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Pelaí – Páginas 2 e

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REPRODUÇÃO

Mais 200 árvores em Águas Claras

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A Terracap está tirando do papel um velho sonho dos moradores de Águas Claras: a criação do Parque Sul, localizado próximo do Hospital Águas Claras - entre a as ruas Babaçu, 25 Sul, e Araribá. REMOÇÃO – Serão plantadas 237 mudas e removidas outras 52. Segundo a Terracap, a remoção de algumas espécies é necessária por serem exóticas ao Cerrado e ao ambiente naturalmente arborizado.

Semana de Letras em Águas Lindas

De 25 a 31 de outubro, acontecerá, em Águas Lindas (GO), a 40 quilômetros de Brasília, a 2ª edição do Semana Darcy Ribeiro da Aletras (a primeira ocorreu em 2019). O evento visa estimular a leitura de obras nacionais, especialmente as produzidas por pessoas do município e região, por meio da exposição e venda de livros, além de palestras, oficinas de leitura, bate-papo literário e contação de histórias infantis em escolas. Veja a programação em bsbcapital.com.br (QR CODE).

Ti-ti-ti

Dizem Pelaí que o senador Flávio Bolsonaro (PatriotasRJ) está inadimplente com o BRB e que há 6 meses ele não paga as prestações do financiamento de R$ 6 milhões da mansão (foto) que comprou no Lago Sul. Nem com rachadinha a coisa deslanchou...

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Informe

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Educação que conscientiza é sempre a saída

Sinpro-DF

Este ano, o Dia dos Professores e das Professoras transcorreu em tempos de profundo retrocesso sociopolítico e econômico. Por isso, é indispensável refletir sobre a educação que queremos e o professor ou a professora que devemos ser.

Faremos coro com um modelo de educação que não abre espaço para a solidariedade, para a troca de ideias; que ignora as vidas e as relações sociais? Ou defenderemos uma educação que permite às pessoas o pensamento crítico, a consciência social e de classe; que permite a construção de escolas que rompem com a reprodução da desigualdade e do preconceito?

No Ministério da Educação, temos um negacionista que atua para uma educação excludente e, no Ministério da Economia, um banqueiro que tem negócios em paraísos fiscais e lucrou R$ 15 bilhões com a mesma política econômica que impôs ao povo brasileiro a corrida por ossos para enganar a fome.

No Planalto, um presidente que facilita a compra de armas e pede taxação de livros; que subtraiu quase R$ 5 bilhões da Educação em apenas um ano; que diz que professores existem em “excesso” e isso “atrapalha”.

No Distrito Federal, o governador tenta todas as manobras para deixar de pagar a última parcela do reajuste devido há seis anos. Além disso, o GDF infla a rede pública de ensino com contratação temporária e faz vista grossa à nomeação dos 373 professores(as) que estão no banco do último concurso, homologado em 2017.

Por isso, se cabe a nós, professores e professoras, refletir sobre a educação que queremos, a sociedade que almejamos e qual o nosso papel, cabe também refletir sobre o governo que pode proporcionar esse cenário.

Tal reflexão é para que possamos nos libertar das amarras desta triste conjuntura que nos cerca e nos fortalecermos para desenhar um amanhã muito melhor - para nós, para a educação e para o Brasil.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

A nossa bandeira sempre será vermelha

Júlio Miragaya (*)

O título do artigo, claro, é uma provocação aos bolsonaristas, que histericamente bradam que “a nossa bandeira jamais será vermelha”. Sabemos que a extrema direita sempre procurou se apropriar de símbolos nacionais, como bandeira, hino e moeda. Ops! Moeda não, pra eles vale o dólar. Patriotismo hipócrita, pois idolatram os EUA, sonham em morar na Flórida e nutrem profundo desprezo pela maioria do povo brasileiro, pobre e negro.

Mas, embora provocador, o título do artigo não é destituído de propósito. Primeiramente, porque vermelha poderia ser a cor da nossa bandeira. Afinal, Brasil vem de pau brasil, nome dado pelos portugueses no século XVI a uma árvore muito comum em nosso litoral, de onde se extraía a brasilina, substância utilizada para tingir tecidos de vermelho.

Sua origem vem do termo germânico brasa (cor avermelhada), ou de brasillis, termo que tintureiros italianos davam ao corante avermelhado extraído da sappan, madeira da mesma família do pau-brasil, muito comum em Myamar e na China, comercializada pelos árabes na Europa desde o século IX. Era chamada pelos nativos de ibirapitanga, que significa árvore vermelha.

Sim, vermelho está no nome do nosso país e poderia ser a cor da nossa bandeira, até porque o “verde de nossas matas” está desaparecendo pela ação de “patriotas” madeireiros, grileiros, pecuaristas e sojeiros; o “amarelo de nosso ouro” foi financiar a Revolução Industrial na Inglaterra e “o azul de nosso céu” anda encoberto pela poluição e pelas queimadas. Ah, o “branco da paz”, este nunca tivemos.

Em segundo lugar, me permitam a ironia, o próprio desgoverno Bolsonaro tem se empenhado em promover a bandeira vermelha. Com o agravamento da crise hídrica, em boa medida intensificada pela fúria desmatadora dos falsos patriotas acima citados, o desgoverno lançou mão da geração de energia termelétrica, levando a um valor adicional nas tarifas, que recebeu o nome de “bandeira vermelha”.

Em suma, o povo, todo mês, ao receber a conta de energia, é lembrado que sua bandeira é vermelha. E o ex-capitão e seus generais de pijamas, falsos patriotas, ao privatizarem a Eletrobras, garantiram que o povo brasileiro terá bandeira vermelha por muito tempo.

Por fim, a nossa bandeira sempre será vermelha enquanto houver em nossos corações vermelhos o inconformismo com a desigualdade e correr em nossas veias o sangue vermelho disposto a lutar por justiça social. Vermelha é a bandeira de todos que almejam uma sociedade mais justa, seja ele brasileiro, argelino, francês ou chinês.

Sim, porque, antes de brasileiros, somos seres humanos, e o que fundamentalmente nos divide não são fronteiras construídas pelas classes dominantes, mas nossas desiguais condições de vida.

É óbvio que um trabalhador brasileiro tem muito mais identidade com um trabalhador colombiano ou italiano do que com os “brasileiros” Jorge Lemann (bilionário, que, por sinal, reside na Suíça) e Paulo Guedes (que investe sua fortuna nas Ilhas Virgens, paraíso fiscal britânico).

Não estou aqui sugerindo deixar a bandeira verde/amarela nas mãos dos falsos patriotas, mesmo com seu insidioso lema “Ordem e Progresso”, que, na tradução burguesa, significa “ordem para as massas e progresso para os ricos”. Mas não podemos, de forma alguma, nos intimidarmos e abandonar nossas bandeiras vermelhas ou desfraldá-las constrangidos.

A bandeira nacional não é a única que desfraldamos. Quem nunca ergueu a bandeira de seu estado, do seu clube, da escola de samba etc.? A bandeira vermelha é mais uma, talvez a mais possuída de significado.

(*) Doutor em Desenvolvimento Econômico Sustentável, ex-presidente da Codeplan e do Conselho Federal de Economia

Os injustos privilégios dos parlamentares? (parte I)

J. B. Pontes (*)

A classe política brasileira jamais demonstrou qualquer interesse em promover uma sociedade mais justa, mais igualitária, mais solidária. Eles - os políticos - sempre lutam é para manter os seus privilégios, os quais são inimagináveis, em completa incompatibilidade frente aos milhões de pobres e excluídos existentes no País. Os principais benefícios por eles oficialmente auferidos são: salários, auxílio moradia, assessores, veículos, passagens aéreas, celulares, plano de saúde...

Vejamos os astronômicos valores desses benefícios e vantagens dos parlamentares:

1) Remuneração mensal de R$ 33.763,00. 2) Verba de gabinete de quase R$ 120 mil/mês, para contratar diretamente de 5 a 25 secretários parlamentares. Ainda são pagos por fora a esses assessores os custos com 13º salário, férias, auxílio alimentação e assistência médica. O Senado Federal adota o sistema de cargos comissionados, indicados pelos Senadores e contratados diretamente por aquela Casa. 3) Cota para o exercício parlamentar, que varia de R$ 30 a R$ 45 mil /mês, dependendo do estado que representam (para Brasília e o Ceará, por exemplo, é de R$ 30.000 e R$ 42.451, respectivamente). Essa verba cobre despesas com: aluguel de escritório de apoio em seus estados, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carros, combustível, divulgação da atividade parlamentar, entre outras. 4) Auxílio moradia de R$ 4.253/mês (senador R$ 5.500,00), caso não use apartamento funcional no Plano Piloto de Brasília. Os presidentes das Casas do Congresso Nacional moram em mansões às margens do Lago Paranoá. 5) Despesas médicas – reembolso integral das despesas individuais e dos dependentes, além de poder usar os serviços médicos mantidos pelas Casas do Congresso. 6) Cota gráfica para a impressão de material de papelaria (cartões, pastas, papel e envelopes timbrados), impressão de documentos e publicações. 7) Ajuda de custo no valor de uma remuneração mensal (R$ 33 mil), no início e no fim do mandato. 9) Aposentadoria proporcional ao tempo de mandato. 10) Uso de carro oficial em Brasília, com combustível, motorista e manutenção custeados pelas Casas do Congresso.

Alguns desses benefícios são absurdos e até inconstitucionais, a exemplo da contratação de assessores, uma vez que as duas Casas do Parlamento possuem quadro de servidores efetivos concursados e comissionados mais do que suficiente para atender as demandas dos parlamentares.

Os servidores efetivos, quase sempre, ficam ociosos porque os parlamentares não gostam de trabalhar com eles. São servidores do Estado e não deles. Portanto, como possuem estabilidade, não podem ser demitidos ao se recusarem a praticar eventuais atos ilegais. E, também, por receio de que os trambiques que fazem sejam vazados para a imprensa.

(*) Advogado e Consultor Legislativo do Senado Fede

INFORME

Dia do Médico: aplaudam de pé a coragem dos nossos médicos

Dia 18 de outubro comemora-se o Dia do Médico. Para mim, que sou médico, presidente do SindMédico-DF e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), esta é uma data de muita comemoração. E não é porque não estejamos em uma fase difícil. Na verdade, é porque estamos. Mesmo em um cenário de pandemia, superamos os obstáculos. Assim são os médicos. Sabem por quê? Porque lá atrás, quando nos formamos, assumimos o compromisso inadiável e inegociável - não importam as dificuldades - de atender os pacientes em suas necessidades.

Nada na Medicina é fácil: o vestibular (um dos mais concorridos), a faculdade, a residência médica, as perspectivas e, sobretudo, o dia a dia daqueles que são, também, servidores públicos. No entanto, acompanho de perto a coragem dos meus colegas. Porque parar, na Medicina, não é uma opção. “Desistir” é uma palavra que não existe no nosso dicionário. Nos tornamos médicos justamente para lutar por vidas. Essa é a meta: dos postos de saúde aos hospitais, nosso objetivo é prevenir, tratar e recuperar.

Aqui no DF, enfrentamos, há anos, o desmonte da saúde pública. São aproximadamente 6 mil médicos ativos, no SUS-DF, para atender aos mais de 2 milhões de cidadãos que dependem exclusivamente da rede pública para ter acesso à saúde. A conta não bate, né? Mas, na prática, o que sobram são força de vontade e compromisso com os pacientes. Isso acontece, por exemplo, quando a lanterna de celular vira um otoscópio (aparelho necessário para ver o ouvido), quando um saco de plástico vira um Equipamento de Proteção Individual (EPI) ou quando o ar-condicionado da sala de cirurgia é resultado de uma vaquinha entre colegas.

A Medicina é, sobretudo, um ato de coragem. Nos alimentamos dos imprevistos da vida. Nos unimos em prol de uma única causa: o acesso à saúde dos pacientes. Não acreditem quando dizem o contrário. Apesar da pandemia, e mesmo com medo (porque médicos também são humanos), eles são heróis, sim. Sem os médicos, este cenário seria mais assombroso. Porque não houve, em momento algum, facilidade. A pandemia, por si só, é um desafio. E enfrentar este desafio com escassez de leitos, insumos, medicamentos, aparelhos e até assédio moral...não é para qualquer um. Hoje, parabenizo meus colegas médicos por todo o esforço. Hoje, me coloco, novamente, à disposição de todos para lutarmos por uma saúde mais digna e por condições de trabalho. Hoje, aplaudo de pé todos aqueles que me procuraram, em algum momento, para denunciar situações adversas e, simplesmente, continuar o seu trabalho.

Dr. Gutemberg Fialho

Médico e advogado Presidente da Federação Nacional dos Médicos e do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal

Eu sei que não é fácil. Nunca foi. Mas, estamos juntos. Estamos juntos para superar, para vencer, para lutar e para um dia nos orgulharmos de dizer em alto e bom tom: “a Saúde venceu”. A Medicina triunfou sobre o descaso.

Parabéns, colegas médicos. E obrigado por não desistirem dos seus pacientes.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

INFORME

Sindicato dos bancários notifica BB sobre distanciamento mínimo

Sindicato dos Bancários de Brasília

O Banco do Brasil fez o convite, mas não arrumou a casa para receber os bancários e bancárias no retorno ao trabalho presencial. É o que os trabalhadores têm relatado, e o Sindicato confirmou durante visitas aos locais de trabalho. Ao contrário do que estipula o artigo 5º, I, do Decreto nº 45.525 do GDF, de 21 de setembro de 2021, o banco não tem respeitado os dois metros de distância mínima entre os bancários. Em ofício enviado no dia 30 de setembro, o Sindicato cobra do BB a observância dos protocolos de segurança recomendados pelas organizações sanitárias nacionais e internacionais. A entidade, empenhada na defesa de vidas humanas e na desaceleração da propagação do vírus, pede que o Manual Trabalho Presencial

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Diretrizes o Covid-19 seja urgentemente retificado. O BB ainda não se manifestou.

“O Banco do Brasil não comunicou previamente ao Comando Nacional dos Bancários que iria fazer essa convocação que está chamando de retorno voluntário. No entanto, o Sindicato está atento, e vale lembrar que, de acordo com decreto do GDF, o distanciamento mínimo entre funcionários de órgãos e empresas públicos é de 2 metros, diferente do determinado pelo governo federal, que é de 1 metro. Queremos padronizar em 2 metros”, explica o diretor do Sindicato, Humberto Maciel.

Apesar das altas taxas de transmissão e do número de mortes ainda muito alto, o banco planeja que todos os bancários e bancárias retornem ao trabalho presencial até dezembro deste ano. Os representantes dos trabalhadores exigem negociação, planejamento e aplicação das medidas de segurança como requisitos para o fim do teletrabalho.

Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasília Capital

Midas às avessas

Bolsonaro transforma projeto social para distribuição de absorventes femininos em munição contra ele próprio

José Silva Jr.

Midas era um rei da antiguidade que tinha o dom de transformar em ouro tudo o que tocava. Como presidente do País, Jair Bolsonaro tem dote semelhante, com potencial de melhorar não a própria vida, mas a de milhões pessoas. Basta tocar a ponta da caneta e assinar medidas provisórias, decretos ou sancionar projetos de lei que beneficiem principalmente as mais carentes.

Acontece que o ex-capitão do Exército que hoje chefia o Brasil age como o personagem da mitologia às avessas. Nem mesmo quando a encomenda vem de fora do Planalto e em forma de presente, Bolsonaro é capaz de manter pelo menos seu estado natural. Então, acaba transformando aquilo que chegou em forma de ouro em matéria sem valor.

Foi o caso da proposta que visava a distribuição gratuita de absorvente menstrual para estudantes de baixa renda de escolas públicas e de pessoas em situação de rua ou de vulnerabilidade extrema. A matéria, aprovada pelo Congresso Nacional, foi vetada com uma canetada do chefe do Planalto. Além de estranheza, a decisão causou uma grita geral, principalmente nas redes sociais.

Publicada na edição da quinta-feira (7) do Diário Oficial da União, a reprovação da matéria chancelada pelo Senado e pela Câmara veio acompanhada do argumento de que o texto do projeto não estabeleceu fonte de custeio.

VETOS – “[Sobre] A despesa, ela [deputada Marília Arraes (PT-PE), autora do projeto] alega ser R$ 100 milhões. É muito mais, pela quantidade de pessoas, pela distribuição. Não é a cegonha que vai levar, tem logística de distribuição. O veto é em função disso. Se o Congresso derrubar o veto, vou tirar dinheiro da Saúde e da Educação, tem que tirar de algum lugar”, disse Bolsonaro.

O presidente sancionou o projeto criando o Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual, mas vetou o artigo 1º, que previa a distribuição gratuita de absorventes higiênicos, e o artigo 3º, que estabelecia a lista de beneficiárias: estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino; mulheres em situação de rua ou em situação de vulnerabilidade social extrema; mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal; e mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa.

Para aliados e nas suas redes sociais, onde fala para apoiadores fanáticos, o presidente deu um tom político, tentando amenizar as críticas à decisão de votar o projeto. Também disse que a proposta está sendo usada com fins

Turrão malvadão

eleitoreiros, numa tentativa de colocá-lo como o “malvadão” da história por ter vetado o projeto de cunha social.

Turrão, Bolsonaro fez uma ameaça clara a outras duas Pastas que não têm nada a ver com a medida vinda do Congresso Nacional. Falou que vai “tirar dinheiro da Saúde e da Educação” para bancar a distribuição gratuita de absorventes femininos, caso o Parlamento derrube o seu veto. A ameaça pode se concretizar.

Também pelas redes sociais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacho (DEM-MG), disse que o veto é “candidatíssimo” a ser derrubado. Os trabalhos na Casa devem ser retomados, de fato, somente na terça-feira (19).

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