OJB Edição 52 - Ano 2016

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ISSN 1679-0189

o jornal batista – domingo, 25/12/16

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira

Jesus, o presente

Fundado em 1901

Ano CXV Edição 52 Domingo, 25.12.2016 R$ 3,20

Feliz Natal

de Deus para nós!

Coluna Contando a Nossa História

Missões Nacionais

PIB Rio de Janeiro: o cristianismo Batista chega à capital do Império (1884)

Natal Todo Dia! Contribua para que mais crianças sejam atendidas nos Lares Batistas

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Notícias do Brasil Batista

Notícias do Brasil Batista

Convenção Batista Mineira inicia comemoração do Centenário

Associação Batista Centro Norte Goiano realiza 37a Assembleia anual

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o jornal batista – domingo, 25/12/16

reflexão

EDITORIAL

Receba a nossa gratidão!

O JORNAL BATISTA

Órgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso. Fundado em 10.01.1901 INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189 PUBLICAÇÃO DO CONSELHO GERAL DA CBB FUNDADOR W.E. Entzminger PRESIDENTE Vanderlei Batista Marins DIRETOR GERAL Sócrates Oliveira de Souza SECRETÁRIA DE REDAÇÃO Paloma Silva Furtado (Reg. Profissional - MTB 36263 - RJ) CONSELHO EDITORIAL Celso Aloisio Santos Barbosa Francisco Bonato Pereira Guilherme Gimenez Othon Avila Sandra Natividade EMAILs Anúncios e assinaturas: jornalbatista@batistas.com Colaborações: editor@batistas.com REDAÇÃO E CORRESPONDÊNCIA Caixa Postal 13334 CEP 20270-972 Rio de Janeiro - RJ Tel/Fax: (21) 2157-5557 Fax: (21) 2157-5560 Site: www.ojornalbatista.com.br A direção é responsável, perante a lei, por todos os textos publicados. Perante a denominação batista, as colaborações assinadas são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do Jornal. DIRETORES HISTÓRICOS W.E. Entzminger, fundador (1901 a 1919); A.B. Detter (1904 e 1907); S.L. Watson (1920 a 1925); Theodoro Rodrigues Teixeira (1925 a 1940); Moisés Silveira (1940 a 1946); Almir Gonçalves (1946 a 1964); José dos Reis Pereira (1964 a 1988); Nilson Dimarzio (1988 a 1995) e Salovi Bernardo (1995 a 2002) INTERINOS HISTÓRICOS Zacarias Taylor (1904); A.L. Dunstan (1907); Salomão Ginsburg (1913 a 1914); L.T. Hites (1921 a 1922); e A.B. Christie (1923). ARTE: Oliverartelucas IMPRESSÃO: Infoglobo

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lá, querido leitor! Chegamos ao fim de mais um ano, debaixo da Graça e potente mão do nosso bom Deus. Como a fidelidade do Pai tem nos alcançado! Nós, de O Jornal Batista, somos muito gratos ao Senhor por todos os benefícios que nos tem feito, por todos os livramentos, conquistas, auxílio, e por ter você junto com a gente! Esta é a última edição de 2016 e não poderíamos dei-

xar de agradecer a você por permanecer conosco nesta empreitada. Agradecemos cada sugestão, crítica, carta do leitor, colaboração com textos de reflexão, ponto de vista ou notícias. E agradecemos, principalmente, a sua fidelidade em acompanhar cada edição, lendo e compartilhando o conteúdo deste Jornal, que fazemos com tanto carinho para informar e edificar você, querido irmão. Ao longo das 52 edições deste ano, também fomos muito abençoados e edifi-

cados ao ler os textos enviados por você, querido colaborador. Receber as notícias do que Deus tem feito nas Igrejas Batistas ao redor do Brasil nos traz muita alegria e força para continuar esse trabalho que, em janeiro de 2017, completará 116 anos. Esperamos que no próximo ano vocês continuem lado a lado conosco, nos ajudando a trilhar mais uma parte desta linda história. Apresente OJB aos seus familiares, amigos, incentive

a leitura na Igreja, escreva sobre os eventos que acontecerem. Ficaremos felizes em saber o que Deus tem realizado através da vida dos irmãos. Nosso desejo e oração é que em 2017 possamos avançar, crescer e multiplicar, não só em número, mas em conhecimento da Palavra de Deus, nossa regra de fé e prática. Louvamos ao Senhor por sua vida e rogamos que as bênçãos e consolações de Cristo estejam sobre o seu lar.


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bilhete de sorocaba JULIO OLIVEIRA SANCHES

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ois elementos geraram admiração em Jesus. Ele, o Criador e Sustentador de todas as coisas estava acostumado com as maravilhas da criação. Mas, durante seu ministério terreno ficou admirado com a incredulidade dos habitantes de Nazaré, sua cidade natal. Ficou admirado com a fé revelada pelo centurião de Cafarnaum, um estrangeiro que procurou o Mestre em busca de auxílio para um serviçal do seu lar. Jesus está iniciando Seu ministério em Nazaré, cidade que O viu crescer, andar pelas ruas e trabalhar como carpinteiro. Estavam acostumados a vê-lO como pessoa normal daquele local. Lucas registra as expressões usadas na sinagoga; os ouvintes ficaram admirados com o sermão pregado por Jesus, Sua interpretação do livro de Isaías. “Não é este o filho de José? (Lc 4.22b). Não conseguiram

Jesus ficou admirado crer que o filho do carpinteiro fosse capaz de dizer o que dizia. A reação chegou ao ponto de desejar matá-lO. Expulsaram-nO da sinagoga e da cidade, tentaram conduzi-lO ao cume do monte para dali O precipitarem (Lucas 4.29). O verso 30 é enigmático, ao afirmar que “Passando pelo meio deles, retirou-se” (Lc 4.30). Não conseguiram identificá-lO no meio da multidão? As multidões sempre são cegas. Marcos acrescenta que Jesus ficou maravilhado com tamanha incredulidade (Marcos 6.6). Temos tudo para crer nas promessas divinas. A ação divina é clara e incontestável a cada dia. Os sinais do agir divino são palpáveis, mas o coração endurecido pelo pecado pede um sinal, um milagre. Não consegue crer no que está diante dos olhos. Isso aconteceu no tempo de Noé. Faraó não conseguiu crer, mesmo após ver o Egito destruído pelas pragas envia-

das por Deus. A história se repete ao longo da jornada humana. No deserto, o povo tinha o maná a cada manhã, mas queria milagres. Mesmo tirando água da pedra, Deus não conseguiu evitar a incredulidade do povo escolhido. Os discípulos de Jesus padeciam do mesmo mal. Apesar da multiplicação dos pães e peixes, continuavam a questionar se teriam ou não pão para o dia seguinte. É triste ser vítima da incredulidade. E hoje não é diferente, são muitos os salvos que não conseguem crer na providência diária do poder de Deus. Deixam-se abater pelas incertezas do futuro. Perdem a oportunidade de usufruir da comunhão e da alegria de poder descansar nos suprimentos que Deus providencia a cada dia. Jamais leram Filipenses 4.19. A fé genuína também gerou em Jesus profunda admiração. Foi expressa por um estrangeiro ao povo de Deus.

O centurião de Cafarnaum procurou Jesus solicitando saúde para um dos seus serviçais. Jesus se propôs ir à casa do centurião. Este, firmado em sua experiência de homem que dava ordens e era obedecido, questionou que não havia necessidade de Jesus ir até o seu lar para realizar o milagre da cura. Bastava uma palavra de Jesus e o servo seria curado. Afinal, ele cria que Jesus tinha poder absoluto sobre toda a criação, as leis que regem a natureza e até mesmo sobre aqueles males que o pecado inoculou no coração humano. Jesus tinha poder sobre toda a malignidade que Satanás implantou no coração humano. Tinha poder para perdoar pecados e realizar qualquer milagre, inclusive sobre as enfermidades que assolavam a criatura decaída. A presença de Jesus poderia ser realizada com apenas uma palavra. “Dize somente uma palavra, e o meu criado sarará.” (Mt 7.8).

Aquele estrangeiro cria no poder da palavra do Mestre e isso gerou admiração em Jesus. O Mestre ficou maravilhado com a fé expressa pelo centurião. “E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé” (Mt 7.8). Encontramos fé em pessoas que tudo têm para não crer e creem. Encontramos incredulidade em locais onde as pessoas têm tudo para crer e não creem. Os chamados incrédulos, às vezes, são mais crentes do que aqueles que dizem crer no poder e no agir de Deus. Ao perder a capacidade de crer no poder e na ação divina levamos a Igreja de Cristo a uma situação de desconforto espiritual. Como Jesus nos vê hoje? Admirado com a nossa incredulidade ou admirado com a fé prática que exercemos no caminhar diário com Cristo? A resposta é sua e só você pode responder.

Natal divino Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

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o início de novembro, no mundo ocidental, começam a surgir os sinais de que o Natal está chegando. Fico imaginando que, se a Trindade celebrasse o Natal, Ela o faria desde a eternidade. Falando na Graça revelada com a vinda de Cristo ao mundo, em II Timóteo 1.9, Paulo afirma que esta Graça foi dada em Cristo Jesus, desde os tempos eternos.

Vamos aferir os pronunciamentos bíblicos anteriores. Após o pecado de Adão, Deus anuncia a vinda de um Redentor. Abraão é informado de que em sua descendência seriam benditas todas as nações ou famílias da terra. Davi teria um herdeiro que seria o Rei Eterno. Em Apocalipse, os louvores àquele que, pelos sofrimentos sofridos em favor dos pecadores, seriam dados todos os títulos, inclusive o de Senhor dos senhores, para viverem em adoração e louvores eternos a Ele.

O Evangelho de João não registra os dados do início de sua entrada entre os humanos, como os Evangelhos de Mateus e Lucas o fazem, mas registra todas as manifestações comprobatórias da eternidade e divindade de Jesus (o Cristo e Messias) prometido desde a eternidade. O Natal tem sua validade por relembrar a toda a humanidade (todas as nações terão, pelo menos um representante), na grande festa, ou seja, a principal celebração na história dos humanos,

do início da obra redentora do Filho de Deus e de sua conclusão, na Sua segunda vinda à terra. Não dizemos Universo, pois o que torna nosso planeta distinto dentre os outros corpos celestiais, é, principalmente, por Deus ter colocado na terra a Sua imagem, que somos nós, os humanos. Vamos concluir nosso arrazoado, voltando ao segundo parágrafo da nossa meditação. Assim como a Trindade deve celebrar continuamente o Natal, nós também devemos

fazê-lo. Jesus é a mais notória visita feita a nós, pecadores, que sem ela estaríamos condenados eternamente. Devemos hospedá-lo em nossos corações diariamente. Ao assim fazê-lo, responderemos a visita a nós feita pelo Divino que se fez humano, e estaremos, pelo menos um pouco, nos tornando humanos divinos, nesta sofrida terra. A Deus toda a glória, neste Natal de 2016, por tão grande amor, e tão gloriosa obra, realizada por seu Filho Unigênito, entre nós.


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Natal difícil

Carlos Henrique Falcão, pastor, colaborador de OJB

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á estava eu, novamente, na fila do caixa. Desta vez era na Casa Show da Rua Uruguai, no coração da Tijuca, no Rio de Janeiro. A fila estava grande e somente um caixa estava funcionando e outras quatro permaneciam fechados. Como sempre faço, aguardava a minha vez pacientemente. Outro freguês, indignado, puxou conversa e logo falou mal do governo, da Petrobras e dos empresários que não estão contratando. A conversa continuou e a vítima da vez foi o Natal. Afirmou: “Este Natal vai ser difícil. Menos emprego, menos dinheiro circulando, mais pessoas com dificuldade para celebrar o Natal”. Antes de ser chamado para pagar as minhas compras, ainda tive a oportunidade de dizer que não há dificuldade para celebrar o Natal em que Jesus está presente. Dias depois li no Jornal “O Globo”, na visão econômica de Paulo Picchetti, do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos da FGV, que o Brasil ainda não parou de piorar (02/12/2015). Com tudo isso, fiquei pensando: “Existe realmente alguma dificuldade para celebrar o Natal?”. Então responda junto comigo: “O que encontramos na celebração do verdadeiro Natal sem qualquer dificuldade?”. No Natal de Jesus é necessário que Ele esteja presente nos corações como resultado

Claudio Humberto de Oliveira, pastor da Primeira Igreja Batista de Alegre - ES

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a criança ao idoso, o Natal encanta a todos. Presentes, luzes, árvores, arranjos, ruas, lojas e vitrines enfeitadas encantam muitas pessoas, mas não podemos nos distrair com tudo isso e esquecer o principal: Natal é a fascinante história do grande Amor de Deus, a mais bela história que o mundo já conheceu. Quando elaborar sua lista de presentes para este Natal e imaginar os presentes que você espera ou gostaria de receber, lembre que o grande presente foi Deus quem nos deu: Jesus! O nascimento de Jesus não foi uma obra do acaso. Foi planejado por Deus, que cuidou de

do amor que nutrimos por Ele, pela obediência que dedicamos aos Seus mandamentos. A promessa de Jesus para tal atitude é morar no coração do servo que crê nEle (João 14.23). Então, podemos celebrar o Natal de Jesus, que faz parte da história da humanidade. Sua vida e realizações são confirmações de toda história escrita por profetas e nos Salmos. Ao ressuscitar e retornar ao Pai também cumpre as profecias anunciadas na história. Agora está à direita de Deus e recebe as orações dos Seus servos. Então, celebrar o nascimento de Jesus é viver, de forma festiva, a história escrita por Deus através do seu povo na terra. Jesus não foi um acidente na história. Não foi alguém especial que nasceu e fez algo espetacular. O nascimento de Jesus faz parte do plano eterno de Deus para salvação de todo aquele que crê. No Natal de Jesus encontramos a Glória de Deus compartilhada conosco. Glória mostrada no nascimento de João Batista, filho do sacerdote Zacarias e Isabel, sua esposa. Não tinham filhos porque Isabel era estéril e já não tinham mais idade para gerá-los (Lucas 1.7). Glória vivida por Maria, quando o anjo anunciou o nascimento de Jesus. Confusa, sem saber como aconteceria tudo que lhe fora anunciado, o anjo disse que estava ali em nome do Deus do impossível, capaz de fecundar uma virgem sem a participação do seu noi-

vo (Lucas 1.35-37). Glória vista no momento em que os anjos vieram anunciar o nascimento do Salvador aos pastores que estavam no campo guardando os seus rebanhos. Quando chegaram com resplendor no céu glorificaram a Deus cantando: “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens” (Lc 2.14). O Natal de Jesus é cheio da glória celeste que Deus compartilha conosco em Cristo. O Natal de Jesus se transforma em adoração. Não existe outro meio de expressarmos a grandeza de Jesus sobre nossas vidas a não ser pela entrega completa de nós mesmos a Ele e de nos curvarmos diante da Sua grandeza. Quando Jesus completou oito dias de nascido, José e Maria foram ao templo para oferecerem um sacrifício, como mandava a lei (Lucas 2.22-24). Lá, encontraram Simeão, homem piedoso, que aguardava a vinda de Jesus, como lhe fora prometido. Simeão pega o menino nos braços e louva a fidelidade de Deus (Lucas 2.25.28). No primeiro momento houve entrega de vida e obediência. No segundo momento houve exaltação de Jesus pela fidelidade de Deus, que trouxe a salvação ao mundo através de Jesus. Este momento de culto e de comunhão com Jesus pode ser celebrado por qualquer pessoa que nEle crê como Salvador, sem qualquer dificuldade. Participamos da Sua glória e sabemos que as promessas para

GOTAS BÍBLICAS NA ATUALIDADE OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

Só Natal precede feliz Ano Novo ntendendo bem a frustração dos Seus discípulos, com a Sua volta aos céus, Jesus garantiu consolo a eles, dizendo: “E lembrem disto: Eu estou com vocês todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28.20). A santificação do tempo começou com o nascimento terreno do Filho Unigênito do Pai. O Natal, em Belém, foi a miraculosa penetração da eternidade na dimensão do tempo. Foi isto que Jesus disse: “Eu estou com vocês

todos os dias, até o fim dos tempos”. A profundidade da revelação de Jesus está muito acima da nossa compreensão. Mas faz todo o sentido. Antes do Novo Ano sempre acontece o Natal. Para quem foi a promessa de Jesus, com relação ao fim dos tempos? Para os filhos de Deus, em Cristo Jesus nosso Senhor. Não há, realmente, ano novo feliz sem o nascimento de Jesus no próprio coração. A Obra do Cristo causa restauração em nossa vida particular, no meio ambiente, na avaliação do tempo, no ministério da eternidade. Ele está conosco quando O recebemos. Quando aceitamos Jesus é Natal. Quando seguimos Jesus é Feliz Ano Novo, até o fim dos tempos.

vivermos eternamente com Ele são dadas pelo Deus do impossível, que não mente, e sua palavra não muda. Se você espera um Natal somente com as glórias deste mundo, com certeza terá grande dificuldade.

Em Jesus não há dificuldade porque a Sua graça está disponível a todos os que creem. Você crê em Jesus como seu salvador? Sendo sim, celebre o Natal de Jesus sem qualquer dificuldade.

“Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (Mt 28.20).

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Natal encantador

todos os detalhes da história. Os eventos envolvendo cada um dos personagens foram cuidadosamente planejados. A jovem Maria estava noiva de um rapaz chamado José, ambos tementes a Deus, que enviou o anjo Gabriel a Maria com a boa notícia: “Não tenha medo, disse Gabriel, você foi escolhida por Deus, vai conceber e dar à luz um filho ao qual porás o nome de Jesus. Ele será grande, e será chamado filho do Altíssimo. Maria perguntou ao anjo: Como tudo isso acontecerá, porque ainda sou virgem? E o anjo respondeu: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a Sua sombra; por isso o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus”. Tudo começou com uma promessa (Gênesis 3.15) que

atravessou gerações e séculos de história e ainda vivia no coração do povo de Israel quando finalmente Jesus nasceu. Ela era o tema das suas canções. O Messias esperado mudaria a história e salvaria o povo dos seus pecados. Sua vinda era motivo de uma grande celebração! Finalmente, nasceu Jesus, o Emanuel. Deus veio habitar conosco. Um anjo anunciou aos pastores que estavam no campo, e guardavam, durante as vigílias da noite, o seu rebanho. Ele lhes disse: “Não temais, porque eu estrou trazendo novas de grande alegria! Em Belém nasceu hoje o Salvador, Cristo, o Senhor”. E, no mesmo instante, juntou-se ao anjo um grande coro de anjos, louvando a Deus, e cantando: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra e felicidade a todos”. Que noite

especial! No céu o coro de anjos louva a Deus e na terra os pastores admiram-se com uma cena inesquecível. Jesus, o Emanuel, deve ser a razão da nossa alegria e do nosso louvor sincero. Ele é o presente que prova o quanto Deus nos ama. Ele veio até nós para nos oferecer a vida eterna. Basta apenas crer para ter acesso às bênçãos do seu imenso amor. Os presentes, as praças ornamentadas, as lojas com suas vitrines enfeitadas, as luzes piscando, o feriado, a família reunida e as confraternizações dão um colorido especial ao Natal, mas não é isso que torna o Natal encantador. Essa não é a única realidade, há outro lado onde estão muitos que não terão o que celebrar no Natal porque sua mesa estará vazia, porque não haverá sequer presentes para as crianças, por

causa de suas dores físicas e na alma. Não a solidariedade e muito menos a miséria que torna o Natal encantador. Levar comida e brinquedos que carregam a alegria do Natal a quem precisa é uma atitude louvável, mas esses menos afortunados só precisam de alguém que se importe com eles no Natal? O encanto do Natal é celebrar Jesus, o grande presente de Deus que veio até nós, a todos sem distinção: ao rico e ao pobre, ao doutor e ao analfabeto, ao de família nobre e ao de origem humilde, ao de numerosa família e ao que nem família tem. Natal encantador é celebrar Jesus em nosso coração, não como alguém que veio nos visitar para depois ir embora, mas alguém que veio para ficar, para sempre, pela fé.


5 Natal comercial ou real? É Natal! Nasceu Jesus; Emanuel, o Filho de Deus o jornal batista – domingo, 25/12/16

reflexão

Rogério Araújo (Rofa), escritor, jornalista, colaborador de OJB

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cada ano parece que o Natal chega mais cedo. Hoje em dia, em meados de outubro, já ouvimos falar das festas de fim de ano, como se elas já estivessem chegando. Tem uma famosa loja que diz que “Já é Natal” só porque eles tocam uma musiquinha que entra pelos ouvidos e fica martelando em nossa cabeça. Este é o Natal comercial que todos conhecem e até so-

frem no bolso as consequências, já que se endividam por se acharem no dever de comprar tudo nessa época, as “tradicionais” iguarias natalinas como peru, panetone, chester, nozes, castanha, dentre inúmeras outras que parecem ser exclusivas desse tempo e nem são. Enquanto a maioria das pessoas pensa em comprar presentes para dar a familiares e amigos, na verdade, já ganhamos o maior dos presentes e que nasceu no Natal, daí a sua comemoração: Jesus Cristo. Esse presente pode estar presente em nossa vida

sempre, basta querermos. Nenhum aniversariante pode pegar para si o lugar do genuíno motivo do Natal. Não adianta alguém simpático, com bochechas rosadas, com barba e na cor branco e vermelho se achar o principal personagem desse dia tão especial. Este é e nunca deixará de ser de Jesus. Vamos comemorar de verdade o Natal e pensar mais em ser bênção na vida dos outros do que em ter as mais ricas bênçãos que caem do céu. Já é Natal, sim, mas não somente dia 25 de dezembro, mas o ano novo em nosso coração!

O anjo disse para José que nasceria, da virgem Maria, um filho Que deveria ser chamado de Jesus E que seria Salvador do Seu povo E que Ele era oriundo Espírito Santo Que desceria do céu encarnado Como Filho de Deus; o Deus Conosco! João Batista lá no deserto todo vestido de lã de camelo Com cinto de couro, alimentado por gafanhotos De mel silvestre, anunciava tão largamente Que o Reino de Deus estava próximo Que todos se arrependessem dos seus pecados Deus-homem, que aqui veio Que o Grande Machado estava chegando em missão redentiva. Para cortar pela raiz todas as árvores sem frutos E as jogaria no fogo pois tiraria o pecado do mundo! 2. O Natal celebra Que Ele viria para batizar com Espírito Santo o maior amor. Não só com o batismo do arrependimento O amor materno, cantado em prosa e verso por grandes Magos do oriente ficaram sabendo do Seu nascimento escritores, em que pese o fato Herodes queria matá-lO porque vinha Rei de ser grande, não se equi- Então fugiram para Belém da Judeia vale ao Amor de Deus, pelo Aqueles magos queriam vê-lO para adorá-lO simples fato de que as mães Porque nasceria o que seria o Rei dos Judeus não amam a todas as crianças, Como avisara aquele anjo que descera à Terra... mas dedicam um amor espe- Então seguiram ansiosamente a estrela cial aos seus filhos. O maior Que os conduziu àquela cidade abençoada amor é aquele que Cristo Onde estaria aquele menino envolto em panos demonstrou por ser universal, Na estrebaria; em uma manjedoura, simples, tão pobre alcançando toda a humanida- Envolvendo aquele menino tão pobre de, conforme o texto-áureo da O enviado; o Filho de Deus! Bíblia: “Porque Deus amou o E lhe levaram tão lindos presentes mundo de tal maneira, que Ouro e mirra; também incenso e ali se prostraram deu o seu Filho unigênito, O adorando respeitosamente porque bem sabiam para que todo aquele que Que Ele era o Grande Messias que tiraria nele crê não pereça, mas te- O pecado - do mundo! nha a vida eterna” (Jo 3.16). O maior amor é o Amor de Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida Deus, demonstrado à sacieda- Ninguém vai ao Pai senão por Ele de no Natal de Cristo - fato so- Veio ao mundo para nos salvar e não condenar brenatural e único na História Para buscar quem estava perdido nas trevas espirituais - anunciado pelos profetas do Para pisar na cabeça de Satanás; para mostrar Antigo Testamento, pelo anjo Que fora dele não há salvação. aos pastores de Belém e pelo grande coro angelical que surgiu naquela noite jubilosa, O Natal chegou; é um momento de grande alegria louvando a Deus e dizendo: Vamos deixar a tristeza de lado e saudar o nosso Rei “Glória a Deus nas maiores Louvemos a Deus; comemoremos a Sua chegada alturas, paz na terra e boa Vamos celebrar o Seu nascimento dando Hosanas vontade para com os homens” Hoje nasceu o Salvador que tira o pecado do mundo! (Lc 2.14). Temos, portanto, Saiam pelas ruas sempre proclamando Sua majestade razões sobejas para celebrar Que os salvos por Cristo irão brevemente morar o Natal de Jesus com grande Na sua cidade da libertação; dos que saíram da estrada júbilo e verdadeira adoração Da falta de amor a Deus; e ao seu semelhante e louvor, em nossas Igrejas, Hoje é dia de felicidade; hoje é Natal em nossas casas e através dos Dia do Cordeiro de Deus; hoje nasceu meios de comunicação. A linda Estrela da Manhã.

Celebração do Natal

Nilson Dimarzio, pastor, colaborador de OJB

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Bíblia não menciona o dia exato em que se deu o nascimento de Jesus em Belém, o que não nos deve impedir de comemorar o grande evento, o mais importante da História. Na verdade, o nascimento de Jesus não deve ter ocorrido em 25 de dezembro, época de inverno na Palestina. O mais provável é que tenha acontecido em maio ou junho, durante o verão, pelo que se deduz da narrativa bíblica: “Ora, havia naquela mesma região pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite os seus rebanhos. E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, pelo que se encheram de grande temor” (Lc 2.8-9). Entretanto, há aqueles que se recusam a comemorar o Natal sob a alegação de que dia 25 de dezembro era dedicado pelos pagãos ao deus sol e que, portanto, comemorar o Natal seria um retrocesso ao paganismo. Eis aí um tremendo engano, uma vez que a partir da adoção do calendário gregoriano, em 1562, os cristãos adotaram essa data para as comorações natalinas. Na verdade, o que importa não é a data, mas o fato do Natal, que deve ser

comemorado com alegria e entusiamo pelo povo de Deus, por várias razões:

1. O natal celebra a encarnação do Verbo: “E o verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). Verbo, no original, é Logos, Palavra, uma das designações de Cristo. Ele é o Deus que se fez carne, unindo Sua natureza divina à humana, o que implicou em extrema humilhação e sofrimento. Ele é o Emanuel, Deus conosco, como afirma o evangelista, citando Isaías: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual se chamará Emanuel, que traduzido é Deus Conosco” (Mt 1.23 e Is 7.14). Essa tão grande humilhação visava dar um novo sentido à vida humana, tão ultrajada pelo pecado. Um rei da antiguidade, no desejo de fazer melhor governo, certo dia deixou o palácio, passando a viver incógnito entre o povo para conhecer melhor suas necessidades e aspirações. Jesus fez algo semelhante ao deixar o palácio celestial para viver entre os homens, não para saber de suas necessidades (pois, como Deus já as conhecia), mas para satisfazer plenamente as carências humanas, de ordem física, moral e espiritual. Daí porque ele não era um mero homem, mas o

Israel Pinto da Silva (D’Israel), membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro, colaborador de OJB


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Contando a Nossa História Pr. Francisco Bonato Pereira, historiador, da Comissão de Historia da CBPE e do IAHGP - Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano

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onsolidada a Igreja Batista em Salvador - BA, o casal Bagby entendeu que era o tempo de expandir a obra, mudando-se para o Rio de Janeiro, a Capital do Império, em 11 de Junho de 1884, de onde o Evangelho se expandiria em todas as direções. Chegados ao Rio de Janeiro hospedaram-se em um hotel, enquanto buscavam uma casa que pudesse servir de residência. A providência de Deus favoreceu os missionários, quando William Bagby encontrou John Miller, um amigo de Santa Barbara - SP, que residia na pensão de Elizabeth Williams e que falou da sua anfitriã, uma senhora britânica, dona de uma hospedaria no morro de Santa Cristina, membro do Tabernáculo Batista de Londres, pastoreada por Charles Spurgeon, famoso orador sacro. Elizabeth era uma distinta, piedosa e fiel ao serviço de Cristo. Bagby foi de imediato visitá-la, recebendo o convite para usar a hospedaria como local de pregação. William Bagby alugou uma casa na Rua Senador Cassiano, onde, em 24 de agosto de 1884, foi organizada a Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, com quatro membros

- William Buck Bagby, Ann Luther Bagby, Mary O´Rorke (com cartas de transferência da Primeira Igreja Batista Bahia) e Elizabeth Williams (com carta do Tabernáculo Batista) - representando três países - Estados Unidos, Irlanda e Grã-Bretanha. Logo se uniram à Igreja mais quatro estrangeiros - senhora Joana (escocesa), senhor George Gooda, senhorita Young e o senhor Law. A Igreja adotou a Confissão de Fé da Filadélfia (USA). À Igreja se uniram dois pregadores de outras denominações - o senhor Mesquita, português, e Erwin Soper, que trabalhava como capelão entre marinheiros ingleses. A conversão destes estrangeiros da pregação de Bagby na pensão de Elizabeth Williams como ele relata: “(...) a Igreja Batista do Rio de Janeiro foi organizada no último dia do Senhor (...) e tenho pregado duas vezes nestas semanas, em inglês, na casa da senhora Williams (...)”. A Igreja, em 1885, abriu pontos de pregação em vários lugares. O apelo dos Bagby trouxe ao Brasil o casal E. Puthuff e a jovem Nina Everett. A Igreja apoiava a Igreja Batista Santa Bárbara, viajando os pastores Bagby e Soper, a cada mês, para pregar, bati-

Templo da PIB Rio de Janeiro

William Buck Bagby

PIB Rio de Janeiro: o cristianismo Batista chega à capital do Império (1884)

zar e ministrar a ceia. A Igreja recebeu o primeiro membro brasileiro - Castorina Adelia Soares - que serviu a Igreja por 50 anos, com o marido e quatro filhos, dos quais um diácono, um professor e uma médica. No Natal de 1885 a Igreja contava com 18 membros. A PIB do Rio de Janeiro era a quarta Igreja Batista em solo brasileiro, plantada em tempo recorde, três meses, entre a chegada de Bagby e sua organização. O casal Bagby recebeu a missionária Maggie Rice, do Missouri, para auxiliá-lo (1887), que se dedicou a estudar a língua e auxiliar Ann Bagby, mas em pouco mais de um ano ela faleceu vítima de febre amarela, mal que atingira Bagby e outros missionários. Os primeiros anos são marcados pelo grande esforço evangelístico do casal Bagby, mas são poucas as adesões ao Evangelho de Cristo. O final da década de 1880, com o final do regime imperial na pequena comunidade cristã, de 89 membros, assiste a fatos relevantes, como o fim do Império e a implantação da República e a separação entre a Igreja e o Estado. O missionário Bagby, amigo pessoal do Embaixador americano, frequentou a Côrte e

Anne Luther Bagby

se aproximou de algumas figuras políticas, como Aristides Lobo, integrante do primeiro ministério da República. Na ocasião da Proclamação da República (1889), os dois conversaram muito sobre os Estados Unidos, o princípio de separação entre Igreja e o Estado, que o Governo da República pretendia implantar no país. Bagby forneceu uma cópia da Constituição dos Estados Unidos da América, tomada por modelo para a Constituição da República do Brasil, inclusive o nome - Estados Unidos do Brasil. A PIB do Rio de Janeiro continuou a crescer, e dentre os que aderiram à fé evangélica (1890), chamou a atenção um jovem comerciante de 21 anos que, ao passar em frente ao templo da Igreja, sentiu-se atraído pelo canto da Congregação. Aceitou o convite para assistir ao culto, ficou impressionado com a pregação do pastor Bagby, baseado em um dos textos mais conhecidos João 3.36: “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”. Impressionado com a mensagem ouvida, o jovem pediu uma Bíblia emprestada ao idoso padre, que fora seu

Elizabeth Williams

confessor, e não sabendo localizar o texto, leu a Bíblia do início, e ao ler os dez mandamentos, surgiram-lhe dúvidas somente explicadas mais tarde pelo próprio Bagby. Satisfeito com a explicação, o jovem Francisco Fulgêncio Soren, entregou sua vida a Cristo, e foi em janeiro de 1891. Soren era filho de próspera família rural, de ascendência francesa e portuguesa. Esse jovem se tornou pregador e, vocacionado ao ministério, foi enviado aos Estados Unidos para se preparar para o ministério pastoral no Jewwel College (1894-1899) e depois no Southern Baptist Seminary (1899-1900), assumindo o pastorado da PIB do Rio de Janeiro em 23 de dezembro de 1900. A PIB Rio de Janeiro organizou a Primeira Igreja Batista de Niterói (1892) e outras no interior no estado do Rio de Janeiro, e a Igreja Batista em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais (1899). Tendo a PIB de Janeiro se tornado uma Igreja autônoma, Bagby mudou com a família para São Paulo, capital da Província do mesmo nome, onde iniciou a implantação de uma Igreja, auxiliado por outros missionários e sua esposa implantou um Colégio.

Francisco Fulgencio Soren


7 Natal Todo Dia! – Seja Santa Catarina parceiro dos Lares Batistas - O Evangelho avança no sul do país o jornal batista – domingo, 25/12/16

missões nacionais

Encontro dos parceiros do Lar Batista David Gomes Crianças do Colégio Batista de Palmas - TO entregam donativos ao Lar F. F. Soren

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realidade da infância no Brasil é assustadora: cerca de 30 mil crianças e adolescentes vivem em abrigos no Brasil, segundo o último levantamento realizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), divulgado em 2013. Esse é um desafio que nós, como Igreja de Cristo, precisamos enfrentar. Missões Nacionais assumiu o compromisso de levar o Evangelho de Cristo para todas as Crianças brasileiras. Desenvolvemos projetos que visam atender, evangelizar e discipular crianças em situação de abandono e vulnerabilidade social. Neste Natal, queremos chamar a atenção de todo Batista brasileiro para esta causa. O Lar Batista F.F. Soren, localizado em Porto Nacional - TO, tem feito parcerias com escolas e o comércio local para ajudar no sustento

e na formação das crianças atendidas na entidade. Como é o caso do Colégio Batista de Palmas, que fez uma linda campanha de doação para o Lar. Alunos, funcionários, professores, pais, todos se envolveram no projeto e, no dia 24 de novembro, foram à sede do Lar entregar as doações. O Lar Batista David Gomes, em Barreiras - BA, por sua vez, também investe em parcerias para atender com excelência as crianças e adolescentes com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, encaminhadas pelo Juizado da Infância e da Juventude e Conselho Tutelar ao Lar. Além de profissionais como psicólogos e professores que atuam como voluntários, o David Gomes conta com empresas parceiras para manter a estrutura de atendimento. No início do mês, a direção promoveu o primeiro encontro de Parceiros do Lar.

A Loja Havan é um desses parceiros. A empresa tem uma ação social chamada Troco Solidário, que conta com a participação de seus clientes e funcionários e vem arrecadando valores expressivos para doação. Neste Natal, o cliente vai comprar em uma das lojas da rede Havan e o troco do cliente pode ser revertido em doações para o Lar Batista David Gomes. Estamos confiantes de que Deus permanecerá no sustento dos Projetos e dos queridos missionários que se dispõem a fazer a obra do Senhor. Nesta certeza, alcançaremos mais crianças para Jesus abrindo portas para novos e abençoados sonhos! Você também pode ser um dos parceiros destes projetos. Contribua para que mais crianças sejam atendidas em nossos lares. Torne-se um parceiro na ação Missionária! Entre em nosso site: www. missoesnacionais.com.br

Batismo em nossa frente missionária em Rio Tavares - SC

“Grandes coisas fez o Se- Jesus e, no domingo dia 04, nhor por nós, pelas quais foi a vez de Rio Tavares. O desafio de levar a paestamos alegres” (Sl 126.3). lavra de salvação em Jesus m Santa Catarina, para o sul do país é uma nossas frentes mis- das ênfases da Campanha sionárias em Forqui- 2016 de Missões Nacionais. lhinhas e em Rio Ta- É nosso dever mostrar ao vares tiveram muito em que povo daquela região que se alegrar. No dia 27 de no- Jesus pode curá-los de toda vembro, em Forquilhinhas, a dor e dar-lhes a salvação. Seja você também parvários irmãos desceram as águas do batismo e profes- ceiro do projeto Sul, seja saram publicamente a fé em parceiro do PAM Brasil!

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o jornal batista – domingo, 25/12/16

reflexão

Jesus nasceu, é Natal Anjos cantam Francisco Mancebo Reis, pastor, colaborador de OJB Cleverson Pereira do Valle, pastor, colaborador de OJB

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Natal chegou, já estamos em clima natalino. Muitas ruas estão enfeitadas, o comércio está lotado, muitas pessoas comprando presentes, restaurantes estão lotados, famílias confraternizam-se; na mesa dos brasileiros vemos pernil, peru, chester, panetone, enfim, muita festa. O Natal chegou, crianças estão nas praças brincando com o Papai Noel; nos Shoppings, as lojas estampam a figura do Papai Noel em seu trenó. O Natal chegou, e músicas são tocadas para lembrar esta data tão alegre, tão encantadora. Mas será

que o Natal resume-se a isso que eu acabei de mencionar? Aliás, Natal é só isso? Natal não é só isso e nem é isso; quero explicar o significado do Natal. Como cristãos, seguimos Jesus Cristo. A Bíblia menciona que Deus criou o homem para o louvor da Sua glória. O homem foi colocado no Jardim do Éden para viver feliz, mas aconteceu o pior. Deus havia dado uma ordem e o homem desobedeceu. Qual foi a consequência? O homem foi expulso do Éden e todos os seus descendentes nascem em pecado. A Bíblia diz que o pecado faz separação entre o homem e Deus, que nos leva à morte eterna. O pecado é errar o alvo estabelecido por Deus. E

agora, o que será do homem? Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito (Jesus Cristo), para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna, como está escrito em João 3.16 Jesus Cristo veio a este mundo com o propósito de salvar o homem perdido, dar vida eterna a ele. Todos os que se arrependem de seus pecados e creem em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador são salvos da ira vindoura. Natal de verdade é reconhecer Jesus como Senhor e Salvador. O verdadeiro sentido do Natal é Jesus. Ele nasceu, é Natal. Comemore o verdadeiro Natal este ano, convide Jesus para reinar em sua vida.

Anjos cantam dando glória. Em Belém há novidade: É o começo de uma história que abençoa a humanidade. Anjos cantam nossa paz num menino desprezado. Em Seu Filho o Pai se apraz. É o Cristo anunciado. Anjos cantam. Saem pastores, pressurosos, a Belém. Vêm dos céus os esplendores, e o que vem é do além. O bercinho? Que pobreza! Não merece Ele o melhor? Nele está toda a grandeza; é de todos o maior. Teve Herodes a notícia de um provável seu rival, E, fingindo em sua blandícia, quer do berço o local. Dos magos busca ajuda que a Providência impede: Todo o roteiro muda, e seu plano não procede. Revoltado, quer o rei eliminar essa criança; Mobiliza seu quartel e parte para a matança. Quem nasceu para viver e cumprir nobre missão Até ao rei vai vencer, escapando de sua mão. Teu Natal, ó meu Jesus, é amor que ao ódio encerra; É poder, é graça, é luz; é a bem-vinda paz na terra. Teu Natal, ó rei celeste, é mensagem que encanta. A glória que nos deste a qualquer glória suplanta.

Se Cristo não tivesse nascido... Aurecino Coelho da Silva, pastor, vice-presidente da Igreja Batista do Jardim Carioca em Realengo - RJ

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u sei que Jesus nasceu, você sabe também sabe. O mundo todo sabe que Ele nasceu. Se Ele não tivesse nascido, como explicar a criação do mundo, se “Sem Ele nada do que foi feito se fez?”. Se Ele não tivesse nascido, onde iríamos

localizar a “Semente da mulher preanunciada pelo Deus-Pai?”. Se Ele não tivesse nascido, como explicar a formação do homem “Sua imagem e Semelhança?” Se Ele não tivesse nascido, como justificar a profecia de Isaías, denominando-O Emanuel para “estar conosco?”. Se Jesus não tivesse nascido, como justificar os adjetivos qualificando-O: “Maravilhoso, Conselheiro, Deus

Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz?”. Se Jesus não tivesse nascido, como ficariam hoje os vaticínios do Profeta Messiânico, sobre seus ferimentos, “levando sobre Si nossas dores?”. Se Jesus não tivesse nascido, como justificar a profecia de Miqueias apontando Belém Efrata, como o local preciso do berço do menino? Se Jesus não tivesse nascido, como ficaria o Aviso

do anjo a José sobre a gravidez de Maria? A palavra Angelical voltaria atrás? Se Jesus não tivesse nascido, quem salvaria os pecadores, pois o Anjo afirmou que “Ele salvaria o povo de seus pecados?”. É, mas Ele nasceu! Lucas narra com precisão. Seu nascimento se deu sob o fundo musical do Coro de Anjos entoando o “Glórias a Deus nas Alturas, trazendo Paz à terra aos homens a quem Ele

queria (e quer) bem.” É, Ele nasceu! Ele sofreu! Ele morreu! Ele ressuscitou! Ele Vive! Ele está no céu intercedendo junto ao Pai por nós! Se Jesus não tivesse nascido, para onde iríamos nós?” Só Ele tem as palavras de Vida Eterna!”. Rendamos glórias a Deus porque, mercê do Seu infinito Amor Seu Filho Unigênito nasceu, exclusivamente para nos salvar. Aleluias!


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reflexão

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Emanuel, o Divino Companheiro Edson Landi, pastor, colaborador de OJB “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus conosco.” (Mt 1.23)

“H

ouve uma época em que os crentes enjoaram do cântico ‘Divino Companheiro’, de Luis de Carvalho. De tanto que o cantávamos em nossas Igrejas”, afirmou um pastor experiente com quem eu conversava a respeito de música cristã. “Mas esse cântico não pode ser esquecido, ele expressa a verdade: ‘Jesus é o Emanuel, o nosso divino companhei-

ro’”, concluiu o pastor. O evangelista Mateus faz uma alusão à profecia de Isaías (Isaías 7.14). Esta profecia foi feita aproximadamente 700 anos antes do nascimento de Jesus Cristo. Era uma promessa de Deus para o povo, onde o Senhor enviaria o Salvador da humanidade. Para os que, de fato, creem em Jesus Cristo, o Natal é um momento esplendoroso. É o plano divino para a nossa redenção sendo posto em prática. No entanto, para a maioria das pessoas, é apenas um dia de festa. Pouco interessa saber o motivo da festa. Para muitos, o Natal é tempo de compras e gastos, viagem e entretenimento, dar e receber presentes, comer, beber, etc. A sociedade não entende

a magnitude do nascimento de Jesus. O consumismo, a cegueira espiritual e o desconhecimento da Palavra de Deus ofuscaram o sentido do Natal. É inacreditável que esse momento magnífico ainda não seja entendido! O instante em que o Deus Criador e Sustentador de tudo e de todos torna-se homem. Torna-se semelhante a nós. O Filho de Deus tornou-se homem para que nós, seres humanos, pudéssemos nos tornar filhos do Pai Celestial (I João 3.2). Na maioria dos lares haverá comida, bebida, danças, abraços e presentes. Mas e Cristo? E a presença dEle? E o amor ao próximo? E a certeza dos pecados perdoados? E o

recebimento de forma graciosa e gratuita da Salvação nEle, por Ele e para Ele? Pois foi para isso que ele veio! “Nasceu o Redentor”, diz o antigo e belo hino. Sim, Ele veio para nos redimir, dar nova vida. Ainda que, no dia 25 de dezembro, você e sua família tenham à mesa apenas arroz, feijão e ovo, mas se vocês têm a Jesus como Salvador, aí sim vocês terão um Natal. O Natal é Jesus e não os presentes. O Natal é Jesus e não a ceia. O Natal é Jesus e não a festa. O Natal é Jesus e não o Papai Noel. Não há entretenimento que substitua a presença de Cristo no lar, na vida e no coração. Não há satisfação maior em saber que não estamos sós. Temos

um divino companheiro. Isso é Natal, é Deus conosco. É Deus presente em nossas vidas através de Seu filho, Jesus Cristo (Mateus 28.20). É Deus habitando em nós através de Seu Santo Espírito (I Coríntios 3.16). Temos um divino companheiro! Na data simbólica em que celebramos o nascimento de Jesus Cristo, o que você fará? Vai reunir-se à família e aos amigos? Rever pessoas queridas? Festejar e comemorar? Tudo isso é importante. Isso é bom. Mas, não se esqueça de agradecer a Deus por ter enviado a Jesus; isso é o Natal! Agradeça a Deus porque, em Jesus, nós temos os pecados perdoados. O Natal nos lembra que temos um divino companheiro.

Que Natal é este? Leila Matos, ministra de Educação Cristã, membro da Igreja Batista do Bairro Santa Bárbara - Niterói - RJ

É Natal! Mariluce Araújo, psicóloga, membro da Igreja Batista da Jaqueira - PE

Que Natal é este Onde se ouvem tantos ais? São guerras, violências, ódios, Num mundo onde falta a paz. Que Natal é este Onde há choros e não canções E a tristeza e a desilusão Reina em tantos corações?

Deus cumpriu Sua promessa: Toda dor, toda agonia cessa Porque um menino nos nasceu Um filho se nos deu.

Que Natal é este Onde se esquecem do Salvador Que veio ao mundo Trazer paz e amor?

Na estrada já não se ouve a voz Suplicante do cego Bartimeu Porque um menino nos nasceu Um filho se nos deu

Que Natal é este De consumismo e comerciais Com flashes de alegrias Em comemorações artificiais?

Não se ouve mais lamentos dos leprosos Que voltaram para viver junto aos seus Porque um menino nos nasceu Um filho se nos deu.

Este não é o Natal de verdade Pois nele Jesus não está. Como comemorar a festa Não deixando o aniversariante entrar?

O que antes não conseguia andar Já não lembra mais da dor que padeceu Porque um menino nos nasceu Um filho se nos deu

Natal não tem que ter presentes, Natal não tem que ter árvore de luz, Natal tem que ter esperança e vida Que veio trazer Jesus.

Todo aquele que buscava o perdão Para o seu pecado, recebeu Porque um menino nos nasceu Um filho se nos deu.

Ah, o Natal que eu quero Tem que fazer transformação Com o Cristo que nasceu em Belém Reinando em cada coração.


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o jornal batista – domingo, 25/12/16

notícias do brasil batista

CBM inicia comemoração do Centenário, que será realizado em 2018

Ilimani Rodrigues, coordenador de comunicação da Convenção Batista Mineira

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o dia 22 de novembro, deu-se início as comemorações do centenário da Convenção Batista Mineira, que acontecerá em 2018. O primeiro momento da celebração foi marcado por uma cerimônia que aconteceu no auditório principal do Colégio Batista Mineiro, onde estiveram presentes inúmeras personalidades Batistas. Logo após este momento, os presentes se dirigiram a sede da Convenção, onde houve um momento solene com o hasteamento das bandeiras do Brasil, do estado de Minas e da Convenção Batista Mineira. A história da Convenção Batista Mineira data de 19 de julho de 1918, quando as Igrejas Batistas em Minas Gerais decidiram se unir e criar um órgão que as representasse. A organização da CBM veio oferecer novas possibilidades de serviço cooperativo e desenvolvimento da liderança. Quem lê os primeiros relatórios da Convenção, sem dúvida, é

Fechamento da Rua onde fica a sede da CBM

Pastor Marcio Santos, diretor executivo da Convenção Batista Mineira

levado a crer que Deus ouve orações. Transcrito do livro do pastor Ader Alves de Assis, intitulado “Pioneirismo e Neopioneirismo, cem anos de ação Missionária Batista em Minas”, vemos o apelo dos missionários naquela época: mais alunos para o Colégio, melhores professores, mais Igrejas, mais batismos, mais pastores, mais evangelistas. E quando olhamos para o presente e vemos mais de mil e 200 Igrejas e Congregações, mais de mil pastores e evangelistas, o Colégio Batista com impressionantes 10 mil alunos, podemos admirar a fidelidade do Senhor e o quanto ele é bom. O quanto ele ouviu o clamor

momento como este. Estamos aqui hoje celebrando a graça e a misericórdia de Deus com os Batistas ao longo destes últimos 98 anos. Acredito que temos muito ainda a realizar e não tenho dúvidas que o Senhor há de nos sustentar”, ponderou. Para Fernando Borja, ex-aluno do Colégio Batista por 12 anos e atual vereador eleito em Belo Horizonte, “O início das comemorações do centenário da CBM é um marco histórico da Igreja na sociedade de Minas Gerais, celebrando as conquistas de promessas alcançadas e vidas transformadas. Através de gerações os Batistas vêm honrando a Deus e inspirando as pessoas”, comentou.

daqueles homens e mulheres que fundaram a Convenção e se dedicaram a expansão da doutrina Batista no estado. Para o pastor Márcio Santos, diretor executivo da CBM, “É um privilégio poder servir os Batistas mineiros, dando continuidade a um belíssimo trabalho que começou a quase cem anos e que já transformou a vida de centenas de milhares de pessoas por todo o estado de Minas. Conheço poucas instituições que chegaram a impressionante marca de cem anos e acredito que se chegamos até aqui é porque o Senhor sem dúvida nos sustentou com sua mão poderosa”, avaliou. Para o pastor Ramon Márcio, Presidente da CBM, “É uma alegria participar de um

A partir de agora até 19 de julho de 2018, a Convenção Batista Mineira promoverá uma série de ações por todo solo mineiro. A intenção é que todos os batistas possam participar deste momento único, sentindo-se parte de uma história que apenas começou e que ainda terá muitos capítulos pela frente. “Tenho muita motivação e estou muito entusiasmada. Atuar nos eventos do Centenário da Convenção Batista Mineira é uma possibilidade de servir. O desafio será trabalhar sempre com excelência e qualidade, promovendo estes momentos de celebração e gratidão a Deus até 2018”, complementa Ana Ribeiro, que está coordenando as comemorações do centenário.

UMHBF em Feira de Santana - BA realiza culto em alusão ao 20o aniversário Maurício Santana Dias, presidente da UMHB Feirense, membro da Igreja Batista de Campo Limpo, em Feira de Santana - BA

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a noite do dia 25 de novembro de 2016, no templo da Igreja Batista de Campo Limpo, situado na Rua Campos, nº 170, Feira de Santana - BA, foi realizado o culto alusivo aos 20 anos da UMHBF. Na oportunidade, os irmãos Almir, membro da Igreja Batista Estrela da Manhã, e Marivaldo, da Igreja Batista Nova Esperança, apresentaram um louvor. O Grupo Adoradores

UMHBF da região de Feira de Santana - BA

de Deus, da Igreja Batista Nova Esperança também teve a oportunidade de louvar ao Senhor. O pastor Edson Gama, secretário Executivo da ASBAF, representou a Associação e deu uma palavra pelo ani-

versário da UMHBF. A irmã Cleide Maria Cerqueira, presidente da UFMBF, também se fez presente e usou da palavra para parabenizar a UMHBF. A mensagem da noite ficou sob a responsabilidade do pastor Davi Bacelar, da Igreja Batista

Evento recebeu mais de 60 pessoas

Nova Esperança. As SMHBs e ERs presentes tiveram seus momentos de Tema, Divisa e Hino Oficial. Contamos com a representação de aproximadamente 60 pessoas e 14 Igrejas (PIB em Feira de Santana, Segun-

da Igreja Batista em Feira de Santana, Igreja Batista ABBA, Alvorada, Avenida, Boas Novas, Campo Limpo, El Shadday, Estrela da Manhã, Nova Esperança, Nova Geração, Pampalona, Parque Ipê e Sobradinho).


o jornal batista – domingo, 25/12/16

missões mundiais

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Ajude Agora – Haiti: mais de 10 mil famílias atendidas Marcia Pinheiro – Redação de Missões Mundiais

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Campanha Ajude Agora – Haiti tem sido um sucesso. Além dos cristãos brasileiros que têm participado com ofertas e orações para levar ajuda humanitária aos atingidos pelo furacão Matthew, em outubro, recebemos apoio também de dois grandes parceiros nesta ação missionária: a Primeira Igreja Batista da Flórida, nos Estados Unidos, e a Global Assistance Foundation. Segundo o pastor Silair Almeida, da PIB Flórida, esta parceria já permitiu o envio de dois contêineres ao Haiti, com 200 mil peças de roupas, 25 mil pares de sapatos e oito toneladas de alimentos. Mais 35 toneladas de comida foram distribuídas pelos nossos missionários no Haiti a 1.800 famílias nas regiões mais afetadas pelo furacão. Ao todo, conseguimos atender mais de 10 mil famílias. “Esta semana levamos 900 lonas, são 25 malas de lonas. Continuaremos levando até conseguirmos cobrir 900 casas, das 43 mil casas que caíram. É um universo pequeno, mas

esperamos contar com a participação de mais pessoas. Cada lona custa 50 dólares, cerca de 165 reais”, diz o pastor Silair Almeida. Ele pede que todos os Batistas brasileiros se mobilizem para que seja possível cobrir todas estas 43 mil casas que desabaram, enquanto não são reconstruídas, o que pode demorar até dois anos. “Estas famílias estão vulneráveis ao sol e à chuva. Elas precisam do nosso socorro. Os missionários da JMM estão lá contando com a gente”, comenta o pastor da PIB Flórida. No Haiti desde abril de 2012, o casal missionário André e Verônica Bahia são gratos a todos que de uma forma especial e cuidadosa oraram e ofertaram para o Ajude Agora – Haiti.

“Muitos ainda precisam de água, alimentos, roupas e moradia, principalmente na parte sul do país, a mais atingida. Muito obrigada pela resposta rápida dos irmãos em favor destas famílias. Você ainda pode ajudar. Seja a resposta de Deus a estas famílias”, diz a missionária Verônica Bahia. A passagem do furacão Matthew pelo Haiti ocorreu no dia 4 de outubro, causando mortes e destruição. Desde então, temos mobilizado o Brasil e o mundo para levar ajuda aos desabrigados. Felizmente, nossos seis missionários brasileiros, inclusive um casal com duas filhas, e dois obreiros locais, nada sofreram e foram imediatamente deslocados para a capital, Porto Príncipe, seguindo orientação do Gabinete de Segurança de

Missões Mundiais para esse fenômeno natural. No Sul do Haiti, a região de Les Cayes foi a mais atingida pelo furacão, de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson (que vai até 5) e com ventos superiores a 230 quilômetros por hora. Casas foram destelhadas, e a maioria ficou destruída, inclusive a residência do pastor Ezequiel Chery, da Casa-Lar, projeto da Primeira Igreja Batista de Aracruz - ES, parceira de Missões Mundiais. A Escola e a Igreja ficaram sem o teto, bem como a unidade do PEPE em Les Cayes. Grande parte das casas em Les Cayes é feita de madeira e palha, e com a passagem do furacão, praticamente uma comunidade inteira ficou desabrigada. Siga em oração pelo Haiti, para que a ajuda chegue a tem-

po a quem precisa, e também por forças para recomeçar a vida depois desta tragédia natural. Ore também por nossos missionários: os brasileiros André e Verônica Bahia (suas filhas, Jéssica e Sara), Maria da Penha Pelanda, Rosimeri Francisco, Eliel e Haydée Gonçalves, e os missionários da terra Reginald Pyrhus e Jean Daniel Registre. Você pode ajudar com suas ofertas. Escreva agora para centraldeatendimento@jmm. org.br ou ligue para 21221901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800-709-1900 (demais localidades), nos dias úteis, das 08h às 19h (horário de Brasília) e adote o projeto Ajude Agora – Haiti. Você também pode ofertar através do nosso site www.missoesmundiais.com.br/relacionamento.

Palavras para doar esperança Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

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oda criança tem direito a brincar, porém, sabemos que muitas delas, principalmente refugiadas, tem essa garantia impedida ou violada. Por isso, a Campanha Doe Esperança quer resgatar neste Natal a infância da chamada “geração perdida”, através da implantação do Projeto Tenda de Brincar em um campo de refugiados no Oriente Médio. E além da doação, também recebemos através do site www.doeesperanca.org.br mensagens de esperança para as crianças que serão beneficiadas por esta ação de Missões Mundiais. Nelas, nossos leitores compartilham suas brincadeiras preferidas na infância e enviam palavras de encorajamento. Confira alguns exemplos.

“Graças a Deus tive uma infância muito feliz, com brincadeiras simples e saudáveis. Algumas delas: pular corda e elástico cantando, pique-esconde, bambolê, queimada, pião, ioiô e pique-gelo (se você fosse pego, tinha que ficar parado até um amigo tocar em você e ‘descongelar’)”, escreveu Flávia Batista de Oliveira Leandro. “Jesus está vendo e cuidando de todos vocês. Sejam fortes e corajosos, pois Deus se alegra”, diz Adriana Chaves Cavalcanti. Vania Alves lembra que brincou muito de corrida do saco, de pular corda e bambolê. Rosangela Vicente Pereira sugere uma brincadeira às crianças: a amarelinha. “Quero dizer com muita alegria que vocês sempre estiveram no meu coração. Oro por vocês todas as noites. Queria muito poder conhecê-los um dia. Espero que estejam bem. Beijos”, escreveu Bárbara Sil-

veira de Lima. Essas e outras mensagens, recebidas até o início de dezembro, serão usadas para estimular a criatividade dos

missionários-educadores do Projeto Tenda de Brincar no convívio com as crianças. E com a sua doação, que pode ser feita o ano inteiro,

será possível equipar o Tenda de Brincar com brinquedos e materiais que permitam às crianças beneficiadas pelo Doe Esperança fazer o que mais gostam e devem fazer na idade delas: divertir-se. Faça sua doação no site www.doeesperanca.org.br, pelo e-mail centraldeatendimento@jmm.org.br ou ligando para 2122-1901/2730-6800 (cidades com DDD 21) e 0800709-1900 (demais localidades) nos dias úteis, das 08h às 19h (horário de Brasília). Se preferir, entre em contato conosco pelo WhatsApp, nos números 98216-7960, 98884-5414, 98055-1818 e 98368-9999, todos com DDD 21. A “geração perdida” precisa ser encontrada e salva pela verdadeira esperança. Por isso, faça parte dessa missão e Doe Esperança neste Natal e no ano inteiro! As crianças refugiadas são alvo do seu amor.


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o jornal batista – domingo, 25/12/16

notícias do brasil batista

Coro masculino da Primeira Igreja Batista de Niterói – RJ comemora o 55o aniversário

Coro pastor Evódio Pinto de Queiróz

José Oliveira da Silva, regente do Coro Masculino Pastor Evódio Pinto de Queiróz

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Coro Masculino Pastor Evódio Pinto de Queiróz, da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ, comemorou, nos dias 12 e 13 de novembro, 55 anos de organização. No sábado, dia 12, foi realizado um Encontro de Coros Masculinos, com a participação dos coros elencados, junto ao coro aniversariante: Coro Masculino Dominus, da Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro; Coro Masculino Cantores de Jubal, da Primeira Igreja Batista de Alcântara - São Gonçalo – RJ e Coro Masculino Ichtus, da Igreja Batista Barão da Taquara Jacarepaguá - RJ.

No domingo à noite, dia 13, foi realizado um grande culto de gratidão a Deus, oportunidade em que o coro aniversariante fez uma “Audição de Aniversário”, quando cantou oito peças musicais do seu vasto repertório. Naquele culto, foram homenageados dois coristas fundadores: Abner Parreira de Gouvêa e Oseas Ferreira de Almeida, os quais receberam seus “Certificados de Gratidão”, pela grande contribuição na manutenção das atividades do coro durante tantos anos, até a presente data. Receberam, também, “Certificados de Gratidão”, os ex-regentes: Sillas Barbosa Barreto, Adir Vilaça, Daniel da Silva Junior e José Cláudio Alves Nunes. Fechando solenemente as comemorações, o pastor José Laurindo Filho, pastor da Igreja, proferiu o

Coristas fundadores foram homenageados

sermão ocasional, o qual embasou no Salmo 100, e enfatizou o longo período em que o coro celebrou o nome do Senhor através das vozes dos seus componentes. A Deus, que até aqui nos sustentou, toda honra e glória. Histórico dos 55 anos do Coro Masculino Pastor Evódio Pinto de Queiróz Abner Parreira de Gouvêa, corista fundador

O

Coro foi organizado em outubro de 1961, quando os cultos da Igreja ainda eram realizados no, hoje, salão térreo do templo. Naquela época, só havia o Coro Oficial da Igreja, o qual cantava aos domingos, somente nos cultos noturnos; não

havia música coral nos cultos das manhãs. Ao perceber a necessidade de haver música coral também nos cultos das manhãs, o pastor Manuel Avelino de Sousa e os maestros daquela época reuniram-se e organizaram o Coro Masculino, com 20 coristas adultos e jovens, denominando-o de Coro Masculino da Primeira Igreja Batista de Niterói - RJ. Os coristas fundadores foram os irmãos Zedir Vilaça, Clodovil Fortes Cavalcanti, Ziu de Oliveira Pinto, Abel Leite, João Batista dos Santos I, Ivan Reto de Queiróz, Edelto dos Santos, Naninho Torres, Cassiano Fortes Cavalcanti, Natan Ferreira de Almeida, Evaldo Santos Rocha, Isaias Santos Rocha, Otoni Francisco de Faria, Ozeas Ferreira, Luiz Sodré, José Antonio de Moura, Geraldo

de Moura, Enéas dos Santos, Lourival Vieira e Abner Parreira de Gouvêa. O primeiro regente foi o irmão Isaias dos Santos, e os ensaios eram realizados aos domingos, após os cultos das manhãs. Regentes desde a fundação até a presente data: Isaias dos Santos, Ophir Pereira de Barros Filho, Silas Barbosa Barreto (o que ficou mais tempo), Elias Lima, Eudes Jansen Freitas, Adir Vilaça, Elias Silva, Eliazar Mancen, Daniel da Silva Júnior, Ideil dos Santos, Telcio Faria, Tony, Isidoro Pereira, José Cláudio Alves Nunes e José Oliveira da Silva (regente atual). A primeira pianista foi a irmã Neiva Dionê Freitas. Além da PIB Niterói, o coro cantou em diversas outras Igrejas de Niterói e de outras cidades, e em congressos e convenções no estado do Rio de Janeiro. O nome “Pastor Evódio Pinto de Queiróz”, que era pai do corista Ivan Reto de Queiroz, foi dado em homenagem a quem tanto trabalhou e trabalhava na época junto à Igreja e ao ministério do pastor Manuel Avelino de Sousa. “Grandes coisas fez o Senhor por nós, e por isso estamos alegres” (Sl 126.3).

DER Fluminense promove Congresso de EBD em Sumidouro – RJ

Fonte: O Escudeiro Batista

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Departamento de Educação Religiosa da Convenção Batista Fluminense (DER) promoveu mais um evento que faz parte da série Congresso de EBD. O objetivo é criar oportunidades de capacitação para todos que trabalham na área de Escola Bíblica Dominical (EBD). Periodicamente, o DER realiza encontros para este fim por diversas regiões do campo fluminense. Desta vez, aconteceu na cidade de Sumidouro, na Região Serrana do estado do Rio, com o tema “Tempo de aprender, tempo de servir”, e contou

com o apoio da Associação Batista Entre Serras. No dia 12 de novembro, a Igreja Batista em Sumidouro - RJ recebeu 76 inscritos, dos quais 51 pertenciam a associação local e mais 25 de outras associações. O coordenador do DER, pastor Marcos Zumpiatch, participou e destacou a rele- Objetivo é capacitar a todos que trabalham vância dos temas das oficinas com EBD oferecidas: “Administração da EBD”; “Ensino Bíblico para Professores de Adultos e de Jovens”; “Professores de Adolescentes” e “Professores de Juniores e de Crianças”. Pastor Gilberto Oliveira, presidente da Associação Entre Serras, agradeceu ao DER pelo empenho na realização do Congresso, que foi uma bênção! Encontros acontecem periodicamente

Igreja Batista em Sumidouro - RJ recebeu os participantes

Evento faz parte da série Congresso de EBD


o jornal batista – domingo, 25/12/16

notícias do brasil batista

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MCA da Primeira Igreja Batista em Itabirinha - MG completa 60 anos Denival Fernando Lopes, pastor da Primeira Igreja Batista em Itabirinha - MG

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madas Mulheres Cristãs em Ação (MCA), parabéns! Vocês construíram uma linda história ao longo de 60 anos de ministério. Uma história gloriosa, marcada pela oração, estudo da Palavra e pelo serviço cristão. Vocês são mulheres tementes a Deus, mulheres sábias, prudentes, auxiliadoras, dignas, mulheres de respeito. São abençoadas pelo Senhor

e, por isso, têm abençoado vidas. Louvado seja Deus pela sua vida, mulher. Louvado seja Deus pela sua vida, mulher cristã. Louvado seja Deus pela sua vida, mulher cristã em ação! Como bem disse o sábio: “A formosura é uma ilusão, e a beleza acaba, mas a mulher que teme o Senhor Deus será elogiada” (Pv 31.30 - NTLH). Queridas irmãs, este é o tempo de vocês. Algumas vieram antes e outras virão depois, mas, agora, são vocês que têm a oportunidade de fazer a diferença nesta gera-

ção e vocês têm aproveitado esta oportunidade. De fato, vocês foram transformadas para transformar e estão sendo transformadas com glória cada vez maior. Vocês são guerreiras! São esposas, mães, trabalhadoras, são ovelhas e eu sou o pastor que tenho o imenso privilégio de pastoreá-las e fazer parte deste momento glorioso na vida de vocês e na vida da Primeira Igreja Batista em Itabirinha. Que Deus vos fortaleça para MCA da Primeira Igreja Batista em Itabirinha - MG junto que trabalhem enquanto é ao pastor Denival Fernando Lopes dia! Que o Senhor muito vos abençoe!

Associação Batista Centro Norte Goiano realiza 37a Assembleia anual Marcos J. Rodrigues, seminarista da Primeira Igreja Batista em Anápolis - GO

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conteceu entre os dias 11 e 13 de novembro de 2016, no templo da Primeira Igreja Batista em Ceres - GO, a 37ª Assembleia Anual da Associação Batista Centro Norte Goiano (ABCNG), sob o tema: “Transformados pelo Poder de Deus” e divisa baseada em I Coríntios 4.20, onde diz: “Porque o Reino de Deus consiste não em palavra, mas em poder” (I Co 4.20). A 37ª Assembleia anual da ABCNG foi marcada por muitas atividades e importantes decisões para o avanço da obra Batista em Goiás. A programação e as sessões ordinárias foram presididas pelo pastor Dirk Daniel Dijkstra e pelos integrantes da atual diretoria. Na ocasião, o Grupo de Mulheres Esposas de Pastores da região se reuniu no dia 12, sábado, à tarde, para tratar de assuntos para o fortalecimento mútuo do grupo e edificação da Igreja. E no dia 13 ocorreu a colação de grau de mais um aluno do Curso Livre de Bacharel em Teologia com Habilitação em Ministério Pastoral pelo

Abertura oficial da 37ª Assembleia da ABCNG, entrada das bandeiras

Seminário Teológico Batista Centro Norte - STBCN, mantido pela ABCNG e pela Associação Missionária Salle Fite. Na ocasião, o seminarista José Henrique apresentou sua monografia sob o tema: A Natureza da Salvação em Cristo: a vida eterna”. O casal de missionários da JMN, Syllas e Lurdes Hernandes – responsáveis pelo Projeto Cristolândia para o Centro-Oeste, reuniu-se com irmãos de várias Igrejas e representantes da ABCN e da CBG para apresentar, de forma mais detalhada, o Projeto Cristolândia. A diretoria da ABCNG estudará a possibilidade de firmar uma parceria com a Junta de Missões Nacionais (JMN) e outras insti-

tuições afins para a criação de uma unidade da Cristolândia também em Ceres - GO. Os pastores Sergio Vaz, líder da Igreja Batista do Criméia Leste em Goiânia-GO, e o pastor Genivaldo Félix, presidente da Convenção Batista Goiana (CBG) foram os oradores oficiais da 37ª Assembleia anual da ABCNG. Um dos pontos da mensagem pregada pelo pastor Sérgio Vaz foi a reflexão intitulada “Quando pescadores não pescam”. Veja um trecho do seu discurso: “Quando aqueles que são chamados para pescar e não pescam, eles brigam. Quando a energia direcionada para fora é suada para dentro, o resultado é explosivo. Em vez de jogar

Foto de todos os homens presentes abertura da 37ª Assembleia da ABCNG

as redes, jogamos pedras. No lugar de mãos estendidas para ajudar, apontamos dedos acusadores. Em vez de sermos pescadores de perdidos, tornamo-nos críticos dos salvos. Muito mais que ajudar os feridos, nós ferimos os ajudadores. O resultado. Avareza dentro da Igreja. Espiritualidade de meia tigela. Olhos que possuem bolhas procurando verrugas em outros olhos e ignorando as verrugas do nariz logo abaixo. Dedos tortos que desviam as forças e apontam as fraquezas. Igrejas divididas, testemunhos pobres, corações quebrados e guerras legalistas. E, infelizmente, o pobre não é saciado, o confuso não é aconselhado

e nem o perdido, encontrado. Quando aqueles que são chamados para pescar não pescam, brigam. Mas note o outro lado dessa história de pescaria: quando aqueles que são chamados para pescar realmente pescam, eles crescem!” (Max Lucado, 2009). A Juventude Batista Regional (JUBAR) dirigiu o momento de competições esportivas e o concurso de músicas e poesias, marcado por muita alegria e inspiração. Neste ano, o 1º lugar geral entre as Igrejas da ABCNG ficou com a Igreja anfitriã, a Primeira Igreja Batista em Ceres, que alcançou o maior número de premiações, seguida pela Igreja Batista em São Luiz do Norte, que obteve o 2º lugar.


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o jornal batista – domingo, 25/12/16

ponto de vista

O verdadeiro Natal

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verdadeiro Natal pressupõe o falso Natal. Este está centrado no homem, no Papai Noel, nas festas cheias de presentes simples e caros, regadas a bebidas das mais variadas. Promove-se o amigo “oculto” sinalizando que o Senhor Jesus é o “oculto” da celebração, justamente quando se comemora o Seu nascimento. No falso Natal, o Senhor Jesus está à parte, à margem da festa, sem relevância. Ele “perde” o Seu lugar para o Papai Noel somado ao consumismo e a comercialização de diversos produtos. Não queremos vivenciar o falso Natal, mas o verdadeiro. Não desejamos atropelar o ensino

bíblico, mas vivenciá-lo em sua inteireza. No falso Natal as pessoas se endividam para impressionar, para mostrar o seu status. Há uma corrida ao consumismo e ao prazer pelo prazer. O falso Natal é vazio, fútil e contempla a aparência em detrimento do coração, do interior. Mas o verdadeiro Natal é a celebração da vida e da obra de Cristo, é a renovação da vida nEle, é um tempo de reflexão. É Cristo em nós, a esperança da glória (Filipenses 1.27). O Senhor Jesus é o centro de toda a celebração. No Natal nós O dignificamos, reconhecendo o Seu lugar de honra em nossas vidas. A festa natalina é ajudarmos as pessoas carentes, praticar-

mos os ensinos de Jesus. Sermos sensíveis ao sofrimento alheio. Convidarmos os mais carentes para a simplicidade da festa, da celebração da vinda do Salvador. O autêntico Natal é revestido de amor, perdão, simplicidade, cumplicidade, misericórdia, justiça e verdade. Natal é a Graça de Deus manifestada para a nossa salvação (Efésios 2.8-10). Graça derramada trazendo a Paz de Cristo em nossos relacionamentos. Sim, Natal genuíno é o repartir do coração, do pão e da casa. É formular o convite aos irmãos e amigos mais carentes para a festa da salvação (Mateus 1.21). É a proclamação de que o Emanuel (Deus conosco) chegou

em Sua simplicidade, Sua justiça, Sua verdade e em Seu amor (Mateus 1.23). O verdadeiro Natal é o nascimento do Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz (Isaías 9.6). No Natal genuíno temos amor, paz e alegria no Espírito Santo. Com temor e tremor manifestamos a nossa fé na suficiência do Senhor Jesus Cristo. No verdadeiro Natal partimos o pão feito do trigo moído, revelando toda a vida de sofrimento do Senhor Jesus por nós. Natal é a revelação do Amor de Deus em Cristo Jesus nosso Senhor. Celebremos o verdadeiro Natal com profunda gratidão pela Pessoa e Obra de Cristo!

Sejamos sempre gratos ao Pai pela tão grande salvação. Reconheçamos as nossas mazelas pedindo a Deus misericórdia. Que nos arrependamos dos nossos desacertos na vida. Sejamos humildes em reconhecer que somos o que somos somente pela Graça de Deus. Celebremos o Natal com um coração grato por termos sido alcançados pelo Deus de amor incomparável. Estávamos perdidos e fomos achados; mortos, mas trazidos à vida por tudo o que Cristo fez desde a manjedoura, passando por Sua vida e morte na cruz à Sua ressurreição e ascensão. Comemoremos o nascimento de Cristo aspirando todos os dias a Sua volta.


o jornal batista – domingo, 25/12/16

ponto de vista

OBSERVATÓRIO BATISTA LOURENÇO STELIO REGA

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o final de ano, muitas empresas buscam fechar para fazer um balanço do estoque, dos resultados apurados. A principal peça contábil chama-se balanço, que fornece diversos indicadores da saúde financeiro-econômica de uma organização. Seu lucro líquido, índices de liquidez, patrimoniais, de resultados, etc. Isso serve para o empresário replanejar seus objetivos para o ano vindouro. Ao criar o mundo, Deus fazia um balanço ao final de cada dia da criação e indicava o diagnóstico: “Foi tudo bom” (Gn 1). Ao criar o ser humano, formou apenas o macho. Aí o diagnós-

tico foi diferente: “Não foi bom” (Gn 2.18). Acredito que Deus tinha o alvo didático de gerar em Adão a necessidade da afeição, da convivência, do partilhar, e viu que ele se sentia sozinho diante dos animais que foram criados em pares. O “não foi bom” não se referiu à imperfeição da obra do Criador, mas foi um meio para gerar em Adão esse desejo de conviver colaborativamente. Nós também necessitamos parar um momento e fazer um balanço de como foi nosso ano, que está agora em fase final. Entre os dias de Natal e Ano Novo temos um bom momento para concretizar essa necessidade. É

hora de pararmos por um momento e vermos como foi nossa vida nesses 12 meses. Como foram nossos relacionamentos, como conseguimos vencer os desafios, como lidamos com a dor de um parente que partiu, como lidamos com as ansiedades e preocupações. Como tratamos as pessoas, se fomos gentis ou ácidos, fomos críticos ou procuramos contribuir para novos momentos na vida das pessoas com quem convivemos ou nos relacionamos. Se somos líderes, como tratamos nossos liderados? Olhamos para cada um deles apenas como agentes produtivos ou sujeitos históricos? Conse-

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Natal e Ano Novo: fechado para balanço! guimos alcançar quais objetivos que estabelecemos no ano anterior? Quais objetivos temos para o novo ano, com quem vamos contar como parceiros para alcançar estes objetivos? Se participamos de reuniões, fomos sábios em dar opiniões ou ácidos em criar mais dificuldades? Como nossa história está sendo construída, é assim que as pessoas verão nossa linha do tempo, poderão nos dar maior ou menor oportunidades no futuro. Jesus nos ensina no Sermão do Monte que não devemos nos inquietar com o dia de amanhã (Mateus 6), não porque ele estivesse querendo que fôssemos

existencialistas, mas vivencialistas, isto é, que aproveitemos cada momento, cada relacionamento com sabedoria, de modo que o momento seguinte tenha o momento anterior como fundamento. Em uma linguagem simples, o dia de hoje é resultado de como vivemos ontem, e o futuro será construído com a soma dos dois momentos. Não desperdice a oportunidade destes dias para avaliar o que se passou e replanejar o que virá neste próximo ano, tendo os planos em uma mão e, a Bíblia, com seus princípios, na outra,e siga em frente. Daqui há um ano poderemos conversar novamente.



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