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Caderno Eleições 2022 – Página
bsbcapital.com.br
3 n Brasília, 24 a 30 de setembro de 2022 - bsbcapital.com.br
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Joaquim Roriz foi o primeiro governador eleito pelo voto da população, em 1990 e o único a ser reeleito no DF, em 2002
Ibaneis tenta repetir Roriz
Atual governador pode ser o segundo a conseguir se reeleger para o cargo desde 1997
Orlando Pontes
Líder nas pesquisas e com chances de ganhar a eleição já no primeiro turno, no dia 2 de outubro, o governador Ibaneis Rocha (MDB) pode ser o segundo titular do Palácio do Buriti a conseguir ser reconduzido ao cargo desde que a possibilidade de reeleição foi instituída no País, em 1997. A única exceção foi Joaquim Roriz, em 2002.
Falecido em 2018, Roriz também foi o primeiro governador eleito pelo voto da população, em 1990. Antes, ele havia ocupado o Buriti, de 1988 a 1989, por indicação do ex-presidente José Sarney, tornando-se o penúltimo governador biônico do DF – o último foi Wanderley Vallim, que morreu em julho deste ano.
Em 1994, Cristovam Buarque, então no PT, derrotou Valmir Campelo Bezerra, candidato apoiado por Joaquim Roriz. O próprio Roriz viria a vencer Cristovam no pleito seguinte, em 1998, numa apertada disputa no segundo turno. E, no embate com outro petista – Geraldo Magela –, em 2002, Roriz ocupou a principal cadeira do Executivo pela quarta vez – uma por indicação e três pelas urnas.
O instituto da reeleição para cargos do Executivo (prefeitos, governadores e presidente da República) foi criado no País, em 1997, para beneficiar o então presidente, Fernando Henrique Cardoso. Porém, no DF, a tradição é a população votar, em geral, pela alternância no poder.
APREENSÃO – Este dado histórico cria um clima de apreensão na campanha de Ibaneis para tentar liquidar a fatura sem necessidade de uma segunda rodada no dia 30 de outubro. Embora as pesquisas apontem para uma folgada liderança do atual chefe do Executivo local, não há garantia de vitória em primeiro turno.
A tradição que assusta Ibaneis, porém, é a grande motivação de seus adversários, que se engalfinham tentando garantir o segundo lugar. Tacitamente, existe um acordo entre eles de apoiar aquele que venha a representar a oposição no segundo turno.
Saiba+
Governadores eleitos no DF 1990 – Joaquim Roriz 1994 – Cristovam Buarque 1998 – Joaquim Roriz 2002 – Joaquim Roriz 2006 – José Roberto Arruda 2010 – Agnelo Queiroz 2014 – Rodrigo Rollemberg 2018 – Ibaneis Rocha
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Um novo Brasil, uma nova América Latina
Vitória de Lula deixará 86% da população latino-americana sob governos de esquerda
Júlio Miragaya (*)
Em menos de duAGÊNCIA BRASIL as semanas os mais de 156 milhões de eleitores brasileiros dirão que país desejam para os próximos quatro anos, do mesmo modo que recentemente decidiram eleitores do Chile e da Colômbia: um governo de direita, liberal na economia e conservador nos costumes, ou um governo de esquerda, em que o Estado atua como indutor do desenvolvimento e na proteção social dos mais pobres.
A julgar pelos resultados das pesquisas mais qualificadas, a tendência é de que os brasileiros sigam a “onda” que embalou a maior parte da América Latina. Hoje, a vontade da grande maioria dos povos latino-americanos é inquestionável: dos sete países mais populosos e de maior importância econômica (Brasil, México, Argentina, Colômbia, Peru, Venezuela e Chile), apenas o Brasil é governado pela direita.
Também em alguns países menores (Bolívia, Cuba, Honduras e Nicarágua) governos de esquerda estão no comando. E caso Lula vença a eleição, nada menos que 86% da população latino-americana estará sob governos de esquerda. Esta “onda vermelha” é reflexo do mais absoluto fracasso da aplicação de programas liberais no continente, que só aprofundaram o desemprego e subemprego, a miséria e a fome.
Claro que as forças conservadoras se mantêm fortes na região. Afinal, contam com o sólido apoio do imperialismo norte-americano, que na Colômbia jogou todas as fichas para derrotar Petro, assim como o fez no Chile. Mas o próprio imperialismo “ianque” vem sendo acuado pelo enorme dinamismo da economia chinesa.
Após perder para a China a hegemonia no comércio asiático no século passado, nestas duas primeiras décadas do século XXI foi deslocado também no continente africano e na América Latina. O mundo unipolar pós queda do Muro de Berlim não mais existe, e a guerra na Ucrânia é expressão desta disputa fraticida.
O Brasil é o país economicamente mais forte da região e, juntamente com México, Argentina e Colômbia, pode avançar na proposição de um modelo de desenvolvimento que rompa com a total subordinação ao capital financeiro; que lance as bases da reindustrialização regional; que “corte as asinhas” do agronegócio predador; que tribute efetivamente os mais ricos, fonte de recursos para implementar políticas de proteção social; e que avance na consolidação da verdadeira democracia, com ampla participação popular.
Não obstante a péssima situação econômica e social em que o Brasil se encontra após a tragédia de quatro anos de desgoverno Bolsonaro, as condições políticas interna e externa são hoje mais favoráveis do que há vinte anos para que se avance na implementação de políticas que efetivamente promovam uma transformação social no país. Este é o desejo da ampla maioria do povo brasileiro, inclusive de boa parte daqueles que votam em seus algozes.
Bolsonaro no funeral da rainha
Após a pajelança promovida no 7 de Setembro, Bolsonaro conseguiu se superar ao participar do funeral da rainha Elisabeth II, em Londres. Levou a tiracolo o pastor 171 Malafaia, usou a sacada da residência do embaixador brasileiro como palanque, esbravejou contra jornalistas e xingou o ex-presidente Lula.
Ignorado, como sempre, pela quase totalidade dos chefes de Estado do mundo inteiro, Bolsonaro parece viver os últimos dias do sonho de ter exercido a presidência de um dos principais países do planeta. Sonho para ele e sua família. Pesadelo para a maioria dos 215 milhões de brasileiros.
(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia
Lixo joga-se na lata do lixo, não na urna
Bolsonaro e seu grupo querem continuar no poder para seguir golpeando o País e entregando o nosso patrimônio. Não vote em candidatos dos partidos do Centrão
J. B. Pontes (*)
DIVULGAÇÃO
Estamos assistindo à mais vergonhosa, odiosa e violenta campanha eleitoral da história do nosso País. Bolsonaro está fazendo todos os jogos políticos sujos possíveis e inimagináveis para se reeleger. E os atos reprováveis se intensificam à medida que os resultados das pesquisas eleitorais dos institutos mais credenciados lhes são francamente desfavoráveis.
Na pesquisa do IPEC, publicada na segunda-feira (19), o atual presidente ficou estagnado nos 31% das intenções de voto, enquanto Lula subiu para 47%, o que aponta para que a eleição se resolva já no primeiro turno – o que seria desejável!
Bolsonaro e seus seguidores, interesseiros ou fanáticos, mantêm a Nação sob clima de terrorismo, mediante ataques às instituições, ameaças à democracia, incentivo a atos violentos contra opositores, acusações infundadas contra outros candidatos e afirmações levianas quanto à falta de lisura do processo eleitoral em vigor.
O presidente de plantão age de forma imoral, antiética e ilegal, sem qualquer escrúpulo, na certeza de que ninguém vai impedi-lo ou punir. As fake news são usadas com maior frequência do que antes. Faz ele, ainda, em sua campanha, uso indevido, de forma ostensiva, de recursos públicos disponíveis. E até compromete os do futuro...
Bolsonaro e seus cúmplices do Centrão ultrapassaram todos os limites éticos e morais. Nem mais disfarçam as ações ilegais e o saque dos recursos públicos para uso político privado, na tentativa desesperada de continuar no poder.
No início de setembro, a um mês das eleições, liberou mais R$ 3,5 bilhões (vejam bem: bilhões) para atender emendas do “orçamento secreto”, beneficiando integrantes do Centrão, como forma de consolidar o apoio desse grupo de políticos corruptos à sua reeleição.
Para ajustar o orçamento, bloqueou R$ 2,5 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e R$ 1,6 bilhão do Ministério da Educação, comprometendo o futuro do País e o funcionamento das universidades públicas federais.
E para quê eles querem continuar no poder? Para seguir golpeando o País, entregando o nosso patrimônio e reservas estratégicas de minérios e petróleo, a preços aviltados, para países como EUA e China; para continuar governando para o grande capital e subjugando o povo; para promover o fim de direitos sociais e individuais.
Para, enfim, continuar fragilizando as instituições democráticas e acabar com toda civilidade que conseguimos conquistar, com o sacrifício de muitos brasileiros e brasileiras que tiveram a coragem de enfrentar a ditadura militar, com enormes perdas motivadas por desaparecimentos, mortes, torturas e exílios.
Neste momento crucial, todos temos o dever de nos esforçar para libertar o Brasil das mãos de pessoas que já demonstraram não ter qualquer compromisso com o povo, com a democracia e com os interesses do País.
Continuamos encarecendo que é preciso, nesta eleição, reduzir, em muito o poder do Centrão, grupo que domina, principalmente, o orçamento público federal e vem promovendo um verdadeiro saque aos cofres públicos.
Não jogue lixo na urna. Não vote em candidatos dos partidos do Centrão (**).
(*) Geólogo, advogado e escritor (**) Partidos que integram o Centrão: 22 - PL, 11 - PP, 77 - Solidariedade, 14 - PTB, 44 - União Brasil, 35 - PSD, 15 - MDB, 90 - PROS, 20 - PSC, 70 - Avante e 51 - Patriota.
Dr. Gutemberg recebe apoio de servidores
Candidato assume compromisso de representar a categoria na Câmara Legislativa
A campanha a deputado distrital do presidente licenciado do Sindicato dos Médicos (SindMédico-DF), Dr. Gutemberg (Podemos, número 19123), ganhou reforço dos integrantes da diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do DF (Sindireta-DF).
Junto com outros diretores que participaram da gravação de vídeos de apoio, o presidente do Sindireta, Ibrahim Youssef, aposta que Dr. Gutemberg será o defensor dos servidores públicos do DF na Câmara Legislativa. “Ele sempre foi nosso aliado na defesa de nossas conquistas”, destacou.
O relacionamento de Dr. Gutemberg com o Sindireta vem de longa data e se intensificou em 2015, quando o agora candidato protagonizou
Dr. Gutemberg: “Temos que ampliar e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população do DF”.
a criação do Movimento Sindical Unificado, ao lado de Ibrahim e de outros sindicalistas, em defesa dos planos de carreira e reajustes salariais que o governo Rollemberg tentava derrubar na Justiça. “Aquela foi uma luta imensa, mas conseguimos preservar as leis de reformulação de carreiras de 32 categorias de servidores do DF”, lembra Dr. Gutemberg, que destaca a importância de uma representação forte dos servidores diante da pressão que o Executivo local exerce sobre a Câmara Legislativa.
QUEMDEFENDEOSUS, VOTANAMULHERQUE ESTEVELáPORELE
Participou da constituinte do movimento da Reforma Sanitária Brasília, da criação do SUS.
Coordenou o Programa de Agentes Comunitários.
Fez parte da equipe que implantou a Estratégia SaúdeSaúde dada FamíliaFamília nono Brasil,Brasil, porpor isso recebeu um prêmio da OMS/OPAS: Sérgio Arouca pela ampliação do acesso a Atenção Primária à Saúde.
CONHEÇA AS MINHAS PROPOSTAS
Defesa da saúde e do trabalhador
Com o histórico de bom desempenho nas campanhas de 2014 e 2018, ano em que foi o 12º mais votado para deputado distrital, Dr. Gutemberg tem suas propostas focadas na defesa da saúde e do serviço público do DF.
“Temos que ampliar e melhorar a qualidade dos serviços prestados à população. Para isso, temos que valorizar os servidores, investir neles e dar as condições de trabalho necessárias para que prestem bons serviços à comunidade”, afirma Dr. Gutemberg.
O candidato aponta como exemplo as situações que ocorrem na Saúde e na Assistência Social. “São filas intermináveis, servidores sobrecarregados sendo alvo de agressões e usuários insatisfeitos com o atendimento. E a responsabilidade pelo número insuficiente de servidores, pela falta de condições de trabalho e pela insatisfação da população é toda do GDF”, avalia Dr. Gutemberg.
Para o candidato, a Câmara Legislativa tem que ter independência e protagonismo na correção desses e outros problemas que afetam o serviço público do DF.