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Pelaí – Páginas 2 e 3 e Página
INFORME
Antes que o teto caia sobre as nossas cabeças, vamos cuidar da saúde
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Com atrasos convenientes, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) estão sendo inauguradas a toque de caixa neste fim de ano e, provavelmente, algumas no começo de 2022, às vésperas do início oficial do período eleitoral. Unidades de saúde nunca são demais, é fato.
E mesmo com essa demora nas entregas, não se viu anúncio de planejamento de concurso público para o preenchimento das vagas dos profissionais de saúde para atuarem nelas. Inaugura-se a obra, mas não se inaugura a melhoria na prestação de assistência à saúde da população.
Pior que isso, entregam-se prédios novos e os antigos centros de saúde, hoje chamados de UBS, e hospitais públicos são deixados de lado. Aí a notícia é que “a chuva forte provocou” infiltração e goteiras no Hospital Materno Infantil ou invadiu o Hospital Regional de Taguatinga, como ocorreu nos últimos dias.
A verdade é que esses reparos nas unidades de saúde são como as operações tapa-buraco nas ruas do DF: todo ano reaparecem nos mesmos lugares, fazem os mesmos estragos e provocam os mesmos prejuízos à população.
Só no HRT, foram registrados um vazamento de gás, em 13 de outubro, e o alagamento da área da emergência, seis dias depois. No HMIB, as goteiras voltaram agora com as chuvas mais fortes, mas em janeiro foram anunciadas obras de impermeabilização na área da UTI Neonatal.
Em outubro, foi a vez do Hospital de Base ter um vazamento de gás no sistema de refrigeração de água do prédio. Em setembro, os atendimentos foram suspensos no bloco materno infantil do Hospital Regional de Sobradinho por falha na rede elétrica. Pacientes tiveram que ser removidos às pressas.
Dias antes, o primeiro e o segundo andares do Hospital Regional de Santa Maria tiveram que ser evacuados por causa de um incêndio que começou em uma caixa de eletricidade no subsolo. Na UBS 10 de Ceilândia, chove piolho e detritos de pombos há um ano por buracos no teto que até esta semana continuavam abertos.
Existe uma verba muito pequena para que as unidades de saúde façam pequenos reparos e adquiram insumos. Mas é muito pouco. Os gestores dessas unidades ficam de mãos amarradas esperando que a Secretaria de Saúde tome as providências, que demoram. E quando são tomadas, são “tapa-buracos”.
Para termos uma real melhoria na qualidade da prestação de assistência à saúde, é necessário dar maior autonomia administrativa e financeira aos gestores locais, planejar e executar nos períodos corretos as obras e intervenções de manutenção predial e contratar médicos e
Dr. Gutemberg Fialho
Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
demais profissionais de saúde em número adequado (e com salários atrativos) para preencher os postos de trabalho em todas as unidades públicas de saúde do DF.
Feito isso, aí sim, vamos pensar em criar novas unidades. Mas primeiro, vamos cuidar da estrutura que já temos e que está se tornando obsoleta e decadente por falta de cuidado e de uma gestão eficiente.
** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital
Um fim de semana no escuro
Gabriel Pontes
O último fim de semana, de sexta-feira (26) a domingo (28) foi de escuridão em, pelo menos, nove regiões administrativas do Distrito Federal: Lago Sul, Jardim Botânico, Lago Norte, parte da Asa Norte, São Sebastião, Planaltina, Paranoá, Sobradinho e Guará registraram apagões.
Ézio Cordeiro, morador do condomínio Morada Sul, no Altiplano Leste, contabilizou mais de 40 horas sem fornecimento de energia. E, quando voltava, tinha apenas uma fase. "A Neoenergia respondia que por conta das chuvas e dos ventos fortes a demanda estava muito grande e tinha que aguardar para virem fazer o reparo", contou.
Segundo nota oficial da Neoenergia, mais de 300 profissionais extras estiveram na operação e no atendimento para tentar dar celeridade à solução dos problemas.
Segundo a Neoenergia, cerca de 300 funcionários foram acionados para fazer a manutenção das redes elétricas
ÁREAS RURAIS – O ex-deputado distrital Joe Valle (PDT), que é produtor
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rural, criou um abaixo-assinado, juntamente com outros ruralistas, contra a Neoenergia. Eles afirmam que os problemas de fornecimento são corriqueiros e têm acarretado transtornos e prejuízos. "Vale ressaltar que todos nós somos responsáveis pelo abastecimento de necessidades essenciais na Capital do País", destaca Joe, que ainda questiona a "privatização apressada, equivocada e sem ouvir plenamente a população do DF", que proporcionou a chegada da Neoenergia. "A Neoenergia, empresa que comprou a CEB, não está prestando o serviço contratado", afirma. "Apesar das inúmeras tentativas de resolver os problemas de abastecimento energético e muitas reuniões feitas com a nova concessionária, o problema só tem aumentado".
De acordo com a Neoenergia, as falhas em zonas rurais são de difícil manutenção. “São ocorrências em localidades de maior complexidade logística por serem predominantemente rurais e apresentarem uma maior dificuldade de acesso”.