Edição 1.329
05 a 08 de janeiro de 2019 (Edição Digital)
J
ornal Diário da Causa Operária e prefeito Edinho Silva elaboram reportagem referente a suposto impeachment (estaria sendo gestado pela Câmara Municipal de Araraquara), mas, a população ignora, não sabe informar porque, na verdade, não existe nada de
“
Publicação de reportagem pelo jornal Diário Causa Operária, elogiado pelo prefeito de Araraquara.
Com a posse do presidente Jair Bolsonaro, o jornal Diário Causa Operária parece colocar Araraquara como a última trincheira do PT, entrevistando Edinho e insinuando que a Câmara Municipal estaria agindo para pedir seu impeachment. O mesmo jornal cita a criação (fantasiosa) de um Comitê de Luta Contra o Golpe de Araraquara.
Diz noticiário da rede social: “tabloide publicou quinta-feira (27/12) uma reportagem com o prefeito Edinho Silva (PT) e que certamente vai gerar novas polêmicas sobre a conturbada trajetória política do líder petista em Araraquara. O jornal que apresenta em sua logomarca a foice e o martelo, emblema tido como símbolo da ideologia comunista utilizado nos brasões e bandeiras da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), da China, do Vietnã, de Angola e da Coreia do Norte fez
uma série de perguntas ao prefeito de Araraquara. Em uma delas, de forma subliminar o jornal parece conduzir o prefeito Edinho a ter conhecimento sobre um suposto movimento de “impeachment” para tirá-lo da prefeitura. Ambos deixam transparecer que se trata de uma pergunta combinada caminhando para a mesma rota de Dilma e Lula – golpe. O repórter pergunta: “A direita, que controla a Câmara Municipal, também quer te derrubar por meio de impeachment. Você não acha que isso é um golpe e está ligado a essa perseguição que acabou de relatar?”
Edinho Silva responde colocando mais dúvida, caso efetivamente deu essa entrevista tão fora da realidade: “Eu penso assim, esse é um tema que ele não aparece publicamente na Câmara, ele aparece muito mais nesses se-
Editor Geraldo Polezze
INCRÍVEL concreto. Trata-se de uma fantasia que congestiona a linha do bom senso: afinal o que desejam com a propagação de deslavada mentira? O editor do J.A. indaga a jornalista Priscila, chefe da assessoria de imprensa do prefeito
Edinho, sobre a motivação desse noticiário. Ela diz tachativamente que “a resposta do prefeito desfaz a hipótese (do impeachment)”, mas, deixa de opinar sobre texto ilusório. Material da RCIARARAQUARA (editado pelo jornalista Ivan Roberto Peroni)
Nem com bola de cristal se entende entrevista da Rede Social cheia de interrogação
tores de direita emergente da política brasileira que são supostos movimentos de direita ancorados em partidos que, inclusive, alguns nem tem representação na câmara”.
A REPORTAGEM
O nosso portal apresenta na íntegra a reportagem publicada, que embora longa é de interesse da comunidade. A entrevista ocorreu na semana passada e foi publicada pelo Diário Causa Operária Online. “O Diário Causa Operária Online e o Comitê de Luta Contra o Golpe de Araraquara (SP) entrevistaram, no último dia 03, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT). Ele, que foi ministrochefe da Secretaria de Comunicação Social (2015-2016) no governo Dilma Rousseff e, antes disso, havia sido tesoureiro da campanha da ex-presidenta em 2014, estaria sendo perseguido pela direita e o Judiciário, em um pro-
cesso abertamente fraudulento para tentar derrubá-lo da prefeitura da cidade e como pano de fundo para atingir Dilma. Nesta entrevista exclusiva, Edinho fala sobre sua perseguição e diz que ela está diretamente ligada à perseguição a toda a esquerda nacional.
Conte-nos um pouco sobre os ataques que você vem sofrendo por parte dos golpistas (PF, PGR, Lava Jato)?
Primeiro eu penso que as instituições brasileiras elas vivem um momento que pra nós que defendemos a democracia é um momento muito difícil. É nítido que tem uma contaminação política em instituições que deveriam zelar pela concepção que se tem, mesmo a concepção mais tradicional que você tem de democracia que é o zelo pelo estado democrático de direito, o respeito pelo princípio do contraditório, que é a concepção mais for-
mal que se tem, nem estamos falando aqui de nós radicalizarmos o princípio da democracia, mesmo essa concepção formal ela tem sido atacada e penso que no meu caso tem uma interpretação pautada em pesos e duas medidas. Se for pensar o papel que eu tive na campanha da presidenta Dilma, que foi o papel de coordenador financeiro, ele é um papel muito limitado no tempo. Ele se inicia em meados de 2014 e se encerra em novembro de 2014. Então ele está restrito a uma atuação eleitoral.
Como pode situações semelhantes hoje estar sendo investigadas na justiça eleitoral e o meu caso é investigado pela justiça criminal?