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Leni Calderaro Pontinha foi noticia logo no seu nascimento, em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Caso raro, já nasceu com 2 dentinhos e foi capa de jornal e assunto da imprensa local na época. Talvez um preludio daquela que entre as suas atribuições profissionais se tornaria uma geradora de conteúdo para mídia. Começou a trabalhar, aos 17 anos de idade, no Cartório de Registro Civil de pessoas naturais de Mogi das Cruzes. La fez carreira, passando pelos cargos de auxiliar de cartório, escrevente habilitada, escrevente autorizada, oficial maior e escrivã interina. Formou-se em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela Universidade de Mogi das Cruzes em 1976. Na mesma Universidade iniciou sua carreira profissional acadêmica como auxiliar de ensino, passou por professora auxiliar, até se tornar Professora titular e Coordenadora do curso de Comunicação Social. Criou o departamento de assessoria de imprensa da Universidade e realizou diversos eventos. Dentre eles vale destacar a comemoração dos 25 anos da Universidade, em que na época recepcionou o então Presidente da República José Sarney e o evento que recebeu a presença do médico e pesquisador, Dr. Albert Sabin, conhecido por ter desenvolvido a vacina oral (famosa “gotinha”) para a poliomielite. Seu lado empreendedor veio à tona em 1987, quando em sociedade com Sr. José Roberto, abriu a agência: Eventos e Comunicação. 3 anos mais tarde saiu da sociedade por conta da sua agenda, porém a empresa segue até hoje com sede no Maranhão.
APOIO
Em 1988, foi homenageada pela Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, com o Diploma de Mérito Comunitário. Especializou-se em Metodologia da Comunicação, pela Universidade Metodista de São Bernardo do Campo e realizou o seu Mestrado em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. Foi convidada para dar aulas na Universidade Cruzeiro do Sul, onde organizou o Fórum Internacional de Televisão com a presença do então Governador do Estado, Mário Covas. Fez parte da equipe para Autorização e Reconhecimento de cursos pelo MEC. Criou os cursos de Relações Públicas, Publicidade, Jornalismo e Rádio e TV, na Faculdade Anglo Latino em São Paulo. Criou os cursos de comunicação da UNIFACCAMP – Centro Universitário de Campo Limpo Paulista. Deu inicio aos trabalhos na FAAT no segundo semestre de 2003 e inaugurou o curso de Relações Públicas no primeiro semestre de 2005, onde assumiu o cargo de Coordenadora por 15 anos. Foi membro, conselheira e delegada do CONRERP 2 – Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas – 2ª Região – São Paulo / Paraná. Leni Calderaro Pontinha foi noticia logo no seu nascimento, em Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Caso raro, já nasceu com 2 dentinhos e foi capa de jornal e assunto da imprensa local na época. Talvez um preludio daquela que entre as suas atribuições profissionais se tornaria uma geradora de conteúdo para mídia. Começou a trabalhar, aos 17 anos de idade, no Cartório de Registro Civil de pessoas naturais de Mogi das Cruzes. La fez carreira, passando pelos cargos de auxiliar de cartório, escrevente habilitada, escrevente autorizada, oficial maior e escrivã interina. Formou-se em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela Universidade de Mogi das Cruzes em 1976. Na mesma Universidade iniciou sua carreira profissional acadêmica como auxiliar de ensino, passou por professora auxiliar, até se tornar Professora titular e Coordenadora do curso de Comunicação Social. Criou o departamento de assessoria de imprensa da Universidade e realizou diversos eventos. Dentre eles vale destacar a comemoração dos 25 anos da Universidade, em que na época recepcionou o então Presidente da República José Sarney e o evento que recebeu a presença do médico e pesquisador, Dr. Albert Sabin, conhecido por ter desenvolvido a vacina oral (famosa “gotinha”) para a poliomielite. Seu lado empreendedor veio à tona em 1987, quando em sociedade com Sr. José Roberto, abriu a agência: Eventos e Comunicação. 3 anos mais tarde saiu da sociedade por conta da sua agenda, porém a empresa segue até hoje com sede no Maranhão. Leni Calderaro Pontinha começou a trabalhar, aos 17 anos de idade, no Cartório de Registro Civil de pessoas naturais de Mogi das Cruzes. La fez carreira, passando pelos cargos de auxiliar de cartório, escrevente habilitada, escrevente autorizada,
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PATROCร NIO
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EDITORIAL É com imensa alegria, que compartilho com vocês, a Revista Digital ENCORP 2018. A publicação tem o objetivo de homenagear e reconhecer a importância histórica do curso de Relações Públicas da UNIFAAT. Além, de apresentar o cenário contemporâneo e uma perspectiva de futuro da profissão.
profissionais incríveis que me enchem de orgulho. Tantas histórias e conquistas merecem um registro, mesmo que de forma resumida, para coroar o encerramento de um ciclo desafiador e vitorioso. Portanto, convido vocês para um momento muito especial.
No final dessa edição, volto com um recado de encerraÉ um registro único, que nos traz nostalgia e a certeza mento importante e carinhoso a todos. de que ao longo dos 13 anos de curso, desenvolvemos um bom trabalho. Ajudamos a construir e fortalecer o nome da Boa leitura! instituição para além das fronteiras regionais. Estreitamos o relacionamento com empresas, terceiro setor, governo, comunidade e imprensa. Fizemos diversos eventos, trazendo os maiores nomes da área e oferecemos aos nossos alunos o diferencial de aprender na prática experiências de mercado. Ao lado dos mais renomados professores, o curso formou
Leni Calderaro Pontinha
EXPEDIENTE A Revista eletrônica ENCORP 2018, é uma edição única e foi desenvolvida com a colaboração dos seguintes profissionais: Fábio Reis Thiago Henrique Willian Pereira de Araújo E dos seguintes alunos do curso de Jornalismo da UNIFAAT: Bianca de Faria Marina Gomes Thomaz Michele Gomes Montanher Monise Gomes Montanher Diagramação: Comunicação Dinâmica 2427-0376
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Leni, imparável! O poder de realização de uma das principais profissionais de Relações Públicas do Brasil.
Leni Calderaro Pontinha começou a trabalhar, aos 17 anos de idade, no Cartório de Registro Civil de pessoas naturais de Mogi das Cruzes. La fez carreira, passando pelos cargos de auxiliar de cartório, escrevente habilitada, escrevente autorizada, oficial maior e escrivã interina. Formou-se em Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas pela Universidade de Mogi das Cruzes em 1976. Na mesma Universidade iniciou sua carreira profissional acadêmica como auxiliar de ensino, passou por professora auxiliar, até se tornar Professora titular e Coordenadora do curso de Comunicação Social. Nesta ocasião, criou o departamento de assessoria de imprensa da Universidade e realizou diversos eventos. Dentre eles vale destacar a comemoração dos 25 anos da Universidade, ocasião em que recepcionou o então Presidente da República José Sarney, bem como o famoso médico e pesquisador, Dr. Albert Sabin, conhecido por ter desenvolvido a vacina oral (famosa “gotinha”) para a poliomielite. Em 1988, foi homenageada pela Câmara Municipal de Mogi das Cruzes, com o Diploma de Mérito Comunitário. Nessa época, especializou-se em Metodologia da Comunicação, pela Universidade Metodista de São Bernardo do Campo, ocasião em que concluiu seu Mestrado em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. Diante desse arrojo e uma incansável disposição, Leni foi convidada para ministrar aulas na Universidade Cruzeiro do Sul, ocasião em que organizou o Fórum Internacional de Televisão com a presença do então Governador do Estado, Mário Covas. Além disso, compôs a equipe para Autorização e Reconhecimento de cursos pelo MEC, bem como criou os cursos de Relações Públicas, Publicidade, Jornalismo e Rádio e TV, na Faculdade Anglo Latino em São Paulo. Não bastasse isso, criou os cursos de comunicação da UNIFACCAMP – Centro Universitário de Campo Limpo Paulista, e, vendo possibilidades de crescimento, ingressou também na FAAT de Atibaia em 2003 e inaugurou o curso de Relações Públicas no primeiro semestre de 2005, onde assumiu o cargo de Coordenadora por 15 anos. Além disso, foi também membro, conselheira e delegada do CONRERP 2 – Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas – 2ª Região – São Paulo / Paraná.
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Este vasto histórico profissional, inegavelmente demonstra a sua capacidade de realizar. Querida por alunos, reitores e profissionais da área, quando relembra esta trajetória, Leni, com os olhos brilhantes, conta com orgulho sua carreira e o amor que tem pela profissão. Ela diz e deixa transparecer que, independentemente do que ocorra, sempre diz estar satisfeita, feliz e realizada com suas conquistas. Sua determinação e profissionalismo deixaram marcas de sucesso por onde passou. E sua experiência desperta o desejo do mercado, como é o caso da UNIFACCAMP que a convidou para abrir o curso de Relações Públicas em seu Centro Universitário a partir de 2019. Leni é uma das principais e mais respeitadas RP’s do Brasil, sinônimo de trabalho e realização. É a força de uma mulher-profissional imparável!
cas, na Universidade de Mogi das Cruzes. Foi com grata satisfação que, posteriormente, como sua colega de profissão, estive por um período na UNIFAAT, como docente, sob a coordenação daquela que havia sido uma professora tão querida. Talvez a Prof.ª. Leni não tenha a dimensão do quanto ela sempre foi capaz de inspirar uma legião de alunos, professores e profissionais, com sua delicadeza e disposição para ouvir, orientar e estender sua mão, exemplificando, na prática, a importância de se construir relacionamentos pautados na ética, na responsabilidade e no respeito pelo ser humano. Por isso, faço questão de deixar registrado meus sinceros agradecimentos e externar meu carinho pela professora, colega e amiga Leni.”
Maria José da Costa Oliveira “Leni é uma profissional rara, docente entusiasmada e uma coordenadora generosa, ética e justa. Tive a sorte de compartilhar parte da minha vida acadêmica com ela e assistir uma grande contribuição
DEPOIMENTOS: “Tive o privilégio de conhecer a Prof.ª. Leni Caldera Pontinha no início da década de 80, quando fui sua aluna no curso de Relações Públi-
profissional com bons profissionais para a região bragantina”.
Thaís Germano
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RP UNIFAAT-13anos História construída por pessoas, desafios e resultados
Um curso, que já está há, pelo menos, 13 anos nas mentes e nos corações de dezenas de professores e centenas de alunos, teve o começo de sua história em 2003. Na época, o diretor de desenvolvimento institucional Ellis Wayne Brown, ligou para o jornalista e professor, Nivaldo Marangoni, para conversarem sobre o processo de PPC (Projeto Pedagógico de Curso de Comunicação), nas três áreas: Jornalismo (Jor), Publicidade e Propaganda (PP) e Relações Públicas (RP). Dessa conversa, surgiu o nome de Leni Calderaro Pontinha para assumir a Coordenadoria do curso de Relações Públicas. Marangoni indicou e convidou Leni, por seu profissionalismo e experiência em fazer os PPCs. Leni assumiu o desenvolvimento do PPC, houve a indicação de professores das áreas, os equipamentos para os laboratórios, e outros aspectos que compreendem a inserção de um curso em uma faculdade, como receber a Comissão do MEC (Ministério da Educação). O Curso foi avaliado e autorizado, tendo seu início no primeiro semestre de 2005. “Assim, com professores incríveis, que contribuíam para a excelência do curso, alunos envolvidos e a direção nos apoiando, vivíamos então e respirávamos a FAAT e RP.”, conta Leni Pontinha. O curso de RP ficava no Centro de Atibaia e funcionava no período diurno, em um prédio com estrutura de colégio. No entanto, com o aumento dos cursos de graduação e do número de alunos, os Dirigentes
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(sócios) da Instituição construíram o Campus Dom Pedro, inaugurado em 2006. Dessa forma, com salas espaçosas, espaços de convivência, biblioteca, laboratórios e estacionamento, a UNIFAAT ganhou corpo e passou os seus cursos para um espaço literalmente universitário. Nesse mesmo período, duas casas recém-construídas no bairro Boa Vista, foram disponibilizadas pela Instituição para que os professores que moravam em outras cidades, pudessem descansar e até pernoitar. Leni, que sempre morou em Mogi das Cruzes, município que fica a 117 km de distância de Atibaia, passava a semana trabalhando na UNIFAAT, dormindo em uma dessas casas e só retornava para o seu lar e família aos fins de semana. Entre várias recordações, Leni destaca o período de construção dos estúdios de Radio e TV. “Na época em que houve a edificação desses estúdios, 2005-2006, o diretor de construção me perguntou quantos metros seria necessário para o espaço. Eu disse que uns 500 m² (metros quadrados) estava bom, e ele me chamou de “louca” (risos), porque obviamente não daria para usar um ambiente desse tamanho.“ Apesar de não chegar perto do que a coordenadora de RP havia imaginado e sugerido, somando as
14º Edição do Café com RP
Boletim Satélite - Produto da Agência Experimental de Relações Públicas - INOVA RP Em 2007, o 1º ENCORP
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instalações que beneficiavam os cursos de comunicação, chegaram a quase essa metragem. Hoje, a UNIFAAT possui um Estúdio de TV com auditório de 98,6 m², um Estúdio de Rádio de 78 m², um Estúdio de Fotografia de 80 m², a Agência de RP de 75 m², a Agência de Jornalismo de 55 m² e a Agência de Publicidade e Propaganda também com 55 m². Esses números foram concedidos pelo Coordenador de Manutenção e Projetos Prediais, Matheus Cascardo. O curso de Relações Públicas da UNIFAAT formou mais de 300 profissionais e destacou-se pela grade curricular multidisciplinar e alinhada com as tendências de mercado. Um dos grandes diferenciais foi a criação da agência experimental de Relações Públicas InovaRP, onde por meio dela, os alunos tiveram diversas oportunidades de botar a mão na massa e enriquecer as suas bagagens com experiências práticas de mercado, como por exemplo a organização dos eventos Café com RP e ENCORP, a edição do Boletim Satélite e o atendimento e criação de projetos para instituições do 3º setor.
Mostra Literária em 2012
Professora Elaine Lina durante o Café com RP em 2017
Entrega de carteirinhas do CONRERP
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Histórias Para Contar – EX Alunos Com 13 anos do curso de RP na UNIFAAT, histórias para contar é o que não falta. E para isso, ex-alunos contam um pouco do que puderam vivenciar durante o período de graduação. Uma dessas pessoas é Fernanda Bueno. Hoje, com 23 anos e analista de comunicação na TRAMA Comunicação, ela fez o ensino superior de 2014 a 2017. “É difícil elencar apenas uma história durante o período em que estive na faculdade, mas acredito que os eventos que organizamos, enquanto alunos nos marcaram bastante. Eram momentos em que a turma toda compartilhava conhecimento. Nesse sentido, posso mesmo citar as edições do Café com RP, TalentCOM e o próprio ENCORP”.
Outra ex-aluna recém-formada, e que já está inserida no mercado de trabalho, é Sabrina Silva. Ela se formou em 2016 e, hoje, é produtora na OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo). Entre tantas histórias que Sabrina tem e gostaria de contar, ela destaca o fato de ter cursado Relações Públicas na UNIFAAT. Isso porque ela se identificou com a área de RP logo cedo, aos 15 anos de idade. Na época, lia revistas de profissões e os Guias do Estudante. No entanto, somente depois de praticamente 10 anos, aos 25, ela resolveu prestar o ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio) e conseguiu bolsa pelo ProUni e ingressou para a primeira faculdade em que prestou o curso que sempre desejou, ressaltando o carinho pela área e pela UNIFAAT que já muito imaginou ter.
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Uma segunda pessoa que também demorou mais tempo ingressar na área foi Felipe de Carvalho. Hoje, publicitário na Consultoria Pulsar e sócio na Coral Publicidade, ele cursou PP, antes de descobrir RP. Carvalho conta que, no momento em que estava prestes a completar o curso de PP, sentiu ainda uma falta de bagagem, com algumas habilidades e competências que fossem mais da parte comunicativa, e não tanto relacionadas às ferramentas. Felipe de Carvalho lembra com bom humor dos tempos em que os colegas de sala em RP o enxergavam com ‘olhos estranhos’. O pessoal já olhava e falava: “Como assim tem alguém já formado aqui no meio de nós?”, conta.
ENCORP – A grande vitrine para o mercado Ao longo desses 13 anos, o curso de RP da UNIFAAT, realizou diversos eventos com os objetivos de oportunizar aos alunos, experiências práticas de mercado e de criar e desenvolver relacionamentos sólidos com empresários, terceiro setor, comunidade e imprensa. Entre esses eventos, o ENCORP – Encontro de Conhecimento de Relações Públicas, que teve sua primeira edição em 2007, é sem duvida o maior produto criado pelo curso e uma grande vitrine para o mercado. No formato com palestras e oficinas, com os principais profissionais da área, o ENCORP cresceu ano após ano e atraiu diversos estudantes, inclusive de outras Universidades e estados, sempre com a cobertura e destaque da mídia local e dos principais canais especializados em comunicação corporativa, elevando assim o conceito da instituição no mercado. Um dos motivos pelos quais o ENCORP surgiu e, tomou grande proporção, se deve à Liza Gabriel, diretora de vendas na Grasso Landini Tech, uma empresa de desenvolvimento de softwares. Na época, Liza era professora no curso de Relações Públicas da UNIFAAT e definiu naquele ano que o evento devia de acontecer no mês de novembro, pois era necessária uma boa quantidade de tempo para criar e organizar tudo desde o começo. “Com o período definido junto à coordenação da FAAT, as ideias foram surgindo e eu apenas orientei a turma. Eles que criaram tudo. A turma se envolveu bastante, por exemplo, o Waldir veio com o nome e cada um dos estudantes deu contribuições importantes, desde o tipo de evento que realizaríamos dali em diante até os assuntos, tempo de apresentação e local. Enfim, deixei a turma muito à vontade para criar. Aquela turma de 18 alunos foi brilhante”, elogia orgulhosa. Liza ainda conta que só trabalhou com o pessoal no primeiro ano, e o feedback foi bastante positivo. “O evento foi muito bem avaliado, tanto de quem participou de fato, como de quem assistiu. Houve muitos elogios”, reforça.
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Este ano, o ENCORP chega à sua 12ª edição e diferente de outros anos, tem uma semana inteira de programação, sendo realizado entre os dias 05 e 08 de novembro. É uma edição especial organizada sob o comando da professora Elaine Lina, com o apoio de alguns estudantes do 4º ano e de ex-alunos que aceitaram o convite e se propuseram a colaborar. O 12º ENCORP marca o encerramento do curso de Relações Públicas da UNIFAAT.
ENCORP 2012
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Os professores que passaram pelo curso de Relações Públicas da UNIFAAT, deram enorme e valiosa contribuição para a formação dos alunos e enriqueceram a qualidade do curso. Para representa-los, convidamos a Professora Elaine Lina para registrar seu depoimento. “Eu entrei no curso de Relações Públicas para dar aulas ainda para a primeira turma. Comecei em 2007 e sempre com disciplinas voltadas para a pratica. O que mais me chamou a atenção no curso da UNIFAAT foi à união do grupo dos professores e a liberdade de inovar, propor e executar ideias. Tenho experiência e já dei aulas em outras faculdades de renome e nunca encontrei outro lugar que oferecesse aos alunos projetos com exigências e desafios reais de mercado. Eu me lembro da criação da agência INOVARP. Foi uma construção conjunta, compartilhada, em que os alunos criaram o nome, logotipo e aprenderam a importância da apresentação e de uma identidade. Trabalhamos com o direcionamento de projetos para os diversos setores e com temas de mercado, como: cultura, esporte, governo, diversidade, inclusão social, empresariado, comunicação digital e sempre se adaptando a realidade e possibilidades de cada cliente. Toda essa liberdade de criação promovia uma paixão, que nos deixava entusiasmados e com esse entusiasmo conseguíamos propor boas ideias. Tínhamos aceitação, suporte da coordenação e assim realizamos muitas coisas em 13 anos de trabalho. A semente inicial plantada pelo professor Ellis Brow, foi muito bem regada e deu frutos através do direcionamento e do profissionalismo da Coordenadora Leni. O sentimento que fica é de que poderíamos fazer muito mais, mas me sinto feliz de ter cumprido nossa missão com louvor. RP é uma profissão que continua com incrível importância e essa visão 360º que temos na nossa formação faz toda a diferença na carreira e na trajetória profissional. Espero ter transferido um pouco do amor que tenho pela profissão, de tudo que aprendi e a minha experiência, para os 161 alunos que se formaram e que hoje levam a responsabilidade, o prazer e o desafio de expandir cada vez mais o mercado e a nossa profissão. “
ELAINE LINA
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Último ano – Fim de ciclo Com uma história construída por pessoas, desafios e resultados, o curso Relações Públicas da UNIFAAT, chega ao seu fim após 13 anos. “A sensação que está no ar é de nostalgia, mas a certeza é de que um grande trabalho foi feito e que o dever foi cumprido”, comenta a coordenadora Leni Calderaro Pontinha. As sementes foram plantadas e hoje estão gerando muitos frutos. Grandes profissionais formados pela UNIFAAT estão fazendo a diferença e inovando no mercado. 2018 fica marcado por uma decisão da instituição que anda na contramão das pesquisas que apontam a área de comunicação e em especial a de Relações Públicas, como uma das mais importantes e promissoras profissões da atualidade e com expectativa de crescimento para os próximos anos. Porém, vida é formada de ciclos e cada ciclo traz experiências que servem para alimentar e enriquecer a nossa bagagem. Uma história tão rica merece um encerramento glorioso e o 12º ENCORP assim o faz, trazendo grandes profissionais, homenageando o curso, a coordenadora, ex-alunos e professores. É o fechamento com chave de ouro de um ciclo vitorioso
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MERCADO ABERTO PELO CURSO NA REGIÃO
Palestras e eventos promovidos curso de Relações Publicas auxiliaram a apresentação do profissional para empresários da região – FOTO: Café com RP 2017
Diante dos bons resultados nas avaliações do MEC, no ano de 2005 a UNIFAAT Centro Universitário – na época Faculdades Atibaia – passou a oferecer em suas graduações o curso de Relações Publicas. Sob a coordenação de Leni Pontinha, o curso tinha o objetivo de ser reconhecido como um dos melhores da região de São Paulo, formando profissionais capacitados para atuar nas diversas áreas organizacionais, sejam elas empresariais, públicas e entidades do terceiro setor. “O curso trouxe para a região, num primeiro momento, o conhecimento do que a área faz e como ela pode contribuir para o sucesso da organização, mostrando a importância da comunicação estratégica e do relacionamento com seus stakeholders. Creio que esse mercado começou a ganhar força com o espírito empreendedor de quatro alunos, dois da primeira turma e dois da segunda, que depois de formados, acreditando no que aprenderam, abriram as suas empresas de Relações Públicas”, afirma Leni. Um desses alunos é Shoiti Sato que, no ano de 2008 criou sua agência de comunicação integrada, a Sato 7. “O maior desafio da região e o maior que eu tenho até hoje é, basicamente, fazer com que as pessoas entendam o que um RP faz. Eu descobri que a nossa região não estava preparada para receber uma agencia com grandes ideias e é por isso que tive que fazer algo integrado, demonstrando a integração da comunicação dentro da nossa região”, lembra Sato.
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Ao longo dos anos, alunos e docentes do curso de Relações Públicas promoveram várias atividades voltadas ao público local, dentre eles o Café com RP, evento destinado aos empresários da região. Leni explica que “diante de um tema central a ser apresentado, convidávamos grandes profissionais da área de Relações Públicas a palestrar e mostrar o papel desse profissional nas organizações. Esse evento era organizado pelos alunos com orientação dos professores responsáveis pela Agência Experimental de Relações Públicas, a InovaRP”.
O ENCORP é marca registrada desde o início do curso em Atibaia
Outras atividades de prestígios são os eventos do Encorp – Encontro de Conhecimento de Relações Públicas – e projetos voltados para as Organizações do Terceiro Setor, dos quais os alunos desenvolviam os planos de comunicação em forma de concorrência para um cliente real, que no final, escolheria o projeto que seria desenvolvido na sua organização, simulando, dessa forma, a realidade do mercado dentro das aulas de agência. Os Projetos Experimentais para conclusão de curso também auxiliaram na divulgação da profissão na região. “Desenvolvidos para empresas clientes, permitiam que o aluno vivenciasse todas as etapas de um projeto que envolvesse o conhecimento do cliente, diversos tipos de pesquisas, análises, diagnósticos, prognósticos e as propostas de ação para todos os públicos do interesse organizacional. Entre esses clientes, tínhamos orquestras sinfônicas, escolas de sambas, empresas de transportes, farmacêuticas, hospitais, hotéis, entre outras”, ressalta Leni. O mercado de Relações Públicas, assim como todos os outros, deve ter empenho de quem atua, buscando uma melhora constante, como revela Shoiti: “Hoje eu estou vivendo o céu porque para mim, o mercado de Relações Públicas esta muito bom. Temos conseguido bons clientes, mas isso depende do próprio profissional que esta ali dentro das empresas, da própria equipe, do resultado que geramos aos clientes. Hoje a SATO 7 está com mais de 20 colaboradores internos, mais 3 colaboradores em Brasília e envolvidos, tenho mais de 40 pessoas que recebem mensalmente”. “O profissional de RP no Brasil esta ligado a eventos e assessoria de imprensa e é nosso dever fazer uma mudança radical referente ao profissional aqui. Não existe um país melhor que o Brasil para se tornar o melhor Relações Publicas do mundo. Temos que buscar e crescer de acordo como o mercado que tem lá fora, uma migração educacional dentro da nossa profissão para que a gente tenha um papel muito mais estratégico dentro das companhias como é nos Estados Unidos, ressaltando a importância dos relacionamentos organizacionais. Se você é um relações publicas de sucesso e entende toda esta discrepância que tem no mercado eu posso te garantir que você vai se tornar um grande RP”, conclui Sato. Infelizmente, o curso de Relações Públicas termina sua trajetória na UNIFAAT com a formação da última turma neste ano de 2018. “Relações Públicas é uma área que nunca morrerá! Ela é estratégica. Ela é essencial. Pode ser que muitos a conheçam como Comunicação Organizacional, Comunicação Estratégica, Comunicação Interna, Assessoria; outros sequer ainda a conhecem, mas, parafraseando nossos amigos do Coletivo de Relações Públicas: Todo mundo precisa de um RP!”, finaliza Leni.
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PRATAS DA CASA Através da Agência Experimental Inova RP, a coluna Pratas da Casa esteve presente nas edições do Boletim Satélite, com o objetivo de prestigiar os alunos formados em Relações Públicas pela UNIFAAT, com grande atuação no mercado de trabalho. Através de votação entre todas as turmas formadas nesse período de 13 anos do curso de RP, conferencia de currículo e a validação da Coordenadora Leni Calderaro Pontinha, foram eleitos os 10 Pratas da Casa com maior destaque e que aqui representam os inúmeros outros profissionais formados pelo curso e que atuam na área.
1. Ana Melo Ano de formação: 2008 Funcionária pública concursada desde 2004, a graduação em RP trouxe um diferencial ao seu currículo e potencializou sua carreira como assessora política. “Acredito que é uma área que vai crescer consideravelmente, principalmente por conta da legislação que restringe cada vez mais as grandes campanhas publicitárias e incentiva o diálogo entre os públicos, transparência nas ações e prestação de contas, mediação de conflitos, definindo planejamentos estratégicos para alcançar objetivos assertivamente, todas essas ferramentas de trabalho que o RP tem muita intimidade”, afirma Ana Lúcia.
2. Camila Amorim Ano de formação: 2016 Formada há dois anos, atua na produção de contéudo com técnicas de SEO e Inbound Marketing para geração de leads e apresentação de produtos/serviços nos canais de comunicação de clientes como Present-Service Brazil, SalãoVip e Crowd. Atualmente trabalha na Farmina Pet Foods Brasil como assistente de Marketing, responsável pelo relacionamento com o consumidor, marketing de influência, gerenciamento do SAC 2.0 e conteúdo do blog, além da redação e revisão de materiais de divulgação e peças de comunicação da marca.
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3. Fernanda Bueno Ano de formação: 2008
Pós-graduada em Gestão de Comunicação e Marketing pela Universidade de São Paulo – USP, atualmente é Consultora de Marketing do SEBRAE-SP, realizando consultorias e ministrando palestras e cursos na área de divulgação e vendas. Têm experiência e conhecimento em pesquisa de mercado, comunicação interna, estratégias empresariais e foi professora universitária por 4 anos.
4. Fernanda B. da Silva Ano de formação: 2017 Aos 23 anos, é graduada em Relações Públicas e técnica em empreendedorismo pelo Colégio Empreendedor. Trabalhou por mais de 3 anos com marketing digital e suas variações, como planejamento de digital, criação de conteúdo e leitura de métricas. Durante este período se especializou em redes sociais e relacionamentos entre públicos na internet. Hoje trabalha na Trama Comunicação, uma das 20 principais agências brasileiras de comunicação e relações públicas. Faz atendimento de clientes do segmento B2B e B2C e suas funções envolvem, em sua maioria, assessoria de imprensa e relacionamento com influenciadores.
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5. Juliana Araújo Ano de formação: 2009
Formada em Relações Públicas pela UNIFAAT e especialista em Gestão de Marketing pela FGV. Trabalha há 10 anos no departamento de Comunicação e Marketing da Bosch Rexroth, divisão de aplicações indústrias do grupo Bosch. Atualmente é responsável pela área de capacitação técnica e relacionamento com formadores de opinião.
6. Juliana Rett Ano de formação: 2008 12 anos de experiência no desenvolvimento de estratégias de Comunicação e Marketing B2B, especialista e executora em Negócios e em conectar ideias, empresas e pessoas; sempre com foco em inovação e um olhar atento para transformação, futuro e tecnologia. Gerenciou por 7 anos as atividades de uma indústria brasileira de bens de consumo do segmento de Papelaria e UD. Graduada em Comunicação / Relações Públicas, Pós-Graduada em Marketing com ênfase em Inovação de modelos de negócios com formação sólida em Design Thinking e de Serviços. Hoje é Head de Comunicação e Marketing na Staedtler, multinacional alemã do segmento de papelaria e atua efetivamente na implantação da operação da companhia no Brasil, na construção da cultura organizacional e nas estratégias de Comunicação com bases em engajamento e experiência dos diversos públicos envolvidos.
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7. Kalil Spiandorim Ano de formação: 2009 Graduado em Relações Públicas pela UNIFAAT, com MBA pela Fundação Getúlio Vargas e especialização em Gestão de Projetos pela Universidade da Califórnia – Irvine, foi sócio-diretor de planejamento e projetos da SATO 7 – Comunicação Estratégica, gerente de núcleo de comunicação interna e conteúdo da Trama Comunicação e, hoje, atua, também, como gerente de projetos digitais da mesma agência. Ao longo de sua trajetória profissional, planejou, gerenciou e executou projetos de RP e comunicação corporativa para empresas globais, como A.T. Kearney, CHS Inc, Grupo Lactalis, GM Financial, Putzmeister, Mexichem, Sanofi e outras grandes marcas. Desde 2014, leciona na UNIFAAT, nas disciplinas de Planejamento e Gestão em RP, Planejamento de Marketing, Midiação em RP, Agência Experimental e Projeto Experimental.
8. Rosângela Mendes Ano de formação: 2008 Durante a formação em Relações Públicas, Rosângela, trabalhava na Prefeitura de Atibaia, e sempre se envolveu nos eventos do setor até ser convidada a participar da equipe de cerimonial do gabinete do prefeito, quando desenvolveu muita experiência na área. Após formação, fez extensão em Cerimonial e Protocolo Público pelo SENAC e recentemente cursou Especialização em Assessoria de Casamentos. Hoje atua como RP na área de turismo. “Comecei a trabalhar no Convention Bureau há aproximadamente 3 anos, na verdade, eu já havia tido contato com a associação ainda na faculdade, no projeto de clientes de terceiro setor. O ARCVB, especificamente, é uma instituição que tem como objetivo maior divulgar o destino turístico, além de toda a carga de relacionamento com diversos públicos. Então, vejo como principal missão ser esse elo que informa, dá suporte e se coloca a disposição para pensar soluções juntos”, explica Rosângela.
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9. Shoiti Sato Ano de formação: 2009 Formado em Rádio e TV, Alessandro Francisco Shoiti Sato, cursou RP com o objetivo de ampliar seu conhecimento. Após a graduação em Relações Públicas, cursou MBA em Comunicação Integrada com ênfase em Comunicação Mercadológica. Em 2008 abriu a agência Sato 7. “Minha visão é ser reconhecido como uma agência diferente, parceira, inovadora e criativa, oferecendo sempre os melhores produtos, serviços, e soluções em comunicação integrada. Quero gerar resultados para agregar valores aos negócios dos meus clientes, potencializar o crescimento de operações, promover e estreitar o relacionamento do cliente com o público alvo por meio de geração de conteúdo, de imagens, de ações e eventos”, ressalta Shoiti.
10. Thiago Henrique Ano de formação: 2011
Após a graduação em RP, cursou MBA em Desenvolvimento de Habilidades Gerenciais e um curso de extensão em Marketing Político e Campanhas eleitorais pela PUC-SP. Em 2012, lançou o Jornal CLICK, mídia impressa com circulação na região bragantina e plataforma digital. Atualmente é Editor e Publisher do mesmo veículo e presta assessoria de comunicação e imprensa para empresas, governo e terceiro setor.
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Cenários de crise exigem do RP estratégias precisas
O profissional de Relações Públicas, tal como os de outras áreas é sistematicamente convidado a ficar atento à dinâmica dos mercados, à inserção e a visibilidade da imagem e identidade da empresa em relação aos seus produtos e serviços, bem como ter em mente a frequente necessidade de se reinventar em cenários cada vez mais exigentes. Neste sentido, um “fenômeno” que sempre incomoda, mobiliza e exige atenção denomina-se “crise” geralmente interpretada por muitos como oportunidade, exigindo para isso o devido controle. Não à toa, os esforços destes profissionais tem chamado a atenção de muitas empresas que lidam com cenários complexos e que exigem o máximo de cuidado para que certos “ruídos”(internos ou externos) não venham comprometer a estabilidade e o ritmo que elas adotam no mercado de consumo. De um modo geral, estes momentos são difíceis quando o gerenciamento, a interação e a sinto-
nia fina entre o setor de RP e as várias esferas da empresa não estão muito bem sincronizadas, levando a alguns gaps (falhas informacionais). Justamente por isso, este profissional precisa estar constantemente atualizado e disposto a reinventar cenários para que empresas e produtos possam usufruir. De acordo com vários profissionais da área, a atualização neste cenário contemporâneo tem sido desafiador, motivo pelo qual há alguns anos persistem as variáveis “atualização” e “adaptação” de empresas, produtos e estratégias visando abrir mercados, sustentar os já existentes e controlar as variáveis que sempre são acionadas, neste caso a credibilidade, a imagem que, além de manter o vigor de certas marcas, também necessitam estar sempre presentes nos vários cenários midiáticos. Estes profissionais possuem uma flexibilidade que impressiona, na medida em que simulam contextos nos quais as empresas de uma certa forma terão
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de enfrentar em algum momento de sua existência. Essa atenção é necessária, mesmo sem evidências explícitas, pois pior que isso é ser surpreendido de modo inexorável. Em outras palavras, seria algo como prever antecipadamente possíveis riscos ou pequenos erros que foram “ignorados” e no decorrer do tempo podem tornarem-se problemas irreparáveis. E quem precisa estar à frente junto com demais gerências, obviamente é o Relações Públicas, que precisa estar pronto para mobilizar todas as forças e ações possíveis visando minimizar, e, em curto espaço de tempo, dissipar algumas distorções -sempre previsíveis, mas devidamente observada para que não provoque efeitos indesejáveis. São vários os exemplos na literatura de Relações Públicas (RP), mas todos foram de uma certa forma resolvidos e convertidos em lição para que nunca mais ocorram. Muitos perguntam, “para que esta preocupação, se os setores trabalham sempre dentro de regras!?. A resposta disso está nas muitas variáveis que compõem o processo de produção,
necessário que este representante deva ser suficientemente capacitado para amenizar os ânimos, e para isso precisa estar bem informado, abastecido do que for fundamental para equalizar o problema. O quarto passo geralmente é traduzido pela quantidade, qualidade de informação que vai ser levado para explicar, elucidar e amenizar os ânimos.
promoção, disponibilidade do produto e o consumo dentro do que é esperado. São várias etapas nas quais os produtos podem estar sujeitos a falhas (mesmo que pequenas) e se não forem observadas, podem trazer enormes prejuízos. No caso dos ambientes classificados por crise, todos os profissionais da área de Relações Públicas devem estar a par destas etapas que levam a problemas, por exemplo recorrer ao Comitê de Crises, que de um modo geral organiza e gerencia estes desdobramentos. A partir disso, aciona-se o Comitê de Crise, que imediatamente precisa entender o problema para poder estudá-lo. Este é o momento em que se procura entender, definir o que se pode fazer para contornar os problemas, elegendo-se
afigura do mediador. Para que as
informações sejam centralizadas e suficientemente
Nesse ponto, refletindo que isso vai obviamente chegar à mídia, o interlocutor terá que mensurar tante que vai dar conta disso. qual a mídia pode ser a mais adequada para miEm seguida, recomenda-se, rezam os manuais, é tigar a crise. equilibradas e controladas, elege-se o represen-
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Estratégias do mundo corporativo Entrevista Prof. Luis Alberto Farias- ECA/USP Luis Alberto de Farias, Professor da ECA-USP, e da Cásper Líbero, e autor do livro “Relações Públicas Estratégicas”, em entrevista ao programa da CBN - Mundo Corporativo, com Milton Yung, menciona a globalização, um conceito muito utilizado em Relações Públicas (RP), e por isso questiona: “RP e assessoria de imprensa, isso não é Marketing!? Essa e outra definições compõem este contexto, por isso ele prefere imaginar que há uma imbricação e as áreas procuram lidar de forma harmoniosa. Todas elas vivem e convivem de uma maneira equilibrada. Mas há disputa entre as áreas e o choque, a priori, mas percebe-se que cada vez mais essa visão ampla dependendo o que é o evento. Para ele, o real papel do Relações Públicas é trabalhar o evento e a divulgação, mas sempre atentos à opinião pública (O.P). Para ele, OP é um processo complexo de manifestações e interpretações, que ocorre no momento de intenções e com isso gera manifestações e hoje com vários recursos, que chegam à opinião pública. Mas Opinião Pública não trabalha só com isso, mas em interface com as demais, por exemplo, com a organização, com a assessoria de imprensa, com o planejamento de mídias institucionais, com comunicação interna e seu planejamento. Para ele, muitas empresas preferem construir mensagens e pensam pouco em seu público interno, na construção de seu leitor/espectador, ou seja é uma visão estratégia . A seu ver, o ideal seria as empresas entenderem a construção do diálogo interno, e a partir disso identificar as idéias e depois as imagens que possibilitem e as creditem. Para ele, antes de construir uma mensagem ou ter uma imagem do que vê na empresa, ele tem de entender o processo. Todos os componentes desta organização -em algum momento- vão participar disso, e o resultado será muito melhor, pois sendo assim eles vão saber interpretar a mensagem. Tem de se entender à cultura e só depois construir as mensagens que possam levar e transmitir com segurança a tal reputação conquistada e assumida. Sua percepção é a de que um modo geral todos influenciam na comunicação, desde a concepção de algo uniforme até as mensagens finais. Muitas empresas adotam a consciência institucional por modismo, porque todos fazem, mas o ideal é começar isso como um processo interno de conscientização. Ao seu ver, por exemplo, o profissional de RP tem de fazer com que as lideranças e todos na empresa entendam isso! Para ele, hoje estamos na era do “eumídia”, ou seja, qualquer “coisa” que ela faça, isso vai em tempo real, por isso vai ser uma representação da pessoa e seu papel no cenário. A seu ver, toda vez que você faz uma promessa, todos vão ficar na expectativa e depois serão cobradas por isso. E hoje elas cobram em tempo real! Quanto à responsabilidade do RP nestas mensagens estratégicas, diz que este profissional e o que ele faz são um meio e não um fim.
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INOVAÇÃO E RELAÇÕES PÚBLICAS
O conceito de inovação é bastante utilizado no contexto corporativo. O ato de inovar significa a necessidade de criar caminhos ou estratégias diferentes para atingir determinado objetivo. Inovar é inventar, sejam ideias, processos, ferramentas, produtos ou serviços. As inovações são essenciais para que as empresas possam se moldar às mudanças que acontecem nas estruturas sociais e econômicas. Uma matéria publicada no portal da revista Exame mostra especialistas que ressaltam a importância do investimento em inovação, tecnologia e criatividade. Na reportagem destaca-se a seguinte frase: “Hoje, definitivamente, estamos divididos em dois mundos: o virtual e o da realidade. Na prática, saem na frente aquelas marcas que jogarem bem nos dois mundos, utilizando a inovação a favor da comunicação e do público”. Vê-se, nesta afirmação, que para uma empresa garantir sucesso sólido e duradouro é de extrema importância o alinhamento entre inovação e o fator comunicacional.
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Reginaldo De Franceschi, 34, é graduado em comunicação, mestre em neurociência e emprega ao conceito de inovação como, essencialmente, a aplicação do novo a um determinado contexto. De acordo com ele, seguindo o pensamento de Steve Jobs, um dos grandes ícones da inovação: “Não devemos olhar para o concorrente e fazer melhor, devemos olhar e fazer diferente”. Marco Rossi, diretor da Mega Brasil argumenta com foco no papel dos alunos recém-formados em Relações Públicas e que aparecem em um primeiro momento para o mercado. “Esse profissional iniciante na área de RP, e da comunicação como um todo, tem de chegar com propostas de inovação. O recém-formado tem de analisar bem a questão do “empreendedorismo” da comunicação, ser antenado e não se acomodar. Juntando isso ao fato de buscar colocação no mercado de trabalho logo cedo, faz com que o jovem profissional ganhe experiência e saia na frente.” Para Everton Schultz, vice-presidente executivo na Weber Shandwick, ele acrescenta que inovação em Relações Públicas deve estar focada em três pilares: tecnologia, comportamento e visão de negócios. No caso da tecnologia, ele diz que há de se questionar e entender como os diversos aparelhos eletrônicos impactam o dia a dia do trabalho. Em relação ao comportamento, o desafio está em criar pontes entre gerações, culturas e interesses, com os públicos que estão cada vez mais diversos. A velha classificação de stakeholders já não é o suficiente. É necessário ter a habilidade de identificar públicos além dos modelos criados na academia. No caso da visão de negócios, Schultz reforça que, em um momento de ruptura dos modelos tradicionais, os profissionais de RP têm, hoje, a oportunidade de liderar as discussões sobre os negócios das empresas e marcas, inserindo uma visão holística nos debates sobre o futuro das transações e negociações. Uma visão que considere os movimentos diversos da sociedade, desde as questões ambientais, até as necessidades sociais das comunidades onde as empresas estão inseridas. Diante dessa realidade tecnológica e cada vez mais avançada, Carlos Carvalho, presidente-executivo da ABRACOM (Associação Brasileira das Agências de Comunicação), complementa que o mundo da comunicação corporativa tem um papel fundamental no novo cenário da indústria. “Tudo aponta para relacionamento com públicos estratégicos. Essa é nossa praia. Mas para surfar bem nessa onda, profissionais e agências precisam entender cada vez mais de inteligência de dados, tecnologia e inteligência artificial. São elementos essenciais para a atividade. Tecnologia é nossa aliada, não inimiga.”, esclarece.
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Peixe de fora
O futuro do Marketing é ao lado das Relações Públicas
Por muitos anos o Marketing das instituições se apoiava nas antigas ferramentas de Publicidade em campanhas desenhadas para distrair o consumidor e tentar desta forma capturar a sua atenção. Foco estava em destacar qualidades do produto ou serviço e uma redação que se limitava a conjugar verbos no imperativo para fazer suas promessas. Na atualidade, em um mundo pautado por alguns temas como o colaborativismo e consciência coletiva a tendência que acredito para o futuro do marketing é a noção de Causas ou Propósitos. Enquanto o marketing tradicional fala sobre produtos e serviços, o marketing orientado a causas é contextual e se alinha com conversas que são valorizadas pela sua audiência. Em tempo onde as pessoas trocam coisas por experiências, as empresas precisam entender que além de marcas elas são plataformas de conteúdo e agentes de mudança social. Vários líderes de marketing já anunciaram que estão concentrados em revisar suas estratégias e começar a fazer “marketing orientado a causas”. Entretanto, em meio a aderência de novas empresas a essa estratégia é importante identificar quais delas realmente a utilizam como forma de gerar algum ganho real a sociedade, e realmente estão engajadas para tanto, das que buscam meramente aproveitarem-se da imagem que esse tipo de ação acaba gerando. É necessário um engajamento real da marca com a causa em questão, para que seja reconhecida como um compromisso legítimo.
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Neste aspecto, as Relações Públicas aparecem como a melhor ferramenta de comunicação para fomentar sua audiência com informações relevantes e que credibilize seu discurso, afinal a empresa ganha exposição ao público através de endossos de terceiros, onde notícias ou outros tópicos de interesse público são usados para compartilhar histórias positivas da organização. Mas as estratégias de comunicação de sucesso dependem de um relacionamento próspero entre as disciplinas de marketing e relações públicas. Embora muitos acreditam que o objetivo do RP, que gira em torno da construção de relacionamentos mutuamente benéficos, é incompatível com o foco do marketing, diretamente associado à vendas. Muitos, como eu, acreditam que essencialmente ambas existem para fortalecer e impulsionar relacionamentos e negócios. E para as organizações, esta união só representa ganhos. Marcas são feitas de pessoas e pessoas que causam as transformações. É importante demonstrar para a comunidade interna e externa que a empresa está comprometida em respeitar e promover determinada causa. É bom para a causa, para atrair talentos, para os negócios e para evolução da sociedade. P.S Escrevo este artigo com muito orgulho e nostalgia. Fui o primeiro profissional convidado a escrever na coluna e agora volto a ocupar o espaço em seu encerramento. Desejo a todos estudantes e profissionais que o leram um trabalho gratificante, respeito e amizade dos colegas, a capacidade de aprender cada dia mais, fazer mais negócios e influenciar positivamente as pessoas. Sucessos RPs.
LUCAS ARENA Formado em Marketing, Lucas Arena iniciou sua carreira na organização e promoção de eventos nos pavilhões da Expo Center Norte, Anhembi e Rio Centro. Respondeu por quatro anos pelo departamento de criação e arte da VMA Comunicação. Participou de diversas campanhas políticas no interior de São Paulo, sempre assessorando os candidatos, chegando a trabalhar na assessoria de comunicação de um parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Hoje, é sócio proprietário da Arena Comunicação Digital e idealizador da ACEITA - produtora de conteúdo e eventos LGBT+
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ENCERRAMENTO Quando um ciclo se encerra, outro se inicia e a profissão de Relações Públicas sabe lidar com mudanças. Temos resiliência, somos adaptáveis, persistentes e realizadores. Transformamos crises e ameaças em oportunidades. Fazemos das fraquezas, pontos fortes. Temos uma visão sistêmica e a certeza de que o investimento em nossa área promove visibilidade, boa reputação, crescimento e resultados. Chegamos ao fim do curso de Relações Públicas da FAAT com a sensação de missão cumprida. Foi um ciclo desafiador e vitorioso. Abrimos e fortalecemos na região, um mercado que só tende a crescer. Meus alunos sempre foram como filhos pra mim. Tenho o maior carinho e respeito. Deixo aqui minha gratidão a todos pelos momentos que vivemos. Minha gratidão aos professores que ao longo desses 12 anos dividiram comigo a tarefa e a responsabilidade de formar inúmeros profissionais, que saíram da FAAT prontos para o mercado de trabalho. Sinto orgulho e uma alegria imensa por isso. Minha gratidão também à instituição que por esse período oportunizou o curso. Meu relacionamento sempre foi de muita entrega e deixar de fazer uma das coisas que mais me deram prazer e alegria nos últimos anos não é fácil, mas possibilidade de participar de novos desafios me move e me faz continuar com o brilho nos olhos que sempre tive pela nossa profissão. Encerramos com chave de ouro! Entregando um evento que se tornou referência para o mercado. O ENCORP 2018 é sem dúvida a edição mais especial de todas, pois reunimos profissionais, amigos, ex alunos, patrocinadores e imprensa para celebrar o fim de um ciclo rico e produtivo. Nessa revista digital, registramos um pouco da nossa história e das nossas sementes que foram espalhadas pelo Brasil e pelo mundo, gerando muitos frutos. Enquanto houver comunicação no mundo, há espaço para nós! Se as pessoas existem, este é o claro sinal de que há e sempre haverá relações públicas. Somos a peça estratégica de qualquer organização que tenha visão e objetivo de crescer com responsabilidade e respeito a seus públicos. Somos profissionais dinâmicos, capazes trabalhar nos mais diversos setores e cenários. Além disso, agregamos confiança e credibilidade e justamente por isso somos indispensáveis!
Leni Calderaro Pontinha
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