Edição nº 332

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Ano 10 ● nº 332 www.jornalcapital.jor.br Duque de Caxias, Baixada e Capital

MERCADO & NEGÓCIOS R$1

Capital EMpRESa JORNalÍStiCa EiREli ● ►SEGUNDA QUiNzENA DE JANEiRO DE 2018

Parece “zona de guerra”! Marcelo Cunha

Internet

Internet

Vila Sarapuí Duque de Caxias

Síria

Afeganistão

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uem visita a comunidade Vila Sarapuí, no 1º distrito de Duque de Caxias, tem a impressão de que o lugar está sendo devastado. Moradores airmam que a Prefeitura transformou o bairro em uma "zona de guerra". O prefeito Washington Reis (PMDB), segundo eles, alegando que vai abrir uma pista no local, está coagindo alguns deles a deixarem suas casas sem garantia de que receberão indenização justa pelos imóveis. A comunidade denuncia que não pode contar com a Associação de Moradores, cujo presidente tem nomeação na Prefeitura. O grupo decidiu ir à Justiça. O Ministério Público Federal em São João de Meriti (RJ) anunciou que decidiu apurar a regularidade da destinação de 900 unidades do conjunto habitacional São Bento. ►PÁGINAS 4 e 5

Ex-prefeito propõe caminhos para evitar quebradeira das cidades Marcelo Cunha

Índice que reajusta aluguéis desacelerou em janeiro ►PÁGINA 2

Duque De Caxias é a 5ª CiDaDe que mais vagas De emprego feChou em 2017 ►PÁGINA 3

governo libera r$ 12,5 bilhões para inanciar safra agrícola

►PÁGINA 6

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través do livro “Sua cidade Sua Casa”, o ex-prefeito Alexandre Cardoso vem promovendo pequenos debates para explicar e discutir as questões sobre a administração pública dos municípios.

petrobras estuDa investir na exploração De gás natural no exterior ►PÁGINA 8

►PÁGINA 7

brasil espera 10 milhões de turistas SCERJ/Divulgação

Drone monitora praia também no Carnaval SCERJ/Divulgação

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feriado de carnaval, que este ano ocorre de 9 a 13 de fevereiro, deve injetar R$ 11,14 bilhões na economia nacional e resultar em um fluxo total de 10,69 milhões de viajantes brasileiros e cerca de 400 mil turistas internacionais. As estimativas foram divulgadas pelo Ministério do Turismo. ►PÁGINA 3

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MERCADO & NEGÓCIOS

►segunda quinzena de Janeiro de 2018

sérgio Cabral é denunciado pela 21ª vez na lava Jato O

Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro apresentou mais uma denúncia envolvendo o ex-governador Sérgio Cabral. Esta é a 21ª denúncia contra Cabral: uma foi apresentada pela força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba e as outras 20 pelo MPF no Rio. O ex-governador já tem quatro condenações pela Justiça Federal. A nova denúncia apresentada pelo MPF é relativa à lavagem de dinheiro e é um desdobramento das operações Calicute, Mascate e Eiciência. Além de Cabral, também foram denunciados Ary Ferreira da Costa Filho, Sérgio Castro de Oliveira, Gladys Silva

Falci de Castro Oliveira, Sonia Ferreira Batista, Jaime Luiz Martins e João do Carmo Monteiro Martins. As duas decisões apontam que Cabral tinha privilégios na cadeia.De acordo com os procuradores, os crimes de lavagem de dinheiro ocorreram nas seguintes modalidades: 165 atos de lavagem de dinheiro com a transferência entre 10 de outubro de 2007 a 22 de agosto de 2014 de R$ 6.858.692,06 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa Gralc Consultoria (LGR Agropecuária). Segundo a denúncia, ocorreram 39 atos de lavagem de dinheiro entre 30 de dezembro

Justiça aceita denúncia contra 22 por fraudes previdenciárias no Rio

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Justiça Federal aceitou denúncia contra 22 acusados de fraude contra a Previdência Social no norte luminense. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o esquema envolvia irregularidades na concessão de benefícios por incapacidade (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez), na Gerência Executiva do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Campos dos Goytacazes. Durante a investigação, que resultou nas duas fases da Operação Cardiopatias, em dezembro do ano passado e janeiro deste ano, foram identiicadas fraudes em 34 benefícios, que geraram prejuízo de mais de R$ 11 milhões. Entre os acusados estão técnicos do seguro social, médicos peritos, médicos particulares e agenciadores de benefícios, entre outros. Eles estão sendo processados por integrar organiza-

ção criminosa, estelionato previdenciário, corrupção passiva e ativa, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações do INSS e violação de sigilo funcional. De acordo com o MPF, o esquema fraudulento envolvia cinco núcleos criminosos que tinham funções especíicas: cooptadores; “cardiopatas”; médicos particulares; servidores do INSS e médicos peritos do instituto. Os cooptadores aliciavam pessoas que não cumpriam requisitos mínimos para obtenção do benefício, mas que o requeriam assim mesmo. Os "cardiopatas" eram pessoas saudáveis que apresentavam à perícia os exames de pessoas que realmente sofriam do coração. Servidores do INSS, incluindo médicos peritos, que participavam do golpe, aprovavam os exames e autorizavam o auxílio-doença. (Agência Brasil)

de 2009 a 2 de maio de 2011 de R$ 1.074.582,50 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa Falci Castro Advogados e Consultoria. Os procuradores também airmam que houve oito atos de lavagem de dinheiro com a transferência entre 30 de setembro de 2013 a 22 de agosto de 2014 de R$ 157.540 de contas em nome de empresas do Grupo Dirija para contas em nome da empresa SFB Apoio Administrativo. Em nota, o advogado de Sérgio Cabral, Rodrigo Rocca, airmou que a denúncia recicla material usado em outros processos para chegar ao ex-gover-

nador “baseada exclusivamente em artifícios teóricos e nas palavras de delatores”. “Sérgio Cabral nunca teve qualquer relação com as empresas ou com as operações inanceiras nela descritas, não havendo um só indício da sua participação nos fatos investigados”, disse o advogado. No último dia 18, Cabral foi levado para Curitiba. A transferência do ex-governador atendeu às determinações do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, e da juíza substituta Caroline Vieira Figueiredo, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro, cujo titular é o juiz Marcelo Bretas. (Agência Brasil)

Índice que reajusta aluguéis desacelera em janeiro

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Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) encerrou janeiro com variação positiva de 0,76%, divulgou nesta terça-feira (30) Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado representa um recuo de 0,13 ponto percentual em relação ao

veriicado em dezembro (0,89%). O índice deste mês, no entanto, icou acima do registrado em janeiro de 2017, quando a variação foi 0,64%. Em 12 meses, o IGP-M acumula queda de 0,41%. O índice é utilizado como base de cálculo para renovações de contrato de aluguel. (Agência Brasil)

Duque de Caxias, Baixada e Capital

onu avaliará caso de lula contra moro no 2º semestre

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Organização das Nações Unidas (ONU) deve avaliar o caso apresentado ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o juiz federal Sérgio Moro, no segundo semestre deste ano. O caso foi levado à entidade em outubro do ano passado. Moro é responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância e que condenou Lula a 9,6 anos de prisão no caso do tríplex do Guarujá. A sentença foi conirmada pelo TRF-4 que elevou a pena para 12,1 anos de reclusão. Segundo o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, o caso de Lula não está previsto na pauta da reunião do Comitê das Nações Unidas que acontecerá em março. Ainda segundo o órgão, a probabilidade é que, em função dos casos pendentes, o processo referente ao ex-presidente seja apreciado em julho ou outubro - quando acontecem as próximas reunião do comitê -, às vésperas das eleições presidenciais. DENÚNCIA - Uma das maiores referências mundiais em direito internacional, o advogado britânico Geoffrey Robertson disse esta semana que irá à ONU para denunciar a perseguição ao ex-presidente Luiz

Inácio Lula da Silva pelos tribunais brasileiros. Para ele, o sistema judiciário brasileiro é "arcaico". Isso, ainda segundo ele, impede que o ex- presidente tenha um julgamento "justo" nas ações criminais a que responde. As informações são de reportagem de Carolina Freitas e André Guilherme Vieira no “Valor”. Robertson diz ter presenciado, no julgamento que condenou Lula a 12 anos e um mês de prisão, "indícios de viés", listados por ele em documento de dez páginas enviado na noite de ontem à Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra (Suíça). Robertson diz que é "bizarro e surpreendente" ter visto o procurador-regional da República [Maurício Gerum] sentado ao lado do juiz [desembargador-presidente da 8ª Turma do TRF-4, Leandro Paulsen]. - Mostra fotograicamente o viés da Corte - comentou. Ele critica também o fato de os magistrados irem para o julgamento com votos escritos, praxe em todos os tribunais brasileiros. "Ninguém estava ouvindo a defesa, pois os juízes já tinham seus votos escritos. Nada do que pudesse ser dito teria algum efeito. É um exemplo de como o processo legal no Brasil é surpreendente para visitantes".

Detran divulga calendário de vistoria

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Diário Oicial publicou no último dia 24, o calendário de licenciamento anual de veículos para 2018. Os proprietários dos automóveis com placas de inal 0 e 1 terão até o dia 31 de maio para a realização da vistoria. Já os

de placas terminando em 2 e 3, até 30 de junho. No segundo semestre, será a vez do resto da frota. Todos os proprietários devem agendar o serviço por telefone (3460-4040 e 0800 020 4040) ou pelo site www.detran.rj.gov.br.

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►segunda quinzena de Janeiro de 2018

Carnaval deverá atrair mais de 10 milhões de turistas O

feriado de carnaval, que este ano ocorre de 9 a 13 de fevereiro, deve injetar R$ 11,14 bilhões na economia nacional e resultar em um luxo total de 10,69 milhões de viajantes brasileiros e cerca de 400 mil turistas internacionais. As estimativas foram divulgadas pelo Ministério do Turismo. Se as projeções se conirmarem, será um crescimento de 0,75% no número de turistas em relação ao feriado do ano passado. As cidades mais procuradas para o carnaval, segundo o ministério, são o Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, o Recife e Olinda. Juntas, elas representam 65% de toda a movimentação inanceira no período: R$ 7,4 bilhões. As vendas de pacotes de viagens aumentarão 15% em relação ao mesmo pe-

Duque de Caxias é a 5ª cidade que mais vagas de emprego fechou

SCERJ/Salvador Scofano

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ríodo de 2017, de acordo com dados da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav). Além das cidades conhecidas pela folia, Foz do Iguaçu (PR) e os cruzeiros marítimos também registram maior procura no período. Entre os visitantes estrangeiros,

a maioria será proveniente de países como a Argentina, os Estados Unidos, o Paraguai, Chile, Uruguai, a França e Alemanha. No Rio de Janeiro são aguardados 1,5 milhão de turistas que, somados aos moradores da cidade, devem injetar R$ 3,5 bilhões

na economia local para acompanhar os desiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí e os blocos de rua. Os hotéis da capital luminense esperam chegar à marca de 85% de ocupação, número 7% maior que o do ano passado. (Agência Brasil)

anp espera arrecadar mais de r$ 3,5 bilhões com leilões de petróleo A

Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estima arrecadar cerca de R$3,5 bilhões em bônus de assinatura com leilões de petróleo em 2018, segundo o diretor-geral, Décio Oddone. Para este ano, já estão agendadas a 15ª Rodada de Licitações de Blocos de Petróleo e Gás, em 29 de março, e a 4ª Rodada de Licitações do Pré-Sal, sob o regime de partilha, em 7 de junho. A 14ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás foi realizada em setembro do ano passado. Dos 287 blocos oferta-

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dos, 37 foram arrematados, envolvendo uma área total de 25.011 quilômetros quadrados (km²). A estimativa foi apresentada por Oddone nesta segunda-feira (29) durante a assinatura dos contratos da 14ª Rodada de Licitações de Blocos de Petróleo e Gás. Também presente na cerimônia, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse estar com expectativa elevada para os próximos leilões. “O que estamos vendo é que o pré-sal se coloca como uma das áreas prioritárias e preferen-

ciais das grandes empresas do mundo. A Petrobras vai continuar com a linha que vem adotando, de participação irme, mas seletiva”. Foram assinados os contratos de 32 dos 37 blocos arrematados na 14ª Rodada. As empresas Tek e Guindastes Brasil, que arremataram dois blocos cada uma, e a Greenconcult, que icou com um bloco, estão com pendências na apresentação da documentação ou descumpriram requisitos previstos em edital. Caso as irregularidades sejam sanadas, elas poderão irmar os

contratos. De acordo com a ANP, os 32 contratos assinados nesta segunda-feira somam R$3,8 bilhões em bônus de assinatura e resultarão em investimentos mínimos de R$845 milhões, considerando apenas a fase de exploração. Já os contratos que serão assinados em decorrência das duas rodadas de licitação do pré-sal realizadas em outubro do ano passado devem levar a uma arrecadação total de R$ 6,15 bilhões, sendo R$3,3 bilhões da 2ª, e R$2,85 bilhões da 3ª. (Agência Brasil)

município de Duque de Caxias está no ranking como a quinta cidade que mais fechou vagas de emprego formal em 2017. Ao todo, foram menos 8.329 vagas. O município perdeu apenas para Rio de Janeiro-RJ (- 55527 vagas), São Paulo-SP (-14.621), Porto Alegre-RS (-9.607) e Macaé-RJ (-8.904). Já os cinco municípios que mais criaram vagas foram: Joinville-SC (5.588 vagas), Aparecida de Goiânia-GO (4.342), Bebedouro-SP (4203) e Goiânia-GO (3.880). Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no último dia 26 pelo Ministério do Trabalho. No País, foram -20.832 vagas, número que representa redução de 0,05% em relação ao estoque de 2016, quando foram fechadas 1.325.558 vagas. Esse foi o terceiro ano consecutivo de saldo negativo. De acordo com os dados, as contratações, no ano passado, totalizaram 14.635.899, e as demissões, 14.656.731. Apenas em dezembro, 328.539 postos de trabalho formal foram fechados – queda de 0,85% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números do Caged 2017 já incluem contratos irmados sob novas modali-

dades previstas na reforma trabalhista, como a jornada parcial e a jornada intermitente. Foram, ao todo, 2.851 admissões para trabalho intermitente no mês de dezembro e 227 desligamentos. Em relação ao trabalho parcial, foram 2.328 admissões e 3.332 desligamentos, no mesmo período. O saldo foi de queda de 1.004 empregos. Segundo o levantamento, o comércio liderou a geração de empregos, com saldo positivo de 40.087 novos postos de trabalho. Em 2016 e 2015, houve perda de 197.495 e 212.756 vagas, respectivamente. A agropecuária encerrou o ano de 2017 com saldo positivo de 37.004 postos. No ano anterior, o resultado foi negativo de 14.193 postos. O setor de serviços registrou saldo positivo de 36.945 postos, interrompendo tendência de queda observada em 2016 e 2015 (392.574 e 267.927, respectivamente). Na construção civil, o ano foi encerrado com saldo negativo de 103.968 vagas, ante quedas de 361.874 e 416.689 identiicadas em 2016 e 2015. No setor de indústria da transformação, houve redução de 19.900 postos, retração menor que a observada nos dois anos anteriores (324.150, em 2016, e 612.209 em 2015). Banco de Imagens


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prefeitura transforma bairro de Caxias em “zona de guerra”

entrega de apartamentos é investigada pelo mp

no passado, o local recebeu isenção de iptu e ganhou obras que acabaram com as enchentes Marcelo Cunha

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uem visita a comunidade Vila Sarapuí, no 1º distrito de Duque de Caxias, tem a impressão de que o lugar está sendo devastado por uma guerra. Os moradores dizem que estão, sim, enfrentando uma guerra de verdade: a Prefeitura contra uma população indefesa, uma comunidade que se ergueu ao logo das últimas décadas com muito sacrifício. A comunidade hoje não pode mais contar com serviços essenciais como coleta domiciliar de lixo, eletricidade, abastecimento de água, telefonia ixa e internet. O abandono é completo. A maior intervenção pública ocorrida no local foi na década de 90, através do Projeto Baixada Viva, parceria entre a Prefeitura e o Governo do Estado, iniciativa que levou, entre outras benfeitorias, saneamento, pavimentação e iluminação pública para o local, antes chamada de Dique 1. As obras livraram os moradores de enchentes. Alegando que será construída uma pista que cortará a Vila, o prefeito Washington Reis (PMDB), segundo pessoas da comunidade, está coagindo os moradores a deixarem suas casas sem garantia de que receberão indenização justa pelos imóveis. As obras estão em fase de licitação e orçadas em R$ 10 milhões. A Vila Sarpuí abriga aproximadamente de 4.000 famílias, que estão sendo forçadas a se transferirem para pequenos apartamentos no bairro São Bento, onde está sendo construído o Conjunto Residencial Bolonha, do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo Federal. Embora sejam considerados posseiros, uma vez que não possuem o título de propriedade do terreno, a comunidade está isenta de pagamento de IPTU por força da Lei Municipal nº 2444, sancionada em dezembro de 2011. Ou seja, eles vivem em uma área que não lhes pertence, mas foram reconhecidos pelo Poder Público.

presidente de associação está nomeado no gabinete do prefeito J

Ocupando casas mais simples, dezenas de moradores aceitaram ser transferidos para o conjunto. Outros aceitaram receber valores irrisórios estipulados, segundo relatos dos moradores, pelo próprio prefeito, já que não foi apresentada avaliação oicial dos imóveis. Eles estão sendo demolidos à medida que as famílias vão saindo. Segundo os moradores, o próprio prefeito estipula um preço pelo imóvel. Costuma dizer que “quem não aceitar, vai icar sem nada”. Depois, ainda segundo relatos, aparece o presidente da Associação de Moradores, Jorge Alves Batista, o Jor-

ge da Kombi, que está nomeado no gabinete do prefeito, e também pressiona o morador a aceitar a proposta de Reis. A declaração de que é morador do local, confeccionada pela Associação, custa R$ 150, informam os moradores. Alguns moradores mostraram-se preocupados com a posse do novo imóvel. Segundo eles, as informações que têm dão conta que as escrituras só serão entregues em cinco anos. Um grupo anunciou que vai resistir e vai procura a justiça para denunciar a situação que vem enfrentando. O Capital esteve no local e ouviu alguns moradores.

orge Alves Batista, de 66 anos, conhecido como Jorge da Kombi, preside a Associação de Moradores do bairro. Ele icou conhecido na cidade ao eleger-se vereador em 1996, para um mandato de quatro anos [1997-2001]. Tentou se eleger mais uma vez em 2016 através do PMDB, partido do prefeito Washington Reis, mas não teve sucesso: conseguiu apenas 604 votos. Mesmo derrotado, não icou sem emprego: foi nomeado pelo prefeito Washington Reis para um cargo de nome pomposo: Coordenador de Gestão de Programas e Projetos, cargo

este vinculado diretamente ao seu gabinete. A Portaria nº 17997, publicada no Boletim Oicial nº 6406, foi assinada em 21 de fevereiro, com efeito retroativo a 1º de fevereiro do mesmo ano. O valor do salário é de R$ 2.500,00. À Justiça

Eleitoral, em 2016, Jorge da Kombi informou que tinha a ocupação de motorista particular. A associação de moradores que emite o documento com título de “Declaração de Residência”, usa CNPJ de outra instituição com

nome parecido, mas sediada em outro bairro. Os dados que constam no documento são “Associação de Moradores e Amigos da Vila Leopoldina I / II”, localizada na Rua Chico Mendes nº 95, Gramacho, CNPJ 30190151/0001-10. Na Receita Federal esse CNPJ pertence à uma outra instituição, localizada no bairro Bananal, na Rua Alexandre Gusmão nº 62, CEP 25.030420, cujo nome é Associação de Moradores e Amigos da Vila Leopoldina I. Outra informação que levanta dúvidas é que no documento consta o número do título de eleitor do morador, com zona e seção.

A moradora Viviane reside no bairro há cerca de 32 anos. Ela pegou empréstimo em banco para terminar a construção de sua casa

■ Viviane Pereira da Mata, vendedora, mora no bairro há cerca de 32 anos, 30 deles na rua Teixeira Mendes, antiga Av. Beira Mar. Segundo ela, no início de dezembro os moradores foram pegos de surpresa

pela Prefeitura, com prazos curtos para decidirem sobre os seus destinos, deixando o local para a demolição das casas. “Tudo começou quando fomos procurados por representantes do INEA há quase três anos. Falaram que ia ter a obra e começaram a fazer nosso cadastramento. Disseram que teríamos três opções: aceitar a oferta de um apartamento em loteamento em construção no Parque São José, optar por uma compra assistida de um imóvel fora dali ou indenização em dinheiro. Quando a moradora quis saber sobre a com-

pra assistida, para obter um imóvel com as mesmas dimensões e qualidade ao que reside, o pessoal do INEA disse que não tratava da indenização. “Eles disseram que isso seria visto no futuro, depois sumiram e ouvimos dizer que o projeto não seria mais construído. E agora, no inal do ano, aconteceu isso”, lembrou. “Em nenhum momento comentou - nos foi mostrado o valor da avaliação das casas”, disse Viviane, que reside em um imóvel de ótimo acabamento, de dois pavimentos, pelo qual ainda paga empréstimo que contraiu em banco para a obra. “Como vou sair daqui para

um apartamento que não cabe nada?”, indagou. “Sei que mais cedo ou mais tarde terei que sair, mas quero uma indenização por um valor justo”, disse resignada. Sobre a tentativa de diálogo com o prefeito, airmou: “Ele [Washington Reis] não conversa com a gente sobre a indenização, só fala do apartamento. Ele mesmo olha a casa e diz quanto pode pagar por ela, e que a prefeitura está sem dinheiro. Não é ele que tem que avaliar. Não é o secretário dele que tem que avaliar. A gente ica sob coação. Isso não está certo, tem que ter uma avaliação judicial, uma avaliação justa”, airmou.

Fotos: Marcelo Cunha

■ Ivani de Souza Rodrigues, também moradora da rua Teixeira Mendes, há aproximadamente 10 anos. Segundo ela, está muito difícil viver no local atualmente. “Com a demolição das casas, isso aqui virou uma zona de guerra. Os canos de água foram estourados e a iação elétrica arrebentada. Estamos sem coleta de lixo, sem internet e correios. O que tem de sobra é muita poeira. Ficou quase impossível viver dessa maneira”, revelou. “Com a falta dos caminhões de lixo, o mau cheiro se espalhou e começaram a aparecer muitos ratos”, completou a moradora. Ela reclamou que o prefeito não dá atenção para a comunidade. “A Prefeitura demoliu uma casa ao lado da minha. O resultado foi que isso provocou grandes rachaduras na minha casa. Na chuva que deu, entrou muita água pelo teto e pelas paredes. A gente está sofrendo com isso e ele não faz nada”, disse. Segundo ela, os moradores não podem contar nem com a Associação de Moradores, que parece estar do lado da prefeitura. “Quando

a gente vai falar com o presidente [Jorge da Kombi], ele diz para nós: aceita, atura ou surta. Um absurdo. Tentei falar com o prefeito também sobre a situação da minha mãe, cadeirante, e do meu ilho, que é hiperativo, não podem viver em apartamento sem elevador. Ele não deu bola e disse: é bom a senhora aceitar, senão vai acabar icando sem nada. É muito difícil ouvir isso de quem deveria se preocupar mais com a gente”, desabafou.

■ Delmiro da Silva mora na Vila Sarapuí há cerca de 43 anos, 13 no atual endereço. Ele possui um imóvel de dois pavimentos na Travessa Carlos Chagas, onde reside e mantém um pequeno comércio, devidamente regularizado. Assim como as duas moradoras com as quais a reportagem conversou, disse estar preocupado com o futuro. - Algumas pessoas aceitam o apartamento, que muitos chamam de “casa de passarinho” de tão pequeno que é. Com relação ao nosso caso, de imóveis com mais valor, não fomos informados em nenhum momento sobre o valor da indenização, não sei como isso será resolvido. Só sei que não posso sair daqui assim e ir para um pequeno apartamento, que nem cabem meus móveis. E o meu comércio, como vai icar?”, indagou.

do a recuperação ambiental das bacias dos rios Sarapuí, Botas e Iguaçu. Inicialmente, o projeto receberia recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), porém houve restrições orçamentárias, impedindo o atendimento de todas as famílias. A mudança de rumos, porém, não foi informada aos moradores e a Prefeitura passou a deinir os contemplados sem observar o processo dialógico que havia sido instaurado. De acordo com o MPF, a falta de transparência e diálogo com as comunidades envolvidas, bem como a ausência de critérios para a deinição de famílias que serão reassentadas, serão objeto de apuração.

região serrana

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Documento da Receita Federal revela que o CNPJ utilizado pela Associação é de outro endereço, no Bananal. À esquerda, Declaração de Residência emitida pela Associação de Moradores, que funciona na Rua Chico Mendes nº 95, Gramacho.

“É bom a senhora aceitar, senão vai acabar ficando sem nada” (palavras do prefeito para D. Ivani)

Ele também se queixou da omissão da Associação de Moradores. “Estamos indefesos, quem deveria nos defender não nos ajuda”. Delmiro acrescentou que não resta outra alternativa a não ser buscar ajuda na justiça. “Estou ao lado dos outros moradores que vão procurar o Ministério Público”, airmou.

Ministério Público Federal (MPF) em São João de Meriti (RJ) decidiu apurar a regularidade da destinação de 900 unidades do conjunto habitacional São Bento, em Duque de Caxias. A medida foi adotada no último dia 25 após a realização de reunião que contou com a participação de representantes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), da Caixa Econômica Federal (CEF), da Prefeitura de Duque de Caxias e de lideranças comunitárias da região. As moradias deveriam ser destinadas aos beneiciários do Projeto Iguaçu, idealizado pelo Inea, que tem o objetivo de promover reassentamentos e controlar inundações, promoven-

servidor do inea e comparsas desviavam cheques destinados a indenizar moradores, denunciou o mprJ

moradores resistem ao autoritarismo do poder público Fotos: Marcelo Cunha

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“Aceita, atura ou surta” (disse o presidente da Associação à mesma moradora)

■ O morador J.O.D, que ocupa uma pequena casa, abordou a reportagem quando deixava o local. Pediu, porém, para não ser identiicado. Ele disse que ainda não decidiu se vai para o apartamento do PAC. Nem a Prefeitura, o INEA e a Associação de Moradores, segundo ele, dão garantia de que, deixando sua casa, ganhará a posse do novo imóvel sem nenhum ônus. “Me disseram que não vai ter escritura agora, só daqui a cinco anos. Isso tem que icar escrito, pois os governos mudam e muitas promessas não acontecem”, airmou. “Quem se mudou, já está pagando taxa de R$ 100,00 de condomínio. Isso não foi avisado antes aos moradores”, revelou. “Com a Associação não dá para contar. O Jorge [da Kombi] só sabe puxar o saco do prefeito [Washing-

ton Reis], não faz nada pela gente. Para pegar uma declaração de que somos moradores do bairro, temos que pagar R$ 150,00. Pessoas de fora são cadastradas como morador do bairro para ganhar apartamento. E pagam bem por isso”, denunciou. A Associação de Moradores, no entanto, é pirata, segundo o morador. “O presidente usa nos documentos da entidade, um CNPJ de outra associação”, exibindo uma “declaração de residência” emitida por ela em 2016 e assinada pelo próprio Jorge da Kombi. Disse ainda que a secretária de do presidente na Associação, Sra. Tatiane, que trabalha ativamente como “cabo eleitoral” em suas campanhas, assumiu o cargo de Síndica do conjunto residencial Bolonha por sua indicação.

Nota: O Capital entrou em contato com vários órgãos para se manifestar sobre a construção da nova pista e a remoção das famílias. O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (DER-RJ) informou que a obra não tem nenhum vínculo com o órgão. O INEA e a Prefeitura de Duque de Caxias não se pronunciaram até o fechamento da edição. A reportagem tentou contato várias vezes com a Associação de Moradores, sem sucesso. Já o Ministério das Cidades informou que, consultada a área técnica da pasta, não encontrou nenhum contrato que diga respeito à construção da pista.

Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o servidor do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) Nelson Affonso Bonzoumet, além de Carlos Henrique Galdino Dias e Marcelo Laport Da Silva. De acordo com a ação, os três desviaram cheques do Inea destinados ao pagamento de indenização e compra de imóvel para moradores de área de risco na Região Serrana do Rio. A inicial esclarece que o fato ocorreu quando o Inea estava responsável por promover a remoção de famílias residentes em áreas de risco, cujo reassentamento ocorreu na forma de “compra assistida” (compra de nova casa) ou por indenização (pagamento em cheque emitido pelo ente federativo). Para tanto, o Estado autorizou a emissão de dois cheques em favor de Cristiane Pimentel Carreiro e Kátia Aparecida dos Santos, nos valores de R$ 62.1 mil e R$ 84.6 mil, respectivamente. Tais títulos, no entanto, nunca foram pagos às beneiciárias e sim depositados na conta de uma pessoa com a qual o Poder Público não teve relação jurídica que

justiicasse tal pagamento. - Certo é que as verdadeiras beneiciárias dos cheques, Cristiane Pimentel Carreiro e Katia Aparecida dos Santos, não receberam os valores das indenizações pelo Inea, mas sim o servidor público à época, Nelson Affonso Bonzoumet, ora réu, e seus comparsas e também réus, Marcelo Laport da Silva e Carlos Henrique Galdino Dias - narra a inicial. Para assegurar a reversão ao Estado do Rio dos valores ilicitamente subtraídos que custeariam essa política pública tão importante, o MPRJ requereu a indisponibilidade de bens no valor total de R$ 146.7 mil, bem como o sequestro e o perdimento de um terreno adquirido com o fruto desse ato ímprobo. Pediu, ainda, entre outras medidas, a perda de cargo público eventualmente ocupado; suspensão dos direitos políticos por dez anos; pagamento de multa civil no valor de três vezes o valor do acréscimo patrimonial indevido; e proibição de contratar com o poder público e ou receber benefícios ou incentivos iscais ou creditícios, direta ou indiretamente, pelo prazo de dez anos. O MPRJ ressalta que os réus já respondem pelo crime de peculato em ação penal em curso sobre os mesmos fatos.


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Duque de Caxias, Baixada e Capital

Central encerrou 2017 Prefeitura de Belford Roxo sorteia governo com déicit de R$ 124,4 bilhões apartamentos para 900 famílias A

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dona de casa, Ana Paula Ferreira de Carvalho, 26 anos, vibrou quando ouviu seu nome ser o segundo chamado, entre 900 pessoas inscritas no Programa Minha Casa, Minha Vida. Todos aguardavam pelo sorteio das unidades promovido pela Secretaria Municipal de Habitação, no último dia 19, no Ciep Constantino Reis, no bairro São Bernardo. Mãe de três crianças, entre elas, uma menina de dois anos com paralisia nas pernas, Ana, agora, é dona de um apartamento no Condomínio Baleares (blocos 7, 8 e 9), no Bairro Santa Tereza. ”Estou muito feliz. Não vou mais precisar usar a pensão da minha ilha no aluguel”, disse aliviada. O sorteio prosseguiu no dia seguinte no Ciep Constantino Reis. No ano passado, a Secretaria de Habitação e Urbanismo entregou 1.100 casas. Para fevereiro, estão previstos mais dois dias de sorteios para o Condomínio Residencial Vale do Ipê, em Jardim do Ipê. São Mais 537 unidades. Envolvido em outros

recuperação das recei- 21,168 bilhões, montante tas no segundo semes- 67,1% menor que o rombo PMBR/Divulgação tre fez o Governo Central de R$ 62,447 bilhões em encerrar 2017 com déicit dezembro de 2016 consiconsideravelmente abaixo derando o IPCA. da meta de R$ 159 bilhões. No ano passado, as reNo ano passado, Tesouro ceitas líquidas da União Nacional, Banco Central cresceram 2,5% acima da e Previdência Social re- inlação oicial pelo IPCA. gistraram déicit primário As receitas foram impulde R$ 124,401 bilhões. O sionadas pelo Programa déicit é 24,8% inferior ao Especial de Regularização resultado negativo de R$ Tributária (Pert), também 161,276 bilhões registra- conhecido como Novo do em 2016 descontando a Reis, que rendeu R$ 24,6 inlação oicial pelo Índice bilhões à União, e pelas Nacional de Preços ao Con- concessões de blocos de sumidor Amplo (IPCA). O petróleo, aeroportos e hidéicit primário é o resulta- drelétricas, que reforçaram do negativo das contas do os cofres federais em R$ Entre a secretária Daniela e o deputado Canella, Ana não escondeu a alegria governo desconsiderando 32,1 bilhões em 2017. o pagamento dos juros da As despesas do Govereventos da Prefeitura, o Canella, também partici- própria, saindo do pesadedívida pública. Apenas em no Central caíram 1% em prefeito Wagner Carneiro, pou do sorteio e desejou fe- lo do aluguel”, destacou o dezembro, o Governo Cen- 2017 descontada a inlao Waguinho, foi represen- licidade aos contemplados. deputado. tral registrou déicit de R$ ção. (Agência Brasil) tado pela secretária muni- Canella lembrou que esteOs apartamentos têm cipal de Assistência Social ve várias vezes, com o pre- dois quartos, sala, cozinha, e Cidadania, a primeira- feito Waguinho, em Brasí- banheiro, parquinho para -dama, Daniela Carneiro. lia para conseguir apoio e as crianças, quadra polies- Caminhão de combustível carregava “Vocês têm um prefeito recursos para continuação portiva e área de convivênmais de 600 quilos de maconha que ama essa cidade, vol- do Programa Minha Casa cias. As próximas etapas tado para trazer um novo Minha Vida em Belford são a assinatura de contrato ma carreta trans- substância entorpecentempo, com mais dignida- Roxo. “Eu e o prefeito es- com o Banco do Brasil e a portando mais de te. Os cães rapidamente de para população. É mais tivemos no Ministério das entrega das chaves. “Acre- 600 quilos de maconha identificaram a presença um crescimento habita- Cidades para mostrarmos dito que 30 dias após a as- prensada foi apreendida de droga nos dois tancional signiicante para o a necessidade que a cidade sinatura do contrato o apar- nesta segunda-feira (29) ques de combustível. município. Desejo que vo- tem na questão de moradia. tamento será entregue”, por agentes da polícia roO motorista acabou cês sejam felizes na nova Conseguimos os recursos e informou o secretário mu- doviária federal (PRF) na confessando que trouxe moradia”, disse Daniela. O ico feliz em ver as famílias nicipal de Habitação, Regi- rodovia Rio-Juiz de Fora a droga do Paraná com deputado estadual, Márcio realizando o sonho da casa naldo Gomes. (BR-040), em Duque de destino ao Rio de Janei-

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governo libera r$ 12,5 bilhões para inanciar safra agrícola

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governo federal liberou R$ 12,5 bilhões para inanciar a safra agrícola de 2018 e 2019. O lançamento do custeio antecipado da nova safra foi feito pelo presidente do Banco do Brasil, Paulo Cafarelli, em cerimônia realizada nesta terça-feira (30), na zona rural da cidade de Rio Verde (GO). Os recursos representam montante 16% superior ao valor liberado no ano passado e servirão para adquirir insumos e serviços agropecuários para as lavouras de soja, milho, arroz, algodão e café. O objetivo do lançamento, segundo Cafarelli, é evitar que o produtor ique refém do fornecedor, além de contribuir para a susten-

tabilidade do agronegócio e da melhora do Produto Interno Bruto brasileiro e aumento da renda Cada produtor poderá inanciar, no máximo, R$ 3 milhões. Para os médios produtores que integram o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), os recursos serão disponibilizados com taxas de 7,5% ao ano. Para os outros produtores, o banco oferece inanciamento com encargos de 8,5% ao ano. Modalidades alternativas de inanciamento serão disponibilizadas para os produtores que demandam valores superiores ao limite do plano. RECORDE - O presidente Temer e os minis-

tros destacaram o papel do agronegócio no crescimento da economia brasileira e o grande impacto do setor no volume de exportações do país. Temer lembrou ainda que a última safra foi recorde, com uma produção de mais de 240 milhões de toneladas, e airmou que acredita em novo recorde para a safra deste ano, conforme as projeções do Banco do Brasil. “Nós estamos destinando esses R$ 12 bilhões de crédito aos agricultores não apenas para ter juros mais acessíveis, não apenas para aumentar a produção, mas é um reconhecimento também àquilo que os senhores izeram pelo nosso país”, declarou Temer. (Agência Brasil)

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Caxias. A droga estava escondida nos tanques de combustível de uma carreta usada para transportar derivados de petróleo. A carreta estava parada no acostamento, o que chamou a atenção dos policiais. Os agentes ao se aproximarem do motorista, de 40 anos, notaram que ele estava muito nervoso. Em seguida, foi acionado o Grupo de Ações com Cães da PRF, com três cães farejadores treinados para descobrir

ro, mas não quis dizer onde entregaria a mercadoria. Os agentes abriram os tanques e encontram 625 quilos de maconha, divididos em centenas de tabletes. Além do motorista da carreta, foram presos também dois homens de 41 e 42 anos, que em um carro de passeio davam cobertura ao motorista da carreta e acabaram presos em Petrópolis, na região serrana do Rio. (Agência Brasil)


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Ex-prefeito propõe caminhos para evitar quebradeira das cidades livro provoca debates sobre gestão municipal eguindo a linha de comunicação fácil e direta de seu livro “Sua cidade Sua Casa”, lançado em dezembro último, Alexandre Cardoso vem promovendo pequenos debates para explicar e discutir as questões sobre a administração pública dos municípios que a obra traz à luz. Ele foi prefeito de Duque de Caxias, deputado federal por cinco mandatos e deputado por duas vezes. Foi ainda Secretário Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos e Secretário Estadual de Ciência e Tecnologia. “A função do livro é mostrar que é necessário saber que, quando a crise vem, o prefeito está praticamente de mãos atadas, pois em média, 75% da receita dos municípios vêm dos governos Federal e Estadual”, disse o autor ao Capital. Ele explicou que levou um ano entre pesquisa e a inalização do livro. Alexandre, nascido em Duque de Caxias, lembrou que o município é a segun-

S

da maior arrecadação do estado, porem, igura na 76ª posição no ranking do orçamento por habitante. “Veja o exemplo: um pai ganha R$ 15.000 por mês e tem 10 ilhos e, um outro ganha R$ 5.000 e tem 1 ilho. Qual deles vai dar uma qualidade de vida melhor ao ilho? É por esta razão que muitos consideram algumas cidades ricas pelo valor de sua receita, sem analisar a receita per capita”, disse Cardoso. Ele esclareceu, ainda, que 75% da população do município não é cadastrada no IPTU, enquanto na capital, 58% não está cadastrada. “Todos sabem da importância da arrecadação desse imposto para qualquer cidade”, comentou. O autor observou que há 30 anos não havia concurso para iscal em Duque de Caxias e que o último deles foi contratado antes da Constituição de 1988. “O primeiro iscal tributário só foi contratado em 2014”, lembrou Alexandre, que na época go-

Marcelo Cunha

vernava a cidade. Cardoso falou da má distribuição não somente da renda e arrecadação, mas também populacional como, por exemplo, o fato de Campos dos Goytacazes, no norte luminense do estado, possuir uma área 135 vezes maior que São João de Meriti e ter uma população menor. O ex-prefeito disse que é uma

“irrealidade que a Reinaria tenha grande importância para ao município” e que “os 20 municípios com menor renda per capita dos 92 que compõe o estado, estão localizados na Baixada Fluminense”. “Além disso - acrescentou - Duque de Caxias certamente está entre os primeiros quinze nesse quesito de pior renda por habitante”.

Segundo o autor “a reforma tributária proposta no livro é mais importante que qualquer outra reforma, não podemos tirar direitos dos trabalhadores quando 82% dos brasileiros têm renda familiar menor que R$ 3.400,00 e cinco brasileiros ganham mais do que 104 milhões de pessoas, que equivale à metade da população brasileira”, citando pesquisa publicada pelo Instituto Datafolha. Sobre sua administração, Alexandre Cardoso comentou: “A crise, que foi a mais grave, atingiu em cheio o meu governo”, mas no inal, segundo ele, deixou apenas o equivalente a duas folhas e meia salariais em atraso. “Limitei os salários ao teto legal [R$ 24.500], conseguindo uma economia mensal de cerca de R$ 2 milhões. Isso sem retirar nenhum direito do trabalhador”. Disse também que sua gestão foi “a melhor que poderia ser, visto todos os problemas que o país atravessava na

época, tínhamos projetos grandiosos para essa cidade, mas infelizmente a crise inviabilizou”. Perguntado sobre a atual gestão, Alexandre Cardoso falou que “não gostaria de fazer críticas, ainal o prefeito foi eleito pelo voto popular”. Porém, disse estar “muito” preocupado. “Se o Washington não está conseguindo pagar as folhas no primeiro ano, mesmo com o apoio do presidente da República e do governador do estado [ambos do PMDB, mesmo partido do atual prefeito], temo pelo que pode acontecer com a minha cidade nos próximos três anos”. Indagado sobre o seu futuro político, Alexandre Cardoso respondeu que está ainda conversando com a família e amigos mais próximos, mas disse que tem certeza que, “com toda a experiência” que adquiriu ao longo desses anos, “posso colaborar muito para melhorar a vida das pessoas”.

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ministério das Cidades petrobras estuda investir na entrega 300 moradias exploração de gás natural no exterior no bairro são bento A C

Petrobras estuda expandir seus investimentos no exterior através da exploração de gás natural. O presidente da estatal, Pedro Parente, disse nesta segunda-feira (29) no Rio de Janeiro que a hipótese vem sendo discutida. A declaração foi dada durante a cerimônia de assinatura dos contratos da 14ª Rodada de Licitações de Blocos de Petróleo e Gás, realizada na

sede da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). - As sociedades do mundo todo estão muito empenhadas em caminhar cada vez mais para a chamada economia de baixo carbono. O gás natural é considerado o combustível de transição entre os mais fósseis, como a gasolina e o diesel, e os renováveis. Portanto, para uma empresa que queira ter

uma perspectiva de se inserir nesse mercado, ter uma participação de gás natural no seu portfólio é relevante - explicou. Perguntado se haveria algum motivo para não realizar esta exploração no Brasil, Parente apresentou razões técnicas. "Em geral, no Brasil, o gás é encontrado de maneira associada ao óleo e, portanto, em quantidades menores do

que naqueles campos que são exclusivamente de gás. Assim, se nós queremos aumentar a participação do gás na composição da produção da empresa, como de fato é um direcionamento importante e estratégico, teremos que considerar a hipótese de ampliar a abrangência geográica", disse, sem dar detalhes de quais países poderiam ser alvo da estatal. (Agência Brasil)

Drones reforçam segurança nas praias O Corpo de Bombeiros realizou mais de 6.800 salvamentos marítimos em todo o Estado do Rio de Janeiro desde o início da Operação Verão, em novembro do ano passado. A ação tem contado com quatro drones para reforçar a segurança nas orlas luminenses. A operação tem efetivo de mais de 1,3 mil guarda-vidas, atuando em revezamento, em 200 postos de salvamento, e equipados com motos aquáticas, lanchas, botes, quadriciclos e aeronaves. Com os resultados obtidos pelos drones, alguns estados já demonstraram interesse em implantar o modelo luminense. Quem

também se interessou e já enviou um representante para conhecer o trabalho foi o Corpo de Bombeiros de Los Angeles, nos Estados Unidos. “O comandante-assistente de Los Angeles, nos Estados Unidos, Fernando Boiteux, que é brasileiro, soube do trabalho e veio conhecer. Por enquanto, estamos trocando informações”, disse o tenente-coronel Rodrigo Bastos, coordenador da Coordenadoria de Operações de Veículos Aéreos não Tripulados (Covant). Na operação do último ano, os drones auxiliaram em 113 ocorrências, sendo 42 em buscas de pessoas no mar. Além disso, foram

realizadas 14 buscas em rios e 12, em matas. No uso para localização de fogo em vegetação, estão contabilizados 10 registros e em desabamentos, cinco. Cada aparelho pesa no máximo 2 quilos e mede entre 50 cm e 60 cm de diâmetro. Movido à bateria elétrica, um drone tem autonomia de 25 minutos. Os voos seguem às normas vigentes da Aeronáutica. As imagens captadas por uma câmera de alta resolução são transmitidas em tempo real para um tablet que ica com o piloto e também para o Centro de Operações do Corpo de Bombeiros. “Ali, a gente faz a marcação dos pontos

perigosos e tem a localização exata para poder trabalhar essa parte preventiva. A gente procura fazer com que (os banhistas) não se afoguem. A intenção é essa”, explicou o bombeiro. Além disso, o equipamento apoia o trabalho do Corpo de Bombeiros em salvamentos aquáticos e terrestres, na busca de pessoas e no resgate de corpos de afogados. “Dependendo da qualidade da água, a gente pode visualizar (um pessoa) em um sobrevoo”, disse Bastos. O mesmo drone foi usado no ano passado na busca de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.

Informe da febre amarela

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Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do RJ informou que foram registrados 27 casos de febre amarela silvestre em humanos este ano. Eis os números: 13 casos - Valença, sendo quatro óbitos; 4 casos em Teresópolis, sendo dois óbitos; 1 caso em Nova Friburgo, sendo um

óbito; 1 caso em Miguel Pereira, sendo um óbito; 1 caso em Rio das Flores, sendo um óbito; 2 casos em Sumidouro; 2 casos em Duas Barras; 1 caso em Vassouras; 1 caso em Petrópolis; e 1 caso em Cantagalo. O boletim foi divulgado segunda-feira (29), às 19h18. Mais informações: www.febreamarelarj. com.br.

ASSOCiAÇÃO PESTALOzzi DE DUQUE DE CAXiAS CNPJ nº 27.214.386/0001-90 EDiTAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLEiA GERAL ORDiNÁRiA A Presidente da Associação Pestalozzi de Duque de Caxias, com sede à Rua Ari Barroso, 605 – Parque Boa Vista I – Duque de Caxias – RJ. CNPJ nº 27.214.386/0001-90, no uso de suas atribuições legais e, em conformidade com previsão estatutária, CONVOCA, através do presente edital, todos os senhores Associados em dia com suas obrigações estatutárias, para participarem da Assembléia Geral Ordinária a ser realizada em sua sede, no dia 27 de fevereiro de 2018 às 09 horas, com a seguinte ordem do dia: Prestação de Contas do exercício do ano de 2017. Assuntos Gerais. A Assembleia Geral Ordinária instalar-se-á em primeira convocação às 9 horas, com a presença de no mínimo 1/3 dos Associados em gozo dos seus direitos sociais, e em segunda convocação às 09 horas e 30 minutos com qualquer número dos presentes, de acordo com os artigos com os artigos 11 e 17 do Estatuto da Associação Pestalozzi de Duque de Caxias. Para efeito de quórum, o número de associados em condição de votar até a presente convocação é de 30 (trinta). Duque de Caxias, 16 de janeiro de 2018 MARiA DE FÁTiMA BOCAFOLi zANON - Presidente

omo parte do “Agora, é Avançar”, que retomou milhares de obras pelo País, foram entregues domingo (28), 300 unidades habitacionais do programa “Minha Casa Minha Vida” no bairro São Bento, em Duque de Caxias. Os apartamentos fazem parte do Residencial Mendonza, que possui 900 residências. Segundo o Ministério das Cidades, foram investidos R$ 67 milhões do governo Federal para atender quase cinco mil pessoas que vieram de áreas de risco. No total, o município recebeu R$ 840,7 milhões para contratação de mais de 11,4 unidades habitacionais. Até agora, 10,3 mil

moradias foram concluídas e outras 8,1 mil, entregues. No estado do Rio de Janeiro, o investimento é de R$ 22,2 milhões, com 261,1 mil unidades contratadas, 194,4 mil concluídas e 157,5 mil entregues. A assinatura do contrato para a construção das 900 moradias - o empreendimento São Bento I, residenciais Bolonha, Florência e Mendoza - aconteceu em outubro de 2014 na sede da Prefeitura, em Jardim Primavera, pelo então ministro das Cidades Gilberto Occhi. O contrato é vinculado ao PAC com doação do terreno pelo INEA, e investimento no valor de cerca de R$ 85 milhões. Ministério das Cidades/Rafael Luz


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