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de Dezembro

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de Fevereiro

de Fevereiro

O evento em si mobiliza cerca de 150 pessoas a trabalhar arduamente cerca de 16 horas. Mas há toda a preparação nos dias anteriores e procedimentos necessários com semanas e meses de antecedência. Só como exemplo: confeccionar e servir refeições, limpeza, acolhimento, inscrições, vendas, reposição, parte técnica de som e imagem, fotografia, espalhar cartazes… e muitas tarefas “invisíveis”. Para tudo isso, é preciso gente, e contamos com uma rede de amigos muito boa e colaborante.

Falou na escola de concertina…

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Sim, somos actualmente 3 professores, com cerca de 60 alunos na Barrenta e 30 na zona de Óbidos e Gracieira. O método não é pelo tradicional solfejo, mas com esquema numérico muito próprio, adaptado a todas as idades e conhecimentos, que permite desde o primeiro momento o contacto com o instrumento. Isso leva as pessoas a terem ainda mais gosto de aprender…

Voltando ao evento, como acontece a inscrição dos tocadores?

Começamos a fazer a divulgação com alguns meses de antecedência. Como tem uma data fixa, no último sábado de Setembro, os interessados podem agendar com tempo. Os grupos também vão estabelecendo alguns contactos informais connosco, pelo que vamos tendo noção da logística necessária.

DR

E eles também estabelecem contactos com outros nas actuações e encontros. Temos o gosto em acolher grupos que já nos visitam em anos anteriores e a alegria de acolher novos grupos que ano após ano vão chegando a nós.

Há quem tenha participado em todas as edições?

Sim, há vários grupos que nunca faltam ao Encontro de Tocadores de Concertina da Barrenta. É o caso da família Ribeiro. Pela localização e pela possibilidade de tocarem livremente, é um encontro de amigos acima de tudo, é um partilhar de experiências e um dia de emoções muito fortes.

Há algum limite de participações?

Neste momento, não estão estabelecidos limites. Este ano foram muitas horas de música, de forma ininterrupta, uma vez que começaram a subir a palco pouco depois das 13h30 e só terminaram por volta das 00h00.

E como conseguem coordenar a actuação de tantos grupos em palco, sem muitas pausas? Uma das novidades foi um programa informático, totalmente concebido por nós para essa finalidade específica, que automaticamente estima a hora a que cada grupo sobe ao palco, no momento da inscrição. Assim, todos sabem os seus horários e prepararam-se nesse sentido. O horário é também colocado no ecrã gigante, para que todos acompanhem e não haja grandes atrasos.

Actualmente, o encontro acontece no Largo da Saudade, onde fazemos o acolhimento, é possível fazer refeições e tocar livremente. E temos o Terreiro da Amizade, que acolhe os dois palcos, com lugar para vendas e refeições. As ruas adjacentes a estes espaços também vão cada vez mais sendo utilizadas para expositores e para tocar livremente pelos grupos.

Cada grupo tem cerca de 8 minutos em palco, mas um dia inteiro, de forma livre,

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R. D. Filipa de Lencastre, Lj. 6A • BATALHA • Tel. 244 765 812 Roupa de criança Deseja a todos os clientes e amigos Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Boas festas de Natal e Ano Novo!

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pelas ruas da aldeia. Assim, há animação garantida o dia todo.

Assisti também a cantares ao desafio… essa actuação de rua é também organizada ou surge de improviso?

Isso é completamente livre. Os cantares ao desafio, como o nome indica, são isso mesmo, cantares que surgem de forma espontânea e em tom de desafio, numa provocação saudável, de terem sempre resposta e rimarem.

Imagino que já estejam a trabalhar no encontro do próximo ano…

Sim, pouco depois de terminar o encontro, começamos a pensar e a trabalhar no seguinte. Há coisas que queremos introduzir em 2020 e que carecem de procedimentos atempados e alguma gestão.

Coloca-se a possibilidade de passar a dois dias de encontro? É uma questão que se tem levantado nos últimos anos, mas ainda não encontrámos

resposta definitiva. Teremos de ver as possibilidades e consequências de prolongar a festa por um fim-de-semana. Para já, queremos garantir que se faça, nem que seja só um dia.

Está, portanto, assegurada a realização do encontro no futuro?

Está assegurada como até agora, com trabalho, união e dedicação. Claro que as coisas vão evoluindo e é preciso projectar o futuro.

As condições têm evoluído ao longo dos anos, conforme as necessidades. Do ano passado para este, por exemplo, melhorámos o espaço para estacionamento, com contador de viaturas, informatizámos as inscrições, tentámos produzir menos resíduos na divulgação e no próprio encontro, pusemos um ecrã gigante no Largo da Saudade para que todos pudessem acompanhar quem está em palco, etc. São pormenores em que continuaremos a trabalhar.

Festas Felizes!

.política. André Sousa Presidente da JSD Batalha

Oposição - Um dever ético e responsável

No exercício democrático dos diversos órgãos deliberativos locais, nomeadamente nas Assembleias Municipais e de Freguesia, é minha opinião que os deputados eleitos tenham em conta três princípios fundamentais: iniciativa, frontalidade e ética.

Iniciativa. Criticar por criticar, rejeitar porque sim ou, simplesmente, ter uma postura de inércia não enriquece o debate político e não contribui para o desenvolvimento do nosso concelho. Neste sentido, é imperioso ter capacidade de apresentar propostas, soluções, projectos ou outro tipo de acções para o interesse público.

Frontalidade. Há cerca de um ano, assistimos na Assembleia Municipal de aprovação do Orçamento para 2019, ao infeliz episódio de abandono dos deputados municipais do PS e CDS-PP, logo no início da sessão. Independentemente das razões apresentadas, a Assembleia Municipal é o órgão por excelência do debate frontal e não através de “malabarismos”, que só descredibilizam a democracia e que acabam por desiludir os seus próprios eleitores, que confiaram o seu voto para os representarem e não faltar/fugir ao debate. Ética. Permitam-me que recorde uma frase de Francisco Sá Carneiro, co-fundador do PSD e ex-primeiro-ministro: “A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”.

É indispensável que o político eleito prossiga a sua acção e intervenção baseado em princípios éticos fundamentais, como a integridade, responsabilidade, liberdade e, sobretudo, no servir altruisticamente o bem comum.

Parece-me que uma oposição feita na base das “fake news”, na difamação ou na falta de coragem, descredibiliza a política, potencia os populismos e, sobretudo, não contribui para melhorar a vida das nossas populações.

.política. Augusto Neves Presidente da Concelhia do PS

Prenda de Natal

Aproximam-se as festas natalícias e o Senhor Presidente da Câmara da Batalha não quis deixar de presentear a população da freguesia da Golpilheira.

E a estratégia utilizada foi simples: Como já referi noutras alturas o Senhor Presidente governa a Camara não em prol dos interesses das populações mas sim de acordo com os seus interesses políticos. Ora vejamos: É verdade que o actual secretário de Estado da Saúde prometeu, em campanha eleitoral, para as autárquicas a possibilidade de reabrir a extensão de saúde da Golpilheira.

Ao que constou os responsáveis locais pela saúde ter-se-ão manifestado contra essa possibilidade.

Foi quanto bastou para que o presidente da Camara fizesse inscrever no orçamento municipal uma verba de 30.000,00 € para recuperar as instalações do centro de saúde.

Deixou assim bem vincada a “sua intenção” de repor a extensão de saúde da Golpilheira! e sem gastar nada, pois bem sabia que tal situação não ia ocorrer e assim ficava ele com os louros de querer trazer aquele benefício, mas o deputado do PS não conseguia cumprir o prometido. Temos assim o cenário perfeito para a população da freguesia da Batalha ver quem está do seu lado…

Entretanto, com a possibilidade de transferir valências da câmara paras juntas de freguesia a Câmara notificou as entidades que entendeu solicitando que referissem o seu eventual interesse e o fim que pretendiam dar ao edificado, no caso vertente as instalações que serviram de extensão de saúde na Golpilheira.

A junta de freguesia respondeu que tinha todo o interesse em ficar com a gestão do Imóvel e a razão de ser do seu interesse era aí instalar um serviço de saúde.

Foi aí que o plano estratégico do presidente da camara, que parecia perfeito, começou a ruir.

E a designação para Secretario de Estado da Justiça do Dr. António Sales foi a estocada final.

Havia o real risco de se avançar no sentido de restabelecer aquele serviço.

E assim a estratégia que estava a correr tão bem, parecia agora, poder virar-se contra o seu autor.

Era portanto fundamental suster a ruina. E então o que faz o presidente da Camara com o imóvel que tinha guardado para qualquer eventualidade:

Não o podia atribuir à Junta porque esta tinha manifestado pretender ali instalar um novo serviço de saúde.

E portanto era preciso encontrar uma solução que impedisse o Partido Socialista de repor a extensão de Saúde da Golpilheira e nada melhor do que indisponibilizar o edifício.

E assim fez!!! Estratégias…. Boas Festas

.combatentes. Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes

Rescaldo eleitoral

Como programado, em 6 de Outubro pretérito decorreram, com a pacatez que já é habitual entre nós, as eleições legislativas para a Assembleia da República. Como era mais ou menos previsível, ganhou o partido que governou na legislatura anterior, mas sem maioria absoluta, provavelmente com uma boa dose de desilusão para o mesmo, mas, como também era expectável, e em especial desejável, para todos os restantes concorrentes.

Salvo erro, na história da democracia bateu-se o record de partidos e / ou organizações participantes (21), assim como o número dos que conseguiram ter assento no Parlamento: 10!

A maioria de nós dirá que quanto mais diversidade de opiniões houver, melhor será para o debate de ideias e a democracia, mas o que em nada ajuda a democracia, bem pelo contrário, é a abstenção, cujo record foi mais uma vez batido; negativo e preocupante record, sem dúvida!

Com o chavão-base de que os partidos são todos a mesma coisa e os políticos que neles gravitam, directa ou indirectamente, são quase todos maus e corruptos, há quem continue a apelar à abstenção, como remédio para tais males.

Não é este o nosso entendimento e cremos que quem defende estas ideias só pode ter uma agenda escondida por trás ou então ser um completo inconsciente, porque nunca a abstenção resolverá os problemas que afectam o grosso da sociedade portuguesa e cuja culpa atribuímos exclusivamente aos políticos. Ora, também na nossa modesta opinião, isto não é inteiramente verdade e, analisando friamente o panorama vigente, os abstencionistas, tanto mais que a maioria o será por comodismo, têm quase tanta culpa do que se passa como os políticos que acusam de todos os males, pois que se demitem voluntariamente das suas responsabilidades como cidadãos de pleno direito, que deviam ser e só não são porque não querem.

Mas voltemos ao rescaldo eleitoral. Sendo certo que se repete um governo minoritário do mesmo partido, todavia, dá-se aqui um paradoxo: esse partido saiu bastante reforçado nestas eleições, mas provavelmente irá ter mais dificuldades em governar do que anteriormente, pois deixou de ter o apoio implícito dos partidos à sua esquerda e se, a estes, a certo momento, der a “veneta” de actuarem como o fizeram em 2011, lá se vai o governo pelo “cano abaixo”…

Por falar no governo e voltando aos recordes, este também bate um por larga margem: tem 70 elementos, desde o 1.º ministro aos secretários de estado. Será bom? Será mau? As opiniões dividem-se, mas só o futuro o dirá.

Por falar em opiniões, não há “bicho careto” que não tenha a sua, mas, infelizmente, a isenção e o distanciamento andam quase sempre arredados. Isto é, contar-se-ão pelos dedos de uma só mão os ditos politólogos e comentadores da nossa praça capazes de debitar uns “bitaites” sem a camisola partidária vestida. De qualquer quadrante político, frise-se. Numa última análise a este novo governo, ficamos numa grande expectativa acerca do que vai sair duma tal Secretaria de Estado de Recursos Humanos e Antigos Combatentes (!!!). Olá, lá! A que propósito é que os COMBATENTES serão aqui metidos?! Não queremos influenciar ninguém, mas nós vamos esperar sentados…

Terminamos com a indicação dos últimos eventos do Núcleo:

- 12 de Novembro: na sala do Capítulo do Mosteiro, invocação do Armistício - Homenagem aos Combatentes da 1.ª Grande Guerra, com honras militares e aberto ao público.

- 15 de Novembro, na colectividade do Casal do Marra, comemoração do Dia de São Martinho, com a habitual e muito especial “castanhada”.

Para o futuro, lembramos o dia 14 de Dezembro, a partir das 10H00, na Marinha Grande: Festa de Natal dos Núcleos do Centro Litoral Oeste (Alcobaça, Batalha, Caldas da Rainha, Leiria, Marinha Grande (organizador), Peniche e Rio Maior. As inscrições para participar podem ser feitas no Núcleo.

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Centro Hospitalar de Nossa Senhora da Conceição R. Principal, 26 • Brancas 2440-090 Batalha

Tel. 244 769 430 www.centrohospitalarbatalha.com

.impressões. Por Luísa M. Monteiro

Costumo tomar café na esplanada - do café - pois há silêncio da parte de fora das vidraças e, como já tenho dito, o silêncio para mim é fundamental. Porém o tempo arrefece, as frases que leio parecem entrar agora com maior dificuldade. Falta-lhes a temperatura normal, às frases, aquela em que lidas serão entendidas, assimiladas. Nem calor nem frio; há uma temperatura ideal para a leitura. Aperto o casaco, aconchego o lenço ao pescoço e deixo-me estar. Prefiro a esplanada, ainda assim mesmo fria (apesar de coberta, mas estamos no Inverno) ao interior e à sua música pop logo pela manhã. — «Eh lá, estamos na discoteca!” disse eu há dias, ao entregar o tabuleiro. Além de mim, ali, quase sempre apenas aquele homem - bem vestido, elegante - e o seu filho de dez anos. Tomam o pequeno-almoço em harmonia; nas férias, lembro-me bem, o filho lê um livro, e o pai, de olhos fixos no jornal, ergue de vez em quando os olhos para lhe explicar alguns significados. Ali estão os dois, quase sempre os dois, os dois e eu.

Naquele dia porém sentou-se à minha frente um grupo de raparigas adolescentes, e efervescentes; uma delas, a mais exuberante de todas, usava o vernáculo como quem bebe um copo de água, mas nem era a questão do vernáculo, ela que se exprima como bem entender, está no seu grupo, era o tom - usava-o em voz alta, em voz demasiado alta, o que evidentemente incomodava o meu silêncio - o meu, e o daquele pai, e o daquele filho. Uma colega da rapariga fazia-lhe no entanto de vez em quando um sinal com os olhos dando-lhe a entender que ela estava a incomodar pessoas estranhas ao seu grupo, mas rapariga não se calava. Disse o menino de que falei, às tantas e eu a ouvir: «Ela deve estar a armar-se em esperta, não é pai?». O pai ergueu serenamente os olhos do jornal. Olhou para o filho. Nada disse.

.JuntaInforma. Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira

Caros amigos Golpilheirenses, A Junta de Freguesia, em bom diálogo com a Câmara Municipal da Batalha, transmitiu o seu contributo relativamente às delimitações da ARU (Área de Reabilitação Urbana) da nossa Freguesia.

Foi proposta por esta Junta a integração no Plano de Actividades do Município de algumas obras consideradas prementes para a Freguesia.

Com o intuito de resolver situações mais urgentes, relativas a iluminação e outros aspectos relacionados com arruamentos, solicitou esta Junta o apoio do Município da Batalha, tendo parte dessas situações sido já resolvidas, encontrando-se outras a aguardar resolução. Agradecemos a disponibilidade demonstrada pelo Sr. Vereador Germano Pragosa.

No passado dia 17 de Novembro, comemorou-se mais um “Dia da Freguesia”, inserido na 25.ª Semana Cultural da Golpilheira. A Junta de Freguesia agradece a presença de todas as forças vivas que contribuíram para que o dia fosse ainda mais especial. Gostaríamos ainda de agradecer ao Centro Recreativo da Golpilheira a amável cedência do espaço para a realização do evento, uma vez que as condições meteorológicas não permitiram que o mesmo se realizasse no largo da Junta. Como já é habitual, a Junta ofereceu porco no espeto a todos os presentes. Resta-nos desejar a todos um Santo Natal e Próspero Ano Novo!

O Executivo da Junta de Freguesia

Ana Maria Henriques Médica Interna .saúde.

Outras vacinas

Desde a descoberta da vacina da Varíola, em 1789, que revolucionou a saúde da Europa, muita investigação se tem feito neste campo e muitas vidas se salvaram com as vacinas administradas. A evolução da ciência faz com que a descoberta, a introdução no mercado, a comparticipação pelo Estado e a introdução no Plano Nacional de Vacinação (PNV) seja um processo demorado e não adequado para todas as vacinas. Actualmente, existem várias vacinas que são recomendadas em determinadas circunstâncias, mas que não fazem parte do PNV. A vacina contra a infecção por Neisseria meningitidis serotipo tipo B é muito segura e eficaz contra a meningite causada por esta bactéria. Este tipo de meningite é responsável pelas complicações mais graves e é um dos serótipos mais frequentes. São administradas duas ou três doses (consoante a idade de início), com um reforço. Esta vacina é comummente recomendada para todas as idades. A meningite também pode ser causada por outros serótipos, sendo que o W esteve muito presente em notícias recentes. Este é muito menos frequente em Portugal, mas a vacina também está disponível, protegendo contra os serótipos A, C, W-135 e Y, em duas doses com um reforço.

As gastroenterites são doenças muito comuns e aparentemente ligeiras. Infelizmente, algumas destas infecções causam desidratações que até podem levar ao internamento da criança. Assim, existem no mercado duas vacinas contra os principais vírus que causam as gastroenterites, com duas ou três tomas de gotas orais. A sua administração leva a infecções menos graves e com menos consequências.

A varicela é uma das doenças da infância mais usuais e geralmente com uma evolução rápida e benigna. Mas em alguns casos, esta doença pode complicar e levar a infecções outros locais do corpo (pulmão, cérebro...) ou infeções graves das borbulhas características. Sendo que a vigilância e os cuidados de higiene são as principais medidas para prevenir estas complicações, em algumas pessoas a vacina está recomendada. Aos adolescentes

José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário .agricultura.

Casta Crato Branco

Esta casta de uvas é bem conhecida no mundo vitícola algarvio, com pequenas parcelas de vinhas com mais de 60 anos. A casta também foi cultivada na Beira Alta, nomeadamente, em Figueira de Castelo Rodrigo, com o nome de Alvadurão, Côdega ou Crato Branco. No Alentejo tem o nome de Síria ou Roupeiro. Já foi a casta branca mais plantada na região alentejana, mas, segundo os enólogos “verificou-se que as temperaturas demasiado elevadas do Alentejo não eram benéficas para esta casta: os vinhos não tinham frescura, boa acidez e perdiam os aromas rapidamente”. O Crato Branco ou Síria é uma casta muito produtiva de cachos e bagos pequenos. Apesar de ser bem resistente ao oídio e ao míldio, é bastante sensível à podridão. Os vinhos produzidos com esta casta são delicados, frescos e elegantes.

Segundo um enólogo amigo, do Algarve, esta casta dá vinhos e adultos que ainda não manifestaram a doença esta vacina é administrada em duas doses.

A vacina da gripe é fornecida gratuitamente a todos as pessoas com mais de 65 anos, a algumas pessoas com doenças crónicas e aos trabalhadores nos serviços de saúde. Em crianças, também pode ser administrada, sob a forma de uma vacina anual.

Em alguns países, doenças como a hepatite A e a Febre Amarela são muito comuns e se alguém se deslocar em viagem para estes países é recomendado fazer a vacinação, incluindo crianças. Actualmente, a vacina da febre amarela é fornecida numa toma única. Para a imunização contra a hepatite A são administradas, por norma, duas doses.

Estas vacinas não incluídas no PNV devem ser recomendadas pelo médico assistente, pois este é quem melhor conhece a pessoa e que consegue recomendar as vacinas mais adequadas. Cumprir com estas indicações é essencial para que a vacinação continue a ser uma das melhores armas contra algumas das doenças infecto-contagiosas.

com as seguintes características, numa parcela pequena com mais de 60 anos: 12% em volume de álcool; conservação a 16°C; servir entre 12-14°C; bom companheiro de caldeirada de peixe, arroz de marisco ou queijo de cabra do Algarve; cor ligeiramente dourada; aroma com notas florais, minerais e levemente frutado a lembrar marmelo; na prova, macio, cremoso e mineral, com final ligeiramente salgado.

Aos nossos clientes e amigos desejamos Santo Natal e Próspero Ano 2020

Tintas Drogaria Ferragens Ferramentas Materiais de Construção Tel. 244 766 105 Telem. 919 194 756 Casal da Ponte Nova 2440 BATALHA

.rumos&andanças. Márcio Lopes Docente do IPLeiria

A Igreja Velha e a Igreja Paroquial de São Miguel nas Colmeias

Conceptualmente, sendo a religião uma consciência colectiva e criadora de um sistema de crenças e práticas sagradas, parece que na cultura ocidental contemporânea deu-se uma ruptura entre o Homem e o divino (Meslin, 2014). Uma espécie de humanismo ateu que proclama a morte de Deus. Na obra «Homo Deus, História Breve do Amanhã», o autor, Yuval Noah Harari, anuncia que a morte de Deus decorre do desenvolvimento científico e económico das sociedades, i.e., a partir do domínio do Homem sobre a fome, as epidemias e as guerras, tornando, assim, o apelo ao divino desnecessário. Se todas as teses anunciadoras da morte de Deus fossem a expressão da verdade, a religião perderia a sua função milenar de coesão sociocultural e de alguma regulação ética nas relações humanas. De certo modo, a religião já não é o sistema vigente de interpretação do mundo. Mas a exigência religiosa ainda se mantém viva no espírito humano e nas colectividades como é o caso das Colmeias.

Segundo Gaspar (2004), Colmeias deriva da evolução linguística de Colmenas e Colmêas, e que teve a sua origem no desaparecimento da vila de Alcovim. Sabendo que nesta época as freguesias correspondiam às paróquias, há documentação coeva que certifica a existência da paróquia das Colmeias em 1128. Nas imediações de Alcovim, D. Afonso Henriques mandou construir um castelo, enquanto linha de defesa contra os mouros entre Tomar e Soure. A este lugar, chamavam-no de Crasto – que significa pequeno povoado fortificado.

Ainda de acordo com Gaspar (2004), ignora-se o ano da edificação da Igreja Velha. O mesmo autor, citando o padre Manoel Rodrigues de Faria, refere que até ao ano de 1320, a igreja paroquial situava-se perto de Lagares. E que, depois desse ano, foi transferida para a Igreja Velha. É sabido ter pertencido à quinta dos frades Crúzios de Coimbra. Há cerca de 600 anos, chegou a ser Igreja Matriz da freguesia. Entre 1750 e 1767, foi transferida para a Eira Velha, onde é hoje a Igreja Paroquial de São Miguel. A Igreja Velha passou a ser dedicada a Nossa Senhora da Piedade. A Igreja Paroquial de São Miguel foi construída no ano de 1767 e é, Igreja paroquial

desde então, a sede da paróquia das Colmeias.

Esses dois templos, a Igreja Velha e a Igreja Paroquial, que, ao longo dos últimos 600 anos partilharam o epicentro religioso da freguesia, criaram uma certa cisão de identidade religiosa entre a população local. A população residente mais a norte da freguesia exerce a prática do seu culto e mantém uma maior identidade religiosa com a Igreja Velha e não propriamente com a Igreja Paroquial de São Miguel. Ou seja, nas Colmeias, Deus não

Foto do autor Igreja Velha está morto, mas enforma duas consciências colectivas em espaços distintos. Dentro da mesma freguesia, com pouco mais de três mil habitantes, parece haver duas coesões socioculturais. Uma coesão secular em redor da Igreja Velha, e outra com devoção a São Miguel na zona mais central da freguesia.

Bibliografia Gaspar, S. (2004), Colmeias: uma origem, um espaço, um caminho. Ed. Folheto. Meslin, M. (2014), Fundamentos de Antropologia Religiosa. A experiência humana do divino. Ed. Vozes.

.templosda nossaterra. José Eusébio Médico veterinário

Igreja das Brancas

Esta igreja está situada na freguesia da Batalha, tendo sido construída em 1690, segundo inscrição datada na mesma e no local.

A Padroeira é Nossa Senhora da Conceição, também chamada de Imaculada Conceição. Festeja-se Nossa Senhora da Conceição, nas Brancas, no dia 8 de Dezembro.

A festa da Imaculada Conceição, comemorada no dia 8 de Dezembro, foi inscrita no calendário litúrgico pelo papa Sisto IV, em 28 de Fevereiro de 1477, sendo dia santo de guarda em toda a Igreja. A Imaculada Conceição ou Nossa Senhora da Conceição é, segundo o dogma católico, a concepção da Virgem Maria sem mancha do pecado original.

A Igreja Católica também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.

Fotos do autor

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Filipa Silva

Solicitadora

Agente de Execução

Estrada de Fátima, n.º 16-B, R/C Esq. 2440-100 Batalha Telm. 910 865 979 | Tel./Fax 244 765 466 4830@solicitador.net

• 29 Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019 Cristina Agostinho .gastronomia. Uma refeição não é apenas ingerir alimentos, cozinhar não é apenas confeccionar uma refeição. Uma refeição será um momento de partilha sempre que cozinhar for um acto de amor! Este é um espaço de partilha de saberes e experiências gastronómicas, sejam elas receitas tradicionais, culturas diferentes e porque não novas combinações e práticas de comidas saudáveis. Envie as suas sugestões para: mesa@ jornaldagolpilheira.pt Cumprindo o propósito deste espaço de partilha de saberes e experiências gastronómicas, esta edição de Natal conta com a especial colaboração dos alunos do 3.º ano do Curso Técnico de Restauração – variantes cozinha/ pastelaria, pastelaria/padaria e restaurante/bar – da Escola de Hotelaria de Fátima, INSIGNARE – Associação de Ensino e Formação. As actuais premissas de sensibilização da consciência ambientalista integram várias áreas, nomeadamente profissionais, responsabilizando cada um individualmente e a todos em grupo. Neste sentido, a restauração não é excepção e, integrados nesse debate de práticas individuais de sustentabilidade, foi proposto aos alunos elaborar uma ementa temática de Natal. Pretendemos tradição e inovação, alegria, elegância e simplicidade, abundância e sustentabilidade… Começam a surgir ideias, partilhamos e debatemos e, por fim, chegamos a acordo: vamos preparar uma sugestão para a noite de Natal! temas À mesa! Proposta natalícia (com a Insignare)

Numa primeira fase, compomos a ementa, escolhendo minuciosamente cada prato, com particular atenção aos ingredientes a seleccionar, escolhemos as bebidas e planeamos a decoração. A escolha das toalhas, guardanapos, o serviço de loiça, os copos, os talheres, bem como alguns apontamentos de decoração são parte integrante do momento da refeição. Para esta noite tão especial, escolhemos a cor branca como base de decoração (toalha e louças), conjugada com vermelho (tête-à-tête) e com apontamentos naturais e verdes (decorações).

Numa segunda fase, passámos à realização prática da ementa e sua degustação…

Aperitivos e amûse-bouche À chegada dos convidados, tenha uma mesa decorada e pronta com alguns frutos secos, como nozes, amendoins, pistácios, caju, azeitonas, uma tábua de presunto laminado e alguns queijos. Prepare também algumas bebidas simples, por exemplo: água, sumo de laranja e vinhos licorosos de Moscatel e Favaios. Entretanto, prepare as tostinhas com queijo de cabra fresco esmagado e envolvido com doce de ameixa salpicado com cebolinho cortado finamente e sirva também salmão fumado enrolado com rúcula em bread stick salgado e aromatizado com vinagre balsâmico.

Comece a preparar um brinde para cada convidado. Num copo, tubo ou flûte, coloque uma parte de Licor Beirão e duas de sumo de laranja fresco, coloque uma cereja cristalizada e uma folha de hortelã.

Entrada

Para entrada, iremos fazer uma salada fria de bacalhau. Depois de ter previamente demolhado, enxugue, limpe de peles e espinhas e desfaça o bacalhau em pequenas lascas. Numa travessa bonita de servir, junte as lascas de bacalhau, o grão cozido, a cebola roxa picada finamente e azeitonas sem caroço. Tempere com pimenta, azeite, vinagre e salsa picada. Por fim, decorre com croûtons de broa de milho e sirva acompanhado de um vinho branco, seco com algumas notas de madeira, bem fresco.

Prato principal

A escolha deste prato foi unânime: peru recheado!

Colocamos na véspera (dia 23 de manhã) um peru mergulhado em água, temperado com laranja e limão, cortado aos quartos, alhos, louro e sal. No dia 24 pela manhã, retire o peru da água e desosse, pelas costas, a carcaça do peru. Para temperar o peru, prepare uma marinada: esfregue o peru com massa de pimentão, sal, alho, tomilho, louro, alecrim, azeite, limão e vinho branco e deixe repousar até à hora de colocar no forno. Comece o recheio levando um tacho ao lume com azeite, cebola e alho picado e cenoura aos pedacinhos. J u n t e u m peito de peru e entremeada de porco p i c a d o e frite levem e n t e . Retire do lume, junte chouriço picado, castanhas partidas, azeitonas e tempere com sal e pimenta. Reserve no frio.

Contando que o assado deverá demorar entre 2 a 3 horas no forno, quando achar oportuno, coloque num tabuleiro cebolinhas, batatinhas, cenouras e junte por fim o peru com o recheio e composto como inteiro (segure com palitos ou paus de espetada se necessário).

Regue com a marinada e leve ao forno. Se começar a ficar tostado antes de estar totalmente assado, cubra com pelicula de alumínio. Acompanhe com grelos salteados com alho e broa e um arroz branco com milho.

Entretanto abra e sirva um bom vinho tinto, um vinho encorpado de carácter mineral.

Fotos DR

Sobremesas • Ananás Caramelizado

Descasque um ananás. Faça uma calda com partes iguais de água e açúcar e junte um pau de canela. Coloque o ananás num tabuleiro de ir ao forno, regue com a calda e leve ao forno a 180ºC durante 1 horas, regando de vez em quando com a calda. • Semifrio de citrinos

Misture 1 litro de natas com 200g de açúcar em pó. Adicione 500g de mascarpone e sumo de uma lima, um limão e uma laranja bem como as respectivas raspas. Adicione 6 folhas de gelatina amolecidas. Prepare uma gelatina para colocar no meio do creme com 250g de mel, sumo dos três citrinos, 2 colheres de sopa de Aperitivos e amûse-bouche • Tostinhas com queijo de cabra fresco esmagado e envolvido com doce de ameixa salpicado com cebolinho • Salmão fumado enrolado com rúcula em bread stick salgado aromatizado com vinagre balsâmico Entrada • Salada fria de bacalhau com grão, cebola-roxa e croûtons de broa Prato principal • Peru recheado assado no forno com cebolinhas, batatas, cenouras e acompanhado com grelos salteados com alho e broa e arroz branco com milho. Sobremesa e doces • Ananás caramelizado • Semifrio de citrinos • Gelado de frutos silvestres • Mousse Soufllée mi-cuite au chocolat • ... e mais: sonhos, rabanadas, bolo-rei, tronco de Natal...

leite condensado e 3 folhas de gelatina. Ferva tudo e coloque num molde a congelar. Prepare a base com bolachas de gengibre, manteiga e pistácios (triturados). Numa forma própria para semifrio coloque a base, a gelatina ao meio e encha com o creme. Leve ao frio e decore a gosto. • Gelado de frutos silvestres Comece por colocar os frutos (200g de amoras, framboesas, mirtilos…) num recipiente, junte-lhes 100g de açúcar e umas gotas de essência de baunilha. Com a ajuda de uma colher de pau, vá esmagando os frutos até a maior parte da fruta estar transformada numa polpa líquida. Entretanto, num recipiente à parte, bata muito bem 100ml de natas, junte 100ml de leite e a polpa de frutos. Misture tudo muito bem. Leve ao congelador e espere até se começarem a formar cristais de gelo. Retire e bata com um garfo ou uma batedeira, até quebrar todo o gelo. Ponha de

novo no congelador mais por 2 as 3 horas, retirando de meia em meia hora para bater e desfazer os cristais de gelo. • Mousse Soufllée mi-cuite au chocolat

Derreta 150g de chocolate com 80g de manteiga em banho- -maria. Com muito cuidado adicione 5 gemas de ovo. À parte bata em castelo 5 claras de ovo com 100g de açúcar em pó. Envolva delicadamente as claras batidas com a mistura de chocolate derretido. Unte taças individuais de ir ao forno com açúcar em pó e coloque o preparado. Leve ao forno a 180ºC durante 3 minutos. Sirva quente com uma bola de gelado de frutos silvestres. • ...e mais

Faça a sua escolha de sobremesas e acompanhe com uma Colheita Tardia branca bem fresquinha. Por fim, terminamos a refeição com um café, ou chá, colocando na mesa ainda: sonhos, rabanadas, tronco de Natal e bolo-rei. Não esqueça de oferecer uma boa escolha de digestivos e aguardentes…

Bon appétit e Bom Natal, mes chers!

. curiosidades dopassado.#19

. história . Saul António Gomes Historiador

Joaquim Santos Jornalista e investigador

Lendas da Batalha - 3

Cortes na estrada do Reguengo originaram presos políticos de Leiria

A prisão de cidadãos de Leiria e da Batalha que eram suspeitos de envolvimento no movimento revolucionário, nos cortes de fios telegráficos e da estrada do Reguengo, fez com que existissem presos políticos. A 24 de Julho de 1928, o jornal “A Semana de Leiria” quis ir saber como estavam estes prisioneiros, entrevistando o Comissário de Polícia.

“Presos políticos – A’s 16 horas de ontem tivemos com o Exma. Comissário de Polícia, o seguinte diálogo:

- O que poderemos noticiar sôbre os presos políticos de Leiria? - Nada. Conservam-se ainda incomunicáveis. - Poderemos, ao menos, informar os nossos leitores sôbre o motivo a que obedeceram as prisões?

- Sim senhor. Suspeita de estarem envolvidos no último movimento revolucionário e de terem responsabilidades nos cortes de fios telegráficos e da estrada do Reguengo. - Mais nada? - Mais nada. Logo que se apure tôda a verdade o público será devidamente informado.

- Até quando será mantida a incomunicabilidade? - Depende dos presos se resolverem a falar. Seguimos, já de resto, uma pista que deverá abreviar as investigações.”

Autor desconhecido, (1928, 24 de Julho, n.º4), Presos políticos, A Semana de Leiria, p.1 Vários episódios revelavam a cobiçosa natureza humana. O derrube da bandeira castelhana foi reivindicado diante de D. João I, que “se sorrio sem dizer nada”, por Antão Vasques de Almada, que se embrulhou nela e foi bailar assim para diante do monarca, e por Lourenço Martins do Avelar. Muitos havia que se ufanavam de terem salvo a vida do rei português, aparando-lhe o golpe fulminante que contra ele desferira o cavaleiro Sandoval, posto que D. João I tenha reconhecido o feito ao escudeiro Martim Gonçalves de Macedo. Heróica morte teve o português que perseguiu o rei castelhano e, alcançando-o em Chiqueda, onde o agarrou, pagou com a vida tal ousadia. Aí estava um honrado cavaleiro castelão que decidiu regressar ao campo da batalha para morrer ao lado dos seus. Um outro cavaleiro castelhano deixou-se prender por um pajem, preferindo ser preso por ele do que morto pelo melhor

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homem de armas.

Muitos chegavam-se a D. João I, também, para lhe avocarem mercês e retribuições. E o rei mostrava-se generoso e dadivoso. Uma história curiosa foi a do aldeão dos Palmeiros, homem de uns 40 anos de idade, que combateu por Portugal, valente e esforçado, usando uma espada curta e uma besta de garrucha. Com ela matara alguns castelhanos e “por façanha com sangue delles se emlabusou, e untou todo, e assi emlabusado com o sangue se foi diante donde elRey esta[va], desendo: - Senhor aqui tendes quem vos matou vossos ymigos e nossos. E desto pesso- -vos que me façais mercês. ElRey lhe disse, rindo: - Que quereis, homem honrado ? - Eu, Senhor, nom quero mais que me façais mercê de todos os matos e terras devolutas que esta minha besta com hum tiro alcançar de huma e outra parte daquelle oiteiro, que nam tem dono, e sam matos. E os

de Leiria me empedem, os do governo, que os nom rompa. E o que digo o de ser de quatro virotoins, que eu tirar cada hum para sua parte. ElRey falando com os seus lho concedeo. Elle se foi ao logar donde agora chamam Mouratos, que antam nom avia mais que um casal. Tambem eram matos as terras onde se chama oje os Cancellos [Cancelas]. Todas estas terras, de quatro tiros, que tirou do dito outeiro. O melhor hé a terra dos vinhos, que tudo era seu e agora está repartido em differentes herdeiros, assi por herança, como por via de venda. E ahi nom entrava almotacel. E toda a gente que daqui procede se chama da geraçam dos Besteiros, que oje ainda há pello termo.”

Miguel Portela Investigador . história .

António Joaquim de Freitas, arquiteto da capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo, em Maçãs de Dona Maria

Em 28 de dezembro de 1753, foi lavrada em Coimbra, uma escritura de contrato e obrigação da obra da capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo em Maçãs de Dona Maria que fez o reverendo doutor Manuel Rodrigues Teixeira, tesour eiro-mor da Catedral de Coimbra a António Joaquim de Freitas, “Arquiteto de Obras, natural do Couto e lugar de V erride, junto a Monte Mor o Velho e morador na Couraça de Lisboa desta dita cidade” (doc. 1). Pelo reverendo Manuel Rodrigues Teixeira foi dito que, por devoção, mandava edificar uma capela em Maçãs de Dona Maria junto às casas de seu sobrinho José António Alveres Pimentel T eixeira, capitão-mor das Cinco vilas de Chão de Couce. Esta capela compreendia o seu frontispício, patim, lajeamento, cimalha, sacristia e campanário entr e outras condições constantes na planta e nas quatro estampas feitas pelo referido arquiteto.

António Joaquim de Freitas afirmou, nesta escritura, que “tinha ajustado fazer este a mesma obra toda pelo que toqua a pedreiros correndo também por sua conta todos os matriais e toda a mais despeza exceto andaymes e abertura de aliserses como tudo melhor se declara nos ditos apontamentos”, tudo “em presso de trezentos mil reis a saber doze moedas de quatro mil e outocentos reis cada huma pagas a factura desta escreptura e o mais satisfeito por partes asim como for cresendo a obra e a proporsam della em forma que chegando ao meyo se complecta a metade do dito presso e para o fim da mesma fique a intrega de sem mil reis”. A obra foi executada em cinco meses tendo sido iniciada em abril de 1754 e concluída em agosto desse mesmo ano. Em setembr o de 1755, o reverendo Manuel Rodrigues Teixeira requereu à Câmara Eclesiástica de Coimbra licença para benzer esta sua capela que mandara erigir e que se encontrava terminada (doc. 2).

Esta capela encontra-se hoje restaurada (2019), exibindo ainda o seu esplendor barroco, digno de ser visto, sendo uma das poucas obras subsistentes do arquiteto António Joaquim de Freitas na diocese de Coimbra. Fazemos votos para que no próximo ano se celebrem com pompa e circunstância os 265 anos da edificação desta capela.

APÊNDICE DOCUMENTAL

DOCUMENTO 1 1753, dezembro, 28, Coimbra – Contrato de obrigação que fez o reverendo doutor Manuel Rodrigues Teixeira, tesoureiro-mor da Catedral de Coimbra e o arquiteto António Joaquim de Freitas para a obra da Capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo em Maçãs de Dona Maria.

Arquivo da Universidade de Coimbra, Cartório Notarial de Coimbra, Livro de Notas n.º 9 [1753-1755], do notário Manuel Francisco dos Santos, Dep. V-1ªE-8-5-79, fls. 112-113v.

nesta cidade ao Reverendo Doutor Provizor da mesma e seu Bispado. Saibam quantos este publico instromento de contracto e obrigasam e aseitasam ou como em Direito melhor dizer se possa virem que sendo no anno de mil setecentos sincoenta e tres aos vinte e outo dias do mes de dezembro do dito anno nesta cidade de Coimbra e cazas da rezidencia do Reverendo Doutor Manoel Rodrigues Teixeira, Thezoureiro Mor da Catedral desta mesma cidade, Provizor deste Bispado aonde eu Taballião vim chamado por Destrebuisão para o cazo deste instromento e me consta do bilhete do Destrebuydor do theor seguinte: § A. Santos // Obrigasam que fas António Joachim de Freytas asistente nesta cidade ao Reverendo Doutor Provizor desta cidade e Bispado em quinze de dezembro de setecentos sincoenta e tres. Destrebuyda no Livro a folhas sesenta e outo versso // [fl. 112v] Versso // Carvalho // E não se continha mais em o dito bilhete que aqui copiei na verdade do próprio a que me reporto ahy estando elle prezente de huma parte e da outra o dito António Joachim de Freitas, solteiro, Arquiteto de Obras, natural do Couto e lugar de Verride, junto a Monte Mor o Velho e morador na Couraça de Lisboa desta dita cidade, ambos pessoa conhecidas de mim Taballião de que dou feé serem os próprios. E logo pelo mesmo Reverendo Doutor Manoel Rodrigues Teyxeira foy dito na prezensa das testemunhas no fim desta nota asinadas que elle por devosam sua detriminava eregir huma Cappella com a invocasam do Santicimo Corasão de Jezus e da Senhora do Emparo na villa de Masãns de Dona Maria junto as cazas do demecillio de seu sobrinho Joze António Alveres Pimentel Teixeira, Cappitão Mor das Sinco Villas de Chão de Couce sendo feita com seu fronteespicio, patim, lagiamento, simalha, tabollamento, Sanchristia, Campanário e mais sircunstancias figuradas no risco e planta da dita obra que se acha em quatro estampas, huma da planta planta [sic] e outra da elevarsam e frontespicio outra chamada configurasão na qual está a forma do dito Campanario, e outra que contem as formas das jenellas, portas emtrioures, simalha e tachourros para o couro como também declaradas em dous papeis de apontamentos ambos asinados com as ditas quatro estampas por elle Reverendo Doutor Provizore e o dito António Joachim de Freytas cujos sinais sendo por mim vistos nos mesmos papeis de apontamentos e estampas eu Taballião reconhesso por serem feitos na minha prezensa com o qual António Joachim de Freytas outrosim dise tinha ajustado fazer este a mesma obra toda pelo que toqua a pedreiros correndo também por sua conta todos os matriais e toda a mais despeza exceto andaymes e abertura de aliserses como tudo melhor se declara nos ditos apontamentos e isto em presso de trezentos mil reis a saber doze moedas de quatro mil e outocentos reis cada huma pagas a factura desta escreptura e o mais satisfeito por partes asim como for cresendo a obra e a proporsam della em forma que chegando ao meyo se complecta a metade do dito presso e para o fim da mesma fique a intrega de sem mil reis sendo primeiro vista e aprovada a tal obra a custa do dito António Joachim de Freytas por mestre perito e dezemteresado que elegerá elle dito Reverendo Doutor Provizor e concorrendo mais a sercunstancia de que o mesmo Arqueteto háde principialla nos princípios de abril do anno próximo feturo de mil setecentos e sincoenta e quatro e dalla perfeitamente conclu- // [fl. 113] Concluyda na sobedita forma athé o fim de agosto do mesmo anno com cominasão de que não a fazendo asim ficara perdendo o dio ultimo pagamento de sem mil reis e poderá elle Reverendo Doutor Provizor fazella e acabar e aprefeisoar na mesma forma por quaisquer Mestre e Offeciais que lhe pareser a custa do dito António Joachim de Freytas de quem somaria e executariamente haverá a importância da despeza e de toda a perda que lhe rezultar de elle a não concluhir no dito tempo e o mesmo Reverendo Doutor Provizor ou qualquer de seos herdeiros ou susesores se fallecido for declarar por seu juramento sem dependência de mais liquidasão alguma com as quais clauzullas e condessõis todas estava celebrado o dito contracto que o mesmo Reverendo Doutor Provizor dise se obrigava comprir por sua pessoa e rendas na parte que lhe tocava e em vertude delle logo na minha prezensa e das ditas testemunhas contou as referidas doze moedas de quatro mil e outocentos reis cada huma e entregandoas ao dito António Joachim de Freytas este as recebeo dadose por satisfeito dellas como também confesando haver pela sua parte celebrado o referido contracto asim e na mesma forma que aqui ficava exposto por cujo motivo também pela parte que lhe tocava pormetia comprillo e dar satisfasão a elle a todas as suas clauzullas e condissõis por sua pessoa e todos seos bens e o melhor e o mais bem parado delles asim em geral como em especial pormetendo mais nunqua a impregnar ou contradizer por modo algum ainda na mais leve clauzulla ou sircunstancia em Juizo ou for a delle no qual chegando a ser demandado ou algum de seus herdeyros ou sucessores por laguma couza que diga respeito ao dito contracto não será ouvido com requerimento algum sem primeiro depozitar na mão do mesmo Reverendo Doutor Provizor ou de seus herdeyros ou sucessores que ententarem acção toda a quantia que nesta lhe for pedida a qual clauzulla depozitaria eu Taballião escrevy de comsentimento do dito António Joachim de Freytas que depois de lha explicar dise munto bem entendia declarando alem disto que sobre qualquer acção ou requerimento ao mesmo fim se obrigava responder no Juizo Geral desta cidade ou no Ordinario da dita villa de Massans de Dona Maria ou em qualquer outro que elegese o Reverendo // [fl. 113v] o Reverendo Doutor Provizor ou qualquer de seus herdeyros e sucessores para o que dise renunciava o Juis de seu foro e quaisquer privellegios ou exzecusõis que por qualquer modo posam competirlhe e queria que em tudo se prosedese contra elle ou seos herdeiros e sucessores a maneira das dividas reais vindo a concluhir que pelo melhor modo de Dieirito se sugeitava a todas as clauzullas e condessõis desta escriptura que ultimamente dise o mesmo Reverendo Doutor Provizor aseitava em geral e especialmente a depozitaria declarando mais ambos juntos que as estampas referidas ficavão em poder do dito António Joachim de Freytas que parante mim e as ditas testemunhas as resebeo juntamente com hum dos ditos dous papeis de apontamentos ficando o outro na mão do dito Reverendo Doutor Provizor para ambos se regularem pelas tais estampas e apontamentos e a vista delles se rever a dita obra e que para prova de que o mesmo António Joachim de Freytas fose mais resebido alem das ditas doze moedas de ouro bastaria mostrarse recibo particular asinado por elle e por duas testemunhas ou ainda por elle somente de que tudo mandarão fazer este instromento neste meu Livro de Notas em que elles asinarão Capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo em Maçãs de Dona Maria.

Vista sobre a parede da antiga casa do capitão José António Alveres Pimentel Teixeira e da capela da invocação do Santíssimo Coração de Jesus e Senhora do Amparo. DR DR

de que pedirão e consederão hum deste theor e os mais que desta comprirem que aseitarão e eu Taballião como pessoa publica estepulante e aseitante o estepulei e aseitei em nome de quem tocar tanto quanto em Direito posso e devo e a tudo forão testemunhas prezentes o Padre Manoel do Espirito Santo e Souza e o Padre Jozé Ribeiro da Gama ambos moradores nesta cidade na freguezia do Salvador da mesma que todos aqui asinarão depois que este lhe foy lido por mim Manoel Francisco dos Santos Taballião o escrevy. (a) Manoel Rodriguez Teyxeira (a) António Joaquim de Freitas (a) O Padre Manoel do Espirito Santo e Souza (a) O Padre Jozé Ribeiro Gama

DOCUMENTO 2 1755, setembro, 6, Coimbra – Auto de requerimento que fez o reverendo Manuel Rodrigues Teixeira, provisor e tesoureio-mor da Sé Catedral de Coimbra para bênção da sua capela que mandou erigir junto às casas de seu sobrinho José António Almeida Pimentel Teixeira em Maçãs de Dona Maria. Arquivo da Universidade de Coimbra, Cabido e Mitra da Sé de Coimbra, Instituições Pias, Capelas, Caixa n.º 12, Dep. III-1.ºD-6-3-12, documento n.º 19, fls. 1-2v.

Massãns de Dona Maria. Autos de licença da Cappella que pede o Reverendo Manoel Rodrigues Teyxeyra Provizor deste Bispado cuja Cappella erigio na villa de Massães de Donna Maria.

Camera Anno de Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil setecentos sincoenta e sinco annos aos seis dias do mes de septembro do dito anno nesta cidade de Coimbra e no Cartório da Camera Eclesiastica.

// [fl. 1v] (fólio em branco)

// [fl. 2] A dita licença da Camera com a escritura se passe Comissão para o Reverendo Parocho benzer a Cappella mencionada, e declarar e poder celebar na mesma o Santo Sacrificio da Missa, prestando primeiro o dote para o termo na forma do stillo: Para a parte de Chancelaria que nos toca: Passo 5 de setembro de 1755. (a) Andrade

Excelentissimo e Reverendissimo Senhor Diz Manoel Rodriguez Teixeira, Provizor de V. Excelencia, e Thezoureiro Mor na sua Cathedral, que o supplicante com approvaçam verbal de V. Excelencia, erigio huma Cappella na villa de Massãas de D. Maria, junto das cazas, em que vive seu sobrinho Jozé António Alvarez Pimentel Teixeira, Cappitão Mor das 5 Villas, e para a fabrica della a tem dotado com os bens de raiz de superabundante rendimento, que constão da escriptura junta: E porque se acha decente, e hé da Invocaçam, do Santissimo Corassão de JESVS, e de Nossa Senhora do Amparo.

Pede a Vossa Excelencia se digne mandar que autuada, se tome também por termo ao supplicante o ditto dote, ao que satisfeito se passe licensa dirigida ao Reverendo Parocho, para benzer a ditta Cappella, e se poder nella celebrar, paga a Chancelaria,

Orações do Papa Francisco Darlei Zanon( org.) Este livro traz uma colectânea de orações que o Papa Francisco compôs nas mais diversas visitas e com várias intenções. Diz ele: “Jesus, na oração, não quer apagar o humano, não o quer anestesiar. Não quer que moderemos as perguntas nem os pedidos, aprendendo a suportar tudo. Pelo contrário, quer que cada sofrimento, qualquer preocupação, se projecte rumo ao céu e se torne diálogo”.»

Bênçãos para a família no Natal e Ano Novo Martín Alberto Sepúlveda Mora «Esta é a grande missão da família: deixar lugar a Jesus que vem, acolher Jesus na família, na pessoa dos filhos, do marido, da esposa, dos avós… Jesus está aí. É preciso acolhê-l’O ali, para que cresça espiritualmente naquela família.» – Papa Francisco.

Vamos a Belém Dário Pedroso, sj A realidade globalizante e consumista tornou o Natal, antes uma vivência cristã intensa e religiosa, num produto vendável e comercial. Deixou de ser a natalidade de um Deus-Homem para ser um tempo de festas pagãs, consumo desenfreado e, sem dúvida, desprovido de qualquer ligação cristã, e muito menos católica. É preciso, caros leitores e leitoras, voltarmos os nossos corações à mensagem cristã, e se quisermos fazer verdadeiramente uma guerra cultural e de volta às fontes, temos de estar sensíveis ao Evangelho, ao Magistério e aos valores cristãos. Evangelho lido na tradição Cristã – Ano A Pablo Cervera Barranco Neste livro, Pablo Cervera Barranco recolhe alguns textos da tradição cristã, desde os Padres da Igreja até autores actuais, com comentários ao Evangelho para o ciclo litúrgico A, que iniciámos neste Advento, seleccionando os Evangelhos de acordo com a sua pertinência litúrgica. Portugal, convoco-te para a missão! D. Manuel Linda Este livro é um convite a «reavivar o dom de Deus» (Tm 1,6) em cada filho e filha da Igreja. Os textos apontam para uma tomada de consciência «de uma Igreja em saída» e do «dinamismo missionário que crescerá tanto mais no interior das nossas Igrejas diocesanas quanto se reforçar no exterior e vice-versa. O que importa é que todos assumam a sua condição de baptizados. Porque inerente a ela está a dimensão de evangelizador. É esta tomada de consciência que confio à protecção materna de Nossa Senhora, “estrela da nova evangelização”». – D. Manuel Linda. O inquietante mistério Paulo Jorge Vaz Os escritos encontrados neste livro são expressões do amor pastoral do Pe. Paulo Borges Vaz, da diocese de Mindelo, Cabo Verde, ao povo, a Cristo, a Maria e à Igreja. Os textos ilustram as várias etapas da produção teológica e pastoral do presbítero, preparados para conferências, retiros e pregações. Possuem o «cheiro de ovelha» de um pároco, a «experiência de alma» de um pregador e o zelo apostólico de um homem de Deus. O fio condutor da leitura é sempre o inquietante mistério que nos foi revelado: o Filho de Deus encarnado e manifestado na história para a libertação plena e definitiva da pessoa humana.

O homem que acusou Deus - Um advogado criminal no mundo secreto do Opus Dei Pedro Guerreiro Cavaco Esta história relata o dia-a-dia conturbado de um advogado. Ricardo Medeiros não é um advogado qualquer. Ele é o melhor advogado criminal do país, solicitado pela elite política, temido por advogados e magistrados. Todos, sem excepção, o temem. A sua fama não tem limites, tal como o seu mau feitio e preconceitos contra a Igreja. Casado com uma médica católica e tendo como sócio um supranumerário do Opus Dei, vive o drama diário de confrontações familiares e profissionais em torno da religião. O seu casamento está por um fio e o ambiente no escritório insuportável. Sem o querer, as suas circunstâncias pessoais e profissionais vão levá-lo para dentro dos muros secretos do Opus Dei. Conseguirá Ricardo Medeiros, o mais temido dos causídicos, manter-se afastado da teia que o rodeia?

Pedro, o protótipo do discípulo-missionário David Palatino Subindo para um dos barcos, o que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Sentado, ensinava as multidões a partir do barco. Quando acabou de falar, disse a Simão: «Afasta-te para águas profundas e lançai as vossas redes para a pesca.» Respondendo, Simão disse: «Mestre, afadigámo- -nos toda a noite sem apanhar nada; mas na tua palavra lançarei as redes.» (Lc 5, 3-5). Como o padre David acentua, tudo parte do olhar de Jesus. Sobre os circunstantes em geral e sobre Pedro em particular. Neste movimento preciso, que vai de todos para um, para prosseguir de um para todos. Nesta característica do olhar de Jesus reconhecemos o próprio olhar de Deus, como em nós incide e de nós se projecta, hoje como então. – Prefácio, D. Manuel Clemente.

Natal Todo o Ano João César das Neves Lucerna O economista João César das Neves apresenta neste livro, sob a forma de pequenos relatos e reflexões, os diferentes tempos litúrgicos e solenidades do ano cristão, sempre reflectidos em ligação ao tempo do Natal. A leitura e interpretação que perpassam são pessoais, cristãs, de testemunho, por vezes com salpicos de humor, para uma conclusão simples: a de que o Natal é, afinal, todo o ano, porque a participação de Jesus no quotidiano dos cristãos começou no Natal e prolonga-se todo o ano na Eucaristia. “Por tudo isto, o Natal é a minha festa. Por tudo isto, o Natal é uma festa todo o ano. Porque todas as festas do ano estão, de alguma maneira, no Natal. O Natal é realmente todo o ano. Porque a única coisa que é comum a todo o ano é a estrebaria, a estrebaria onde Deus está sempre presente, por causa do Natal”, sublinha o autor no Prefácio. A obra integra um conjunto de escritos inéditos; outros textos da colectânea tiveram versões preliminares já publicadas, boa parte delas na coluna “Não há almoços grátis”, publicada no Diário de Notícias entre 1992 e 2018.

O Tempo do Natal Celebramos com a Igreja a Proximidade Inos Biffi Paulinas Neste livro de bolso estão reunidas meditações de Inos Biffi, teólogo italiano e um dos professores mais conceituados no pensamento de São Tomás de Aquino. Partindo dos textos litúrgicos do tempo do Natal, o autor apresenta instrumentos para melhor compreender e viver de forma mais plena cada encontro ou celebração. Trata-se de um elemento-chave para a pastoral em geral que, segundo o Papa, deve dar prioridade a ocasiões de reflexão e meditação. Num primeiro momento, faz-se uma introdução aos principais conceitos teológicos do nascimento humano do Filho de Deus. Depois, comentam-se mais especificamente os significados das celebrações do Natal, de Maria Mãe de Deus, da Epifania e do Baptismo do Senhor. O mais recente livro do cónego João Aguiar Campos transporta o leitor para profundas reflexões sobre a morte, o desejo de viver e o valor das amizades. “É uma reflexão sobre a amizade dos simples e dos que permanecem, dos que estão lado a lado sempre, mesmo depois do prestígio e poder”, diz o autor. Mas, apesar da densidade dos temas, é um livro alegre e cheio de esperança, “porque quando termina o tempo que temos de vida, o que está para a frente nunca mais acaba”. O mesmo considera o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga: “O que mais me impressiona, além da qualidade literária e de uma veia poética é uma literatura alicerçada nos sentimentos, e a partir de uma vida, da sua sensibilidade muito devidamente construída, que o faz escrever de modo totalmente diferente. Da sua escrita passa a vida neste momento, onde a dor e sofrimento o acompanha, mas ele mostra que o mais importante é a esperança”.

Teologia como resistência Texto: António Marujo Fotos: António Pedro Ferreira Univ. Católica Portuguesa Por definição, a Teologia é o “estudo de Deus”. Mas a sua reflexão não é sempre, nem maioritariamente, um exercício filosófico ou dogmático. Na verdade, o seu “papel e lugar” por excelência é a experiência humana, onde Deus Se revela. Os jornalistas António Marujo e António Pedro Ferreira aceitaram o desafio de o comprovar, procurando resposta a questões como: “Pode a Teologia deixar marcas em carne viva – um dedo atingido por uma máquina, uma doença tropical, a morte de um pai? E pode ela ajudar a exercer um mandato autárquico, gerir fluxos financeiros, jogar melhor futebol, colocar questões à nossa humanidade? Ou, no fundo, ela não serve para nada?”. Para isso, fotografaram e falaram com quatro dezenas de antigos e actuais alunos e professores da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa, que edita a obra no contexto celebrativo dos 50 anos desta Faculdade. O exercício é fascinante e o resultado também: uma excelente proposta de leitura, em linguagem actual e descodificada, ao alcance do leitor comum.

Uma Vida Perfeita Danielle Steel Bertrand Editora Aos 47 anos, Blaise McCarthy é uma brilhante jornalista televisiva que parece ter tudo: beleza, inteligência e coragem. Mas, por trás desta imagem triunfante, há outras coisas que guarda consigo… Do seu segundo casamento, teve uma filha, Salima, que ficou cega por causa da diabetes. Esta vive durante todo o ano numa instituição especializada, o que permite a Blaise concentrar-se na sua carreira. Porém, um imprevisto determina que Salima tenha de voltar para casa da mãe. Os mundos, pessoal e profissional, de Blaise colidem e os seus segredos mais bem guardados ficam expostos. De repente, a sua vida deixa de ser perfeita e torna-se real. Mãe e filha juntas serão capazes de enfrentar um mundo que não conseguem controlar?

O Valor Económico do Futebol Distrital Manuel Mendes Nunes Associação de Futebol de Leiria O professor e desportista Manuel Mendes Nunes, actual presidente da Associação de Futebol de Leiria, apresentou no passado mês de Outubro mais uma obra sobre a realidade desportiva e associativa, sobretudo neste distrito. Este não é um livro de opiniões ou palpites, mais sim de números, estatísticas, dados concretos da vida dos clubes e atletas leirienses, que aponta caminhos para uma reflexão séria sobre investimentos, apoios, rendibilidades e outros dados económicos que o futebol faz movimentar. Como referem no prefácio Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, e Júlio Vieira, director da FPF e ex-presidente da AFL, trata-se de um estudo científico bem estruturado e que poderá alargar o horizonte das suas conclusões a toda a realidade do futebol nacional, a mais importante modalidade desportiva em termos sociais e económicos do País. Por outro lado, com a mesma fundamentação, vem sublinhar a necessidade de uma análise aprofundada do tema a nível nacional, dado o impacto financeiro deste sector, ainda por estudar convenientemente. Este livro é também uma viagem pela história e pela actualidade da vida dos clubes leiriense, feita de lutas, superação de dificuldades e sucessos conquistados a pulso.

Porque pensamos o que pensamos – filosofia em três penadas Alain Stephen Círculo de Leitores Já alguma vez deu por si sozinho frente a frente com os seus pensamentos? Já alguma vez se interrogou se o copo estava meio cheio ou meio vazio? Questiona-se sobre o que é a verdadeira felicidade e como alcançá-la? Ou se calhar nada importa verdadeiramente se tudo for apenas uma ilusão ou um sonho? Estas são algumas das questões centrais da reflexão filosófica que ocuparam e perturbaram alguns dos maiores pensadores ao longo da história, provocando discussões e debates numa tentativa de alargar os horizontes do pensamento. O autor procura explorar algumas destas questões essenciais, recuando às origens da filosofia nos escritos de pensadores proeminentes, das colunatas da Grécia antiga aos cafés onde se reuniam os intelectuais do século XX francês, e mostra-nos como estas ideias foram evoluindo.

A Escrita da História José Mattoso Círculo de Leitores Ao longo dos anos, José Mattoso partilhou o seu saber, para se juntar «à sinfonia da História». Os textos reunidos nesta nova edição do livro “A Escrita da História”, desenvolvem temas como a construção crítica do texto historiográfico, a contemplação, a geografia histórica, a iluminura, o milenarismo ou o ensino da História. «Quando me decidi a reunir o conjunto de conferências que aqui publico, não pude reprimir um certo sentimento de surpresa pela dimensão que estes textos teóricos e metodológicos rapidamente alcançaram. É verdade que sempre me interessaram os problemas do método. Mas os da teoria nunca deixaram de me incomodar e de suscitar em mim uma sensação de insegurança. Eis-me agora, inesperadamente, a ousar abordá-los para responder a solicitações concretas de instituições, de grupos ou de amigos. Faço-o com a sensação de me aventurar involuntariamente por caminhos alheios, de ceder a quem me pede para reflectir sobre o que escrevo, apesar da minha aversão às teorias, e bem consciente dos riscos de me deixar enganar por uma certa falta de referências filosóficas suficientemente seguras.»

Últimas notícias do Sapiens Silvana Condemi François Savatier Círculo de Leitores Uma paleontóloga e orientadora de investigação e um jornalista juntaram- -se para nos trazer as “Últimas notícias do Sapiens”. O Homo sapiens é, decididamente, uma espécie curiosa. Pensava-se que tivesse aparecido algures na África Oriental há 200 mil anos e eis que a sua presença é detectada muito antes e em todo o continente. Julgava-se que saíra do seu berço há 80 mil anos, até se terem descoberto, na China, fósseis muito mais antigos. Além disso, a genética mostrou que há 400 mil anos partilhávamos o planeta com outras três espécies do género Homo, hoje desaparecidas e com as quais nos miscigenámos! É, pois, urgente fazer o ponto da situação relativamente aos nossos antepassados e ouvir as últimas notícias do Sapiens. Dos australopitecos ao Neolítico, os autores contam-nos a fascinante saga de um estranho primata, transformado para todo o sempre pela evolução e pelo nosso bem mais precioso: a cultura.

Grande Almanaque Português Guerra e Paz, Editores Testemunho do passado por fazer o inventário de datas – feriados, festas, feiras – e por fazer o inventário dos saberes, dissertando sobre a fauna, a flora, as artes, e o artesanato, derramando sobre o leitor mil curiosidades. Prova de confiança no futuro, por ajudar o leitor a preencher expectativas, anunciando quando se deve cultivar certas plantas, quando fará frio ou calor, que marés e luas aí vêm, num quadro de previsibilidade que diminui a incerteza e o desconhecido do futuro. Este é o almanaque do século XXI, fiel depositário de uma certa ideia de harmonia universal, pela qual os movimentos das estrelas, dos planetas, da Lua, das marés se encalçam aos movimentos da vida humana, dos amores, ao trabalho, passando pela fortuna. Este é o Grande Almanaque Português, aberto a um futuro que não nos atrevemos a adivinhar, mas que ajudamos a balizar.

Os Rumplings e a Super Comida Texto: Francisco Moreira Ilust.: Luís Frasco Oficina do Livro Já está nas livrarias o 2.º volume da colecção “Os Rumplings”, criada por Francisco Moreira e ilustrada por Luís Frasco, depois do sucesso do primeiro livro, “Os Rumplings e a Aventura dos Sabores”. Esta nova história parte da Grande Catástrofe, que foi o evento mais devastador da história dos Rumplings. Agora, no início de uma Nova Era, chegou o momento de sarar as feridas e de reconhecer que, juntos, eles não só sobreviveram como prosperaram. É altura de pensar no futuro e de assinalar a entrada da Era do Amanhecer com um grande banquete e festejo, mas também de criar algo simbólico e importante, que perdure e sirva como lembrança para as gerações futuras. Muitas ideias vão surgir, mas nem todas se vão concretizar e muitos desafios terão de superar. Qual será a ideia mais criativa e vencedora?

O País das Laranjas Texto: Rosário Alçada Araújo Ilust.: Patrícia Furtado ASA Este romance de Rosário Alçada Araújo é inspirado no facto histórico que foi a vinda de 5500 crianças austríacas para Portugal após a Segunda Guerra Mundial, ao abrigo de um programa da Cáritas. Com apenas 10 anos, Martha parte para Portugal com o irmão Peter. Estamos em 1949 e a fome e o frio fazem parte do seu quotidiano, já que a Áustria, a sua terra-natal, é ainda um país destruído pela Segunda Guerra Mundial. Chegados a Lisboa, os dois são inesperadamente separados e Martha vai viver para a Covilhã, no seio de uma família abastada que a recebe com todo o amor e um conforto que nunca antes experimentou. Martha irá viver dias inesquecíveis, que ficarão para sempre guardados nas memórias da sua infância. Mas não poderá separar estes tempos de felicidade das recordações da guerra que traz consigo, das saudades do irmão e da mãe, da tristeza por não se lembrar das feições do pai e ainda de algumas peripécias que acontecem na casa onde agora vive. Quando o regresso à Áustria se aproxima, Martha vê-se obrigada a pensar em quem é realmente e a que lugar quer pertencer.

Asterix – A filha de Vercingétorix Texto: Jean-Yves Ferri Ilust.: Didier Conrad ASA Dois anos após “Astérix e a Transitálica”, os irredutíveis gauleses marcam de novo presença nas livrarias de cerca de 20 países, entre os quais a Lusitânia! “A Filha de Vercingétorix” é o fruto da quarta colaboração entre o argumentista Jean-Yves Ferri e o desenhador Didier Conrad, uma dupla que continua a imaginar novas aventuras, sempre inscritas no fabuloso universo criado por René Goscinny e Albert Uderzo. Este 38.º álbum revela-nos uma incrível descoberta: o célebre chefe gaulês Vercingétorix tem uma filha! E está em apuros: perseguida pelos romanos, vem refugiar-se no coração da célebre aldeia gaulesa, o único lugar na Gália ocupada que pode garantir a sua protecção. E o mínimo que se pode dizer é que a presença desta adolescente especial vai provocar múltiplos distúrbios inter-geracionais. Astérix e Obélix conseguirão salvar a rapariga e pôr ordem em todas as confusões?... Por Tutatis! Vamos descobrir!

Rapazinho Lawrence Ferlinghetti Quetzal Quase a completar 100 anos, um reconhecido poeta e artista norte- -americano, intimamente ligado à Geração Beat e à defesa da liberdade de expressão nos Estados Unidos, recebe a aprovação para publicação de um romance pelo seu não menos célebre agente de 98 anos. Podia ser ficção, mas é a realidade. “Rapazinho” é o romance que Lawrence Ferlinghetti publicou no ano em que completa 100 anos – a 24 de Março fará 101 –, um livro que recebeu aprovação imediata do seu agente, Sterling Lord, que conta com 98 anos. Parte autobiografia, parte recordação dispersa, parte torrente de linguagem e sentimento, e sempre com o tom mágico da escrita de Ferlinghetti, este é o derradeiro testemunho e testamento literário do maior poeta da Geração Beat. No livro há reminiscências biográficas e profecias sobre o que podemos esperar da vida no futuro. “Rapazinho” é uma fonte de conhecimento literário com alusões ao mundo e à vida literária do autor, à sua geração, erros e descobertas – e um convite ao maravilhamento. Um romance leve, luminoso e destinado a recordar o mundo como ele devia ser.

O Papagaio de Flaubert Julian Barnes Quetzal Médico reformado e viúvo, Geof-frey Braithwaite viaja até Rouen, em França, para descobrir mais sobre o escritor Gustave Flaubert. Uma obsessão que o leva numa peregrinação que tem tanto de irónica quanto de filosófica e cujo ponto de partida é o papagaio embalsamado que serviu de modelo a Flaubert durante a escrita de um dos seus romances. Aquilo que seria apenas uma viagem de reconhecimento, transforma-se numa lição sobre os defeitos, manias, tiques insuportáveis, vaidades e medos do escritor (e de todos os escritores), da sua história de amor com Louise Colet e até do próprio casamento de Geoffrey Braithwaite com a falecida Ellen. Publicado pela primeira vez em 1984, este é um romance magistral sobre o que falha e o que não tem sentido na vida, sobre os segredos que a rodeiam e que lhe dão sentido. Tudo para concluir que a vida verdadeira é a vida que vem nos livros. Porque é a única que se pode interrogar.

Porque voam os balões e caem as maçãs – as leis que fazem o mundo funcionar Jeff Stewart Círculo de Leitores Este é já o 4.º volume da colecção “Descobrir as Ciências”, que, com uma linguagem divertida e acessível, apresenta as teorias mais inacreditáveis do passado, mas também as do presente, expondo e explicando alguns dos fenómenos mais comuns do quotidiano – que a astronomia, a filosofia, a física, a psicologia, a matemática e a história ajudam a explicar. Neste caso, trata-se de explicar as leis fundamentais da Física. Ficará a compreender por que motivo os objetos mais pesados não caem mais depressa do que os mais leves, porque é que o tempo abranda à medida que nos deslocamos mais rapidamente, por que razão temos mais energia quando estamos no andar de cima ou o que aconteceu ao pobre gato de Schrödinger. A física moderna dá-nos, assim, uma perspetiva fascinante, espantosa e, por vezes, francamente estranha do Universo e do lugar que nele ocupamos. As maçãs que caem e os balões que voam são apenas o início.

Recrutamento e Seleção: Da Teoria à Prática António Calheiros RH Editora A atracção de novas pessoas é um dos principais desafios para uma organização, com grande impacto no sucesso futuro da mesma. Tanto pode ser um desafio conseguir encontrar pessoas com o perfil certo como escolher entre candidatos que aparentam igual competência. Quando se encontra e escolhe a pessoa certa, a organização progride. Dirigido a quem estuda o tema, mas também a quem enfrenta este desafio na sua vida profissional, este livro não oferece receitas facilitistas e universais, pois processo de recrutamento e selecção é distinto, mas apresenta quadros de referência que permitam compreender o contexto de cada vaga e estruturar um processo adequado à identificação do perfil ideal, à atracção de candidatos com esse perfil, à avaliação da sua adequação e à sua eficaz integração na organização.

Sharing My Change: Viagem pela Gestão da Mudança Maria João Martins, Pedro Ramos e Teresa Fialho (Coord.) RH Editora Esta obra reúne histórias vividas na primeira pessoa, momentos decisivos de mudança e muitas partilhas de desafios superados, sucessos alcançados, mas também vivências desafiantes que exigiram assunção de riscos e cujas consequências nem sempre era possível adivinhar. Uma obra feita pelos verdadeiros protagonistas da gestão da mudança, que aceitaram o nosso desafio de se tornarem viajantes de luxo nesta grande viagem que tem sido o «Sharing My Change» ao longo dos últimos anos. Afinal, é de pessoas que estamos a falar! Dos seus medos, ansiedades e de como estes são ultrapassados com vista à superação dos desafios da mudança nas organizações. Bem- -vindos a bordo de uma viagem de poderosas partilhas de mudanças, transformações colectivas e individuais, mas sobretudo de fórmulas mágicas de como paixão pode mesmo rimar com realização!

. Poesia . AGRADECIMENTO

Maria Emília Monteiro de Sousa N. 21-06-1936 • F. 07-11-2019 Seu marido, filhas, genros, netos e restante família agradecem o carinho e a presença na cerimónia do seu ente querido. Apesar de não podermos agradecer individualmente a todas as pessoas que de alguma forma manifestaram o seu apoio neste momento difícil, nenhuma palavra e gesto de carinho foi esquecido e nós queremos expressar nestas sinceras palavras que foi muito reconfortante sentir que vocês estiveram connosco. A todos, o nosso muito obrigado… . obituário . Joaquim Ribeiro Gomes Calado Faleceu mais um ilustre batalhense Faleceu, no dia 22 de Novembro, Joaquim Ribeiro Gomes Calado, um ilustre natural do Reguengo do Fetal, cuja vida esteve especialmente ligada ao estudo e promoção da cultura popular e das literaturas clássicas, designadamente nas áreas da etnografia, folclore e musicologia, com vários livros editados.

Nascido em 1930, desempenhou a sua actividade profissional em vários organismos reguladores da actividade da moagem de cereais, tendo terminado a sua carreira profissional na EPAC – Empresa Pública de Abastecimento de Cereais. Mas a sua sede de conhecimento levou-o a investir nos estudos, tendo-se licenciado já depois dos 50 anos em Línguas e Literaturas Clássicas e Estudos Clássicos e Portugueses, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A partir de 1989, passou a residir na cidade de Caldas da Rainha, onde fundou e dirigiu um hotel durante várias décadas. Também aí foi docente de várias cadeiras de hotelaria e turismo na ETEO – Escola Técnica e Empresarial do Oeste. Não deixou, ainda assim, de estar presente com regularidade na sua aldeia natal e de acompanhar a vida cultural do concelho da Batalha, sobretudo na sua etnografia e música popular. Fundou diversos grupos de música, com destaque para o Cancioneiro da Região da Magueixa, com diversos trabalhos editados e centenas de actuações em Portugal e no estrangeiro. Foi, sobretudo, por essa actividade que recebeu, em 1997, a Medalha de Prata de Mérito Municipal.

Associamo-nos aos familiares e amigos com condolências pela sua partida e gratidão pela sua dedicação às gentes e cultura da nossa região. LMF O Amor de Deus O amor de Deus Vê-se num sorriso de uma criança Vê-se no amor de uma mãe, pelos filhos seus Vê-se no choro de alegria De ver crescer a sua «cria» Vê-se numa mulher feliz em «esperança» O amor de Deus Vê-se num findar de uma guerra Vê-se na conversão a Deus, de alguns ateus Vê-se na recuperação de um enfermo De pôr ao seu sofrimento termo Vê-se na prosperidade da nossa terra O amor de Deus Vê-se no diálogo entre inimigos Vê-se na esperança redobrada em Deus Vê-se numa «luta» constante de Fé Que nos suporta de pé Vê-se na vitória após muitos perigos Vaz Pessoa Poesia e Natal O Natal, a vida e a poesia No mundo faz falar mais alto Sobre o passado de tantas crianças, O ódio e a violência continuam Mas no Natal faz sonhar a esperança. É comparado a uma poesia Que se vai embalando na escritura, Apenas se escreve o que se sente Traz alegrias, sorrisos e agruras. Pela vida fora ganhei amizades E Jesus sentiu o sorriso no meu coração, Natal é o valor e o amor da união Faz o carinho, saudade e satisfação. A vida dá-nos várias surpresas Tudo faz ultrapassar o nosso moral, A minha poesia algo se sente O que escrevo é simples afinal. O Natal é o que sentimos em cada um de nós! O que pensamos nem sempre é novidade, A humilde quando é sincera na poesia Os amigos fazem-me a beleza da saudade. Natal das crianças e jovens Serão o amanhã em cada sociedade, Natal faz reflectir uns cânticos de louvor Apresentação, sorrisos, alegrias e novidade. Cremilde Monteiro - 20/11/2019 O teu Natal Penso eu! Como vai ser ele Numa rua ou numa estrada Com lágrimas Num rosto abandonadas Sem sabor a nada. Como o destino é cruel! Sem sabor Sem amor Sem paladar Apenas a dor Sem ter nada. O teu Natal, Sem ser igual É sempre tristeza moral Recordamos cada momento Com muita incerteza Podemos ter tudo Sem ter nada. Não somos diferentes, Somos raízes somos sementes É Natal que haja um pouco de amor Somos gente vamos dar aos outros valor. És tu em quem deposito confiança Abre o teu coração semeando esperança. O teu Natal! O meu Natal! Amanhã pode ser igual Mesmo sem sabor a nada É Natal Numa rua ou numa estrada.

José António Carreira Santos Marinha Grande - 28-11-2019 DR

CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala

Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas cento e vinte e cinco a folhas cento e vinte e seis, do Livro Duzentos e Quarenta e Seis - B, deste Cartório.

Helena Maria Rodrigues Pereira Gonçalves, NIF 107 853 558, casada, natural da freguesia e concelho da Batalha, lá residente na Rua da Faniqueira, nº 40, Santo Antão, e Idalina Maria Rodrigues Pereira, NIF 141 513 101, solteira, maior, natural da mesma freguesia da Batalha, residente na Urbanização Quinta da Gordalina, lote 6, r/c frente, Marrazes, Leiria, que outorgam na qualidade de procuradoras de:

João António Pereira, NIF 140 222 316 e mulher Maria Júlia Rodrigues Vieira, NIF 134 937 910, casados sob o regime da comunhão geral, ambos naturais da dita freguesia da Batalha, onde residem na Rua da Faniqueira, nº 42, Santo Antão, declaram que os seus representados, com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores de um nono indiviso do prédio rústico, composto de terra de semeadura, vinha e oliveiras, sito em A Moinhola, freguesia e concelho da Batalha, descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha sob o número trezentos e oito/Batalha, sem inscrição em vigor quanto ao referido direito, inscrito na matriz sob o artigo 1018, com o valor patrimonial correspondente para efeitos de IMT de €294,98.

Que os seus representados, adquiriram o referido direito no prédio, no ano de mil novecentos e sessenta e sete, por compra verbal a Francisco de Jesus António e mulher Júlia da Costa Ferreira, ele já falecido, residentes em Santo Antão, Batalha, não dispondo de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo.

Que em consequência daquela compra verbal, os seus representados possuem o identificado direito no prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos actos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriram o identificado direito predial por usucapião.

Batalha, quatro de novembro de dois mil e dezanove.

A funcionária com delegação de poderes,

Liliana Santana dos Santos - 46/6 Jornal da Golpilheira, ed. 258, 29-11-2019

OBITUÁRIO

Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.

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SANTOS & MATIAS

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Número europeu de emergência 112 Bombeiros Voluntários da Batalha 244 768 500 G.N.R . Batalha 244 769 120 Junta de Freguesia Golpilheira 244 767 018 Câmara Municipal Batalha 244 769 110 Centro de Saúde da Batalha 244 769 920 Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas 244 769 430 Escola Primária da Golpilheira 244 766 744 Jardim-de-Infância da Golpilheira 244 767 178 Agrupamento Escolas Batalha 244 769 290 Corr eios (CTT) - Batalha 244 769 101 Mosteiro de Santa Maria da Vitória 244 765 497 Águas do L ena (Piquete: 939 080 820) 244 764 080 Táxis da Batalha 244 765 410 Centro Recreativo da Golpilheira 244 768 568 Linha de Saúde Pública 808 211 311 Linha de emer gência Gás 808 200 157 EDP - Avarias (24 horas) 800 506 506 SUMA - Levantamento de “monos” 244 766 007 . telefones úteis .

Registo ICS . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Contribuinte . 501 101 829 Director . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Director-adjunto . Manuel Carreira Rito (TE-395) Composição . Paginação . Luís Miguel Ferraz Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Cristina Agostinho, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Marco Ferraz (publicidade), Rafael Silva, Rui Gouveia. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10) Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede do proprietário e da redacção . Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 965022333 / 910 280 820 Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Google+: www.google.com/+jornaldagolpilheira Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira Email: geral@jornaldagolpilheira.pt Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about . ficha técnica

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Toda a gente faz músicas de Natal... este ano decidi fazer também uma música de Natal do Jornal da Golpilheira. É assim:

Natalada

MCR

Pronto. Espero que os leitores tenham gostado!...

.fotodestaque. LMF

Ó tia! Enquanto algumas novidades (por força do comércio) vão entrando nas nossas agendas festivas, é bom ver que (pelo menos em algumas das comunidades) se vão mantendo ainda as tradições mais antigas da nossa cultura cristã. É o caso do “Pedir o Pão por Deus”, mais conhecido na nossa região por “Pedir o Bolinho”, que assinala a festividade de Todos-os-Santos. Já nos quiseram roubar esse feriado, mas este ano até calhava ao domingo. Assim, lá andou a nossa criançada de porta em porta com o “Ó tia dá bolinho”, o que é uma boa oportunidade para conviver, para partilhar doces e sorrisos e para ir vendo como crescem os miúdos dos nossos vizinhos e amigos... (“tás tão grande!” será das frases mais proferidas...).

. recordar é viver .

Primeiro cortejo de oferendas para as despesas com a futura sede, do C. R. da Golpilheira, que hoje é uma realidade. Não sei precisar bem o ano. No entanto, arrisco-me a escrever que foi no Outono de 1977. Aproveitava-se a altura das colheitas, para as dádivas serem maiores. Cada lugar da actual freguesia da Golpilheira estava representado, normalmente por um carro engalanado, onde trazia as ofertas dos habitantes desse lugar. Na altura não havia na nossa aldeia muitas viaturas adequadas a este fim. Este carro de bois, guiado pelo Sr. José Guerra, representava o Picoto, onde residia. Foi com estas e outras ajudas que começou a tomar forma a nossa sede, onde hoje, felizmente, se desenvolvem muitas actividades e se realizam vários eventos durante o ano. | MCR

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