Caderno meio ambiente 2015 correio rural

Page 1

C Y M K

MEIO

AMBIENTE

Caderno especial

papel reciclado Tão importante quanto semear flores, é semear ideias. Fale com outras pessoas sobre a importância de cuidar do planeta. Você vai estar contribuindo para o florescimento de uma ótima causa.


Em defesa do planeta A humanidade acordou para a necessidade de preservar o meio ambiente e impedir a destruição da própria espécie

A

quecimento global, degelo das calotas polares, reciclagem, calor e frio em excesso, água em falta. Nunca os temas ambientais ocuparam tanto espaço na mídia e nas discussões em todos os lugares - das universidades às ONGs, dos ambientes de trabalho às escolas. A palavra de ordem é diminuir os impactos negativos do ser humano sobre o mundo. Como? Mudando ati-

Objetivos de longo prazo - Os especialistas ouvidos por

NOVA ESCOLA são unânimes em afirmar que a Educação Ambiental deve ter objetivos de longo prazo. Promover uma festa pelo Dia da Água pode até ser interessante ou divertido para as crianças, mas é pouco. Batalhar por melhorias na infra-estrutura do bairro, promover palestras e convocar as famílias, as associações de moradores e os representantes de sindicatos e outras associações para debater os problemas e as possíveis soluções são outras formas eficientes de envolver os alunos em atividades que certamente ficarão marcadas na vida deles.

MEIO AMBIENTE MUNDO

Junho de 2015

tudes pessoais e coletivas para salvar o mundo da ameaça (cada vez mais real) de colapso. A boa notícia é que já há muitos professores desenvolvendo essa mentalidade. Trabalhando com consistência e continuidade e usando conceitos de Educação Ambiental, eles estão ajudando suas turmas a formar uma cultura de defesa do planeta, envolvendo as comunidades nesse processo de

reflexão, atraindo colegas de outras áreas em tarefas multidisciplinares e, assim, construindo novos jeitos de se relacionar com a realidade à sua volta. O primeiro passo para trabalhar bem a Educação Ambiental é criar, na escola, um ambiente capaz de envolver os professores de todas as disciplinas (e não só os de Ciências e Geografia, que normalmente “tomam posse”do tema) e também a comunidade.

O apoio da sociedade civil - As ONGs têm um papel

Você faz a diferença

- Formar “sujeitos ecológicos” é isto: levar para a sala de aula temas da atualidade e tratá-los de forma transdisciplinar em projetos duradouros que mexam com a comunidade. Um levantamento feito pelo Ministério da Educação revela que, quando isso acontece, alunos e professores fortalecem seus relacionamentos e passam a cuidar do ambiente escolar e a se interessar pelo que acontece fora dele (mostram a parentes, vizinhos e amigos que todos fazemos parte do planeta). Além disso, as experiências relatadas aqui funcionaram bem porque em todas houve a participação essencial de um personagem: você, professor. “Segundo nossa pesquisa, quando os docentes assumem seu papel de líderes, eles contagiam os colegas e esse idealismo seduz os alunos a participar dos projetos”, resume Rachel Trajber, coordenadora de Educação Ambiental do MEC.

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br

2

importante no debate ambiental, dentro e fora das escolas, fortalecendo principalmente a Educação não formal por meio de campanhas na mídia e da criação de materiais paradidáticos e atividades para alunos de todas as séries. O Instituto Mamirauá (com sede em Tefé, na região do Alto Rio Negro, no Amazonas) já está no quarto curso de Educação Ambiental voltado para professores da rede pública (cerca de 60 escolas são atendidas, num local onde há poucas opções de formação para os docentes). A ONG também discute com o Estado a formação de uma política pública para o tema. Em São Paulo, o Instituto Verdescola auxilia no planejamento de cinco instituições públicas de ensino e uma particular. Além de capacitação para professores, funcionários e pais, a ONG acompanha essas escolas durante o ano inteiro, participando da construção de projetos. Biólogos e pedagogos também dão aulas temáticas dentro da própria grade curricular.

Pnuma lança guia de produção e consumo sustentáveis

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançou no dia 9 de junho o Guia de Produção e Consumo Sustentáveis: tendências e oportunidades para o setor de negócios. A publicação é um projeto fruto de uma parceria entre o Pnuma e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e tem como principal objetivo a sensibilização e o engajamento do setor industrial do Brasil e partes interessadas, na implementação de políticas e práticas de produção e consumo sustentável. O documento tem como foco as

pequenas e médias empresas por sua capacidade de adaptação e flexibilidade e seu papel fundamental como força transformadora, já que respondem por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e dois terços dos empregos formais nos países em desenvolvimento e emergentes. Estudos de caso foram incluídos como exemplos concretos da viabilidade de produzir e gerar empregos, cuidando para que se mantenham as condições ambientais, de forma a sustentar o crescimento e o desenvolvimento socioeconômicos.

C Y M K


MEIO AMBIENTE

Junho de 2015

ODNUM

3

Fim dos lixões volta a ser cobrado pela ministra do Meio Ambiente

es da

Fund a

ção P

ROAM B

ser levadas em consideração. “É intolerável que o país ainda lide com o lixo dessa forma”, declarou a ministra. Para ela, a gestão dos resíduos deve priorizar, também, a recuperação de áreas degradadas e a promoção da qualidade de vida. “Os caminhos precisam buscar essa conversão”, explicou. A ministra ressaltou o engajamento de todos os envolvidos com o assunto. De acordo com Izabella, há um esforço generalizado dos governos locais para efetivar o encerramento dos lixões. “Essa agenda traz soluções que dialogam com todo o país e tenho visto todas as instâncias da administração envolvidas com a pauta”, analisou. “É preciso ter um olhar diferenciado”.

infor maçõ

A

ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reforçou nos últimos dias, a importância de um trabalho conjunto nas cidades brasileiras para garantir o encerramento dos “lixões” - forma inadequada de disposição final de resíduos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública. O posicionamento foi defendido em rodada de debates do último dia da 18ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Questões como o tamanho e a população residente nas cidades devem

Com

C Y M K

A Lei Federal nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). De acordo com a legislação, o prazo para fechamento dos lixões acabou em agosto de 2014. Desde então, os rejeitos precisam ter uma disposição final ambientalmente adequada. Além disso, as áreas ocupadas anteriormente pelos lixões precisam ser isoladas e recuperadas. Deixar de encerrar os lixões gera insegurança jurídica para os municípios. Segundo a Lei de Crimes Ambientais, quem causar poluição que possa resultar em danos ao meio ambiente, incluindo a disposição inadequada de resíduos sólidos, pode levar multa de R$ 5 mil a R$ 50 milhões. Os responsáveis poderão ser responsabilizados e é de competência constitucional que os municípios organizem e prestem os serviços públicos de interesse local, entre os quais se encontra a gestão de resíduos sólidos.


MEIO AMBIENTE

Junho de 2015

MUNDO

4

Subdesenvolvimento: primeira causa de poluição?

D

esta forma os problemas de poluição parecem se circunscrever e interessar quase exclusivamente aos países de alto nível de industrialização e, em muito escassa medida, aos países pobres, meros fornecedores de matérias-primas. Esta é uma análise errônea, originada da imprecisão de alguns conceitos básicos, como as acepções habituais de “meio” e “desenvolvimento”. O meio não é apenas o conjunto de elementos materiais que, interferindo continuamente uns nos outros, configuram os mosaicos das paisagens geográficas. O meio é algo mais do que isso. As formas das estruturas econômicas e das estruturas mentais dos grupos humanos que habitam os diferentes espaços geográficos Fonte http://www.josuedecastro.com.br. Trechos de trabalho apresentado no “Colóquio sobre o Meio”, em Estocolmo e publicado no Correio da UNESCO Nº3.

também são partes integrantes deles. Considerado globalmente, o meio tanto compreende fatores de ordem física ou material quanto fatores de ordem econômica e cultural. Uma análise correta do meio deve abarcar o impacto total do homem e de sua cultura sobre os elementos restantes do contorno, e o impacto dos fatores ambientais sobre a vida do grupo humano considerado como uma totalidade. Desse ponto de vista o meio abrange aspectos biológicos, fisiológicos, econômicos e culturais, todos combinados na mesma trama de uma dinâmica ecológica em transformação permanente. Esse conceito é mais amplo e mais objetivo que o resul-

tante de uma concepção do meio como sistema de relações mútuas entre os seres vivos e o contorno natural, considerados ambos como fenômenos isolados. Igualmente falso é o conceito de desenvolvimento avaliado unicamente à base da expansão da riqueza material, do crescimento econômico. O desenvolvimento implica mudanças sociais sucessivas e profundas, que acompanham inevitavelmente as transformações tecnológicas do contorno natural. O conceito de desenvolvimento não é meramente quantitativo, mas compreende os aspectos qualitativos dos grupos humanos a que concerne. Crescer

Em princípio, esses problemas são muito mais graves e complexos nos países desenvolvidos, onde a industrialização e a gigantesca concentração urbana provocam diretamente um desequilíbrio inevitável e uma acentuada degradação do contorno natural, isto é, do meio

é uma coisa; desenvolver, outra. Crescer é; em linhas gerais, fácil. Desenvolver equilibradamente, difícil. Tão difícil que nenhum país do mundo conseguiu ainda. Desta perspectiva, o mundo continua mais ou menos subdesenvolvido. Atualmente está na moda falar dos efeitos nocivos que o crescimento econômico produz sobre o meio, sobre os componentes do contorno natural; entretanto, costuma-se referir apenas e precisamente aos efeitos que não são os mais ameaçadores para o futuro da humanidade. Ouvem-se gritos de alarme condenando o crescimento da população, a poluição do ar, dos rios e dos mares e a degradação do

patrimônio animal e vegetal das regiões mais desenvolvidas do mundo; mas tudo isso revela uma visão limitada do problema, já que o clamor se refere aos efeitos diretos da expansão econômica, enquanto deixa na sombra e reduz ao silêncio a insidiosa ação indireta do desenvolvimento sobre a totalidade dos grupos humanos. E é evidente que esta ação indireta é mais determinante que a ação direta. O primeiro erro grave, a primeira conclusão falsa que deriva desta visão parcial do problema é a afirmativa muito generalizada de que nas regiões ricas é que apareceram, por causa do crescimento econômico, os primeiros efeitos da poluição e da degradação do meio ambiente.

C Y M K


MEIO AMBIENTE

Junho de 2015

ODNUM

C Y M K

5

Reuso da Água Industrial Uma Realidade Urgente

H

á muito se ouve falar que a água é um bem finito. Muitos a classificam como o insumo do século e afirmam, ainda, que sua disputa será a causa de conflitos internacionais. Seguem abaixo alguns fatos que a tornam tão importante: • Crescimento da população; com conseqüente aumento de consumo de água potável. • Mananciais cada vez mais poluídos e deteriorados; • Novos mananciais cada vez mais distantes dos centros consumidores; • Produção de água de boa qualidade, dentro dos padrões mundiais de potabilidade, torna-se cada dia mais oneroso; inviabilizando futuramente seu uso em escala industrial. • Considerando a limitação dos mananciais de superfície é provável que em um futuro próximo as águas subterrâneas venham a ser a utilizadas unicamente para o abastecimento público. Em decorrência dessas tendências, uma alternativa ecológica e econômica para a atividade industrial é a de utilização de água de reuso. As indústrias deveriam eleger como target, o aproveitamento do reuso da água dentro da empresa, objetivando a economia e a otimização no uso da água potável. A gestão ambiental do reuso da água dentro de uma empresa deve começar com um estudo de MINIMIZAÇÃO do uso da água nos processos industriais, que inicia com medidas simples como a verificação de processos que desperdiçam água, substituição de processos, o aumento de vida útil do processo industrial, reutilização da água da chuva, reaproveitamento direto de água do processo como sistema cas-

cata, ou com utilização de tecnologia mais avançada como ultrafiltração, utilização de resinas de troca iônica, evaporadores, etc. A utilização de sistema de captação de água da chuva, com processo físico-químico associada com processo de desinfecção poderá substituir grande volume de água potável em inúmeros processos industriais. Outra alternativa é o reuso de água tratada na estação de tratamento de efluentes líquidos (ETE) por processo físico químico ou biológico, em uma série de processos dentro da própria empresa como: • Irrigação de parques e jardins; • Reserva de proteção contra incêndio; • Descargas sanitárias; • Lavagens de pisos; • Lavagens de veículos; •Construção civil;  Torres de resfriamento; • Águas de enxágüe em processo industriais em conjunto com a água da chuva. • Água para cabines de pintura com cortina de água; • Diversos Processos industriais em que não necessitamos de água potável para uso. A qualidade da água a ser utilizada e o objeto específico do reuso, estabelecem os meios de tratamento de efluente recomendados, os critérios a serem adotados, os custos de investimento, de operação e manutenção da ETE. Se a sua empresa tem interesse em dispor de uma assessoria técnica ambiental para otimizar o reuso de água, poderá contatar com a empresa Reciclos Consultoria e Assessoria Ambiental Ltda, que realizará um estudo detalhado de viabilidade no reuso da água especialmente para o seu caso.

Iria Cunegatti

Gestora Ambiental da empresa Reciclos Consultoria e Assessoria Ambiental


A

De olho no recurso, fundos investem em empresa ligadas à água e governos compram terras em outros países

encarada como um bem público. Não são as empresas privadas que devem estabelecer quem terá ou não direito a ela. O acesso aos recursos hídricos deveria ser obtido através de licenças pagas concedidas pelo governo, com regras e limites rígidos. Água não é um produto como tênis ou Coca-Cola”, completa a ativista. Os efeitos da escassez de água já podem ser vistos atualmente, defende Maude. Há 50 anos, segundo ela, não precisávamos consumir água vinda do subsolo. Hoje, metade do nosso consumo é extraído de lá. “As pessoas já estão morrendo, não é como se isso fosse acontecer no futuro. Quase a metade da população mundial não tem água limpa a menos de um quilômetro de sua casa. A falta de água própria para o consumo é a principal causa da mortalidade infantil no mundo. Ela mata mais do que a Aids, a malária e a guerra juntas”.

Não é de se surpreender que um bem tão precioso, apelidado por muitos de “o petróleo do século XXI”, atraia cada vez mais a atenção de governos e empresas multinacionais. “O comércio de água está em estágio tão avançado que ao redor do mundo são várias as bolsas que possuem índices apenas com ações de empresas ligadas à água. Essa é a próxima onda de privatização do recurso que assistiremos”, diz Maude. Mas não é só. Os governos também já começam a perceber as implicações da falta de água. Junto a fundos de investimento, países ricos e com poucas reservas do recurso, como Japão, Arábia Saudita e Coreia do Sul, têm comprado propriedades em outras nações para assegurar seu abastecimento futuro. “Isso não acontece tanto no Brasil ainda, mas estamos vendo esse processo em toda África. Agora, eles estão começando a vir para a América Latina. O Brasil será o próximo alvo”, prevê. O problema na escassez de água nos próximos anos é tão grande que pode levar a ondas migratórias, o que traz um problema adicional. “Na América Latina, poderia haver migração para os Andes, assim como os australianos devem se mudar para a Nova Zelândia. Os americanos provavelmente irão para a região dos Grandes Lagos (norte). A China deve se abastecer com a água do Tibet e do Himalaia. As superpotências vão começar a ver a água como uma questão de segurança nacional e ir buscá-las fora de suas fronteiras”, fala. Com crises já ocorrendo por falta de água no Oriente Médio, em partes da China, na Índia, Paquistão, Bangladesh, Austrália e pedaços da América do Norte, está aberta o que Maude chama de “caça à água”. Mesmo nesse contexto, para a canadense, seria um erro países onde a água é mais abundante se aproveitarem disso. “Em casos de emergência, a água pode ser doada, assim como se doa comida. A melhor saída nesse caso seria se adaptar para aproveitar a água presente no entorno. Não é bom criar dependência em relação a outros países, além de ser perigoso retirar água dos ecossistemas”.

Invisível A ativista alerta também para o que chama de ‘água virtual’, aquela usada nas plantações agrícolas. O Brasil está entre os quatro países que mais gastam água nessa atividade, junto a Austrália, Estados Unidos e Canadá. Para produzir um litro de etanol, por exemplo, são gastos 1,4 mil litros de água. “A maioria dos países não pára para pensar nisso. Na minha opinião, o governo Lula nunca parou para pensar a respeito. O Brasil não está administrando bem seus recursos hídricos. Não há nenhum plano, está na base do quem achar primeiro leva”, opina.

http://epocanegocios.globo.com/

Escassez de água doce ameaça o futuro

ativista ambiental canadense Maude Barlow, autora de “Água, o Pacto Azul” e co-fundadora da ONG Blue Planet Project tem a fala tranquila e pausada, mas é firme ao defender a causa que escolheu proteger: os recursos hídricos do planeta. A conselheira sênior da presidência da Assembléia Geral das Nações Unidas para o tema é clara. Estamos ficando sem água. Se não despertarmos para a preservação dos recursos hídricos, a vida na Terra pode desaparecer em 200 anos. Uma das grandes ameaças atuais para a proteção da água no planeta, segundo Maude, é a transformação do recurso em uma commodity a ser comercializada facilmente no mercado mundial. “Se a água fosse abundante, eu não me importaria de ela ser comercializada. O problema é que o planeta está ficando sem água. Hoje, aproximadamente 3 bilhões de pessoas não têm acesso a esgoto. A água é um direito da humanidade. Se você torná-la um produto, ela será acessível apenas para aqueles que podem comprá-la”, afirma. De toda água do planeta, apenas 2,5% são de água doce. “A água deve ser

MEIO AMBIENTE

Junho de 2015

MUNDO

6

C Y M K


MEIO AMBIENTE

Junho de 2015

ODNUM

O

7

Coprocessamento é alternativa para destruição total de resíduos industriais

coprocessamento é hoje uma alternativa eficaz para a destruição total de resíduos industriais perigosos gerados pelas empresas. Como depois da blendagem - processo de identificação, triagem, mistura e trituração - os resíduos podem ser reaproveitados como combustíveis em fornos de fabricação de cimento, eles serão completamente destruídos. Cessa então a obrigação determinada por lei de se monitorar o resíduo para sempre. “O coprocessamento não gera passivos. Além disso, permite o aproveitamento do poder energético de determinados resíduos de forma a poupar combustíveis não renováveis e ainda insere os resíduos na cadeia produtiva como substitutivo de matéria-prima”, destaca o engenheiro Renato Chagas, Chefe do Departamento de Controle da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM). Neste caso, o engenheiro descreve o processo

em que as cinzas obtidas na queima dos resíduos dentro dos fornos são aproveitadas na formação do clínquer, o calcário calcinado que compõe o cimento. Chagas frisa também que tanto a unidade que processa os resíduos-blendagem quanto o forno da fábrica de cimentos devem estar devidamente licenciados pela FEPAM. No caso do forno, sua operação deverá atender ao que foi estabelecido nas resoluções do CONAMA e do CONSEMA que tratam do assunto e exigem o EIA-RIMA.Para que a empresa geradora comprove legalmente que o resíduo foi eliminado, é necessária a emissão do Certificado de Destruição Térmica. Como alerta Chagas “o certificado de destruição final do resíduo deve ser emitido pela unidade cimenteira que realiza o coprocessamento em nome do gerador do resíduo”. A resolução CONAMA 316 de 2002 atesta o que o engenheiro afirma: “Art. 28. Todo sistema de tratamento térmico de resíduos

(cimenteira) deverá possuir um responsável técnico para o seu funcionamento, devidamente habilitado para este fim, com registro de responsabilidade técnica no órgão profissional competente. Parágrafo IV - Caberá ao responsável técnico legalmente habilitado emitir certificado de tratamento térmico atestando ter cumprido as condicionantes da licença ambiental cujos dados constarão do referido certificado, cabendo a guarda deste documento também ao gerador do resíduo, contratante da operação”. Conclui-se que o CDT (Certificado de Destruição Térmica) é documento essencial e imprescindível para a comprovação legal de que os resíduos gerados passaram por coprocessamento e foram totalmente destruídos. Para ter valor legal, esse documento só poderá ser emitido ao gerador do resíduo pelo técnico responsável da fábrica de cimentos que disponibilizou o forno para a queima.

ANPII alerta sobre os riscos Maiores aquíferos do planeta estão sob ameaça de sementes pré-inoculadas de esgotamento As águas subterrâneas estão sendo usadas de forma irresponsável e a culpa é dos humanos, dizem pesquisadores Um terço das maiores bacias de águas subterrâneas do mundo estão sendo esgotadas pelo consumo humano. A conclusão está em de dois estudos da Universidade da California, divulgados nesta semana no site da Agência Espacial Americana (Nasa). De acordo com os pesquisadores, a população mundial usa as águas subterrâneas de forma indiscriminada, apesar de não haver informações

Fonte: Agência Brasil

precisas sobre a dinâmica de reposição dessas reservas. É o primeiro estudo que analisa as perdas dos aquíferos a partir de dados coletados no espaço, pela Nasa. As leituras dos satélites Grace, especializados em analisar a gravidade do planeta, permitiram a interpretação do volume de água e mostraram que 13 dos 37 maiores aquíferos estudados entre 2003 e

2013 estão sendo esvaziados em velocidade superior à da reposição de água nos sistemas. Dos 13 aquíferos ameaçados, oito foram classificados de “superestressados”, por terem muito pouca ou nenhuma reposição natural, e cinco foram considerados “extremamente” ou “altamente” estressados, o que varia de acordo com o tempo da reposição. Os aquíferos mais sobrecarregados estão nas regiões mais secas do planeta, onde as populações usam intensamente águas subterrâneas. A equipe de pesquisa descobriu que o Sistema Aquífero Árabe, que atende 60 milhões de pessoas, é o mais superestressado do mundo. O segundo é a Bacia Aquífera Indu, no Noroeste da Índia e no Paquistão, e o terceiro é a Bacia Murzuk-Djado, no Norte da África.

Fonte: Agrolink - ANPII (Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes). Mais informações: Embrapa Soja

C Y M K

O Brasil pode ser considerado hoje, o líder na utilização dos benefícios da fixação biológica do nitrogênio (FBN) com a cultura da soja. Isso é resultado de meio século de pesquisas para o processo de fixação e avanços nas formulações e produção de inoculantes pelas indústrias brasileiras. A utilização de inoculantes para fixar nitrogênio na cultura de soja aumenta, em média, 8% a produtividade das lavouras, mas a inoculação deve ser realizada via semente ou no sulco e o plantio realizado na sequência. A Associação Nacional dos Produtores e Importadores de Inoculantes (ANPII) alerta os agricultores sobre o uso de sementes pré-inoculadas, pois mesmo com os avanços tecnológicos dos grandes fabricantes, pesquisas realizadas pela Embrapa Soja têm verificado que essas sementes, às vezes, carregam somente rizóbios mortos. “A indústrias também evoluíram, encontrando adesivos e protetores para as bactérias. Contudo, ainda existem limites sérios para essa compatibilidade

e que o agricultor precisa conhecer”, afirma Mariângela Hungria, pesquisadora da Embrapa. Já consta como indicação para a cultura da soja que o inoculante deve ser aplicado em quantidade e concentração suficientes para fornecer 1,2 milhões de bactérias por semente. Contudo, esse é um cálculo teórico, pois nem tudo fica aderido às sementes, contando muito o tempo de exposição, o uso de adesivos e protetores, a formulação do inoculante, entre outros. Em uma série de análises e ensaios de campo conduzidos na Embrapa Soja nos últimos cinco anos foi constatado que a recuperação desejável de células nas sementes de soja para garantir boa nodulação deve ser de, no mínimo, 100.000 bactérias por semente. “Então, vale a pena verificar antes da semeadura se as sementes pré-inoculadas ou com inoculação antecipada contêm essa população. E é esse tipo de análise que a Embrapa Soja passou a oferecer”, explica Mariângela. A análise é feita seguin-

do uma metodologia oficial do MAPA, que consta de instrução normativa de métodos oficiais e consiste na avaliação do número da bactéria Bradyrhizobium que são recuperadas da soja. O produtor que desejar ter suas sementes pré-inoculadas analisadas deve fazer a solicitação junto à Embrapa Soja e, após o envio da amostra, o resultado sairá em até 10 dias. A ANPII reforça a importância desse serviço, pois assim o agricultor pode saber se o produto utilizado está adequado para sua cultura. “Queremos que o agricultor tenha os melhores resultados. Existem avanços inegáveis em relação à pré-inoculação e, com certeza, novos avanços serão obtidos a cada ano. Mas é necessário distinguir a cada passo o que é possível ou não levar a campo. E, com certeza, a análise das sementes indicando quantas bactérias fixadoras de nitrogênio sobrevivem ao tratamento e armazenamento das sementes é essencial”, conclui Solon Araújo, consultor da associação.


Problemas ambientais nos centros urbanos Muitos problemas ambientais nos centros urbanos são causados pela poluição e acarretam transtornos e prejuízos ao planeta

MEIO AMBIENTE MUNDO

Junho de 2015

O

Poluição do ar - A poluição atmosférica é causada pela emissão de gases poluentes no ar, como monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2), dióxido de enxofre (SO2), entre outros, causando problemas para a saúde e para o meio ambiente. Esses gases poluentes são produzidos pelas indústrias e automóveis. Sua concentração na atmosfera causa um fenômeno conhecido como smog, que é uma fumaça ou neblina poluente localizada na superfície das cidades e que pode causar doenças respiratórias.

desenvolvimento e o crescimento dos centros urbanos muitas vezes não ocorrem de maneira planejada, ocasionando vários transtornos para quem os habita. Alguns desses problemas são de grandeza ambiental e atrapalham as atividades da vida humana nesses locais. Esses problemas ambientais são causados por diversos fatores antrópicos. Ao lado estão relacionados alguns deles:

Poluição das águas - A situação dos rios e córregos é preocupante, pois a poluição das águas afeta diretamente a saúde da população. Uma grande quantidade de lixo e esgoto é jogada nos rios, em razão da irresponsabilidade das pessoas, da falta de coleta de lixo e tratamento de esgoto. Ilha de calor - É o aumento da temperatura em determinadas partes de uma cidade, na qual a região com maior concentração predial, asfalto, vidros e concreto tem maior temperatura; enquanto que em outra parte da cidade, que tem mais áreas verdes, a temperatura é menor, com variações de até 10° C no mesmo dia. Inversão térmica - É quando a poluição do ar impede a troca normal de temperatura do ar na superfície, ou seja, o ar frio e pesado (por causa das partículas da poluição) fica em baixo e o ar quente e mais leve fica em cima.

Fonte: www.brasilescola.com

8

Efeito estufa - Fenômeno causado pelo aumento da temperatura no planeta em virtude dos gases poluentes emitidos pelas cidades. A camada poluente impede que o calor da atmosfera se dissipe. É chamado de estufa, pois o planeta mantém a temperatura aquecida. Erosão - Causada pelo uso e pela ocupação irregular de áreas de preservação ambiental nas grandes cidades, como encostas, margens de rios, excesso de peso das edificações, compactação do solo, etc. Chuva ácida - Causada pela poluição do ar, em que os gases poluentes reagem com a água da umidade do ar, ocasionando chuvas com presença de componentes ácidos e prejudicando plantações, edificações, automóveis e o ser humano. Enchentes e desmoronamento - As chuvas nas cidades podem causar enchentes e desmoronamentos, destruindo edificações e matando pessoas, em razão da ocupação irregular, pois as águas das chuvas não têm para onde escoar. Falta de áreas verdes - O desmatamento em áreas urbanas causa aumento da temperatura e agrava a poluição do ar. Poluição visual e sonora - As propagandas excessivas e o barulho alto dos grandes centros podem causar transtornos psicológicos na sociedade.

C Y M K


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.