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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXV | Edição 268 | Julho / Agosto de 2021
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Verba do orçamento participativo já recebida
MAIS UM VITRAL COLOCADO NA NOSSA IGREJA Com a colocação do último vitral no corpo da igreja de Nossa Senhora de Fátima, precisamente aquele que a representa, na lateral do presbitério, podemos dizer que está concluída a grande empreitada que foi esta “aventura” de dotar a nossa igreja com uma verdadeira obra de arte. P. 9
Conheça as listas que vão a votos
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Festa do Padroeiro simples, mas intensa
LMFerraz
PU
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“Parteira do povo” foi homenageada
Comunidade Cristã • P. 7
Autárquicas 2021 • P. 4-6
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Maria Bento de Jesus (“Maria do Sinal”) • P. 3
Entrevista a Teresa Jordão (na hora da despedida) • P. 20
Futsal feminino do CRG mantém-se no Nacional
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
abertura
. caderno mensal .
Luís Miguel Ferraz Director
Votos
José Travaços Santos Etnógrafo e investigador
Esta é a última edição do nosso JG antes das eleições autárquicas. Os dados estão lançados, que é como quem diz: as listas candidatas estão entregues no tribunal e algumas já se apresentaram publicamente. Várias novidades na Batalha, havendo pela primeira vez 6 concorrentes à Câmara e 6 à Assembleia Municipal, com dois partidos estreantes e, também pela primeira vez, um movimento independente, embora apoiado por um dos partidos que não apresenta lista própria. Desses, só 3 (dois partidos e um movimento) concorrem à assembleia de freguesia da Golpilheira. A pré-campanha já anima alguns, mas será em Setembro que a campanha propriamente dita andará em força. E, em consequência do maior número de listas, nunca tantas pessoas andaram envolvidas no processo. Espera-se que todas saibam ser corretas, apresentando as suas ideais e respeitando os adversários, que não são inimigos (alguns são até familiares e bons amigos uns dos outros). É salutar este envolvimento, sendo também de notar muitos jovens a despertarem para a importância da “coisa pública”. O povo escolherá os que achar mais capazes, que assumirão as tarefas inerentes. Os restantes... poderão aproveitar a embalagem e continuar envolvidos na sociedade, que tanto precisa deles, por exemplo, no associativismo. A todos nós, o que se pede é que sejamos também responsáveis pelo cumprimento do nosso papel, sem o qual não fica completa a democracia: vamos todos aos votos!
Xácara de Dom Vasco Das quatro barcas que partiram duas haviam de voltar outras duas de ficar. A história, que não demora nem meia hora a contar, durou três mil léguas, dois anos a navegar. Cada dia a sofrer agruras que não são de imaginar. As quatro barcas eram de homens que me coube governar. Só Deus sabe quanto custa ter homens para dominar, ir embalado num sonho que nem todos pode embalar, vencer as tormentas da alma, piores do que as tormentas do Mar. Dobrado o cabo da África, que sou um português soubera dobrar, passados os dois oceanos, que povo algum pudera passar, traçado com vontade férrea o caminho que viemos traçar, chegámos ao continente distante a que el-Rei nos mandar a chegar. Pudessem ser outros os desígnios, um consegui alcançar, dar ao meu País a epopeia que nenhum país soube igualar: ser Portugal o primeiro nas longas travessias do Mar, desbravados os mistérios da Terra que estavam por desbravar, unir os dois hemisférios que ninguém mais pôde separar.
A ilustração, um painel de azulejos, transcrevo-a, com a devida vénia, do magnífico livro “Naus, caravelas e galeões da icono-grafia portuguesa dos Descobrimen-tos”, de vários autores, edição da Quetzal Editores, Lisboa, 1993.
Em 2040 Portugal faz 900 anos
DR
.editorial.
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Passou a considerar-se como a data do nascimento de Portugal o ano de 1140, quando D. Afonso Henriques começou a intitular-se rei. Devia ser data a festejar e, mais do que festejar, servir para profunda meditação, liberta porém das limitações e dos enganos político-partidários, sobre a nossa condição de portugueses e sobre o nosso papel a desempenhar na actualidade. Os portugueses andam presentemente à deriva, sem um rumo que não seja o de tentar sobreviver e ir aproveitando, de mão estendida, algumas benesses da União Europeia. Só isto precisava de meditação profunda e tanto quanto possível desapaixonada. E muito urgente. Devemos isso ao nosso País e devemo-lo ao nosso futuro e ao futuro dos nossos filhos.
Os velhos Sua Santidade o Papa Francisco, uma das mais notáveis figuras da Igreja de todos os tempos, proferiu há dias estas palavras que todos os velhos, como eu, sentiram profundamente: “Os avós e os idosos não são sobras da vida, desperdícios para deitar fora”. Nos meus noventa anos já o senti várias vezes. É velho, está pateta. Não
vale a pena perder tempo a escutá-lo. Sendo uma chatice conversar com ele, deixemo-lo falar sozinho. Contudo, os velhos têm ainda muito para dizer, sendo, tantas vezes, como tive a oportunidade e a dita de verificar, uma fonte de sabedoria. Mas mesmo que não sejam, são seres humanos e os seres humanos, só por esta sua condição, merecem todo o respeito e, sobretudo, o carinho das gerações mais novas que um dia hão-de chegar a este patamar da vida.
Dr. Miguel Portela O “Jornal da Golpilheira”, um dos melhores jornais regionais, perdeu ultimamente dois dos seus mais brilhantes colaboradores: o saudoso Manuel Carreira de Almeida Rito, que foi seu director-adjunto, e o Dr. Miguel Portela, historiador de uma grande probidade e de vasto conhecimento. Foram duas perdas irreparáveis, que deixaram um jornal profundamente ferido. Ao contrário do Manuel Rito, não conheci pessoalmente o Dr. Miguel Portela, mas habituei-me a admirá-lo através do que escrevia, dos estudos profundos que publicou neste jornal. Foi uma perda e, se nada é irreparável neste mundo, ficam lacunas que é impossível preencher. Paz à sua alma.
Colaborador do Jornal da Golpilheira desde 2015
Miguel Portela faleceu aos 47 anos Na edição de Março/Abril do Jornal da Golpilheira tínhamos dado conta da doença súbita que acometeu o nosso colaborador Miguel Portela e que o impediu de participar nessa edição, como vinha fazendo regularmente desde Janeiro de 2015. Também na edição seguinte não tinha sido possível voltar a contar com o seu trabalho e as notícias sobre a sua saúde não eram animadoras. Até que, no passado dia
14 de Junho, recebemos a triste confirmação do seu falecimento, aos 47 anos de idade. Miguel Ângelo Portela da Silva Caetano nasceu em Moçambique, a 6 de Novembro de 1973, mas desde muito novo que veio residir em Figueiró dos Vinhos, onde tinha raízes familiares. Formado em engenharia civil, foi sobretudo no campo da cultura e das artes que mais se notabilizou publica-
mente, sendo um incansável investigador e divulgador da história, em especial do distrito de Leiria. Dinamizador cultural, organizou diversas exposições e editou vários livros, tendo profícua publicação de artigos científicos na imprensa regional, como era o caso do Jornal da Golpilheira. Além disso, notabilizou-se pela sua participação cívica como deputado municipal no seu concelho e no campo das artes,
como escritor, conferencista, compositor, coralista, músico e poeta. A vida terrena foi curta, não lhe permitindo continuar um trabalho que, sem qualquer dúvida, enriquecia a nossa cultura e o conhecimento da nossa memória histórica. Ficará recordado como um dedicado e competente investigador, um colaborador apreciado e um bom amigo que, com muita consternação,
vemos partir. Aos familiares e amigos enviamos um abraço de condolências e a união na oração para que Deus o recompense e o acolha na sua paz. O Director
actualidade • 3
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Maria Bento de Jesus (“Maria do Sinal”)
Muitos golpilheirenses, sobretudo os nascidos depois dos anos 60 do século passado, desconhecerão quem foi Maria Bento de Jesus. Mas os mais velhos recordam, com certeza, essa mulher que se destacou pelo altruísmo e pelo cuidado que prestava aos seus conterrâneos, e não só, sobretudo no momento do parto. Daí ser também conhecida como a “parteira do povo”, como saberão muitos ainda vivos que nasceram com a sua ajuda. Outra alcunha que até hoje ainda vamos ouvindo referida por quem a recorda é a de “Maria do Sinal”, graças a uma marca que a distinguia no rosto. Mulher simples do povo, não deixou de marcar a diferença no meio em que vivia, usando os seus talentos naturais e o seu bom coração para servir os que mais precisavam. Por isso, os familiares pensaram em fazer-lhe a devida homenagem, sobretudo o neto Joaquim Manuel Monteiro, que tem movido mundos e fundos para que tal acontecesse. Desde o contacto com a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal, até à mobilização de familiares, amigos e população em geral, há alguns anos que trabalha para isso e só a pandemia impediu que mais cedo se realizasse. Um livro até estava escrito e muitos exemplares já vendidos, com esse mesmo nome de “A parteira do
povo”, uma biografia poética da sua avó, que viveu entre os anos de 1908 e 1972, e que inclui alguns textos de outros netos, uma bisneta, um sobrinho e um filho. Tardou, mas fez-se a homenagem, no passado dia 25 de Julho, com a inauguração de um monumento no largo “Rancho Folclórico As Lavadeiras do Vale do Lena”, junto ao Centro Recreativo da Golpilheira, com a presença dos presidentes da Câmara da Batalha, da Junta e da Assembleia de Freguesia da Golpilheira, do pároco da Batalha e outros convidados, entre os quais os nove filhos ainda vivos dos doze que teve e muitos netos, bisnetos e outros familiares e amigos. Não tantos como os que viriam se não houvesse limitação para cumprimento das regras sanitárias a que esta pandemia obriga. Além dos testemunhos de outros familiares, coube a Joaquim Monteiro fazer o resumo dos motivos para a homenagem à sua avó, sobretudo por ter “praticado a caridade no seu sentido pleno”. Nascida em plena mudança da Monarquia para a República e com a infância marcada pelas contingências políticas e sociais da I Guerra Mundial e da pneumónica de 1918-1920, apanhou ainda os ambientes da ditadura, da II Grande Guerra e das guerras coloniais, “acontecimentos dramáticos que per-
correram toda a sua vida e que fizeram dela uma mulher extraordinária”, um “exemplo de bem fazer na sua época, uma autodidacta em que uma boa parte da sua vida foi dedicada aos outros”, lembrou o neto. Com o lema «mais eu dou, mais Deus me dá; Deus nunca me faltou», “ela alimentava quem tinha fome, dava tecto temporário a quem estava de passagem, curava os males que apareciam nas pessoas e nos animais, furava as orelhas às meninas, curava do buxo virado, enfim, fazia de tudo o que estava ao seu alcance para ajudar o próximo”. E distinguiu-se, de facto, pela ajuda às grávidas no momento do parto, “sem distinguir o pobre do rico” e “reconhecida como parteira de excelência pelos médicos do seu tempo”, que até quiseram dar-lhe um “certificado de excelência”, o que ela sempre recusou. Esta humildade, simplicidade e dedicação aos outros foram também sublinhadas pelo presidente do Município, Paulo Batista Santos, frisando “a importância de as comunidades homenagearem estes seus membros que, mesmo sem grandes títulos ou cargos, foram exemplo de vida, de altruísmo e dádiva de si mesmos pelo bem comum, sendo um orgulho para a freguesia e um estímulo para todos nós”. Depois de uma oração presidida
LMF
“Parteira do povo” foi homenageada
pelo pároco, apontando a vivência da caridade como o primeiro dos motivos por que alguém merece ser reconhecido, foi descerrada a lápide e distribuídas pelas entidades presentes e os irmãos da benemérita algumas lembranças a ela alusivas. Houve ainda tempo para a entrega simbólica de 1.050 euros à associação “Casa do Mimo”, fruto da venda do livro de Joaquim Monteiro, que poderá ainda ser adquirido junto do autor ou na Junta de Freguesia. A sessão culminou com a partilha de algumas das memórias que os filhos de Maria Bento de Jesus tinham da sua vida familiar e, sobretudo, da sua profícua acção social. E, por fim, os familiares presentes ladearam o monumento para a foto que acima reproduzimos. LMF
Pagamento de assinaturas Caro assinante, com a continuidade da pandemia, não podemos fazer a cobrança de assinaturas porta a porta, como era hábito. Assim, apelamos ao pagamento por outros meios. Poderá consultar o último ano pago na sua folha de endereço. Por cada ano são 10 euros (15 Europa; 20 outros países). Sugerimos 4 opções: • Por transferência bancária para o IBAN PT50 0045 5080 4017 1174 2866 5 (meio preferencial; pedimos confirmação (nome e NIF) para geral@jornaldagolpilheira.pt). • Por Mbway, para o número 910 280 820 (identificar nome do assinante na descrição). • No bar do CRG, diariamente, das 07h30 às 24h00. • Por cheque, para: Jornal da Golpilheira - Est. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA. Muito gratos pela colaboração, a direcção do Jornal da Golpilheira!
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
política
Câmara Municipal, Assembleia Municipal e Assembleia de Freguesia
Eleições autárquicas a 26 de Setembro Estão marcadas para o próximo dia 26 de Setembro as eleições autárquicas em todo o País, que irão ditar a constituição das equipas que irão dirigir os órgãos do poder local. Todos iremos receber três boletins de voto: para a Câmara Municipal, órgão executivo da política concelhia, para a Assembleia Municipal, órgão deliberativo, de controlo da acção camarária e local por excelência do debate das diferentes ideias políticas, e Assembleia de Freguesia, também deliberativo e de onde será constituída a futura Junta, o órgão executivo (apenas o presidente é eleito directamente). Se as eleições são sempre um momento importante da nossa vida social e da prática da democracia, são-no de forma especial as autárquicas, já que se trata de eleger aqueles que mais próximo dos cidadãos exercem cargos de gestão do património legado pelo passado, da vida corrente do presente e dos investimentos em ordem a um futuro melhor. Não podemos, por isso, deixar de incentivar todos a irem votar. É o exercício de um direito, conquistado com esforço por tantos que lutaram por essa liberdade e universalidade de expressão da vontade popular. É também o cumprimento de um dever, pois cada um de nós é responsável pelo destino colectivo da sociedade em que vive. Abdicar dessa participação ou deixar que outros decidam por si é prejudicar o conjunto da população, que será, cada vez mais, gerida por menos pessoas, muitas vezes com interesses particulares nesse domínio ou com intenções menos rectas no aproveitamento do adormecimento colectivo.
Candidatos à Câmara Municipal da Batalha
CDS – Partido Popular Horácio Moita Francisco Sidónia Liliana dos Santos Neto Cátia Liliana Marques Campos Hélder José Marques Pina Metello de Nápoles Ana Carolina da Felicia Teixeira João Miguel Pereira Rebelo Ana Cristina Reis Vieira
Sara Santos
Chega Sara Alexandra Duarte dos Santos Nelson Luís de Sousa Dias José Conceição Fonseca Edite Antunes Lino da Silva Pereira João Miguel Bento Almeida Cecília Maria Guerra Duarte Vera Mónica Drago Ferraz
CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP – PEV) José Joaquim Filipe Valentim Pedro Jorge Vale da Serra Seixas Maria Filomena Rebelo Ferreira Lima Armando Pedro Matias Ceiça Nídia Miriam Martins Veríssimo Alfredo Manuel Marques Pereira Albino Lopes Carreira Mendes
IL – Iniciativa Liberal Dário Rafael Pinto Florindo António José Soares Ferreira dos Santos Inês Nunes Novo Samuel Carreira Remédios Andreia Marisa Carreira dos Santos Samuel Matias de Sousa Elisabete Pereira Varino
Campanha
A campanha já está na rua, seja em cartazes, em visitas domiciliárias, em grandes eventos de massas. A maioria dos partidos já apresentou publicamente as equipas de candidatos aos vários órgãos a que concorre. No último mês antes do acto eleitoral, será mais aguerrida essa acção.
Movimento Independente “Batalha é de Todos” Raul Castro Carlos Agostinho Monteiro Mónica Cardoso Maribela Vieira Fernando Ferreira Célia Ferreira Tânia Jordão
PSD – Partido Social Democrata Paulo Jorge Frazão Batista dos Santos André da Costa Loureiro Ana Rita André Costa E Silva Calmeiro Nuno Augusto Silva Almeida Vanda Patrícia Finos Carreira Luciano Pedrosa Gonçalves André Emanuel Bento Sousa
política • 5
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Candidatos à Assembleia Municipal da Batalha
Idealmente, deveria ser tempo de apresentação de ideias, projectos, programas, características diferenciadoras dos adversários, em detrimento de ataques pessoais, jogos baixos contra a reputação de outros, e menos ainda de propalação de falsidades, calúnias ou mentiras. Mas todos sabemos como é difícil resistir a essa tentação quando o combate “aquece”. Resta esperar que todos saibam manter a decência acima do limite do aceitável.
Informação
CDS – Partido Popular Francisco Manuel Santos Coutinho Rita Salomé Pereira Vieira José Armindo Monteiro de Matos Carolina Maria Gomes Ferreira Maria Helena Pimparel R. Guerra Abílio Reis Oliveira Tiago José Bastos Medeiros Isilda Maria Anjos Carreira Vieira Pedro Alexandre Lima da Costa Hélio Rafael Frazão Baptista Maria dos Prazeres B. Silva Gregório Pedro Fernando Rebelo Vieira André Filipe Cerejo de Jesus Bastos Ana Rita Ruivo Cordeiro da Silva Vanessa Oliveira Rito Carlos Alberto Bastos Ribeiro Mariana Castro Graça Ana Cristina Monteiro Carreira Nuno Ricardo Vieira Moita Sandra Renata Carreira Vieira Zé Pedro Franco
CDU – C. Dem. Unitária (PCP – PEV) Maria Filomena R. Ferreira Lima José Joaquim Filipe Valentim Pedro Jorge Vale da Serra Seixas Nídia Miriam Martins Veríssimo Albino Lopes Carreira Mendes Armando Pedro Matias Ceiça Maria Manuela L. Oliveira Ferreira Alfredo Manuel Marques Pereira Mário Pedrosa Filipe Ferreira Júlia Maria Nunes Ventura Jorge José António Nunes Arsénio Rogério Tocha Franco Maria Elisa dos Santos Pereira Silva José Mateus Manuel Maria Marques Maria Adelina P. Bonita Rodrigues Horácio de Jesus Vieira Rodolfo Fonseca Bonita Maria Filomena P. Ferreira Rodrigues Augusto de Jesus Próspero Maria Manuela S. Pereira Novo
Chega Eduardo Manuel C. Marques Veiga Maria Filipa C. Padrão Maia Caetano Natália de Jesus G. Ramos Jacinto Márcio Miguel Pedrosa Vieira Cátia Alexandra Filipe dos Santos Ana Cristina Pedrosa Vieira Elsa Maria Carvalheiro da Cruz Alfredo Santos Monteiro Cristiane Mota de Vasconcelos Abel da Cruz Teixeira Tânia Marisa Calado Pacheco Telmo André Moreira de Oliveira Edite Antunes Lino da Silva Pereira Joaquim Luís Morgado Ruivo João Miguel Bento Almeida Maria João Sousa Melo Rui Daniel Rodrigues da Silva Jaime Rino dos Santos Paulo Sérgio Fonseca José Ferreira Bento Isabel Maria Guerra Duarte
IL – Iniciativa Liberal Ricardo António Matias Vala Pedro Costa Marques Dália Sofia Sousa da Silva João Gonçalo Ratinho Pereira Joana Gregório Bastos David Ferreira Silva Patrícia Miguel Capitão Ferraz Ivan Alexandre Costa Guerra Paula Cristina S. Gomes Carvalho Jorge Manuel Andrade de Sousa Inês Costa Marques Jorge Filipe Ferraz Santos Susana da Silva Tomás Pedro Filipe Caldeira Rosa Elisabete Maria da Silva Melo António Manuel M. Ferreira Simões Daniel Filipe Moreira Pereira Sara Filipa Denis Ângelo Tiago João Monteiro Ruivo Catarina Mateus Pereira Denys Radovich Bezhan
Mov. Ind. “Batalha é de Todos” Joaquim Ruivo Armando Rosa Célia Cadima José Filipe Elsa Libânio Octávio Vilaça Telmo Ferreira Lina Oliveira Valter Cardoso Arlindo Marques Cristiana Moreira Carlos Jordão Tiago Ceiça Maria João Oliveira Nuno Moço Helena Barreiros Pedro Gil Sofia Ligeiro João Bastos Marco Melo Edna Jordão
PSD – Partido Social Democrata Alfredo Monteiro de Matos Sónia Isabel Jordão Costa Germano Santos Pragosa Nuno Miguel Silva Santos Catarina A. da Cruz Bagagem Fernando Miguel R. Marques Carlos Alberto Monteiro Santos Elodie Carreira Zeferino Hugo Frederico Pedro Vicente Vitor Manuel Monteiro Correia Raquel Maria Cunha Ferreira Frederico Manuel Santos Alfaro Eduardo A. M. Prior de Almeida Inês Alexandra Cordeiro Santos Cristóvão Mira Ribeiro Paulo Sérgio Monteiro Santos Sabina Neves Remédios Moura Pedro Jorge Santos Dias José Augusto Patrício Ferreira Ana Isabel da Silva Ruivo Luís Miguel Ribeiro Ferraz
Por norma, é o primeiro de cada lista que se torna mais mediático, e é claro que esse, que se tornará o presidente da câmara, da assembleia ou da junta, será preponderante na acção executiva ou deliberativa futura. Mas não devemos esquecer que outras pessoas serão eleitas e é o conjunto de uma equipa que a poderá tornar mais ou menos merecedora da nossa confiança. No caso da Câmara da Batalha, serão eleitas 7 pessoas, incluindo o presidente, atribuídas pela percentagem de votos de cada lista (pelo Método de Hondt) e pela ordem nela especificada. No caso da Assembleia Municipal da Batalha, serão eleitos 21 deputados, pelas mesmas percentagens e ordem das listas, a que se juntarão, depois, os 4 presidentes das juntas de freguesia. No caso da Assembleia de Freguesia da Golpilheira, pelo mesmo método, serão eleitas 9 pessoas. A esta distância das eleições não nos é possível apresentar nesta edição em papel, com critérios de tratamento igualitário, as diversas candidaturas, até porque a campanha propriamente dita só acontece de 14 a 24 de Setembro e nem todos os partidos ou movimentos estão com o mesmo ritmo de trabalho. Procuraremos fazer esse acompanhamento até lá, na medida do possível, no sítio jornaldagolpilheira.pt. Em termos de informação e ajuda à decisão dos eleitores golpilheirenses, publicamos nesta edição apenas as várias listas dos candidatos aos três órgãos que serão chamados a eleger (por ordem alfabética). As dados e fotografias foram-nos enviados pelas respectivas candidaturas. Quanto a outras acções de campanha, discursos ou propostas, convidamos cada um dos eleitores a participar nas iniciativas que são promovidas para o público, a ler os folhetos e materiais que são distribuídos, a seguir os sítios e redes sociais das respectivas candidaturas, bem como o debate que acontecerá, cada vez mais, nesses canais da internet. No próximo mês de Outubro, cá estaremos para dar conta dos resultados…
Na página seguinte revelamos os candidatos à Assembleia de Freguesia da Golpilheira >>
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política/ /sociedade
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Primeiro espectáculo pós-pandemia
LMF
Dança do CRG matou saudades do palco
Nove grupos de alunos e professores passaram pelo palco
No passado dia 26 de Junho, o palco do Centro Recreativo da Golpilheira voltou a encher-se de movimento, luz e cor, depois de cerca de um ano e meio em que a pandemia veio ditar o encerramento de quase toda a actividade cultural, associativa e recreativa. Basta lembrar que o último espectáculo ali realizado foi a festa de Natal que a colectividade ofereceu às crianças da Golpilheira, em 20 de Dezembro de 2019. O salão ainda recebeu um convívio de Carnaval, no dia 23 de Fevereiro de 2020, bem como o festival de sopas do rancho folclórico
>> continuação da página anterior
Candidatos à Assembleia de Freguesia da Golpilheira CDS – Partido Popular Samuel Lopes Moniz Luís Ricardo da Silva Monteiro Ana Paula Vieira Lucas José Carvalho Pedro Guerra Adriano de Almeida Vieira Maria Helena Pimparel R. Guerra Joaquim Monteiro Filipe Vieira Joaquim Manuel da Cruz Bagagem Vera Mónica Vieira Frazão
Movimento Independente “Batalha é de Todos” José Carlos Ferraz Sandra Alves Célia Capitão José Ferreira Ana Ferreira Adelino Rito Nídia Rama Rui Nazário Ana Jéssica Caseiro
PSD – Partido Social Democrata Cesário Rodrigues dos Santos José dos Santos da Silva Albertina Moreira da Silva António José Quinta Bento Matos Vasco Nuno da Silva Henriques Maria Isabel Ferreira Soares Vitor Joaquim de Almeida Cruz José da Cruz Bagagem Eduarda Maria Cordeiro Fernandes
“As Lavadeiras do Vale do Lena”, no dia 29 desse mês, e encheu-se pela última vez no dia 8 de Março, num “Almoço dos Amigos do CRG”. Depois disso… veio o confinamento, o silêncio, a tristeza que tem marcado estes últimos meses e que ainda agora limita em muito a nossa vida pública. Também por isso, esta demonstração de final de ano lectivo das turmas da Escola de Dança do CRG teve um sabor muito especial. Cumprindo as normas em vigor de distanciamento, higienização e lotação limitada, a sala estava cheia, mas com muito espaço livre. Praticamente só os pais e familiares mais próximos dos alunos puderam participar. Ainda assim, os vários grupos actuaram com dedicação, brilho e entusiasmo, como se uma multidão de outros apreciadores estivesse presente. Foi um grande espectáculo de dança, com cuidadas coreografias preparadas e ensaiadas pelos professores Alexandra Almeida, João Ferreira e Patrícia Correia. Desde as crianças que estão a dar os primeiros passos de dança até às adolescentes e jovens que apresentam já uma qualidade de grande nível, todos deram o seu melhor e mereceram rasgados aplausos da assistência. Ao todo, por vezes com peças executadas em conjunto, foram nove os grupos presentes em palco: Dancing Devils, Shining Stars, Dancing Angels, Up Squad, Make-it Crew, Savage Crew, CRG Dancers, Fire Up e Free Style. No final, os agradecimentos recíprocos entre alunos, pais, professores e a direcção da colectividade, elogiando o trabalho e dedicação de todos para que esta Escola de Dança continue a ser fonte de formação, convívio e divertimento para várias dezenas de crianças e jovens. Ficou no ar a esperança de que, em breve, possamos voltar a ter este palco cheio, com a regularidade que lhe era característica. LMF
eclesial • 7
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Comunidade Cristã da Golpilheira
Com as restrições ainda em vigor quanto a festas e romarias, não foi ainda este ano que tivemos o regresso dos festejos religiosos com procissões, arraiais e todo o ambiente que lhes é característico, de que todos teremos saudades… Ainda assim, os nascidos em 1981, festeiros deste ano, quiseram assinalar no primeiro domingo de Agosto, dia 1, a festa possível em honra do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro da Comunidade Cristã da Golpilheira. Foi uma celebração muito simples, mas vivida intensamente, com a Missa às 09h30, em que 13 deles marcaram presença e ajudaram na celebração. A igreja encheu-se e abriram-se as portas para possibilitar a participação de mais algumas dezenas de pessoas no exterior, mantendo as regras do distanciamento, da desinfecção das mãos e do uso obrigatório de máscara. No interior, o andor do Padroeiro estava adornado com flores e
LMF
Festa do Padroeiro simples, mas intensa
Os nascidos em 1981 foram os festeiros
a animação litúrgica fez, de facto, jus a uma verdadeira Missa da festa. Também com alguns ar-
ranjos ornamentais esteve o adro, destacando-se uma “amostra” do cordão de murta e outros dos sinais que
IGREJA COM RECEITAS ESCASSAS E DESPESAS INESPERADAS Vimos junto da Comunidade Cristã da Golpilheira apelar ao contributo de todos na “festa” deste ano, um pedido que resulta das contingências dos tempos actuais. Como é sabido, as festas são a principal fonte de receitas anual das nossas igrejas. Há dois anos que não se fazem e isso vem limitar em muito a capacidade de pagar as despesas correntes, como água e luz, e mais ainda os pequenos arranjos, reparações e obras que se revelem inadiáveis. No caso da Golpilheira, tiveram de ser feitas, no início de 2020, três novas salas de catequese no piso superior do salão e transformadas duas em uma no anexo da igreja, pois a regra do distanciamento obrigou a encontrar espaços mais amplos. Isto, além de termos dois grupos a funcionar nas instalações de São Bento e outro numa sala emprestada pela Junta de Freguesia. No total, foi um investimento de cerca de 20 mil euros. Também se completou o
arranjo da escada do pórtico principal, que estava em adiantado estado de degradação e com risco para os utilizadores, já previsto desde a remodelação inaugurada em 2016. Custou cerca de 3.000 euros, pois contámos com oferta da pedra e do respectivo corte. Outra obra que não pôde parar foi a dos vitrais, pois era necessário concluí-la para não se perder o acesso aos 30.000 euros do orçamento participativo que este projecto venceu em 2017. Esse dinheiro já veio, mas já tinha destino aos vitrais, que vamos acabar de pagar. Entretanto, verificou-se uma forte infiltração de águas no salão de festas. Foi necessário colocar telas e repor algumas estruturas danificadas, no valor de cerca de 2.000 euros. Mais recentemente, o granizo forte que caiu na região – e também na Golpilheira – no passado dia 12 de Junho fez também os seus estragos: um dos vidros da clarabóia principal da igreja partiu-se. Já pedimos orçamento para a reparação,
que ainda estamos a aguardar, mas já se sabe que será mais cara a operação de colocação no telhado do que o próprio vidro… As contas da igreja ainda não bateram no fundo, graças ao empréstimo anónimo que ainda se mantém em cerca de 30.000 euros, mas começa a causar preocupação a escassez de receitas e a perspectiva de surgir alguma despesa imprevista a qualquer momento. Daí o apelo à generosidade dos cristãos desta Comunidade. Quem não puder fazê-lo no próprio dia da festa, poderá entregar o seu donativo para este fim até final do mês de Agosto, em que divulgaremos o saldo da campanha. Sabemos das limitações, pois estes tempos estão difíceis também para muitas famílias e empresas… mas não deixaremos de confiar que o Senhor Bom Jesus dos Aflitos a todos ajudará e dará a sua bênção protectora. É por essa intenção que fazemos a festa deste ano. A Comissão da Igreja da Golpilheira
estariam a encher a rua até à igreja “velha” por estes dias. No final da Missa, foram vendidos alguns bolos e houve até encomendas para o domingo seguinte, até ao qual se mantiveram os referidos adornos e onde voltou a marcar presença um grupo dos festeiros “a virar cassetes há 40 anos”. Quanto a uma festa mais “expressiva”, tal como os festeiros do ano passado, também estes ficarão à espera de uma oportunidade para a fazer, em moldes que futuramente serão analisados e combinados entre todos.
“Festeiros” e patrocinadores poderão ainda fazer ofertas
Embora não se tenha feito o habitual peditório pelas ruas e pelas empresas, pelos
mesmos motivos de evitar contactos, a Comissão de Festas e a Comissão da Igreja recolheram algumas ofertas nesse dia das pessoas que quiseram tornar-se festeiras com uma oferta para o Padroeiro. Quem ainda desejar fazê-lo poderá trazer o seu donativo num envelope com essa identificação, entregando-o nas Missas ou a algum dos elementos das comissões, até final deste mês de Agosto, altura em que serão divulgadas as contas. As comissões podem passar recibo aos que o desejarem, bastando indicar os seus dados para tal. A este propósito, publicamos em caixa o apelo recebido da Comissão da Igreja da Golpilheira. LMF
Festa em S. Bento a 29 de Agosto Nos mesmos moldes da festa do Padroeiro, será celebrada a tradicional festa em honra de Nossa Senhora da Esperança, em S. Bento, no domingo 29 de Agosto. A Missa da Comunidade Cristã da Golpilheira, às 09h30, será celebrada no adro da igreja de S. Bento, pelo que não haverá Missa na igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Golpilheira. A Comissão da Igreja de S. Bento e alguns nascidos em 1971 estão a ponderar realizar uma procissão automóvel com o andor, cerca de meia hora antes, pelas ruas da localidade. No final da Missa poderá também haver a venda de alguns bolos ou outros produtos, para angariação de verbas para a festa.
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
entrevista sociedade eclesial
Batalha e Reguengo . palavra dopároco . Padre Tiago nomeado vigário paroquial O padre Tiago Alexandre de Jesus Silva, que tem estado nos últimos dois anos a colaborar no serviço pastoral da Batalha e do Reguengo do Fetal, foi nomeado no final de Junho passado pelo bispo diocesano como vigário paroquial destas duas paróquias. Embora mantenha as funções de capelão do Mosteiro de Santa Clara, em Monte Real, e a colaboração na Câmara Eclesiástica de
P. Armindo Castelão Ferreira Batalha e Reguengo do Fetal armindo.ferreira3@gmail.com
Grupos da paróquia celebraram
“Say Yes” continua rumo às JMJ 2023
DR
Quando os pais pedem à Igreja o Baptismo para os seus filhos, manifestam que para eles é muito importante que os seus filhos conheçam Deus, O reconheçam como Pai e vivam como seus filhos. Por isso, antes do Baptismo, o que preside pergunta aos pais: – “Ao pedirdes o Baptismo para os vossos filhos, tendes consciência do compromisso que assumis de os educar na fé cristã?” Depois da resposta positiva, ele diz-lhes: – “Então, aprendam eles convosco a amar a Deus e ao próximo como Cristo nos ensinou”. “A família, como a Igreja, tem por dever ser um espaço onde o Evangelho é transmitido e de onde o Evangelho irradia. Os pais não somente comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido”. (Paulo VI, EN n. 71) A catequese e a família não devem jamais caminhar de mãos separadas. A Igreja ensina-nos que: “A catequese é uma educação da fé das crianças, dos jovens e adultos. Ela compreende especialmente um ensino da doutrina cristã, dado em geral de maneira orgânica e sistemática, com o fim de os iniciar na plenitude da vida cristã”. (Catecismo da Igreja Católica, 5) Essa não é uma tarefa fácil de ser cumprida e não pode ficar só a cargo da Igreja/catequese. Sendo assim, a importância da família na educação dos catequizandos é máxima. As nossas crianças e jovens precisam de exemplos familiares do caminhar na Igreja. Os pais que colocam seus filhos na catequese precisam de acompanhá-los de perto, tanto no que estão a viver e a aprender, como de complementar essa formação em casa, com bons exemplos, oração, meditação do Evangelho com eles e a participar activamente na vida da Igreja, sobretudo na Santa Missa. De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (2252): “Os pais são os primeiros responsáveis pela educação de seus filhos na fé, na oração e em todas as virtudes. Eles têm o dever de promover, na medida do possível, as necessidades físicas e espirituais de seus filhos.” Os catequistas ensinam Jesus Cristo para que crianças, adolescentes e jovens se tornem discípulos d’Ele. Mas a sua tarefa e missão não tira a responsabilidade da família de continuar os ensinamentos. Pegar no livro de catequese com os filhos, ler o que o texto indica como orientação para os pais, conversar com eles sobre o tema, procurar viver com os filhos as atitudes propostas etc., isto é o mínimo que os pais devem fazer. As famílias podem colaborar para que os catequizandos sejam exemplos de bons cristãos que amam a Jesus, fazendo-os entender que toda essa formação de agora fará parte das suas vidas para sempre. Para isso, é muito importante orientá-los em algumas questões, como: – serem fiéis à Santa Missa, isto é, não faltando; – terem interesse pelas lições e pelos momentos que estão a viver, estando atentos a todos os ensinamentos; – preocupando-se ao máximo para aprenderem e entenderem os temas; – tendo um bom comportamento, tanto na Santa Missa, quanto nos encontros de catequese.
LMF
Família e educação da fé
Leiria, deverá estar mais presente e disponível, até porque passará a viver na casa paroquial da Batalha, com o pároco, padre Armindo Ferreira. Recordamos que o papel do vigário é colaborar com o pároco no exercício do seu ministério pastoral, partilhando com ele algumas responsabilidades, funções e tarefas na condução do Povo de Deus presente nas comunidades que lhe estão confiadas.
Grupo da Golpilheira
No passado dia 26 de Junho, último dia de catequese do presente ano pastoral, e em forma de encerramento, os grupos da nossa paróquia que estão a seguir o programa “Say Yes” encontraram-se no Mosteiro da Batalha para uma linda celebração de partilha e oração, de transmissão de testemunhos cristãos ao longo da história e, em especial, de Adoração
ao Santíssimo. Acompanhados pelo padre Tiago Silva, cada grupo participou nesta celebração, recordando as 9 etapas das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) abordadas até à presente data. Pela Golpilheira, é o 10.º ano (o grupo “Sim Cristo”) que está a seguir este programa, assim como a preparação para a possibilidade
de participar nas JMJ em 2023 com a visita do Papa Francisco, em Lisboa. Todavia, gostaríamos de receber e acolher outros jovens, já crismados ou não… estejam à vontade para se juntarem a nós, as portas de Deus estão sempre abertas! Isabel Costa
Inscrições para a catequese obrigatórias para todos os anos Será obrigatória a inscrição para a catequese em todos os anos, já que não se faz a passagem automática das crianças e adolescentes de ano para ano. O pároco informa que as inscrições
irão realizar-se no dia 28 de Agosto, das 09h30 às 13h00, e no dia 4 de Setembro, das 14h00 às 18h30. Quem não poder nestes dias deverá contactar o pároco ou os responsáveis locais. Os
interessados deverão trazer a cédula de vida cristã, o cartão de cidadão e 10 euros para o catecismo, o seguro para as actividades e o contributo para as despesas de funcionamento.
eclesial • 9
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Primeira Comunhão na Golpilheira
Apesar das contingências da pandemia, que não nos deixam festejar a vida como desejávamos, há momentos que continuam a ser especiais e que não deixam de ser vividos com a intensidade que lhes é própria. As festas da catequese são desses casos e a Primeira Comunhão é-o ainda mais especialmente. É um dia marcante na vida cristã de cada criança, aquele em que recebe Jesus na Comunhão pela primeira vez. Assim foi, no passado dia 27 de Junho, para as 14 crianças que frequentam o 3.º ano da catequese da Golpilheira. Numa celebração cuidada e muito participada por elas, presidida pelo padre Tiago Silva, marcaram presença apenas os seus familiares mais próximos, mas toda a comunidade esteve espiritualmente
LMF
Receber Jesus com alegria
Grupo da Primeira Comunhão
presente e unida à sua festa. De certa forma, todos estamos representados nas catequistas
que os acompanham mais de perto e que tudo fizeram para que fosse uma festa bonita,
a Madalena Costa e a Sofia Ribeiro. Era notória a alegria destes
meninos e meninas por este dia especial, bem como a dos seus pais, que os vêem, assim, a caminhar na fé e na vida em união com Cristo. Nestes tempos difíceis que vivemos, torna-se ainda mais importante assinalar estes momentos especiais e dar graças a Deus por todos os dons que nos vai dando. O seu Corpo em alimento espiritual é, sem dúvida, o maior desses dons, o verdadeiro e único segredo para uma vida plena e feliz. Esperamos que este tenha sido o primeiro de muitos passos de crescimento na fé e que outras festas venham a realizar-se com ainda mais alegria e sem as limitações a que actualmente estamos obrigados. A eles desejamos muitas felicidades! LMF
Verba do orçamento participativo de 2017 já foi recebida
Com a colocação do último vitral no corpo da igreja de Nossa Senhora de Fátima, precisamente aquele que a representa, na lateral do presbitério, podemos dizer que está concluída a grande empreitada que foi esta “aventura” de dotar a nossa igreja com uma verdadeira obra de arte. O momento, vivido no passado dia 13 de Julho, foi assinalado também com a transferência por parte do Município da Batalha dos 30 mil euros do orçamento participativo, que este projecto venceu em 2017 e que desde essa data tem vindo a ser concretizado. Na verdade, falta ainda a colocação de um último painel, uma espécie de “bónus”, no janelão da torre da igreja, já fora da visibilidade interior, PUB
mas que contribuirá para a uniformidade do seu aspecto exterior. Esperamos colocá-lo em breve e perspectiva-se para Maio do próximo ano, esperando que as condições de saúde pública o permitam, uma grande festa de inauguração. Trata-se, na verdade, de uma grandiosa obra de arte, cujo projecto iconográfico foi traçado por Marco Daniel Duarte, director do Departamento Diocesano do Património, passado a imagem pela conceituada pintora Sílvia Patrício e executado com mestria pelo Atelier Vitrais Portugal. Num investimento superior a 50 mil euros, que contou também com um donativo particular de 10 mil euros, este passa a ser um património único na
LMF
Mais um vitral colocado na nossa igreja
Novo vitral em primeiro plano
nossa freguesia e de referência a nível regional e até nacional. A seu tempo divulgaremos mais alguns pormenores sobre esta obra grandiosa e o que ela
significa no contexto da arte sacra contemporânea. Esta era a última etapa da grande remodelação que este templo sofreu em 2016,
bem como a reconstrução da escadaria do pórtico principal, também concluída por estes dias. A Comissão da Igreja
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
eclesial
Conterrâneo padre João da Felícia escreve-nos do Brasil
Na nossa edição de Julho/ Agosto do ano passado, publicámos uma “Carta do Brasil” do nosso conterrâneo padre João Monteiro da Felícia, onde nos contava ter apanhado a doença Covid-19 e como foi doloroso e quase terminal o que sofreu. Foi o testemunho na primeira pessoa, impressionante, de como quase desistiu, mas nunca perdeu a fé e a esperança. Desde então para cá, recebemos, de vez em quando, uma mensagem sobre como tem recuperado e está quase sem sinais da doença. Mas quisemos saber mais e pedimos que nos enviasse um novo testemunho, com algumas memórias da infância e do seu percurso sacerdotal. É esse texto que partilhamos agora com os leitores. João da Felícia, assim conhecido na minha terra, Golpilheira, Batalha, Leiria-Fátima, Portugal, nasci numa família católica praticante. Ao domingo tinha de ir à Missa, pois o pai me controlava e dizia: quando eu chegar na igreja quero te ver lá. Até aos 15 anos, morei com a família. Trabalhei até essa idade nas terras do Sr. Afonso Pereira. A vocação nasceu desde pequeno. Mas só entrei aos 15 anos no seminário. Fui ajudado pelo seminarista António de Almeida. Fui protegido pelo pároco José Gonçalves. Fui PUB
DR
Como se faz uma vida de 60 anos de missão
P. João em acção pastoral na Bahia, paróquia São João Batista, Jaguarari
convidado a entrar no seminário pelo padre Aldo Mongiano, superior da Consolata em Fátima, enquanto semeava feijão com os meus pais, na Bajeira, junto ao rio Lena. Em 15 de Outubro de 1952, entrei no seminário da Consolata em Fátima, com um bom enxoval oferecido pelo meu bom povo e preparado com muito carinho pela costureira Maria Emília Almeida, do Choupico. Completei os estudos no seminário da Consolata em Fátima. Em 2 de Outubro de 1961 iniciei o noviciado na Certosa di Pesio, Itália, com 61 colegas vindos de várias partes da Itália e fora da Itália. Completei os estudos de teologia no seminário maior em Turim, Itália. Em 17 de Dezembro de
1966, fui ordenado sacerdote na cidade de Turim, Itália, com 47 colegas vindos de várias partes do mundo. No mês de Julho de 1966, celebrei a minha primeira Missa com o meu povo que me acolheu como filho querido. O pároco era o padre Inácio, que tinha sucedido ao padre José Gonçalves. Em 17 de Novembro de 1966, embarquei para as missões de Moçambique. No dia 17 de Dezembro de 1967, estava chegando a Nacala, porto marítimo ao Norte de Moçambique, depois de um mês de viagem no navio “Pátria”. Fiz a minha primeira experiência de missão na vigília de Natal, na missão de Maúa, Moçambique, confessando os fiéis, misturando Makua, língua local, com Português.
Fiquei trabalhando em várias missões. Em uma visita dos bispos à diocese de Vila Cabral, hoje Lechinga, para a posse de D. Eurico, fizeram uma paradinha em Nova Feixo, hoje Kuamba, onde eu era pároco. Ali, o cardeal de Maputo, D. Alvim, durante o almoço, perguntou aos outros padres: quem é esse rapazinho? Ele é o pároco, responderam… Deixei Moçambique em Agosto de 1972, por ordem do Superior Geral, padre Mario Bianchi, que me mandou preparar para trabalhar com seminaristas. Em 9 de Outubro de 1972, entrei na faculdade dos salesianos em Roma, PAS = Pontifícia Academia Salesiana, hoje é PUS = Pontifícia Universidade Salesiana, para actualização em “ciências da
educação”, fazendo psico-pedagógicas e espiritualidade. Foi um ano super-interessante e me preparei para trabalhar na educação de jovens seminaristas da Consolata. Em Março de 1974, estava em Erexim, Rio Grande do Sul, Brasil, para trabalhar na formação de jovens seminaristas, minha primeira missão no Brasil. Em 1979, estava no seminário José Allamano, na Pedra Branca, São Paulo, para a formação de jovens seminaristas da filosofia. Em 2 de Outubro de 1982 estava no Cacém, Lisboa, Portugal, na formação de jovens seminaristas de filosofia portugueses. Em 1995 estava na Plataforma, Salvador da Bahia, Brasil, para uma nova experiência na paróquia dedicada a São Braz. Passei ainda em outras paróquias, como: Jaguarari, Bahia, cujo padroeiro era São João Batista; Nossa Senhora da Consolata, em São Paulo; Imirim, paróquia dedicada a Nossa Senhora de Fátima em São Paulo, ajudando o padre Paulo Mzé, de Moçambique. Dois anos depois, voltei à paroquia de São João Batista, em Jaguarari, como pároco. Em 2018, já estava na paróquia de São Marcos Evangelista, Pedra Branca, São Paulo, ajudando o padre Stephen, do Kenya. Agora, continuo nesta mesma paróquia, ajudando o padre Aquileo Fiorentini, brasileiro, que é o pároco. Em Abril de 2019, peguei a Covid 19. Consegui vencer, dado que já 25% dos pulmões estavam infectados. Fez um
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
“Just a Change” ajuda famílias pobres
60 anos de vida consagrada!
Estou a preparar a celebração de uma data muito especial para mim: em 2 de Outubro de 2021 vou celebrar 60 anos de vida consagrada no Instituto dos Missionários da Consolata! É uma bênção enorme que recebi de Deus e das virgens por onde passei: Nossa Senhora de Fátima (Portugal), Nossa Senhora da Consolata (Itália) e Nossa Senhora Aparecida (Brasil). É também uma protecção do bem-aventurado José Allamano, fundador do Instituto dos Missionários e Missionárias da Consolata e uma presença constante da Consolata, nossa padroeira. No meu projecto inicial, não tinha pensado nisto tudo. Mas no projecto de Deus já estava estabelecido. Louvo o Senhor Deus, por esta data que vou celebrar este ano. Um agradecimento a todas as pessoas que me ajudaram e ainda me ajudam para que o plano de Deus se realizasse em mim. A felicidade é maior do que o meu coração. Muito obrigado. Deus recompense todo mundo: o meu povo, que me ajudou a resolver muitas situações de fome nas missões por onde passei e o Instituto que me formou a ser missionário para os povos mais carentes nos três conti-
nentes onde semeei a Palavra de Deus. Se eu pudesse voltar atrás e recomeçar tudo de novo, acredito que não teria que mudar muito, apenas aperfeiçoar muitíssimas coisas que fiz imperfeitamente por falta de conhecimento adequado naquele momento. A maturidade da pessoa, ela vai acontecendo progressivamente em todas as dimensões. O meu arrependimento é apenas por não ter feito tudo bem e ter machucado alguém. Não era essa a minha intenção. Peço perdão a todas as pessoas. Nestes 60 anos de vida consagrada à missão, tenho lembranças excelentes. Tenho também algumas mágoas, já completamente apagadas. Quero agradecer por este tempo de graça, de estudo da Palavra de Deus no original hebraico, que pude estudar nestes últimos anos e de poder servir os paroquianos com mais competência. Ao terminar esta “conversa”, afirmo estar feliz por ainda poder ajudar na missão aqui na Pedra Branca onde me encontro, servindo as várias comunidades. Um obrigado especial ao padre José, ex-pároco da Batalha, que sempre me apoiou, e ao Luís Miguel, que fez para mim e para a missão um trabalho extraordinário. Obrigado a toda a minha família. Obrigado a toda a paróquia da Batalha e à minha comunidade da Golpilheira. Com a vossa ajuda fiz, em vosso nome, muitas obras de caridade. Fé e obras vão juntas. Desejo a todos vocês felicidades nas suas vidas e um coração cheio de renovada esperança. Faço constantemente uma oração por vocês. Sempre estive muito longe, mas nunca vos esqueci. Peço a Nossa Senhora de Fátima que vos proteja em cada momento das vossas vidas. Com a minha bênção sacerdotal: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Ámen. Padre João Monteiro da Felícia, Missionário da Consolata “ad gentes”
Mais de 350 voluntários reabilitam 55 casas no Verão Chama-se “Camp In” e é organizado pela associação “Just a Change”, um projecto que, entre os meses de Julho e Agosto, dinamizou, neste ano, 11 campos de Verão para reabilitar 55 casas particulares, de cerca de 100 beneficiários, mudando a realidade de quem nelas vive. Esta é a 7.ª edição de um projecto que teve início em 2015 e que já aumentou em cerca de 800% o seu volume de intervenção. “Para além do foco habitual na melhoria das condições habitacionais, as obras deste Verão têm diversos projectos inovadores: instalação de vários painéis fotovoltaicos que permitem maior eficiência energética, para além de garantir maior conforto aos seus habitantes. Os restantes trabalhos variam desde a construção de telhados integrais, casas-de-banho de raiz e instalação de sistemas de água quente’’, explica a instituição. O “Camp In” tem lugar em vários concelhos de Portugal: Óbidos, Sever de Vouga, Faro, Loulé, Alandroal, Portimão, Lagoa, Vila Pouca de Aguiar, Tondela e Torres Vedras. As habitações são normalmente sinalizadas por instituições locais, com o apoio das câmaras municipais e das juntas de freguesia. A associação analisa depois caso a caso. “O contexto rural está repleto de isolamento social e de pobreza profunda, que afecta o contexto habitacional. Os campos têm permitido ao “Just a Change” actuar em zonas do território nacional onde seria difícil implementar projectos de reabilitação de casas ao longo do ano’’, acrescenta a organização. Esta forma inovadora de actuar traz enormes benefícios ao projec-
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ano em Março de 2021. Tomei a vacina Coronavac, já este ano. Estou bem activo nas actividades pastorais da paróquia. Sinto-me bem. Louvado seja Deus! Com todas estas mudanças, sou eu mesmo, o rapazinho, o João da felícia, com 84 anos feitos neste dia 6 de Abril de 2021, um padre missionário da Consolata em caminho, itinerante, em saída constante, como cigano da Palavra de Deus em três continentes: Moçambique, Portugal, Brasil. Sou eu, o vosso filho, que vocês apoiaram desde o primeiro momento que entrei no seminário de Fátima em 1952. Obrigado, meu povo da Golpilheira! Rezo sempre por vocês. Nunca vos esqueço.
to, o que tem permitido que este alcance o seu resultado principal: trazer conforto, dignidade e esperança a quem não tem uma habitação condigna para um ser humano. Desde 2010, já reabilitaram mais de 220 casas e 65 instituições, impactando a vida de mais de 4.700 beneficiários em 18 municípios do País, mobilizando mais de 5.000 voluntários nacionais e internacionais. Mais de 60 mil portugueses ainda vivem sem água canalizada nem saneamento e mais de 30 mil não têm electricidade em casa… Ângela Susano
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
eclesial cultura
. museudetodos . Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
Museu da Batalha acolhe a exposição de “Vitória” – Residência artística de desenho
Câmara e IPL assinam protocolo
Semana dedicada à cultura na Batalha 20 estudantes este ano, devido ao contexto da pandemia. Para esta iniciativa, o Município apoiará com 4 mil euros anuais, tendo intervenção em todas as etapas do desenvolvimento do processo – definição da programação, método de selecção dos participantes, divulgação e avaliação do evento, para além do acolhimento de actividades, com uma programação adequada e específica para o Concelho da Ba-
Município da Batalha e o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) assinaram um protocolo de cooperação interinstitucional para promoção de uma Semana Temática dedicada à Cultura, nos anos de 2021, 2022 e 2023, destinada a estudantes do ensino secundário. A semana será realizada, preferencialmente, no mês de Julho, com o envolvimento estimado de 50 estudantes do ensino secundário e 4 monitores, sendo apenas
talha. A Fórum Estudante participa igualmente neste projecto como co-promotora da semana temática dedicada à cultura, envolvendo-se na divulgação da iniciativa, selecção de participantes e apoio logístico e de recursos humanos, inclusive através da disponibilização dos materiais produzidos aos participantes em todas as actividades realizadas. Na cerimónia de assinatura do protocolo,
no dia 12 de Julho, o presidente do Instituto Politécnico de Leiria, Rui Pedrosa, sublinhou a importância das parcerias desenvolvidas com os municípios, em particular com o Município da Batalha, “o único da região que se encontra a desenvolver uma residência para estudantes, área especialmente relevante para o desenvolvimento do ensino superior da região”.
“A Arca dos Contos”
O MCCB destaca, nesta edição, a nova exposição temporária que está patente no Laboratório da Memória Futura, no seu espaço. “Vitória” é o nome desta mostra que agora tem espaço no Museu de Todos, depois de esta ter estado patente no Mosteiro de Santa Maria da Vitória. Os trabalhos em exposição resultam de uma residência artística realizada por estudantes da Escola Superior de Artes e Design – Caldas da Rainha (ESAD. CR), do Instituto Politécnico de Leiria, em colaboração com o Mosteiro da Batalha e o Município da Batalha. O projecto, realizado em Julho de 2019, é inserido inserida no LIDA – Laboratório de Investigação em Design e Artes. No decorrer da residência artística, que teve a duração de uma semana, os jovens participantes exploraram espaços reveladores da vida quotidiana dos frades dominicanos, como a antiga adega ou a cerca conventual, onde se localizavam os lagares e um moinho, junto ao rio Lena. Para além do monumento, inserido na lista de património UNESCO, os participantes puderam ainda explorar a zona serrana do concelho da Batalha. Da experiência de habitar o monumento e os espaços envolventes, de dia e de noite, resultaram diversos cadernos de desenho. Os desenhos, apresentados em várias técnicas, expressam detalhes decorativos do monumento, nomeadamente os ornamentos em cantaria ou os grafitos medievais. Os trabalhos revelam ainda aspectos pertinentes como a acção da água na pedra calcária. Nesta exposição, é possível, por isso, ver alguns pormenores de locais emblemáticos como as formações geológicas da Pia do Urso. Este projecto dá cumprimento à missão do MCCB no que toca à colaboração com instituições e estudantes, havendo espaço para as artes e para a criatividade. A exposição pode ser visitada durante o horário de abertura do Museu da Batalha, de quarta-feira a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Refira-se ainda que, até ao dia 30 de Setembro de 2021, as entradas neste museu são gratuitas.
No final deste ano lectivo e com uma 2.ª fase prevista para o próximo de 2021/2022, “A Arca dos Contos em Movimento” propõe uma viagem com vista à descentralização cultural e pedagógica pelas escolas do 1.º ciclo do concelho da Batalha. Atenta às vulnerabilidades impostas pelo recente período de ensino à distância, a associação cultural “Kind of Black Box” criou, com o apoio do Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes, do Município da Batalha e da Apenas Livros Editora, uma oportunidade única de proximidade com as crianças através do ensino de expressões artísticas. O actor e encenador batalhense Tobias Monteiro regressa à sua vila natal para promover e complementar a qualiPUB
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O teatro vai às escolas
Alunos são envolvidos na produção
dade do serviço público de oferta cultural, educacional e social. Com a actriz Patrícia Duarte, leva preparada uma “black box” ambulante e uma oficina de artes performativas para pôr os alunos do Agrupamento de Escolas da Batalha, onde iniciou a sua escolaridade, a pensar, criar e celebrar o teatro. Esta aventura começa com a entrada de uma carrinha “transformer”
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no recinto da escola! É nesta unidade móvel que o trabalho de criação e encenação será feito inteiramente pelas crianças. Aqui, os jovens aprendizes poderão ficar a saber sobre escrita criativa, criação de personagens, luminotecnia, sonoplastia e figurinos. O resultado final é uma história criada, contada e encenada pelas próprias crianças. Os temas abordados PUB
ao longo do ano lectivo em sala de aula poderão saltar da teoria para a prática nestas mini-narrativas da autoria dos mais jovens criadores do nosso país. E não é só a língua portuguesa que será posta à prova. Todas as disciplinas contam! Os actores que acompanham este processo e a “Kind of Black Box” estão preparados para todo o tipo de desafios…
cultura • 13
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Exposição de quadros 3D
Emigrante golpilheirense mostra arte original
DR
Mais um grande evento com lotação esgotada e online
Festival Artes à Vila
O Festival Artes à Vila de 2021 esgotou todos os lugares disponíveis para os concertos nas Capelas Imperfeitas, uma média de 100 pessoas por concerto, no Mosteiro da Batalha, num evento que decorreu nos dias 25 e 26 de Julho. A transmissão via “streaming”, nas plataformas do Artes à Vila e RTP Palco, entre as 16h15 e as 23h00, alcançou as 5 mil visualizações no directo. O conteúdo audiovisual esteve disponível na íntegra durante uma semana maximizando o total de visualização, e estará disponível na RTP Palco, RTP 2 e Antena 1. “Para a 4.ª edição do festival, procurámos manter o programa focado na música portuguesa e música do mundo regressando
aos espectáculos com público presencial e transmissão online do festival a partir do programa artístico em directo do Mosteiro”, refere Eduardo Jordão, coordenador da organização. O Artes à Vila apoia a economia da cultura a manter a música bonita a tocar, promovendo músicos consagrados, como Benjamim, JP Simões e Dulce Pontes, e artistas emergentes, como Telmo Pires, Remexido, não Simão, Moçoilas e as artistas sul-americanas em residência artística no Artes à Vila, LaBaq & Yosune. Os humoristas oVo Mau actuaram ao vivo no primeiro dia do festival e foram também os anfitriões de todo o evento online. “Todas as normais e regras da DGS foram cumpridas não tendo
“Rosas do Lena” no Turismo havido quaisquer registos ou identificação de casos Covid-19, tanto no público como das equipas técnicas e artísticas”, afirma Eduardo Jordão, sublinhando que “a realização do festival Artes à Vila tem sido possível devido ao apoio incondicional de instituições como a DGPC/Mosteiro da Batalha, o Crédito Agrícola da Batalha, a Santa Casa Misericórdia de Lisboa, a Fundação GDA e a Fundação INATEL, bem como os apoios locais do Hotel Villa Batalha e do restaurante Mestre Afonso e os parceiros na divulgação tais como a Antena 1, RTP 2, Região de Leiria, Jornal de Leiria, Jornal da Batalha, Jornal da Golpilheira, entre outros”. Ângela Susano/LMF
Centro Cultural de Belém “descentralizado”
Marta Hugon transmitida no Mosteiro O Centro Cultural de Belém está a promover o projecto “CCB – Cidade Digital”, levando a sua oferta cultural a museus e monumentos nacionais por todo o País, no âmbito de uma parceria estabelecida com a Direcção-Geral
do Património Cultural. Trata-se da transmissão de gravações de espectáculos que aconteceram no CCB e que podem, assim, ser apreciados digitalmente por novos públicos, em lugares especiais da nossa cultura e identidade.
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Nesse contexto, foi transmitido no Mosteiro da Batalha, no dia 10 de Julho, o concerto de apresentação do novo trabalho de Marta Hugon, “Coração na Boca”, que aconteceu no dia 17 de Dezembro no Pequeno Auditório do CCB.
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A golpilheirense Maria do Rosário Costa, natural de Bico Sachos e há muitos anos emigrante na Florida, Estados Unidos da América, regressou recentemente à sua terra natal e está preparar uma mostra de arte para os seus conterrâneos. Trata-se de uma exposições de quadros 3D (tridimensionais), que deverá ser apresentada no Centro Recreativo durante a próxima Semana Cultural da Golpilheira, que esperamos poder realizar em Novembro deste ano. Prometendo que este será “um evento único no nosso País”, a artista convida toda a população e amigos para apreciar o seu talento, em data que será oportunamente anunciada.
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Exposição de miniaturas etnográficas O Rancho Folclórico Rosas do Lena, da Rebolaria, está a realizar a 3.ª edição da série de exposições “O Museu desceu à Vila”, desta vez na galeria do Turismo da Batalha, sobre as miniaturas etnográficas do seu Museu Etnográfico da Alta Estremadura / Casa da Madalena. Com o apoio da Câmara Municipal da Batalha, a mostra foi inaugurada na tarde de 8 de Agosto, numa sessão que incluiu um momento musical pela Escola de Concertinas deste agrupamento folclórico. Ficará patente até 5 de Setembro, podendo ser visitada diariamente das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
Apoio municipal à educação
Cadernos gratuitos para alunos do Concelho Em linha com a prática de anos anteriores, a Câmara da Batalha volta a oferecer todos os livros de fichas escolares aos alunos que frequentam a rede pública, desde o ensino básico ao secundário, como forma de apoio à educação e às famílias. O investimento rondará os 65.500 euros e beneficiará cerca de 1500 alunos. A Câmara adquiriu igualmente material informático para os alunos que não têm meios tecnológicos próprios. Os interessados deverão contactar para cultura@cm-batalha.pt ou 244769110. PUB
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AGENTE PRINCIPAL
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
cultura
Centro Cultural da Barreta
Encontro de concertinas online e nas ruas O Centro Cultural da Barrenta – Grupo Concertinas da Barrenta promove, desde 2002, o já famoso Encontro Nacional de Tocadores de Concertina, no último fim de semana de Setembro, evento que traz à pequena aldeia da Barrenta, em Porto de Mós, centenas de músicos e alguns milhares de apreciadores deste instrumento. Neste ano de 2021, a festa do 20.º aniversario do festival deveria ser grandiosa, mas as precauções a que obriga a pandemia levaram a uma forma criativa de assinalar a efeméride: durante 20 dias, a partir de 6 de Setembro, pelas 20h20, a página do Grupo de Concertinas da Barrenta no Facebook e no Youtube vai disponibilizar conteúdos em directo e em exclusivo para os interessados em conhecer melhor a colectividade e o festival, bem como para agregar os grupos e entidades parceiras que anualmente se associam ao evento. Estes 20 momentos, com duração média de 20 minutos e um total de 400 minutos de produção feita por voluntários, incluirão a retransmissão do encontro de 2019, apresentação da Escola de Concertinas da Barrenta, uma visita guiada à aldeia, intervenções de mais de 50 grupos, etc. A chave-de-ouro será um percurso itinerante de cerca 100 km pelas aldeias do Município de Porto de Mós, no dia 25 de Setembro, num camião-palco que acolherá mais de 10 horas de música. “Não podemos fazer o encontro no formato que sempre fizemos, mas não quisemos deixar de assinalar este dia, que é esperado por muitos tocadores de concertina que se deslocam até à Barrenta ano após ano, mas também, para as populações das aldeias do Município de Porto de Mós, que nos apoiam incondicionalmente”, explica Ricardo Pereira, Presidente do Centro Cultural da Barrenta. Já no ano passado o festival teve de se adaptar, com dezenas de grupos convidados para um encontro “online”, transmitido nas redes sociais, ao longo de cerca de 4 horas e com mais de 35 mil internautas a interagir. E também o percurso itinerante se fez, com “milhares de pessoas que de forma responsável quiseram ver passar nas suas casas e aldeias o Grupo de Concertinas da Barrenta”. A iniciativa conta com o apoio do Município e das Juntas de Freguesia locais, “para delinear um caminho que chegue ao máximo de pessoas possível, sem que haja necessidade de saírem de suas casas, mas mesmo assim possam desfrutar um pouco da nossa música”, esclarece o Ricardo Pereira. Mais uma vez, “objectivo não é só divulgar os grupos que participam e a cultura que engloba a concertina, e que nestes tempos de pandemia não têm tido oportunidade de mostrar o seu empenho e dedicação, mas também dar a conhecer a região e muito dos seus pontos atractivos, sobretudo no que toca às Serras de Aire e Candeeiros”.
Candidatura apresentada para 2027
Leiria + 26 que ser Capital Europeia da Cultura Em 2027, Portugal vai ter uma cidade eleita como Capital Europeia da Cultura, depois de Guimarães em 2012. Em 2015, o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, anunciou a vontade de Leiria se candidatar a esse título. Em 2018, criou-se a Rede Cultura 2027 para preparar esta candidatura, uma rede de 26 municípios com relações históricas entre si e que envolve vilas e cidades das Comunidades Intermunicipais de Leiria, Oeste e Médio-Tejo. Em 2020, foram lançados os primeiros projectos e, em 2021, foi iniciada a escrita da candidatura, que terá de ser entregue no final deste ano. A apresentação oficial foi no passado dia 30 de Julho, no Castelo de Leiria. A equipa redactora será constituída por Ana Bonifácio, Ana Umbelino, Elisabete Paiva, Lígia Afonso e Teresa Andresen Além de Leiria, mais 10 cidades já manifestaram intenção em serem Capital Europeia da Cultura 2027: Aveiro, Braga, Coimbra, Évora, Faro, Funchal, Guarda, Oeiras, Ponta Delgada e Viana do Castelo. As candidaturas serão avaliadas por um Júri. As cidades seleccionadas terão mais 6 meses para desenvolver e acabar os seus projectos e, em 2022, será conhecida a cidade eleita. A vencedora terá 4 anos para preparar o seu projecto.
A equipa
Para dar corpo a esta candidatura, constituiu-se um Conselho Geral (todos os presidentes dos municípios, mais o representante do Instituto Politécnico de Leiria, do Instituto Politécnico de Tomar, da Diocese de Leiria Fátima e do Núcleo Empresarial da Região), um
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Equipa apresentou-se no Castelo de Leiria
Conselho Estratégico (presidido por João Bonifácio Serra e que junta Acácio de Sousa, Ana Umbelino, Anabela Graça, António Poças, Celeste Afonso, João Luz, Joaquim Ruivo, Marco Daniel Duarte, Patrícia Martins, Paulo Lameiro, Samuel Rama e Sofia Rino) e um Grupo Executivo coordenado por Paulo Lameiro, com Rita Grácio, Vera Lagoa e Patrícia Martins. O historiador José Mattoso é o presidente honorário da candidatura. Ângela Susano
Próximos Eventos
13 Agosto – “Oficinas de Verão – Arte em Construção” – apresentação de espectáculo Teatral – Igreja da Misericórdia de Leiria. 14 Agosto – O Amante Do Meu Marido – Teatro – Cine-teatro de Monte Real. 15 Agosto – CriaJazz – Música – Castelo de Leiria. 15 Agosto – Blaya – Cinema – Campo de Futebol de Pataias. 21 Agosto – Dia de São Bernardo 2021 – Música com Jorge Palma – Estádio Municipal de Alcobaça. 27 Agosto – Pai Tirano – Cinema – Teatro José Lúcio da Silva em Leiria.
1 a 30 Setembro – Mostra Bibliográfica “Fábulas e contos para crianças” – Biblioteca Municipal da Nazaré (Sala Infantil). 4 Setembro – Baile dos Pastorinhos – Falando de Etnografia: educação cultural – Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede. 4 Setembro – Tinta Fresca (Teatro de Rua) – Auditório da ACR Comeira, Marinha Grande. 5 Setembro – “Domingar nos Museus”: O Ponto do Conto, por Luís Mourão, musicado por CaosArte – Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho – Santa Eufémia. 10 Setembro – Orquestra de Jazz de Leiria + Salvador Sobral – Teatro José Lúcio Da Silva em Leiria. 18 Setembro – Tiago Bettencourt – 2019 Rumo ao Eclipse – Música – Teatro José Lúcio da Silva em Leiria 19 Setembro – Baile dos Pastorinhos – ALLDANCE Batalha de Aljubarrota – CIBA em S. Jorge. 25 Setembro – Martin Harley – Música – Cine-Teatro de Alcobaça João D’Oliva Monteiro Toda a programação em redecultura2027.pt.
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Sessão solene e animação com assistência limitada
Dia do Município assinalado Apesar dos constrangimentos causados pela pandemia, o Município da Batalha não deixará de comemorar o seu dia de feriado municipal e as festas que tradicionalmente se fazem grandiosas por esta altura. Cumprindo as normas de segurança da saúde, o programa de dois dias decorrerá, sobretudo, no novo parque de eventos Santa Maria da Vitória, junto à zona desportiva da vila, que contará com 900 lugares sentados. Assim, no dia 14 de Agosto, sábado, durante a manhã, de-
correrão as cerimónias oficiais do Dia do Município, com o hastear da bandeira nos Paços do Concelho, pelas 10h30, seguindo-se uma homenagem e deposição de flores no túmulo de D. João I e D. Filipa de Lencastre, na Capela do Fundador do Mosteiro da Batalha. A sessão solene decorrerá no Parque de Santa Maria da Vitória, pelas 11h30, com apontamento musical pela Orquestra Clássica do Centro. À noite, no mesmo local, actuará o grupo local “O Gato Maltês” e a banda nacional “Resistência”.
No domingo, dia 15 de Agosto, decorrerão algumas actividades para crianças e caminhadas desportivas, bem como música tradicional pelas ruas da vila. À noite, sobem ao palco do Parque o artista local Tiago Pinho e o artista nacional Fernando Daniel. Em ambas as noites haverá fogo de artifício. As entradas serão gratuitas, mas limitadas aos lugares disponíveis, devendo os bilhetes ser requisitados na plataforma batalhaonlife.pt.
Cães vão ao recreio
O Município da Batalha irá prolongar até 30 de Setembro de 2021 a isenção do pagamento de mensalidades relativas aos serviços de Actividades Ocupacionais e Centro de Actividades de Tempos Livres dos estabelecimentos de ensino públicos, bem como a isenção de taxas e rendas de todos os espaços concessionados. O presidente da câmara, Paulo Batista Santos, justifica a decisão com a evolução da pandemia da doença Covid-19: “a actual situação pandémica continua ainda a marcar muito a nossa realidade colectiva, previsivelmente durante um período ainda significativo, pelo que se mantém como crítico o apoio aos pequenos negócios e às famílias do Concelho”. Na mesma linha, continuará gratuito o estacionamento na vila, bem como acesso aos equipamentos municipais, como estímulo à retoma da prática desportiva e da oferta cultural.
Câmara contrata enfermeiros
DR
A Câmara Municipal da Batalha contratou 3 enfermeiros para dar resposta ao Centro de Vacinação Covid-19 do concelho, instalado no Centro de Exposições da Batalha – ExpoSalão. Este reforço, previsto até final de Setembro, vem dar resposta a um pedido da direcção da Unidade de Saúde local, antevendo que o regime de férias pudesse “prejudicar o desempenho no centro de vacinação e também a morosidade do processo. Por outro lado, importa acelerar o processo de vacinação e por essa via estancar a evolução dos números da pandemia no concelho da Batalha”, esclarece o autarca local, Paulo Batista Santos. O concelho da Batalha encontra-se desde o dia 22 de Julho, em “risco muito elevado”.
sidente Paulo Batista Santos. Este deverá ser o primeiro de uma rede de equipamentos desta natureza que o município pretende instalar, a pensar na fruição do recreio para pessoas na companhia de animais. Com utilização livre e capacidade máxima para dez cães em simultâneo, o parque
canino do Jardim do Lena conta com oitos equipamentos de agilidade (barreira de salto simples, rampa de escalada, postes de slalom, rampa percurso e roda de salto), bebedouros para pessoas e animais, uma papeleira, dispensador para recolha de dejectos e uma área de estadia para pessoas.
Concurso está lançado
PDM em processo de alteração A Câmara Municipal da Batalha deu início aos trabalhos de alteração do Plano Diretor Municipal (PDM), que deverão estar concluídos no primeiro semestre do próximo ano de 2022, tendo lançado o respectivo concurso por consulta prévia a quatro empresas da especialidade, no valor global de 51.660 euros. A decisão é justificada com “a necessidade de adequar o PDM (revisto em 2015) às al-
ATL e taxas gratuitas
Reforço da vacinação
Parque Canino do Jardim do Lena
O Município da Batalha conta com mais um equipamento dirigido para animais, depois do projecto de abrigo para gatos. Trata-se de um parque canino nascido da requalificação de uma área abandonada na zona desportiva da vila, onde são também instalados equipamentos para exercício ao ar livre, num investimento a rondar os 50 mil euros. “As pessoas estão a mudar o estilo de vida, querem conviver, conversar, passear, trazer os animais ao jardim, andar de bicicleta, fazer jogging ou actividades em máquinas e nós estamos a preparar o nosso concelho para essas novas necessidades dos nossos concidadãos”, explicou o pre-
Medidas prolongadas até Setembro
terações verificadas no quadro legislativo do ordenamento do território”. Para o autarca local, Paulo Batista Santos, “esta será uma oportunidade para realizar alguns ajustamentos nas áreas urbanizáveis, mas também salvaguardar alguns valores ambientais e patrimoniais que hoje se encontram ameaçados por pedidos de exploração de massas minerais”. Em nota à imprensa, a autarquia refere que “partici-
pação pública será igualmente uma fase crucial para melhor fundamentar os ajustamentos necessários, pelo que será aberto um período não inferior a 30 dias para a formulação de sugestões e apresentação de informações sobre quaisquer questões que possam ser consideradas no procedimento. O processo será divulgado nas redes sociais e em pdm.cm-batalha.pt.
Município oferece a grupos em eventos
Testes Covid-19 grátis
A Direcção-Geral da Saúde (DGS) recomenda a realização de rastreios laboratoriais em eventos familiares, designadamente, casamentos e baptizados, bem como quaisquer outras celebrações similares, sempre que o número de participantes seja superior a dez. A Batalha continua a incentivar a realização de testes rápidos à Covid-19 para auxiliar no controlo da pandemia, pelo que o Município permitirá agendamento gratuito para a realização de testes rápidos de antigénio ou através da cedência gratuita de autotestes. Os testes são gratuitos e serão realizados nas Instalações Médicas do Complexo Desportivo da Batalha (Zona Desportiva), devendo os interessados proceder à inscrição, gratuita, através do endereço https://teste-covid.batalhaonlife.pt. “O número de casos resultantes de eventos com jovens e com origem em festas familiares têm aumentado no concelho da Batalha e são um factor de preocupação nesta fase de férias, pelo que iremos reforçar a nossa campanha municipal de testes gratuitos que já leva mais de 12 meses seguidos, primeiro com testes serológicos, PCR convencionais e agora através de testes rápidos antigénicos, tendo realizado até hoje mais de 8 mil testes à COVID-19”, adianta o presidente da Câmara, Paulo Santos. AS
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ambiente
1.º Fim-de-semana da vaca-ruiva!
Parte da equipa Batalha às Invasoras numa saída de observação de plantas invasoras realizada na Batalha em Junho de 2021. Na imagem pode observar-se uma erva-das-pampas sem flor.
O grupo “Aves da Batalha”, embaixador local do projecto “Vacaloura.pt”, aderiu ao primeiro fim de semana nacional dedicado à vaca-ruiva, com uma iniciativa nas Grutas da Moeda, no passado dia 17 de Julho. O projecto existe desde 2016 e tem incentivado a participação cívica para saber mais sobre os escaravelhos da família Lucanidae, como o vaca-ruiva e a vaca-loura. Este é coordenado pela Associação Bioliving, em parceria com a Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, Sociedade Portuguesa de Entomologia e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF). A vaca-loura (Lucanus cervus) é a espécie bandeira do projecto e é também o maior escaravelho que se pode observar em Portugal, sendo uma espécie legalmente protegida. Tanto a vaca-loura como a vaca-ruiva são organismos decompositores de madeira morta e têm, por isso, um papel fundamental na natureza, pois fazem a reciclagem dos nutrientes do solo, promovendo a regeneração sustentável da floresta. Este escaravelho de tons escuros, mede entre 3 e 4,5 cm de comprimento e possui umas mandíbulas em forma de pinça que o distinguem de outras espécies. O Lucanus barbarossa (vaca-ruiva) só pode ser avistado, na sua fase adulta, de Julho a Setembro. As vacas-ruivas podem encontrar-se apenas na Península Ibérica, sul de França e norte de África. Em Portugal, a distribuição conhecida actual da espécie vai de Bragança até à Península de Setúbal, sendo a região centro onde parece ser mais abundante. Esta espécie encontra-se associada a zonas de carvalho-cerquinho, carvalho-negral e azinheira. Desde 2016 foram já ultrapassadas as 300 observações desta espécie tão desconhecida, muito poucas em comparação com as restantes espécies da família. Só no ano de 2020, foram observados quase 200 indivíduos, ano em que pela primeira vez o projecto contou com embaixadores locais dedicados a sensibilizar os cidadãos e a incentivar o mapeamento em regiões onde a vaca-ruiva ocorre. Na região da Batalha, só em 2020, foram avistados 75 indivíduos desta espécie.
Fotos: DR
Procura do escaravelho
Aves da Batalha em destaque
Sucesso da “Batalha às Invasoras” Nem todas as plantas que chegam ao nosso território conseguem estabelecer-se, mas algumas delas, ao serem provenientes de regiões com características muito semelhantes às de Portugal, acabam por se adaptar, reproduzir e, inclusive, expandir para novas áreas. Podem, ainda, conquistar terreno às espécies nativas. Quando alcançam esta fase, designam-se por plantas invasoras. As espécies invasoras constituem uma grave ameaça a diversos níveis: na conservação de ecossistema nativos; na diminuição da disponibilidade de água em lençóis freáticos; nos impactos económicos quando invadem áreas agrícolas florestais e piscícolas; e nos impactos para a saúde pública. Segundo o site “invasoras. pt”, as espécies invasoras são comparadas a uma forma de poluição que, ao contrário de outras, não termina quando se elimina a fonte de emissão. Consciente desta problemática, o grupo Aves da Batalha não ficou indiferente aos desafios lançados pela plataforma “Invasoras.pt”. No final do últi-
mo ano, constituiu duas equipas de cidadãos-cientistas para mapear e divulgar as plantas invasoras que se podem encontrar no concelho! Assim, 12 pessoas assumiram o compromisso na “Batalha às Invasoras”. A equipa dedicada ao desafio da divulgação desta problemática ambiental foi a vencedora nesta categoria. Para dar a conhecer o tema, a equipa criou uma conta de Instagram “batalhainvasoras” no qual foram geradas 26 publicações, incluindo um vídeo dedicado à erva-das-pampas (Cortaderia selloana). A equipa “Batalha às Invasoras” dedicada ao mapeamento de plantas invasoras arrecadou uma menção honrosa do desafio nacional, com 126 avistamentos de espécies em todo o país, de 18 espécies diferentes, nomeadamente a erva-das-pampas, mimosa (Acacia dealbata), cana (Arundo donax) e bons-dias (Ipomoea indica). O concelho da Batalha conta agora com 14 avistamentos registados na plataforma Invasoras de Portugal. Uma batalhense foi tam-
bém a vencedora individual de outro desafio, por ter acompanhado a fenologia de 4 exemplares de erva-das-pampas durante 7 meses seguidos. Cristiana Vieira foi uma das batalhenses que abraçou ambos os desafios e que nos deixa o seu testemunho desta experiência: “Para mim foi uma grande descoberta! Já tinha ouvido falar de espécies invasoras, mas não sabia ao certo identificar quais eram ou quais os problemas associados a estas. Fazer parte deste desafio ajudou-me muito a conhecer todo este mundo e ao mesmo tempo dar a conhecer às pessoas à minha volta. Agora é continuar este caminho e ir procurando quais as melhores formas de combater estas Invasoras!” As vitórias nestes desafios representam os primeiros passos de uma batalha maior: preservar os ecossistemas locais! Para isso é preciso reunir o máximo de informação possível sobre o seu estado e evolução… conhecer para proteger! Maria Soares
Como pode ajudar?
Além de participar nas actividades, pode ainda fazer a diferença neste projecto, bastando para isso tirar uma fotografia ao escaravelho e fazer o registo na plataforma “BioDiversity4All”. Cada registo contribui para aumentar o conhecimento relativo a esta espécie pouco conhecida e compreender o seu estado de conservação. Até ao final de Setembro junte-se aos embaixadores locais do projecto VACALOURA.pt, tais como a Associação PATO, a Associação 30POR1LINHA, o grupo Aves da Batalha, o Helder Cardoso - Biodiversidade & Ecologia, a Lourambi – Associação Ambiental, a Milvoz – Associação de Protecção e Conservação da Natureza e ainda voluntários naturalistas. Conheça mais sobre estas espécies e ajude a mapear estes escaravelhos na sua região. Pode ainda seguir o projecto no facebook ou instagram e acompanhe as descobertas sobre estes fantásticos insectos.
Erva-das-pampas (Cortaderia selloana) em Pataias
Canas (Arundo donax) registadas no Vale do Lena
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Câmara quer comprar empresa junto ao rio Lena A Câmara da Batalha anunciou que “vai encetar o processo de aquisição de pecuária junto ao rio Lena”, tendo em vista o seu encerramento e transformação em parque verde, junto da Ecovia do Vale do Lena em fase de construção. “A autarquia tomou conhecimento da intenção de reabertura desta pecuária na zona do Crasto” e de que o “licenciamento está a ser analisado positivamente pela Direcção Regional de Agricultura”, situação a que se opõe. Segundo nota da autarquia “esta decisão foi avaliada por unanimidade” em reunião do executivo de 12 de Julho, tendo sido “conferido mandato ao presidente da câmara para desenvolver as acções necessárias para a concretização da aquisição” e futura construção
DR
Pecuária poderá ser parque verde
do parque verde, “com uma estimativa de investimento a rondar os 150 mil euros, acrescidos do valor de aquisição da exploração pecuária”. O edil da Batalha adianta que “já tivemos um primeiro contacto com o proprietário da pecuária, com resultados
positivos e estamos confiantes da possibilidade de um bom acordo para a autarquia, mas sobretudo será uma oportunidade de colocar um ponto final num processo de risco ambiental que tem décadas e sem conhecer qualquer resolução”.
Prevenção de incêndios
Os Bombeiros Voluntários da Batalha vão passar a ter uma segunda equipa de intervenção permanente (EIP), após ter sido celebrado protocolo com a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) e o Município. Constituídas por cinco bombeiros em regime de permanência, as EIP visam assegurar o socorro às populações, nomeadamente, em casos de incêndio, acidentes ou catástrofes. A Associação Humanitária do concelho passa, agora, a ter duas equipas, com possibilidade de alocar uma ao quartel sede e outra à delegação de São Mamede. Segundo nota da autarquia, esta foi a resposta a um PUB
DR
Bombeiros com duas equipas de intervenção permanente
pedido do comandante dos Bombeiros Voluntários e representa mais um investimento municipal para “melhorar a eficiência da protecção civil e
das condições de prevenção de socorro à população do concelho da Batalha”, um papel que a autarquia apoia e agradece aos Bombeiros.
Aviso à população
Perigo de incêndio rural - medidas preventivas A Autoridade Nacional de Emergência de Protecção Civil recorda que durante o Período Crítico (1 de Julho a 30 de Setembro) é: − PROIBIDO fazer queimadas extensivas ou queima de amontoados sem autorização. Informe-se na sua câmara municipal ou pelo 808 200 520. − PROIBIDO utilizar fogareiros e grelhadores em todo o espaço rural, salvo se usados fora das zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito. − PROIBIDO fumar ou fazer qualquer tipo de lume nos espaços florestais. − PROIBIDO lançar balões de mecha acesa e foguetes; o uso de fogo-de-artifício só é permitido com autorização da câmara municipal. − PROIBIDO fumigar ou desinfestar apiários, excepto se os fumigadores tiverem dispositivos de retenção de faúlhas. − PROIBIDO usar moto-roçadoras (excepto se possuírem fio de nylon), corta-matos e destroçadores nos dias de risco máximo; evite o uso de grades de discos. − OBRIGATÓRIO usar dispositivos de retenção de faíscas e de tapa-chamas nos tubos de escape e chaminés das máquinas de combustão interna e externa nos veículos de transporte pesados e 1 ou 2 extintores de 6 Kg, consoante o peso máximo seja inferior ou superior a 10 toneladas. Acompanhe a evolução do perigo de incêndio nos sítios da internet da ANEPC, do IPMA e do ICNF, ou junto dos Serviços Municipais de Protecção Civil e dos Corpos de Bombeiros.
Valorlis promove “Eco praias”
Reciclar à beira-mar
A Valorlis irá marcar presença nas praias da região, durante o mês de Agosto, com a campanha “Eco Praias”, realizada em parceria com os municípios, que visa sensibilizar os veraneantes para a reciclagem e separação correcta dos resíduos, também durante as idas à praia. A iniciativa prevê também acções de sensibilização junto dos estabelecimentos comerciais e canal HORECA, onde serão dados a conhecer os ecopontos existentes e esclarecer dúvidas. Entre as actividades propostas e oferta de materiais, será promovido o “Recycle BinGo”, uma aplicação que funciona como um jogo e que premeia o bom desempenho ambiental do utilizador: ao visitar um ecoponto para colocar os seus resíduos, soltam-se os “EcoGifts”, simpáticos bichinhos que irão preencher os cartões “BinGo”. As “EcoMoedas” ganhas podem ser trocadas por prémios, como vales de desconto no supermercado e muito mais. Durante esta campanha, nas praias, os “jogadores” têm a possibilidade de ganhar o dobro das “Ecomoedas”. Poderá ainda ver esta acção no dia 13 na praia fluvial do Agroal, nos dias 14 e 21 em S. Pedro de Moel, no dia 15 na Vieira de Leiria e no dia 22 no Pedrógão. Informações: recyclebingo.pt e redes sociais da Valorlis.
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
sociedade
“Da DOR Para a DOR” (DPD) de Leiria promove
3 webinares “Abraço à DOR” unem 3 associações de dor crónica
Campanha rodoviária de regresso
“Secur’été 2021”
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Desde há 18 anos que a Cap Magellan, a maior associação de jovens lusófonos e lusófilos, dinamiza a campanha “Secur’été 2021”, que visa, primordialmente, sensibilizar os emigrantes em viagem de férias para Portugal para os perigos rodoviários. Excesso de velocidade, falta de descanso, consumo de álcool ou drogas são alguns desses perigos, para os quais dezenas de voluntários entre França e Portugal vão alertando. Além de cartazes, folhetos e outros materiais de informação, a associação promove acções ao longo das principais vias e fronteiras, entre Julho e Agosto, concentrando-se neste mês em zonas de diversão diurna e nocturna em Portugal. O objectivo óbvio é o de promover as boas práticas na condução e, consequentemente, reduzir o número de acidentes e de vítimas entre a comunidade lusófona que se desloca em férias para o nosso país.
“Verão Frangástico”
Lusiaves vai à praia A empresa Lusiaves está a promover, até Setembro deste ano, uma campanha promocional que levará prémios e animação a mais de 50 praias de Norte a Sul do País. Com o mote “Verão Frangástico”, a iniciativa visa aumentar a proximidade da marca aos consumidores e, ao mesmo tempo, apoiar o sector da restauração, nomeadamente, oferecendo vales de desconto na compra de frango assado nas churrasqueiras aderentes. Os pontos de praia contarão, ainda, com sorteio de ofertas, distribuição de materiais promocionais e momentos de animação, em que a mascote da empresa será a cicerone. Toda a programação e mais informação está disponível no sítio e nas redes sociais da Lusiaves.
Numa iniciativa que juntou as três únicas associações de Doentes de Dor Crónica existentes em Portugal, enquanto doença, a Associação de Doentes “Da DOR Para a DOR” (DPD) de Leiria tomou a iniciativa de, em conjunto com a “Associação de Doentes de Dor Crónica de Ponta Delgada – Açores” (ADDCA) e a “Associação de Pessoas com Dor – Força 3P”, do Porto, organizar um ciclo de 3 webinars sobre o tema “Abraço à DOR – 3 Associações de Dor Crónica”. A iniciativa foi acolhida com muito entusiasmo pelas duas associações referidas e o primeiro webinar (conferência virtual) realizou-se no dia 14 de Junho de 2021, das 18h30 às 20h00, uma data com significado especial pois a 14 de Junho de 1999 que Portugal – o primeiro país do mundo a fazê-lo – criou oficialmente o Dia Nacional da Luta Contra a Dor. A data nunca foi fixa, tem sofrido alterações várias e, este ano, será comemorada em Portugal no dia 15 de Outubro. O evento foi moderado por Adélio Amaro, na plataforma digital cedida pela Start-up de Leiria, tomando inicialmente a palavra a presidente da direcção da associação anfitriã, Maria Tereza Fernandes. Começou por fazer os agradecimentos a todos quantos, de alguma forma, estiveram ligados a esta iniciativa: a vereadora da Saúde e Ambiente da Câmara Municipal de Leiria, Ana Esperança, o moderador do projecto,
Adélio Amaro, os palestrantes das três associações envolvidas, a Vítor Ferreira, João Marques e Catarina Louro, vereadora do Desenvolvimento Económico da Câmara de Leiria, pelo apoio prestado e pela disponibilidade da plataforma digital, às entidades públicas e privadas, jornalistas, doentes, sócios e amigos que se quiseram associar ao evento. A vereadora da Saúde de Leiria apresentou um tema de extrema importância para todos, em particular para as associações de doentes, “Responsabilidade Social na Saúde”, a médica fisiatra Helena Manso apresentou o tema “Dor Crónica na Patologia Músculo Esquelética» e Maria Tereza Fernandes falou sobre “Parceria entre as três associações de Dor Crónica». Sublinhou-se o papel da primeira associação de Doentes de Dor Crónica em Portugal, fundada em Ponta Delgada, Açores, no dia 28 de Outubro de 2005, em especial a sua mentora, Maria Teresa Flor de Lima, que se deslocou dos Açores para a apresentação pública da associação leiriense, em 2017, e que ao longo deste tempo tem sido um pilar importante e apoio incondicional a ponto de se considerar “madrinha” da DPD. Pelas suas características pessoais e profissionais, tem contribuído de forma muito especial para unir as associações de doentes, percorrendo o mundo na procura de parcerias, cuja missão visa encontrar soluções que permitam uma vida menos sofrida e mais
confortável a todos os Doentes de Dor Crónica. Na sessão interveio também a presidente da direcção da associação do Porto, Lúcia Pinto, sobre o tema “3P – 3 Práticas Diárias» e a palestrante sua convidada, a fisioterapeuta Sara Costa, sobre “A importância do exercício físico na gestão da Dor Crónica». O webinar terminou com a participação da ADDCA, cujo presidente, Joaquim Tomé, falou sobre “O percurso de uma Associação» e a mentora, médica anestesista Maria Teresa Flor de Lima, abordou “O que o Doente com Dor Crónica deve saber». Ficámos todos mais ricos em conhecimentos sobre a Dor Crónica e ao mesmo tempo dar a conhecer o papel das associações de doentes. O próximo webinar, sob a responsabilidade da associação “Força 3P”, será a 9 de Setembro, das 18h30 às 20h00, voltando a juntar as 3 associações. Mais uma vez agradeço a participação de todos os que tornaram possível este evento, relevando a importância dos temas da responsabilidade das associações parceiras neste projecto e dos seus palestrantes, que muito enriqueceram toda a programação deste webinar. Deixo-vos com uma mensagem sentida: Ajudem o Doente de Dor Crónica! “Ajudar é sentir-se Ajudado”! A todos o nosso muito obrigada! Maria Tereza Fernandes
Valorlis promove “Eco praias”
Reciclar à beira-mar A Valorlis irá marcar presença nas praias da região, durante o mês de Agosto, com a campanha “Eco Praias”, realizada em parceria com os municípios, que visa sensibilizar os veraneantes para a reciclagem e separação correcta dos resíduos, também durante as idas à praia. A iniciativa prevê também acções de sensibilização junto dos estabelecimentos comerciais e canal HORECA, onde serão dados a conhecer
os ecopontos existentes e esclarecer dúvidas. Entre as actividades propostas e oferta de materiais, será promovido o “Recycle BinGo”, uma aplicação que funciona como um jogo e que premeia o bom desempenho ambiental do utilizador: ao visitar um ecoponto para colocar os seus resíduos, soltam-se os “EcoGifts”, simpáticos bichinhos que irão preencher os cartões “BinGo”. As “EcoMoedas” ganhas podem ser trocadas
por prémios, como vales de desconto no supermercado e muito mais. Durante esta campanha, nas praias, os “jogadores” têm a possibilidade de ganhar o dobro das “Ecomoedas”. Poderá ainda ver esta acção no dia 13 na praia fluvial do Agroal, nos dias 14 e 21 em S. Pedro de Moel, no dia 15 na Vieira de Leiria e no dia 22 no Pedrógão. Informações: recyclebingo.pt e redes sociais da Valorlis.
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Dia Mundial da Conservação da Natureza
No dia 28 de Julho, em que se comemorou o Dia Mundial da Conservação da Natureza, a Guarda Nacional Republicana (GNR) divulgou algumas das acções do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), bem como a sua preocupação nesta matéria de extrema relevância. O SEPNA é uma polícia ambiental competente para vigiar, fiscalizar, noticiar e investigar infracções à legislação de protecção da natureza, ambiente e património natural no território nacional, integrando ainda diversos fóruns de cooperação nacional e internacional sobre estas temáticas, promovendo diariamente diversas acções que contribuem para um planeta mais limpo, consciente de que a biodiversidade, seja uma espécie ou todo um ecossistema, é absolutamente vital para a saúde e o bem-estar dos seres humanos. Do espectro alargado de competências atribuídas à Guarda no âmbito da Protecção da Natureza e do Ambiente, no ano de 2020, das 73.450 patrulhas desenvolvidas, foram realizadas 228.244 fiscalizações que resultaram
DR
GNR na protecção ambiental
na detenção de 51 pessoas, no levantamento de 18.884 autos de contra-ordenação e na instauração de 1.100 processos-crime. A Guarda desenvolve diariamente um vasto conjunto de actividades visando um aumento das suas respostas e capacidades operacionais tendo em vista o cumprimento das disposições legais e regulamentares referentes à protecção da natureza e do ambiente, bem como proteger e conservar o património natural. Cabe ainda à GNR prevenir e investigar os respectivos ilícitos referentes ao ordenamento do território, contaminação, de poluição e de despejo de resíduos, tendo realizado neste âmbito, em 2020, 4.875
acções de sensibilização e instaurado 3.883 autos de contra-ordenação. No primeiro semestre de 2021, já foram realizadas 10.974 acções de sensibilização referentes à protecção da floresta e ao uso adequado do fogo, direccionadas a 45.188 pessoas, assim como, através de publicações nas redes sociais, neste mesmo âmbito, foram alcançadas mais de 920.000 pessoas. A Linha SOS Ambiente e Território (808 200 520), com um funcionamento permanente, constituiu-se como uma ferramenta de sucesso ao serviço do cidadão, quer na denúncia das infracções ambientais ou no esclarecimento de dúvidas ambientais.
Moção unânime da Assembleia Municipal
Saída do IC9 em São Mamede deve ser prioritária e urgente Os eleitos da Assembleia Municipal da Batalha aprovaram por unanimidade, no dia 24 de Junho, uma moção que reclama junto do governo, através do Ministério das Infra-estruturas e da Habitação, a considerar como investimento estratégico no âmbito da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a execução do Nó IP1/ IC9, no lugar de Casal do Meio, na freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, em linha com os pressupostos considerados prioritários no Plano Estratégico dos Transportes e Infra-estruturas. Os deputados enfatizam que importa concretizar com
projectos estruturantes o pacote financeiro de emergência disponibilizado pela União Europeia para a saída da crise pandémica que atravessamos, como seria este caso, reivindicado pelo Município da Batalha desde que foi aberto o IC9, para serviço das pessoas e empresas do concelho da Batalha e região envolvente. No quadro do PRR agora aprovado, considera-se igualmente estratégico a construção dos designados «Missing links» de ligação às ALE, que concorrem para o potencial de crescimento, a criação de emprego e resiliência económica e social dos territórios, bem como para a redução
das assimetrias regionais, através do fomento do investimento de apoio e do acesso mais facilitado a novos mercados, ao mesmo tempo que se melhoram as condições de acessibilidade, mobilidade e segurança rodoviária. No caso em apreço, a ligação em causa justifica-se igualmente para estreitar fluxo turístico entre Fátima/Batalha, principal fluxo de tráfego rodoviário do IC9, amplamente justificada pelo número de visitantes do Mosteiro da Batalha, o terceiro monumento mais visitado do país e com elevado potencial para a recuperação turística da região.
Município alarga rede às freguesias
São Mamede recebe Espaço do Cidadão
A Câmara Municipal da Batalha preconiza a realização de protocolos com as Junta de Freguesia e com a AMA – Agência para a Modernização Administrativa, para a criação um Espaço Cidadão em cada freguesia. “O alargamento da rede de Espaços de Cidadão será iniciado através de protocolo a celebrar com a Freguesia de São Mamede e será formado um trabalhador para desempenhar as funções de mediador de atendimento digital”, adiantou o presidente da câmara, Paulo Batista Santos. Através do protocolo a celebrar com as freguesias que desejem receber este novo serviço aos cidadãos, o Município obriga-se a delegar na Junta de Freguesia a realização das obras necessárias à instalação do Espaço Cidadão, assim como o apetrechamento do local com o material necessário, prestando apoio técnico-financeiro até ao montante global de 15 mil euros. Os Espaços Cidadão visam aproximar os serviços públicos, privilegiar a utilidade e comodidade para o cidadão no acesso aos serviços públicos, racionalizar os custos da Administração Pública com instalações e equipamentos e assegurar o atendimento digital assistido prestado por mediadores de atendimento digital com formação adequada, como complemento indispensável da prestação digital de serviços públicos, garantindo o seu carácter inclusivo. “Além de proporcionar um maior conforto e comodidade aos utentes, permite tratar de vários assuntos num mesmo espaço, com possibilidade, por exemplo, de renovação da carta de condução ou do cartão do cidadão, com ganhos de tempo e de custos de deslocação”, esclarece o edil da Batalha.
“Balcão Único do Prédio”
Cadastro predial simplificado A Câmara da Batalha viu aprovada uma candidatura a fundos europeus para implementação do Sistema de Informação Cadastral Simplificado e do Balcão Único do Prédio (BUPi), no valor de 141 mil euros, que irá permitir desenvolver no concelho da Batalha o cadastro predial num regime simplificado e mais acessível para os cidadãos. Este BUPi funciona com uma plataforma online e um balcão de atendimento presencial, onde os proprietários podem fazer a georreferenciação e o registo dos seus terrenos. “Só assim conseguiremos proteger e valorizar essas propriedades, através de um melhor planeamento e gestão sustentável do território que resultam, entre outras vantagens, numa maior prevenção de incêndios”, esclarece o presidente da Câmara, Paulo Batista Santos, adiantando que “a inscrição dos terrenos nas Finanças (Autoridade Tributária e Aduaneira) não é suficiente para garantir a protecção dos direitos de propriedade”. Através do Sistema de Informação Cadastral Simplificado, cada prédio passa a ter um número de identificação (NIP) destinado ao tratamento e harmonização da informação de índole predial, possibilitando, desse modo, a gestão informática dos conteúdos cadastrais num único sistema de informação. O registo dos prédios rústicos e mistos, com área igual ou inferior a 50 hectares, será gratuito até 2023.
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desporto
Entrevista a Teresa Jordão (na hora da despedida)
Luís Miguel Ferraz
Como foi a gestão do “entusiasmo” e da motivação da equipa sénior feminina em mais uma época em condições de pandemia?
O entusiasmo e a motivação das atletas foram enormes, semelhante às épocas anteriores, por fruto dos apoios da Federação Portuguesa de Futebol (testes semanais ao Covid e transporte). As atletas foram fantásticas!
Qual foi a principal dificuldade de jogar nestas condições?
Para mim a grande dificuldade foi o facto de não poder haver público.
Como foi a rotina de treinos e jogos?
A rotina de treinos até Dezembro foi igual às épocas anteriores. De Janeiro a Abril foi um pouco diferente, devido ao facto de sermos a única equipa em competição e a treinar no concelho da Batalha e, consequentemente, a utilizar o pavilhão municipal, o que nos permitiu treinar em horários mais convenientes e nos dias que pretendíamos. Durante a 1.ª fase, alguns jogos realizaram-se ao sábado de manhã e tivemos que alterar alguma logística, devido ao
trabalho de algumas atletas e de alguns elementos da equipa técnica. Na 2.ª Fase, a partir de Janeiro, a FPF proporcionou a realização de testes semanalmente, o que tranquilizou toda a equipa.
Foram estabelecidos objectivos no início da época ou pairava alguma incerteza sobre como iria correr?
O objectivo principal de todas as épocas é a manutenção no Campeonato Nacional, o mais rápido possível, e nesta não foi excepção. Esse foi atingido. O objectivo secundário de disputar o apuramento de Campeão e consequente manutenção não foi atingido. Havia alguma incerteza na continuidade/término do campeonato, devido ao aumento de casos Covid-19, mas com os apoios da FPF (testes e transporte para os jogos), veio a confirmar-se a realização de todas as jornadas.
Que avaliação faz da prestação da equipa este ano?
A prestação da equipa este ano foi fantástica. A equipa mais jovem do Campeonato Nacional, o que implica alguma falta de experiência e maturidade, esteve a muito bom nível. Em determinada altura da época, demonstrou muita vontade, ambição e muito querer (destaco os jogos em Águias de Santa Marta e Chaves), o que fez com que a
equipa garantisse a tão desejada manutenção.
Em termos gerais, como avalia o campeonato deste ano em termos de organização e justiça nos resultados?
Em termos de organização foi bom. O facto de haver Delegado da FPF em quase todos os jogos permitiu que se fossem aferindo algumas normas importantes, tais como: medidas de segurança, a não presença de público e outras. No que diz respeito ao formato da competição, o facto de a 1.ª fase ser apenas a 1 volta condicionou a nossa classificação, devido ao início tardio da nossa pré-época e após uma paragem de 5 meses, por não haver autorização de utilização do pavilhão…
plicar maiores despesas, vamos tentar agendar reuniões com algumas entidades para tentar ajustar algumas situações.
O desporto no CRG tem futuro?...
O estar dependente de horários e de espaços municipais pode condicionar alguns aspectos, mas, tal como nos
últimos anos, vamos tentar que o CRG, a primeira equipa Campeã Nacional de Futsal Feminino e com algumas jogadoras internacionais se mantenha. Termino com um agradecimento ao Jornal da Golpilheira pela divulgação do Futsal feminino do CRG!!!
DR
No final de mais uma época atípica, jogada em tempos de pandemia e sem público nas bancadas, a equipa sénior de futsal feminino da Golpilheira conseguiu cumprir o objectivo mínimo de garantir a presença no campeonato nacional do próximo ano. Para conhecermos mais alguns pormenores desta campanha, fomos entrevistar a treinadora Teresa Jordão. Já depois de realizada a entrevista, foi anunciado que esta treinadora, de 48 anos que, após 21 anos de ligação ao CRG, tinha aceitado um novo desafio no Sporting Clube de Portugal, onde será coordenadora do futsal feminino de formação e treinadora da equipa de juniores. Enviámos uma nova pergunta sobre esse facto, que publicamos em caixa.
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Futsal feminino do CRG mantém-se no Nacional
Que trabalho foi possível fazer com a equipa júnior?
Não efectuámos trabalho algum com a equipa júnior. Integrámos algumas jogadoras na equipa sénior e as restantes começaram a treinar em Maio.
Já há perspectivas para a próxima época em relação às equipas femininas?
Após o término da época, continuamos a efectuar 1 treino semanalmente e temos como aposta principal a formação. Sobre a próxima época, com um formato novo do Campeonato Nacional que vai im-
Novo desafio… Como foi o processo de decisão e o que representa para si deixar o CRG e aceitar novo desafio no SCP?
Foi uma decisão ponderada e muito difícil. Afinal, não são 21 dias nem 21 meses, são 21 anos de vitórias e derrotas, onde as coisas boas se sobrepõem às menos boas. Foi a minha segunda casa (às vezes a primeira!). Levo para a vida várias aprendizagens e amizades que fiz enquanto estive neste grande clube. Deixo o Centro Recrea-
tivo da Golpilheira com um turbilhão de sentimentos, mas com a consciência de que tudo fiz em prol do desenvolvimento do futsal feminino no clube. Surgiu a oportunidade de representar o Sporting e de conciliar a minha vida profissional. Depois de muito pensar, achei que, neste momento, devia aceitar o desafio. Representar o Sporting significa ainda mais responsabilidade, devido ao mediatismo e à grandeza do clube.
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Jardim-de-Infância da Golpilheira
Antes de irmos de férias... festejámos o final de mais um ano de escolinha!
Impedido de subir pela “secretaria” O Amarense ganhou, no dia 19 de Junho, por 5-2 (4 golos de Nini e 1 de Kalau), ao Fafe, nas meias-finais da “final eight” de acesso à primeira divisão de futsal. Juntamente com o Ladoeiro, a equipa do Casal do Marra, Batalha, garantia, assim, a promoção à liga de elite nacional. O jogo da final, que decidiu o campeão da II Divisão, realizou-se domingo, onde a equipa da Batalha alcançou o 2.º lugar. Foram os primeiros jogos da Associação Recreativa Amarense com público, desde a interrupção forçada pela pandemia de Covid-19. O concelho da Batalha passava a ter duas equipas no nível mais alto do futsal, já que a equipa feminina da Golpilheira representa o Campeonato Nacional desde 2013. No entanto, logo se anun-
DR
Amarense conquista direito à I Liga Nacional de Futsal
ciou que a Amarense, tal como algumas outras equipas, não constavam da lista de emblemas aceites pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF), alegadamente por ter não preenchido os requisitos para a inscrição, como a
obrigatoriedade de os clubes terem seguro de responsabilidade civil e de apresentarem declarações de regularização de dívidas a jogadores e treinadores ou certificação das entidades formadoras. O clube batalhense recla-
mou de imediato ir “recorrer até às últimas instâncias para que o nosso mérito desportivo seja reconhecido”. Falando numa “época atípica, com a falta de público nos jogos e a diminuição repentina das receitas”, em que “o campeonato foi todo ele uma incerteza, com alterações das regras e formatos a meio, com paragens e avanços, sem certezas que a época teria o seu término normal, tanto por parte da FPF como para os clubes”, os responsáveis defendem que “é fundamental que as entidades competentes sejam flexíveis e justas tal como todos os clubes foram perante as dificuldades encontradas nesta época e nos deixem fazer prova das condições que todos sabem que possuímos”, acusando que “o mérito desportivo está a ser preterido em prol do mérito financeiro ou burocrático”.
A associação sublinha, ainda, que “foi no decorrer desta época reconhecida como entidade formadora 3 estrelas pela própria FPF”, o que “é uma prova inequívoca do nosso trabalho e organização, pois estamos devidamente licenciados e em plenas condições legais para a prática desportiva nas nossas instalações· recentemente melhoradas com o apoio Municipal e da própria FPF”. Também o Município da Batalha veio em defesa do clube, sublinhando o objectivo da sua subida à 1.ª Divisão Nacional foi “atingido desportivamente com elevado mérito de toda a equipa e da associação Amarense” e que “no que diz respeito ao Município da Batalha, a Amarense encontra-se devidamente licenciada e certificada junto dos órgãos federativos”. Ângela Susano/LMF
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. crónicasdeviagem.4 João Miguel Silva / JoMi • instagram.com/joaombbsilva • Youtube: JoMi Silver
De mochila às costas pela Ásia: Laos
Crianças a brincar em Don Det, 4000 Ilhas
tante diferentes da Tailândia, a comida… é claramente um país bem mais pobre, fraco em condições de higiene e saneamento, mas com pessoas tão genuínas e simples, prontas a ajudar e sem nunca procurar “tirar vantagem do turista”. Foi aqui que, após alugar mota com amigos, nadei nas cascatas mais espectaculares de sempre, comi peixinho do rio, carne de bisonte, muita cerveja barata e fruta deliciosa. Laos tem um passado negro de terror e guerra que destruiu por completo a paisagem e a cultura do país. Durante a guerra do Vietname, Laos foi o campo de batalha de quase todos os confrontos e é um país que ainda tem milhões de minas enterradas e bombas por detonar, tornando-se um local perigoso quando se escavam os solos para construção e agricultura. Os números seguintes são chocantes: durante a guerra do Vietname foram largadas 260 milhões de bombas (cerca de 2,5 milhões de toneladas de munição) em cerca de 600 mil missões. Estes números divididos pelo tempo e pessoas traduzem-se em uma bomba a cair a cada 8 minutos durante 9 anos sem parar, ou 7 bombas por cada
homem, mulher e criança a viver no país naquela altura... chocante! O que nos dá alegria e esperança é ver uma cultura linda de pessoas felizes com o que têm, a simplicidade, o budismo e capacidade de perdão, partilha e interajuda. Após Luang Prabang, seguimos para Vang Vieng, pegámos nas motas novamente e lá fomos à descoberta de mais campos infinitos de arroz, falésias assustadoras, montanhas que parecem desenhadas e muita, muita cerveja grátis nos alojamentos! Thakhek foi o destino seguinte, eu e o meu grande amigo Brent, holandês e “solo traveller”, mais uma vez alugámos motas e fomos explorar grutas e visitar aldeias isoladas para estar com os locais, aprender mais sobre a cultura, hábitos e tradições; foi sem dúvida das viagens mais interessantes. A passagem pela capital do Laos, Vientiane, foi rápida, apenas para dormir entre viagens de autocarro, pois não tem muito para ver; talvez seja a capital de país mais aborrecida de sempre e, após a sesta feita, mais uma vez salto para o autocarro e vou para a cidade das 4000 Ilhas.
Nas 4000 Ilhas não existem carros, o acesso é só de barco, há bicicletas, as ruas são só em terra, pedra, lama e pontes em madeira; faz sentir como se estivesse umas centenas de anos atrás no tempo. A electricidade só aparece às vezes e as pessoas vivem só do que o rio lhes dá e das culturas de arroz. Uma região muito bonita e natural onde deu para relaxar, comer os melhores caris do país, abrandar um pouco do ritmo louco das semanas anteriores e preparar para o próximo destino, Camboja. Durante 19 dias no Laos, gastei cerca de 4 milhões de Lak, cerca de 350 euros. Os hósteis são incrivelmente limpos, pequeno-almoço incluído, água quente e tudo super-seguro. Fiquei também impressionado com a qualidade e conforto dos autocarros e a quantidade de estradas a serem construídas; é um país a dar um salto tecnológico e urbanístico gigante e esse é um dos receios sobre o turismo: vão, antes que o Laos se torne num destino turístico famoso como a Tailândia e perca toda a sua essência! Bons planos, boas férias… vemo-nos no Camboja!
O barco da Tailândia – Laos
Mercado de rua em Luang Prabang
Interior de um templo no Laos
Cascatas Kuang Sii em Luang Prabang
Campos de arroz
Paisagem em Vang Vieng
Gastronomia local com o meu amigo Brent
Templos no meio das montanhas
Fotos do autor
Sejam bem-vindos a um dos países menos turísticos, mais autênticos, mais verdes e mais bonitos de sempre. Foi das surpresas mais imprevisíveis durante a minha viagem, pois o facto de não saber mais do que o nome tornou cada dia uma experiência extremamente excitante e inesquecível. A passagem da fronteira da Tailândia para o Laos começa numa viagem de 2 dias de barco. Barcos coloridos, aspecto frágil, apertadinhos, mas cheios de diversão e paisagens deslumbrantes. Durante esses dias, vi elefantes a tomar banho no rio, crianças também, pescadores, macacos, florestas densas nunca habitadas por pessoas, senhoras a lavar roupa à beira-rio e muito mais. Recomendo a todos os que visitarem a Tailândia/Laos a fazer a viagem, pois tive a oportunidade de criar um bom grupo de amigos, com alguns dos quais passei mais de 20 dias juntos a viajar por todo o país. Chegado a Luang Prabang, cidade do Norte, as diferenças são enormes, desde a arquitectura francesa das casas, uma vez que o Laos foi uma colónia de França durante 60 anos, os templos também bas-
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.rumos&andanças.
.templosda nossaterra.
Márcio Lopes • Docente do IPLeiria marcio.c.lopes@ipleiria.pt
José Eusébio Médico veterinário
Igreja das Garruchas
Mira de Aire
Foto do autor
Paisagem local
Esta igreja foi inaugurada em 1969, tendo sido construída no decurso dos anos 60. A Padroeira desta igreja e do lugar das Garruchas é Nossa Senhora da Memória. Os festejos em sua honra, neste lugar, decorrem no 3.º domingo de Agosto. O cruzeiro foi construído em 1955, como forma de assinalar a passagem de Nossa Senhora do Fetal pelas Garruchas, em visita à freguesia, no ano anterior, em 1954.
Empresa abandonada
a vida e as gentes de Mira de Aire. Até meados do século XVIII, Mira de Aire e Minde pertenciam ao concelho de Porto de Mós. A reorganização administrativa de 1892, proposta por Rodrigues Sampaio à Câmara dos Deputados, extinguiu o concelho de Porto de Mós, passando Mira de Aire e Minde para o concelho de Torres Novas. Por motivos de fortes contestações, três anos depois, o concelho é restabelecido. No entanto, dá-se a separação definitiva. Mira de Aire passa para Porto de Mós e Minde fica sob a dependência de Torres Novas. Trata-se de tremenda insensatez política, na medida em que os dois territórios formam um todo geográfico, uma região. No ano de 1933, consoante o seu crescimento e desenvolvimento, Mira de Aire deixa de ser aldeia e é elevada à categoria de vila. Convém ainda ressaltar um elemento histórico interessante: o
nome original da freguesia fora, desde sempre, apenas Mira. No entanto, esta toponímia gerava algum descontentamento ao povo por ser confundida com a outra Mira, vizinha de Cantanhede. Só com a elevação à categoria de vila, em 1933, é que Mira passa a chamar-se Mira de Aire. No âmbito da Economia Regional, toda e qualquer localização é objecto de um processo decisório e não decorrente do acaso. Em termos gerais, o factor decisório para a localização espacial, sobretudo da actividade económica, é a maximização de valor, de rendimento ou de utilização. No caso concreto de Mira de Aire, e da dureza da sua relação incrustada na Serra, a sua economia foi exponenciada a partir da pastorícia e, posteriormente, pela indústria de lanifícios. Podemos afirmar que a indústria de panos grossos ou buréis em Mira de Aire remete ao século XIV. No ano de 1366, D. Pedro I permite aos povoadores de Mira de Aire venderem livremente os seus gados em Porto de Mós. Este privilégio fora, decerto, estendido aos tecidos caseiros feitos de lã. No início do século XVIII, a região já era conhecida pelo fabrico de muitos panos, havendo em Mira de Aire a existência de 180 teares e igual número
de cardadores. Mas é no início do século XX que se dá o alvorecer da indústria dos lanifícios. Em 1904, Mira de Aire já tinha seis fábricas de tecidos de lã. No entanto, com a liberalização do comércio mundial e a entrada de Portugal na CEE, a indústria mirense, baseada em mão-de-obra intensiva, não consegue acompanhar a concorrência e a competitividade internacional, fazendo com que a secular indústria dos tecidos entre em declínio.
Fotos do autor
Segundo o geógrafo Orlando Ribeiro, uma região é definida como “uma porção de território que tem de comum certa unidade de aspecto ou de posição relativamente a um centro bem definido”. Administrativamente, as freguesias de Mira de Aire e de Alqueidão da Serra pertencem ao concelho de Porto de Mós. A freguesia de São Mamede é batalhense, ao passo que Minde está sob a tutela de Santarém. Essas quatro freguesias partilham dois concelhos e dois distritos e, juntas, têm uma área territorial de pouco menos de 100 km2. Nesse sentido, esses quatro pequenos territórios contíguos, mas relativamente afastados dos seus centros administrativos, partilham o conceito de «região» em função da unidade de aspecto com o Maciço Calcário Estremenho. Ao longo da história, cada impulso civilizacional tem sido marcado por um enriquecimento do património agrário. A variedade de solos, a riqueza da flora, o clima e a introdução pela mão do Homem permitiu o desenvolvimento incremental da actividade agrícola. Mas o Maciço Calcário Estremenho, com as suas grandes formações rochosas – as serras de Aire e de Candeeiros e os planaltos de Santo António e São Mamede – é território que impõe à vida humana a dureza das rochas e os solos inférteis para uma agricultura desenvolvida. E é justamente a partir dessa relação entre o Homem e a Serra que se foi construindo
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temas
.política.
.combatentes.
Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
André Sousa Presidente da JSD Batalha
As sete pragas de Portugal
Propaganda vs Realidade “Uma mentira dita mil vezes torna-se verdade”, frase de Joseph Goebbels, ex-ministro da propaganda na Alemanha nazista, que queria evidenciar a influência das notícias falsas (fake news) sobre o pensamento de cada indivíduo e no máximo do seu sentido de voto. Semelhante estratégia parecem ter os elementos do actual executivo da Junta de Freguesia da Golpilheira e futuros candidatos autárquicos, que durante quatro anos tentaram montar a narrativa de que o actual executivo camarário deixou de investir na freguesia da Golpilheira, sob
o pretexto de camuflar e distrair os golpilheirenses da sua própria inacção ao longo do mandato. Mas vejamos os factos: nos últimos anos, contanto apenas as obras, podemos estimar o investimento do município na freguesia perto dos 2 milhões de euros, desde as ampliações da rede de saneamento, aos melhoramentos dos pavimentos em diversas ruas (ex: São Bento, Hortas, Picoto), à construção da ecovia (em execução) e tantas outras obras de manutenção e requalificação. Este valor sem contar com os restantes apoios, como os direccionados ao Cen-
tro Recreativo da Golpilheira ou apoios directos às famílias e empresas da freguesia. Não se trata de gastos, mas sim de investimento, que a freguesia e a sua população merecem. Assim, mais do que reclamar e protestar, as populações exigem e esperam que os seus autarcas e represente locais resolvem os seus problemas e angústias, pondo de parte a mentira, a difamação e os ataques demagógicos. Como dizia Francisco Sá Carneiro, fundador do PSD e ex-primeiro-ministro, “a política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha”.
.política.
António Santos Empresário e membro da Iniciativa Liberal
O associativismo e o liberalismo Desde sempre que o associativismo é o berço da vontade intrínseca dos povos! É nele que se encontram as respostas às especificidades de cada região ou país! Em todas as latitudes da necessidade humana, em conviver e partilhar, ele é o lastro que faz perdurar a cultura, o desporto, as artes, as ciências, as tradições e até fé. O associativismo nasce, regra geral, da vontade de uns poucos quererem agregar outros, sob a mesma paixão! As sociedades organizadas “já não sobrevivem” sem a existência desta poderosa ferramenta de agregação dos povos e catalisadora das vontades! O associativismo é o veículo que nos leva ao futuro. E fá-lo mantendo a essência da sua existência
e adaptando-se à modernidade que o vai desafiando. Nos dias de hoje, por via das novas ofertas mediáticas que nos convocam a ocupar os nossos tempos livres no sofá, é cada vez mais difícil assegurar a sustentabilidade financeira das associações. As actividades digitais esvaziam as associações do seu mais importante património: AS PESSOAS! A importância das associações não pode nem deve merecer o descuido por parte da comunidade nem das entidades públicas. Acima de tudo, relativamente aos apoios que estas necessitam para exercer a sua actividade! Contudo, este apoio não deve ser uma garantia da continuidade das mesmas, mas somente uma alavanca inicial ou uma ajuda
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pontual, num momento difícil, como este que atravessamos. O associativismo deve ser pensado, estruturado e concretizado sob o lema da sua autonomia administrativa e financeira! Só assim se poderão defender, de forma livre e desipotecada, os fundamentos que levaram à sua fundação. Não é raro ver o poder político encostar-se ao associativismo como forma de legitimar eleições! Claro que o associativismo sempre viveu e precisou de mecenas. Mas há que saber distinguir a ajuda da “compra”. O associativismo deve sempre procurar a sua independência financeira! Só assim ele cumprirá o seu papel imprescindível na sociedade.
De há uns largos anos a esta parte, tem havido milhentos concursos, promovidos pelas televisões, para eleger a melhor de sete maravilhas de Portugal, nos mais diversos âmbitos: monumentos, praias marítimas ou fluviais, aldeias históricas, paisagens naturais, destinos de férias, culinária, etc., etc. Enfim, parece que neste nosso “cantinho à beira-mar plantado” só há maravilhas, vivemos num paraíso, somos todos uns felizardos! Há um fundo de verdade nesta descrição, porque, de facto, o nosso Portugal ainda é, em termos naturais, climáticos, gastronómicos e de segurança, um óptimo país para se viver e ser feliz. O problema é que bem mais de dois terços da população portuguesa não consegue usufruir dessa felicidade, a não ser episodicamente. E porquê, se dispomos de tão excelentes condições, que até são a inveja de tanta gente de outros países que, sempre que pode, não perde a oportunidade de vir desfrutar de tais maravilhas? Será que somos masoquistas? Gananciosos? Invejosos? Demasiado ambiciosos? Eternamente insatisfeitos? Até poderemos ser um pouco de tudo isto. Contudo, cremos que o principal problema da nossa quase perene insatisfação terá origem noutros parâmetros, alguns deles endémicos e outros para lá caminham. Lembremos alguns: - A dicotomia rico-pobre; chefe-vassalo; forte-fraco será quase tão velha como o aparecimento do homem na Terra e, com o decorrer dos milénios, parece que as assimetrias têm aumentado. Seria suposto que o surgimento das religiões, em particular a católica, ao menos, atenuasse as diferenças, mas não se tem notado nada, pelo menos em Portugal (faz o que eu digo; não faças o que eu faço…). - A constituição das monarquias, se realisticamente analisadas, demonstram que vieram agravar as desigualdades sociais e as injustiças sobre os mais desafortunados e basta aprofundarmos um pouco da nossa história, já a caminho dos 900 anos, para confirmarmos esta evidência. - Praticamente de braço dado com os dois padrões anteriores está o aparecimento da política, ou melhor, dos políticos que, de um modo geral, parece que conseguiram reunir em si o pior do ser humano. Desde que, há umas décadas, ouvimos um político americano dizer, em tom jocoso, que um político que se preze é aquele que, quando não está a beijar criancinhas, está a roubar-lhes o chupa-chupa, perdemos todas as ilusões acerca da maioria destes figurões. Tanto mais que, em Portugal, temos tido disso a rodos. Em especial desde que, no primeiro quartel do século XVIII, os partidos políticos foram proliferando a esmo. - Os crimes de “colarinho branco” são mais uma praga descomunal, já velha de séculos e que em Portugal parece estar cada vez mais poderosa, para nos esmifrar até ao tutano. Tal como o SARS-Cov-2, “oferece-nos” variantes para todos os gostos: corrupção, compadrios, cunhas, “jobs for the boys”, promiscuidades em todos os campos da sociedade… tudo isto com a quase total impunidade dos seus autores, mas de gravíssimas consequências para o “zé povinho”, ou seja, quase 90% da população portuguesa que, com os seus vencimentos de sobrevivência e impostos às carradas, é quem suporta estes “desvios” (ladrões são os “pilha-galinhas”…). O rosário está longe de estar desfiado, mas falta-nos o espaço. Fica para a próxima. Batalhenses, cuidem-se, porque o “bicho” continua por aí, à nossa espreita...
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.saúde.
.opinião.
Ana Maria Henriques Médica Interna
As eleições
Aproximam-se a passos largos as eleições; elas aí estão, à porta. As próximas eleições, as autárquicas, são para nós as mais importantes. São importantes, porque são as que mais têm a ver connosco, com o nosso futuro e com o futuro da nossa terra, das nossas gentes e das gentes que se relacionam mais connosco. Não devemos abstrair-nos de ir votar, nem delegar a nossa obrigação cívica, prescindindo dela, não votando, ou ficando em casa. Os candidatos à governação das nossas autarquias, câmaras e freguesias são pessoas que se cruzam connosco no nosso dia-a-dia, nas ruas, nos cafés, nas cerimónias públicas e religiosas, enfim, pessoas como nós, que todos nós conhecemos e com as quais até convivemos no dia-a-dia, embora com uns mais do que com outros. Devemos saber discernir quais de entre eles têm mais capacidade para gerir a “coisa
pública”, em favor do bem comum. Não devemos guiar-nos, nem votar pelas amizades, pelo compadrio, ou por interesses particulares, mas antes e acima de tudo pelo interesse colectivo e do bem comum. E gerir bem a “coisa pública” é um dever cívico, que a todos nos compete e nos diz respeito e que deve nortear cada um de nós. Gastar o que é nosso, de cada um de nós, é problema e responsabilidade de cada um e que a cada um diz respeito. E se gastarmos mal, depois pagamos por isso mesmo e por vezes com “língua de palmo”. Gastar mal ou esbanjar o que é público e de todos, isso é um grande e grave problema, que enferma muito a sociedade actual e que a todos nós deve preocupar, pois sabemos que vamos ser nós todos a pagar, e por vezes as posses de alguns até são muito fracas ou exíguas. Então, há que gerir bem e empregar bem os dinheiros públicos. Ao não o fazermos, estamos a prejudicar e a arruinar
o bem comum, além de pormos em causa e hipotecarmos o futuro dos nossos filhos e netos. É um dever cívico ir votar e, quando está em causa a nossa terra, ainda se torna mais imperioso fazê-lo. Vamos todos votar, não devemos deixar a nossa obrigação de votar e eleger os nossos representantes nas autarquias, ao livre-arbítrio de meia dúzia de “iluminados”, dos que vão votar. E depois dizermos, como é hábito ouvir, “ele está lá, não faz nada de jeito, mas não fui eu que o lá pus”. Conhecendo os candidatos como conhecemos, e alguns até com provas dadas, temos a obrigação de não nos deixarmos enganar com operações de cosmética e até algumas de última hora. Também não devemos deixar-nos ir no engodo do adágio popular “com papas e bolos se enganam os tolos”. Custe o que custar, vamos todos cumprir o nosso dever cívico. Não vamos delegar noutros o que nos compete a nós. Dr. Eusébio
Alimentação mais saudável A alimentação caseira é um benefício das restrições actuais e podemos beneficiar de alguns ensinamentos para quando não existirem restrições. Planear as refeições, fazer compras bem organizadas, descobrir novas receitas, novos ingredientes e novos cozinheiros. Passamos muito tempo do nosso dia a comer, decidir ou preparar o que comer. Sendo um hábito cultural, é também essencial para o bom funcionamento do nosso corpo. A comida fornece os nutrientes que são o nosso combustível; devemos escolher segundo os nossos gostos, mas também seguindo uma alimentação variada e equilibrada. Dicas sobre uma alimentação correcta estão em todo o lado, no entanto muita desta informação não é verdadeira e leva ao consumo de alimentos desnecessários e à exclusão de bons alimentos. Procure fontes de informação fidedigna, como por exemplo os guias de alimentação da Direcção Geral de Saúde (crianças, idosos, vegetarianos, etc.). A Roda dos Alimentos (mediterrânea) é um guia simples que nos ajuda a escolher e a combinar os alimentos que devem fazer parte da nossa alimentação diária. Em forma de círculo, este guia encontra-se divido em 7 partes que agrupam alimentos com características semelhantes quanto à sua composição nutricional. Os grupos de alimentos apresentam diferentes tamanhos, identificando os grupos que devem ser consumidos em maior quantidade (grupo maior) e os grupos que devem ser menos consumidos (grupo menor). A água não possui um grupo próprio, mas encontra-se no
.agricultura. Casta Tinta Negra Esta casta de uvas classificada como Tinta Negra resultou em tempos idos do cruzamento entres as castas francesas Pinot Noir e Grenache. Nunca enxertámos esta casta, pois é uma casta que produz 85% do vinho da nossa linda ilha da Madeira e não temos conhecimento de que se cultive aqui no continente. No entanto, se algum viticul-
tor madeirense nos solicitar a sua enxertia, cá estaremos obviamente disponíveis. Terá de nos enviar as vides, que por sua vez devem ser colhidas de vinhas isentas de doenças. Esta garantia tem de ser dada pelos serviços regionais de agricultura. Já o fizemos com outras castas para os viticultores açorianos. Na nossa pesquisa, a Tinta
DR
José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário
Negra sempre foi associada à quantidade em detrimento da qualidade, sendo sobretudo usada na produção de vinho Madeira, devido às menores maturações e ao facto de não exigir tantos cuidados na vinha. Os seus cachos são de tamanho médio a grande. Dá vinhos pouco graduados.
.impressões.
centro, porque é imprescindível à vida, sendo fundamental beber água em abundância diariamente. As necessidades de água podem variar entre 1,5 a 3 litros por dia. É importante referir que uma alimentação saudável não se baseia em comidas menos saborosas. A base para ter uma alimentação de qualidade é comer de tudo na quantidade certa, evitando dietas muito restritivas que, provavelmente, colocarão sua saúde em risco. Durante este tempo em que ficamos mais em casa, muitos descobriram a culinária. Cozinhar pode ser muito divertido e, quando realizado em família, é um momento de partilha de segredos e dicas fenomenal. Com uma alimentação mais caseira, podemos controlar muitos aspectos, como o sal e açúcar que é adicionado ou a gordura utilizada. Com informação verdadeiras, receitas novas e espírito de aventura, a cozinha pode ser aliciante. Com prática e organização, podem ser elaborados planos semanais e orientar as compras mais facilmente. Outro benefício é a diminuição do desperdício e dos custos. Todos temos saudades da comida de alguns restaurantes, podemos levantar a comida em segurança e voltar aos poucos às suas mesas. Não nos devemos esquecer da sua importância, mas também não devemos retomar os maus hábitos. Cozinhar de forma saudável em casa é possível e pode ser divertido, partilhar marmitas com colegas de trabalho no jardim é um achado…
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Por Luísa M. Monteiro Sabes como te chamava o teu avô?, pergunta-me hoje o senhor Manuel, que se lembra perfeitamente do meu avô — ao contrário de mim, que tinha dois anos quando ele morreu. Posso dizer que não conheci nenhum avô. Aos dois anos morreram-me os dois que me restavam. Era Lindinha, o teu avô tratava-te por Lindinha, A Minha Lindinha, dizia. Era provável, eu era a mais nova dos seus netos, era bastante provável que ele me tratasse assim. Sempre senti falta dos meus avós que não tive. Com o meu filho, pensei, não iria poder passar-se o mesmo. Mal ele nasceu quis dar-lhe esses avós. O que me faltou a mim não podia faltar-lhe a ele. Mudei de casa, de terra. Queria que ele crescesse completo. E completo, para mim, era poder viver perto da família, e sempre sobretudo dos avós, os avós, os avós que ainda tinha. Que ele pudesse conviver, crescer com eles. Aprender. E desse multiplicar de relações enriquecermos todos. Tanto eu o desejei. Mas nem sempre a vida corresponde aos planos que talhámos para ela.
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
temas
. história .
Saul António Gomes Historiador
Golpilheira, ano de 1593
Doc. 1
1593 OUTUBRO, 5, Leiria – A Confraria do Furadouro, situada junto da Cividade (frg. Golpilheira, Batalha), faz aforamento por escrito a Catarina Pires, viúva, de uma propriedade na Tourinheira, com o foro de 270 réis em cada ano. ADLRA - Registos Notariais de Leiria: fls. 26-27v. Aforamento da Confraria do Furadouro junto da Sividade feito a Caterina Pires viuva. Saybam quantos este pubryquo instromento d’aforamento em vida de tres pessoas compridas e acabadas virem que no anno do nacimento de Nosso Senhor Jhesu Christo de miil e quynhentos he noventa he tres anos aos sinquo dias do mes de outubro do dito anno nesta cidade de Leiria nas casas da morada de mim taballiam ao diante nomeado ahi eram presentes Dioguo Pirez juiz da Confraria do Furadouro sita no termo desta cidade junto da Cevidade morador na Ribeira dos Sachos he Antonio Pirez mordomo morador na Gollpelheira e Domingos Lopez outrosim mordomo da mesma confraria morador na Cividade tudo termo desta cidade. E loguo por elles foi dito que hera verdade que Cateryna Fernandez veuva moradora na Gollpelheyra lhe fizera huma petição em que lhe pedia lhe quisesem fazer titullo de huma vinha prazo da dita confraria que está honde se chama a Tourynheyra [Fl. 26v] que parte de huma parte com Simoa Rabella morador n’Azoia e das mais partes com quinta de Viollante de Seya moradora nesta cidade e por ella não ter titullo allgum mais que estar a dita vinha carreguada no tombo sobre ella Caterina Pirez e por lhe ser mandado por visitaçois de visitador que todas as pessoas que tivessem fazenda desta confraria lhe fezessem fazer titullo por escritura pubryqua como he costume e por outros justos respeitos. E por não quairem nas escomunhão da dita visitação disseram elles ditos juiz e mordomo que elles por vertude da dita pitição e conforme a dita visitação faziam como de feito loguo fizeram cabido. E feito concruyram que se fizese escretura d’aforamento a ella dita Caterina Pirez de modo que ela fose a primeira vida e ella nomeasse a segunda e a segunda ha treceira, pello quall tempo diserão perante mim
taballyão e testemunhas ao diante nomeadas que elles aseitavão em nome da dita confrarya a dita Caterina Pires em tres vidas compridas he acabadas de maneyra que sera a prymeira vida no dito prazo e ella nomeara ha segunda he a segunda a terceyra, com tall condyção que ella Cateryna Pirez e a segunda e terceyra vida pagarão de foro durantes as ditas tres vydas duzentos he setenta réis em dinheyro de contado pagos haos mordomos que forem da dyta confrarya ate dia de Sam Sibrão de cada hum anno. He a primeyra paga começaram loguo a fazer este dia de Sam Sibrão que vem este anno de noventa he quatro he dahi em diante todos os annos os ditos duzentos he setenta réis com tall condição que não os pagando ou deyxando de pagar allgum anno allguma cousa deles cairem em comyso e perder o dito prazo com todas as benfeitoryas que nelle estiverem feitas. He não podera [Fl. 27] vender, troquar nem devidir a dita vinha sem lycença delles mordomos e mais ofeciais que forem pello tempo em diante pera ver se a querem pera a dita confraria tanto pello tanto, quanto lhe outrem der. He nam ha querendo antam a venderão a quem quiserem contanto que não seja a pessoa das defesas em dyreito mas a pessoa de sua condição de quem se espera bom pagamento. E a pessoa que ha comprar seja obrigado a comprir todas as condiçois desta escretura e pagarão o foro nella decllarado he pagara ho teradeguo tantas vezes quantas for vendida que sera de dez réis hum do preço por que ha vender. E trara sempre a dita vinha bem concertada he amanhada a seu tempo, decrarando que findas he acabadas as ditas tres vidas fique melhorada he não pejorada e livre e desembargada ha dita confrarya sem mais outra ordem nem fegura de justyça, que com estas condiçois disseram elles ditos imclinos loguo que lhe faziam este aforamento. He ella dita Cateryna Pires disse que aceitava em seu nome e das ditas segunda he terceyra vida he se obrygou a pagar ho dito foro he comprir todas as condiçois desta escretura. E pera isso comprir disse que obrygava sua pessoa beis moves e de rãiz avydos he por aver que pera isso logo hobrygou em seu nome e das ditas segunda he terceira pessoa e se desaforou hem seu nome e vidas de juiz de seo foro e de todas as leis e liberdade que por sim alegar possa de nada querya usar nem chamar mas antes por todo responder perante o vygairo geral deste bispado e d’estar por seus mandados, sentenças hate todo reallmente com hefeito comprir e pagar como dito he sem fallta allguma. E elles ditos juiz he mordomos disseram que compryndo ella incllina e as mais pessoas que no dito prazo socederem todo o sobredito [Fl. 27v] que elles se obrygavam como de feito loguo obrigaram a lhe fazer bom e de paz este aforamento e de lho defender e amparar de quem lho tomar, tolher, embargar quiser assim em juizo como fora delle so pena de lhe pagarem todas as perdas e danos que ela incllina e as mais pessoas tyverem e receberem. E para isso dysseram que hobrygavam os beis he rendas da dita confrarya. He assim houtorgargaram [sic] huns he outros de todo mandarão fazer este estormento d’aforamento nesta nota e della dar ho trellado a dita confrarya e todos hos que lhe comprirem e outro a ella incllina e todos a sua custa. Ho quall aforamento eu tabeliam aceitei como pessoa pubryqua estepullante e aceytante aceitey e estepulley em nom da pessoa ou pessoas a que deva ser aceytado aqui auzentes. Testemunhas que foram persentes que com elles ditos juiz he mordomos assynarão Antonio Pirez morador n’Azoya termo desta cydade, e Antonio Mancrydo, he Bellchior Diaz conteyro filho de Gaspar Fernandez caieiro morador nesta cidade que assynou pella dita incllina a seu roguo por dizer que não sabia assinar. João Rabello. (Assinaturas) A asino polla sobredita - Bellchior Dias. - + De Antonio Pirez. - + Dyogo Pirez. - Domingos X Lopez. - Antonio X Pirez. - Antonio + Diaz.
Doc. 2
1593 NOVEMBRO 26, Leiria - Isabel Dias, viúva, de Leiria, compra a António Fernandes e a Vitória Francisca, sua mulher, da Golpilheira, e a Gaspar Antunes casado com Helena Antónia, do Picoto, seis e sete alquei-
res de trigo mourisco ou tremês, respetivamente, por 13 mil réis em cada ano. ADLRA - Registos Notariais de Leiria: V-59-D-3, fls. 128-131. Retro de Isabel Dias. Fora. Saybam quantos este pubriquo instromento he carta de venda e imposissam de foro virem que no anno do nacimento de Nosso Senhor Jhesu Christo de mill he quinhentos he noventa e tres annos aos vinte he seis dias do mes de novenbro do dito anno nesta cidade de Leiria nas casas da morada de mim taballiam ao diante nomeado ahi eram presentes Antonio Fernandez he Vitoria Francisca sua molher moradores no lugar da Gollpelheira e Gaspar Antunez he Ilena Antonia sua molher moradores no Piquoto tudo termo desta cidade. E loguo por elles todos quatro juntamente he por cada hum delles foi dito perante mim taballiam he testemunhas ao diante nomeadas que era verdade que eles presentes he outor [Fl. 128v] gantes de suas propias e livres vontades he sem costrangimento de pessoa allguma diseram que vendiam como de feito loguo venderam a Isabell Dias dona veuva moradora nesta cidade pera ella he pera todos seus herdeyros he pessoas que depois ella vierem convem a saber disseram que lhe vendiam treze allqueires de tryguo mourisquo ou tremes bom de receber lympo de pá he vassoura posto he medido nesta cidade em casa della compradora e de seus herdeyros ate dia de Nossa Senhora d’Agosto de cada hum anno. E a primeyra pagua começaram loguo a fazer esta Nossa Senhora d’Agosto que vem do anno de noventa he quatro no qual dia he tempo não pagaram mais que o que se montar da feitura desta ate ho dito dia de Nossa Senhora pro rata e dahi em diante todos os annos os ditos treze allqueires de tryguo por inteyro com tall condiçam que nam lhe pagando ou deixando de lhe pagar allgum anno allguma cousa delles que ella compradora e seus herdeiros ho possam mandar comprar nesta cydade ou na praça della da terra ou de fora della he todo o que custar he custas que se nisso fezerem he aja e possa aver pella fazenda delles ditos vendedores he de seos herdeyros honde quer que lhe for achado porquanto pera isso disseram que haviam por obrygados. E disseram elles ditos Antonio Fernandez he sua molher que lhe vendião sete allqueyres elles ditos Gaspar Antunez he sua molher sem os quays sete allqueyres de tryguo que elles ditos Antonio Fernandez he sua molher lhe assim vendiam punham he constituiam de foro nas propriedades seguintes que pera isso loguo obrygarom he fizeram foreyras: Item huma terra que elles tem detras da ermyda de Sam Bento com todas as ollyveyras que nella estam que parte de huma parte com o ribeiro e doutra com erdeyros [Fl. 129] de Domyngos Lopez da Golpelheyra e doutra com Antonio Fernandez Leboreyro que disseram que levava de semeadura pouquo mais ou menos seis allqueires de tryguo. E elles ditos Gaspar Antunez disseram [sic] que obrygavam he obryguaram aos ditos seis allqueyres de tryguo que hassim vendiam a ella compradora as propriedades seguintes: Huma terra que elles tem ao Ribeiro do Carvalho que parte de huma parte com Antonio Anrryques da Batalha e doutra com Jorje Antunez e com Dioguo Joam que disseram que levava de semeadura quatro allqueyres de tryguo. Item outra terra loguo ahy que parte de huma parte com Joam Dias e doutra com Jorje Antunez e entesta em ho camynho que disseram que levava de semeadura cynquo allqueyres de trygo he centeio. Ho que tudo esta no loguo da Gollpelheyra he Piquoto em termo desta cidade he no ramo das sisas da villa da Batalha. E partem mais as ditas propiadades com aquellas confrontaçois he devisois com que de direito devam he ajam de partir. Ho que tudo assim disseram huns he outros que obrygavam he abotiquavam ao dito foro de treze allqueyres de tryguo que assim vendiam a ella compradora he a seos herdeyros por forras, isentas, livres e desembargadas he sem deverem cousa allguma a nenhuma outra pessoa sallvo ao dito foro como dito he. He querendo elles ditos vendedores ou cada huns
ADLRA - (PT-ADLRA-NOT-CNLRA1-001-001-0003_m0057)
Os documentos que trazemos a público abrem as janelas do tempo sobre a Golpilheira do ano de 1593. São histórias de vidas quase anónimas e desaparecidas. Catarina Fernandes, viúva, toma a foro uma vinha, na Tourinheira, de que era senhoria a Confraria do Furadouro, situada junto de S. Bento da Cividade; Isabel Dias, também viúva, de Leiria, compra a António Fernandes e a Vitória Francisca, sua mulher, da Golpilheira, e a Gaspar Antunes, casado com Helena Antónia, do Picoto, treze alqueires de trigo mourisco ou tremês, a mil réis o alqueire, dando os vendedores, como garantia, terras nas imediações da Golpilheira e do Picoto; a mesma Isabel Dias, viúva, ainda, compra a Diogo Martins, lavrador, e a sua mulher, Catarina Carreira, golpilheirenses, dez alqueires de trigo mourisco ou tremês, obrigando os vendedores ao cumprimento do acordo algumas terras situadas na Subcosta de Baixo (freg. Maceira), terras que se repartiam pelos ramos das sisas ora da Batalha, ora de Leiria. Testemunhos escritos de um passado secular em que se (re)descobrem os campos de pão, as vinhas, os olivais, os arneiros de pinhal, os carvalhais e o rio, que por então começaria a chamar-se Lena, a seu tempo, e outros ribeiros sem nome, então muito presentes nas paisagens aldeia da Golpilheira, marcada por uma profunda ruralidade, habitada por lavradores e gentes de mester, mencionando-se conteiros, especializados na extração de azeviche e na sua transformação em contas e outros adornos. Golpilheira, na autenticidade do seu passado, ano de 1593, na labiríntica escrita de João Rebelo, notário de Leiria.
Sinais e assinaturas dos outorgantes do documento 1 delles vender, troquar as ditas propiedades he cada huma dellas seram obrygados ha faze-lo a saber a ella dita compradora he ha seus herdeyros per aver se as querem pello tanto quanto lhe outrem der. He não as querendo antam as venderam a quem quiserem contanto que não seja a pessoa das defesas em direito mas pessoa de sua condiçam de quem se espera bom pagamento. He as ditas pro [Fl. 129v] propiadades andaram sempre numa so pessoa que pague o dito foro he nam poderam vir a mais. E todo ho sobredito na forma do moto do Santo Padre Pio quinto que falla acerqua dos retros ao quall como fylhos obedientes se sometião de maneyra que sendo caso que nesta escretura va allguma cllausulla ou cllausullas contra as do dito moto que em tall caso seram nullas he de de [sic] nenhum vigor nem força mas em todo esta escretura se compryra assim da maneyra que se nella contem sem fallta allguma. E as ditas terras andaram sempre numa so pessoa he não poderam vir a mais. Os quais quatorze allqueyres de try digo treze allqueyres de tryguo pagos como dito he disseram elles ditos vendedores que os vendiam a ella compradora he a seus herdeyros por preço certo loguo nomeado de treze mil réis branquos desta moeda ora corrente de seis ceitis ao reall em paz e em salvo da sisa he mais custas pera eles ditos vendedores dos quais treze mil réis preço desta venda elles ditos Antonio Fernandez he sua molher receberam loguo ao fazer desta escretura sete mil réis em dinheyro de comtado sem lhe falltar ha sobra. E elles ditos Gaspar Antunez he sua molher receberam seis mil réis outrosim em dinheyro de contado que fazem em soma os ditos treze mil réis preço desta venda, o que assim elles receberam e contaram perante mim taballião e testemunhas ao diante nomeadas, disso damos nossa fee pello que loguo se ouveram por bem pagos de todo ho dito preço e disseram que davam como de feito loguo deram [Fl. 130] ha dita compradora e seus herdeyros por quites e lyvres do dito preço d’oje pera todo sempre pera em nenhum tempo lhe poderem demandar por sim nem por outrem e deram loguo poder e autoridade a ella dita compradores e a seus herdeyros pera que ella tome loguo posse reall das ditas terras e allqueyres de tryguo nas ditas terras e antretanto que a não tomava disseram elles ditos vendedores que se constetoyam por seus simplesis collonos incllinos da dita pensam hem nome della compradores e de seus herdeyros obrygando se loguo elles ditos vendedores por sim e todos seus bens moves he de raiz avidos e por aver a lhe fazerem esta venda sempre boa. he declara ella compradora por ella he por todos seus herdeyros he sobcessores he pessoas que dipois della vierem assim em juizo como fora delle so pena de lhe tornarem o preço em dobro e custas em tresdobro. A quall venda assim disseram elles ditos vendedores todos quatro que faziam a ella dita compradora he a seus herdeyros a condiçam de retro aberto de maneyra que todas as vezes que elles ditos
vendedores ou seus herdeyros tornaram a ella compradora ou a seus herdeyros os ditos treze mil réis preço desta venda, he cada huum ha sua parte he o que esta carta custar he hassi ho que agora pagarão he o foro haberto e livre ate ho tempo que lhe tornarem esta venda fique desfeyta e de nenhum vigor e força pera o que bastara somente hum conhecimento nas costas da escretura que desta nota sair em que digua ella compradora ou ha seus herdeyros que estam pagos de tudo o sobredito sem se nella fazer outra escretura nem distrato somente ho dito conhecimento que vallera como escretura pubryqua sem embarguo da ordenação. He assim o outorgarão e de todo mandarão fazer esta carta de venda com condição de retro aberto nesta nota he [Fl. 130v] he della dar hum trellado aa dita compradora e todos os que lhe cumprirem deste teor. Ha quall compra eu taballiam aceitey como pessoa pubryqua estipullante quanto com direito devo he posso em nome da compradora he de seus herdeiros aquy auzentes. He loguo aprezentaram huma certidam em como tynha pago ha sisa na villa da Batalha em cujo ramo estam as ditas propiadades da quall certidam ho trellado he o seguinte: Simão Anrrique Anrriques juiz ordenayro este anno presente em esta villa da Batalha ct., faço saber aos que esta certidam virem que he verdade [que] Izabel Dias veuva moradora na cidade de Leiria comprou treze allqueyres de tryguo de renda quada anno a retro haberto, scilicet, a Gaspar Antunes seys allqueyres he Antonio Fernandez Janeyro da Gollpelheyra ambos do ramo das sisas desta vylla. He a dita Isabell Dias deo aos sobreditos, scilicet, a Gaspar Antunes seys mil réis he a Antonio Fernandez sete mil réis que fazem em soma os ditos treze mill réis que fazem em soma os ditos treze mill réis. He os sobreditos lhe abotiquaram ha dita renda, scilicet, Gaspar Antunez lhe abotycou dous talhos de terra, scilicet, huma ao Rybeiro do Carvalho, que parte do levante com Antonio Anrryques desta villa e do norte com Jorge Anes diguo Antunes e do sull com Dioguo Joam da Rebollarya he está numa estrada; e hum talho ao Pinheyrinho que parte do levante com Joam Dias e do norte com herdeyros de Antonyo Jorje de Lisboa e do sul com Jorje Antunes. He Antonio Fernandez lhe aboticou huma terra que elle tem com suas ollyveyras detras de Sam Bento que parte do levante com genrro de Domingos Lopes da Barreyra e do poente com Antonyo Fernandes Poejo de Leiria e do norte com o rybeiro. He assi fiqua carregada sobre Fernãod’Allvarez deposytairo das sisas dos bens de raiz desta dita villa e as propiadades fiquam assentadas no lyvro dos depositos dos ditos bens conforme ao regimento de sua magestade. E por me ser pedida certidam [Fl. 131] lhe mandey passar a presente por mym assinada e pello escryvão e depositario, feita nesta villa de Nossa Senhora da Vitorya da Batalha, oje vinte he cynquo dias do mes de novembro. Sallvador d’Arruda escryvão das sisas a fez, de
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
mill he quynhentos he noventa e tres annos. Pagou desta e do assento do lyvro trinta he oito réis digo trynta réis. Testemunhas que foram persentes que aqui assinaram com elles ditos vendedores Marquos Fernandez morador que disse ser no Carvalhal termo da villa d’Alljubarrota he Bellchyor Dias mancebo sollteiro filho de Gaspar Fernandez caiador e Pedro de Sousa outrossim mancebo sollteyro todos diguo ambos moradores nesta cidade. Joam Rabello. E assinou per elles ditos vendedores ho dito Bellchior Dias. Joam Rabello. (Assinaturas e sinais) A asino pollas sobreditas - Belchior Dias. - + Antonio Fernandez. Pedro de Sousa. - + Marquos Fernandez. - (Sinal) Gaspar Antunez.
Doc. 3
1593 DEZEMBRO 3, Leiria - Isabel Dias, viúva, de Leiria, compra a Diogo Martins, lavrador, e a sua mulher, Catarina Carreira, da Golpilheira, 10 alqueires de trigo mourisco ou tremês, por 10 mil réis em cada ano. Os vendedores obrigaram ao contrato certas terras situadas na Subcosta de Baixo (frg. Maceira), então do termo da Batalha. ADLRA - Registos Notariais de Leiria: V-59-D-3, fls. 151v-154. Compra de Isabel Dias Saybam quantos este pubriquo instromento he carda de venda e imposisam de foro virem que no anno do nacimento de Noso Senhor Jhesu Christo de mill he quinhentos he noventa he tres annos aos tres dias do mes de dezenbro do dito anno nesta cidade de Leiria nas casas da morada de mim tabaliam ao diante nomeado ahi erão presentes Dioguo Martins lavrador he Catarinha Carreira sua molher moradores no lugar da Gollpelheyra termo desta cidade e loguo por elles anbos juntamente he por cada hum delles foi dito perante mim taballiam he testemunhas ao diante nomeadas que era verdade que elles presentes he outorgantes de suas propias he livres vontades e sem costrangimento de pessoa allguma diseram que vendiam como de feyto loguo venderam a Isabel Dias dona veuva moradora nesta cidade pera ella e pera todos seus herdeiros he socessores he pessoas que depois della vierem convem a saber diseram que lhe vendiam [fl. 152] dez allqueires de tryguo mourisquo ou tremes bom de receber limpo de pá he vasoura posto he medido nesta cidade em casa della compradora ou de seus herdeiros ate dia de Nossa Senhora d’Agosto de cada hum anno. E a primeira paga começaram loguo a fazer esta Nossa Senhora d’Agosto que vem do anno de noventa e quatro no qual dia he tempo não pagaram mais que lhe montar da feitura desta athe ho dito dia de Nossa Senhora pro rata. E dahi em diante todos os annos os ditos des allqueires de tryguo per inteiro com tall condiçam que não lhos pagando ou deixando de lhe pagar allgum anno allguma cousa delles que ella compradora he seus herdeiros ho posam mandar comprar nesta cidade ou na praça della da terra ou de fora della e tudo o que custar he custas que se nisso fezerem se aja e posa haver pella fazenda delles ditos vendedores he de seus herdeiros honde quer que lhe for achada porquanto pera isso disseram que avyam por obrygados os quais des allqueires de tryguo pagos como dito he disseram elles ditos vendedores que os punham he constituiam de foro nas propriadades seguintes que pera isso logo hobrygaram e fizeram foreiras: Item huma terra que elles vendedores tem junto do lugar da Suacosta de Bayxo a Insua com todas suas olliveiras e pinheiros assim como parte de huma parte com Domingas Fernandez da Suacosta e doutra com herdeiros de Lianor Matias e chegua ate ho rio he caminho do concelho, que disseram que lavaria de semeadura quatro ou cinquo allqueires de tryguo. Item outra terra a Fonte da Lapa que parte de huma parte com Domingas Fernandez e do norte com Domingos diguo Joam Diaz da Batalha e da outra com Joam Fernandez ho Moço que leva de semeadura tres allqueires de tryguo pouquo mais ou menos. Ho que todo esta no loguo de Maceira e em termo desta cidade e partem mais as ditas propiadades com aquellas confrontaçois he devisois com que de direito deva e haja de partir has quais terras assim disseram que obrygavam he [Fl. 152v] he obriguavam ao dito foro de dez allqueyres de tryguo que assim vendiam a elles ditos compradores pera elles e pera todos seus herdeiros por suas isentas, livres, desembargadas e sem deverem cousa alguma a nenhuma outra pessoa sallvo ao dito foro como dito he e querendo eles ditos vendedores ou pessoa que nas ditas terras soceder em algum tempo vende-las toqua-las ou alhea-las seram obrigados a faze-lo a saber a ella dita compradora ou aos herdeiros para ver se as querem pello tanto quanto lhe outrem der. E não os querendo antam as venderão ah que m quiserem contanto que não seja a pessoa das defesas em direito mas pessoa de sua
condição de quem se espera bom pagamento e a pessoa que os comprar sera obrygado a faze-lo a saber a ella compradora he a seus herdeyros pera se saber quem he e de quem se ad’arrequar ho dito foro. E comprira todas as condiçoes desta escretura e pagara o foro nella decllarado e todo ho sobredito na forma do moto do Santo Padre Pio quinto que falla acerqua dos retros ao quall como filho obedientes se sometiam de maneyra que sendo caso que nesta sua escretura vá allguma clausulla ou clausullas contra as do dito moto ou doutro quallquer feito sobre os retros que em tall caso serão nullos e de nenhum vigor nem força mas em todo esta escretura se comprira assim da maneyra que nella contem sem fallta allguma. E as ditas terras andarão sempre numa so pessoa he não poderam vir a menos. Os quais des allqueyres de tryguo pagos como dyto he disseram elles ditos vendedores que os vendiam a ella compradora e a seus herdeyros por preço certo logo nomeado de dez mil réis branquos desta moeda ora corrente de seis ceitis ao reall em paz e sallvo de sisa pera elles dytos vendedores, os quais dez mil réis preço desta venda elles ditos vendedores loguo ao fazer desta escretura receberam he [Fl. 153] he contaram da mão de huma criada della dita compradora que disse que lhos dava he pagava por ella e por seu requado. E os assim receberam he contaram perante mim taballiam e testemunhas ao diante nomeadas. E disso damos nosa fee pello que logo se ouveram por bem pagos e de todo ho dito preço e disseram que davam como de feyto loguo deram a dyta compradora he seos herdeyros presentes para que ella tome loguo posse dos ditos dez allqueyres de tryguo nas ditas propriedades e antretanto que assim a va tomar disseram que se costetuiam por seus simplisses collonos, incllynos da dita pensam em seu nome della compradora he de seos herdeyros obrigando-se loguo elles ditos vendedores por sim e todos seus bens moves e de raiz avydos e por aver a lhe fazer esta venda sempre boa e de paz a ella dita compradora pera ella e pera todos seus herdeiros e sobcessores e pessoas que dypois della vierem assim contrairo como fora delle so pena de lhe tornar a compra em dobro e custas e benfeitoryas em tresdobro. Ha quall venda asim disseram elles ditos vendedores que a faziam a ella compradora e a seus herdeyros a condiçam de retro aberto de maneyra que todas as vezes que elles ditos vendedores ou seus herdeyros tornarem a ella compradores ou a seus herdeyros os ditos dez mil réis preço desta venda he a sysa que agora pagou he com esta carta e custas e mais custos he o foro e salldo lhe livre ate ho tempo que lhe tornar esta venda fique desfeyta e de nenhum vygor nem força pera o que bastara somente hum conhecimento nas costas da escretura que desta nota tirarem que digua ella compradora e seus herdeyros que estão paguos de todo o sobredyto sem ser necessario outra escretura ou apoio/divulgação
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distrato somente ho dito conhecimento que vallera como escretura pubryqua sem embarguo da ordenação [Fl. 153v] he assim o outorgarão e de todo mandarão fazer esta carta de venda a condição de retor aberto nesta nota e della dar hum trelado a dita compradora e todos os que lhe comprirem deste teor. Ha quall compradora eu taballiam como pessoa pubryqua estepullante e aceitante haceytei e estepulley em nome da pessoa ou pessoas a quem deva ser aceitada aquy auzentes. He loguo presentaram hua certydam em como tinha paguo a sisa da quall certidam ho trelado he o seguinte: O Licenciado Lourenço de Leiria Monteyro juiz de fora com allçada por rei nosso senhor nesta cidade de Leiria he seu termo e presidente nas repartiçois das sisas della ct., faço saber aos que esta certidam vyrem que he verdade que Isabel Dias veuva moradora nesta cidade comprou a Dioguo Matias morador na Gollpelheyra termo desta cidade dez alqueires de tryguo de renda a retro cada huum anno e lhe obriga a elles huma terra junto da Soacosta de Baixo com todas suas ollyveyras e pinheyros, parte com Domingos Fernandez Ledo. E outra terra e valla com suas ollyveyras parte com Pero Fernandez ambos no dito loguo da Soacosta termo da villa da Batalha, ao das sisas desta cidade, por preço de dez mil réis de que a compradora pagou de sisa a Gaspar Fernandez deposytario das sisas dos bens de raiz desta cidade e seu termo mil réis que he sisa direita, os quais fiquão carregados sobre elle depositairo no lyvro das ditas sisas dos ditos bens de que se fez termo em que elle depositayro comigo juis e o escrivam das sisas assinaram conforme ao regimento. E por de todo esto me ser pedido esta lhe mandey passar a presente feita em Leiria aos tres dias do mes de dezembro. Dioguo Ferraz escrivam das sisas por el rey nosso senhor nesta cidade de Leiria he seu termo a fiz. De mill he quynhentos he noventa e tres annos. [Fl. 154] Pagou desta do termo do livro trinta he oyto réis e d’assinar simquoenta réis. Dioguo Ferras. Monteyro. Gaspar Fernandez Preto. E posto que digua que as ditas terras estam no termo desta cidade estam no termo da villa da Batalha e ramo das sisas desta cidade. Elles vendedores receberam os ditos dez mil réis da mão de hum neto dela compradora filho de Francisco de Leiria. Testemunhas que foram persentes que aqui assinarão: Antonio Carreyra filho delles vendedores e morador na Venda Nova do Furadoiro, termo desta cidade, e Mateus Joam conteiro he Manoell Nunes neto della dita compradora moradores nesta cidade. Joam Rabello ho esprevy. Elle Manoel Nunes assinou pella vendedora a seu rogo por dizer que não sabia assinar. Joam Rabelo escrevi. (Assinaturas) Asino pola sobredita - Manoel Nunez. - Mateus Yoam. (Sinal) Antonio Careyra.
•ViagenspeloPassado•6 (Artigos sobre a Golpilheira em jornais do passado)
Golpilheira, terra nobilitada pela História A Golpilheira esteve em foco durante o corrente ano, primeiro pela sua justa elevação a sede de freguesia e nomeação da respectiva comissão administrativa e, depois, pela constante e valiosa actividade dos seus Centros Recreativo. Este ano, que ficará inolvidável para a população local, teve agora um dos seus pontos altos, praticamente o acto de encerramento das celebrações destes factos tão importantes na vida da simpática povoação. Em espectáculo, que a direcção do Centro Recreativo quis, louvavelmente, integrar na comemoração do 6.º Centenário da Batalha de Aljubarrota e da construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória (Mosteiro, ao qual tanto deve a nossa região), houve diversão e alegria e, simultaneamente, fez-se a evocação da História nacional e regional. Foi no dia 8, como oportunamente noticiámos. Além dos artistas e grupos que referimos, intervieram, com palavras a propósito, o Presidente do Centro, Sr. Ribeiro Ferraz, e o Presidente da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia, Sr. Pedro Meneses Monteiro. Lindo fui ver dezenas de crianças empunhando as bandeiras históricas e com elas encher de colorido a imensa sala da colectividade. Mas, entre as iniciativas que o Centro Recreativo levou avante, uma mereceu a nossa especial atenção: a publicação de um pequeno desdobrável em que se fala do Mosteiro, cuja construção veio animar esta histórica zona que hoje é constituída pelas freguesias da Batalha e da Golpilheira, desta povoação e dos seus antigos e preciosos templos: Senhor dos Aflitos e S. Bento da Cividade. Pelo seu interesse, particularmente para os naturais da freguesia que vivem longe, transcrevemos algumas dessas notas: GOLPILHEIRA – com a construção, ordenada por D. Afonso Henriques, do Castelo de Leiria, a partir de 1135, começa o repovoamento cristão das terras circunvizinhas. É possível que encontrando, por aqui, restos ainda aproveitáveis das edificações dos romanos, cuja presença nos concelhos de Leiria e da Batalha deixou muitos e importantes vestígios, pouco depois se tenham fixado populações no vale do Lena e nos cabeços próximos. Não se sabe se Golpilheira foi logo fundada, mas o certo é que já existia em 1343, como provam documentos da época (Carta Régia pela qual é concedido privilégio ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, para ter uma herdade na Golpilheira, termo de Leiria, que lhe era deixada por Vicente Lopes)* e, em 1211, portanto mais de 130 anos antes, já há referência à ermida de S. Leonardo da Cividade, que parece ser a antecessora de S. Bento da Cividade (Composição e compromisso entre os Cónegos Regrantes de Santa Cruz de Coimbra e os Clérigos Raçoeiros de Leiria)*. Com a construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, principiada em 1387 ou 1388, reforça se o povoamento da região. Numerosos obreiros do Monumento, vindos de diversos pontos do País e, inclusive, no estrangeiro, fixam-se não só na que é hoje Vila da Batalha, mas também nos lugares e aldeias em redor, alguns dos quais são, com certeza, fundados por eles. Por essa altura, a população da Golpilheira é possivelmente aumentada com estes novos moradores. Erguida bem perto da que foi a grande povoação romana de Collippo, que ocupou há dois mil anos o monte de S. Sebastião do Freixo, o nome da Golpilheira deve ter tido origem em termo latino, provavelmente em vulpes, que quer dizer raposa. Seria, assim, «terra de raposas». ERMIDA DE S. BENTO DA CIVIDADE – Sucedendo, como tudo leva a crer, à ermida de S. Leonardo da Cividade, erguida nos princípios da Nacionalidade, a ermida de S. Bento é muito antiga, Havendo referências a ela em documentos do século XVI. Conforme diz o «Couseiro», o seu alpendre data de 1582. Neste livro sobre as coisas da Diocese de Leiria, também se noticia a existência, ali, da confraria dos defuntos de Albergaria do Furadouro, cujo tombo do compromisso foi feito, de pergaminho, no ano de 1513. A casa desta albergaria estava antes de se chegar ao ribeiro que se chama de S. Bento, ainda conforme «O Couseiro». ERMIDA DO SENHOR DOS AFLITOS – A ermida do Senhor dos Aflitos ou de Jesus foi mandada erigir, em meados do século XV (há mais de 530 anos) por Pedro Gomes que, segundo «O Couseiro», foi escrivão da chancelaria do Reino. Muito simples no exterior, tendo tido em tempos recuados alpendre e sino, tem, pelo contrário, um precioso e belo interior. Assim, todo o chão é lajeado a pedra calcária, entrando-se, na capela-mor, por um lindo arco pré-renascentista, feito na mesma pedra, tudo bordado a rosas. O tecto desta mesma capela é artesonado, tendo no bocete central, a cruz de Cristo. São valiosas, igualmente, as suas imagens. A propósito desta evocação da história local, sugerimos, ao povo da Golpilheira, dois nomes que bem devem ser recordados na toponímia da sede da freguesia. Pedro Gomes, que mandou erguer a ermida do Senhor dos Aflitos, e o Padre Dr. Joaquim Coelho Pereira, pároco culto e zeloso da Batalha, nos princípios do nosso século, a quem se deve a linda torre sineira da Igreja Matriz da Vila. José Travaços Santos * A cópia destes dois documentos foi-nos gentilmente facultada pelo distinto investigador da História Dr. Saul António Gomes. Em Região de Leiria, 20-12-1985
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sugestões de leitura
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Presença . Jacarandá Editora .
Guerra & Paz Editores
Círculo de Leitores
À venda em www.presenca.pt
À venda em www.guerraepaz.pt
À venda em www.circuloleitores.pt
Bad Blood
Gosto de Amar de Perto
Eu Decido Cozinhar...
A inacreditável história da ascensão meteórica e do chocante colapso da Theranos, a multimilionária startup de biotecnologia fundada por Elizabeth Holmes, pela voz do jornalista que a contou em primeira mão e a perseguiu até ao fim, apesar da pressão da carismática CEO e das ameaças dos seus advogados. Esquemas elaborados, intriga corporativa, episódios de capa de revista, relações familiares destruídas e a morte de uma empresa avaliada em dez mil milhões de dólares: uma história que parece ficção, mas é pura realidade. Em 2014, esta empresária era vista como a versão feminina de Steve Jobs: uma brilhante ex-aluna de Stanford cujo «unicórnio» prometia revolucionar a indústria médica com uma máquina que tornaria as análises ao sangue mais rápidas e eficientes. Apoiada por investidores como Larry Ellison e Tim Draper, a venda de acções da empresa valorizou-a em mais de 9 mil milhões de dólares – o que fez o valor de Elizabeth Holmes aumentar para metade dessa quantia. Mas houve um pequeno problema: a tecnologia não funcionou…
É, ou está a ser, um tempo de confinamento, em que estamos a ser obrigados a repensar as nossas múltiplas e variáveis formas de amar, as nossas diferentes adaptações do eu para conseguirmos demonstrar aos outros o nosso amor, carinho e afecto. «Esta é a base de partida desta minha reflexão, que se não esgota no tempo e circunstâncias da pandemia. Afinal, nós, portugueses, somos um povo de emigrantes e antes fomos de marinheiros. Nesses tempos e nestas condições, era e é mais do que natural que todos disséssemos e digamos que gosto de amar de perto, por contrapasso ao amor à distância», revela o autor, também ele emigrante na Suíça. Esta é a sua segunda obra, depois de “O Poder dos Adolescentes”, que teve um assinalável êxito junto do seu público-alvo, já que muitos jovens e educadores ficaram surpreendidos com a inesperada abordagem aos temas que normalmente impactam os adolescentes no seu complicado e, por vezes, conflituoso processo de crescimento, de afirmação e de subsequente aprendizagem.
Avós, Piranhas e outras histórias
A Terceira Margem
Este livro é uma ternurenta história sobre a relação entre avós e netos, com uma boa dose de humor e muita ternura. O Nico e o seu avô Francisco fazem muitas actividades em conjunto: vão à pesca, lêem, conversam sobre arte, andam de bicicleta e fazem trabalhos de matemática. Fazem tudo isto e muito mais quando não estão a fugir de mil piranhas! Com os avós aprendemos muitas coisas, divertimo-nos e transferimos emoções e cumplicidade de geração em geração. A autora e ilustradora, Rocio Bonilla, nasceu em Barcelona em 1970, onde se graduou em Belas Artes. Começou a sua carreira na área da pintura, fotografia e publicidade, onde se manteve por 12 anos distanciada da ilustração. Depois de ser mãe, decidiu deixar a publicidade e voltar a trabalhar na ilustração e no imaginário infantil. Desde 2010 que se dedica à área editorial. Os seus três filhos são os seus maiores fãs e os seus maiores críticos também. Nos tempos livres gosta de se dedicar à cozinha, à leitura e ao croché.
Entre as raízes transmontanas e o Brasil, o autor descreve quase três séculos de história na óptica de uma família ligada, pela coincidência do apelido, ao grande navegador Pedro Álvares Cabral. No cerne deste romance histórico está a abolição da escravatura e da pena de morte, as marcas do colonialismo, as tensões sociais, os momentos altos e as figuras maiores da História, desde o remoto ano de 1756 até ao já tão próximo dia 7 de Setembro de 2022, ano em que se comemorará o bicentenário do Grito do Ipiranga. Momentos altos e figuras maiores de aquém e além-Atlântico, entre as quais, Machado de Assis, Alexandre Herculano e Almeida Garrett, entrecruzam-se com os protagonistas, aproximando-nos da História comum com o Brasil que este romance elíptico e singular também celebra. Ainda que a narrativa atravesse 266 anos, é centrada no avô (1870-1966) do narrador, «que se aventurou na terceira margem», a da dignidade humana, a que recusa a escravatura, a pena de morte, os aljubes do pensamento.
Cozinhar e/ou comer são uma fonte de prazer. Mas o ritmo de vida actual e as preocupações com a saúde, a alimentação, a ecologia trazem desafios à cozinha e à mesa. O Círculo de Leitores apresenta uma nova colecção que vem responder às actuais mudanças do estilo de vida e às novas problemáticas no domínio da culinária prática e quotidiana: em seis volumes, «Eu Decido Cozinhar» propõe mais de 200 receitas, além de nos trazer as mais recentes tendências gastronómicas e ainda pequenos gestos diários que ajudam a melhorar a alimentação e a saúde. O primeiro volume, “Cozinhar para Toda a Semana”, traz 8 menus concebidos de acordo com as estações do ano e 30 propostas de preparações de base para fazer nos fins de semana, que se desdobram em 50 refeições! Escolha o seu menu, faça as compras necessárias e reserve cerca de duas horas ao domingo para preparar todos os pratos da semana. Nos dias seguintes, basta juntar os ingredientes e aquecê-los! O segundo volume, “Cozinhar sem Açúcar (ou quase)”, traz 45 receitas para saborear coisas doces sem sentir culpa (incluindo bolos clássicos revisitados, sobremesas super-light e guloseimas para crianças) e dicas para adoptar uma nova atitude, compreender como funcionam as alternativas ao açúcar, e conselhos práticos para que as suas novas decisões se tornem uma realidade. Apesar do seu forte poder viciante, é possível dizer adeus ao açúcar sem frustrações. Conheça as alternativas e repense o seu quotidiano com a adopção de algumas soluções simples!
John Carreyrou
Rocio Bonilla
O Monstro da Vergonha Tânia Carneiro Ilust.: Ana Oliveira
«Dentro de mim vive um Monstro / Esse Monstro chama-se Vergonha / Ele é muito GRANDE e ocupa muito espaço / E tira-me o espaço todo a mim». – A história de uma menina que vence um monstro e que no final sobe ao palco da escola, para representar uma peça de teatro, sem medos. O papel principal é dela! Este é o primeiro livro da psicóloga clínica Tânia Carneiro, com ilustrações de Ana Oliveira, apontando como objectivo ajudar os mais pequenos a lidar com sentimentos como a vergonha e o medo. Tendo como ponto de partida episódios de vergonha relacionados com a sua filha de seis anos, conta-nos uma história de coragem e superação sobre este sentimento que surge em muitas crianças. E tu, serás capaz de vencer o medo e a vergonha?
Rui Melo
Ernesto Rodrigues
rh editora À venda em www.editorarh.pt Ser Feliz no Trabalho
– Uma Viagem Científica, Humana e Criativa pelo Bem-Estar Social Reinaldo Sousa Santos Um livro sobre tudo o que precisa de saber sobre a felicidade no trabalho. Conheça porque o tema da felicidade é central no discurso e planos de vida e de carreira das pessoas e como a promoção do bem-estar no trabalho se tornou um dever ético das organizações. A dimensão social da felicidade no trabalho tem merecido pouca atenção da investigação científica e da gestão de recursos humanos. O autor apresenta uma caracterização do triângulo do bem-estar social, composto por três vértices: oportunidades de relacionamento, apoio social e valores sociais. Uma escrita fluida e criativa, que pode ser lida num fôlego do início ao fim ou saltitando entre capítulos de acordo com o interesse e a disposição do leitor. É um livro sobre a sua felicidade e a felicidade das pessoas que trabalham consigo. Inclua a leitura deste livro nas suas experiências de prazer e recolha informação relevante para dar sentido à sua vida e à sua carreira. Não deixe de embarcar nesta viagem. Vai valer a pena. Seja feliz, também no trabalho!
fala, e u q o d u m m u é ro « O liv nde, um surdo que reuspeoguia, P. António Vieira, um cego q Teólogo/Escritor (1608-1697) » um morto que vive
Sandra Thomann
O Casal Perfeito Elin Hilderbrand
Na ilha de Nantucket (EUA), famosa pelas suas belas praias, estamos na temporada dos casamentos, época também conhecida como «Verão». Uma noiva a descer a Main Street é uma visão tão habitual como o pôr do Sol na praia de Madaket. O casamento Otis-Winbury promete ser um acontecimento inesquecível: os pais ricos do noivo não se pouparam a despesas para organizar uma luxuriante cerimónia na sua propriedade à beira-mar. Mas será um evento memorável pelos motivos errados, depois de a tragédia se abater: um cadáver é encontrado no porto de Nantucket poucas horas antes do casamento, e, de um momento para o outro, todos os envolvidos na cerimónia são considerados suspeitos. À medida que o chefe de polícia Ed Kapenash vai interrogando a noiva, o noivo, a mãe do noivo, famosa escritora de romances policiais, e até um membro da sua própria família, vai descobrindo que cada casamento é um campo minado – e que nenhum casal é perfeito.
A Condecoração Danielle Steel
Quando o exército alemão ocupa a França, em 1940, Gaëlle de Barbet tem 16 anos. Em poucos meses, o pai e o irmão são mortos, a mãe sucumbe à loucura e a sua melhor amiga é internada num campo de prisioneiros. Correndo riscos terríveis, Gaëlle torna-se membro da Resistência, garantindo destemidamente a segurança de crianças judias sob o olhar da Gestapo e dos seus colaboradores franceses. As missões que secretamente leva a cabo no seio da Resistência marcá-la-ão por muitos anos. Na fase final do conflito, Gaëlle põe em prática um plano para ajudar a salvar os tesouros artísticos do seu país. Contudo, quando a guerra acaba, é falsamente acusada como colaboracionista e foge para Paris, desonrada e em desgraça. É nessa cidade que começa uma nova vida, que acabará por levá-la a Nova Iorque, passando por uma carreira como modelo da Dior, pelo casamento, pela maternidade, por perdas terrivelmente dolorosas e por um amor duradouro. Mas os fantasmas do passado nunca andam longe…
sugestões de leitura • 29
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
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Pergaminho
À venda em www.pergaminho.pt
Kiki e Jax
A Equação Milagrosa
– A Magia da Amizade para Transformar a Tua Vida Marie Kondo e Salina Yoon «Quando fui mãe, aprendi como é importante incluir os meus filhos no processo de arrumação. Se arrumar for divertido, será algo de que pode desfrutar com os seus filhos! Espero que esta história intemporal de amizade o inspire não só a arrumar, mas também a descobrir em família a magia transformadora da arrumação.» É assim que Marie Kondo nos dá as boas-vindas no seu mais recente livro, que escreveu com Salina Yoon – também responsável pelas ilustrações. Este livro é, no fundo, o Método KonMari para os mais novos. Indicado para crianças a partir dos três anos, este livro conta-nos a história de Kiki e Jax, que são melhores amigos apesar de serem muito diferentes: é que Kiki gosta muito de apanhar e coleccionar coisas e Jax gosta de as guardar e arrumar. Quando Kiki começa a acumular demasiadas coisas, a desarrumação é tanta que ficam sem espaço para brincar. Juntos, vão descobrir como a arrumação pode criar espaço… para a alegria!
O Caminho Perfeito Osho
«Quando não há nuvens, o céu azul é revelado.» E este livro é um imenso céu azul, o primeiro registo da abordagem absolutamente transformadora de Osho, da meditação e da sua visão do ser humano como uma unidade irredutível. É, porém, de uma actualidade surpreendente. Foi no início da década de 1960 que um grupo de pessoas interessadas em meditação se reuniu num retiro isolado nas montanhas do Rajastão, na Índia, sem imaginar que estavam a participar num evento que provaria ser a primeira semente da revolução que veio a ser o pensamento de Osho, e que acabou por transformar a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Esta palestra deu depois origem a este livro. Osho não é apenas um ser humano com conhecimento, é também um ser humano que o sabe transmitir e de forma brilhante. O mestre aponta o sentido que se deve seguir para a transformação, através da meditação e do autoconhecimento. «Meditação é estar sem pensamentos. Sem pensamentos podemos aceder ao que os pensamentos ocultam.»
Filosofia do Reiki Sara Cardoso
Este é o novo livro de Sara Cardoso, mestre em Reiki Tradicional e em Karuna Reiki e autora de títulos como “Escolho Ser Feliz”, “Psicologia do Reiki”, “O Livro do Reiki” ou “O Poder da Energia Positiva”. Desengane-se quem pensa que este é um livro apenas para quem se interessa por Reiki. Esta é uma leitura obrigatória para qualquer pessoa que tenha interesse em desenvolvimento pessoal. A autora propõe-se a partilhar de que forma a terapia energética pode transformar a sua vida, através de quatro capítulos: O Reiki e a sua origem; Os cinco princípios do Reiki; A filosofia dos princípios; Novos princípios do Reiki. «O nome original do Reiki, tal como foi estabelecido pelo seu fundador Mikao Usui, era em japonês «Shin Shin Kaizen Usui Reiki Ryoho», que significa «o Método de Cura de Usui para a Melhoria do Corpo e da Mente». Actualmente, usamos apenas a palavra REIKI para nomear o método de Usui que pode ser traduzida, numa versão simplificada, como «energia espiritual», explica a autora.
Hal Elrod
Depois do sucesso do bestseller “Manhãs Milagrosas”, Hal Elrod regressa com este livro, com o qual pretende elevar a consciência da humanidade, uma pessoa de cada vez. O especialista em desenvolvimento pessoal começa por retirar o mistério aos milagres para o ajudar a levar os seus objectivos do possível ao provável e, por fim, ao inevitável. Utiliza uma fórmula atemporal comprovada, que o ajudou a ter sucesso, e que consiste em duas decisões que podemos tomar para atingir os nossos sonhos: nunca deixar de acreditar (fé inabalável) e nunca deixar de tentar (esforço extraordinário). «Desde o início dos tempos que houve pessoas comuns que se catapultaram para além dos limites do que se pensava ser possível. Também elas tiveram de superar os mesmos tipos de medo e insegurança que nos aprisionam a todos nós. Todos nós nascemos com potencial ilimitado, mas estas pessoas descobriram como entrar em contacto com ele. Quando se descobre como fazer o mesmo, tudo muda.»
A Numerologia da Nova Era Clara de Almeida
Mais um livro da autora dos bestsellers “Manual de Numerologia” e “Numerologia Kármica”, para todos os que pretendam trabalhar o autoconhecimento, entender os desafios principais que se colocam nas relações interpessoais em geral, aprender a viver melhor e a perceber como alcançar a felicidade, e também para todos que têm curiosidade em explorar os domínios do conhecimento fora dos ramos científicos convencionais. Mas o que é a Numerologia? «É uma linguagem simbólica, que usa os números como representantes de energias e não como simples medidas do mundo da matéria, sendo deste modo utilizados para descrever e não para contar», explica Clara de Almeida. «Com a Numerologia, é possível criar orientações para desenhar caminhos mais adequados, abrir perspectivas para desenvolvimentos pessoais e encontrar formas de direccionar acções para alcançar objectivos e propósitos. É igualmente viável trabalhar as relações interpessoais, reconhecer pontos fortes e fracos relacionais e desse modo procurar soluções de harmonização.»
Bertrand Editora
À venda em www.bertrandeditora.pt
A Raposa
– Uma história sobre o ciclo da vida Isabel Thomas / Ilust.: Daniel Egnéus Na floresta ainda coberta de neve no início da Primavera, a raposa tem como missão encontrar alimento para as suas crias. E à medida que elas crescem, a raposa ensina-as a sobreviver na Natureza. Até que, um dia, a raposa morre… E agora? É possível que uma vida nasça daquela que terminou? Este é um extraordinário livro, uma união perfeita entre conto, ciência e ilustração, que responde a uma das mais comuns e difíceis perguntas das crianças: «O que acontece quando morremos?» A Raposa é um livro sobre fins e inícios, sobre a vida e a morte, que segue uma família de raposas ao longo das quatro estações do ano. Combinando uma narrativa emocionante com factos científicos, versos apelativos e magníficas ilustrações, este livro procura ajudar pais e educadores a explicar ao mais novos o ciclo da vida e que a morte não é apenas um fim, mas também um princípio, parte fundamental da vida no planeta. Para além de informativo, é também um livro comovente, com ilustrações de tirar o fôlego. Indicado para crianças com mais de 6 anos.
Temas e Debates Essa Palavra Liberdade…
À venda em www.temasedebates.pt
Luís Reis Torgal
Os Impérios Ibéricos e a Globalização da Europa (séculos XV a XVII)
A revolução do Porto de 1820, e a Constituição de 1822 dela nascida, abriram caminho de modo inexorável para o Estado de Direito, e esse facto projectou-se na História política portuguesa até aos nossos dias. Urge, portanto, relembrar, analisar e divulgar os acontecimentos que permitiram a Portugal substituir um rei absoluto por um sistema capaz de representar os cidadãos. A historiografia apresentada neste livro pelo Professor Luís Reis Torgal procura descortinar a complexidade dos fenómenos e as suas repercussões duráveis, de modo a que o leitor consiga perceber o longo caminho de afirmação do constitucionalismo e do liberalismo, até aos dias de hoje. Apesar de ser um livro de História, esta obra é também uma análise do presente, pois para além de muitas das propostas feitas pelos vintistas ainda serem bastante actuais, hoje em dia vivemos menos numa social-democracia e mais numa democracia liberal, marcada pelo liberalismo económico e pelo neoliberalismo.
Este livro pretende (re)construir a história dos impérios Espanhol e Português, desmontando preconceitos criados. Uma análise inovadora do que representou para os povos da Península Ibérica o facto de Espanha e Portugal terem criado o primeiro império global da Europa. Essa história está repleta de estereótipos, utilizados tanto para alimentar o triunfalismo como um pessimismo paralisante. Após anos de pesquisa, este historiador espanhol requalifica, ou até nega, a suposta excepcionalidade da história de Espanha e Portugal. Adoptando uma perspectiva comparativa e com base em factos empíricos, descreve como as realidades da sociedade, da economia e da política das monarquias dos dois países ibéricos não divergiram assim tanto daquelas que, nos mesmos períodos, existiam em França, Inglaterra ou no resto da Europa. Um importante exercício de história comparada para melhor compreender o nosso passado, mas também a inserção geoestratégica de Portugal e Espanha no presente e no futuro.
Bartolomé Yun Casalilla
poesia/ /diversas
. Poesia . Homenagem A mais bonita lágrima é a da saudade pois ela nasce dos risos que já foram dos sonhos que não acabam e das lembranças que jamais se apagam. Guardamos na Memória o seu carinho, suas palavras e o seu imenso amor, sentimos a sua falta, mas jamais será esquecida… Mãe. José Bento Monteiro
Avó é inesquecível É como se fosse um sonho Avó foi a sua verdadeira dedicação Foi uma mulher heroína Sentimos saudades com emoção. No centro da Golpilheira A sua estátua querem homenagear É o caminho e afecto do amor a ilustre imagem faz aprofundar. Minha querida avó Era inesquecível a sua maneira de ser! Quando o seu olhar sorria… Era um silêncio tão profundo, Ao ver uma criança a nascer. Venho agradecer ao Sr. Presidente Da Câmara Municipal da Batalha E também aos da nossa Freguesia Aos primos que colaboraram O livro que o primo Joaquim Manuel editou A família sente-se feliz e com alegria. 24.07.2021 - Cremilde Monteiro
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
Horas amargas Deste o ano dois mil e vinte Toda a humanidade faz reflectir! Uma pandemia sem igual Não sei mais o que está para surgir. Médicos e toda a área da saúde Não têm mãos a medir Correm para todo o lado Bombeiros e voluntários Não sabem quais os primeiros acudir. Este Covid-19 já tem vários nomes Já sabem aprofundar qual o pior, Para a saúde, tentam descobrir o possível É preciso tolerância para tudo correr melhor. Com calma, a muitos convém saber, Eram mais os idosos, agora é qualquer idade Já morreram milhares sem saberem a razão, Muitos estudam sobre a ciência É bom aprofundar com êxito e moderação. Todos nós andamos a medo Devemos ter um pouco de calma e consideração, Muitos fazem o melhor que podem Para bem de todos, é a única solução. Há o sofrer em várias aflições A insegurança sobre o que está a acontecer, Com tristeza não deixo de escrever O planeta está mesmo doente Façam o possível para o mundo entender. A humanidade não deve julgar! A vida vai-nos ensinando desde o nascer, Passando por alegrias, descobertas e mágoas São essas certezas e incertezas do viver. Cremilde Monteiro
DesenhodaMelita
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CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas quarenta a folhas quarenta e um, do Livro Duzentos e Sessenta e Seis - B, deste Cartório. Margarida Alexandra Cunha Carreira, NIF 201 180 430, divorciada, natural da freguesia e concelho da Batalha, residente na Rua do Bom Sucesso, lote 2, 1ºDto, Carqueijal, Calvaria de Cima, Porto de Mós, declara que com exclusão de outrem, é dona e legítima possuidora do prédio rustico, composto de terra de semeadura, com a área de quatrocentos e vinte e três metros quadrados, sito em Pinheiros, freguesia e concelho da Batalha, a confrontar de norte com José Manuel das Neves, de poente com José Pereira da Silva, de nascente com caminho público, e de sul com António Carreira das Neves, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 10387, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €321,48. Que, a justificante, adquiriu o identificado prédio, por compra verbal a José Santos da Silva e mulher Virgínia Carreira Barateiro, residentes no Canadá, no ano de mil novecentos e noventa e nove, à data solteira, maior, tendo posteriormente sido casada sob o regime da comunhão de adquiridos com Vítor João Nunes Paixão, de quem é divorciada. Que em consequência daquela compra verbal, possui o identificado prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé durante aquele período de tempo, adquiriu o prédio por usucapião. Batalha, quinze de junho de dois mil e vinte e um. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos - 46/8 Jornal da Golpilheira, edição n.º 268, 1 de Agosto de 2021
Dois toques no dormir Triste momento Passei pela tua rua E algo me chamou a atenção Que infelicidade te ver nua A tua loucura me doeu o coração. Com fé e esperança, Eu também peregrino Não queria ser de novo criança Mas ignoro qual o destino. Tudo o que vi me fez confusão Nada sabia da tua vida Parecia-me na mente uma ilusão. Mas a tua saúde afinal Se transformou numa ferida Lamento ver-te tão mal. José António Carreira Santos
Vou-me deitar Se quiseres telefonar Será o melhor acordar De quem te sabe amar Senão me ligares Lembra-te que contigo sonharei Para que ao me acordares Somente de ti, sonhei Nesta cama vazia Nosso amor é puro Nessa tua azia Por causa de um dia escuro As luzes irão voltar O Sol irá clarear O teu coração irá mandar O teu peito respirar No meu peito, tu és respiro Na minha alma, dominadora Somente eu suspiro Dar-te um beijo, nessa boca tentadora... Vaz Pessoa
CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas trinta e cinco a folhas trinta e seis, do Livro Duzentos e Sessenta e Sete - B, deste Cartório. Armando Silva Laranjeiro, NIF 125 335 091 e mulher Celeste de Jesus Pereira, NIF 142 483 265, casados sob o regime da comunhão geral de bens, ambos naturais da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, lá residentes na Rua 5 de Outubro 8, Portela das Cruzes, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do prédio rústico, composto de terra de cultura, com a área de mil cento e sessenta metros quadrados, sito em Pia d’Urso - Quintal, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Manuel Vieira, de sul com Herdeiros de Artur Jesus Pereira, Mário Carreira Santo e caminho público, de nascente com Adelina Reis e de poente com Mário Carreira Santos, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 17711, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de €881,60. Que, o identificado prédio veio à posse dos justificantes, no ano de mil novecentos e oitenta e três, por doação verbal de António Pereira da Cruz e mulher Maria Caneira de Jesus, já falecidos, residente que foram na freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, pais da justificante mulher, contudo, sendo esta transmissão meramente verbal não existe título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela doação verbal, os justificantes possuem o identificado prédio em nome próprio, há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu início, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, com o amanho da terra, recolha de frutos, conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio, por usucapião. Batalha, dois de julho de dois mil e vinte e um. A funcionária com delegação de poderes, Liliana Santana dos Santos – 46/6 Jornal da Golpilheira, edição n.º 268, 1 de Agosto de 2021
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a fechar • 31
Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
. Tintol & Traçadinho .
. telefones úteis . 112
Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Correios (CTT) - Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”
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Já podemos estar no café sem máscaras, certo?...
Não!!! Mete lá isso nas trombas, já!
Talvez lá para Setembro...
Avacalhar
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. ficha técnica Registo ERC . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about Director . Composição . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Equipa JG . Adelino Rito, Ana Margarida Rito, Ângela Susano, Cristina Agostinho, Diogo Alves, Isabel Costa, Miguel Santos. Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Eusébio, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Márcio Lopes, Miguel Portela, Saul António Gomes. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10). NIF . 501101829. Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede proprietário/editor/redacção . Centro Recreativo da Golpilheira - Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 910 280 820 / 965 022 333. Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Facebook: www.facebook.com/jgolpilheira Twitter: www.twitter.com/jgolpilheira E-mail: geral@jornaldagolpilheira.pt
Pedraço
Os mais antigos chamam-lhe “pedraço” e, de facto, é bem aplicado o nome ao que aconteceu na Golpilheira e pela região, no passado dia 12 de Junho. Uma verdadeira “chuva” de pedras, quais bolas de golfe (algumas do tamanho de bolas de ténis). O resultado foram avultados prejuízos em telhados, veículos, culturas agrícolas e algumas cabeças desprotegidas. Enfim, como diriam os gauleses... o céu caiu-nos em cima, com toda a força!
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Aconteceu festa no passado dia 1 de Agosto. Mas nada que se compare ao que queríamos e estávamos habituados. Nesta imagem de 2001, há precisamente 20 anos, estávamos bem mais felizes... até porque mais novos! Curiosidade: nesse ano, o padre João da Felícia, que lembramos nesta edição, estava por cá e presidiu à festa. | LMF LMF
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Jornal da Golpilheira • Julho / Agosto de 2021
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