraposição ao perverso Herodes, José demonstrou grande respeito a Deus, Autor da vida, e à vida do inocente bebê gestado no ventre de Ma-

ria. Mesmo não compreendendo as coisas que estavam acontecendo, visto que ele e Maria não haviam ainda se envolvido intimamente, e sentindo-se prejudicado com a notícia da gravidez, José assumiu o dano para si e não atentou contra a vida. Mateus 1:19 relata: “como José, seu esposo, era justo e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente”. O final dessa história é muito conhecido: o nascimento de Jesus foi explicado pelo anjo, tornando-se uma grande alegria para José e para a humanidade. O Natal de Jesus é a festa da preservação da vida! A vida da mãe e do bebê são desprezadas quando o aborto é admitido. Um bebê com 12 semanas é uma vida desenvolvida, capaz de sentir-se protegida por sua mãe ou ameaçada, tanto que pode sentir dor. A mãe que pratica o aborto pode ficar infértil, adquirir distúrbios graves em seu corpo e em sua mente, e

até mesmo morrer, ainda que o aborto seja praticado em um ambiente hospitalar. Muitas mulheres jamais superam a culpa de terem assassinado uma vida indefesa. A questão do aborto não deve ser reduzida à mera satisfação da mulher que, muitas vezes, de forma egoísta declara ser dona do próprio corpo e não percebe que dentro do seu corpo há um outro corpo, uma outra vida que ainda não pode opinar acerca do seu destino. Lenise Aparecida Martins, bioquímica e professora do Departamento de Biologia Celular da Universidade de Brasília, em defesa veemente da vida humana que desenvolve-se no útero, questiona: “Por que o governo protege os ovos de tartaruga e não quer proteger a vida intrauterina?”. Sabe-se que os motivos socioeconômicos, ou seja, relacionados à falta de recursos para criação do bebê, são apenas 3% dos casos, segundo o mé-

dico Daniel Serrão. Devemos dizer não ao aborto, considerando inviolável o direito à vida, lembrando aos adultos abortistas que eles podem impedir o nascimento de uma vida especial, uma vida que poderá, inclusive, mudar suas vidas para melhor ou a vida de outros adultos. Quantas pessoas desejam adotar uma criança e amá-la como um filho deseja ser amado! Quantos países desejam o nascimento de maior número de crianças que contribuirão para a continuidade da história da nação! É preciso estimularmos a sexualidade responsável e não a inconsequência de quem utiliza-se do aborto como um escape para sua falta de responsabilidade. Vamos orar e trabalhar para que todo bebê vivencie com segurança e amor a fase do pré-natal e, em seguida, tenha direito ao seu natal. É tempo de dizer em alto e bom som: Natal sim! Aborto não!

A alma em comércio: a questão da prostituição Viviane Vaz, psicóloga e Evandro Vaz, jornalista, missionários da Primeira Igreja Batista de Campo Grande - MS. Viviane coordena o projeto Nova

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onsideramos providencial e urgente falar de um assunto ignorado pelo senso comum, a prostituição. Segundo o dicionário Aurélio significa o “Ato de obter lucro com serviços sexuais; servilismo degradante; vida desregrada de devassidão”. A atividade de comercializar o próprio corpo é um tabu histórico carregado de ojeriza e preconceito contra os que tais coisas praticam e essa aversão, não raro, bloqueia nossa capacidade de amar os que se perderam nas trevas de seus próprios atos. A maior causa da prostituição nos tempos em que vivemos é principalmente o desejo ou a necessidade de dinheiro. Mas existem inúmeras questões psicológicas envolvidas que impulsionam uma pessoa a vender seu próprio corpo, tais como: perfil social, histórico

familiar, baixa autoestima, dependência química, patologias, obsessão e compulsão, dentre outras. Vale acrescentar que a atividade no Brasil é legalizada; uma tendência mundial, haja vista que em outros países, além de legal, é reconhecida como profissão, com direitos assegurados. Se verificarmos o fato de que a humanidade sempre considerou a mulher como ser inferior e que a mídia também tem seu papel fundamental em ressaltar o corpo feminino como veículo de propaganda para a venda de produtos e entretenimento, e que uma maioria se prostitui como forma de sobrevivência, já é possível entender muitas coisas. Mesmo assim, não se pode negar a existência de outros fatores recorrentes, tristes e determinantes, ocultos por trás do que as pessoas geralmente imaginam. O que leva uma criança de oito anos a acreditar que um ato sexual vale um pedaço de pão? O que haveria na mente de uma menina que sempre foi obrigada a prestar favores sexuais ao próprio pai

e descobre que, pelo menos, pode ganhar um sorvete com isso? O que sente uma criança que é surrada porque contou sobre um abuso sofrido? Porque ela foi chamada de vadia quando contou que o tio mexeu com ela? Talvez você não saiba, mas o abuso sexual, especialmente com as mulheres, é muito comum entre as prostitutas. Elas se sentem amputadas, incapacitadas de conseguir viver uma vida normal. Conforme a frequência e a gravidade da situação de abuso sofrida, a inserção social é complexa e trabalhosa e, de igual maneira, constituir família, estudar ou ter uma carreira profissional. Os antídotos para os desdobramentos sociais recorrentes da prostituição são vários, dentre eles, ações governamentais que possam melhorar a realidade social daqueles que querem deixar a atividade, bem como ações sociais de incentivo à escolaridade e oportunidades de crescimento intelectual e profissional. Também Igrejas que tenham atitudes de aceitação e perdão para com essas

pessoas portadoras de tamanho sofrimento. Locais que proporcionem ações terapêuticas, ambientes seguros para serem ouvidos e receberem oportunidades de cura e libertação na alma. Na prática, a Igreja pode ser o local onde um remédio especial é administrado em doses homeopáticas: o amor! Somente este pode oferecer acolhimento e aceitação. A infância, outrora amputada, pode ser superada através de ações que resgatem o lado puro das coisas simples, por exemplo: oferecendo pequenas comemorações, cartões, presentes, passeios, demonstrações de afeto, coisas que resgatem a alegria infantil que se perdeu. Pequenos detalhes como a pureza de um abraço, um ombro amigo oferecido sem interesses, a diversão com coisas simples, brincadeiras e danças, a presença segura de homens decentes e piedosos, incentivo de novos sonhos, ensino de princípios e detalhes básicos do cotidiano, são maneiras de proporcionar imenso valor para aqueles que tanto

sofreram e querem encontrar refúgio e salvação. A cada dia será possível perceber o nascer de uma nova pessoa. A morte que tão próxima rondava suas vidas agora se transforma lentamente em alegria pela vida. Aqueles que não puderam escolher seu passado, hoje podem desenhar seu futuro com esperança! É muito gratificante trabalhar na superação de visões distorcidas, moralistas e preconceituosas sobre as garotas de programa que acabam por colocá-las em um espírito de autocomiseração. É possível desmascarar a fragilidade, impotência, imobilidade e oferecer o que de graça recebemos, a liberdade. Em Campo Grande - MS, você pode encontrar o Projeto NOVA, uma iniciativa da Primeira Igreja Batista que realiza um trabalho de assistência aos sobreviventes do abuso sexual e da prostituição. Mais informações com a missionária Viviane Vaz pelo telefone (67) 99248-7944, pelo e-mail vivi. vaz@gmail.com, ou acesse o site projetonova.com.


o jornal batista – domingo, 17/12/17

ponto de vista

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Celebração do Natal Nilson Dimarzio, pastor, colaborador de OJB (in memoriam)

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graça e de verdade” (João 1.14) O Verbo, no grego, é Logos ou Palavra, mencionado no texto como uma das designações de Jesus Cristo. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, trazendo a luz da verdade aos homens. Ele se fez carne, unindo Sua natureza divina à humana, para que pudesse cumprir Sua missão redentora. Ele é o Emanuel, Deus conosco, conforme afirma o evangelista, citando o profeta Isaías. “Ora, tudo isso aconteceu - disse o anjo a José -, para que se cumprisse o que fora dito da parte do Senhor pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará luz um filho, o qual será chamado Emanuel, que traduzido é Deus conosco”(Mt 1.22-23). Um rei da antiguidade, no desejo de fazer melhor governo, certo dia deixou o palácio, incógnito, e passou um tempo entre o povo, para auscultar seus anseios e necessidade. Cristo fez algo semelhante: deixou o Seu palácio celestial ao vir a este mundo e estar entre o povo, não para conhecer as necessidades e anseios deste, (pois em Sua onisciência já as conhecia muito bem) mas para suprir nossas carências morais e espirituais, para dar um novo sentido à vida humana. Na verdade, Ele não era um mero homem, mas o Deus-Homem, que aqui veio com a missão de levantar o homem caído em seu estado pecaminoso.

m que pese o fato de a Bíblia não estabelecer o dia exato do nascimento de Jesus, isto não deve impedir-nos de comemorar o Natal. Verdade é que não se pode provar que o primeiro Natal tenha ocorrido em 25 de dezembro, época de inverno na Palestina. O mais aceitável é que tenha acontecido em abril ou maio, durante o verão, à luz da Bíblia; quando o anjo anunciou aos pastores de Belém que Jesus havia nascido, eles, os pastores estavam no campo, durante a noite, cuidando dos seus rebanhos, o que, obviamente, não poderia ter acontecido no inverno, (Vide Lucas 2.89). Mas, dada a incerteza quanto à data exata, mesmo entre evangélicos, há aqueles que se negam a comemorar o grande evento. Há também aqueles que não comemoram a data sob a alegação de que esta, entre os pagãos, era dedicada ao deus sol e que, portanto, o Natal teria uma origem pagã. Entretanto, é bom lembrar que em todos os países ocidentais, a partir de 1582, com a vigência do calendário gregoriano, o dia 25 de dezembro passou a ser dedicado às comemorações natalinas. Porém,, não é a data que seja importante, mas o fato do Natal, e este deve ser comemorado com 2. O Natal celebra entusiasmo e vibração pelo o maior amor povo de Deus. Notemos alO amor materno tem sido, gumas razões para que assim com justiça, cantado em proprocedamos: sa e verso, mas o amor de mãe não pode ser considera1. O Natal celebra a do o maior de todos, uma vez encarnação do Verbo “E o verbo se fez carne e que as mães amam somente habitou entre nós, cheio de os seus filhos, e não a todas

as pessoas. Maior que o amor que nossas queridas mães nos devotam é o amor de Deus, que Cristo demonstrou à sociedade, tendo como objeto as pessoas que já viveram, as que ainda vivem e as que hão de viver, pois o Seu amor é universal e incondicional, como nos diz o texto áureo da Bíblia: “Deus amou o mundo (a humanidade toda), de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16). Portanto, o maior amor foi demonstrado na vinda de Cristo ao mundo, em seu Natal - fato sobrenatural, anunciado pelos antigos profetas, e pelo anjo aos pastores de Belém, quando, repentinamente, surgiu um Coro celestial, louvando a Deus e dizendo: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade” (Lucas 2.13-14). Vale lembrar que esse tão grande amor foi demonstrado por nós, pecadores, como afirma o texto sagrado: “Pois quando ainda éramos fracos, Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. Porque dificilmente haverá quem morra por um justo, pois poderá se que pelo homem bondoso alguém ouse morrer. Mas Deus dá prova do seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.6-8). Esta é uma das razões para que celebremos o Natal de Jesus. 3. O Natal anuncia a oportunidade da salvação eterna Na casa de Zaqueu, logo após a conversão daquele cobrador de impostos e de sua família, Jesus declarou: “Hoje veio a salvação a esta

casa, porquanto também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.9-10). Mesmo sabendo que o cumprimento de Sua missão implicaria em terrível sofrimento e grande humilhação, Jesus não deixou de cumpri-la. Sua humilhação, iniciada em Belém, ao nascer em um berço de palhas, haveria de continuar durante todo o seu ministério, ao enfrentar os opositores, culminando com os terríveis sofrimentos durante o seu julgamento perante Pilatos, e no Calvário. O “Varão de dores” caminhou resoluto para o sacrifício, para, finalmente ver o resultado positivo, como ele mesmo dissera em palavras simbólicas: “Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só, mas se morrer, dá muito fruto” (Jo 12.24). Oito séculos antes já predissera o profeta a respeito da vitória que o Cordeiro de Deus alcançaria, apesar do sofrimento: “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles levará sobre si” (Is 53.11). Com o propósito de libertar-nos da escravidão do pecado, Jesus se dispôs a enfrentar as maiores humilhações e a morte de cruz, a fim de cumprir cabalmente a sua missão. E do alto do Calvário pôde exclamar: “Está consumado” (João 19.30), querendo significar que tudo o que era necessário fazer para a salvação dos pecadores foi completamente realizado. Vem a calhar, nesta conexão, a poesia do poeta deixou; Vida do mais doce afeto,

Ele para nós comprou. Seu, o feito; nosso o gozo; Nossa, a sacro: Cristo tudo fez completo, Nada por fazer vida; sua, a cruz; Seu, o cálice amargoso; Nossa, a dita que produz” (Hino 49CC). Indescritível a felicidade e alegria que todos aqueles que tiveram um encontro com Cristo experimentam, e muitas pessoas já a experimentaram pela fé, tendo suas vidas transformadas pelo poder e graça do Senhor. Um budista se converteu ao Evangelho. E por ocasião da sua profissão de fé, disse o seguinte: “Eu estava no fundo do poço, em terrível sofrimento. Buda me viu naquela situação, penalizou-se de mim, mas nada fez para me salvar. O mesmo aconteceu quando Confúcio, passando por perto e vendo o meu sofrimento, nada pode fazer por mim. Mas, Jesus aproximou-se, encheu-se de compaixão e desceu até onde eu estava e me libertou daquela situação angustiante. Por isso aqui estou, para ser batizado, porque Cristo me salvou”. Milhões de pessoas, de todas as nacionalidades, que foram salvas por Jesus, poderiam dar o mesmo testemunho, dizendo como tiveram suas vidas transformadas e salvas pela fé no Filho de Deus. Por essas e outras razões é que o Natal é comemorado pelos salvos. Celebremos, pois, o Natal em nossos lares e Igrejas, com verdadeiros cultos de adoração e louvor, aproveitando tão boa oportunidade para pregações de exaltação a Cristo, problemas apresentando-o como a única esperança para o mundo que se debate em meio a tantos de ordem moral e espiritual.



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