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TÍTULO HISTÓRICO FUNDADO EM 1991 – 29 ANOS DIRECTOR MIGUEL GARCIA | ANO II | EDIÇÃO Nº80 | PREÇO 0,01€ | SEMANÁRIO | TERÇA-FEIRA, 28.01. 2020
<<O CAMINHO QUE PALMELA ESTÁ A TRILHAR NÃO TEM NADA A VER COM AQUILO QUE FIZ>> Fora da vida política desde 2006, depois de estar à frente das autarquias de Palmela e Setúbal, Carlos de Sousa retoma a corrida à presidência em Palmela à frente de um movimento independente, e pretende assim resolver algumas questões que ‘não estão bem’ no concelho Pág. 07 * 08 * 09
PALMELA
MONTIJO
SETÚBAL
PASSAGEM DE VEÍCULOS TODO O TERRENO EM CASTRO DE CHIBANES REVOLTA MORADORES DA SERRA DO LOURO PÁG. 03
NOTICIA DE LUZ VERDE DA AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE AO NOVO AEROPORTO, SATISFAZ O EDIL MONTIJENSE
PS MUITO INTERVENTIVO NAS REUNIÕES PÚBLICAS DA CÂMARA MUNICIPAL, A ÚLTIMA SESSÃO FOI MARCADA POR VÁRIOS ALERTAS DOS VEREADORES
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RISCOS & RABISCOS
Barómetro da Semana
Miguel Garcia Diretor de Informação
Jornal Concelho de Palmela | 28.01.2020
A semana ficou marcada por vários acontecimentos que colocaram a região no positivo e no negativo, e deixamos aqui duas dessas situações:
Positivo
Negativo
Promoção da Fogaça de Palmela
Estacionamento da Albarquel desapareceu
EDITORIAL
A QUEDA DE UM ANJO!
“Testemunhos da verdade, tanto vão de mão em mão, que se perdem com a idade, porque ninguém nasce ensinado, o que apreendi já está errado, não acredito no meu passado”.
C
omeço hoje com um dos refrões da saudosa banda portuguesa ‘Delfins’, quando em 1987 cantavam para o mundo a “Queda de um Anjo”, isto tudo para dizer que em Palmela a política local está ao rubro, pois a oposição parece que começou agora a ler os ‘evangelhos da política’ e que acordaram para a vida dura e cheia de protesto de uma voz que é a do povo e que durante vários anos não foi ouvida. Podemos dizer que 66 mil patrões reclamaram anos após anos, mas parece-me que os funcionários (autarcas eleitos pelo povo) andaram a marcar passo estes anos. A letra dos Delfins, diz ainda que << hoje é lei a constituição>> mas em Palmela, essa constituição ficou atrás de uma qualquer prateleira e ignorada, tal como a voz de protesto dos tais 66 mil patrões que tanto reclamaram e reclamam, mas cujas vozes não chegam aos funcionários que estão no alto e que só querem é festas e festinhas. Funcionários esses que sempre tiveram na mania do <<mas ninguém me dê conselhos, nunca gostei que a maioria, organizasse o meu dia a dia>>, infelizmente a letra que Miguel dos Delfins cantou em 1987 parece-nos que está atual para os tempos que vão passando por este território, que poderia ser uma autêntica arca do tesouro para todos aqueles que cá vivem. Pois alguns autarcas padecem de <<acreditar em democracia>>. Será que com o anúncio da candidatura de Carlos de Sousa, isso levará a Queda de um Anjo em cima de um Homem, que ao ganhar a idade, perde a razão? Vamos esperar para ver o que acontece em 2021.
DR
A Câmara Municipal de Palmela e Nuno Gil da Confeitaria S. Julião continuam de mãos dadas na promoção da Fogaça de Palmela e no passado sábado promoveram um workshop para 25 pessoas que estiveram na Casa Mãe Rota de Vinhos a aprender a fazer o biscoito tradicional de Palmela. Os resultados foram 5 estrelas. Lembrar ainda que durante janeiro, a programação Especial Fogaça de Palmela abre o calendário 2020 do programa de promoção gastronómica “Palmela - Experiências com Sabor!”.
A semana ficou marcada com a prepotência do novo proprietário da Herdade da Comenda, Setúbal, quando a empresa mandou efetuar trabalhos de gradar o terreno que serviu dezenas de anos de estacionamento aos utilizadores da praia da Albarquel, depois da presidente da Câmara Municipal de Setúbal ter referido que decorriam negociações para manter o espaço. Acabou-se o estacionamento e prevê-se um verão complicado para os lados da Praia de Albarquel. Será que o mesmo pediu autorização às autoridades do Parque Natural da Serra da Arrábida para fazer aquele trabalho e vedar ainda outros espaços da reserva?
Flagrante da Semana
Joe Berardo
continua a gozar com os portugueses A bom ritmo estão as obras na antiga estação de autocarros em Vila Fresca de Azeitão, um edifício secular que foi adquirido pela Fundação do conhecido e polémico empresário Joe Berardo. O empresário madeirense acabou por adquirir todo o espaço e as obras estão a decorrer, consta-se que dali nascerá um museu para que o empresário possa expor as suas obras de arte, fonte próxima assegura que algumas dessas obras vêm mesmo do Centro Cultural de Belém. Enquanto isso, Joe Berardo que diz não dever nada a ninguém mas que é o rosto da Fundação com o mesmo nome e que tem valores astronómicos de dívida aos bancos, incluindo a Caixa Geral de Depósitos, realiza obras de requalificação no espaço de vários milhares de euros e até a visita vindo de Lisboa transportado num helicóptero, e quando não anda
FICHA TÉCNICA Diretor: Miguel Garcia Diretor Adjunto: Júlio Duarte Redação: Carmo Torres, Fátima Brinca, João Aguiar Cadete, João Monteiro de Matos, Isabel de Almeida, Pedro Alexandre Ferreira Colunistas: António Correia, Bruno Grazina, Colin Marques, Manuel Henrique, Tiago Machado, Patrícia Caixinha Paginação e Produção: Rui Barba, PRESSWORLD Criativa Fotografia: Duarte Godinho Diretor Comercial: Bruno Dias Equipa Comercial: Ilda Pereira, Maria Domingues, Rodrigo Araujo Administração: David L PROPRIEDADE Propriedade: PRESSWORLD Meios de Comunicação & Informação Lda Capital: Mais 10% do capital corresponde à empresa proprietária Registo na ERC: 127135 NIPC: 14965754 Depósito Legal: 442609/18 Sede: Aceiro do Anselmo AP 94, 2955-999 Pinhal Novo Estatuto editorial disponível em www.diariodistrito.pt Os artigos de opinião/crónicas são da pura responsabilidade de todos os seus intervenientes
pelo ar, viaja como os comuns mortais no seu Jaguar, onde até já foi avistado ali para as terras de palmelões. Os portugueses, esses, continuam a pagar para os buracos financeiros da banca como se nada fosse.
CONTATOS Jornal Concelho de Palmela geral@jornalconcelhodepalmela.pt Redação informacao@jornalconcelhodepalmela.pt Apartado 8 | EC Palmela | 2951-901 Palmela Telefone 212 362 317 | 918 853 667 Departamento Comercial comercial@jornalconcelhodepalmela.pt
Tiragem Semanal: 13.000 exemplares
VISÃO DA SEMANA
28.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela
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AMBIENTE Moto4 destroem vegetação e espaço arqueológico
Castro de Chibanes e Serra do Louro com danos
Apesar de logo no início da estrada dos Moinhos ter um sinal de proibição de passagem, exceto moradores, a sinalização muitas das vezes é ignorada pelos utilizadores desse tipo de veículo. O que testemunhámos no local é que efetivamente ocorreu
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Só temos duas opções: aceitar a crítica e não ceder a ameaças, venham elas de onde vierem. Nunca esqueci que a profissão de jornalista é tão nobre, que não pode ceder a chantagens.
É visível o rasto dos veículos
Fonte próxima do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) adiantou ao nosso jornal que é frequente empresas do ramo solicitarem ao Parque Natural da Serra da Arrábida – onde a Serra do Louro também está inserida – licenças para que possam fazer tours com os turistas, não acreditando que neste caso tenha sido uma dessas empresas a fazer esse “atentado” à natureza e ao património.
NO FIO DA NAVALHA
Mas a pressão e o risco que se corre num jornal regional são muitos maiores.
POR REDAÇÃO
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AS CRÓNICAS DA NICHA
ão é fácil ser jornalista de um órgão de comunicação regional. Eu sei do que falo porque já andei por muitos jornais nacionais, alguns deles por onde passei, como por exemplo “O Crime” senti-me muitas vezes amedrontada, quando me perseguiam na tentativa de me amedrontar.
As frequentes passagens de adeptos de desportos radicais motorizados pela parte superior da Serra do Louro, têm causado danos na vegetação e património arqueológico de Castro de Chibanes.
ão vários os relatos que têm chegado ao JCP a dar conta da destruição que a vegetação e até o espaço arqueológico de Castro de Chibanes terá sofrido recentemente com a passagem de várias moto4 na zona superior da Serra do Louro. O JCP ouviu vários moradores que não quiseram ser identificados por medo de represálias, que nos vão dando conta que a situação não é nova e que muitas das vezes os adeptos deste desporto não vão pela estrada de terra batida que existe mais abaixo, optando pela estrada dos Moinhos e depois danificam o espaço arqueológico de Castro de Chibanes, bem como também toda a vegetação que ali existe.
Fátima Brinca
uma passagem de veículos de roda larga que danificou pedras do resto da povoação que ali existem de outros tempos, mas também destruiu vegetação. O JCP contactou a Câmara Municipal de Palmela para obter esclarecimentos sobre a situação, que adiantou que «O Município não teve nota do ato descrito, mas sabe que, infelizmente, é usual passarem veículos todo-o-terreno no caminho, em desrespeito pelas regras. A prática dessa atividade não é permitida na zona em questão e o Município tem sinalização no local e no acesso aos moinhos, que proíbe a circulação, exceto a moradores, viaturas municipais, do ICNF ou de emergência. A vigilância e fiscalização competem ao ICNF, que não terá, no momento, os meios humanos necessários à prossecução dessa competência.»
Quando às vezes me sinto fragilizada recordo o dia em que a minha amiga Madalena, fadista de mérito e muito profissional, estava a cantar numa casa de fados em Lisboa e recebeu a notícia que a irmã tinha morrido. A casa estava à cunha e ela lavada em lágrimas continuou a cantar. No final da noite o proprietário da casa disse-lhe “nunca tive nenhuma fadista aqui a cantar que sentisse o fado com tanta emoção”. A minha amiga não lhe confessou que a irmã tinha morrido, mas respondeu-lhe “também eu nunca cantei o fado a sentir tamanha dor”. A partir daí ficou baptizada de fadista castiça. Um dia quando morrer (se a cigana estiver certa a morte só me atingirá quando tiver 94 anos) gostava de ser recordada como a jornalista, que soube honrar a verdade e mesmo no fio da navalha não se amedrontou e não cedeu a ameaças.
Patrícia Caixinha Membro da Assembleia Municipal de Palmela pelo OS
OPINIÃO O PAPEL DO PODER LOCAL NO COMBATE ÀS DESIGUALDADES
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o seu programa eleitoral, o PS identificou 4 grandes desafios: as alterações climáticas; a questão da demografia; o combate às desigualdades; e a transição para uma sociedade digital. Desafios de uma sociedade em pleno século XXI. Uns relacionados com a necessidade de adaptação à evolução das exigências das sociedades modernas, outros relacionados com a necessidade de mudar mentalidades para construirmos uma sociedade mais justa e igualitária. O combate às desigualdades é, de facto, uma prioridade deste governo, uma exigência social e, uma responsabilidade local. A Igualdade entre Homens e Mulheres, mais do que uma moda ou “um luxo”, representa uma igualdade de direitos e liberdades, uma igualdade de oportunidades na participação, no reconhecimento e na valorização de mulheres e homens, em todas as esferas da sociedade, política, económica, laboral, pessoal e familiar. Apesar do caminho percorrido e das medidas legislativas tomadas até aqui para a promoção da Igualdade, é ainda necessário muito mais para combater os estereótipos sociais que criam barreiras, promovem a desigualdade e discriminam. A tão polémica transferência de competências para as autarquias locais, é uma oportunidade para localmente estarmos mais próximos das pessoas e, de uma forma mais autónoma, podermos arranjar soluções para os problemas locais. Mas isso implica sim, responsabilizarmo-nos enquanto autarcas de que, esses problemas existem, e que precisamos de atuar verdadeiramente sobre eles, sem medos, sem tabus. É essa a nossa missão! No combate às desigualdades, para além das questões de igualdade e de oportunidades no mercado de trabalho, estão incluídas a violência de género e a violência doméstica, temas cada vez mais sensíveis e gritantes, atendendo o aumento do número de vítimas mortais a cada ano que passa. Urge adotar-se medidas eficazes. Localmente, as autarquias têm a oportunidade de ter um papel mais interventivo nestes problemas sociais. É importante um Plano Municipal para a Igualdade que contemple medidas e soluções para combater as desigualdades, e que articuladas com o projeto educativo local, permita trabalhar e combater as desigualdades logo na sua génese. É de facto crucial, apostar na prevenção primária, em particular nas escolas. A violência começa muito cedo, mais cedo do que seria desejável. O namoro é o primeiro potencial cenário. E é importante sensibilizar, alertar e ajudar a reconhecer os sinais de uma relação não saudável nos/nas jovens. Namoro não é, nem pode ser, sinónimo de violência. O trabalho com os/as jovens nas escolas é fundamental e aqui a autarquia tem uma responsabilidade acrescida, de juntamente com as associações de estudantes, associações de pais, movimento associativo ligado a esta temática, forças policiais e locais, trabalharem em conjunto para prevenir e erradicar a violência no namoro e todas as formas de violência de género. Mas o poder local pode, e deve ir mais longe no que toca à Violência Doméstica em concreto: • Criar/atualizar uma Base de Dados da Violência Doméstica Local, que permita o tratamento da informação e cruzamento de dados com vista à prevenção; • Desenvolver um sistema municipal de sinalização de potenciais vítimas e agressores, promovendo a atuação integrada do sistema educativo, do sistema de saúde, das autoridades policiais, das instâncias judiciárias e de outros agentes; • Criação de um gabinete de apoio à vitima no município, uma estrutura de atendimento, apoio, esclarecimento, encaminhamento e monitorização dos casos de violência e de risco, em articulação com a CPCJ – Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, APAV – Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, NIAVE – Núcleo de Investigação e de Apoio a Vítimas Específicas, e demais instituições, autoridades e entidades locais, garantindo a privacidade e assegurando o acompanhamento e a proteção das vítimas; • Criação de um grupo de trabalho na autarquia para o combate à desigualdade e violência doméstica e de género no município; • Promover a Formação Especializada aos diferentes intervenientes no sistema de prevenção e proteção das vítimas de violência doméstica, técnicos/as e agentes que atuem no domínio da violência doméstica e apoio à vitima no município; • Integrar a rede de municípios de apoio à habitação para vítimas de violência doméstica, em parceria com a CIG – Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género, e com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, permitindo assim incentivar a autonomia das vítimas de violência através da disponibilização de habitação ou apoio ao arrendamento; • Contribuir para a continuidade da expansão da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, oferecendo respostas especializadas para os diversos casos de violência doméstica e de género, nomeadamente através de estruturas de atendimento, casas de abrigo e acolhimentos de emergência; • Candidatura a projetos cofinanciados na área da Igualdade que permitam a realização de ações no município, desde a criação de estruturas de atendimento e de centros de acolhimento a campanhas de sensibilização. Há ainda um longo e árduo caminho a percorrer para combater as desigualdades e erradicar a violência doméstica e de género. A mudança de mentalidades é um processo lento e com muita resistência. É por isso, essencial que o poder local assuma uma posição firme sobre estes problemas, manifestando uma verdadeira intenção de os combater e passar à ação. “É impossível progredir sem mudança, e aqueles que não mudam as suas mentes não podem mudar nada.”, George Bernard Shaw.
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DESTAQUES
LOCAL Palmela com agenda reforçada de eventos
SEMANA
DESCENTRALIZADA COMEÇA NA MARATECA O território da Marateca vai ser palco da primeira Semana Descentralizada deste ano e dá início a diversas iniciativas que se vão realizar no concelho de Palmela. Outro dos momentos de destaque será a homenagem a Alexandrina Pereira com reconhecimento pelos serviços culturais e iniciativas solidárias que tem prestado à comunidade. O ciclo Semanas das Freguesias 2020 começa com cinco dias de trabalho descentralizado, até 31 de Janeiro, na Marateca. A Semana da Freguesia traduz-se no contacto entre o Município e o Executivo da Freguesia, as populações, o movimento associativo, o tecido económico e outros agentes locais e inclui várias reuniões, visitas a obras, projetos e empresas. A sessão pública descentralizada realiza-se amanhã, dia 29, às 21h00, na Associação Cultural e Recreativa de Fernando Pó, onde os munícipes podem intervir antes da ordem de trabalhos. Outro dos momentos de destaque da Semana Descentralizada será o atendimento aos munícipes pelos autarcas com pelouros, na próxima sexta-feira, dia 31 de Janeiro. O ciclo das Semanas Descentralizadas continua Em Fevereiro, no Pinhal Novo; Março, na Quinta do Anjo; em Abril, em Palmela e em Maio, no Poceirão.
Bagageira Aberta está de regresso A “Bagageira Aberta em Palmela”, uma iniciativa solidária promovida pelo Centro Social de Palmela, vai continuar a realizar-se no Largo de S. João, entre as 9h00 e as 18h00, já no próximo sábado, dia 1 de Fevereiro.Os participantes podem vender ou trocar artigos em segunda mão ou reciclados, desde roupas, acessórios, livros, mobiliário, brinquedos, discos, artigos de decoração, entre outros. Para além da primeira Bagageira Aberta, no dia 1 de Fevereiro, as restantes são as seguintes: - 7 de Março, 4 de Abril, 2 de Maio, 6 de Junho, 4 de Julho, 12 de Setembro, 3 de Outubro e 7 de Novembro.
Homenagem a Alexandrina Pereira A coletividade da Volta da Pedra vai ser palco da primeira homenagem à poetisa Alexandrina Pereira, residente nesta zona, que para além de ser uma mulher da cultura é uma pessoa solidária, que honra Setúbal, cidade que a viu nascer e o concelho de Palmela, onde reside.A Homenagem será no dia 31 de Janeiro, às 21h00, e conta com a participação das fadistas Maria do Céu Freitas, que cantará o Hino do Grupo da Volta da Pedra, num poema da autoria de Alexandrina Pereira e Deolinda de Jesus, que tem no seu reportório diversos fados da poetisa. A iniciativa é organizada pela empresa de eventos, que funciona na sede do Grupo da Volta da Pedra, irá contar com a participação de cerca de 80 pessoas, que se juntam num convívio de amizade, com muitas surpresas, onde o fado, a poesia e a música se juntam numa noite inesquecível.
Palmela promove produtos locais na capital da laranja Palmela vai estar presente na Mostra Silves Capital da Laranja, entre 14 e 16 de Fevereiro. O Município palmelense irá promover a visitação ao concelho e serão distribuídos materiais de promoção turística, com momentos de degustação de Moscatel de Setúbal e Fogaça de Palmela. Com esta participação, pretende-se também realizar contactos com investidores e operadores turísticos locais, para promover sinergias nas áreas do turismo e desenvolvimento económico. A Mostra, que visa a promoção da marca “Silves Capital da Laranja”, é visitada por milhares de pessoas e um dos maiores eventos de promoção dos produtos endógenos da região algarvia. Texto de FÁTIMA BRINCA Fotos de DIÁRIO IMAGEM
“Se estão felizes nós também estamos”
A inauguração fez parar o trânsito perante a curiosidade de muitos condutores, que queriam saber o que se estava a passar. A requalificação envolveu a criação de uma sala multiusos, espaços exteriores requalificados, equipamentos de jogo e recreio diversificados e recreio coberto.
28.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela
quase um milhão de euros
A requalificação da Escola Matos Fortuna permite dotar o estabelecimento de ensino de uma área de gestão e administração com recepção, sala de direção, sala de professores e sala do pessoal auxiliar. A nível do pré-es-
uma escola requalificada e aumentada”, onde “as salas criadas permitem outras actividades e desafios”. O autarca destacou também a colaboração do Quintajense, que “permitiu a permuta de terrenos para alargar a escola, que tem 380 alunos”.
LOCAL
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FESTIVIDADES Dia de São Valentim percorre todo o concelho
PALMELA PREPARASE PARA RECEBER CASAIS DE APAIXONADOS Com o dia de São Valentim quase a chegar, o concelho de Palmela já se prepara para receber os casais de apaixonados. Esse dia será memorável para todos aqueles que optem por passar essa data em terras de tradição e história.
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São Valentim é marcado com jantares românticos e serenatas em Poceirão E porque não passar um bom momento a dois por terras de Palmela? Sim, porque Palmela está a preparar um grande dia 14 de fevereiro para todos os apaixonados que escolherem alguns locais do concelho. Para esse dia a região vai proporcionar as melhores sugestões para uma refeição romântica, onde vários estabelecimentos de restauração se associaram aos organizadores do evento e prepararam propostas gastronómicas de derreter corações. As tradicionais Noites de Serenatas, que já fazem parte da noite de São Valentim, voltam às ruas de Poceirão. A partir das 21h00, o convite é para percorrer as ruas da aldeia – início na Junta de Freguesia – ao som das serenatas do grupo “Sinfonias ao Luar”, e vá
apreciando a decoração nas janelas que estão a concurso para a “Janela Mais Bonita”. A noite termina no Centro Cultural de Poceirão com a visita à exposição “Lenços dos Namorados”, uma organização da Câmara de Palmela e do Movimento Associativo da União de Freguesias de Poceirão e Marateca.
Texto de MIGUEL GARCIA Fotos de DIÁRIO IMAGEM
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SOCIEDADE
LOCAL Moradores fartos de esperar por soluções
António Correia
CRÓNICA
OS CAROLAS
MORADORES DAS ZONAS RURAIS DIZEM ESTAR ESQUECIDOS Já não é novidade que os moradores das zonas rurais do concelho de Palmela sentem-se os cidadãos de segunda por parte dos órgãos autárquicos. Afirmam mesmo que são os esquecidos do poder político.
H
oje falamos de carolas que já são do nosso tempo. Quando digo falamos, não estou a considerar-me pessoa importante com um plural majestático (é assim que se chama esta maneira de falar); estou a imaginar a falarmos uns com os outros, leitores e eu. Sendo assim, vamos a isso. Uma vez fiquei surpreendido com o Mariano Cabica, a fazer um solo de clarinete num concerto da banda. Como foi possível aquele nível em quem não tinha curso nenhum em Conservatório? Foi sempre um excelente carpinteiro. O mesmo aconteceu ao ouvir um solo de trombone de vara tocado pelo Leonídio Miranda Jones, na peça Uma Noite em Granada; também tinha aprendido na banda. Nível cultural? Talvez 4ª classe e uma vida de trabalho na Palmelense e Belos. E fui admirando o Manuel Sequeira, o Sérgio Ferreira, o Ti Zé Luís Camolas, o Álvaro Delícias, o Acácio Chula, o Orlando Barrocas…e tantos outros; ainda havemos de voltar a falar destes carolas. Agora, porque me dava gosto dizer tudo o que sinto por esta gente, peço que os leitores me permitam transcrever aqui um texto de Sebastião da Gama, porque esse, sim, fez tão bem esse elogio. Um dia houve uma homenagem na Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense, a um benemérito da coletividade. Sebastião foi convidado para fazer o discurso; fê-lo, sim senhor, mas em vez de gastar o tempo a dizer bem do homenageado, aproveitou a ocasião para homenagear os músicos. Diz ele: ” Por então (quando era miúdo), era o músico para mim talvez uma criatura de maravilha; uma criatura vestida de azul, com botões doirados, soprando num vistoso instrumento de metal e originando harmonia. Foi preciso crescer e fazer-me rapaz para o ver à luz natural; o músico, no fim de contas, aprendi eu, era uma criatura qualquer: precisamente o homem que eu via no Picheleiro a cavar a terra, ou na rua a fazer paredes, ou na oficina a bater sola, ou no pinhal a serrar pinheiros. E então não vestia de azul com botões doirados: a farda era a ganga humilde e um chapéu velho. Passassem por eles os senhores da cidade; o que não ririam se lhes contassem que à noite aquele pedreiro e aquele cavador haviam de ressuscitar Albéniz, dar-nos a conhecer Manuel de Falla. Pois, meus senhores, que por castigo de aqui me terem chamado têm de me ouvir até ao fim, aos meus olhos de rapaz, não obstante, continuou o músico a ser uma criatura de maravilha. …o músico fardado…é afinal …um homem rude, inculto, tantas vezes analfabeto, que vai duas ou três noites por semana, depois de um trabalho físico exaustivo, aprender o ABC da Música. Isto é heroico, meus senhores! Isto é muito belo! Quando uma filarmónica de aldeia passa, - nem que desafine, nem que ofenda por vezes o nosso bom gosto musical, o que ela merece de nós é principalmente respeito. Quantas horas de repouso que o corpo exigia foram sacrificadas! Quanto estudo, quanto esforço, quanta boa-vontade representa a mais modesta melodia executada com suficiência!... É tempo de acabar, já que dei vasão ao velho anseio que tinha de publicamente afirmar quanto admiro os mais humildes, mais necessários e mais notáveis elementos das Filarmónicas. …”. Pode alguém dizer que hoje já não é assim; mas foi, aqui em Palmela também. A nossa homenagem aos carolas dos alicerces da nossa cultura. P’rá semana continua.
António Correia
População cansada de tanto esquecimento
C
omo já vem sendo hábito, o JCP tem sido contactado por vários moradores das zonas rurais e longínquas do concelho de Palmela, dando conta do mau estado dos caminhos rurais ou mesmo da acumulação de lixos que passam semanas e semanas sem ser retirados. As queixas são as mais variadas, mas sempre no mesmo sentido. O nosso jornal foi ouvir a população de Valdera, freguesia de Pinhal Novo, que acusa o presidente da Junta de Freguesia de nada fazer e de nem se preocupar em visitar a região. “Somos autênticos desamparados, órfãos do poder político autárquico e até do Poder Central”, desabafa Luís Marques, um morador que ainda tinha esperança na Plataforma Logística do Poceirão em se estabelecer na fronteira com a União de Freguesias de Poceirão e Marateca, mas que até isso caiu por terra. “Sei que a culpa desse investimento não é dos nossos autarcas, mas a nossa esperança acabou por cair, depois de desistirem da construção daquela plataforma que nos ia dar melhor acessibilidades, a região foi colocada ao abandono”. Maria Pereira, nascida e criada em Valdera, sempre viu a região rural ser o parente pobre do Pinhal Novo, com os moradores sem quaisquer condições de infraestruturas, e lamenta que assim tenha sido sempre, “vá lá, passou a água da rede aqui nem sei como”, e embora com o olhar triste, admite que é feliz onde mora. A região tem sido procurada por novos moradores, na sua maioria vindos da capital,
o sossego e a paz da zona faz com que os terrenos colocados à venda em pouco tempo sejam rapidamente comprados. Mas também eles sentem na pele as dificuldades das infraestruturas e das acessibilidades. Na rua do Caramelo, existe asfaltamento em condições transitáveis de 500 metros ou nem tanto, mas depois é um autêntico Valdera Dakar, com um caminho que nos parece ter sido pintado com um alcatrão de segunda e que está aos altos e baixos e repleto de buracos. São muitos os quilómetros de caminhos rurais que a freguesia de Pinhal Novo tem, mas que não estão no seu devido e perfeito estado de conservação. A Junta de Freguesia queixa-se de falta de apoios, tanto financeiro como de logística, numa entrevista realizada pelo JCP a Manuel Lagarto, presidente da Junta de Freguesia, o autarca lamentava a falta de capacidade que atualmente a autarquia tem para satisfazer todos os pedidos que são feitos diariamente à junta, “vão sendo arranjados conforme podem ser arranjados”, mas a população, essa, não deixa de passar cartões vermelhos ao trabalho desenvolvido pelas autarquias. No contacto que tivemos com a população, na sua maioria não quis ser identificada por medo de represálias, as queixas vão todas na mesma direção: “Gastam tanto dinheiro em coisas inúteis e não sabem aplicar esse mesmo dinheiro em obras de melhoria para as populações”.
Texto: JÚLIO DUARTE Fotos de DIÁRIO IMAGEM
NA FOCAGEM
28.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela
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GRANDE ENTREVISTA Carlos Sousa, ex Presidente das Câmaras Municipais de Palmela e Setúbal, de volta à polí-tica ativa
“FUI SANEADO POLÍTICA E PARTIDARIAMENTE PELO PCP DA CÂMARA DE SETÚBAL” Anunciou a sua intenção de se candidatar à presidência da Câmara Municipal de Palmela num movimento independente. O processo de constituição da mesma está finalizado? Vai mesmo avançar para a candidatura?
A
nunciei a minha candidatura para as autárquicas de 2021 numa carta que enviei aos cidadãos do concelho de Palmela, onde expliquei qual era a razão e o porquê de ter avançado. De acordo com a lei nos grupos de cidadãos eleitores (grupos independentes), a formalização desses grupos é feita 40, 50, 60 dias antes do ato eleitoral. A atual legislação não favorece, antes pelo contrário, acho que de propósito dificulta a formação destes grupos independentes. Tanto que, a maior parte das pessoas não sabe isto, mas o grupo independente tem de apresentar um número de assinaturas, exactamente como um partido quando se forma, entregar os materiais todos na Comissão Nacional de Eleições, que analisa a candidatura e atribui um número de contri-buinte a partir dessa altura. Há depois o ato eleitoral, após o qual somos obrigados e muito bem a apresentar as contas das des-pesas com a candidatura e com a propaganda eleitoral. As contas são vistas, aprovadas e o grupo de cidadãos independentes deixa de existir, deixa de ter formulação jurídica. Ora, se esse grupo independente não eleger ninguém, não há assim grande problema, é aborrecido porque tem de fazer tudo outra vez para a próxima vez. Mas e aqueles que foram eleitos e ganharam juntas ou câmaras? Formalmente, os cidadãos independentes que concorreram por aquele movimento, se forem eleitos ficam sem qualquer vínculo - a não ser a amizade, o compromisso pessoal - entre eles, porque a lei não o deixa ter. Já nos intitulámos como o movimento “Grupo de Cidadãos pelo Concelho de Palmela” e quando chegar a altura vamo-nos formalizar enquanto grupo de cidadãos independentes.
Como se constituiu o movimento independente? Pode indicar alguns dos elementos e qual a sua experiência política? Sendo um grupo independente, a maioria ou a quase totalidade das pessoas são mesmo indepen-dentes e acho que nunca passaram por nenhum partido político. Tenho um amigo que me apoia - e que ainda por cima está reformado - e que participou num partido, o PCP, mas que já não milita há muitos anos. A grande maioria, pode-se dizer a quase totalidade, são pessoas que nunca exerceram qualquer cargo político, nem se viram metidos nestas andanças da política. E estamos a dar os pri-meiros passos, ainda faltam dois anos, portanto estou, eu, Carlos Sousa, a convidar as pessoas que pensam como eu a forma de estar na política e são essas que quero convidar para estarem ao meu lado.
“As pessoas começaram, desde que regressei de Moçambique, a transmitir-me que que isto em Palmela não andava bem” O que o levou a formalizar esta candidatura à Câmara Municipal de Palmela? Muito simples, se me fizesse essa pergunta há três ou quatro anos atrás, diria que não estava no meu pensamento voltar à vida política autárquica. Sempre fui cidadão político e continuarei a ser, mas julguei que o meu ciclo enquanto cidadão ativo politicamente tinha
O candidato à Câmara Municipal de Palmela para as autárquicas de 2021 criou o movimento independente “Grupo de Cidadãos pelo Concelho de Palmela” e em entrevista ao JCP refletiu sobre o seu passado na polí-tica, o atual executivo e o que os munícipes podem es-perar caso vença as eleições. terminado. Trabalhei 26 anos no poder local, já é bastante tempo, e quando saí da vida política em 2006 da Câmara Municipal de Setúbal voltei à vida privada, andei por África, tive experiências profissionais e humanas riquíssimas, depois comecei a trabalhar com instituições sociais, uma área que eu gosto muito. No entanto, nos últimos dois/três anos desde que regressei de Moçambique, as pessoas começaram a transmitir-me que que isto em Palmela não andava bem. Fui escutando, mas comecei a tomar outra atenção desde que iniciei o trabalho no Centro Social de Palmela, em maio de 2018. Também resido cá, há 28 anos, e estando a trabalhar na zona histórica, as coisas sentem-se de forma diferente. Cidadãos, empresários, eu próprio, tive a oportunidade de perceber que as coisas não andavam nada bem aqui sobre vários aspetos e o meu pensamento foi: “estive doze anos nesta Câmara, orgu-lho-me de ter levado para a frente uma série de questões, junto com um conjunto de pessoas: traba-lhadores da Câmara e cidadãos do concelho das áreas dos vinhos, dos queijos e do ramo automóvel”. Nunca trabalhei sozinho, trabalhei sempre com os outros e é assim que é o verdadeiro trabalho num município. Mas comecei a sentir que o caminho que o município estava a ter não tinha nada a ver com aquilo que eu tinha feito no meu tempo e eu achava que aquilo que fiz foi muito bom, nomeadamente, uma nova forma de estar na política. Orgulho-me, enquanto estive em Palmela e em Setúbal, de ter utilizado ferramentas, algumas cria-das por mim, outras que aprendi, nomeadamente no Brasil, de democracia
participativa, do orça-mento participativo. Orgulho-me de ter trazido o orçamento participativo para Portugal. E isto eram ferramentas para fazer com que o cidadão viesse mais perto do poder local e quando isso não acontecia, era eu que tinha de ir junto da população. Não podemos estar à espera que a população vá à sede do concelho, existe ainda uma barreira psi-cológica, portanto somos nós que temos de ir junto das pessoas, ouvi-las realmente e o cidadão pode nem ter muita formação, mas fala connosco, ouve-nos e sente se estamos a dar importância ao seu problema, e isso era o que acontecia no meu tempo. Na minha opinião, da minha percepção, e daquilo que me contam, nos últimos anos isso não tem acontecido em Palmela, antes pelo contrário. Já exerceu a presidência do município entre 1994 e 2001. Dezanove anos depois como vê a situação do concelho? Quando eu fui para Setúbal, fui substituído pela Ana Teresa Vicente e acho que na generalidade fez um magnífico trabalho e continuou com aquela forma de estar na política que há pouco falei da proximidade com o cidadão. No final do anterior mandato e do atual do presidente Álvaro Amaro, podia falar de obras que de-veriam ter sido feitas e não foram feitas, priorização de obras, mas ainda não é altura de falar disso, há-de chegar a altura. O que sinto é que o ambiente político em Palmela não tem nada a ver com o dos meus tempos e também de quem depois me seguiu, Ana Teresa Vicente. E há o pelouro que tem
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dado mais nas vistas pela negativa e isso as pessoas já há vários anos se queixam, que é o do urbanismo, intimamente ligado ao desenvolvimento económico. Se um pelouro do urbanismo funcionar mal há empresários dos diferentes ramos de atividades económicas que podem decidir não vir para cá e ir para um município vizinho. E pela informação que tenho é que isso poderá já estar a acontecer, porque as respostas do pelouro do urbanismo seja ao cidadão que está a fazer o muro ou uma casa, ou ao empresário que precisa de uma resposta urgente não são satisfatórias…
Os conflitos com o PCP e a Saída da Câmara Municipal de Setúbal Resignou da presidência da Câmara Municipal de Setúbal em conflito com o PCP. Desde 1975 que a Câmara Municipal de Palmela tem estado sob gestão do PCP/CDU. Como pre-tende colaborar com possíveis vereadores da CDU caso seja eleito? Considero que fui saneado política e partidariamente pelo PCP da Câmara de Setúbal, mas como sou um homem de princípios ou pelo menos tento ser, sempre defendi que quando estou numa organização, se esta não me quer, mesmo que seja por motivos incorretos na minha opinião, devo acatar aquilo que a organização me está a dizer. E, portanto, saí da Câmara Municipal de Setúbal, porque o PCP disse “tu já não estás cá”. Não me deram razão nenhuma objetiva, as palavras foram mais ou menos estas: “para que a autar-quia funcione melhor é importante que tu saias”. Abri a minha agenda na altura e disse “quando querem que eu saia?”. Muita gente não compreendeu isto, mas sempre defendi que se o partido não me queria naquele sítio, então tenho de sair. Retomando a questão, caso seja eleito como Presidente da Câmara de Palmela, como pre-tende colaborar com possíveis vereadores da CDU? Uma das razões que o PCP alegou para que não continuasse em Setúbal, é porque achava que eu tinha uma relação boa demais com a oposição. A minha forma de estar na política em Setúbal foi igual à minha postura e Palmela, e até foi uma condição que coloquei ao partido quando me convidou. E o meu camarada e amigo na altura, e es-pero que ainda seja, Jorge Pires, disse: “Carlos não te preocupes, nós estamos de acordo que tu leves à prática a forma de estar na política que tens em Palmela a Setúbal.” E foi isso que eu fiz, mas em Setúbal, os camaradas da altura não aceitaram isso. Portanto, voltando aqui a Palmela, quem está no poder e tem obrigações de gestão, quem está numa empresa, quem está numa organização social,
Jornal Concelho de Palmela | 28.01.2020
se for uma pessoa surda geralmente as coisas correm muito mal. E a minha experiência enquanto político autárquico, e foram cerca de 26 anos, é que se tivermos a inteligência de ouvir as críticas da oposição, quando são construtivas, como é obvio, só ganhamos com isso, porque melhoramos o nosso trabalho. Uma crítica que venha da CDU, do PS, do PSD, do MIM, estou-me a referir aos que lá estão ago-ra, será ouvida com muita atenção e respeito, e se achar que tem razão de ser, publicamente digo que estou de acordo, aceito-a, e coloco as sugestões no meu trabalho. Foi sempre assim que fiz, porque essas sugestões melhoravam o trabalho da câmara ao cidadão e implicitamente o trabalho de quem está no poder, desde que em maioria, claro. Portanto, se ganhar a Câmara Municipal de Palmela, os vereadores que façam uma oposição crítica construtiva, não o bota abaixo, serão assumidas como sugestões corretas e implementadas como trabalho do dia a dia.
dadão, a forma como eu re-cebia os cidadãos e a forma como a Câmara trabalhava naquela altura, será essa a fórmula e se pos-sível ainda melhorada.
Gestão Camarária com Movimentos Independentes
Percurso longe da Governação
Num sistema maioritariamente partidário, acha possível gerir a Câmara Municipal de Pal-mela com um movimento independente? A nível nacional penso que não é viável haver grupos independentes a candidatarem-se. Daqui a dois meses, quando apresentarmos o nosso manifesto independente enquanto ‘Grupo de Cidadãos pelo Concelho de Palmela’, uma das coisas que dizemos é que os partidos políticos são fundamentais ao funcionamento de uma sociedade democrática. Esse é o meu entendimento, porque eu militei num partido 33 anos. A nível local entendo que as candidaturas independentes podem revitalizar o sistema democrático, podem ajudar a trazer uma injeção de vitaminas ao regime democrático. A nível autárquico, e já há muitos exemplos no país, tem dado bons contributos e penso que é uma experiência positiva para os próprios cidadãos. Há eleições de quatro em quatro anos, se os cidadãos não estão contentes com aquela formulação de funcionamento democrático têm a hipótese de nos outros quatro anos a seguir votarem noutra formulação. Para mim será mais fácil do que para um independente que nunca trabalhou no poder autárquico, e o meu estilo de trabalho será igual ao que tive quando fui Presidente da Câmara Municipal de Pal-mela, mas enquanto ser humano sou um homem mais rico do ponto de vista de gestão, pelas expe-riências profissionais que tive no privado quando saí de cá e como ser humano. Espero e acredito que o meu trabalho tem todas as potencialidades para melhorar em relação aquilo que fiz. As ferramentas que utilizei, a minha maneira de ser junto do ci-
Acredita que com uma lista de cidadãos sem experiência política conseguirá a maioria? E sem a maioria como se governa um município? Na devida altura as pessoas vão conhecê-las, a grande maioria são pessoas de Palmela e conheci-das. Neste momento, em grupo ainda não estamos a pensar em lugares em listas, excepto o meu, que sou o ‘pai da criança’. Estou a convidar cidadãos que me conhecem há muitos anos, outros há menos, até porque fui au-tarca há vinte anos, mas entendo que todos os que participarem neste movimento têm de me conhe-cer bem, e eu tenho de conhecê-los como seres humanos e profissionais.
O seu percurso desde que saiu da vida partidária tem sido feito em comissões de desenvol-vimento regional e em IPSS. Esta experiência dá-lhe alguma mais-valia para o cargo a que se candidata? A diversidade dos trabalhos que fiz ao longo da minha vida dão-me uma riqueza fantástica, a acre-scentar à minha experiência enquanto autarca, pelos anos que estive no privado, com oportunidade de trabalhar em planeamento estratégico, em que já tinha trabalhado, inclusive quando fui presiden-te da Associação de Municípios do Distrito de Setúbal, e desde que saí da Câmara Municipal de Setúbal, continuei nas mais diversas tarefas em empresas e nos últimos três anos estou mais ligado às questões sociais.
Palmela: Presente e Futuro
Está consciente da situação financeira da autarquia? Como entende os investimentos feitos pelo atual executivo? Sei que a situação financeira da Câmara de Palmela é uma situação muito equilibrada. O executivo tem feito investimentos daquilo que vejo pelos boletins municipais, na devida altura direi se entendo que foram os investimentos prioritários ou não, muitos deles aplaudo e outros po-derei ter uma leitura mais crítica. Gosto de falar tendo o conhecimento profundo das coisas, não gosto de mandar para o ar, e as pes-soas que estão neste momento na Câmara Municipal são pessoas que conheço há muitos anos e, independentemente de não estar de acordo com a forma como estão a trabalhar, respeito-as e de algumas sou amigo há muitos anos. O respeito é muito importante na política! Palmela é um concelho bastante heterogéneo, quer do ponto de vista económico, quer social e urbanístico. Mantendo uma raiz agrícola, também é um concelho onde a indústria tem um peso enorme. O modelo de desenvolvimento até agora seguido é do seu agrado? A grande revolução industrial deu-se na altura em que eu era vereador, obviamente que o concelho nos mandatos anteriores já tinha cá indústrias, com a vinda da Autoeuropa e de todas as empresas que trabalhavam e fornecem componentes para a Autoeuropa, embora já cá existisse um sector in-dustrial. E a visão que tivemos nessa altura era a de que era necessária a maior diversidade possível econó-mica, porque infelizmente tínhamos a experiência de Setúbal, que foi muito rica no ramo automóvel e na indústria conserveira nos anos 40, mas que com o fim da segunda guerra mundial essas indús-trias desapareceram. A Autoeuropa já passou os seus vinte anos de idade e daquilo que sei continua cheia de força e isso é muito positivo, mas o ponto importante é enquanto Câmara apoiarmos e acarinharmos tudo o que possa contribuir para a diversificação do tecido económico. Se estiver na direção da Câmara e mais uma empresa para componentes automóveis aqui
NA FOCAGEM
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se quiser instalar, obviamente que é recebida de braços abertos, mas em paralelo, a Câmara tem de fazer o possível com as ferramentas ao seu alcance para incentivar que a agricultura seja cada vez mais forte. A vinha tem um papel fundamental na região, no país e no mundo, mas também a maçã riscadinha, queijo de azeitão, floricultura, e a agricultura de regadio, e cabe ao município estar ao lado dos agri-cultores e das associações para, na medida do possível, aconselhá-los sobre a evolução dos merca-dos. Esperamos que não ocorram problemas, mas se houver um problema num setor económico, os outros setores estão mais pujantes e amortecem os impactos sociais. O atual executivo camarário tem apostado no turismo e em atividades culturais para diver-sificar e explorar as riquezas que o concelho de Palmela tem. Em sua opinião esta aposta tem sido eficaz?
Ao sair da Câmara Municipal de Setúbal nas condições que referiu, acha possível essa co-laboração entre municípios que defende? Da minha parte é possível, da parte das pessoas que irão estar em Setúbal, veremos. Nas próximas autárquicas, a atual presidente não se pode recandidatar, porque já cumpriu três mandatos. Portanto da minha parte, Carlos Sousa e da minha equipa, tudo faremos para que a bem das nossas populações e territórios, esquecer algumas questões em que poderemos não estar de acordo para trabalharmos no essencial. Porque há uma beleza tão grande no trabalho do poder local? No poder local estamos
lizar esse trabalho. E assim a descentralização funciona mal. Agora o Governo quer ir mais longe, passando por exemplo a responsabilidade da construção de Centros de Saúde, dos seus equipamentos, do pessoal menor para as Câmaras, mas continuando a disponibilizar a mesma verba. O que vai acontecer? As dificuldades passam para os autarcas. E embora o princípio da subsidiari-edade dite que quem está mais perto das populações consegue gerir melhor o dinheiro, mas este não «estica». Há quantos anos os diferentes executivos andam a lutar por um pavilhão desportivo em Palmela para as escolas? O pavilhão ainda não foi feito, passam a responsabilidade para
Temos de ter os pés assentes no chão, algo que tenho, no que diz respeito às potencialidades turís-ticas do nosso concelho, mas o desenvolvimento turístico da Península de Setúbal deve ser visto como um todo, porque a nossa península tem riquezas muito importantes. Aqui temos o Castelo de Palmela, a Ordem de Santiago, o enoturismo, o queijo de azeitão, mas tenho de oferecer este pacote às agências turísticas que fazem os pacotes, em conjunto com os nos-sos parceiros de Alcochete, Moita, Sesimbra ou de Setúbal. É esse trabalho em conjunto que dá força à nossa região!
Colaboração com municípios vizinhos Como pretende colaborar com os municípios vizinhos caso seja eleito? Mais Palmela ou ca-da vez mais coordenação e colaboração com os concelhos vizinhos? Em alguns setores de atividade económica defendo que tem de haver um trabalho em conjunto, sou daqueles que lutei contra o facto de termos perdido a Região de Turismo Costa Azul. Entendo que a Área Metropolitana de Lisboa é muito importante, mas na Península de Setúbal não podemos perder a nossa ligação ao Alentejo do ponto de vista turístico e tem de voltar a existir uma ligação forte entre os municípios, independentemente dos partidos que estão à frente e isso é uma luta que vou ter. Posso não estar de acordo com o município do PS do Montijo, ou o de Alcochete que é de outra força política nas grandes questões, mas para as outras questões onde somos obrigados no bom sentido a trabalhar em conjunto, temos de esquecer as diferenças e na área turística é fundamental esta ligação.
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qual não tenhamos especialistas no concelho, mas acima de tudo utilizar o know-how que temos no nosso concelho na produção do evento, só assim é que as coletividades vão sentir que o projeto também é deles. A população do Pinhal Novo tem apresentado há vários anos reivindicações a nível de cui-dados de saúde, infra-estruturas, ordenamento do território, entre outras. Acha que há justificação nas mesmas? Caso seja eleito que medidas irá tomar? Aquilo que já está planeado realizar de forma gradual até às eleições de 2021, depois da apresenta-ção pública do manifesto e do próprio grupo de cidadãos, é solicitar reuniões com as coletividades cultura e recreio, com os atores sociais, culturais, desportivos e empresariais do concelho.Seguidamente irei reunir com os cidadãos e questionar o que gostariam que fizéssemos na terra se formos eleitos. Leio as queixas que são publicadas nos jornais, mas não acho correto ter já uma posição apenas pelo que li, quero ser correto e não atacar a Câmara Municipal só porque sou candidato. Na medida do possível quero o máximo de informação para saber se estou a criticar bem.
Mensagem para os Munícipes
a trabalhar para pessoas e eu dizia e sentia enquanto presidente da Câmara: “não tinha um patrão, tinha 65 mil patrões na altura!”. eparou que eu disse 65 mil, não disse que os meus patrões eram os meus votantes, a partir do mo-mento que somos presidentes da Câmara, somos o presidente de todos, e tenho de ter o respeito de ouvir os representantes daqueles que não votaram em mim, é esta forma de estar na política que exerci, defendo e acho a forma de estar mais correta.
Descentralização de Competências do Governo Central para as Autarquias Como encara a descentralização de competências para os municipios, que entra em vigor em 2021? As autarquias estão a ter outro desafio com a descentralização de competências. Enquanto presidente passei por parte desse processo e a experiência que tive foi que as coisas que davam mais dores de cabeça ao Governo, eram entregues aos municípios, mas estes não recebiam mais verbas para rea-
a autarquia, mas não é atribuída verba. E entrando na política nacional, se for como um senhor chamado Centeno à frente do Ministério das Finanças, as coisas vão piorar ou continuar. Este e o primeiro-ministro têm feito brilharetes na Europa do ponto de vista financeiro com este tipo de políticas. As novas atribuições de competências, se forem aceites de uma forma muito simples, e se não hou-ver o compromisso escrito sobre as verbas que têm de ser realmente entregues às Câmaras, não se conseguirá fazer nada, porque não basta boa gestão, é preciso ter dinheiro. Como será a sua relação enquanto Presidente da Câmara com as muitas associações que o concelho tem, a nível de cultura, desportivo, IPSS, entre outras? Será uma relação muito semelhante há que já tive, com trabalho em conjunto, mas de uma forma em que os agentes sociais, culturais e desportivos sintam que estão na génese dos projetos. As coletividades têm que estar ao nosso lado, o projeto tem de ser construído entre a Câmara e as associações. O segredo é não levarmos pacotes feitos, só muito raramente irmos buscar um asses-sor e alto especialista de fora para nos ajudar num projeto sobre o
Tem alguma mensagem que pretenda deixar aos munícipes? A mensagem é muito simples, espero que este novo movimento independente liderado por mim vá incentivar os cidadãos do concelho, nomeadamente aqueles que se têm abstido e se têm afastado do estar na política, e incentivá-los a participar mais. Direi que com a minha candidatura a maior parte dos cidadãos têm a vida “facilitada na escolha”, porque conhecem o meu trabalho, sabem o que eu fiz de bem e de mal, tanto em Palmela, como em Setúbal. A minha forma de estar na política vai ser muito semelhante áquela que já foi e sou mais rico agora do ponto de vista profissional, de gestão e humano. Os cidadãos só têm de apreciar o trabalho que esta Câmara tem feito e a sua forma de estar, como as coisas têm corrido, obviamente quem aprecia deve votar, se quiserem mudar e não estiverem satisfeitos e aos mais novos, se quiserem experi-mentar uma forma de estar na política que eu acho diferente, votem em nós.
Entrevista de JOÃO GONÇALVES Fotos de DIÁRIO IMAGEM
10 NOTICIAS DA REGIÃO
Jornal Concelho de Palmela | 28.01.2020
POLÍTICA Câmara do Montijo recebe com agrado a
ALCOCHETE Apanhados com a ‘boca na botija’
“FOI MAIS UM DIA HISTÓRICO PARA O MONTIJO”
GNR APANHA LADRÕES EM FLAGRANTE
decisão da APA
Decisão da APA relativamente ao aeroporto do Montijo agradou o executivo de Nuno Canta.
A
emissão da Declaração de Impacte Ambiental da Agência Portuguesa do Ambiente para o novo aeroporto no Montijo, embora com restrições, marcou a reunião camarária desta semana no Montijo. O presidente Nuno Canta apresentou uma saudação sobre “o que foi mais um dia histórico para o concelho do Montijo, e mais um passo significativo para a construção deste equipamento” deixando o apelo para que “todos convirjam para que se possam vir a definir as linhas mestras que tragam os benefícios para o povo do Montijo e para os concelhos que este novo aeroporto irá abranger. Este será um grande investimento para esta terra, para o distrito e para o país, e que muitos apostaram que não iria acontecer.” O edil frisou ainda as mais-valias que o equipamento poderá trazer para a península de Setúbal, “porque sempre temos defendido que este aeroporto devia ser construído a sul do Tejo, reduzindo assim a assimetria económica entre as duas margens, criando condições para o desenvolvimento de todo o território da península, embora garantindo os valores ambientais e de progresso. A Câmara Municipal desde a primeira hora que sustentou a necessidade de avaliação técnica e cientifica dos aspectos ambientais, exigindo-os ao Governo e à ANA Aeroportos.” Outro aspecto destacado pelo presidente é o das acessibilidades “uma vez que a obra irá garantir ligações entre os concelhos, como Montijo-Barreiro e Barreiro-Seixal, bem como garantindo a melhoria das acessibilidades” e salientou que “basta uma ponte entre o Barreiro e a BA6, para o comboio ali chegar, que dista apenas um quilómetro”. Por ausência neste período do vereador João Afonso (PSD/CDS-PP), a discussão teve lugar apenas entre o PS e a CDU, com conhecidos posicionamentos
opostos sobre esta opção do aeroporto no Montijo. O vereador Carlos Almeida (CDU) criticou o procedimento que levou a este projecto, relembrando o processo de privatização da TAP e as manobras da DAVINCI para não construir de raiz um novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete “que iria permitir construir uma plataforma logística, ao invés de um mero apeadeiro na BA6, que irá fazer com que em breve se fale da necessidade de um novo aeroporto internacional de Lisboa”. Carlos Almeida criticou também o facto de Nuno Canta “se arrogar para falar pelos concelhos limítrofes “porque nenhum dos presidentes desses concelhos está afónico”. Nuno Canta rebateu as declarações referindo que “sempre defendemos coerentemente que o aeroporto deve ser instalado a sul do Tejo, porque não podemos continuar a ter 100 mil trabalhadores a ir todos os dias trabalhar para Lisboa. É obrigação dos autarcas lutarem para acabar com isso para garantir dignidade às famílias, e criar coesão nos seus territórios. Por isso não compreendemos esta ideia ambivalente de ser contra o aeroporto na BA6, só porque é no Montijo. E chamar ‘apeadeiro’ ao novo aeroporto é de pessoas irresponsáveis, quando falamos de mil hectares e quando o novo aeroporto irá ocupar a mesma área do aeroporto de Lisboa e será maior que a cidade do Montijo. Tudo isso não é mais do que desinformação.”
Remoção de Mupis do PCP e Pátio do Gelo O vereador da CDU Carlos Almeida, apresentou duas questões no período ante da Ordem do Dia, uma ligada ao Pátio do Gelo e as condições de segurança das habitações.
Tudo aconteceu na madrugada do passado domingo, quando a patrulha da GNR de Alcochete, realizava a ação de patrulhamento normal à vila e depararam-se com uma situação estranha na via pública. Numa primeira abordagem aos indivíduos, os militares da GNR do Posto daquela vila, viram que algo estaria mal, pois 4 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos colocaram-se em fuga. A rápida intervenção dos militares terá travado essa fuga, vindo a apurar-se de que se tratava de uma tentativa de assalto a dois jovens através de ameaças e coação. Os militares identificaram e detiveram os
“Soubemos que já houve intervenções e um dos proprietários iniciou alguns ajustes para garantir a segurança, mas existe uma parte considerável que ainda necessita de intervenção” e solicitou que a Proteção Civil “se mantenha atenta ao que ali se passa”. O presidente Nuno Canta explicou que “trata-se de espaço privado e por isso a segurança tem de ser garantida pelo proprietário. No entanto, a autarquia foi à procura deste, notificando-o, e que actuou no imediato para demolir as habitações em ruína e já deu entrada com projectos para recuperação de alguns imóveis e por isso quero agradecer publicamente ao proprietário.” Outra questão levantada pelo vereador comunista foi a remoção de dez mupis do PCP “que ocorreu no dia 13 de Janeiro, por funcionários camarários e colocados numa viatura da Junta de Freguesia de Montijo e Afonsoeiro. Esta situação foi detectada por dois elementos do Partido, que tiraram fotos e fizeram queixa na PSP. Se bem que algumas já foram recolocadas, embora agora com abraçadeiras de plástico, quando tinham correntes, isto não deixa de ser um aspecto menos democrático, que perfaz um conjunto de situações que têm ocorrido neste concelho.” Sobre isto Nuno Canta referiu que “os nossos serviços têm ordem expressa para retirar de imediato situações de publicidade ilegal, mas não de propaganda política. No entanto houve um lapso dos serviços e por isso já pedimos desculpa aos Partidos Políticos. Mas deixo o apelo para que não segurem os mupis com correntes junto às árvores, para que não as estraguem, bem como nos informem no imediato se tal voltar a acontecer ou se houver danos nos equipamentos retirados. No período aberto à população intervieram dois dirigentes do Movimento Associativo, Mário Baliza, d'Os Comilões, e Fernando
4 jovens e recuperaram dois telemóveis, que haviam sido subtraídos às duas vítimas do assalto. Para além dos telemóveis, a GNR ainda recuperou outro material, possivelmente utilizados noutros ilícitos, como uma máscara e umas sapatilhas em borracha de cor preta. Os detidos com nacionalidades portuguesa e um estrangeiro, foram constituídos arguidos e o caso comunicado ao Ministério Público da Comarca do Montijo. Texto: DONATILIA BRAÇO FORTE FOTO: GODINHO NARCISO Eusébio, dos Unidos do Montijo. Mário Baliza voltou a questionar pela possibilidade de uma sede para o grupo, "porque não temos onde reunir nem onde nos vestirmos para os desfiles de Carnaval. Todo o nosso espólio está espalhado e já muita coisa se deve ter perdido." Nuno Canta garantiu que "o assunto não está esquecido, já estivemos quase para conseguir resolver, mas não foi possível", apontando uma solução para "quando completarmos o protocolo com a Refer que trará para a autarquia a gestão do espaço da estação, dos anexos e da casa do guarda". Fernando Eusébio solicitou nova intervenção do executivo junto das forças policiais. "Voltámos a ter certos 'jovens' a importunar os sócios no clube. Durante um tempo as coisas estiveram sossegadas, mas voltaram ao mesmo e já chegou a haver agressões entre essas pessoas e os sócios. Pedimos se podem dar uma palavra à PSP para voltarem a fazer ali as rondas, até porque há uma escola perto", uma situação com a qual Nuno Canta se comprometeu. O munícipe informou ainda sobre situações de estacionamento e questionou sobre o futuro do Restaurante da Montiagri, ao que Nuno Canta respondeu que "foi aberto um concurso público, mas não apareceram proponentes. Iremos abrir novo concurso mas se não tivermos respostas temos de pensar noutra solução que pode passar por usar o espaço para serviços municipais." Interveio ainda Avelino Antunes, questionando sobre a retirada de mupis do PCP de vários locais do concelho, e que não havia chegado um pedido de desculpas oficial sobre o ocorrido, ao que Nuno Canta respondeu novamente pedindo desculpa pelo ocorrido. Texto: CARMO TORRES FOTO: DI
Jornal Concelho de Palmela Terça-feira, 19 de Março de 2019
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NOTÍCIAS DE SETÚBAL
Jornal Concelho de Palmela |28.01.2020
SETÚBAL Antes da ordem de trabalhos
Oposição muito interventiva A sessão de câmara da passada quartafeira ficou marcada por alertas dos vereadores da oposição, mas até na inscrição dos moradores para colocarem problemas houve sururu porque o habitual interveniente não tinha espaço para falar, que está reservado para seis munícipes. A última sessão da câmara sadina começou com protestos… antes de começar. O habitual interveniente no espaço dos munícipes ergueu a voz em sinal de protesto, porque no espaço reservado ao público estão apenas reservadas seis participações. O munícipe em questão acabou por exigir à funcionária o livro de reclamações para protestar pelo que considerou “um ato antidemocrático”. Durante cerca de meia hora o munícipe protestou e quando a presidente Dores Meira entrou no salão nobre, o morador queixou-se de o proibirem de falar. O problema ficou resolvido quando um dos moradores, que ia colocar questões sobre o PDM acabou por prescindir da sua intervenção e lá foi encaixado o munícipe que protestava. Construções ilegais na Cachofarra O vereador social democrata Nuno Carvalho quis esclarecimentos da câmara sobre “as construções ilegais existentes na zona da Cachofarra”. O vereador interrogou a presidente se “vai haver uma limpeza desta zona”. A presidente sadina confirmou que “está agendada uma reunião, que já devia ter acontecido no fim do ano” para que a situação seja resolvida.
Voto de pesar pelo “pai do atletismo” O vereador Pedro Pina apresentou a proposta para “prestar uma sentida homenagem a Domingos Viera, que esteve ligado à Meia Maratona de Setúbal e também foi trabalhador da Câmara Municipal”. A presidente Maria das Dores Meira lembrou com emoção a morte de “um homem que deu muito a esta câmara e ao atletismo” e na altura “era vereadora e ia com ele bater às portas para o apoio à meia maratona em momentos mais difíceis”. O voto de pesar foi aprovado com um minuto de silêncio.
Socialistas muito interventivos
Intervenções na Estrada dos Ciprestes Da bancada socialista veio o primeiro pedido de explicações sobre as intervenções na Estrada dos Ciprestes, com Fernando Paulino quis saber se “o edifício das Águas e da EDP, nomeadamente a nível dos cabos de alta tensão, irão ser intervencionados”. A edil sadina explicou que o “edifício das Águas irá ter intervenção”, mas em relação aos cabos da EDP “ainda não estamos a tratar pois estamos a fazer o projeto”. Terrenos da Comenda são privados Paulo Lopes, vereador socialista, alertou para a situação das vedações dos terrenos da Herdade da Comenda, com a presidente da Câmara a explicar que “são privados e os proprietários não querem que sejam utilizados como tem acontecido ao longo dos anos”. A autarca lembra “apostámos muito no ecoturismo, nos trilhos, mas os atuais proprietários permitem a passagem se a câmara se responsabilizar pelos danos causados”. A autorização do estacionamento na Comenda não está contemplado, acrescentou, e o "parque de merendas será autorizada ainda este ano, mas tudo depende do comportamento dos utilizadores”.
Saudação à nova direção do Vitória A presidente da Câmara terminou o ponto antes da ordem de trabalhos com a apresentação de uma saudação à nova direção do Vitória onde se afirmava “a edilidade continuará a ser, como sempre, parceiro leal e disponível para, na rigorosa medida das suas capacidades e competências legais, apoiar o Vitória, sempre no devido respeito pelas decisões dos associados”. E acrescentava “para que isso continue a acontecer, estamos certos de que os novos órgãos dirigentes saberão interpretar corretamente o seu papel, sem cedências a qualquer outro tipo de interesses que não os do clube”. Fernando Paulino e o PS associaram-se à saudação, mas o vereador considerou que “é feita uma grande pressão sobre a nova direção, o que nunca foi feito”. Dores Meira acusou o socialista de “estar desatento (…) e acho estranho estar preocupado com a nova direção, mas nós estamos preocupados é com o Vitória (…) que contará sempre com o apoio da câmara, desde que não seja utilizado para outros fins”. O vereador do Desporto, Pedro Pina, revelou que o “vereador Fernando Paulino está desatento e convido-o a ver outras saudações nos últimos anos” com Dores Meira a insistir “não sou mais ou menos vitoriana mas vá ver as saudações anteriores”. A discussão terminou com Fernando Paulino a responder “sou vitoriano há mais anos…”. Texto: REDAÇÃO Fotos: Diário Imagem
SOCIEDADE Reunião Pública aprovou apoios às freguesias
APOIOS Autarquia apoia a arte
Câmara de Setúbal apoia três freguesias com 70 mil euros
Câmara de Setúbal atribui 160 mil euros a Companhias de Teatro
A verba destina-se à reabilitação da rede viária. O reforço aos contratos interadministrativos destina-se às freguesias de São Sebastião, Azeitão e União das Freguesias de Setúbal. O apoio visa dar resposta à “delegação de competências na área da reabilitação da rede viária” por se tratar de “uma mais-valia para o concelho”, sublinha a deliberação. Em 2019, cada uma destas juntas recebeu 20 mil euros respeitantes à rubrica da reabilitação da rede viária, verba que em 2020 é reforçada pela Câmara Municipal de Setúbal em 50 mil euros, ou seja, cada freguesia recebe, no total, 70 mil euros para esta esfera de intervenção.
Câmara de Setúbal comparticipa em 70 mil euros as juntas de freguesia
As verbas a atribuir foram aprovadas na reunião pública. Os apoios concedidos destinam-se às companhias cénicas: Teatro Animação de Setúbal, Teatro do Elefante, Teatro Estúdio Fontenova e GATEM. Os protocolos de colaboração destinam-se a apoiar as estruturas, as atividades culturais de caráter regular e complementares, bem como as criações e produções artísticas. As comparticipações foram de 100 mil euros para o Teatro Animação de Setúbal, 15 mil euros para o Teatro do Elefante, 36 mil e 500 euros para o Teatro Estúdio Fontenova e 10 mil euros para a GATEM. O Teatro Animação de Setúbal disponibilizará o montante para o projeto de teatro “TAS no Teatro” em escolas do 1.º ciclo do concelho. Já a verba do Teatro do Elefante subsidiará as suas atividades, em que se inclui o projeto “Rua de Brincar”, que leva ao espaço público do concelho animações para os mais jovens. O
Câmara de Setúbal apoia companhias de teatro da cidade Teatro Estúdio Fontenova participa, como as outras companhias, participará no programa anual das Comemorações do Dia Mundial do Teatro, entre outras atividades regulares. E a Cooperativa Cultural GATEM compromete-se a apresentar dez sessões teatrais dirigidas a jardins de infância do concelho. Por JOÃO GONÇALVES
CULTURA
28.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela
PINHAL NOVO Com a presença de autarcas
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SETÚBAL Academia Nacional Superior de Orquestra apresenta
Mafalda Casmarrinha apresenta Gala de Ano Novo A Gala de Ano Novo da Academia Classicartpiano Academy encheu o Auditório Municipal de Pinhal Novo, nas duas sessões, com Susana Alves a apresentar cerca de uma centena de artistas de todas as idades. Luís Miguel Calha e Fernanda Pesinho foram os vereadores presentes, onde estiveram também os presidentes da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, Manuel Lagarto e da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo, António Mestre.
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Classikceremony Music Academy apresentou a Gala de Ano Novo no Auditório Municipal de Pinhal Novo, onde participaram mais de 80 alunos nas mais diversas áreas musicais. O público esgotou as duas sessões com apresentação de Susana Alves, que deu também a conhecer o novo projeto da mentora e diretora, Mafalda Casmarrinha, os novos professores e a nova equipa para 2020. Os vereadores Luís Miguel Calha e Fernanda Pesinho marcaram presença e gostaram do que viram. Também Manuel Lagarto, presidente da Junta de Freguesia de Pinhal Novo sentia-se orgulhoso por ter proporcionado um espetáculo de tão grande qualidade aos fregueses. Já o presidente da Junta de Freguesia de Quinta do Anjo não escondia a sua vaidade por ter uma instituição de tão grande qualidade no seu território. Para Mafalda Casmarrinha a iniciativa “foi um dia memorável de partilha e aprendizagem recheado de muita música, deixando já o gostinho para o próximo concerto”. Entretanto a criadora da Academia continua a trabalhar nas Cabanas onde pessoas de todas as idades continuam a aprender música.
Poesia japonesa em destaque nas “Palavras na Nossa Terra” As “Palavras na Nossa Terra” irão dar destaque à poesia japonesa, marcada para dia 31 de Janeiro, às 21h00, na Biblioteca Municipal de Pinhal Novo. A iniciativa conta com a participação dois importantes nomes do Haiku, poesia tradicional japonesa: Matsuo Bashô e Kobayashi Issa. Tal como refere o documento de apresentação “Matsuo Bashô (1644-1694)
Espetáculo subiu ao palco do Luísa Todi no passado domingo De pequenino se dá futuro ao destino foi o poeta mais famoso do período Edo no Japão. Atualmente, é reconhecido como um mestre da sucinta e clara forma Haiku. A sua poesia é reconhecida internacionalmente e, no Japão, muitos dos seus poemas são reproduzidos em monumentos e locais tradicionais. Os seus poemas são influenciados pela experiência direta do mundo ao seu redor”. Também se destaca no documento de apresentação que “Kobayashi Issa (1763-1827) foi o mais importante autor deste género de poesia na terceira fase clássica do Haiku japonês. Os seus poemas tornaram-no popular por explorarem um certo lado cómico da vida e da natureza”.
A arte encheu o auditório Texto: FÁTIMA BRINCA Fotos: DR
Orquestra Académica Metropolitana atuou no Fórum Luísa Todi O concerto decorreu no domingo, pelas 17h00, com o repertório de Robert Schumann e Camille SaintSaëns
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Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal foi palco de um concerto com as composições mais sonantes do século XIX do compositor Robert Schumann, nomeadamente, o poema dramático “Manfred” e a Sinfonia n.º 3, Op. 97, “Renana”, a última composição musicada pelo alemão. Os alunos da Academia Nacional Superior de Orquestra apresentaram-se também com o pianista António Rosado para interpretar o mais conhecido dos cinco concertos para piano que o francês Camille Saint-Saëns compôs.
Texto: JOÃO GONÇALVES Fotos: Diário Imagem
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ALERTAS & RECADOS
O alcatrão já não é o que era!
Jornal Concelho de Palmela |28.01.2020
Muitas das ruas do concelho que foram reabilitadas com novo alcatrão estão uma verdadeira desgraça. Em vez de oferecerem condições de segurança aos condutores, estes são surpreendidos com autênticas ratoeiras tantos são os buracos que vão proliferando pelas artérias do concelho. Pelos vistos o alcatrão (ou a falta dele) já não é o que era e não resiste à chuva.
Valdera ganha Rua dos Remendos Luís Cavaleiro teve a amabilidade de enviar as fotos que publicamos e que se referem à Rua do Caramelo em Valdera. Para este leitor a rua em causa “devia mudar de nome para Rua dos Remendos, tal a quantidade de vezes que já foi remendada”, já que “uma imagem vale mais que mil palavras”, o estado desta artéria está degradado como as imagens mostram. A rua, alerta o morador, “continua a desfazer-se e cheia de buracos” e não deixa de interrogar: “será que os custos que a CMP tem a "remendar" esta Rua, já não davam para colocar um tapete de asfalto em condições?”. E conclui: “fica a pergunta e a espera por novos remendos”.
Novo estacionamento …com buraco! Nas traseiras da Rua 25 de Abril, os estacionamentos estão prontos, apenas com um senão… já que o estacionamento do lado esquerdo, acabado recentemente já tem um buraco, devidamente sinalizado, diga-se em abono da verdade”. João Guerreiro enviou-nos o alerta, que justifica uma pronta intervenção. Até porque os estacionamentos estão bem bonitos e são a alegria dos moradores, que finalmente podem estacionar as viaturas sem serem multados.
Lá se vai o Parque das Merendas Tal como diz o provérbio “o hábito não faz o monge” e o Parque das Merendas que era utilizado há dezenas de anos pelos setubalenses vai ser fechado no próximo ano. Os proprietários que compraram a Herdade da Comenda, incluindo o palacete, vão vendar todo o espaço e não estão disponíveis para que este continue a ser utilizado pela população. Na última sessão da câmara de Setúbal, o vereador socialista Paulo Lopes, quis saber do ponto da situação que “preocupa a comunidade perante os avisos que proíbem a passagem do espaço privado, que foi público durante anos”. A presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, informou “reunimos com os atuais proprietários, onde solicitámos a utilização dos trilhos, mas informaram-nos que tudo o que se estragar a câmara terá que pagar”. A edil considerou a posição “como um poço sem fundo” e prometeu “vamos fazer uma contraproposta”. Já em relação ao parque de estacionamento e o Parque das Merendas, revelou acrescentou “haverá apenas a utilização este ano”. O vereador Paulo Lopes confessou o seu espanto pois “pensava que o Parque de Merendas estava numa posição mais sólida”. Recorde-se que ainda no tempo do antigo proprietário, Xavier de Lima, houve uma “guerra” com o então presidente da Junta de Freguesia da Anunciada, que mandara construir uma ponte em madeira a ligar as duas margens do estreito do Sado e, após negociações, o proprietário acabou por aceitar a estrutura. Também mais recentemente o presidente da União de Freguesias, Rui Canas, investiu milhares de euros na reabilitação das casas de banho, bancos e mesas em pedra e nos fogareiros, que afinal pertencem aos donos da Herdade da Comenda. Os atuais proprietários estão a recuperar o histórico palacete para ali morarem, tendo inclusivamente aumentado a altura dos muros e vedado o acesso à pequena praia, que era utilizada no período de verão por muitos setubalenses. O vereador Fernando Paulino desafiou a Câmara a garantir a utilização pública do espaço considerando que “esta é uma matéria onde todos os partidos e a população estarão de acordo”.
SEMANA DESPORTIVA
28.01.2020 | Jornal Concelho de Palmela
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FUTEBOL Com Diego castigado
Campeonatos Distritais deslocação difícil para os homens de Palmela
Pinhalnovense regressa às vitórias um mês depois
Palmelense desloca-se a Sines
A equipa de Luís Manuel regressou às vitórias, a última tinha sido no dia 1 de Dezembro, com um resultado convincente sobre os Armacenenses por quatro bolas a uma. O ponta de lança Diego Zaporo cumpriu castigo pelo 5º amarelo e não jogou, deixando a missão dos golos para Léo, Calderon, Bandeira e Fidalgo. O Pinhalnovense fechou o mês de Janeiro com uma vitória convincente frente aos algarvios de Armação de Pera por quatro bolas a uma. O Campo Santos Jorge assistiu a uma excelente partida de futebol com os golos de Léo, Calderon, Bandeira e Fidalgo a marcarem o ritmo em tarde de sol, com algumas nuvens, mas sem o frio que se tem feito sentir nos últimos dias. O Pinhalnovense passou por um período sem vitórias, a última foi no campo do Lusitano de Évora a 1 de Dezembro. Seguiu-se um período de jejum com as derrotas frente ao 1º de Dezembro, Olhanense, Louletano e Real
Homens de Pinhal Novo vencem algarvios e um empate no terreno do Oriental. O Pinhalnovense ocupa a quinta posição com 33 pontos. Na próxima jornada há jogo grande entre líderes, com o Real a receber o Olhanense, no dia 01 de Fevereiro, enquanto o Pinhalnovense jogará fora, onde defrontará o Sintrense, a 2 de Fevereiro. O Olímpico foi até ao campo do Amora onde empatou a duas bolas e ocupa agora a 11º lugar na tabela classificativa com 20 pontos. No próximo domingo a equipa do Montijo recebe o Lusitano. Texto: FÁTIMA BRINCA Fotos: ARQUIVO
PINHAL NOVO Open de Juvenis
Palmelense vai deslocar-se a Sines numa partida muito dificil O Palmelense a disputar o Distrital da I Divisão vai ter uma deslocação difícil a Sines onde defrontará o Vasco da Gama. A equipa de Duarte Machado ocupa agora o 9º lugar com 15 pontos, enquanto o Oriental Dragon assume a liderança. Distrital da II Divisão A equipa de Águas de Moura, que deixou a liderança no último jogo, depois de empatar com o Monte da Caparica, prepara-se para receber o atual líder com
mais um ponto Quinta do Conde. No campo do Olival antevê-se um jogo grande, com o Águas de Moura com 34 pontos a receber o atual líder Quinta do Conde com mais um ponto, no próximo domingo. O Quintajense com 11 pontos, na 14ª posição, no próximo domingo recebe a equipa do Seixal e o Lagameças na 7ª posição com 20 pontos recebe o Monte da Caparica.
FUTEBOL Segunda volta começa no próximo sábado
Judo estará em destaque Juniores do Pinhalnovense e Palmelense jogam em casa no Pinhal Novo
Águas de Moura empata no Monte da Caparica Pavilhão desportivo acolhe modalidade de judo O Judo vai estar em destaque no dia 1 de Fevereiro, a partir das 14h00, no Pavilhão Desportivo Municipal de Pinhal Novo. O evento é organizado pela Câmara de Palmela e a Associação Distrital de Judo de Setúbal, no âmbito do Programa de De-
senvolvimento do Judo. As inscrições estão a decorrer até amanhã, dia 28 de Janeiro, para as categorias de Juvenis Masculinos e Femininos.
Juniores em altas Os Juniores do Pinhalnovense encerraram a primeira volta com uma derrota em casa frente ao Amora, mas a equipa de Jaime Margarido promete inverter a situação, já no próximo sábado na recepção ao Sesimbra. A equipa do Pinhalnovense começa a se-
gunda volta no 4º lugar com 24 pontos. O Palmelense vem de uma confortável vitória frente ao Sesimbra e começa a segunda volta a receber o Fabril do Barreiro. A equipa de Palmela ocupa o 8º lugar com 18 pontos.
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Jornal Concelho de Palmela | 28.01.2020