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Preço: 2€ | Director: Luís Miguel Ferraz | Bimestral | Ano XXVI | Edição 270 | Novembro / Dezembro de 2021
Almoço juntou 250 amigos e fez-se a homenagem ao Manuel Rito e ao Jornal da Golpilheira
Mês cultural só durou um dia (por causa da Covid) • p. 6-7
R. Inf. D. Fernando, 2 • 2440-901 BATALHA Tel. 244 769 270 • WWW.CREDITOAGRICOLA.PT
Exposição de Natal da Escola na Junta p. 2 “Fire Up crew”: dança da Golpilheira brilhou em mundial p. 3 Cidadãos-cientistas registam 1500 espécies na Batalha p. 18-19
Piloto da Golpilheira
Cesário Santos conquista Taça de Portugal em TT p. 22-23
e l a t Na 2022! o t San Anocontos os Boirm terioreninos daão! n i o an sm ediç
“Maravilha do Natal” na vila da Batalha p. 36
Conf enhos do ara esta e des a escola p noss
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FELIZ NATAL e Óptimo Ano Novo
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Eduarda Meneses
Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
abertura
Luís Miguel Ferraz Director
É Natal? Põe máscara, tira máscara; mete álcool-gel, esquece o álcool-gel; afasta, aproxima; faz teste, toma vacina, repete o teste, reforça a vacina; volta ao café, evita o restaurante; já podes ir à discoteca sem medo, no jogo da bola só a mostrar certificado; aqui assim, ali assado… este pode ser o resumo deste ano de 2021 que agora finda, com o regresso à normalidade a ser anunciado e negado em sucessivas vagas de incerteza. A única certeza, no fundo, é que ninguém sabe muito bem o que fazer, excepto alguns fundamentalistas iluminados, de um lado e do outro da barricada, uns a decretar que é o fim do mundo e mais vale fechar-se em casa para sempre, outros a acusar o mundo de inventar uma doença que não existe só para nos chatear. Pelo meio, lá vamos andando e esperando, pelo menos, que isto corra mais ou menos (que vai ficar tudo bem, já sabemos que não). Entretanto, é neste cenário que chega mais um Natal e passagem de ano. Jantar em família ou não? Juntar colegas e amigos ou deixar os encontros para a Primavera? Ir às igrejas celebrar o Menino ou apenas às catedrais do consumo carregar prendas para os meninos? Ninguém tem a resposta definitiva. Talvez o bom senso seja a única coisa que possamos evocar para cada um avaliar até onde quer arriscar ou proteger-se. O resto, seja o que Deus quiser. Quanto a nós, aqui oferecemos mais uma edição natalícia, este ano com a colaboração especial dos meninos da nossa escola (procurem lá dentro umas caixinhas vermelhas com os contos e os desenhos que nos ofereceram!). Deixamos, também, os votos de Santo Natal e feliz ano de 2022 aos assinantes, anunciantes e a todos os que nos lerem. Saúde, alegria e paz!
. caderno mensal .
DR
.editorial.
José Travaços Santos Etnógrafo e investigador
Mar que nos corre nas veias Mar interior A que nenhum búzio dá voz. Carcereiro que nos subjuga encarcerado dentro de nós.
O Mar foi sempre a nossa estrada longa que nos libertou do aperto europeu, faixa estreita que somos, e da ameaça constante do norte da África. Descobrimo-lo onda
a onda, desvendámo-lo em cada um dos seus segredos, muitos tenebrosos, abrimo-lo a toda a humanidade. Não bastará isto para evocar e enaltecer o destino de Portugal? Corre-se hoje o perigo de tudo esquecer, se não de tudo condenar. À maioria do povo português a epopeia marítima dos seus antepassados passa despercebida, enquanto uma minoria tenta denegri-la, originando-se um impasse que se vai arrastando, se não agravando e obrigando a adiar a fundação do seu grande marco evocativo, que seria o Museu dos
Descobrimentos, em que se explicasse o pioneirismo do Povo Português na descoberta dos segredos marítimos, na grande evolução da arte de navegar e de todas as ciências náuticas, da própria astronomia, do verdadeiro conhecimento da esfera terrestre, da ligação dos continentes, da visão correcta de outros povos. Adiar este Museu, aliás como o da Língua Portuguesa, se é uma forma de lesar a História, é igualmente uma forma de apoucar um povo e de ferir gravemente a memória dos seus antepassados dos séculos XV e XVI.
Na Junta de Freguesia da Golpilheira
Exposição de Natal da “Escola do Paço” Quando fizemos o convite à Escola do 1.º CEB da Golpilheira para colaborarem com textos e desenhos para esta edição, soubemos que os nossos meninos andavam atarefados com a elaboração de bonitas obras de arte sobre o Natal, feitas com materiais reciclados. Fizemos a proposta às professoras de que organizassem uma exposição desses trabalhos para toda a população poder apreciar e sugerimos o espaço da Junta de Freguesia. As professoras acham boa ideia e contactaram a Junta de Freguesia, que logo abraçou o projecto e lançou mãos à obra. A exposição aí está e bem merece uma visita dos golpilheirenses, pois revela as habilidades das nossas crianças e ajuda a viver com mais beleza esta quadra natalícia. A visitar no horário normal de funcionamento da Junta: das 08h30 às 13h30 e das 14h30 às 16h30, de segunda a sexta-feira.
DR
2•
Pormenores da exposição
Pagamento de assinaturas Caro assinante, com a continuidade da pandemia, não podemos fazer a cobrança de assinaturas porta a porta, como era hábito. Assim, apelamos ao pagamento por outros meios. Poderá consultar o último ano pago na sua folha de endereço. Por cada ano são 10 euros (15 Europa; 20 outros países). Sugerimos 4 opções: • No bar do CRG, diariamente, das 07h30 às 24h00. • Por Mbway, para o número 910 280 820 (identificar nome do assinante na descrição ao pagar). • Por transferência bancária para o IBAN PT50 0045 5080 4017 1174 2866 5 (enviar e-mail com a confirmação [nome do assinante e NIF] para geral@jornaldagolpilheira.pt). • Por cheque, para: Jornal da Golpilheira - Est. Baçairo, 856 - 2440-234 GOLPILHEIRA. Muito gratos pela colaboração, a direcção do Jornal da Golpilheira!
reportagem • 3
Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
“Fire Up crew” em campeonato mundial
Dança da Golpilheira brilhou em França
Agen - Cidade antiga na linha da frente
Chegados a Agen, a percepção foi sobretudo a de ser uma cidade pacata, histórica, mas que, nas palavras do seu presidente de Câmara, se reinventa e apoia entusiasticamente este tipo de intercâmbio e de eventos desportivos não tão convencionais. Facto que pôde aqui ser constatado pelo grupo, perante o acolhimento irrepreensível, desde o aeroporto de Toulouse até à excepcional recepção num hotel em Agen. E então, sim, pousada a bagagem e esclarecidas alguPUB
Certo é, que, só não foi possível aprofundar mais a partilha com os grupos de outros países porque as normas de saúde e segurança vigentes assim o impuseram, face à actual emergência sanitária mundial. Grupos houve que, por conta da pandemia, não puderam sequer levantar voo do seu país.
De regresso…
DR
Anunciámos na última edição a participação do grupo “Fire Up crew”, do Centro Recreativo da Golpilheira, na final mundial da competição “Hip Hop Unite”, que decorreu em Agen, França, no final do mês passado. É tempo de contar como foi e fazer o balanço geral, que foi sem dúvida positivo. Nas demandas próprias da ida, o estado de espírito da comitiva primou sobretudo pela serenidade e pela expectativa de uma boa viagem, juntando-se a outros grupos nacionais que também representaram Portugal noutros escalões, partilhando o ânimo daquela que foi a primeira viagem de avião para algumas das bailarinas.
Prontas para dançar
mas dúvidas de última hora, a primeira saída foi a de reconhecimento do espaço onde iria decorrer o evento “Word Championship 2021- Hip Hop Unite”, o Pavilhão Desportivo Municipal de Agen.
A competição
Os dias seguintes foram intensos e exigentes para esta comitiva, divididos entre ensaios de adaptação consecutivos, preparação das maquilhagens, penteados, indumentárias, e as várias apresentações, que determinaram, desde logo, a passagem do grupo da fase preliminar às meias-finais. Depois, a sua qualidade levou a que as “Fire Up crew” disputassem um lugar na fase final do campeonato,
entre 11 equipas do seu escalão. Desta feita, arrecadaram um honroso 9.º lugar, entre países como a Itália, Rússia, Bélgica, Hungria, entre outros. Em boa verdade, a emergência e a necessidade de adaptar a coreografia ao local de apresentação, e também o vislumbre de poder melhorar qualquer pormenor coregráfico, não deixou grande margem de manobra para conhecer a cidade. Neste aspecto, as bailarinas do grupo primaram pela sua própria superação, pelo seu sentido de responsabilidade e foco. Foram extraordinariamente incansáveis e a sua evolução também foi extraordinariamente visível e reconhecida. Como comentava a organização do evento,
“wonderful dancers with so much potential and creativity” (maravilhosas bailarinas com tanto potencial e criatividade). Ali, o ambiente teve tanto de competitivo e de metódico, quanto de apaixonante e de sinérgico. Foi acima de tudo inspirador, uma alavanca que pretendeu e conseguiu potenciar o respeito individual e pela modalidade de Hip Hop. Foi também a prova de quão exequível e benéfico é conceber este tipo eventos, seja por dinamizar a economia local, seja sobretudo por aconchegar as linguagens de expressão mais juvenis num ambiente de partilha transversal a vários países do mundo. Importa, por isso mesmo, criar e valorizar estas oportunidades.
Agora, longe dos palcos e dos aplausos do público, o que veio na bagagem foi uma mão cheia de momentos bons, de crescimento e resiliência, fazendo uma pequena ressalva de agradecimento à professora Alexandra Almeida, pelo seu empenho, às responsáveis que acompanharam a comitiva, aligeirando a carga das muitas tarefas necessárias, e à menina Cristiana Carreira, que embora não pudesse estar presente, esteve sempre! Um agradecimento especial também a todos aqueles que contribuíram monetariamente, mais ou menos expressivamente, para que esta demanda pudesse ser levada a cabo. Confiantes no regresso à actividade de treinos, esperam-se outras tantas aventuras e que a Covid-19 possa em breve dar tréguas, para que tudo se realize da melhor maneira possível! A. Portugal
apoio/divulgação
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
25 anos
HÁ 25 ANOS
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Votos de Feliz Natal e próspero Ano Novo!
actualidade/ /natal • 5
Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
Assembleia Geral Ordinária do CRG Com a fraca participação do costume, realizou-se mais uma Assembleia Geral do Centro Recreativo da Golpilheira, no dia 25 de Novembro. Com muitos meses de atraso em relação ao habitual, também devido à pandemia, foram apresentadas e votadas as contas da colectividade, aprovadas por unanimidade pelos menos de duas dezenas de sócios presentes. Com um volume de “negócio” a rondar os 300 mil euros, seria de esperar mais interesse dos sócios em acompanhar a vida da associação, mas será, talvez, um voto de confiança nos poucos que o vão fazendo. Na sessão foram ainda abordados alguns assuntos
André Sousa
(Poucos) sócios aprovaram contas
Pequena assembleia
de interesse, como o processo de construção do novo bar, dependente da verba disponível, bem como o retomar de algumas actividades e do dinamismo de outras, assim as con-
dições sanitárias o permitam. Segundo a direcção, “o último ano não foi nada fácil e sem maior apoio dos sócios, não prevemos facilidades maiores na recuperação que se deseja”.
Programa “Bairro Feliz”
Golpilheira não ganhou… Decorreu no dia 3 de Novembro a entrega dos donativos do Programa “Bairro Feliz”, do Pingo Doce, às 20 causas vencedoras no distrito de Leiria, eleitas através da votação dos clientes. A nível nacional, foram apoiadas 432 causas, inscritas por instituições ou grupos de vizinhos. Recordamos que este programa de responsabilidade social daquela cadeia de supermercados visava apoiar causas com impacto positivo na comunidade onde se insere cada loja, sendo escolhido um de dois projectos a concurso, com votação feita pelos próprios clientes. No caso da Batalha, o projecto vencedor foi a aquisição de equipamento inclusivo de ginástica sénior para os idosos do Centro Social e Cultural da Paróquia de São Mamede. O outro projecto a concurso era a construção de uma horta pedagógica na escola do 1.º ciclo da Golpilheira, que recebeu menos “moedinhas” dos clientes. Mas a ideia não foi abandonada, estando já em curso a mobilização da comunidade para que, mesmo sem os 1.000 euros do prémio, a horta seja concretizada, tendo em vista a educação ambiental e agrícola das nossas crianças.
Conto
Um Natal inesquecível Era uma vez três reis magos que encontraram uma aldeia muito pobre; nela moravam pessoas pobres, pois não tinham comida, água, um teto para dormir e para se abrigarem do frio. Numa noite gelada e com muita neve, apareceu no céu uma estrela muito brilhante. Todos na aldeia olharam espantados para a estrela e ficaram com muita esperança de que aquela estrela trouxesse algo de bom para melhorar as suas vidas e terem um Natal mais feliz. Então, seguiram essa estrela brilhante a noite inteira e encontraram numa casa feita de madeira um menino deitado num berço feito de palha. As pessoas da aldeia, ao verem aquele menino tão pequeno a chorar, tão sozinho naquele sítio escuro e frio, começaram a rezar para que um milagre pudesse acontecer. Os reis magos aproximaram-se do menino e um deles pegou-o ao colo. O calor dos seus braços e do seu peito fez com que o menino parasse de chorar, então as pessoas da aldeia começaram logo a aclamar que era um milagre e que aquele rei tinha salvo aquele menino tão desprotegido. Aquela noite estava gelada e todos resolveram voltar para a aldeia para se aquecerem. Levaram o menino encontrado e foram todos juntos com os corações cheios de esperança, pois ali naquele sítio frio tinha acontecido um
milagre maravilhoso. Em agradecimento, o povo pediu ao rei que salvou o menino que fosse ele a tomar conta daquela aldeia e ficasse com o menino. Então o rei concordou e começou a construir casas para todas as famílias, deu comida e outros bens essenciais e a aldeia começou a viver com melhores condições e as pessoas sentiram-se mais felizes. Dizem que os milagres não existem, mas
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Aos nossos clientes e amigos desejamos Santo Natal e Próspero Ano 2022
naquela aldeia existiu um milagre: o menino foi salvo e o povo da aldeia deixou de ser pobre. O Natal foi mais feliz e agora todos os Natais o povo da aldeia desloca-se àquela casa de madeira para rezar até de manhã. Conto feito pela turma do 1.º e do 3.º ano do 1.º CEB da Golpilheira, com a colaboração da professora Marta Santos. Desejamos um feliz Natal para todos!
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
reportagem
Inauguração do azulejo
LMF
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Bolo de aniversário e mesa da presidência
Almoço juntou 250 amigos e fez-se a homenagem ao Manuel Carreira Rito e ao Jornal O programa era vasto, intenso e variado, ocupando todo o mês de Novembro. O arranque, com o Almoço dos Amigos do CRG, no dia 7, foi auspicioso pela forma como mobilizou a população e como decorreu. No entanto, o agravamento da pandemia atingiu em força a nossa freguesia, afectando muitas famílias ao ponto de ter fechado as escolas locais por alguns dias. Tendo em conta esse facto, as actividades foram sendo canceladas uma após outra, até ter ficado tudo adiado para melhor oportunidade. E o mês cultural ficou, assim, reduzido a um dia. Mas foi um dia cheio. À mesa juntaram-se cerca de 250 amigos da colectividade, numa tarde que foi marcada pela celebração dos 25 anos do Jornal da Golpilheira e, sobretudo, pela homenagem póstuma a Manuel Carreira Rito, um verdadeiro rosto da associação, do Jornal e da Golpilheira em geral, falecido em Junho de 2020. Contando com a presença
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Mês cultural só durou um dia (por causa da Covid)
Ovação de pé ao Manuel Rito
de representantes de todas as forças vivas locais, nomeadamente, a Câmara Municipal da Batalha e a Junta de Freguesia da Golpilheira, o almoço significava o “retomar das actividades pós-pandemia”, como sublinhou o presidente da colectividade, Fernando Ferreira. Sublinhando a “saudade” que esta casa já tinha destes eventos, que são a melhor expressão do seu dinamismo, essa foi a ligação que usou para recordar o homenageado deste encontro, “um amigo sempre presente, um trabalhador incansável e alguém sempre atento às
necessidades da associação e dos golpilheirenses”. O momento protocolar contou com as intervenções de Carlos Monteiro, presidente da Assembleia Geral do CRG, António Lucas, ex-presidente da Câmara e amigo especial do Centro, José Carlos Ferraz, presidente da Junta de Freguesia da Golpilheira, e Raul Castro, presidente da Câmara Municipal. Todos sublinharam o papel que Manuel Rito teve na vida associativa, cultural, desportiva e social da sua terra e do Concelho da Batalha em geral, sempre com entusiasmo, intervenção activa e atenta em
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prol do desenvolvimento local. Um “homem bom”, sempre disponível para todas as tarefas, desde as directivas às mais serviçais, cuja memória se resume em palavras como “amizade”, “saudade” e “gratidão”. No final, foi descerrada a imagem em azulejo que ficará a perpetuar a sua presença no Quadro de Honra do salão de festas da associação. A Junta de Freguesia ofereceu, ainda, à família uma lembrança em homenagem a este golpilheirense e houve ainda alguns testemunhos de gratidão, como foi o caso do director do rancho “As Lavadeiras do Vale do Lena”,
Manuel Rito Ferraz, e da passagem de uma apresentação de fotografias e vídeos do Manuel Rito, preparada pela direcção do CRG. Por fim, foi recordada a efeméride dos 25 anos do Jornal da Golpilheira, em estreita ligação com esta homenagem àquele que foi seu director-adjunto desde a edição n.º 100, em Setembro de 2005. Coube ao director, Luís Miguel Ferraz, fazer uma breve memória destes 25 anos e do que significam estas Bodas de Prata, cujo conteúdo resumimos na página seguinte. Como diria o Manuel Rito, “a vida continua”; e foi essa vida que se celebrou, cantando os parabéns ao Jornal e, sopradas as velas, distribuindo o bolo de aniversário por todos os presentes. Assim se encerrou uma tarde intensa, plena de significado, em que a amizade e a gratidão foram as forças que mais uniram todos os presentes, me torno das causas comuns que esta associação representa na nossa terra.
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reportagem • 7
Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
25 anos de Jornal da Golpilheira
Discurso nos 25 anos do Jornal da Golpilheira
DR
Bodas de Prata são motivo de orgulho e gratidão
No editorial da passada edição, iniciámos a apresentação do que significa celebrar 25 anos de Jornal da Golpilheira. No discurso das Bodas de Prata, no Almoço dos Amigos do CRG, no passado dia 7 de Novembro, retomámos parte dessas palavras e desenvolvemos algumas outras ideias, que passamos a resumir. Tudo começou, lembramos, com a “loucura” que foi fundar o jornal “Das Duasuma” para as freguesias da Golpilheira e da Barreira, em Setembro de 1996, e depois de decidir tornar o projecto independente, só para a nossa freguesia, com o nome de Jornal da Golpilheira, em Janeiro de 2001. Apesar de muitos avisos de que seria difícil manter tal projecto, pelo demasiado esforço que exigia e pouco retorno que trazia, o segredo destes anos foi o carinho e o incentivo dos assinantes e anunciantes que nunca desistiram de nos apoiar. Para trás ficam 269 edições deste jornal e mais de 7 mil páginas escritas com histórias e a História desta comunidade e da vida que à volta dela gravita. Se não servir para mais nada, servirá, pelo menos, para esse repositório de memória. Saber o que aconteceu antes de 1996 na Golpilheira, não é fácil. Um ou outro texto perdido na imprensa regional, uma ou
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outra fotografia guardada nas colecções familiares, um ou outro documento recolhido em arquivos dispersos. Saber o que aconteceu aqui depois de 1996 é bastante fácil… basta folhear este jornal, com colecção completa na biblioteca municipal e no Centro Recreativo e – quem sabe – na casa de algum assinante que as tenha guardado todas. Só como exemplo, tiramos 25 histórias, uma de cada um destes 25 anos: 1996 – Fundação do jornal “Das Duasuma”, futuro Jornal da Golpilheira 1997 – Início da construção da Extensão de Saúde, que seria inaugurada no ano seguinte 1998 – CR Golpilheira é campeão da II Divisão Distrital de Futebol 11 1999 – CRG compra 12.000 m2 de terrenos para ampliar a sede 2000 – 500 anos da Vila e Concelho da Batalha assinalado com presença do Presidente da República 2001 – Jornal “Das Duasuma” dá lugar ao Jornal da Golpilheira 2002 – Destilaria da freguesia fechou por ordem do Ministério da Economia 2003 – CRG inaugura Restaurante Etnográfico 2004 – CRG apresenta nova orquestra ligeira “Swing Golp Jazz” 2005 – Jardim-de-Infância da Golpilheira é inaugurado 2006 – A Golpilheira perde a “Farmácia” e ganha “Ambulância de Medicamentos” 2007 – Jornal da Golpilheira organiza um grande debate sobre a Lei do Aborto 2008 – Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima visitou a Golpilheira 2009 – Inauguração do novo edifício da Junta, em ano de Bodas de Prata da freguesia 2010 – Jornal da Golpilheira apresenta livro “Golpilheira Medieval – Documentos Históricos”, assinalando as Bodas de Prata da criação da freguesia 2011 – Museu da Comunidade Concelhia da Batalha é inaugurado pelo Presidente da República (estátua do magistrado de Collippo, da Golpilheira, está no centro) 2012 – Paróquia da Batalha, a que pertence a Golpilheira, celebra 500 anos
2013 – Inauguração do Pavilhão Desportivo da Golpilheira 2014 – Golpilheira é a 1.ª Campeã Nacional de Futsal Feminino de sempre 2015 – É oficialmente constituída a Comunidade Cristã da Golpilheira e iniciam-se as obras de remodelação radical da Igreja 2016 – Bispo diocesano reinaugura a Igreja de Nossa Senhora de Fátima, completamente remodelada 2017 – Padre missionário golpilheirense João da Felícia festeja bodas de ouro sacerdotais na sua terra natal 2018 – Jornal da Golpilheira passa a bimestral em formato de revista 2019 – Centro Recreativo da Golpilheira comemora 50 anos de fundação 2020 – Manuel Carreira Rito, director-adjunto do jornal, falece aos 62 anos…
A festa é de leitores e anunciantes
O jornal que temos neste momento orgulha-nos. Não são muitas as freguesias pelo país, para mais com a dimensão da nossa, que têm um órgão de informação com esta qualidade gráfica e de conteúdos. Não somos nós quem o diz, são os leitores, sobretudo os de fora da freguesia. E o espanto é maior quando dizemos, por exemplo, aos jornalistas que nos enviam currículos para vir trabalhar para o jornal, que este não tem profissionais contratados, mas é feito apenas por voluntários – e poucos – nos seus tempos livres, às noitadas e fins de semana. E como se paga? Convido-vos a ver os anúncios: não são anunciantes, são amigos, pessoas e empresas que apreciam o Jornal e fazem um verdadeiro mecenato cultural, apoiando financeiramente cada edição. Sem eles, teria sido impossível termos chegado aos 25 anos; e alguns deles estão ali desde a primeira edição! Se os leitores quiserem agradecer-lhes, é irem ver quem são essas empresas e tornarem-se seus clientes. Este último ano de caminhada para as “Bodas de Prata” deveria ter sido de festa. A pandemia e outros condicionantes não deixaram. O falecimento precoce do nosso director-adjunto, o saudoso Manuel Rito, em Junho do ano passado, foi um dos
que mais nos abalou, nos desmotivou e nos tirou a vontade de festejar… sem o Manuel, este jornal não teria sido o que foi; sem o Manel, este jornal já não é e nunca mais será o que foi. O seu amor à Golpilheira fez deste jornal uma verdadeira história de amor à Golpilheira. E era sobretudo por isso que o amava e com tanto gosto escreveu para ele centenas de textos e tirou para ele milhares e milhares de fotos. Posso dizer que quem não conheceu o Manel pode ficar a conhecê-lo ao ler o que aqui publicou. Na edição 262 dedicámos-lhe uma longa memória; o mesmo memorial está publicado em permanência no nosso site. Dizia que não tivemos oportunidade nem vontade de fazer festa, mas nunca é tarde para celebrar e é isso que contamos fazer durante este próximo ano, já com os 25 completos. Este almoço a que nos associámos é o primeiro desses momentos festivos. Contamos organizar uma sessão cultural por ocasião do segundo aniversário da morte do Manuel Rito, em Junho de 2022, com apresentação de um livro sobre a história da Golpilheira, onde não faltarão textos por ele escritos, entre autores como o historiador Saul Gomes e o investigador Joaquim Santos. Nas edições dos próximos meses iremos, ainda, apresentar algumas rubricas que nos ajudarão a recordar a história e o caminho feito pelo Jornal e, principalmente, pela Golpilheira. A principal festa, no entanto, será a que cada um dos nossos leitores possa fazer ao receber cada edição do jornal em sua casa. Só essa interessa. E só quando essa acabar – ou quando nos faltar a força ou o engenho – poderemos dar por terminada esta nossa história, para já, com 25 anos completos. É a eles, aos leitores, assinantes e anunciantes que queremos brindar, que vos convidamos a brindar, no final deste almoço, quando soprarmos as velas do bolo que comemora os 25 anos de Jornal da Golpilheira! Pois são eles, muitos deles aqui presentes, que estão de parabéns! A todos vós o nosso muito obrigado!
Luís Miguel Ferraz
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
entrevista sociedade eclesial
Festa do Acolhimento
. palavra daparóquia . Pe. Tiago Alexandre Silva Vigário Paroquial da Batalha e do Reguengo do Fetal
Ribeiro disponibilizou-se para ajudar e as crianças comprometeram-se a “vir sempre” e cantaram com muito entusiasmo: “temos um amigo que nos ama, seu nome é Jesus”.
Festa Luz e do Pai-Nosso Devido à pandemia, muitas celebrações da catequese têm sido adiadas e outras abreviadas ou retomadas quando possível. Foi o caso no domingo 7 de Novembro, em que as crianças do 3.º ano fizeram o “2 em 1”: a Festa da Luz e a Festa do Pai-Nosso (que deveria ter sido no 2.º ano). Por um lado, celebraram Jesus como Luz que ilumina a todos no caminho para a felicidade, renovando a afirmação da fé que receberam no baptismo; por outro, receberam e proclamaram a oração que o próprio Jesus nos ensinou, a mais bela das orações do cristão. Com toda a comunidade a parti-
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“VIGIAI E ORAI” O Advento é tempo de ESPERANÇA! Mais do que nunca, precisamos dela… sem esperança, a vida fecha-se na redoma tão limitada do presente (tantas vezes penoso), quando não se recolhe timidamente num passado que já não volta. Jesus convida os seus discípulos com palavras cheias de autoridade e compaixão: “Erguei-vos e levantai a cabeça” (Lc 21, 28). Quando nos deixamos abater pelas contrariedades da vida, corremos o risco de “adormecer” nos nossos horizontes tão limitados. Pensamos que não há saída para os nossos problemas. Perdemos a esperança… Por isso, o convite de cada Advento é o de VIGIAR. Devemos ser sentinelas na noite, sempre cheios de coragem e prontidão para responder com generosidade às “visitas” de Jesus na nossa vida diária. Se não reconhecemos a sua presença nas entrelinhas da (nossa) história, é porque talvez a nossa cabeça não esteja levantada. Então, fixemos o nosso olhar no Alto, de onde nos virá a salvação. Precisamos de Deus na nossa vida! Quando não O temos, falta-nos tudo. O Advento é tempo de ORAÇÃO! O mundo não funciona sem soluções energéticas; assim também a nossa alma anda “em rotação baixa” sem uma vida de oração. O desafio a uma maior intimidade com Cristo é constante. Os desejos de paz e fraternidade que nos habitam (por vezes porque nos faltam) não encontram “água” que os sacie a não ser em Deus. Jesus faz-se homem, menino frágil no presépio de Maria e José, para nos mostrar como está tão próximo de nós, Ele que é a resposta a todos os anseios do coração humano. O Natal é Jesus! Para que Ele nasça na nossa vida, precisamos primeiro de não deixar calar o desejo que quer despontar cada vez mais no nosso coração, de O encontrar, de O conhecer, de crescer na amizade com Ele. Enquanto nos encaminhamos assim para o Natal, com esperança e alegria, podemos depois ser surpreendidos pelos frutos que certamente surgirão do nosso coração. A atenção aos outros, especialmente aos mais pobres, brota naturalmente do coração bom, tocado pela luz que vem do presépio de Belém. Se há tanto que precisa de mudar, na minha vida, na Igreja e no mundo, poderei porventura deixar passar este tempo de graça que me é dado viver?! Não faltam desafios e oportunidades, nos tempos difíceis que vivemos, para todos juntos crescermos como pessoas, como paróquia, como Diocese, como Igreja. Já ouviu falar de sinodalidade?... É uma palavra que terá o significado que nós lhe quisermos dar, com o empenho e boa vontade, os dons e carismas de cada um, postos ao serviço de todos. “Caminhar juntos” é a nossa identidade cristã. Não deixemos ninguém para trás… Como será o Natal de 2021? Será o que Deus quiser! E o que nós quisermos também. Deus continua a “nascer” em cada homem e mulher que diz sim ao Seu convite de Amor. Que Jesus encontre este ano, na humildade das nossas “palhinhas” interiores, um lugar quente e acolhedor para o receber no mundo. Em cada Natal, o presépio somos nós… Um Santo e Feliz Natal, são os votos dos padres para todos os membros desta família a que chamamos “Paróquia”.
dos pais, dos catequistas e dos colegas mais velhos, ali representados por alguns dos crismados no ano passado, que os “apadrinharam”. Os pais pediram a catequese para eles, a comunidade acolheu esse pedido com alegria, a catequista Sofia
Os meninos do 1.º ano da catequese da Golpilheira celebraram uma Missa muito especial no domingo 31 de Outubro: a Festa do Acolhimento. Com toda a comunidade reunida, marcaram assim o início da sua caminhada de crescimento na fé, contando com a ajuda
cipar na Missa, houve velas acesas, houve oração sentida e houve cânticos bonitos, como aquele que cantaram a plenos pulmões: “Pai-Nosso, em ti
cremos!”. No final, a foto de grupo, com a catequista Célia Capitão e o pároco.
Festa do Compromisso Não puderam fazer no ano passado, mas fizeram este ano: os adolescentes do 10.º ano celebraram a Festa do Compromisso no passado dia 21 de Novembro, aproveitando também para entregar a sua inscrição para o Crisma que iriam receber daí por 15 dias. Assinalando o cumprimento de uma ca minhada de 10 anos em que receberam da comunidade a ajuda para crescer na fé, comprometeram-se, agora, a serem eles a dar à comunidade a sua dedicação e talentos ao serviço de todos. Antes da foto com as cate-
DR
Vivemos tempos novos! Tempos de incerteza, de medo, de solidões de tantos tipos; tempos de questionamento, de consciência das nossas fragilidades; tempos em que o longe se torna perto, mas muitas vezes o que está perto nos parece distante. Todo o mundo passou por uma “crise”, potenciada pela pandemia, mas que vai muito além dela. São os tempos que Deus nos chama a viver e é no “hoje” da nossa existência que somos convocados por Deus a viver a nossa fé no contexto que nos é dado. Não devemos ter medo das mudanças; uma crise, ensina-nos a sabedoria adquirida da humanidade, não é necessariamente uma tragédia, mas uma oportunidade! A cada ano, por esta altura, a Igreja convida-nos a um recomeço. Terminámos um ciclo litúrgico, iniciámos um novo, com o tempo do Advento. Com a chegado do frio, sentimos todos a consolação de experimentar o “calor” que nos vem, não só do conforto familiar que esta época expectavelmente permite, mas também da alegria e esperança que parece despontar em cada recanto da nossa vida social. Com estes quatro domingos de preparação para o Natal, os cristãos empreendem como que uma dinâmica de “exercício espiritual” que os prepara para viverem profunda e frutuosamente o Natal.
LMF
tiago.silva@leiria-fatima.pt
quistas Cristina Agostinho e Isabel Costa, receberam do pároco um frasquinho com sal e o mandato: “Sê o sal da
terra e não olhe para trás”. E eles responderam. “Quero seguir em frente, Cristo é o meu caminho”!
Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
eclesial
No dia 28 de Novembro, a Comunidade Cristã da Golpilheira encheu por completo a Igreja de Nossa Senhora de Fátima para celebrar os seus antepassados falecidos, com Missa e Ofício de Defuntos. O programa estava inicialmente integrado no Dia da Freguesia, que foi cancelado devido ao agravamento local de casos de Covid-19, mas manteve-se esta parte religiosa. Por este motivo e pela chuva que ia ameaçando ser forte, acabou por não se realizar a romaria ao cemitério, mas muitos populares foram ainda ao cemitério colocar velas e flores nas campas dos seus familiares e amigos. É sempre uma ce-
LMF
Missa pelos defuntos
Todos somos convidados
A Igreja de Deus é convocada em Sínodo
Cemitério nessa noite
lebração muito especial para todos, neste “mês das almas”. Este foi também o primeiro domingo do Advento e do novo ano litúrgico, pelo que se acendeu a primeira vela da coroa e se iniciou um percurso de
reflexão que tem como pano de fundo a caminhada sinodal que irá marcar a vida da Igreja nos próximos dois anos.
DR
Festa da Esperança
A pandemia também pode levar a que haja encontros, como foi o caso dos dois anos de catequese que acabaram por celebrar juntos a Festa da Esperança: o 6.º ano e o 7.º ano (que não pôde fazer a festa no ano passado). Foi no passado dia 5 de Dezembro, na Missa
da comunidade. Com a participação de todos e ajuda das respectivas catequistas, Celine Lucas, Lígia Ferraz e Sandra Henriques, ajudaram todos a uma revisão da História da Salvação, desde a criação do mundo até toda a caminhada do Povo de Deus e à vinda de
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Jesus, a esperança de toda a humanidade, agora depositada na fé e na acção da Igreja. Outro momento importante foi receberem o Credo, onde essa fé está resumida e que proclamaram com especial atenção.
Iniciado a 10 de Outubro em Roma, a Igreja Católica vive um momento único na sua História, decorrendo até 2023 o processo sinodal, com a consulta e escuta de todas as pessoas. Todos, sem excepção, somos convidados a um caminho, intitulado “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, atendendo a todos termos um papel a desempenhar no discernimento e na vivência da Igreja e do chamamento que Deus faz ao seu povo. Pela escuta do Espírito Santo, somos convidados à reflexão individual e comunitária através de grupos, sobre o que é e o que deverá ser a Igreja na nossa comunidade, o que está bem, assim como o que pode ser melhorado para nós próprios, para os serviços paroquiais, para a Diocese e para a Igreja em geral. Assim, cada um é convidado a criar ou integrar um grupo (propõe-se de 4 a 10 pessoas) e participar, respondendo em conjunto ou mesmo de forma individual aos vários questionários que foram disponibilizados pela nossa Diocese, de modo chegar-se a uma Igreja sempre actual e viva. Os grupos podem ser criados e integrados por toda e qualquer pessoa, com intervenção ou não nas várias áreas de participação na liturgia, catequese, grupos de jovens, ambiente profissional, académico, socio-caritativo, associativo, cultural, etc. Desta forma, os grupos podem ser criados e inscritos por diversos meios, nomeadamente, junto do pároco, P. Armindo Ferreira, bem como através dos seguintes meios digitais, de modo a fazer-se chegar a cada um os materiais necessários: - no site: is.gd/SinodoBatalha2021 - por e-mail: batalhasinodo@gmail.com - pela leitura do QRcode que ilustra este texto. Vamos todos reflectir e partilhar as nossas ideias! Paulo Moreira, delegado sinodal para a paróquia da Batalha
Dado o elevado número de crismandos em toda a paróquia, pelo segundo ano, optou-se por realizar duas celebrações do sacramento do Crisma. A primeira aconteceu no domingo 21 de Novembro, especialmente para os jovens dos centros da Batalha, a segunda aconteceu no sábado 4 de Dezembro para os da Golpilheira, Casais dos Ledos e ainda da paróquia do Reguengo do Fetal. É uma das datas mais significativas da vida do cristão, em que o dom do Espírito o confirma na fé, através do
Fotovisão
Sacramento do Crisma
Bispo. A partir daí, considera-se preparado para iniciar uma fase mais adulta de vida
cristã e comprometimento na Igreja. Infelizmente, sabemos que não será assim para a
grande maioria, que considera este como um momento de “deixar” a catequese e, muitas
vezes, a própria frequência da igreja e dos sacramentos. Ainda assim, não podemos duvidar da acção do Espírito em cada um, podendo sempre vir a germinar a semente que neles foi colocada, seja agora, seja num momento mais tardio da vida. Seja como for, lá estavam todos neste dia, nos bancos da igreja, onde serão sempre esperados e bem-acolhidos. Um a um, aproximaram-se do Bispo, que os ungiu com o óleo santo e os enviou a serem testemunhas da Palavra e da Vida de Cristo neles.
Seminário online
“desCodificar Fátima” O Santuário de Fátima vai promover um seminário com 4 sessões e 8 temas sobre a história e a mensagem de Fátima, a decorrer nas quartas-feiras 5, 12, 19 e 26 de janeiro de 2022, das 21h15 às 22h15, em formato “webinar” (online). Com o mote “desCodificar Fátima”, o director do Departamento de Estudos da instituição, Marco Daniel Duarte, apresentará os temas “Visões, aparições e outras formas de dizer”, “A imagem de Nossa Senhora de Fátima”, “Segredo ou segredos?”, “As três representações de Nossa Senhora de Fátima”, “Os escritos de Lúcia de Jesus”, “Os Papas e Fátima”, “Os lugares das aparições” e “As orações de Fátima”. As inscrições podem fazer-se em tinyurl.com/ycxrnwpv e outras informações estão disponíveis em fatima. pt/pt/pages/descodificarfatima.
Rainha de Portugal há 375 anos
Congresso da Padroeira O Congresso Internacional “Mulher, Mãe e Rainha”, que visa assinalar os 375 anos da Coroação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, terá lugar nos dias 24, 25 e 26 de Março de 2022, no Centro Pastoral de Paulo VI, no Santuário de Fátima. Para mais informações e inscrições, consultar padroeiracongresso.wixsite.com/padroeira. PUB
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eclesial
Exposição de rua no recinto
Santuário comemora 100 anos do jornal “Voz da Fátima” vai ter acesso àquilo que considerámos fundamental para entender este jornal como um instrumento para a valorização de Fátima que, a partir da primeira hora, serve também para credibilizar aquilo que se passa na Cova da Iria”. Resta-nos ir lá confirmar. SF
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Início de ano pastoral
Um dos painéis
Quem visitar o recinto do Santuário de Fátima vai encontrar 12 painéis colocados de ambos os lados, com duas frentes cada um, em que o jornal Voz da Fátima se apresenta. De um lado, as 12 primeiras páginas que foram editadas de Outubro de 1922 a Setembro de 1923; do outro algumas das primeiras páginas mais emblemáticas dos últimos 100 anos. A iniciativa é apenas mais uma das que estão agendadas para a comemoração das Bodas de Ouro deste periódico que se tornou a voz oficial do Santuário de Fátima. Nas redes digitais da instituição já decorrem outros sinais da efeméride. Esta exposição de rua, onde se podem observar algumas informações e curiosidades sobre a publicação
que se tornará centenária em 13 de Outubro de 2022, foi inaugurada no passado dia 27 de Novembro. Um primeiro painel, de ambos os lados ao cimo do recinto, resume: “Ao longo de 100 anos, o jornal Voz da Fátima deu voz a muitas vozes e esteve ao serviço de uma causa maior que é a da difusão do culto a Nossa Senhora de Fátima. (..) Quem observar as primeiras páginas do seu primeiro ano de vida sentir-se-á transportado para os inícios do fenómeno de Fátima. Quem observar as primeiras páginas da sua longa vida, verá os mais importantes acontecimentos de Fátima, da Igreja, do País e também do mundo”. Marco Daniel Duarte, director do Departamento de Estudos do Santuário de Fátima, referia, na inauguração, que “o visitante desta exposição
No mesmo dia 27 de Novembro, o Santuário apresentou a temática e o dinamismo para o seu próximo ano pastoral, coincidente com o ano litúrgico, a iniciar no primeiro domingo de Advento. O tema será “Levanta-te! És testemunha do que viste”, mote da sessão que foi presidida pelo Bispo diocesano, D. António Marto, com a presença do reitor da instituição, padre Carlos Cabecinhas, e da historiadora e teóloga Cátia Tuna convidada a proferir uma palestra sobre o tema. Todas as iniciativas preparadas para este ano pastoral convidam ao encontro transformador, experimentado por São Paulo e também pelos pastorinhos, sublinhando a dimensão mística da existência cristã como condição para um testemunho de vida enraizado na experiência interior da união com Cristo.
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Conto
Um Natal diferente Era uma vez um Pai Natal chamado Natalício, que vivia no Polo Norte e adorava entregar presentes às crianças. Ele andava muito feliz porque se estava a aproximar a época do ano que ele mais gosta: o Natal. Natalício parecia animado por causa do Natal, mas havia um problema! Este Pai Natal já tinha 94 anos e sentia-se muito cansado das pernas. Os duendes estavam muito preocupados com Natalício, mas não sabiam como resolver o problema! Decidiram então fazer uma reunião e convocar os alunos da Escola da Golpilheira. Os duendes sabiam que naquela escola havia sempre solução para tudo… Na Assembleia de Natal, após uma grande discussão, ficou decidido que seria a Mãe Natal, a Natalicinha, a conduzir o trenó. Ela aceitou, mas impos uma condição: não ia conduzir sozinha porque era uma grande responsabilidade. Instalou-se novamente a discussão para arranjar uma solução. Quem iria ajudar a Mãe Natal? Um dos alunos deu a ideia de irem alguns duendes ajudar a Mãe Natal. Mas os duendes queixaram-se de que tinham muito trabalho para fazer. Assim, ficou decidido que, como os duendes estavam muito atarefados com a preparação dos presentes, iam convocar os duendes que estavam no desemprego, para entregarem as prendas com a Mãe Natal. O Pai Natal prometeu ensiná-los a conduzir o trenó e explicar-lhes como funcionava a magia do voo. Ao princípio foi muito difícil, mas a Mãe Natal e os duendes conseguiram finalmente levantar voo com o trenó e conduzi-lo sem que batesse nas nuvens ou na Lua. Passados alguns dias, estava tudo pronto para a grande noite: a Mãe Natal e os duendes já sabiam levantar voo e conduzir o trenó e os presentes já estavam feitos e colocados no grande saco do Pai Natal. O sino da igreja tocou e o trenó arrancou para ir entregar os presentes a todos os meninos e meninas do Planeta Terra. A Mãe Natal e os duendes conseguiram entregar todas as prendas a tempo das crianças as abrirem na manhã de Natal. O Pai Natal ficou a descansar, sentadinho no sofá, ao quentinho da lareira, a ler o livro “O Pai Natal verde”, a comer bolachinhas e a beber um chocolate quente. Ele estava muito contente e bastante orgulhoso da sua equipa. Apesar de gostar muito de entregar presentes às crianças, o Pai Natal estava muito cansado e agora já sabia que o Natal ia continuar, mesmo que ele já não conseguisse distribuir os presentes. Conto inventado pelos alunos do 2.º ano do 1.º CEB da Golpilheira
Madalena Almeida
Noa Ferraz
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solidariedade
Campanha solidária
Liga Portuguesa Contra o Cancro
Livros para crianças do Dondo
Peditório na Batalha rendeu 6.500 euros
O Peditório Nacional da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que teve lugar entre 29 de Outubro e 1 de Novembro, angariou nas freguesias do concelho da Batalha donativos no valor de 6.502,48 euros. Os dados apurados são indicativos da generosidade e sensibilidade da população da Batalha, face ao apelo da LPCC, apesar das contingências vividas ainda pela pandemia da COVID-19. O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC.NRC) e o Grupo de Voluntariado Comunitário da LPCC da Batalha agradecem a todos os voluntários(as), instituições locais e cidadãos, pela colaboração no Peditório Nacional, que este ano regista na Batalha um aumento superior a 50% do valor angariado, em relação a 2020, período muito condicionado pelo impacto e restrições da pandemia. Salientamos que esta iniciativa continua a representar a principal fonte de angariação de fundos no contexto comunitário e que permite a sustentabilidade das acções que a instituição desenvolve no âmbito dos 4 eixos da nossa missão: o apoio ao doente oncológico e cuidadores, a promoção da saúde, a prevenção do cancro e o apoio à formação e investigação em oncologia. A LPCC.NRC destaca, ainda, neste âmbito, a colaboração “pro bono”, na Região Centro, com a Caixa de Crédito Agrícola no processo de apuramento e depósito de valores, parceria que trouxe um acréscimo de celeridade ao processo, princípio importante atendendo aos 30 dias para apresentação pública de contas no período subsequente ao Peditório. E porque os doentes oncológicos continuam a precisar de nós, a Liga – pelo segundo ano consecutivo – prolongou o Peditório Nacional através de formas alternativas de doação, nomeadamente por Multibanco, Transferência Bancária e MBWay. Todas as informações relativas a estas formas de apoio à Liga na Região Centro estão disponíveis em: www.ligacontracancro.pt/donativos.
A Junta de Freguesia da Golpilheira associa-se à campanha da organização não governamental “Karingana Wa Karingana”, com apoio da Associação Nacional de Freguesias, para angariação de livros, material escolar e material de saúde para as crianças do Dondo (Moçambique). O principal objectivo é enviar um contentor com pequenas bibliotecas para os 10 bairros e 19 escolas daquele município. Os livros devem destinar-se, prioritariamente, ao público infantil e juvenil. Os interessados em participar devem trazer os livros e materiais à Junta de Freguesia, até final de Dezembro.
Bancos Alimentares contra a Fome
1.680 toneladas de alimentos Com a colaboração de 22 mil voluntários, os Bancos Alimentares Contra a Fome recolheram mais de 1.680 toneladas de géneros alimentares na campanha realizada de 27 de Novembro a 5 de Dezembro, em 1.300 superfícies comerciais de 18 regiões (Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Oeste, Portalegre, Porto, Santarém,
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Setúbal, S. Miguel, Viana do Castelo, Viseu e Terceira). A grande quantidade de alimentos doada é prova da generosidade dos portugueses, que voltaram a demonstrar a confiança numa iniciativa que conhecem e na qual acreditam, que, não fora as restrições sanitárias impostas pela pandemia, normalmente os mobiliza duas vezes por ano para em conjunto contribuí-
rem para minorar as carências alimentares com que muitas pessoas se debatem. Os géneros alimentares recolhidos são distribuídos por 2.700 Instituições de Solidariedade Social, que os entregam a cerca de 450 mil pessoas com carências alimentares comprovadas, sob a forma de cabazes ou de refeições confeccionadas.
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infantil • 13
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Jardim-de-Infância da Golpilheira
Olhem só estas obras de arte!
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eclesial cultura
. museudetodos . Museu da Comunidade Concelhia da Batalha
No mês em que se assinalam 500 anos da morte do rei D. Manuel I, destacamos uma das peças mais significativas na História da Batalha, simbolizado a institucionalização da Vila: o Sistema de Pesos e Medidas. No dia 18 de Março de 1500, através da “Carta da Vila” foi criada a Vila da Batalha, com jurisdição própria, como sede do Concelho, delimitado um dia antes. No documento pode ler-se “Aquantos esta nossa carta virem fazemos saber que consyderando nos e avendo respeito aos corpos groriosos dos excelentes e de louvadas memorias dos reis nossos avós tios e primo que santa groria ajãa como seus jazigos sam em nosso moesteiro da Vitoria o qual jaz e era termo e jurdiçam da nossa vila de Leiria e que todolos lugares de nossos Reinos que estam no semelhante assento devem ser povorados e fortalecidos per defensam da terra principalmente polo respeito sobre dito detriminamos de fazer o dito moesteiro da Vitoria vila, posto que fosse até ora termo e jurdiçam de Leiria pollo que des agora para todo sempre a fazemos e avemos por vila sem mais ter nenhuma sugeição nem reconhecimento à dita vila de Leiria per quanto de todo a tiramos e desmembramos do termo dela e a avemos por vila”.
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Este estatuto deu à Batalha atributos de governação na região, entre eles o direito e a obrigação de controlar o comércio. O Sistema de Pesos e Medidas foi implementado por D. Manuel I e veio fazer cumprir esse papel na Vila e Concelho que se criavam. O Sistema funcionava como instrumento de unificação do reino, tendo as Ordenações Manuelinas de 1499 (obra legislativa de grande importância na administração do reino) estabelecido as suas várias aplicações, definindo múltiplos e submúltiplos das unidades principais. A peça, em exposição na área que o MCCB dedica aos Tempos de Glória, é um dos raros exemplares que ainda se preservam no nosso país. Feita em bronze, uma liga metálica de grande resistência mecânica, a peça contém vários copos medidores que encaixam perfeitamente uns dentro dos outros, cada um deles com determinada capacidade e peso. Todas as medidas estão arrumadas de forma sistemática e ordenada. A caixa que guarda os copos tem diversos detalhes interessantes. A tampa está presa por dobradiças resistentes ligadas a uma estrutura que atravessa a tampa e que termina num fecho que forma a cabeça de um animal. A pega forte e trabalhada encaixa em duas esferas armilares – o símbolo do Rei D. Manuel I. À frente destas, em relevo, encontram-se dois brasões onde se destacam as cinco quinas nacionais. O MCCB dispõe ainda de uma réplica da peça, que pode ser tocada e que permite uma total percepção das suas componentes e das suas funcionalidades. A réplica é complementada com audiodescrição em vários idiomas e legenda em braille para garantir a acessibilidade de todos. O Museu assinala os 500 anos da morte de D. Manual I com diversas iniciativas que celebram a sua vida e obra e sua ligação com a Batalha. Consulte a nossa programação através da nossa página de internet (museubatalha.com) e das nossas redes sociais. Esperamos por si.
Só faltou o público
Tempo de cultura
Concerto na Matriz O Natal é um tempo rico em muitas coisas, sendo uma delas a cultura. Por exemplo, os concertos multiplicam-se, para todos os gostos e públicos. Isso acontece também um pouco pela Batalha, sendo de destacar a oferta de música clássica que raramente se pode apreciar por
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Novembro. Tudo perfeito, excepto a zona do público, que ficou marcada pelo (quase) vazio. Espera-se que não seja prenúncio de igual aproveitamento em iniciativas futuras e, sobretudo, de desmotivação dos promotores destas pérolas de cultura trazidas até nós…
Câmara faz obras do ministério da Cultura
Mosteiro recebe melhorias O Município da Batalha aceitou coordenar as obras de reabilitação no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, promovidas pela Direcção Geral do Património Cultural, cujo valor ascende aos 1,6 milhões de euros, verba inscrita no Plano de Recuperação e Resiliência. O protocolo foi assinado no dia 13 de Novembro, numa sessão que decorreu no monumento, presidida pela ministra da Cultura, Graça Fonseca. Na ocasião, o presidente da autarquia, Raul Castro, destacou a importância das intervenções previstas, “que permitirão qualificar o
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Momento protocolar
Mosteiro da Batalha e alguns espaços envolventes ao monumento”. As obras iniciar-se-ão no segundo trimestre de 2023 e deverão estar concluídas no final de 2024, cabendo à Câmara Municipal encetar os processos de contratação pública. Incluirão a con-
servação de fachadas, a reabilitação das coberturas da Sala do Capítulo, a instalação de um sistema de climatização no auditório, a revisão do sistema eléctrico e de equipamentos de segurança e a requalificação do jardim do Claustro Real.
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cá. Assim está previsto este ano, cabendo-nos destacar a abertura da “temporada” com um belíssimo concerto proporcionado pelo “Quinteto Ensemble Alternância”, composto por instrumentistas da Orquestra Sinfónica Portuguesa do Teatro de São Carlos, no passado dia 27 de
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
Livro seguiu para o júri europeu Concretizou-se um dos passos mais importantes do processo de candidatura do território da Rede Cultura 2027 (Leiria + 25 municípios + Diocese + Instituto Politécnico de Leiria + Instituto Politécnico de Tomar + Nerlei) a Capital Europeia da Cultura 2027, com o envio do Livro de Candidatura, o “Bid Book”, a ser remetido para o júri europeu, assinalando o cumprimento da primeira etapa oficial na corrida a Capital Europeia da Cultura. “Que candidatura é esta?” foi o tema da conversa que se seguiu e que colocou Gonçalo Lopes, presidente do Conselho Geral da Rede Cultura 2027, e Ana Bonifácio e Lígia Afonso, duas das
cinco redactoras do documento, numa conversa com moderação de Paulo Lameiro, coordenador do grupo executivo da Rede Cultura 2027. “Hoje estamos a meio do caminho. Passaram seis anos e temos mais seis anos. Se conseguirmos o título, serão seis anos para ser Capital Europeia da Cultura; se não tivermos o título, temos seis anos para caminhar para um novo fundamento da cultura do nosso território”. Foi desta forma que Paulo Lameiro deu início à conversa, antes de passar a palavra a Gonçalo Lopes, presidente da Câmara Municipal de Leiria, que sublinhou “o sentimento
colectivo” que hoje se sente, confirmando que “quando se trabalha com estratégia e com as pessoas, conseguimos mudar o território e a vida dos seus habitantes”. E exemplificou: “como a Europa é composta por diferentes países, também a nossa Rede é formada por diferentes intervenientes”. O também presidente da Câmara de Leiria considerou que “nos últimos 10 anos, a cultura passou a ser a imagem de Leiria; até aqui tínhamos a auto-estima reduzida em termos de cultura, mas a verdade é que temos talento”. AS
Quatro distinções para o território da Rede Cultura 2027
DR
Rede Cultura apresentou candidatura
No Turismo da Batalha
Exposição de Artur Franco
O Posto de Turismo da Batalha tem patente uma exposição de pintura da autoria de Artur Franco, consagrado artista plástico leiriense. A mostra, composta por aguarelas que retratam algum do património da região, com especial destaque para o Mosteiro e a Vila da Batalha, pode ser visitada até 23 de Dezembro, gratuitamente, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
APOM premeia região de Leiria Os Prémios APOM 2021, atribuídos pela Associação Portuguesa de Museologia, distinguiram o “Museu na Aldeia” – um projecto da SAMP apoiado pelo programa Portugal Inovação Social e desenvolvido no âmbito da Rede Cultura 2027 – como vencedor na categoria “Inovação e Criatividade” e com uma menção honrosa na categoria “Projecto de Educação e Mediação Cultural”. Já o prémio desta segunda categoria foi colhido pelo projecto
“O visível do invisível”, do município de Torres Novas, parte do território de 26 municípios que se juntam pela cultura. Além deste projecto, que leva peças de museu até a aldeias com população envelhecida e com menor oferta cultural, também a exposição “Identidade Territorial”, construída em parceria entre a Rede Cultura 2027 e o m|i|mo – Museu da Imagem em Movimento (Leiria), valeu às duas organizações o Prémio APOM-Parcerias.
“Estas condecorações são a prova de um caminho cultural feito em cooperação e constante articulação entre autarquias, instituições culturais e o povo da região, porque é para a frente o nosso caminho comum”, adianta Paulo Lameiro, coordenador do Grupo Executivo da Rede Cultura.
“Horizonte 26”: Castelos, Fortes e Fortalezas
Chama-se “Horizonte 26” e é o mais recente
grupo de trabalho criado pela Rede Cultura 2027, dedicado a patrimónios como Castelos, Fortes e Fortalezas de todo o território que abrange os 26 municípios que integram a candidatura de Leiria a Capital Europeia da Cultura. O projecto vai destacar o património cuja vocação primeira passou por velar pelas comunidades que viviam e se movimentavam num determinado território, imóveis de natureza defensiva, como castelos, torres e
Agenda cultural • Leiria Cultura 2027
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povoados fortificados, fortalezas ou fortes, e de natureza civil, como faróis, fachos e torres de vigia, que cuidavam do bem-estar, mas também do saber, e de onde, do alto, se tornava possível a atitude reflexiva. O primeiro encontro decorreu dia 2 de Novembro, em Torres Vedras, e incluiu uma visita ao Castelo de Torres Vedras, ao Castro do Zambujal e ao Forte S. Vicente. O grupo estabeleceu já três linhas mestras para o trabalho a desenvolver: Identidade, Cuidar e Horizonte. Reconhecendo o contributo do património cultural edificado na construção da matriz identitária da comunidade onde se insere, a sua natureza tutelar e hospitaleira na relação umbilical com o território, as gentes, e a sua capacidade de
promover uma reflexão intemporal, este projecto convoca o património existente à escala de cada concelho da Rede para um desafio com novos horizontes. “Entre estes contam-se Horizontes onde era possível pensar e gerir um território, gerar e operacionalizar a mudança. No pensamento do século XXI, estes são elementos-chave de uma sociedade mais democrática e de cidadania cultural plena”, diz Paulo Lameiro. Recordamos que a Rede Cultura 2027 tem Leiria como ponto de partida, mas agrega 25 outros concelhos que tecem uma malha diversificada e que totaliza quase 6.000 km 2 de extensão e distância superior a 170 km entre os seus extremos. AS, com Rede Cultura 2027
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
sociedade
5 postos no concelho
Medida de apoio às famílias e às empresas
Fiscalidade reduzida em 2022 Autovoucher devolve até 25 euros O Autovoucher é um apoio mensal instituído pelo Governo para compensar parcialmente a subida do preço dos combustíveis. São cinco euros por mês até Março, num total de 25 euros no máximo, sendo que o valor não gasto num mês transita para seguintes. O apoio será entregue a cada contribuinte e não por agregado familiar. Há três requisitos essenciais que têm de ser cumpridos: - tem de se inscrever através do seu NIF na plataforma ivaucher.pt — quem já está inscrito não precisa de o fazer de novo; - tem de escolher fazer o pagamento num posto de combustível aderente; - tem de pagar a conta com um cartão bancário, em seu nome, de um dos bancos aderentes (a maioria dos bancos a operar em Portugal). Logo no primeiro pagamento que fizer em cada mês receberá automaticamente os cinco euros, independentemente do seu consumo, na sua conta bancária, até dois dias úteis depois. A lista de postos aderentes (a 26-11-2021) no concelho da Batalha era: - Alves Bandeira – E.N. 356 (Vale de Ourém/São Mamede) - Carbuibéria – Estrada de Mira de Aire (São Mamede) - CEPSA – EN 356, KM 19,6 (Reguengo do Fetal) - GALP – Estrada de Fátima (Batalha) - REPSOL – Cooperativa/Rua do Moinho da Vila (Batalha) Lista actualizada em ivaucher.pt.
Foi aprovada pela Câmara Municipal da Batalha a manutenção da taxa de IMI de 0,8% para prédios rústicos e de 0,3% para prédios urbanos a cobrar em 2022. No que se refere à Derrama, foi deliberado manter em 2022 as taxas actualmente em vigor, designadamente, de 0,95 % para microempresas cujo volume de negócios seja inferior a 150.000 euros e 1,2 % sobre os restantes sujeitos passivos de IRC (Imposto Sobre o Rendimentos das Pessoas Colectivas). As taxas a praticar em 2022,
de acordo com o presidente da Câmara da Batalha, Raul Castro, “assumem-se como importantes medidas de apoio à economia, ao estímulo ao emprego e à fixação de pessoas no território concelhio”. No entender do autarca, “uma fiscalidade reduzida será sempre um factor de atracção e de fixação das empresas”. No que se refere ao IMI, as famílias do concelho da Batalha com um dependente a cargo vão ter uma dedução fixa de 20 euros, as famílias com dois dependentes
40 euros e as famílias com três ou mais dependentes irão beneficiar de uma dedução fixa de 70 euros, desde que seja habitação própria e permanente. A deliberação, aprovada por unanimidade, contempla também algumas isenções, incluindo os edifícios urbanos que venham a ser reabilitados e também majorações para prédios urbanos degradados ou em ruínas e para os rústicos com áreas florestais em estado de abandono.
Medida abrangeu mais de 700 crianças e jovens
Alunos testados à Covid-19 Mais de 700 crianças e jovens do concelho da Batalha do pré-escolar e do 1.º CEB foram testados no início de Dezembro, numa acção da Unidade de Saúde Pública do ACES Pinhal Litoral, com o apoio da Câmara Municipal e do Agrupamento de Escolas. Esta medida deveu-se à detec-
ção de diversos casos positivos entre os alunos das escolas da região, pelo que se afigurava da máxima importância proceder a esta operação de testagem, salvaguardando também a segurança das respectivas famílias podendo, inclusive, antecipar o surgimento de eventuais surtos.
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Segundo Raul Castro, presidente da Câmara da Batalha, “esta operação de testagem que envolve os alunos do Agrupamento de Escolas revela-se da maior importância, face à detecção de eventuais surtos de contágio nesta comunidade”.
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
AQUAPOR recebe “Tubo de Ouro”
Semana Europeia da Prevenção de Resíduos
Águas do Lena premiada
Valorlis pelo “desperdício zero”
A empresa Águas do Lena foi distinguida pela ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos pela qualidade da água para consumo durante os anos de 2019 e 2020. A operar desde 1987 como responsável pela captação, tratamento e distribuição de água no concelho da Batalha, a Águas do Lena tem 8 captações de água subterrânea, 290 km de rede de distribuição, 11 estações elevatórias e 34 reservatórios na autarquia. A empresa pertence ao Grupo AQUAPOR, que foi distinguido pela ERSAR noutras 15 concessões pela qualidade dos seus serviços em 2019 e 2020. O CEO, António Cunha, refere que “estas distinções deixam-nos orgulhosos principalmente por serem um reconhecimento, por parte do regulador do sector, ao trabalho que todos os dias efectuamos para proporcionar um serviço de excelência às mais de 15 mil pessoas que temos o prazer de servir através da Águas do Lena”. Para estes prémios, a ERSAR tem em conta indicadores como água segura, perdas reais de água, ocorPUB
rência de falhas no abastecimento, reciclagem de resíduos de recolha selectiva, resposta a reclamações e cobertura de gastos.
“Tubo de Ouro” pelo Melhor Serviço ao Cliente
A AQUAPOR venceu também o Prémio da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA) pelo Melhor Serviço ao Cliente. Os serviços de apoio ao cliente da AQUAPOR sofreram uma reestruturação devido ao contexto pandémico, permitindo mais pontos de contacto (lojas, telefone, email, chat, SMS, APP e website). A AQUAPOR instituiu ainda um número e email únicos para contacto, facilitando a relação com a empresa, para além de ter reformulado as facturas, tornando-as de leitura mais simples. Em relação aos meios de pagamento, e para além da adesão cada vez maior ao débito directo por parte dos clientes, a AQUAPOR tem aumentado as modalidades, preparando-se para aceitar pagamentos via MBWAY através da factura até ao final deste ano.
A Valorlis associou-se mais uma vez à Semana Europeia da Prevenção da Produção de Resíduos, que decorreu de 20 a 28 de Novembro. O tema deste ano – “Comunidades Circulares” – foi um desafio a agir em conjunto para prevenir a produção de resíduos. O foco centrou-se na necessidade de envolver os cidadãos, individualmente e em comunidade, e de se investir e valorizar localmente a “busca pelo desperdício zero e actividades circulares”. A Valorlis participou nesta iniciativa com três acções: “A Compostagem Doméstica é ideal para si!”, “Eco-oficinas desperdício zero” e “Uma tonelada de Oportunidades”. A acção “A Compostagem Doméstica é ideal para si!” marcou o arranque da distribuição de compostores à população. Os interessados em obter um compostor podem inscrever-se em www.valorlis.pt. Durante a semana de prevenção de resíduos, a Valorlis dinamizou oficinas online sobre desperdício alimentar, presentes de natal ecológicos, “upcycling” e ainda dicas de prevenção na produção de resíduos, com a colaboração de projectos locais que se
associaram à iniciativa. Estas oficinas decorrem nas redes sociais da Valorlis (como o Facebook) e são um contributo para melhorar a consciência ecológica dos cidadãos, dando-lhes dicas práticas e de fácil execução.
Idosos desafiados a ensinar a reciclar
Até final de Novembro, a Valorlis dinamizou a segunda edição do concurso “Os avós ensinam a reciclar”, desafiando os utentes dos lares e centros de dia da região a gravar um vídeo com uma história, poema, rima ou canção com ensinamentos sobre a separação dos resíduos recicláveis. A selecção dos trabalhos é realizada por um júri nomeado pela Valorlis, considerando os critérios: maior originalidade e qualidade da mensagem transmitida nos vídeos elaborados. Marta Loia Guerreiro, administradora delegada da Valorlis, refere que “pretendemos com esta iniciativa que os utentes dos lares e centros de dia partilhem as suas boas práticas, mostrando como é simples e fácil reciclar e incentivando a população a seguir o seu exemplo”.
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
ambiente
Aves da Batalha
Ao longo dos quase quatro anos de existência, o Aves da Batalha tem centrado muita da sua acção na ciência-cidadã – resumidamente, consiste no contributo dos cidadãos para a evolução da ciência. Iniciado em finais de 2019, o “Biodiversidade da Batalha” é um projecto que visa inventariar a biodiversidade do concelho, podendo qualquer cidadão ajudar de forma activa. De forma simples e intuitiva, o “Biodiversity4all” é a plataforma onde qualquer naturalista pode adicionar um registo, podendo em troca obter a identificação da espécie em causa e outras informações sobre a mesma (biologia, distribuição, etc.). Ao fim de quase dois anos, o fantástico contributo dos cidadãos permitiu que o projecto alcançasse mais de 6.000 registos, de mais de 1.500 espécies diferentes. O número de pessoas que contribuíram
ultrapassa já a meia centena. É um número fantástico, tendo em conta que apenas passaram cerca de dois anos. E este número estará muito abaixo da realidade, uma vez que ainda existem muitas espécies que estão por registar. No sentido de perceber o que motiva os cidadãos a participar, o grupo decidiu colocar três questões a cinco cidadãos, que aparecem aqui em representação do grande grupo de naturalistas que ajudou nesta escalada até às 1.500 espécies:
1 – Quais as motivações para teres participado e para continuares neste projecto? 2 – O que mais te surpreendeu nesta experiência? 3 – A iniciativa alterou a tua relação com o meio ambiente?
Tânia Jordão (Reguengo do Fetal) 1 – Tomei conhecimento da plataforma pelo grupo “Aves da Batalha”, que lançou à comunidade o
desafio de efectuar registos de observações no concelho, o que me motivou a criar conta e iniciar. Cada observação registada aumenta a vontade de continuar, de ampliar a “colecção” de elementos que constituem a biodiversidade da Batalha. 2 – Surpreendeu-me o quanto desconhecia (e ainda desconheço) da flora e fauna local, que são vastíssimas, pois apesar de vivermos imersos nesta riqueza não a reconhecemos. Cada registo é uma oportunidade de saber um pouco mais. 3 – Cresci com a certeza de que não podemos ser saudáveis e felizes num planeta “doente”, sempre estive desperta para as causas ambientais e empenhada na defesa do mesmo. Ainda assim, esta iniciativa mudou o meu olhar sobre os elementos da natureza que me rodeiam, passei a estar muito mais atenta e a reconhecer o que anteriormente olhava, mas não via de verdade. Daniel Franco (Alcanadas) 1 – As motivações estão à vista: a poluição e destruição do rio Lena e afluentes, a destruição das espécies e habitats em todo o concelho. E temos de conhecer para depois proteger. 2 – O que mais me surpreende é o facto de, apesar de existir bastante impacto humano no concelho, ainda haver espécies raras que nos
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Carla Chavinha
Cidadãos-cientistas registam 1500 espécies na Batalha
Mocho-galego
enchem de orgulho e são elas que temos de proteger. A vaca-ruiva é um exemplo. 3 – Quanto mais exploro, mais vou conhecendo a riqueza ambiental do concelho que até então desconhecia. Logo, constatei que, foto após
foto, podemos ajudar a melhorar a nossa envolvência. Carla Chavinha (Casal de Santa Joana) 1 – O motivo inicial foi o incentivo das pessoas do grupo. Tenciono
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
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continuar a participar, porque para mim faz todo o sentido registar a natureza existente na nossa terra, que é muitas vezes surpreendente! 2 – A quantidade e variedade de aves de rapina existente no concelho foi para mim a maior surpresa! Os mochos-galegos também me cativam imenso! 3 – Ao participar nesta experiência a minha contemplação para com natureza foi inevitavelmente crescendo, como é natural! Pedro Ribeiro (Faniqueira) 1 – A maior motivação para ter participado, além do enorme entusiasmo que tenho pela descoberta e sede de conhecer a fundo tudo aquilo que existe em meu redor, foi o reconhecer do desconhecimento que por vezes temos sobre a riqueza natural que nos rodeia. É esse desconhecimento que nos leva a não valoPUB
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rizarmos essa riqueza natural que temos junto de nós. Assim, é cada vez mais imperativo catalogar para conhecer e, assim, poder preservar. Pretendo continuar com esta tarefa de registar e dar a conhecer a enorme riqueza natural do nosso concelho. 2 – O que mais me surpreendeu, logo nas primeiras incursões, sendo eu um entusiasta do estudo da etnobotânica, foi a quantidade de espécies de interesse etnobotânico que encontrei, desde as medicinais como o Lúpulo (Humulus lupulus), a plantas com aplicações práticas, como a Erva-Saboeira (Saponaria officinalis), bem como a enorme biodiversidade animal que se pode ainda encontrar no Vale de Lena. 3 – Posso dizer que esta experiência veio reafirmar em mim a convicção da imperativa necessidade de se preservar e dar a conhecer a imensa riqueza natural do nosso
Jorge Gonçalves (Tomar) 1 – Inicialmente, apenas registava e fotografava o que observava, mas, após uma actividade organizada pelo Grupo Aves da Batalha, fui fortemente incentivado pelo dinamizador a começar a publicar as minhas observações e fotos na plataforma “iNaturalist”. Não sendo residente no concelho, mas visitante regular, a associação e envolvimento no projecto “Biodiversidade da Batalha” acabou por acontecer naturalmente. Sempre que for possível, continuarei a registar as minhas observações, pelo retorno que me trazem e se, por pequenas que sejam, contribuírem para um conhecimento global ou local do meio que nos rodeia, então melhor motivação não poderia ter. 2 – Desde a descoberta dos monumentais carvalhos até à grande variedade de borboletas diurnas, são várias as experiências que retive. Mas houve uma muito especial: numa manhã, quando caminhava por um trilho numa encosta no Reguengo do Fetal, fui agradavelmente surpreendido pela passagem de dois corvos (Corvus corax) a poucos metros de distância. Sendo as aves que mais me PUB
Jorge Gonçalves
Pedro Ribeiro
concelho, pois nós, humanos, temos a terrível tendência de não acarinharmos aquilo que não conhecemos. Este comportamento, como podemos constatar nos dias que correm, traz as mais terríveis consequências, não só em termos civilizacionais e humanos, mas também para todas as outras criaturas que habitam esta “estranha rocha que flutua no espaço”, à qual chamamos Terra, a única Casa que temos e que sempre teremos.
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fascinam, pelas capacidades, aspecto sóbrio e provavelmente também pelo misticismo que as rodeia, vê-los a voar tão perto, a vocalizar e em plena liberdade foi o momento mais marcante que tive no concelho da Batalha e uma das razões para ter lá voltado muito mais vezes. 3 – O maior conhecimento e entendimento das espécies que vou observando, dos seus ciclos, estágios, habitats, da sua relação com outas espécies e do equilíbrio necessário
para a sua manutenção leva-me a repensar e adaptar comportamentos, com o fim de provocar a menor interferência possível nesse equilíbrio. Essa adaptação de comportamentos passa pelas actividades de lazer ou menor importância (moderação de deslocamentos, manutenção da propriedade ou do jardim, gestão do ruído ou iluminação...) até à actividade profissional (melhor planificação de trabalhos).
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021 temas
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
Rede de wi-fi ampliada no concelho
Falta de civismo continua nos ecopontos
Vergonha para todos Na noite de 1 para 2 de Novembro, alguém foi fazer uma descarga de materiais indiferenciados, monos e restos de mobiliário no espaço dos ecopontos na Estrada do Vale, deixando o cenário de lixeira que a foto documenta e que é inqualificável. É comum acontecer este tipo de depósito de lixo junto dos ecopontos da freguesia (não apenas aqui), mas este será dos mais escandalosos. Tudo foi resolvido alguns dias depois pelos serviços municipais e a Suma, ficando o espaço completamente limpo… até ao dia seguinte de manhã, em que já mais uma
carrada de lixo ali foi colocada! Depois de tanta informação, dos avisos colocados e dos constantes apelos das autarquias, da Valorlis, da Suma e até das constantes notícias publicadas no Jornal da Golpilheira, já nada justifica que aconteça uma situação destas numa sociedade que se considere minimamente civilizada. Não será, com certeza, falta de conhecimento ou de informação, pois bastará pensar um pouco para ver que os três contentores ali existentes servem para colocar plástico e metal, papel e vidro, e apenas no seu interior (sim, também é frequente ver esses materiais
amontoados ou espalhados pelo chão!). Assim, só podemos concluir que o acto praticado durante a noite é consciente e, além de ser uma falta de educação e de civismo e uma provocação a toda a população civilizada da freguesia, é um crime ambiental. Será de esperar que as autoridades competentes tentem identificar os autores e lhes apliquem as multas previstas na lei. Voltamos a recordar que quem tiver este tipo de lixos, poderá pedir a sua recolha à Suma, que faz esse serviço gratuitamente: basta ligar para o número 244 766 077. PUB
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Internet gratuita nas quatro freguesias
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
desporto
Piloto da Golpilheira em destaque
Cesário conquista Taça de Portugal em TT
Como tomaste a decisão de começar a correr a um nível mais profissional?
Após algumas abordagens de quem compete há mais tempo, dizendo que eu estava mais que preparado para competir a nível de campeonato, e de há vários anos concorrer na edição das 24 Horas de Fronteira com bons resultados e rodeado
Este tipo de competições envolve grandes investimentos… como funcionam os patrocínios e investidores?
DR
Ao vencer na sua categoria a Baja de Portalegre, última prova do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno, no último fim-de-semana de Outubro, o piloto Cesário Santos e o seu navegador, Alexandre Gomes, garantiram o título de vencedores da Taça de Portugal 2021. No todo-o-terreno há muitas competições a decorrer em simultâneo, com vários títulos de campeão a atribuir. Para esta prova específica alinharam-se 7 equipas no início da época e chegaram 4 ao fim. O piloto golpilheirense e a sua Nissan Navara D21 distinguiram-se, com 4 vitórias em 5 bajas disputadas. Para sabermos como foi esta experiência e receber este título, fizemos algumas perguntas a Cesário Santos. Entrevista de Luís Miguel Ferraz
Marrazes, piloto e proprietário da viatura em que ando neste momento, ao Alexandre gomes, meu navegador, Luís Porém (ex-piloto) da Bomcar, ao grande Ricardo Porém, piloto com grande experiência que até já participou no Dakar e irá participar certamente mais vezes, ao Sérgio Brites e ao Mário Duarte (pilotos).
Momento da consagração
de bons pilotos e bons mecânicos, dizendo-me que um dia deveria experimentar fazer uma prova ou duas, assim foi: comecei em 2020, na categoria T8 como foi publicado nas edições deste jornal, ficando classificado na 3.ª posição. Foi um campeonato meio confuso a nível de calendário de provas, devido ao aparecimento da pandemia, mas foi uma experiência brutal e aí comecei a perceber que, se calhar, as pessoas tinham razão, que até tinha jeito para a coisa. Aliás, sempre foi o meu desporto de
eleição, como sabem todos os que me conhecem. E pronto, foi fácil juntar o útil ao agradável.
A inscrição nesta categoria tem a ver com a experiência ou objectivos dos pilotos ou equipas?
A pergunta em si diz a resposta. É uma das classes mais emblemáticas do campeonato nacional, onde só podem estar inscritos carros de igual para igual e, aí, quem vence terá o seu valor reconhecido como um bom piloto e bons mecânicos e não só pelo carro. Foi
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uma estratégica tomada para 2021 e pensada com quem me rodeia neste projecto, a maioria dos grandes pilotos começaram assim. E tínhamos duas opções: ou iriámos ficar por aqui ou ir mais além… e parece que vamos mesmo mais além em 2022. Como se costuma dizer em bom português, foi uma cartada bem jogada. Tenho de agradecer aos que me indicaram o melhor trajecto: Nelson Falardo (Fera), a todos os mecânicos com grande experiência e muitos anos disto, ao Joel
Sim, de facto, estas competições, como muitas outras, necessitam de muito investimento e, quando não tens a tua própria fonte de investimento, tens que ter uma boa base de conhecimento, mostrar a quem investe que andas bem e que queres ir mais além. De facto, após a última Baja de Portalegre e de me sangrar campeão, já fui abordado por duas ou três marcas de nome que estão interessadas em investir num carro melhor para 2022. Estamos muitos satisfeitos com a abordagem destes investidores. O nosso trabalho e a nossa conquista está a dar os merecidos frutos. Há diversos tipos de investidores, basicamente todos eles querem publicidade em troca para aparecerem na decoração do carro de corridas, pois quando andas na frente e vais ao pódio o teu carro é mais visto do que os outros.
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
Também no ar...
Resumindo, tens de andar bem e tens que ser reconhecido e despertar atenções para que esses investidores te procurem e aí aproveitar ao máximo para conseguires o máximo de apoio e tentar andar sempre na frente com bons resultados.
Como foi a sensação da primeira vez que venceste uma prova?
Muito engraçado e irónico… lembro-me de o meu navegador Alexandre ter dito: “olha, acabámos a prova” e, quando vínhamos na ligação das boxes, já em modo descontraído sem capacete, eu comentei: “ninguém nos passou na prova, se calhar até não andámos mal”. Nisto, liga-nos o nosso mecânico, Nelson Falardo, mais conhecido por Fera, e diz: “Parabéns, ganharam esta baja!”. Demos um grito, fumámos o nosso cigarrinho e estávamos os dois meios emocionados, mas com a aquela questão “ganhámos mesmo? será que não houve nenhum engano?...” Fiz uma
Um misto de emoções inexplicável. E irá ser mais ainda quando, no próximo dia 22 de Janeiro de 2022, for ao Salão Preto e Prata do Casino Estoril para a entrega anual de prémios... ...e na água
videochamada, ainda dentro da viatura, para a minha família e nem eles queriam acreditar… a minha filhota só dizia: “Ganhaste, ganhaste… isso querias tu!”. São momentos que nunca esqueces. Após a entrega desse prémio e de cabeça fria é que percebi que ganhei. Não há impossíveis, temos de ser persistentes.
E como foi sendo a experiência de estar em primeiro e poder alcançar o título?
Além de saberes que até andas bem e estás em primeiro, a pressão aumenta. É normal… tens tudo de olhos postos em ti, à espera de um deslize numa má abordagem que te faça perder lugares ou mesmo desistir. Aqui entra o “psicológico”, sabes que tens toda uma equipa atrás de ti e que também já te diz que é para ganhar. Tens de ter um controlo psicológico muito forte, pois há alturas em que vais em plena corrida e só pensas em ganhar, já não por ti,
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Já depois deste título, voltaste a participar na mítica “24 Horas de Fronteira”, no final de Novembro. Como correu essa participação?
mas por todos os que estão ali contigo, o navegador, mecânicos e possíveis investidores. Ou seja, sentes-te responsável por ganhar, para não desiludires a confiança que depositaram em ti. Mas, sim, foi fantástico perceber que afinal estava a conseguir lidar com a pressão.
Após o fecho do campeonato, com 3 provas num mês, não estava a pensar ir este ano, visto ser tudo muito próximo e já tinha o meu objetivo alcançado. Mas há muitas coisas acima dos carros e dos ralis que falam mais alto… com o falecimento da nossa amiga Ana, esposa do Nelson Falardo, os mecânicos e pilotos juntámo-nos todos e decidimos ir em sua homenagem. Não poderia ter corrido melhor: terminámos em 23.º lugar da geral, onde participaram perto de 80 carros. As saudades que senti da voz da Ana… em todas as edições de 24 Horas de Fronteira em que participei, era ela que comunicava comigo para o
Qual foi a prova mais difícil?
Foi a Baja de Loulé (Algarve), em que ficámos sem travões. Ainda tentámos ir até ao limite, usando a caixa de velocidades para reduzir, mas alguns quilómetros depois acabámos por ter de desistir. São decisões difíceis de tomar… lá está, tens de perceber que não adianta insistir. O nosso adversário mais directo venceu e perdemos o primeiro lugar nas contas do campeonato, mas não baixámos a confiança e, daí até à última prova de Portalegre, vencemos todas, não dando hipótese à concorrência.
Mais uma vez falamos de sensa-
DR
Photo Xtrod
Photo Xtrod
ções… como foi subir ao pódio como vencedor da Taça de Portugal?
Corrida de homenagem
carro a dar todas as instruções. A vida tem destas coisas e, como referi antes, além dos carros, da competição, etc., existem pessoas e nós, querendo ou não, ganhamos muitas amizades que levamos para a vida. Beijinho, Ana, és a nossa estrelinha!
E agora… já tens planos para a próxima época?
Como referi antes, quando ganhas e tens alguém interessado em investir em ti e percebes que até podes ter resultados bons, não podes hesitar. Todos nós, seres humanos, temos defeitos, temos medos, temos problemas, mas desistir, nunca! O mês de janeiro será decisivo para a próxima época. Estão propostas na mesa para serem analisadas e o campeonato em 2022 deverá começar em finais de Fevereiro… ou irei defender o título na classe da Taça de Portugal, com o carro actual, ou irei para uma classe mais ambiciosa, com outro tipo de carro. Talvez na próxima edição do Jornal já possa dar novidades…
Até lá, algo mais a dizer?...
Partilho um lema: quando Deus permite que passes por uma batalha, é porque Ele já preparou a tua vitória. E aproveito para desejar a todos os leitores um feliz Natal e um próspero Ano Novo.
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
desporto
Futsal Sénior Feminino
No dia 30 de Outubro, as Golpilhas deslocaram-se a Braga para jogar com o Tebosa. Este era um jogo importante para as aspirações da Golpilheira, mas não entrámos bem e demos algum avanço. Tentámos ir atrás do prejuízo com enormíssima reacção, encostámos as adversárias lá atrás, mas foi insuficiente. Resultado final: Tebosa – 3 / Golpilheira – 1. A 6 de Novembro, recebemos em casa o Sporting Clube de Portugal. Foi uma boa casa e um bom jogo de futsal, com incerteza no resultado até ao apito final. O jogo resolvido nos detalhes, com resultado em Golpilheira – 1 / Sporting – 2. Também na Golpilheira, a 14 de Novembro, recebemos a
DR
Golpilhas com vida difícil, mas ninguém vira a cara à luta
equipa flaviense. Neste jogo, conseguimos os três primeiros pontos, que há muito ambicionávamos. Foi uma vitória suada, mas justa: Golpilheira – 2 / Chaves – 1. Na 8.ª jornada, a Golpilheira teve uma deslocação ao campo tradicionalmente difícil do Vermoim, em Vila Nova de
Dezembro, deu-se a deslocação a Porto Salvo. Início de uma semana dura, com três jogos em 7 dias. Este foi um jogo onde todos sentimos que estava ao nosso alcance, mas a nossa falta de inspiração foi bem aproveitada pelo Porto Salvo, que garantiu os três pontos: Leões de Porto Salvo
Famalicão. Esteve melhor a equipa da casa e venceu bem: Vermoim – 6 / Golpilheira – 0. A 27 de Novembro, de regresso a casa, mais um teste difícil, contra um sério candidato ao título, como mostra o resultado: Golpilheira – 1 / G. D. Nun’Álvares – 9. Na 10.ª jornada, a 5 de
–6 / Golpilheira – 3. Três dias depois, a 8 de Dezembro, recebemos em casa o Feijó, concorrente directo na manutenção. Bom jogo de futsal, equilibrado, a ser resolvido nos detalhes: Golpilheira – 2 / Feijó Metaseguros – 4. Mais três dias e, a 11 de Dezembro, deslocação a Espinho para a 12.ª jornada. Sabíamos que não ia ser fácil, pois a Novasemente atravessa um bom momento. Mantivemos um bom nível até meio da segunda parte, mas depois desequilibrou-se e sofremos três golos em poucos minutos. Novasemente Cavalinho – 5 / Golpilheira – 1. A próxima jornada será na Golpilheira, dia 18 de Dezembro, às 16h00, com Santa Luzia. Depois, só em 2022.
Futsal Júnior Feminino
Golpilhas juniores só sabem ganhar Entraram, assim, bem na competição as Golpilhas juniores. Tendo folgado na 2.ª jornada, as Golpilhas voltaram a jogar em casa na 3.º, recebendo a equipa da Ribeira do Sirol e aplicando de novo “chapa” 4, num jogo bem disputado, onde a vitória das Golpilhas não sofre qualquer contestação. Avançaram para a 4.ª jornada com deslocação a Pombal, onde, mais uma vez, as jovens atletas do CR Golpilheira esti-
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veram em grande: CB Pombal – 1 / Golpilheira – 8. As Golpilhas juniores contam por vitórias todos os jogos já realizados. Este Torneio de Abertura irá ter a 6.ª e última jornada no dia 19 de Dezembro, com deslocação a casa da Ribeira do Sirol. Esta equipa é comandada pelo técnico Cristiano Dinis e seu adjunto Carlos Folgado. DR
Teve início no dia 7 de Novembro a competição distrital de juniores da Associação de Futebol de Leiria, denominada Torneio de Abertura. Inicialmente prevista com 4 equipas, mas por desistência da equipa da Ribafria, avançou apenas com 3: CR Golpilheira, Casa do Benfica de Pombal e ADA Ribeira do Sirol. Na 1.ª jornada, a Golpilheira recebeu e bateu a CB Pombal por 4 golos sem resposta.
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
Futsal Sénior Masculino
A equipa de seniores masculinos do CR Golpilheira conquistou os três primeiros merecidos pontos, ao bater a equipa da Burinhosa B, por 4-1, na 3.ª jornada, que teve lugar no Pavilhão Municipal da Golpilheira, no dia 24 de Novembro. Chegou a hora da Taça da AFL, com o sorteio para a pré-eliminatória a ditar como adversário o Évora de Alcobaça. O jogo foi realizado na Golpilheira, em 30 de Outubro, onde a equipa visitante levou a melhor e seguiu em frente na taça: Golpilheira – 3 / Évora de Alcobaça – 5. De volta ao campeonato, seguiu-se a 4.ª jornada, a 6 de Novembro, no confronto entre duas equipas do mesmo concelho, que terminou empatado: Casal de S. Mamede – 2 / Golpilheira –2. A 13 de Novembro, na 5.ª jornada, o regresso a casa para a recepção ao União da
DR
Às três foi de vez…
Serra. Este foi um jogo intenso com um resultado final completamente injusto para os atletas da Golpilheira, depois de tantas perdidas, a sofrem no último minuto o golo que ditou a derrota: Golpilheira – 4
/ UD Serra – 5. Também no Pavilhão da Golpilheira, na 6.ª jornada, a 20 de Novembro, recebemos a equipa do D. Fuas, com quem perdemos por 2-4. Mais uma jornada a 27 de PUB
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Novembro, com visita à Nazaré para defrontar a equipa local. A vitória sorriu à equipa dos Nazarenos – 3 / Golpilheira – 1. Na Golpilheira, a 8.ª jornada realizada a 8 de Dezembro cifrou-se em Golpilheira – 3 /
Pederneirense –0. Jogo bem disputado, com vitória justa da equipa da casa, pois esteve melhor no jogo. A 12 de Dezembro, visitámos o pavilhão do Juncal para jogar com equipa local. Foi um jogo disputadíssimo, por vezes demasiado viril, onde o resultado final foi excessivo, tendo em conta o jogo na quadra: Juncalense – 4 / Golpilheira – 1. Nesta altura do campeonato, a Golpilheira ocupa o 8.º lugar da classificação, com 7 pontos. A próxima jornada é dia 18 de Dezembro, com o Moitense, na Moita. Volta a jogar-se na Golpilheira, já em 2022, no dia 8 de Janeiro, com o Évora de Alcobaça. Desejamos melhor sorte para as próximas jornadas. A todos, excelente Natal e próspero Ano Novo. Textos sobre o futsal feminino e masculino: Joaquim Ferraz
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
temas
. crónicasdeviagem.7
Passei cerca de 3 semanas em Hanói, enquanto descobria mais e mais e esperava por um amigo de Portugal que decidiu juntar-se a mim na última e mais épica “roadtrip” até o Norte do Vietnam, Ha Giang! Hanói é uma cidade com tanta vida e actividades para fazer que nunca nos cansamos; fiz montes de amigos e experimentei muitas comidas novas. É difícil descrever a “roadtrip” de Ha Giang, um circuito de 4 a 6 dias por estradas literalmente no meio de nada, montanhas, rios, paisagens inacreditáveis. Estradas onde o declive entre mim e o mar e as montanhas era superior a 1 km. Foi uma experiência soberba de contacto com a natureza e pura liberdade, quero muito voltar e repetir essa viagem. Durante o percurso, fomos ficando em várias casas de madeira que albergam viajantes e fazem jantares de família superdivertidos e nos são dadas a provar as iguarias e bebidas regionais. O meu último destino no Vietname foi para descansar, a cidade de Cat Ba e as suas vilas flutuantes. Muita praia, passeios de canoa, tours de barco, muito peixinho e marisco fresco e, uma vez mais, cenários cujas fotos não conseguem reflectir a beleza. Ao fim de 102 dias no Vietname, vendi a minha mota para que outro viajante tivesse experiências tão boas como as minhas, fiz as malas e parti para o próximo destino. Gastei cerca de 1.000 euros no total (10 euros/dia) e fui muito feliz por lá. Entre outras comidas, as mais minhas favoritas foram Phõ, Banh Mi, Bun Cha, Com Tâm, Cao Lau, Com Rang. Quem estiver curioso e quiser saber mais, entre em contacto comigo e partilharei mais vídeos, fotos e histórias que nunca mais acabam! Obrigado!
Chegámos a um dos países mais imprevisíveis, caóticos, divertidos, bonitos e inesquecíveis. Ao passar a fronteira para o Vietname, imediatamente notamos o trânsito louco nas ruas, infinitos mercados a venderem de tudo o que possamos imaginar e um sorriso na cara colectivo de todas as pessoas em redor. Comecemos pelo trânsito. Primeira regra para atravessar a estrada no Vietname? Fechar os olhos e caminhar a velocidade constante sem recear; os milhares de motas desviam-se de nós de uma forma orgânica, como se houvesse uma conexão entre todas as pessoas. O trânsito parece uma confusão, mas ao olhar com atenção percebemos que tudo flui com uma naturalidade incrível, ao ponto que, durante 3 meses e meio, não vi um único acidente. É difícil de descrever, só estando mesmo lá é que dá para perceber a beleza daquele caos organizado. Vietname foi também o local das experiências e oportunidades. Ao meu segundo dia, conheci um egípcio no hostel, que me sugeriu dar aulas de inglês, e assim o fiz! No dia seguinte, já estava a viver numa casa com mais 20 estudantes, onde
vivíamos como uma família. Limpávamos a casa, íamos às compras, cozinhávamos, dava as aulas, dormíamos nos mesmos quartos, saíamos à noite e criámos amizades muito especiais que ainda hoje mantenho contacto com muitos deles. É um sistema interessante que não existe na Europa. Ao viver no mesmo tecto, os alunos aprendem inglês, não só nas aulas, mas também nas rotinas do dia-a-dia e torna-se tão gratificante sentir a evolução semanalmente do nível de inglês deles. Fui professor voluntário e com isso não recebia dinheiro, mas tinha em troca alojamento e comida, que mais é preciso? Durante 1 mês como professor de inglês em Ho Chi Minh, gastei apenas 100 euros! Não só foi enriquecedor poder fazer parte deste voluntariado onde ajudei jovens vietnamitas a melhorar o seu inglês, como aprendi imenso sobre a cultura, a língua, rotina, hábitos e tradições daquele povo. Recomendo fortemente a quem estiver a pensar em viajar para a Sudoeste Asiático de experimentar! Ah… durante essa altura fui também modelo para uma marca de casacos francesa e actor para
anúncios de televisão vietnamita! Após 1 mês e meio em Ho Chi Minh, finalmente comprei a minha mota e parti sem destino, do Sul rumo ao Norte, em busca de mais aventuras, paisagens e comida. A “roadtrip” de 4 mil kms foi das experiências mais fascinantes da minha viagem, fui conhecendo outros viajantes pelo caminho, criei grupos de amigos onde explorámos juntos as zonas mais rurais onde não se vê nada mais que natureza durante horas e horas de estrada. É assustador e delicioso ao mesmo tempo a sensação de liberdade, o sol na cara, a frescura das florestas, a beleza das paisagens de solo intocável e, claro, a gastronomia de cada local onde ia parando, que muda imenso do Sul até ao Norte. Dias depois, chego a Hoi An, já com o grupo que conheci num hostel à beira mar, e deparo-me com uma cidade tão bonita e calma (estranho para o País que é) com barquinhos coloridos pelos canais, muitas luzes… parece sempre Natal por lá. Explorámos, comemos bem e fizemo-nos à estrada novamente. Passei por várias cidades, como Hue (famosa pelo seu castelo e o parque aquático abandonado), Phong Nha (as maiores grutas onde já estive, um mundo subterrâneo e onde fui pastor de patos) e, finalmente, Ninh Binh, a minha cidade favorita, onde o cenário parece intacto desde os tempos do jurássico, com escarpas íngremes e natureza tão densa que se torna impossível entrar pelo mato (também por não saber que tipo de animais poderia lá encontrar). A viagem continua até Mai Chau e os infinitos campos de arroz, as montanhas de Sa Pa, até que, ao fim de algumas semanas, chegamos finalmente à capital, Hanói.
Aldeias flutuantes de Cat Ba
Senhora a cozinhar panquecas de Camarão
O meu grupo da “roadtrip”
Cidade de Hoi An à noite
Parque abandonado de Hue
Pescador de Ninh Binh
Comboio em Hanói
Cenários do Vietname
João Miguel Silva / JoMi • instagram.com/joaombbsilva • Youtube: JoMi Silver
Fotos do autor
De mochila às costas pela Ásia: Vietname
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
.rumos&andanças.
.templosda nossaterra.
Márcio Lopes • Docente do IPLeiria marcio.c.lopes@ipleiria.pt
José Eusébio Médico veterinário
Igreja da Quinta do Sobrado
A Importância da Biodiversidade a biocenose formem uma organização biofísica nos territórios. Consoante o decorrer do tempo, caso não haja a intervenção do Homem, a sucessão ecológica, considerada primária, atinge o seu estado final de clímace, acumulando uma grande quantidade de biomassa, i.e., de informação e conhecimento sobre a riqueza dos ecossistemas da Terra. Portanto, a redução da floresta autóctone portuguesa para favorecer a economia do eucalipto é “queimar a biblioteca da vida”. Sempre que as paisagens e as relações entre espécies são alteradas, as mudanças ambientais surgem de forma abrupta. Tem sido cada vez mais referenciado que a nossa Era Geológica, o Holoceno, já não representa a relação agressiva e irresponsável do Homem com o Planeta. Vivemos uma nova Era, o Antropoceno. O tempo em que, para o Nobel da Química, Paul Crutzen, o volume das actividades humanas sobre a Terra é tão exacerbado que “desbaratou todos os sistemas fundamentais para a sustentabilidade da vida”. Na verdade, há uma incauta e permanente discordância
Esta Igreja foi construída no ano de 1952. O Padroeiro desta igreja e da Quinta do Sobrado é São João Baptista. Festeja-se, normalmente, no próprio dia de São João Batista, 24 de Junho, ou no domingo mais próximo desta data.
entre os objectivos dos governos e os limites do Planeta. Os governos gizam políticas de crescimento económico contínuo, desprezando a evidência de que os recursos naturais da Terra são finitos. Segundo a bióloga Maria Martins-Loução, nos últimos 40 anos, houve uma perda de 60% da população de vertebrados e mais de 40% das espécies de insectos. Todos os anos, o Planeta perde três espécies de plantas e cerca de um milhão encontra-se em risco de extinção. A perda de biodiversidade é um dos maiores riscos do
século XXI. Em termos globais, é o uso e exploração dos recursos da terra e do mar o principal factor que leva à perda das espécies. Portanto, para se mitigar a perda da biodiversidade torna-se urgente uma mudança paradigmática no pensamento e nas actividades económicas. Por exemplo, as empresas que utilizam recursos naturais no seu processo produtivo deveriam quantificar a Natureza incorporada no seu produto final, i.e., desenvolver um modelo de gestão capaz de preservar a biodiversidade.
Fotos do autor
Todos os anos, gradualmente, a floresta autóctone portuguesa, com os seus matos e arbustos de origem mediterrânea, tem vindo a perder hectares a favor do processo continuado de eucaliptização ao serviço da pasta de papel. Apesar de todos os elementos que moldam o carácter de um território, tais como, o contorno das montanhas, o curso dos rios, o céu, as nuvens, a fauna, a transparência da atmosfera terem a sua importância, é a fisionomia vegetal que constitui o sinal mais expressivo dos territórios. As profundas alterações da vegetação infligidas pela mão do Homem alteram, sobremaneira, as sucessões ecológicas da Terra e, consequentemente, a biodiversidade. Ao longo do tempo e do espaço, há um sistema interactivo entre o solo – suporte das plantas, armazém da humidade e nutrientes – e o agrupamento de seres vivos, vegetais e animais em equilíbrio entre si e com o ambiente e que é denominado de «biocenose», e que é formativa dos ecossistemas. A energia recebida do Sol permite que o solo e
.impressões.
Foto do autor
Por Luísa M. Monteiro Um colégio, cujo nome não me ocorre — sequer lembrar —, ganhou um prémio, ou é aclamado não sei por quem, por os seus alunos trabalharem nas aulas apenas (entendi-o) a partir do tablet. Um colégio altamente moderno, portanto, avançadíssimo, uau, uau. Dá-me até ideia de que os miúdos se revelarão incapazes, já, ou nunca o terão sido, pois, de escrever à mão. Pegar num lápis, manobrá-lo por entre os dedos, ver desse gesto saírem letras, a magia da letra manuscrita: não, será para ortodoxos, para os da velha guarda, para os coitadinhos. Ora, ora, escrever no tablet, fazer tudo a partir do tablet: uau, isso sim, a verdadeira modernidade. Vivam a imagem, a música, o barulho. São alunos motivadíssimos, dizem eles e dizem os professores. (Sim, sim, assim também eu, outros dirão.) E já agora: um livro. Saberão eles o que é um livro?; ideia tola: aquele estranho objecto de papel?
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temas
.política.
.combatentes.
A grande oportunidade
Talhões e ossários da Liga dos Combatentes – esclarecimento
Coluna da responsabilidade do Núcleo da Batalha da Liga dos Combatentes
Samuel Carreira Consultor de Tecnologias de Informação Membro da Iniciativa Liberal
As próximas eleições legislativas são uma oportunidade para a mudança do paradigma onde o país actualmente se encontra. No decorrer dos últimos 6 anos, a “Geringonça” governou a seu bel-prazer, tendo conduzido o país a uma situação económica e socialmente insustentável. O recorrente argumento de que “a culpa é do Passos” não poderia estar mais ultrapassado. Agora é o momento de responsabilizar este partido político e seus “camaradas” pelo desgoverno destes últimos anos. As eleições antecipadas de 30 de Janeiro de 2022 serão a bolha de ar que poderá colocar o país a respirar uma mudança política. Precisamos de um governo com maior capacidade de planea-
mento e de visão a longo prazo, onde devolva a liberdade aos portugueses para decidir o seu futuro. Não podemos continuar a desperdiçar o talento jovem, que sem perspectivas de crescimento salarial e desenvolvimento de carreira em Portugal, procura oportunidades atractivas noutros países, económica e socialmente mais avançados, países liberais como a Holanda, Alemanha e Luxemburgo. Portugal é o país da União Europeia em que quem nasceu a partir do ano 2000 não conheceu crescimento económico, mas tal realidade pode mudar. É possível virar a página de estagnação. É possível sermos menos estatizantes e mais liberais tanto na política, como na economia e na
vida social. O rigor e a transparência são possíveis no controlo dos gastos públicos, com um estado forte, mas pequeno. Por isso, o voto útil é aquele que confiará em quem faça diferente, que defenda toda a população desde a classe média, esquecida pelos sucessivos governos do PS e PSD aos mais desfavorecidos, assegurando a igualdade de oportunidades, diminuindo as barreiras de classe nos alicerces base de sociedade como na saúde e educação. Por isso, no próximo dia 30 de Janeiro, eu voto Iniciativa Liberal, para a mudança de que precisamos. E tu de que estás à espera?
.política.
André Sousa Presidente da JSD Batalha
Alternativa de crescimento Vivemos momentos cruciais para o futuro do nosso país. Portugal enfrenta a 5.ª vaga da pandemia Covid-19 e necessitamos de relançar a nossa economia provocada pela crise pandémica, com os evidentes problemas estruturais. Os últimos 6 anos de governação do Partido Socialista mostram um país estagnado, refém de políticas pouco reformistas, onde a promessa lidera e impera sobre a realidade. Carga fiscal incompatível com o custo de vida, investimento público em mínimos históricos e apoios que não chegam à economia real; são os (mil) milhões para a TAP e os tostões para as pequenas e médias empresas; o SNS cada
.JuntaInforma. Coluna da responsabilidade da Junta de Freguesia da Golpilheira
vez mais desagrado com os profissionais de saúde exaustos e um sistema de justiça que tarda em funcionar de forma célere e eficaz. A crise política entre os Partido Socialista e os partidos de esquerda comprovam que a solução da “gerigonça” não é fiável e compatível com os desafios que o País irá enfrentar nos próximos anos, como a utilização dos milhões de euros da “bazuca” e os fundos comunitários “Portugal 2030”. Nas próximas eleições legislativas, os eleitores terão a oportunidade de votar e mudar de rumo, apostando numa alternativa de crescimento e desenvolvimento sustentável, liderado por um partido verdadeiramente
Social Democrata para enfrentar as questões da globalização, a revolução tecnológica e as problemáticas ambientais. O Partido Social Democrata (PSD) sempre demonstrou estar à altura dos desafios, colocando os interesses nacionais acima de todos os outros. Assim, o PSD terá a responsabilidade de defender Portugal como uma democracia de valores, socialmente justa, de livre iniciativa e de iguais oportunidades, impedindo o crescimento dos partidos extremistas e empobrecimento dos valores democráticos e colocando Portugal, definitivamente, na rota de crescimento económico.
Caros amigos Golpilheirenses, No passado dia 7 de Novembro, no já tradicional “Almoço dos Amigos do Centro Recreativo da Golpilheira”, durante a homenagem ao saudoso Manuel Rito, a Junta de Freguesia da Golpilheira entregou à família uma pequena lembrança como forma de agradecimento por toda a sua dedicação às gentes da freguesia.
Há cerca de 4 meses, um cidadão batalhense endossou, por escrito, uma petição ao Núcleo de Combatentes da Batalha. Apesar de esta ser bastante lacónica e insólita, ainda assim, a direcção do Núcleo fez as pesquisas necessárias, tendentes a poder satisfazê-la. Infelizmente, os obstáculos legais eram intransponíveis e tal não foi possível, o que, igualmente por escrito, transmitimos ao peticionário. Este não se conformou com a resposta recebida e, talvez crendo que a Direcção Central da Liga dos Combatentes (DC-LC) tem um poder decisório mais abrangente que o dos Núcleos de si dependentes, reencaminhou-lhe a referida petição. Sendo certo que a DC-LC é a entidade reguladora e fiscalizadora das actividades dos Núcleos, não é menos verdade que, quando se trata de cumprir leis e regulamentos há, simplesmente, uma paridade, isto é, em tal âmbito não há excepções para a DC-LC, relativamente aos Núcleos, pelo que, no caso vertente, esta entidade “superior”, tendo confirmado que o Núcleo da Batalha, como lhe competia, não podia deixar de cumprir a lei, como cumpriu, limitou-se, como também não podia deixar de ser, a corroborar, junto do peticionário, a justeza da nossa decisão. Entretanto, na Batalha, o caso tornou-se mais ou menos público, pelo menos junto de algumas das suas tertúlias, sendo objecto de comentários de vária índole, alguns menos correctos, eventualmente por desconhecimento, mas este “pormaior”, como todos sabemos, também nunca inibiu nenhum português que se preze de emitir opinião sobre qualquer tema, seja ou não da sua esfera do saber. Tão só com o objectivo de esclarecer, ainda que apenas os opinadores que estejam de boa fé, entendemos oportuno informar que determinadas infra-estruturas da Liga dos Combatentes, onde se incluem os talhões e ossários nos cemitérios onde existam, são exclusivamente destinados aos combatentes que: 1.º – Sejam sócios da Liga / Núcleos de Combatentes há 10 ou mais anos e tenham as quotas “em dia”, à data do seu passamento; 2.º – Antes da sua morte, tenham expressado essa vontade, por escrito e em livro próprio, existente nos Núcleos. Note-se que, no caso de o combatente falecer antes de perfazer 10 anos de associado da Liga, a família pode colmatar os anos em falta. Em contraponto, é também a família (cônjuge e/ou filhos) que tem a última palavra, acatando o desejo do falecido ou não. A lei e regulamentos sobre esta matéria não prevê excepções a estes preceitos, o que até será fácil de compreender, tendo, não só, em consideração que estas infra-estruturas têm uma capacidade limitada, impondo uma gestão ocupacional criteriosa e de rigor, como são, em grande parte, construídas com as quotas dos associados da Liga, com destaque para os combatentes, muitos dos quais pagam as suas quotas quase desde que regressaram da guerra, sendo justo que sejam os seus corpos e/ou ossadas a ocupar tais espaços, se for esse o seu desejo ainda em vida. Ora, convém também acrescentar que a petição em causa se destinava a um combatente falecido há já vários anos e que nem sequer foi sócio da Liga dos Combatentes. Esperando termos conseguido fazer luz nalguns espíritos eventualmente menos esclarecidos, aproveitamos ainda para deixar aqui expressos os nossos melhores votos de uma bela quadra natalícia para todos os batalhenses, lembrando que esta só será possível se não continuarmos a facilitar a “vida” à Covid-19.
Infelizmente, devido ao aumento do número de casos Covid na nossa freguesia e no concelho, não foi possível comemorar o Dia da Freguesia, inserido no Mês Cultural do Centro Recreativo da Golpilheira. O horário de funcionamento da Junta é das 08h30 às 13h30 e das 14h30 às 16h30, de segunda a sexta-feira. Contactos: 244 767 018 / 910 493 192 / jfgolpilheira@mail.telepac.pt
Informamos que a Junta de Freguesia dispõe de um terminal de pagamentos onde poderá fazer pagamento de serviços e carregamento de telemóvel. Para qualquer esclarecimento, contacte a Junta de Freguesia. Resta-nos desejar a todos um Santo Natal e um próspero Ano Novo com muita saúde, paz e amor! O Executivo da Junta de Freguesia
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
. notíciasdamissão.2
.saúde.
Religiosidade do Povo
Lições de 2021
P. João Monteiro da Felícia Missionário da Golpilheira no Brasil
A religiosidade do povo da Pedra Branca, trazida pelos portugueses, foi desde a chegada, forte, heróica e de muita fé. Frequentavam as missas, participavam nas procissões, nos sacramentos e em todos os actos religiosos. No início frequentavam uma capela que pertencia ao seminário do Bispado, onde eram celebrados também todos os sacramentos. Esta capela ainda existe. O proprietário da terra onde ficava a capelinha mandava a sua charrete buscar o padre à paróquia para as celebrações na capelinha. A esposa estimulava as crianças para participarem nas missas e na catequese e para a Primeira Comunhão oferecia a roupinha apropriada. Com o falecimento desta família, as celebrações na capelinha também terminaram. Os cristãos então frequentaram a paróquia vizinha, São Pedro de Tremembé. Ainda hoje esta Igreja de São Pedro está na memória dos moradores da Pedra Branca. Os mais novos pertenciam aos Congregados Marianos, Filhas de Maria e os mais idosos ao Apostolado da Oração, devotos do Coração de Jesus. Mais tarde, foi construída uma capela no Parque Modelo (Horto Florestal), mais pertinho do Bairro Pedra Branca e o povo começou a participar nesta cape-
la. Hoje ainda existe esta capela, transformada em paróquia de Santa Cruz. Aqui na paróquia de Santa Cruz, na década de 50 e 60, as nossas crianças e o nosso povo frequentava todos os sacramentos, culto, festas, etc. Tempos difíceis para a vivência da fé com o rigor do jejum daquele tempo e das estradas de lama ou pó, mas o povo ia às missas e a todas as celebrações. A missa tinha só um horário: 08h00. A capela ficava cheia e alguns fiéis da parte de fora. Alguns tinham que esticar o pescoço para verem o celebrante. As crianças recebiam a formação catequética também aqui na capela de Santa Cruz. No ano de 1964, surge a capela de Nossa Senhora da Penha, no Jardim Peri. Inicialmente funcionava num galpão de madeira em uma antiga escola pública, no mesmo terreno onde hoje se encontra a paróquia de Nossa Senhora da Penha, no Jardim Peri, que engloba também a comunidade de base da Pedra Branca. A liderança do Sr, Francisco Voccio foi fundamental para a construção da nova igreja de Nossa Senhora da Penha. Para arrecadar fundos, promoveu-se uma peregrinação da Imagem de Nossa Senhora da Penha de 1 de Maio a 29 de Novembro de 1964, de casa em casa para a reza do
Ana Maria Henriques Médica Interna
Este ano de 2021 foi muito atribulado, com esperança de um ano normal, mas com as restrições a aumentarem. Muitas festas foram realizadas a medo, muitas canceladas. Infelizmente, alguns trabalhos foram perdidos, mas outros foram até melhorados. A rotina não voltou ao que era, talvez nunca mais volte, mas ainda podemos tirar lições positivas destes anos pouco positivos. O Médico de Família foi um forte interveniente na gestão da pandemia, sendo que foi uma descoberta para alguns utentes. Infelizmente, a realidade do seu (meu) dia-a-dia de trabalho leva a que seja difícil responder a todas as solicitações. A falta de médicos nalguns centros de saúde é principalmente por razões políticas e organizativas e a lista de utentes sobredimensionada leva a que nem todos os utentes confiem no seu médico de família. Todos os utentes que tenham médico de família atribuído tiveram uma boa oportunidade para o conhecer, a todos os outros pode ter servido para exigirem acesso a médico de família. Ainda são muito recentes as imagens das filas de ambulâncias, sendo que ficamos a perceber que o serviço de urgência pode mesmo não conseguir dar resposta às nossas necessidades. Este exemplo deveria servir para relembrarmos as regras de acesso ao serviço de urgência. Este serviço deve ser utilizado para resolver assuntos urgentes e emergentes, que não possam aguardar para serem resolvidos no Centro de Saúde ou noutros centros de atendimento permanente. Na prática, devemos recorrer à urgência se tivermos um problema que sur-
terço e colecta de donativos em dinheiro ou produtos para os leilões realizados na praça da igreja, com o leiloeiro fazendo o pregão em um palco improvisado sobre uma mesa onde se expunham os produtos; havia de tudo: bolos, doces, frutas, hortaliças, galinhas, frangos assados, garrafas de bebidas, etc. Em 10/10/1965 foi fundado o primeiro movimento jovem do bairro denominado AJU – Associação de Jovens Unidos. Sob a liderança do seminarista Antônio Carlos Rodrigues Vieira, chamado o Toninho rezador. Foi um momento do renascer cristão. Ali se formaram muitas novas famílias que ainda actuam nas comunidades e deixaram a boa semente cristã nos seus descendentes.
.agricultura.
DR
José Jordão Cruz Engenheiro Técnico Agrário
Videira Água Santa Sabemos que esta casta tinta foi criada pelo engenheiro Leão Ferreira de Almeida, em 1948, na Estação Agronómica Nacional (EAN). Por isso, é uma casta híbrida, isto é, resulta do cruzamento de duas castas puras. A EAN é o maior e mais bem apetrechado centro de investigação agronómica em Portugal. Por acaso, foi aqui que realizámos o nosso estágio académico, com a defesa da tese em genética vegetal, nos idos anos 78/79
do século passado. Coincidindo na altura do nosso estágio o nosso pai estar a instalar 1,5 ha de vinha na parcela chamada Pinheirinhos, na Rebolaria, neste momento a dita vinha já não existe, assim como a parcela de terreno pertence agora à freguesia da Golpilheira. Então, na altura, trouxe da EAN algumas castas para plantação da vinha, entres elas a Água Santa. Voltando à casta, ela é resultado do cruzamento das castas
giu nesse dia, grave e limitativo. Devido à obrigatoriedade do teletrabalho, muitas empresas adaptaram-se de forma rápida e extraordinária. Percebemos que muito trabalho pode mesmo ser realizado em casa, mas percebemos também que o contacto com os colegas e as (algumas) reuniões fazem falta para um bom dia de trabalho. Este salto tecnológico possibilitou a descoberta desta outra forma de trabalho e deixou abertura para escolher um método que satisfaça mais os trabalhadores e os empregadores. Alguns preferem o escritório diário, outros preferem alguns dias de trabalho em casa, outros acham necessário só algumas reuniões mensais. Para alguns trabalhadores nada mudou, mas para outros um novo mundo foi descoberto. Como o trabalho, também a escola sofreu muitas mudanças e experiências. Sendo que para as crianças e adolescentes a presença física na escola é essencial percebemos que outros tipos de formação são possíveis. Afinal, podemos fazer formação sem sair de casa e as crianças que tenham mais dificuldade em sair de casa podem assistir às aulas da mesma forma. Por outro lado, a dificuldade em gerir o tempo de exposição a ecrãs é um desafio que ficará. Resumindo, este ano estava cheio de grandes esperanças, mas foi desiludindo com o passar dos meses. Retirar as lições possíveis e projectar os planos a curto/médio prazo. Principalmente aceitar que os planos podem ser mudados a qualquer altura e que isso também pode ser bom. Que venha 2022!
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Touriga Nacional e Castelão, sendo uma casta muito produtiva e de grande vigor. Nunca nenhum agricultor nos encomendou esta casta, até ver. Mas, pelo que sabemos, o Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) tem trabalho a desenvolver no sentido de saber a aptidão vinícola de várias castas pouco conhecidas do grande público, nomeadamente, agricultores, para depois a aconselhar ou não a sua plantação.
Cabeleireiro & Estética
Desejamos a todas as clientes e amigas festas muito felizes!
Contacto: 244 815 818
MARGARIDA RITO Ed. Arcadas (frente) • Av. Marquês Pombal • LEIRIA
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
temas
. história .
Saul António Gomes Historiador
A História é feita de transformações e de mudanças. Em 1849, a Golpilheira integrava já o concelho da Batalha, depois de ter pertencido, muitos séculos, ao de Leiria. O Regime Liberal, triunfante após os acontecimentos militares que opuseram Miguelistas a Liberais, com a dura guerra civil que dividiu o país, entre 1832 e 1834, alterou significativamente os quadros dos senhorios das terras por todo o Portugal, desde logo porque se procedeu à expropriação da grande maioria dos bens eclesiásticos a favor do Estado. O processo de desamortização dos chamados “próprios nacionais” criou a oportunidade da transferência de muitas terras, até então de mosteiros e bispados, para propriedade de antigos inquilinos ou rendeiros. O sistema senhorial, que vigorara no Antigo Regime, todavia, só a pouco e pouco foi sendo definitivamente debelado e esquecido. Os dois casos que documentamos hoje, nas páginas deste jornal, dão testemunho do que afirmámos. Vínculos ou morgadios senhoriais, tão característicos das estruturas económicas e sociais do Antigo Regime, como o de João José de Faria Mascarenhas e Melo, da família dos Melo, Palha e Lacerda (doc. 1), permaneciam vivos ainda na região de Leiria, em meados de Oitocentos, o mesmo se aplicando aos direitos senhoriais da Mitra de Leiria – herdeira do antigo património do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que o acumulara, recorde-se, nos tempos medievais –, ambos com interesses patrimoniais na Golpilheira e no seu entorno (doc. 2). Doc. 1 1849 julho, 31, Leiria – Arrendamento, por um sexénio, de umas casas com quintal, situadas na Golpilheira, freguesia da Batalha, pertencentes aos bens do vínculo de João José de Faria Mascarenhas e Melo, de Lisboa, a Manuel Pereira Batalha, pela renda de 7 200 réis anuais, que o inquilino deveria pagar por dia de Natal. Arquivo Distrital de Leiria – Notariais de Leiria: V-60-D-42, fls. 48v-49. Arrendamento por 6 annos que faz o Illustrissimo Joaquim Augusto de Sá Gutterres desta cidade, como administrador da caza do Illustrissimo João Jozé de Faria Mascarenhas e Mello, a Manoel Pereira Batalha, da Golpilheira. Saibão os que este publico
instrumento de arrendamento virem que no Anno do Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil oitocentos quarenta e nove aos trinta e um dias do mez de julho, nesta cidade de Leiria e meu escriptorio, sendo presente o Illustrissimo Joaquim Augusto de Sá Gutteres, desta cidade, pessoa minha conhecida e das testemunhas ao diante nomeadas e assignadas que tãobem conheço que disseram ser o mesmo o próprio de que dou fé, por elle me foi dito na presença dellas que, na qualidade de administrador dos bens da caza do Illustrissimo João Jozé de Faria Mascarenhas e Mello, de Lisboa, pela procuração que tem de tutor do mesmo, o Illustrissimo Estevão Jozé Pereira Palha de Faria da Cunha, tãobem de Lisboa, a qual ao diante será copiada, arrendava e dava de arrendamento por tempo de seis anos inteiros a contar do primeiro de janeiro do corrente anno, e que hão-de findar em trinta e um de dezembro do futuro anno de mil oitocentos cincoenta e quatro, umas cazas e seu quintal no sitio e lugar da Golpilheira, freguezia da Batalha, que partem do Norte com Manuel Pereira Batalha, da Golpilheira, e do Sul com o caminho da Fonte, e uma caza chamada A do Forno pertencente ao mesmo predio, cujo arrendamento fazia ao dito Manuel Perira Batalha, do lugar da Golpilheira, pela renda certa em cada um anno de sete mil e duzentos reis em dinheiro de metal sonante, entregue nesta cidade ao administrador que for da mesma caza, livre de redizima ou de qualquer outro tributo prezente ou futuro para o senhorio, e que o primeiro pagamento da dita renda o fará elle rendeiro em dia de Natal do corrente anno de mil oitocentos e quarenta e nove, e o continuará a fazer em todos os mais anos deste arrendamento sem falta ou diminuição alguma; e com obrigação delle rendeiro conservar o predio no mesmo estado em que se acha, salvo o cazo de ruina não cauzada por elle rendeiro, mas sim devida ao tempo, sendo mais obrigado a bem cultivar o quintal; e que faltando o mesmo rendeiro a alguma destas condições ou deixando de pagar a renda um anno poderá ser despedido do arrendamento sem que possa pedir despeza alguma de bemfeitoria que porventura tenha feito no prédio. He obriga elle administrador pelos bens e rendas do senhorio a fazer-lhe bom e de paz este arrendamento durante os ditos seis anos dos eu ajuste, comtanto que nam deixe de [fazer] pontual satisfação á dita renda todos os anos e cumpra as mais condições desta escriptura. Segue-se a procuração: Estevão Joze Pereira Palha de Faria
MCR
Golpilheira, páginas da sua história Zona rural da freguesia
Lacerda, moço fidalgo com exercício etcª. Pela presente procuração por mim feita e assignada na qualidade de tutor de meu sobrinho Jozé João de Faria Mascarenhas e Mello, authorizo o Illustrissimo Senhor Joaquim Augusto de Sá Guterres para que na qualidade de meu procurador possa em meu nome, e como se presente estivesse, contractar arrendamento ou renovação do arrendamento das propriedades citas na cidade de Leiria e no termo pertencentes ao vinculo de que é administrador o meu dito sobrinho João Jozé de Faria Mascarenhas e Mello, e cujos arrendamentos finalizassem no prezente anno de mil oitocentos e quarenta e oito, segundo nesta procuração com valimento ate ao fim do futuro anno de mil oitocentos e quarenta e nove. Lisboa, vinte e seis de setembro de mil oitocentos e quarenta e oito. – Estevão Jozé Pereira Palha de Faria Lacerda. Certifico o signal assima. Lixboa vinte e oito de setembro de mil oitocentos e quarenta e oito. Logar do signal publico. Em testemunho de verdade. Antonio Simão de Noronha. Sendo tãobem prezente o rend [Fl. 49] rendeiro Manuel Pereira Batalha, da Golpilheira, pessoa minha conhecida e das testemunhas que assim o dicerão, por elle foi dito que aceitava esta escriptura de arrendamento por tempo de seis anos com todas as clauzulas e condição nella declaradas e que se obrigava por todos os seus bens presentes e futuros a pagar a dita renda todos os anos e ao cumprimento das mais condições desta escriptura. Em fé e testemunho de verdade assim o disseram, outorgarão, pedirão e acceitarão sendo testemunhas presentes e perante as quaes este por mim foi lido ao dito administrador e ao rendeiro, e que depois com os mesmos assignarão João Lopes, lavrador, do loguo dos Praceiros, Jozé Ferreira, carpinteiro do loguo da Faniqueira, e eu Irino Roberto Dias, escrivão e tabelião o escrevi e assignei em publico e razo. (Assinaturas) Em testemunho (sinal do notário) de verdade. O tabelião Irino Roberto Dias. Como procurador, Joaquim Augusto de Sá Gutterres. – Manoel Pereira Batalha. – João Lopes. – Joze Ferreira. Doc. 2 1850 novembro, 1, Leiria – Confirmação, feita pelo Bispo de Leiria, D. Manuel José da Costa, por
seu procurador, o Pe. José António de Almeida, da divisão de um prazo da Mitra, sobre certas terras na Ribeira da Golpilheira, a pedido de Ana Margarida, viúva, residente no Paço da Golpilheira, em ordem a poder ser herdado igualmente pelas suas três filhas. Arquivo Distrital de Leiria – Notariais de Leiria: V-60-D-44, fls. 45-45v. Escriptura de confirmação de divisão de prazo que faz o Exmº e Reverendissimo Bispo deste Bispado a Anna Margarida, viúva, do Paço da Golpilheira. Saibão os que este publico instrumento de confirmação de divisão de prazo virem, que no Anno do nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil oitocentos e cincoenta, ao primeiro dia do mez de novembro do mesmo anno, nesta cidade de Leiria e Paço Episcopal della onde eu escrivão e tabelião no Juizo de Direito da Comarca de Leiria vim, para o cazo deste instrumento, ahi sendo prezente o Illustrissimo Reverendo Padre Jozé Antonio de Almeida, capelão do Excellentissimo e Reverendissimo Bispo deste Bispado, Dom Manoel Jozé da Costa, pessoa minha conhecida e das testemunhas ao diante nomeadas e assinadas, que assim o disseram, por elle me foi dito que em virtude dos poderes que lhe forão concedidos pelo mesmo Excellentissimo e Reverendissimo Bispo, no dispacho inferido na petição que com ella ao diante será transcripto, confirmava e havia por este publico instrumento por confirmada a divisão de prazo que Anna Margariada, viuva, do Paço da [Fl. 45v] Golpilheira havia feito a suas tres filhas, por escriptura publica celebrada nas notas de mim tabelião aos vinte e seis de junho de mil oitocentos e quarenta e dois para que haja de ficar valendo e tenha inteiro e pleno vigor como se acha declarado na mencionada escriptura; sendo o requerimento que a imphiteuta devidamente fizera para esta confirmação e despacho que assim lhe difere como se segue: Diz Anna Margarida, viúva, do Paço da Golpilheira, que tendo mais seo defunto marido alienado outros bens para conservação e melhoramento d’um prazo em vidas foreiro em mil e trezentos e trinta e cinco réis à Mitra de Leiria, no sitio da Ribeira da Golpilheira, e não tendo a supplicante mais que este prazo que seo marido lhe nomeou e tendo três filhas não querendo deixar
alguma desherdada requere a divisão delle quando os bens da Mitra erão administrados pelo Estado e obteve a divisão na forma das três escripturas juntas; e pretende agora para inteira legalidade e firmeza da provisão que Vossa Excellencia se digne concederlhe a ratificação da mesma divisão como está feita. Pede a Vossa Excellencia se digne deferi-lhe na forma requerida. E receberá merce. Despacho. Confirmamos a divisão do prazo na forma requerida e constante da escriptura junta feita nas notas do tabelião desta cidade Irino Roberto Dias, aos vinte e seis de junho de mil oitocentos quarenta e dois e para assignar a escriptura desta confirmação concedemos os poderes necessários ao Reverendo Jozé Antonio d’Almeida, nosso capelão, devendo a requerente actual emphiteuta dar uma copia desta escriptura e outra da feita em vinte e seis de junho ambas para o cartório da Mitra. Paço Episcopal, dezassete de oitubro de mil oitocentos e cincoenta, Manoel, Bispo de Leiria. Sendo tãobem presente a mencionada Anna Margarida, viúva, do Paço da Golpilheira, pessoa minha conhecida e das mesmas testemunhas, por ella foi dito, perante ellas, que aceitava esta escriptura de confirmação e ratificação da divisão de prazo na forma nella declarada. Em fé e testemunho de verdade assim o disseram, outrogarão, pedirão e acceitarão sendo testemunhas presentes e perante as quaes este por mim foi lido ao autorizado, confirmante e aceitante de que dou fé. E que depois com aquelle assignarão Jozé Martins, do conselho de São Pedro do Sul, do logar de Fabarril, freguesia de Carvalhais, e Serafim Ferreira, do logar da Sevada, freguesia de São Vicente, concelho de Oliveira de Frades, ambos criados do mencionado Excellentissimo e Reverendissimo Senhor Bispo, residentes nesta cidade, pelo digo e a aceitante por não saber escrever assignou Joze Ignacio d’Assumpção, minorista, morador nesta cidade, e meo conhecido. E eu Irino Roberto Dias o escrevi e assignei em publico e razo. Em testemunho (sinal) de verdade. O tabelião Irino Roberto Dias. O Padre Joze Antonio d’Almeida. A rogo d’acceitante por não saber escrever, Joze Ignacio d’Assumpção. Joze Martins. – Da testemunha Serafim + Ferreira.
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
Conto
Uma prenda de sonho Havia um menino chamado Diogo que reciclava tudo porque andava na Escola da Golpilheira e tinha aprendido que se devia fazer assim. Na véspera de Natal, quando estava a pôr a embalagem de peru no ecoponto amarelo, pensou que seria um bom presente de Natal a visita à fábrica do Pai Natal. Imediatamente, o Pai Natal que adivinha o pensamento dos meninos, passou na casa do Diogo e deixou lá o presente ideal. À meia-noite, o Diogo foi abrir os presentes, com a sua irmã Francisca. Ao abrir o tal presente, viu que tinha lá dentro uma poção mágica de beber e outra de lançar. Ficou muito surpreendido e pensou guardá-las numa prateleira para quando precisasse. No dia seguinte, tinha acabado o Natal e quando ele estava a brincar com o seu carro, as poções caíram da prateleira e atingiram-no a ele e ao carro. Imediatamente, eles ficaram muito maiores! E o Diogo, espantado e feliz
ao mesmo tempo, pensou “agora posso realizar o meu sonho!” Então, começou a ligar o turbo do carro e, em cinco dias, estava no Pólo Norte. Quando abriu os olhos, viu a fábrica do Pai Natal! Seguiu um cheiro forte a bolachas e leite e, rapidamente, foi atraído à sala principal da fábrica. O Pai Natal apareceu, disse “oh! oh! oh!” e começou a falar com o Diogo que estava de olhos arregalados de tanta admiração!
Depois duma longa conversa, de repente, o Diogo começou a ficar mais pequeno. Seria das poções mágicas? Encolheu tanto que ficou do tamanho de um duende! O Pai Natal, que já não via muito bem, nem com óculos e também já estava um bocadinho surdo, o que não admira porque já é bem velhinho, deixou de o ver. Começou a chamá-lo e ele respondia que estava ali, mas com vozinha de duende, o Pai Natal não o ouvia! O Diogo decidiu, então, voltar para casa, rapidamente, desiludido por se ter transformado num duende. Quando já estava a chegar a casa, travou o carro tão de repente, que deu uma cambalhota e caiu no chão. Foi então que acordou e viu que tinha tido um sonho daqueles! Mas as poções mágicas continuam Laura Cunha guardadas na prateleira, talvez à espera do Diogo para o ajudarem a transformar o mundo num sítio muito melhor, mais justo, com um ambiente mais saudável. Alunos do 4.º ano do 1.º CEB da Golpilheira
Luísa Guerra
Beatriz Sousa
Francisca Chagas
Simão Ferreira
Poema de Natal O Natal É uma época especial É um festival Ninguém leva nada a mal! Nenhum Natal É igual. Mas é tudo real E, claro, especial! O Natal É para amar A família Os vizinhos Os amigos Sem parar. Se formos ao pinhal Buscar um pinheiro E encontrarmos um pardal Vestido de Pai Natal Não devemos ficar espantados Porque tudo é possível No Natal! Alunos do 4.º ano do 1.º CEB da Golpilheira
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sugestões de leitura
Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
CTT Correios de Portugal
À venda em www.ctt.pt
O meu álbum em selos Maria Inês de Almeida Ilust.: Micky
Os CTT – Correios de Portugal apresentam o quinto volume da coleção iniciada em 2017, “O Meu Álbum em Selos 2021”, que conta a história de “Tori & Companhia em Tempos de Pandemia”. Mais uma vez, o texto de Maria Inês de Almeida e as ilustrações de Micky fazem as personagens viver momentos divertidos e de grande aprendizagem. Em 2020 foi introduzida uma nova personagem e, perante o sucesso do Professor Cosmio, resolveu-se mantê-lo em 2021, continuando a apresentar curiosidades e a trazer boa disposição aos momentos partilhados com Tori e Pisco. Mas este novo volume conta com uma surpresa: este ano acrescenta-se um pequeno glossário filatélico para ajudar os mais jovens que entram neste universo. Desde há muito que são reconhecidas as virtudes do selo como fonte de informação sobre os mais diversos temas, desde os patrimónios natural e cultural do País às questões fundamentais do domínio internacional. Esta é uma edição bilingue que contém 12 emissões filatélicas, num total de 28 selos e uma folha miniatura, com uma tiragem de 2.500 exemplares. À venda nas lojas CTT ou em ctt.pt.
Inforletra
Pedidos para: joaquimsantos1972@gmail.com
Contributos Históricos - A imagem em Leiria Joaquim Santos
Mais uma obra do investigador Joaquim Santos. Trata-se do primeiro volume que irá retratar o século XIX e parte do século XX, até ao ano de 1945, estando em fase de preparação um segundo volume que abordará o tema daí até aos nossos tempos. Da fotografia que era apenas tirada por profissionais no século XIX, tornando-se objecto dos mais ricos e chegando ao povo como um espectáculo, até à evolução das técnicas e da chegada das máquinas para a população que passou a dispor da máquina fotográfica a partir das primeiras décadas do século XX. Esta é também uma homenagem aos fotógrafos, às casas de fotografia, aos cinemas antigos, até aos desenhadores de Leiria, a todos os protagonistas que fizeram da imagem da cidade o seu negócio ou o gosto de criar, através da magia visual de gerações e das transformações a elas associadas. Será o primeiro volume que irá até ao ano de 1945, estando em preparação um segundo volume que abordará os protagonistas da imagem em Leiria depois dessa data, até aos nossos dias.
Chiado Books
Pedidos para: vazpessoa@sapo.pt
Não se escolhe ser Sporting… nasce-se Leão Vaz Pessoa
Este é o décimo livro do poeta batalhense Fernando Vaz Machado e o segundo que dedica ao Sporting Clube de Portugal, o clube do seu coração, assinado sob o pseudónimo de Vaz Pessoa. Despois de “Rugidos em Leão Maior”, este “Não se escolhe ser Sporting… nasce-se Leão” apresenta «novas personagens, novas vitórias, novas abordagens que o poeta-escritor sentiu necessidade de brotar na arte escrita tão linda como o amar lindo e puro a este clube», escreve o autor no prefácio. «Sou sinceramente um leão, que ama este clube de coração. Neste universo de mais de três milhões de leões, resta-me a esperança de poder retractar não somente este clube mas a sua omnipotente nação. Nestes tempos correntes que ninguém quer dará a cara por algo, eu poderia ter ido por aí mas jamais meu coração e alma viveria em paz… palavra do Vaz». Assim, esta será uma obra especialmente interessante para os adeptos do SCP, que queiram celebrar os seus heróis desportivos e a grandeza deste clube, não apenas na modalidade do futebol.
Grupo Presença
À venda em www.presenca.pt
O Porquinho de Natal J.K. Rowling Ilust.: Jim Field
O Jack adora um brinquedo que tem desde que era muito pequeno, o DuPoco, também conhecido como DP, que esteve sempre ao seu lado, nos bons e nos maus momentos. Até que, numa véspera de Natal, algo terrível acontece: o DP perde-se. Mas a véspera de Natal é a noite dos milagres e das causas perdidas, uma noite em que todas as coisas podem ganhar vida… até os brinquedos. Por isso, o Jack e o Porquinho de Natal (o substituto do DP, que é muito irritante) embarcam numa viagem de cortar a respiração pela mágica Terra dos Perdidos. Com a ajuda de uma Lancheira falante, uma Bússola corajosa e uma coisa com asas chamada Esperança, eles tentam salvar o melhor amigo que o Jack alguma vez teve das garras do Perdedor, o terrível papa-brinquedos… De uma das maiores contadoras de histórias do mundo (autora de Harry Potter), chega uma aventura comovente e apaixonante, com ilustrações deslumbrantes de Jim Field, que irá seguramente tornar-se um clássico para toda a família.
O Regresso de D. Sebastião Abdul Rahman Azzam
No Verão de 1598, surgiu em Veneza um estranho que afirmava ser o rei D. Sebastião de Portugal, embora não fosse parecido fisicamente e mal falar português. Afinal, o rei teria morrido na batalha de Alcácer-Quibir, 20 anos antes. Por isso, foi considerado um charlatão. No entanto, uma investigação mais profunda revelou sinais corporais exactamente correspondentes aos do rei. E como poderia ele saber de tantos pormenores da sua vida, que só ele poderia conhecer? O corpo caído em batalha nunca foi encontrado, mas… onde teria ele estado desde então? O rei estava morto. O rei estava vivo. D. Sebastião, o Alexandre português, simbolizou as esperanças e os receios do reino. O seu nascimento resgatou a população da inquietude. Depois, a sua morte reduziu Portugal a uma neurose profunda. E, por fim, a sua ressurreição conduziu a população a um apocalíptico frenesim. O rei D. Sebastião teve quatro enterros! Ainda assim, recusou-se a morrer. De Veneza a Florença, de Nápoles a Lisboa, de Marrocos a Espanha, este livro recupera a sua história.
A Torre Maldita Roger Crowley
Esta é a história da última batalha dos cruzados na Terra Santa, o clímax sangrento de duzentos anos de cristianismo em terras do Oriente, quando o último bastião cristão caiu nas mãos do exército muçulmano em 1291. O cerco de Acre, em 1291, foi a última batalha sangrenta das cruzadas cristãs pela Terra Santa. Após seis semanas desesperadas, a cidadela sitiada rendeu-se aos mamelucos, pondo fim à aventura de duzentos anos da Cristandade no Médio Oriente. Este livro oferece-nos uma narrativa vívida sobre os acontecimentos que culminariam no cerco de Acre até à batalha final. Baseando-se em fontes árabes, bem como em documentos latinos que até agora não tinham sido traduzidos, Crowley argumenta que Acre se notabilizou pelos avanços técnicos em termos de planeamento militar e de guerra de cerco, destacando-se ainda pelo heroísmo dos seus defensores. Descrição arrebatadora da era dos cruzados, contada através dos seus dramáticos últimos momentos, uma nova visão sobre um ponto de viragem crucial na história mundial.
Confissões de uma miúda excluída, mal-amada e (um pouco) dramática Thalita Rebouças
A Tetê acaba de se mudar com a família para a casa dos avós em Copacabana, no Rio de Janeiro. O lindo e espaçoso apartamento da Barra da Tijuca no qual morava teve de ser vendido – com a crise, o pai perdeu o emprego e a vida dela ficou virada do avesso. Além de perder a privacidade, pois tem de dividir o espaço com cinco parentes malucos que discutem constantemente, a Tetê perdeu todas as suas referências. O lado positivo foi ter-se livrado da antiga escola, onde era vítima de bullying por causa da sua peculiar maneira de ser. E nem falemos da desilusão amorosa... O problema é que ela está apavorada, porque agora tudo será novo e estranho, com a nova escola e sem conhecer ninguém. Morre de medo de ficar excluída, de não fazer amigos ou de sofrer bullying novamente. Apesar de ser uma miúda divertida e bem-humorada, a Tetê não está nada bem. Ou talvez seja só um pouco de drama, porque no primeiro dia de aulas as coisas já parecem ser diferentes... Será que sair da zona de conforto e enfrentar os seus medos é o segredo da felicidade?
À venda em www.bertrandeditora.pt
Bertrand Editora
O primeiro amor de Dom Carlos Maria João Fialho Gouveia
Carlos e Amapola conhecem-se em Cascais, durante o Verão de 1879. Ela tem uma casa de férias no Monte Estoril, ele instala-se, como habitualmente, na Cidadela daquela vila. Amapola de la Gran Torre Caminha de Castro é uma fidalga luso-galega, de apregoadas grandes origens, mas estatuto mediano. Dom Carlos é o primogénito de Dom Luís I e de Dona Maria Pia e, como tal, o herdeiro do trono, futuro rei de Portugal. É esta a distância que os separa. Une-os, porém, o mesmo apego à arte e à cultura, nomeadamente à pintura, a que ambos gostam de entregar-se. E, sobretudo, enlaça-os uma paixão avassaladora, que os obriga a fugir juntos e a enfrentar as amargas consequências do seu desvaire. Uma azeda discussão vem interromper o seu idílio, a que logo se junta o inesperado noivado de Dom Carlos com uma princesa estrangeira. Apesar de desolada e de coração partido, Amapola é levada a desposar um antigo pretendente, e a vida do príncipe real e da fidalga luso-galega segue, aparentemente, em paralelo, sem pontos de contacto. Será?
O Último Beijo Mary Higgins Clark
A jornalista de investigação Gina Kane recebe um email de «CRyan» a contar uma «experiência terrível» enquanto trabalhadora da REL, uma importante estação de televisão de carácter noticioso - e Gina sabe que tem de investigar aquela história. Contudo, após Ryan cortar subitamente a comunicação Gina fica chocada ao descobrir que aquela mulher, tão jovem, morreu tragicamente num acidente em alto-mar durante as férias. Enquanto isso, Michael Carter, assessor jurídico da REL, dá por si numa posição delicada quando várias trabalhadoras da estação decidem vir a público denunciar casos de assédio sexual. Carter decide propor ao CEO da estação um plano para persuadir as vítimas a aceitarem um acordo extrajudicial em troca do seu silêncio. Uma estratégia perigosa, mas que poderá trazer-lhe uma grande compensação financeira. À medida que surgem mais acusações, as iniciativas de Carter para impedir que a história chegue às primeiras páginas dos jornais encontram rival à altura na determinação de Gina Kane para descobrir a verdade.
Pergaminho
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Mais Idade, Mais Energia Lise Bourbeau
Neste livro, com o subtítulo “Combater o stresse e o envelhecimento para viver mais e melhor”, esta conceituada autora ensina como todos podemos, independentemente da nossa idade, ter uma energia intemporal. O importante é ter o estado de espírito certo. Pôr em prática no quotidiano os métodos simples e claros que Lise Bourbeau apresenta, permitirá ao leitor estar sempre em forma e viver como um ser espiritual, em harmonia com o seu meio ambiente. «Já pensaste no que queres para ti quando tiveres setenta anos? Se ainda não o tiveres feito, olha em volta. Encontras gente mais velha que te inspire como modelo? Há pessoas que te provocam pena e com as quais não te queres parecer? Reserva algum tempo para fazeres este exercício. Ajudar-te-á a decidir o que queres ser. Sim, a escolha do verbo «DECIDIR» está correta, uma vez que nada se poderá manifestar sem que antes o tenhas escolhido, seja de forma consciente ou não. Saberás o que decidiste de facto quando agires em função do que queres», explica a autora.
!»
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sugestões de leitura • 33
Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
À venda em www.guerraepaz.pt
Guerra & Paz Editores A missão das cidades no combate às alterações climáticas
Sonda o meu coração no meio da noite
Em 2014, a população urbana global atingiu cerca de 4 mil milhões de pessoas, prevendo-se mais 2,5 mil milhões até 2050. As áreas urbanas geram mais de 75 % do PIB global, mas também cerca de 75 % das emissões de carbono. Para responder à grave crise ambiental que isto gerou, as organizações internacionais têm vindo a definir estratégias, agendas e metas para o clima, como os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, o Acordo de Paris, a Nova Agenda Urbana ou o novo Green Deal. Segundo Jorge Cristino, cabe cada vez mais às cidades o papel de implementar acções e medidas que contribuam para o êxito da saúde planetária e que envolvam mais as comunidades, através da cooperação multilateral e do trabalho em rede ao nível internacional, transnacional e intergovernamental. O gestor público na área do ambiente, apresenta neste livro uma abordagem original da crise climática, os problemas de sustentabilidade do planeta, o caminho feito e o que podemos e devemos fazer um futuro próximo para salvar o planeta.
Entre 1933 e 1945, inúmeros alemães presos e condenados à morte, por se oporem ao Terceiro Reich, deixaram, em cartas dirigidas a entes queridos ou em diários, apelos dramáticos contra a desumanidade e a barbárie do domínio nacional-socialista, mas também neles escreveram os seus agradecimentos, lamentos e reconciliações com a vida e com a fé. Essas anotações e correspondência foram, anos mais tarde, recuperadas e editadas num livro que homenageia a coragem dos que não compactuaram com a noite nazi. São mensagens de força, amor e esperança, de pessoas tão distintas quanto o filho de agricultores que recusou alistar-se nas SS, a escritora que usou o seu dom como denúncia, o professor universitário que alertou os alunos, o sacerdote que fez do púlpito altar da consciência ou os vários políticos, latifundiários e militares que participaram na intentona de 20 de Julho de 1944. São gritos de amor, fé, agradecimento, coragem, ousadia, pureza, democracia e esperança, os que se reúnem neste que é um dos livros mais emotivos do ano.
Anatomia da cunha portuguesa João Ribeiro-Bidaoui
A Guerra e Paz Editores e João Ribeiro-Bidaoui assinalaram o Dia Internacional contra a Corrupção, no passado dia 9 de Dezembro, com o relançamento do livro “Anatomia da cunha portuguesa – As figuras que as pessoas fazem”, publicado em 2020. Na obra, o jurista, sociólogo e diplomata apresenta-nos uma abordagem social da cunha, que resulta de uma exaustiva investigação que levou a cabo durante oito anos. O que é uma cunha? Existem cunhas justas e cunhas injustas? A nossa sociedade terá mais ou menos cunhas no futuro? Com recurso a entrevistas feitas a vinte protagonistas do espaço público português, entre jornalistas, políticos e dirigentes da administração do Estado, o autor responde a várias questões em torno das controversas redes de favorecimento no nosso país, assim como as justificações mais recorrentes e a percepção pelo outro das mesmas. Única na investigação científica para a sociologia da emancipação em Portugal, a obra vai certamente oferecer à sociedade civil um precioso contributo para a reflexão e denúncia de actos de corrupção.
Era uma vez um homem João Nuno Azambuja
«Este livro surpreende-nos pela extrema acutilância com que João Nuno Azambuja nos faz entrar no universo convulso e violento de um eu que, numa semana, irá revelar toda a dor e desencanto, toda a ironia e vontade de viver que a existência arrasta consigo. A intersecção de planos vários (…), o léxico brutal em diversos momentos, assim como a capacidade de escrever estados de consciência que ocorrem como fluxos ininterruptos de sentimentos díspares, desejo e suicídio, repulsa e compaixão, amor e desencanto, tudo parece ser convocado para páginas onde encontramos uma prosa perfeitamente em consonância com a nossa época. O monodiálogo, a capacidade para o registo polifónico, a agudeza com que se desmontam problemas vários do nosso quotidiano (economia, política, religião, cultura, filosofia…), tudo se mostra num discurso visceral, excessivo no tom de furiosa sinceridade com que João Nuno Azambuja ataca um dia-a-dia que só pode ser dito dessa forma.» – António Carlos Cortez
Desamor Nuno Ferrão
Neste novo romance, o escritor e jornalista Nuno Ferrão narra um amor impossível com o distanciamento e a sobriedade dos tímidos. No prefácio, assinado por Ana Bacalhau, a cantora que deu voz aos Deolinda, explica o que a apaixonou nos dois protagonistas e o que os fez apaixonar-se um pelo outro: «Começamos a conhecer Leonardo, a personagem principal, e percebemos que, nisto de amores, ele é mais o equivalente ao anti-herói: aquele que nunca conheceu uma história arrebatadora, que sempre andou no assim-assim, ou na tragicomédia dos que não têm jeito para viver histórias de amor como as que se contam nos livros. […] O café de bairro é o centro da sua vida. O local que procura para se escapar do que houve ou do que vai haver. […]. Não é de estranhar que aquela que lhe faz balançar o coração no peito, depois de alguns encontros fortuitos no café, se chame Constança. É essa constância da vida de todos os dias que um dia nos apanha desprevenidos e nos arrebata o coração.»
Helmut Gollwitzer, Käthe Kuhn e Reinhold Schneider (eds.)
Novo livro de poesia dedicado ao SCP O batalhense Fernando Jorge Vaz Machado, que se apresenta como “poeta-escritor”, acaba de dar à estampa mais um livro de poesia, o 10.º que publica. Com o título “Não se escolhe ser Sporting… nasce-se Leão”, é já o 2.º que dedica ao clube do seu coração, o Sporting Clube de Portugal, assinado com o pseudónimo de Vaz Pessoa. Fizemos-lhe algumas perguntas para conhecer melhor este livro e a sua obra em geral.
História de Portugal à la Carte António Botto Quintans
No domínio do impossível tudo é possível e nas noites mal dormidas de António Botto Quintans ainda mais. «Insónias e desassossego. Tudo me aconteceu. Tempos de pandemia. Tendo dedicado os últimos anos da minha vida a assuntos tão sérios, como os livros, nem por isso deixei de ser quem sou. Gosto de rir. Foi então que me lembrei de viver e recordar histórias que me descontraíam. Histórias que me faziam rir. Histórias que me faziam viver.» Histórias que se riem da História, como a de D. Dinis e o Festival da Canção de 1978, ou a de D. João II, que compareceu num jantar no Coliseu dos Recreios vestido com um fato de Manuel Luís Goucha, ou do perfume Old Spice que D. Catarina de Áustria ofereceu ao seu marido, D. João III, em 1521. A inspiração veio de um noticiário televisivo: «Quando, numa reportagem de televisão, um indivíduo respondeu que o primeiro rei de Portugal foi Ramalho Eanes. Não. Não se pense que ri. Mas pensei: Ora aqui está um belo argumento para uma bela história.» E são mais de 30 as histórias que o autor nos conta.
Azulejos – O grande painel da História Victor Sousa Lopes
DR
Jorge Cristino
Entrevista a Fernando Jorge Vaz Machado
Este é já o 10.º livro que edita. O que o motiva a escrever? O processo criativo é fácil? Escrever é minha essência. Ao escrever sacio a minha sede. Partilhar arte escrita num dom divino que tento partilhar, apesar de cada vez mais ver que muita gente é gente... e poucas pessoas existem. O processo criativo é difícil e, por vezes, quase impossível ao ser humano normal. Para mim é fácil, vivo constantemente inspirado. Neste livro sobre o Sporting, o que podemos encontrar? Este é o segundo livro sobre esta instituição nacional... o Sporting Clube de Portugal. Debruça-se sobre todo o universo leonino. O tema já lhe mereceu dois livros… é um dos seus favoritos? Sim, é dos meus temas preferidos. Eu amo o Sporting Clube de Portugal.
Esta é uma viagem por Portugal e pela nossa história através dos azulejos. Caso único de decoração arquitectural, reveste estações de caminho-de-ferro, igrejas, conventos, palácios, fachadas, muros e bancos de jardim, alterando e embelezando profundamente a paisagem. Ao narrar a evolução do azulejo ao longo dos séculos, esta obra apresenta uma temática multifacetada e exaustiva: desde processos de fabricação e centros de produção, passando pelas diferentes tipologias e técnicas, sem esquecer a referência a várias gerações de artistas, pintores-azulejadores. O autor convida-nos ainda a visitar 52 monumentos e edifícios portugueses, num capítulo em que é feita uma análise pormenorizada, com recurso a fotografias a cores, de mostruários, universidades, palácios, casas senhoriais e solares, conventos, mosteiros, catedrais, igrejas, capelas e ermidas, em diversos pontos do território português. Um livro acessível a todos aqueles que queiram conhecer uma das peças icónicas da cultura portuguesa.
Que outra temática o inspira? Inúmeras temáticas. Já fiz poemas sobre o tema do concelho da Batalha e de todas as temáticas e de géneros literários.
O mundo como ele é
Está a preparar mais algum trabalho para breve? Além dos dez livros editados, tenho mais sete em carteira.
Ulf Danielsson
Especialista em teoria das cordas e cosmologia, este físico sueco e professor da Universidade de Uppsala tem a matemática como um instrumento absolutamente necessário. Ainda assim, afirma que as descrições do mundo baseadas em estudos matemáticos não passam de tentativas humanas de o representar. «Tenho um segredo para contar: os seres vivos não são máquinas, não existe matemática fora das nossas cabeças, o mundo existe e não é uma simulação, os computadores não conseguem pensar, a nossa consciência não é uma ilusão e a nossa vontade não é livre.» Uma importantíssima mensagem que o cientista nos deixa neste livro, onde apresenta uma nova abordagem, com argumentos originais de grande relevância, defendendo que Descartes estava equivocado quanto à sua teoria do dualismo corpo-alma. Para o autor, a mente (novo nome da alma) é inseparável do corpo e a física terá muito a aprender com a biologia, que unificou, sem grande matemática, a prodigiosa variedade do mundo vivo.
O que o leva a querer partilhar com os outros o que escreve? Partilhar é dar. Eu partilho, eu dou. Nunca plagio e sou capitão da minha alma. Quais as principais dificuldades que tem para editar estes livros? As dificuldades inerentes são os apoios económicos. Sem apoios, muitas ideias ficam na gaveta. Tem tido reconhecimento dos leitores? Tenho tido muito reconhecimento dos leitores. Tenho leitores de 126 países e dos continentes todos. Meus livros circulam em 32 países dos cinco continentes. Paradoxalmente, é muito bom ler o que se dá, mas comprar pouco em relação ao que se lê. O artista vive da compra.
Qual o sonho que gostaria de atingir como escritor? Ganhar prémios literários… que mais tarde irei ganhar. Mas prémios literários grandes; e não são sonhos, são realidades que mais tarde irão acontecer... Uma mensagem final… Queria agradecer ao senhor Luís Miguel Ferraz o apoio ao poeta-escritor Vaz (Pessoa).E queria dizer a este edil da Câmara Municipal da Batalha que me reconheça o valor em vida e não depois de morto, e não terem o meu quarto como Museu Fernando Jorge Vaz Machado ou transladarem meus ossos para o futuro Panteão na Batalha no mosteiro de Santa Maria da Vitória, somente após o falecimento. Não quero estátua, porque obrarem-me em cima já bastou em vida nesta sociedade que não protege os avançados... Muito obrigado, Jornal da Golpilheira. Muito obrigado, povo da Golpilheira.
poesia/ /diversas
. Poesia . O Natal é o alimento humano Nasceu o Natal nasceu o menino Jesus o mundo devia sentir tal para dar o valor à sua Cruz. O Natal é quadra sagrada que a família vive em união é noite de consoada na mesa não faltará o pão. É uma noite diferente uma noite de fé e esperança alegra-nos a nossa mente é o carinho de cada lembrança. É noite de confiança de um aparente segredo fica feliz a criança pelo simples brinquedo. É Natal chora um menino à beira de uma estrada é pena tão pequenino, chora porque no sapatinho nada. Na rua cheira a fogueira enquanto sentir Natal estarei de pé abrirei a minha carteira com dignidade e fé. De dádiva de fé e esperança é uma quadra de tristeza e alegria transmite nessa noite a mais linda lembrança dando carinho e amor será Natal nesse dia. É uma noite linda e especial vivida em família reunida há muita gente sem saber o que é Natal por essas ruas perdida. A vida para muitos uma beleza sem casa sem mesa sem um naco de pão será uma noite de enorme tristeza só não sente quem não tem coração. É Natal cada vez mais vazio vai-se perdendo o costume que haja aconchego para o frio e uma boa lareira com lume. José António Carreira Santos
De cada vez De cada vez que nasces e acordas em mim o tempo, volto a sentir-Te novo, volto a querer-Te sempre, como em eterno momento. De cada vez que me chamas, como num choro anormal, sinto que sempre viveste, que sempre estiveste presente qual presente de Natal. Luís Miguel Ferraz
Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
Noite de Natal Natal, tocam os sinos Natal simboliza toda a beleza Natal alegra muitos corações Natal é o encanto da linda natureza. Natal é uma palavra tão singela Que sentimos no íntimo do nosso coração, Natal para uns é o sofrer e a tristeza Natal para outros é alegria e satisfação. Sentimos no nosso íntimo Algo em cada um de nós, Natal é dos pequeninos Ouvindo um lindo hino Uma sinfonia, com alegria em alta voz. Dai ânimo aos famintos e aos que choram! Onde há guerras, haja paz, humildade e sinceridade, E a todos os governantes do mundo inteiro Trabalhem com amor, dedicação e a sincera verdade. Noite de Natal Natal convivem os sorrisos do amor, Natal para muitos é todos os dias Unidos é o Natal do nosso redentor. Desejo à minha família e a todas as famílias de Portugal e do mundo inteiro, também ao director e à equipa da edição e colaboradores do Jornal da Golpilheira um Santo e Feliz Natal e boas entradas do Ano Novo, felicidades, saúde e união de todos os povos. Cremilde Monteiro
Um beijo no Universo
DesenhodaMelita
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Salão Paroquial
Batalha
Na imensidão Do espaço No Universo Procuro um lugar Não importa Se é físico Metafísico Não comporta A imaginação Somente ela Dela Eu viajo a regra e traço Perdido Sozinho, ao pé de ti Liberto deste reverso Desta dor No teu amor No teu amar Na ternura De isto ser loucura De isto ser paranormal Afinal Sem sentido Sem outro cariz Simplesmente ser feliz No teu regaço Vaz Pessoa
23 de Janeiro de 2022 09h00-13h00 CARTÓRIO NOTARIAL DA BATALHA Notária: Sónia Marisa Pires Vala
Certifico, para fins de publicação, que por escritura lavrada hoje, exarada de folhas trinta e cinco a folhas trinta e seis, do Livro Duzentos e Setenta e Dois - B, deste Cartório. Júlio Carreira da Cunha, NIF 154 509 353 e mulher Maria Emília Silva de Oliveira, NIF 125 334 818, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, residentes em Perulheira, São Mamede, declaram que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, do prédio urbano, composto de casa de habitação de r/c, anexo de palheiro, currais e pátio, com a superfície coberta de setenta e oito metros quadrados e páteo com a área de dezassete metros quadrados, sito na Rua de Fátima, Casal Velho, freguesia de São Mamede, concelho da Batalha, a confrontar de norte com Manuel Jorge, de sul e poente com Manuel da Cunha, e de nascente com caminho, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Batalha, inscrito na matriz sob o artigo 292, com o valor patrimonial de €2.953,65. Que os justificantes adquiriram o identificado o prédio, no ano de mil novecentos e setenta e três, por partilha verbal por óbito de Francisco Jorge, viúvo, residente que foi em Casal Velho, São Mamede, Batalha, não dispondo, assim, os justificantes, de qualquer título formal para o registar na Conservatória, mas desde logo entraram na posse e fruição do mesmo. Que em consequência daquela partilha verbal, possuem, o referido prédio em nome próprio há mais de vinte anos sem a menor oposição de quem quer que seja desde o seu inicio, posse que sempre exerceram sem interrupção e ostensivamente com o conhecimento de toda a gente e a prática reiterada dos atos habituais de um proprietário pleno, ocupando o prédio, nele fazendo benfeitorias e dele retirando todas as utilidades de que é suscetível, com a conservação e defesa da propriedade, pagamento das contribuições e demais encargos, pelo que, sendo uma posse pacífica, contínua, pública e de boa-fé, durante aquele período de tempo, adquiriram o referido prédio por usucapião. Batalha, nove de novembro de dois mil e vinte e um. A funcionária com delegação de poderes Liliana Santana dos Santos – 46/8 Jornal da Golpilheira, edição n.º 270, 8 de Dezembro de 2021
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OBITUÁRIO
Informamos que a publicação dos agradecimentos por ocasião de falecimento é gratuita para naturais e residentes na Golpilheira. Publicaremos apenas quando nos for pedido pelos familiares ou agências funerárias.
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
. Tintol & Traçadinho .
. telefones úteis . 112
Número europeu de emergência Bombeiros Voluntários da Batalha G.N.R. Batalha Junta de Freguesia Golpilheira Câmara Municipal Batalha Centro de Saúde da Batalha Centro Hospitalar N. S. C. - Brancas Escola Primária da Golpilheira Jardim-de-Infância da Golpilheira Agrupamento Escolas Batalha Correios (CTT) - Batalha Mosteiro de Santa Maria da Vitória Águas do Lena (Piquete: 939 080 820) Táxis da Batalha Centro Recreativo da Golpilheira Linha de Saúde Pública Linha de emergência Gás EDP - Avarias (24 horas) SUMA - Levantamento de “monos”
A mulher do Salgado não sabe de nada, a mulher do Rendeiro não sabe de nada, a mulher do Pinho não sabe de nada…
244 768 500 244 769 120 244 767 018 244 769 110 244 769 920 244 769 430 244 766 744 244 767 178 244 769 290 244 769 101 244 765 497 244 764 080 244 765 410 244 768 568 808 211 311 808 200 157 800 506 506 244 766 007
Carlos Meneses | LMF
… já as mulheres do Sócrates também não sabiam de nada…
...só a minha e a tua é que sabem de tudo e mais alguma coisa!!!
Inocências
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. ficha técnica Registo ERC . 120 146 / Depósito Legal . 104.295/96 Estatuto Editorial: jornaldagolpilheira.pt/about Director . Composição . Luís Miguel Ferraz (CP 5023) Equipa JG . Adelino Rito, Ana Margarida Rito, Ângela Susano, Cristina Agostinho, Isabel Costa, Miguel Santos. Colaboradores . Ana Maria Henriques, António Ferraz (assinaturas), Carolina Carvalho (secretária), Cremilde Monteiro, Fernando Vaz Machado, Joaquim Santos, José António Santos, José Eusébio, José Jordão Cruz, José Travaços Santos, Márcio Lopes, Saul António Gomes. Propriedade/Editor . Centro Recreativo da Golpilheira (Instituição Utilidade Pública - D.R. 239/92 de 16/10). NIF . 501101829. Presidente: Fernando Figueiredo Ferreira Sede proprietário/editor/redacção . Centro Recreativo da Golpilheira - Estrada do Baçairo, 856 - 2440-234 Golpilheira . Tel. 910 280 820 / 965 022 333. Composição. Est. do Vale, 100 - 2440-232 Golpilheira Impressão . Empresa Diário do Minho, Lda . - Rua Santa Margarida, 4A - 4710-306 Braga - Tel. 253303170 . Tiragem desta edição . 900 exemplares Sítio: www.jornaldagolpilheira.pt Facebook: facebook.com/jgolpilheira Instagram: instagram.com/jornal_golpilheira Twitter: twitter.com/jgolpilheira E-mail: geral@jornaldagolpilheira.pt
Presépios
Tradição antiga pelo fundo fora – desde que São Francisco de Assis se lembrou de recriar ao vivo a cena do nascimento de Cristo, em 1223, na aldeia de Greccio, na Itália – o presépio faz parte do imaginário natalício, mais do que qualquer outra decoração ou enfeite. Também nos lares portugueses, a construção do presépio era o momento que marcava o início da quadra natalícia e a primeira ocasião de encontro e celebração familiar. Com a pressa e o consumismo dos tempos modernos, em que tudo de compra feito e em que outros bonecos mais coloridos vão substituindo a simplicidade do menino Jesus numa manjedoura, já haverá muitas casas sem este hábito de fazer pelas próprias mãos o cenário da gruta de Belém. É sempre bom, por isso, ver famílias que continuam a tradição e que transmitem às crianças essa bonita vivência do Natal que vem dos avós dos avós dos avós dos avós (…) dos nossos avós…
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. recordar é viver .
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No passado dia 7 de Novembro realizou-se um “Encontro de Amigos do CRG”. A primeira vez que se organizou um almoço com esta designação foi a 19 de Abril de 1997. Na edição deste ano de 2021, fez-se uma homenagem ao Manuel Rito e colocou-se a sua fotografia em azulejo no Quadro de Honra. Ora, foi naquele 1.º Encontro de Amigos que se inaugurou esse Quadro de Honra, com a imagem em azulejo do sócio que ofereceu o terreno para a colectividade, Pedro Meneses, que foi homenageado nesse evento (era presidente da Assembleia Geral do CRG, cargo que desempenhou até à sua morte, em 30-03-2016).
Deseja a todos Feliz Natal e um bom Ano de 2021!
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de Joaquim Vieira
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Jornal da Golpilheira • Novembro / Dezembro de 2021
natal
Animação nas ruas da Vila
Um túnel luminoso, com mais de 6 metros de altura e uma extensão de 40 metros, constitui uma das principais novidades deste ano do Natal da Batalha, que diariamente projectará na Praça Mouzinho de Albuquerque milhares de luzes e música natalícia sincronizada, com motivos e formas alusivas a esta quadra festiva. O programa “Batalha, a Maravilha do Natal” engloba dezenas de actividades vocacionadas para os mais novos e para as famílias, com destaque para a instalação de um Mercadinho de Natal na mesma praça, onde participarão produtores locais e associações concelhias com a venda de produtos tradicionais. No edifício Mouzinho de Albuquerque, o público infantil poderá participar em oficinas temáticas alusivas à “Biblioteca do Pai Natal”, espaço concebido para a dinamização de trabalhos associaPUB
DR
“Batalha, a Maravilha do Natal”
Túnel de luz e som
dos à temática natalícia, como livros e decorações. A iniciativa oferece ainda aos visitantes a possibilidade de viajar pela Vila num comboio natalício que circulará aos fins-de-semana e feriados, sempre com acesso gratuito e ao longo do mês de Dezembro. A magia do Natal vai fazer-se também sentir com a iluminação das principais ruas da vila e a instalação, na Praça
do Município, de um magnífico carrossel infantil, do tipo parisiense, que deslumbrará o público infanto-juvenil. O Auditório Municipal recebe, nos domingos 5, 12 e 19 de Dezembro, sessões gratuitas de cinema infantil, com destaque para a exibição de “D’ Artacão e os Três Moscãoteiros”, “Mundo Secreto dos Dragões” e “Volta ao Mundo em 80 Dias”. PUB
Destaque ainda para os concertos de natal que se realizaram na Igreja do Mosteiro da Batalha, nos dias 8, 11 e 17 de Dezembro, com a participação da Orquestra Clássica do Centro, das classes de formação do Orfeão de Leiria e da Filarmonia das Beiras. Referência ainda para as actividades desportivas que integram o programa de Natal na Vila da Batalha, com a realiza-
ção da prova de Atletismo “São Silvestre”, a 18 de Dezembro, sendo esperada a participação de mais de mil atletas, numa organização do Atlético Clube da Batalha, e, no dia seguinte, mais uma edição do Passeio Solidário de BTT “O Natal na Batalha tem mais Brilho”, iniciativa realizada pela Associação Batalha Bikers e inclui a oferta pelos participantes de bens solidários à Loja Social da Batalha. Para Raul Castro, presidente da Câmara da Batalha, o programa “Batalha, a Maravilha do Natal” pretende associar a Vila à dinamização desta quadra festiva, em que o comércio tradicional assume particular relevância, razão pela qual a autarquia entende importante realizar estas actividades”. Pretendendo, “futuramente assumir a quadra natalícia como um dos programas em que a Câmara da Batalha irá apostar, numa lógica de forte articulação com o tecido empresarial, com as associações e outras entidades, por forma a termos capacidade de atracção de público à Vila e ao Concelho”, enfatiza o autarca.