JG_258 Novembro/Dezembro de 2019

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O evento em si mobiliza cerca de 150 pessoas a trabalhar arduamente cerca de 16 horas. Mas há toda a preparação nos dias anteriores e procedimentos necessários com semanas e meses de antecedência. Só como exemplo: confeccionar e servir refeições, limpeza, acolhimento, inscrições, vendas, reposição, parte técnica de som e imagem, fotografia, espalhar cartazes… e muitas tarefas “invisíveis”. Para tudo isso, é preciso gente, e contamos com uma rede de amigos muito boa e colaborante.

Falou na escola de concertina…

Sim, somos actualmente 3 professores, com cerca de 60 alunos na Barrenta e 30 na zona de Óbidos e Gracieira. O método não é pelo tradicional solfejo, mas com esquema numérico muito próprio, adaptado a todas as idades e conhecimentos, que permite desde o primeiro momento o contacto com o instrumento. Isso leva as pessoas a terem ainda mais gosto de aprender…

Voltando ao evento, como acontece a inscrição dos tocadores?

Começamos a fazer a divulgação com alguns meses de antecedência. Como tem uma data fixa, no último sábado de Setembro, os interessados podem agendar com tempo. Os grupos também vão estabelecendo alguns contactos informais connosco, pelo que vamos tendo noção da logística necessária.

DR

Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2019

E eles também estabelecem contactos com outros nas actuações e encontros. Temos o gosto em acolher grupos que já nos visitam em anos anteriores e a alegria de acolher novos grupos que ano após ano vão chegando a nós.

Há quem tenha participado em todas as edições?

Sim, há vários grupos que nunca faltam ao Encontro de Tocadores de Concertina da Barrenta. É o caso da família Ribeiro. Pela localização e pela possibilidade de tocarem livremente, é um encontro de amigos acima de tudo, é um partilhar de experiências e um dia de emoções muito fortes.

Há algum limite de participações?

Neste momento, não estão estabelecidos limites. Este ano foram muitas horas de música, de forma ininterrupta, uma vez que começaram a subir a palco pouco depois das 13h30 e só terminaram por volta das 00h00.

E como conseguem coordenar a actuação de tantos grupos em palco, sem muitas pausas?

Uma das novidades foi um programa informático, totalmente concebido por nós para essa finalidade específica, que automaticamente estima a hora a que cada grupo sobe ao palco, no momento da inscrição. Assim, todos sabem os seus horários e prepararam-se nesse sentido. O horário é também colocado no ecrã gigante, para que todos acompanhem e não haja grandes atrasos. Actualmente, o encontro acontece no Largo da Saudade, onde fazemos o acolhimento, é possível fazer refeições e tocar livremente. E temos o Terreiro da Amizade, que acolhe os dois palcos, com lugar para vendas e refeições. As ruas adjacentes a estes espaços também vão cada vez mais sendo utilizadas para expositores e para tocar livremente pelos grupos. Cada grupo tem cerca de 8 minutos em palco, mas um dia inteiro, de forma livre,

pelas ruas da aldeia. Assim, há animação garantida o dia todo.

Assisti também a cantares ao desafio… essa actuação de rua é também organizada ou surge de improviso?

Isso é completamente livre. Os cantares ao desafio, como o nome indica, são isso mesmo, cantares que surgem de forma espontânea e em tom de desafio, numa provocação saudável, de terem sempre resposta e rimarem.

Imagino que já estejam a trabalhar no encontro do próximo ano…

Sim, pouco depois de terminar o encontro, começamos a pensar e a trabalhar no seguinte. Há coisas que queremos introduzir em 2020 e que carecem de procedimentos atempados e alguma gestão.

Coloca-se a possibilidade de passar a dois dias de encontro?

É uma questão que se tem levantado nos últimos anos, mas ainda não encontrámos

resposta definitiva. Teremos de ver as possibilidades e consequências de prolongar a festa por um fim-de-semana. Para já, queremos garantir que se faça, nem que seja só um dia.

Está, portanto, assegurada a realização do encontro no futuro?

Está assegurada como até agora, com trabalho, união e dedicação. Claro que as coisas vão evoluindo e é preciso projectar o futuro. As condições têm evoluído ao longo dos anos, conforme as necessidades. Do ano passado para este, por exemplo, melhorámos o espaço para estacionamento, com contador de viaturas, informatizámos as inscrições, tentámos produzir menos resíduos na divulgação e no próprio encontro, pusemos um ecrã gigante no Largo da Saudade para que todos pudessem acompanhar quem está em palco, etc. São pormenores em que continuaremos a trabalhar.

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