JORNAL DE ARARAQUARA
PT é denunciado de novo A
M E L H O R
Ed. Nº 1.117 - Araraquara, 11 e 12 de outubro de 2014
D
esta feita, por delatores de domínio público, PT volta a ser denunciado. Caderno Poder, da F.S.P.-10/10, afirma que
F O T O G R A F I A
D A
S E M A N A
R$ 2,00
“as novas revelações sobre corrupção na Petrobras foram recebidas como tiro de canhão pela campanha de Dilma Rousseff. Aliados ad-
mitem que haverá desgaste, mas tentarão blindar a presidente de escândalo até a votação. PT teme que as novas acusações acirrem ânimos
de eleitores, mas pretende reforçar o discurso de que Dilma combate corrupção. Além disso, dirá que o tesoureiro petista João Vacca-
ri, citado nas delações, não tem ligação com a campanha e o governo”. Do editor: Campanha Dilma
Rousseff tem como tesoureiro o deputado araraquarense Edinho Silva que não tem nada desabonando sua conduta.
doso jogador retrucou: “mas o senhor já combinou isso com os adversários?”. De novo, a candidata eleita para Alesp, Márcia Lia, afirma
que o companheiro Edinho (caso Dilma perca) voltará para ser o prefeito de Araraquara. Márcia ainda não combinou com a maioria
dos eleitores, eis que contabilizou na cidade pouco mais de 20 mil votos como deputada. Segundo analista político, creditado no J.A. “essas
incursões sobre o futuro de Edinho Silva, apresentadas com suposta arrogância, prejudicam a imagem do deputado que teria subesti-
mado a importância existencial do P.R.A. (Partido da Região de Araraquara) visando o bem-estar da população regional”.
Edinho Silva é “próximo prefeito” H
istória futebolística diz que o técnico chamou Garrincha para explicar como furar defesa adversária e fazer o gol. O sau-
M
ais um episódio sobre a discutível necessidade de governabilidade, através da cooptação de vereadores, é espelhado com o retorno de Geicy Sabonete à Câmara de Vereadores. Se o prefeito Marcelo Barbieri não
tivesse corporificado esse vício da democracia representativa (vereadores subordinados ao Executivo para garantir maioria em plenário) a Secretaria de Esportes teria um técnico, um especialista não necessariamente
vereador que pode ser instável. Essa a razão de conceitos inseridos na coluna “Bastidores” antes da decisão do aludido representante do povo que teria consultado um deputado “de fora” antes da decisão. Página 6
Festa do Havaí
Prefeitura faz festa através de parcerias com empresas. A “Festa do Havaí” de Santa Lúcia acontecerá entre 13 e 16 de novembro. No entanto, a um mês do evento, o Fundo Social de Solidariedade inicia os preparativos. Segundo o prefeito Antônio Sérgio Trentim caberá ao Fundo Social a comercialização de todos os espaços da praça de alimentação desta festa tradicional. “Vamos trabalhar para fazer uma festa a custo zero para o município. A população sabe que a Prefeitura passa por dificuldades financeiras que afetam a maioria das cidades brasileiras. Mas, o nosso caso, é mais complicado: Santa Lú-
O
Trentim e presidente do Fundo Social Paula Ortiz
cia é a cidade que menos arrecada na região”, afirma o prefeito Trentim. Além de comercializar os espaços na praça de alimentação, o Fundo Social irá buscar patrocinadores e colaboradores. A expectativa da presidente do Fundo Social,
Paula Ortiz Trentim, é grande: “esperamos repetir o sucesso do ano passado cujo montante foi destinado para aquisição de brinquedos no final do ano às crianças do município, com idade de zero a 10 anos”. Mais notícias de S. Lúcia à página 5.
A Poupança Pública
Antonio Delfim Netto
fato mais desagradável desse primeiro turno da campanha eleitoral - tanto para a presidência da República como nas disputas para a governança estadual e cadeiras do Legislativo - foi o domínio dos marqueteiros que usaram a publicidade de forma lamentável: as campanhas foram transformadas numa produção de clips que contavam histórias muito duvidosas: os candidatos não se expuseram, não apresentaram aos eleitores suas ideias: ao contrário, cuidadosamente as esconderam, de forma que não houve debate, mas um “disse-medisse” que em nada poderia ajudar no esclarecimento dos cidadãos. Esse foi o quadro geral do primeiro turno que terminou nas urnas do dia 05 de outubro. No “andar de cima” - ou na principal cobertura, se desejarem - nenhum dos candidatos à chefia do governo federal se arriscou a sugerir como vai resolver o problema básico de gestão da economia no Brasil. E isto deveria ser tema principal de qualquer debate, quando os candidatos mostrariam que sabem como aumentar a poupança do governo. É uma das respostas que os elei-
tores devem exigir de ambos os candidatos: que digam o que farão para aumentar a poupança. Temo que nos debates deste segundo turno vá continuar a teatralização, sob o domínio dos marqueteiros e nenhum dos candidatos se decida a provocar a discussão desse problema fundamental da economia brasileira. É preciso que eles esclareçam de que forma vão aumentar a poupança pública, pois esta tem sido a tragédia nacional do nosso tempo: os governos “despolpam” e o setor privado poupa; com a murcha do PIB a poupança do setor privado caiu muito enquanto a “despoupança”do governo continuou acontecendo nas mesmas dimensões de antes, com o Brasil investindo 17% do PIB; e quem investe 17% do PIB só pode, mesmo, colher um crescimento de 2% do PIB. Não adianta tergiversar, prometer reforma tributária e tal e qual, pois não vão fazer mesmo. Em segundo lugar é preciso dizer como vai por em marcha outra vez o setor industrial que vem sendo destruído pela insistência nas políticas de combater a inflação com o câmbio. São questões que gostaríamos de ver os dois candidatos no debate da TV discutindo pessoalmente ago-
ra, frente a frente. Uma terceira questão que poderia participar dos debates é porque a economia brasileira vem mantendo taxas de crescimento tão baixas ao mesmo tempo em que vivemos uma situação em que praticamente não há desemprego? Uma explicação é que nos últimos quatro ou cinco anos absorvemos os trabalhadores com rendimento salarial abaixo de 2 Mínimos e reduzimos o desemprego na faixa de salários acima de dois mínimos; ou seja, absorvemos a mão-de-obra não qualificada, o que é muito bom, apesar de se tratar de uma mão-de-obra menos produtiva. Esses fatos colocam uma questão que seria interessante debater, qual seja a do quanto precisamos aumentar o esforço para dar mais educação e pôr mais capital por trabalhador para aumentar a produtividade desse enorme contingente que ingressou no mercado de trabalho. É uma excelente oportunidade para se discutir as manifestações deste fenômeno muito mais profundo que é a incapacidade do Brasil de voltar a crescer se não modificarmos a sua poupança, no nível macroeconômico.
Parceria
Colégio Progresso de Araraquara faz homenagem à Rede Pitágoras pelo prêmio de reconhecimento público. Página 8