22 minute read

de Dezem

Next Article
de Dezembro

de Dezembro

Veteranos

Os jogos das equipas de Veteranos são, ou deviam ser, jogos amigáveis, onde se devem criar condições para todos se sentarem à mesma mesa, para participarem na “terceira parte” dos encontros. É aqui que se fazem novas amizades, cimentam-se outras. O jantar convívio com as equipas que nos visitam são no Restaurante Etnográfico do C.R. Golpilheira. Normalmente, começa ao serão de um dia e acaba na madrugada de outro. Há sempre entrega de uma lembrança e também a última edição do Jornal da Golpilheira à equipa visitante. Depois da “sossega”, é com muito orgulho que convidamos toda a equipa que nos visita para verem as nossas instalações. Durante o tempo que dura a visita, vamos informando, em traços largos, a história da nossa associação, fundada nos anos 60 do século XX. Após esta visita, vamos todos às “caves do Vinho do Porto” do nosso também veterano Victor Cruz. Quando o serão aqui não se prolonga, ainda há tempo para terminar o convívio no bar “Tinouca” na Batalha. Nos veteranos, o que tem menos significado são os resultados desportivos.

Advertisement

Futsal Fem. Sénior

Esta equipa disputa o Campeonato Nacional desde a 1.ª edição, na época de 2013/2014, na qual foi campeã nacional. A primeira fase é disputada com 16 equipas, divididas em duas zonas (Sul e Norte). Em cada uma das séries, passam para a disputa do título as quatro equipas melhor classificadas. Este é o primeiro objectivo da nossa equipa. Esta época, o apuramento para a segunda fase está um pouco complicado. Na primeira fase, fizemos apenas sete pontos. Na segunda, com três jogos disputados, amealhámos três. Faltam disputar quatro finais, todas com as adversárias directas. Não podemos perder nenhum dos jogos que faltam para terminar a presente época. Neste momento, há cinco equipas para apenas dois lugares, uma vez que o Sporting e o Benfica já estão apurados. À 10.ª jornada, é esta a ordenação e respectivos pontos: Benfica (30), Sporting (24), Arneiros (14), Leões de Porto Salvo (12), Quinta dos Lombos (12), Povoense (11), Golpilheira (10) e Venda da Luísa (2).

Futsal Fem. Júnior

Esta época, como a A. F. Leiria tem inscritas apenas seis equipas, juntou- -se à A. F. Santarém, tem apenas três neste escalão. Assim, organizaram-se duas séries entre elas. Os resultados dos jogos com as equipas da A. F. Santarém não contam para a segunda fase de apuramento de campeão. Desta primeira fase, transitam para o apuramento de campeão distrital as duas primeiras classificadas de cada uma, numa poule a duas voltas. Na Taça Distrital, participam apenas as equipas da A. F. Leiria. Neste momento, a nossa equipa lidera a série B, com dezasseis pontos, consequência de cinco vitórias e um empate.

Futsal Masc. Sénior Esta equipa é constituída em grande parte pelos atletas que disputaram o Campeonato de Juniores Sub-20 na época passada. A estes juntaram- -se vários jogadores mais “maduros”, com qualidade, para termos uma equipa mais competitiva. Neste momento, com seis jogos disputados, temos 10 pontos, reflexo de um empate e três vitórias. Estamos posicionados mais ou menos a meio da tabela classificativa. Fomos eliminados da Taça Distrital, pela equipa do Ferrel, por um resultado pouco usual. Para este, muito contribuiu uma arbitragem desastrosa, como nunca tinha visto, e já participei e vi jogos em mais de 40 anos…

Manuel Carreira Rito

Veteranos jogaram com os padrinhos

Golpilheira – 0 Alqueidão da Serra – 2

Este é um jogo obrigatório todas as épocas, uma no Alqueidão e outra na Golpilheira. A razão é simples: a equipa do Alqueidão apadrinhou a do C. R. da Golpilheira, quando esta foi constituída, no ano de 2009. Alqueidão e Golpilheira encontraram-se pela primeira vez, quando ambas disputavam o Campeonato Distrital da Segunda Divisão, na longínqua época de 1977/1978. Nesta época, os atletas que compunham ambas as equipas eram todos naturais de cada uma das aldeias. Não parece, mas já passaram 42 anos. Actualmente, em ambas as equipas há atletas daquela época, nem que seja para a “terceira parte”. Todos com mais de 60 anos, uma situação é igual, é à mesa. Não se nota nada. Ambos comem e bebem bem. A amizade que nos une reforça-se todos os anos.

Devido à 25.ª Semana Cultural que decorria nesta data, não foi possível o nosso jornal estar presente no campo de jogos na Batalha. Sabemos que tudo correu bem, ninguém se lesionou, e no final as minis voaram todas. No próximo jogo, o “Barroca” tem de levar mais.

Ultimamente, a equipa do Alqueidão, tem ganho quase sempre. No entanto, se a memória não me atraiçoa, no primeiro encontro da época 1977/78, ganhámos nós, por 3-1, no antigo “pelado” da Batalha. Não é o resultado destes jogos que é o espírito dos Veteranos, mas sim o reforço e conquista de novas amizades, e depois o tradicional jantar no Restaurante Etnográfico do C. R. Golpilheira. As entradas estavam óptimas, assim como as restantes iguarias do jantar. Estes jantares prolongam-se normalmente por várias horas. É que há tantas histórias para contar, que dois não chegavam. Nas Semanas Culturais, está integrado o “Arraial Popular”, que este ano foi na Ponte de Almagra. Para além das febras, tirinhas, carne guisada, bolos, doces, e para a “sossega” não faltaram as filhós e o café d’avó. Como estávamos perto do dia de São Martinho, não “faltaram” as castanhas e a água-pé nova. Estava combinado que os atletas de ambas as equipas se deslocassem àquela festa, principalmente para comerem umas castanhas e degustar a água-pé. Abreviamos o jantar, mas mesmo assim, terminou já depois da meia-noite, portanto, no dia 10. Chegámos ao local, mas castanhas já não havia, uma vez que esteve presente muita gente e “voaram” todas, e eram uns bons quilos delas. Nesta situação, há uma tolerância, o “Arraial Popular”, era no dia 9 de Novembro e não no dia 10. Não havia castanhas, mas nas mesas não faltava nada, e para espanto dos organizadores a água-pé não acabou. Ainda bem. Senão tínhamos de os “ouvir” a dobrar.

MCR

. equipas.CRG. ÉPOCA DESPORTIVA 2019/2020 Veteranos Futebol 11 26-10 – Os Idosos – 6/Golpilheira – 2 09-11 – Golpilheira – 0/Alqueidão da Serra – 2 23-11 – Seca Pipas – 2/Golpilheira – 5 07-12 – Golpilheira -5/Mourisquense - 5 Próximos Jogos 04-01 (Batalha) – Golpilheira/Avelarense 18-01 – Talaíde-Lisboa/Golpilheira 01-02 (Batalha) – Golpilheira/Os Idosos Futsal Feminino Sénior Campeonato Nacional - 1.ª fase/Sul 19-10 – Golpilheira – 2/Venda da Luísa – 1 26-10 – Quinta dos Lombos – 1/Golpilheira – 1 02-11 – Golpilheira – 3/Leões de Porto Salvo – 0 09-11 – Arneiros – 2/Golpilheira – 0 16-11 – Golpilheira – 2/Povoense – 5 23-11 – Golpilheira – 1/Sporting – 2 30-11 – Benfica – 4/Golpilheira – 0 07-12 – Venda da Luísa – 1/Golpilheira – 4 Próximos Jogos 14-12, 18h30 (Golpilheira) – Golpilheira/Q. Lombos 21-12 (Pombal) – NS Pombal/Golpilheira (Taça Port.) 04-01, 17h00 (Porto Salvo) - Leões P.S./Golpilheira 12-01, 16h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Arneiros 19-01, 16h00 (Póvoa S. Iria) – Povoense/Golpilheira Futsal Feminino Júnior Campeonato Distrital 19-10 – Golpilheira – 1/CAD – Entroncamento – 1 02-11 – Almeirim – 0/Golpilheira – 10 09-11 – Golpilheira – 16/Vidais – 1 16-11 - Ribafria – 2/Golpilheira – 7 23-11 – CAD-Entroncamento – 0/Golpilheira – 2 08-12 – Golpilheira – 7/Almeirim – 0 Próximos Jogos 14-12, 17h00 (Caldas da Rainha) – Vidais/Golpilheira 21-12, 17h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Ribafria 28-12 (Golpilheira) – Golpilheira/Vidais (Taça Dist.) Futsal Masculino Sénior Campeonato Distrital - 1.ª fase/Série B 19-10 – Alvorninha – 2/Golpilheira – 1 26-10 – Golpilheira – 2/Pederneira – 2 08-11 – Estrada – 0/Golpilheira – 6 16-11 – Golpilheira – 2/São Mamede – 1 22-11 – Amarense (B) – 7/Golpilheira – 2 30-11 – Golpilheira – 3/D. Fuas – Fonte do Oleiro – 2 07-12 – Golpilheira – 0/Ferrel – 12 (Taça) Próximos Jogos 13-12, 21h30 (Ferrel) – Ferrel/Golpilheira 21-12, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Benedita 28-12, 21h00 (Alcobaça) - Évora Alc./Golpilheira 04-01, 21h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Ribafria 19-01, 19h00 (Caldas da Rainha) – Vidais/Golpilheira 31-01, 21h30 (Bufarda) – Bufarda/Golpilheira 08-02, 19h00 Golpilheira/C. Benfica C. da Rainha 15-02, 19h00 (Golpilheira) – Golpilheira/Alvorninha

PUB

Com votos de boas festas!

R. Ponte Nova, 19 BATALHA T. 244 767 392 www.lojasistemas.com

Mário de Sousa Monteiro PUB

Pedreiro (Título de registo: 83449) Biscateiro de Construção Civil

Futsal feminino nas selecções nacionais Três atletas do CRG já são internacionais

O seleccionador nacional de futsal feminino, Luís Conceição, chamou recentemente à selecção nacional três atletas do plantel júnior e sénior do Centro Recreativo da Golpilheira. A Liliana Salema (Licas) já antes tinha sido convocada e repete a experiência. Já a Diana Monteiro (Guarda Redes), na Selecção AA, e a Beatriz Santos (Fixo/ Ala), na Selecção Sub-19, fazem agora a sua estreia.

A esse propósito, colocámos algumas questões a estas atletas e à sua treinadora de sempre, Teresa Jordão, para sabermos o que significa esta experiência para cada uma. Entrevistas de Manuel Carreira Rito

Teresa Jordão MCR

Esperavas estas convocatórias? Esperava sim. Trabalhamos sempre para potenciar a qualidade das jogadoras, associada ao potencial de cada uma. Estas três são exemplos claros do trabalho desenvolvido e da qualidade de cada uma. Acho, no entanto, que a chamada da Diana pecou por tardia.

O que sentiste? Sentimento de felicidade e orgulho e o reconhecimento do trabalho efectuado. Não podemos esquecer que, em primeiro lugar, isto deve-se à grande qualidade que qualquer uma delas apresenta.

Como se consegue este sucesso? Com muito trabalho e dedicação de todos os que trabalham para

o desenvolvimento do futsal no C. R. Golpilheira.

A Diana já está na sua 11.ª época no CRG… quando te apercebeste de que poderia chegar à selecção principal? Quando lhe disse para ir para a baliza, foi com a consciência de que tinha qualidade e potencial. Há cerca de 5 épocas, ainda júnior, e pelo conhecimento que tenho do futsal no nosso país, percebi que ela poderia estar entre as melhores se continuasse a trabalhar e a evoluir.

Para isso terá contribuído muito o trabalho de Susana Vilanova, treinadora das nossas guar da-redes… Claro. O trabalho que a Susana desenvolve, há alguns anos, é de enorme qualidade. A prova são estas duas chamadas à selecção nacional.

A Beatriz, apenas com 16 anos, está connosco há dois anos e já vai representar-nos na selecção nacional sub-19. Esperavas que o conseguisse tão cedo? Achei sempre que iria ser chamada regularmente às sub-17 e, sinceramente, não estava à espera que fosse, ainda em 2019, chamada às sub-19, apesar da sua enorme qualidade. Agora que já foi internacional nas sub19 temos de trabalhar para que continue a ser convocada. Estava a planear a integração dela na equipa sénior, gradualmente, mas a chamada à selecção nacional sub-19 veio fazer com que integre regularmente o plantel sénior.

Qual o principal conselho de lhe dás para esta experiência nacional? Que aproveitem as oportunidades que estão a ter e que continuem a trabalhar todos os dias, mais do que antes. Como lhes costumo dizer, “o difícil não é chegar ao topo, mas sim conseguir-se manter no topo”. O que mais desejo e que tenham muito sucesso e que sejam felizes.

vez melhores. Que tenham capacidade de resiliência, porque nem sempre as coisas vão correr bem e de certeza que vão ter um lindo futuro no futsal.

Liliana Salema, 35 anos Natural do Louriçal MCR

Como foi o início da tua carreira desportiva? Iniciei-me no futsal, aos 10 anos, no desporto escolar do Instituto D. João V. Aos 15 anos, na época 1999/2000, tornei-me atleta federada pela Associação Cultural Recreativa e Desportiva do Louriçal, onde permaneci duas épocas. Depois vieste para o CRG. Como surgiu essa oportunidade? Sim, há 19 épocas. Surgiu através da treinadora da altura, no entanto, a grande responsável por esta mudança foi a Teresa Jordão e o sr. Acácio. Já és internacional há alguns anos… ainda te lembras dessa estreia? Sim, foi a 12 de Novembro de 2013, pela Equipa AA. Não dá para esquecer o orgulho, nervosismo e grande responsabilidade por vestir a camisola da Selecção Nacional. E o encanto que é ouvir o nosso hino nacional… Em que competições participaste? Nos mundiais de futsal feminino de Espanha, em 2013, e da Costa Rica, em 2014. No total, tenho 14 internacionalizações. Diana Monteiro, 21 anos Natural da Batalha Como foi o início da tua carreira desportiva? Comecei a jogar basquetebol no clube da minha terra, no Amarense, com 6 ou 7 anos. Depois, fui para o futsal, a jogar com os rapazes… era a “menina deles”, porque me protegiam. Como surgiu a oportunidade de vires para o CRG? Foi quando tive de subir de escalão e a equipa onde jogava na altura não tinha femininos. O meu treinador aconselhou-me ir falar com a Teresa, porque sabia que na Golpilheira havia bom futsal feminino. E esta já é a 11.ª época. Foste chamada para um estágio da selecção em Setembro… ficaste com esperança de vir a acontecer esta con vocatória para os jogos com a Itália? Sim, fiquei com alguma esperança, mas mantive-me focada nos meus objectivos e tentei ao máximo abstrair-me disso. MCR

Que conselhos queres dar às dias colegas de equipa que vão ter a mesma experiência? Além da grande qualidade que ambas têm, e isso é inequívoco, que continuem a trabalhar afincadamente para serem cada

Qual foi a sensação ao vestir pela 1.ª vez a camisola da Selecção Nacional? Foi uma sensação muito boa, um enorme orgulho sem dúvida alguma. Ouvir o nosso hino é um sentimento que não dá para explicar, é algo incrível.

PUB

Como avalias o teu desempenho nestes dois jogos? Acho que foi positivo, mas ainda há pequenas coisas a serem limadas.

Quais são os teus sonhos para o futuro? A nível individual, continuar a trabalhar para me manter na selecção. Nos próximos dias 10 e 11 de Dezembro, irei para Albufeira, disputar dois jogos amigáveis contra a selecção da Rússia. A nível colectivo, aqui na Golpilheira, mantermo-nos no Campeonato Nacional para o ano e chegarmos o mais longe possível na Taça de Portugal.

Beatriz Santos, 16 anos Natural de Caldas da Rainha Como foi o início da tua carreira? Comecei com 8 anos, no futsal, na Associação Desportiva de Alvorninha. MCR

Como surgiu a oportunidade de vires para o CRG? Em conjunto com o meu treinador, Ricardo Oliveira, que me acompanhava há 5 épocas, pensámos que tinha chegado o momento de integrar uma equipa feminina e deixar as equipas mistas. Fui a alguns treinos de observação, entre os quais na Golpilheira, e assim surgiu a oportunidade de ficar.

Como foi a tua integração? Foi bastante boa, todos os treinadores e colegas me receberam muito bem e adaptei-me rapi

damente, apesar de nunca ter jogado numa equipa feminina.

Logo na primeira época, ajudaste a conquistar o Campeonato e a Taça Distrital. Qual foi a sensação? Foi uma sensação única, foi bom sentir que contribuí para a equipa receber mais uma vez aqueles dois prémios.

Com apenas 16 anos, a treinadora tem confiado em ti e tens jogado quase sempre na equipa de senio res. Como está a tua adaptação a essa exigência de maior rendimento? No início não foi fácil, mas tenho vindo a adaptar-me aos poucos e, com o apoio tanto da equipa como dos treinadores, tem-se tornado tudo mais fácil.

Já foste chamada a 3 estágios nas selecções, em Viseu, nos Açores e em Rio Maior, apenas um deles sub-19. Tinhas esperança de ser convocada para estes dois jogos com a Espanha? Tive sempre esperança, no entanto, sabia que não era fácil, devido a existirem muitas jogadoras a lutar tanto como eu para conseguir aquele lugar.

Qual foi a sensação ao vestires pela 1.ª vez a camisola da Selecção? É um sonho tornado realidade, saber que todo o trabalho e esforço foi recompensado, que no meio de tantas jogadoras consegui ter o privilégio de estar ali, é um sentimento inexplicável.

Quase sempre se fala na sensação quando se canta o Hino Nacional… É algo que nem se consegue explicar, é como se sentíssemos cada palavra que cantamos!

Como achas que foi o teu desempenho nestes dois jogos? Há sempre coisas a melhorar, mas foi uma boa experiência, neste caso, um pouco diferente dos outros estágios, pois tive a oportunidade de jogar contra uma selecção de outro país. Aprendi muito e espero utilizar essas aprendizagens para melhorar o meu futsal.

24 Horas TT Vila de Fronteira Cesário Santos voltou à corrida

A 22.ª edição da mítica prova de todo-o-terreno “24 Horas TT Vila de Fronteira” esteve em pista nos passados dias 30 de Novembro e 1 de Dezembro, com início e fim às 14h00. As verificações técnicas e montagem das boxes começou dois dias antes, com os treinos livres e tempos cronometrados para a formação da grelha de partida a acontecer dia 29.

O golpilheirense Cesário Santos ganhou-lhe o gosto e participou mais uma vez, pelo 12.º ano consecutivo. Para o apoiar, um numeroso grupo de golpilheirenses rumou até àquelas paragens alentejanas e viveu um fim-de-semana que é já emblemático para os amantes do desporto motorizado.

Pedimos ao Cesário que nos contasse como correu a prova deste ano, passando a publicar o seu testemunho.

Como eu vivi a aventura…

Começo por salientar que já passaram 12 anos desde a minha primeira presença. A cada ano, o percurso da pista vai variando e as dificuldades dependem do tempo. Este ano, a chuva pregou-nos uma partida… estava um piso muito escorregadio e sinuoso e não dava para andar muito depressa, exigindo muita concentração dos pilotos.

A equipa em que participei tinha mais três pilotos: Joel Marrazes, Sérgio Brites e Mário Duarte. Na sexta-feira à tarde, fiquei com a tarefa de fazer os cronometrados, para tentar fazer o melhor tempo possível. A estratégia era essa: não sair muito atrás, porque iria haver muita lama dos carros da frente que nos iriam dificultar a visão. Consegui um tempo de 11, 40m nos 16km que tem a pista, assegurando a saída na grelha de partida na 33.ª posição, no total de 90 viaturas inscritas. Muito bom. No sábado, também tive o prazer de fazer o arranque. São momentos únicos, desde a volta ao percurso, o saudar o público, até a formação da grelha. Quando estão os motores todos a trabalhar e faltam 2 minutos para o semáforo passar a verde, parecem duas horas a passar. Naquele momento, pensamos em muita coisa e só queremos mesmo que comece a prova.

E lá foi mais um arranque espectacular, onde me apercebi que as grandes máquinas não queriam assumir a liderança, com medo de algum percalço, pois chovia intensamente. Ao fim da primeira volta, já tínhamos ganho 9 posições e tudo nos estava a encaminhar para uma boa prestação.

Somos 4 pilotos muitos experientes, mas as 24 Horas de Fronteira são sempre uma caixinha de surpresas e, ao fim de 01h30, a carrinha Nissan Navara 2.7 TDI, que estava 5 estrelas até ao momento, deu sinal de temperatura no máximo. Após ter comunicado com as boxes a informar o sucedido, parou. Quando verificámos que o motor tinha de ser trocado, mais uma vez a equipa de mecânicos (Fera Racing) tratou de o fazer ali mesmo, para podermos continuar com a nossa aventura. Foram precisas 5 horas para o carro voltar novamente à pista e, desde então, nunca mais parámos, a não ser para a habitual troca de pilotos.

“24 Horas de Fronteira” é isto, quando os pilotos estão preparados para qualquer desafio, bem como os mecânicos e toda a equipa de profissionais que integram a equipa (a união faz a força). Para o ano há mais. Não me canso de agradecer a todos aqueles que confiam em mim para que, ano após ano, possa participar nesta mítica prova que adoro.

Quanto à equipa de mecânicos Fera Racing, chega a uma altura em que já nem há palavras para exprimir o quanto eles são geniais. Basta lembrar que, se não fosse o esforço de todos os mecânicos a mudar o motor, a nossa prova teria terminado naquele instante.

A todos os golpilheirenses e batalhenses que, de ano para ano, se vão multiplicando durante o percurso – e sei que estão lá pela paixão da mítica prova, convívio, etc., mas também para me apoiarem - fazem-me sentir orgulhoso. O apoio deles, sobretudo da família e amigos, para mim é muito importante. Obrigado! A todos os leitores desta crónica, desejo feliz e santo Natal e próspero ano novo.

Cesário Santos

Encontro de Concertinas da Barrenta Uma pequena aldeia que se torna gigante

Na passada edição demos notícia do 18.º Encontro de Concertinas da Barrenta e prometemos voltar ao assunto com mais pormenores sobre este interessante e grande evento, promovido e organizado pelo Centro Cultural da Barrenta. Não muito distante de nós, esta aldeia situa-se no coração da Serra de Aire e Candeeiros, na freguesia de Alvados/ Alcaria, concelho de Porto de Mós, tendo como terras vizinhas as Covas Altas, Bouceiros, Casal Duro, Alvados e Alcaria. Foi aí que encontrámos Ricardo Pereira (na foto), mentor da organização, a quem pedimos esta entrevista. Entrevista de Manuel Carreira Rito

Como nasceu a ideia deste encontro?

O primeiro encontro de concertinas, em 2001, aconteceu no âmbito de um almoço de tropa, em que houve a possibilidade de trazer um autocarro com 40 tocadores de concertina à Barrenta, pela mão dos amigos Hermano Carreira, Moisés Eusébio e o engenheiro Barro Lopes. A ideia foi aceite, a logística foi preparada e teve tal afluência que ficou a promessa de voltarem no ano seguinte, por ter tudo corrido tão bem e terem sido tão bem acolhidos. A aldeia, por si, não teria condições para o garantir, pelo que a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal foram receptíveis à

DR

ideia e deram-nos todo o apoio e força para avançarmos.

O que recorda dessa primeira edição?

Recordo que foi uma surpresa. Ninguém acreditava que existissem 40 tocadores de concertina. Era um instrumento que diziam estar extinto na nossa zona. A essa altura, era uma aldeia que tinha 52 habitantes e recordo-me de que já na altura a afluência foi de tal ordem que imensos produtos esgotaram e nós não tínhamos forma de dar resposta a tantas solicitações. Não temos bem noção de quantos espectadores vieram, mas eram seguramente várias centenas. Mas foi um dia bem passado e acima de tudo feliz.

Mas difícil de organizar…

Como disse, foi uma surpresa, porque foi criar uma iniciativa a partir do nada. Tivemos de criar condições para acolher os tocadores e

quem veio ver. Não foi difícil, mas exigiu trabalho, união e dedicação. Isso ainda hoje se mantém. Só assim é possível e só assim faz sentido.

Ainda há pessoas dessa altura na organização?

Sim, e enquanto nos for possível e a saúde deixar queremos que continuem. Mas a equipa vai-se renovando e conta com pessoas dos 10 aos 85 anos de idade.

Qual foi o segredo para tornar este evento conhecido em todo o País?

Não sei se é bem um segredo, mas somos acolhedores. Trabalhamos muito no sentido de proporcionar a quem por ali passa, sejam tocadores ou visitantes, uma experiência feliz e que fique um certo “bichinho” para voltarem no ano seguinte. Temos trabalhado arduamente a nível das infra-estruturas e das condições, pois é importante que as pessoas se

Votos de festas felizes!

PUB

Ed. D. Dinis - P. 2 - 2.º AB Parceiros - Leiria Tel./Fax: 244 872 808 Telem. 919 009 966 info@contaline.pt www.contaline.pt

sintam seguras e confortáveis. Também a nossa gastronomia marca pela diferença, uma vez que apresentamos sabores locais, sempre com os melhores ingredientes. Depois, é a música, a troca de experiências, e toda a felicidade inerente a isso, porque a Barrenta só é conhecida porque quem cá vem se sente bem e sai de cá feliz.

Quantos tocadores participaram este ano?

Este ano, pela primeira vez, informatizámos as inscrições, de forma a ser um processo mais célere e eficaz. Ainda não fechámos totalmente as contas, mas estimamos que passaram pelos palcos cerca de 600 tocadores de concertina.

E em termos de público?

Ainda não temos dados finais, mas, pelas contas dos carros, tocadores e logística, terão seguramente passado pela Barrenta mais de 12 mil pessoas.

Vi que tinham seis assadores de porcos no espeto ao mesmo tempo…

Sim. E nem sei quantos se assaram, pois iam sendo substituídos. Ainda não contabilizámos tudo o que foi consumido. É uma logística muito grande que leva o seu tempo.

Para toda esta logística, contam com apoio das autarquias ou de privados?

Sim, tudo isto só é possível com o apoio das entidades civis locais, como é o Município de Porto de Mós, a União de Freguesias de Alvados e Alcaria, a Guarda Nacional Republicana, os Bombeiros Voluntários, os Escuteiros, o Turismo do Centro de Portugal, bem como outras entidades e empresas que ano após ano nos dizem sim e colaboram connosco. São, acima de tudo, apoios de ordem logística, no decorrer dos preparativos e no dia do encontro.

Sendo uma aldeia com tão poucos habitantes, virão muitos voluntários de fora…

Nesse aspecto, posso dizer que temos muitos e bons amigos. O Centro Cultural da Barrenta promove o ensino da concertina a quase 90 alunos, de forma totalmente gratuita, muitos deles oriundos de terras bem distantes (foto na pág. seguinte). Também eles fazem questão de colaborar e trazer alguém para ajudar. Depois, há muitos voluntários que acreditam na nossa causa, digamos assim, e ano após ano também marcam presença.

CANALIZAÇÕES • AQUECIMENTOS BOMBAS • SISTEMAS SOLARES ASPIRAÇÃO CENTRAL José Guerra da Silva Deseja a todos festas muito felizes!

PUB PUB

Agente Gás Galp e Repsol Serviço de entrega ao domicílio GOLPILHEIRA • Tels. 244 768 246 / 966 791 425 / 963 432 306 Deseja a todos Festas Felizes!

This article is from: