02 Geraldo Polezze (1945-2021)
EDIÇÃO DIGITAL 18 A 22 DE FEVEREIRO DE 2022
Isenção, respeito e responsabilidade
Descaso na manutenção da cidade Edição 1.486
N
18 a 22 de fevereiro de 2022
um passado não muito distante, o araraquarense sentia orgulho de morar numa das cidades mais limpas das Américas. Hoje, o que se vê é abandono e desca-
so. O tema não é novo, óbvio. As queixas repetem-se. Mas algo tem mudado? Devemos continuar insistindo nas reclamações? Editorial debate o problema. Pag. 02
(distribuição gratuita)
05/01/1997
Praça da Igreja São Geraldo
Conheça o Museu da Ferroviária
O
Museu do Futebol e Esporte de Araraquara foi reaberto no último trimestre de 2021, após diminuírem as restrições por conta da pandemia. O local
é um dos mais populares – quando comparado aos demais museus que o JA fez cobertura – por conta da paixão dos araraquarenses pela “Ferrinha”. Pag 06
ras extras cortadas. “Os servidores ainda foram informados de
que não poderiam mais gozar dessas horas”. Pag. 05
Horas extras de servidores da Educação
Rafael De Angeli foi procurado por servidores que relataram
dificuldades em obter informações sobre o banco de ho-
Destaque
VILACOPOS Traz para o leitores do JA, mais uma receita fácil e de dar água na boca. Pag. 11
SANTA LÚCIA
Mais uma etapa de recapeamento sendo realizada em Santa Lúcia. Obrigado ao Marcos Zerbini pela destinação dos recursos, 350 mil. Pag. 13
Alunos aprovados do Colégio Progresso Pags.09 e 10
Estão pintando
mais 44 pedágios
E
mbora em rodovias estaduais, essa perspectiva é uma vergonha federal: o número de pedágio nas estradas paulistas, até o ano 2000, deve duplicar. Segundo as autoridades do setor “este é o preço que o contribuinte terá que pagar para trafegar por estradas de melhor qualidade”. A terrível plantação de praças de pedágio, para aborrecimentos dos motoristas e prejuízo dos contribuintes, é resultante da política adotada pelo Governo de São Paulo de concessão para a exploração, por empresas da iniciativa privada, de estradas de São Paulo.
JORNAL DE ARARAQUARA www.jornaldeararaquara.com.br
N
Descaso?
um passado não muito distante, o araraquarense sentia orgulho de morar numa das cidades mais limpas das Américas. Hoje, o que se vê é abandono e descaso das autoridades. Atualmente, diante de qualquer questionamento que se faça , recebe-se a resposta “estamos em pandemia”. Ora, compreende-se que os gastos são maiores. Mas não houve ajuda financeira para o enfrentamento da doença? E, de qualquer forma, a pandemia persiste há dois anos. O descaso com a cidade, por sua vez, ocorre há mais de duas décadas, não? Exemplo de abandono e descaso: capela do Cemitério São Bento. Uma bela construção que está desmoronando pela falta de manutenção. Já passou da hora de nossas autoridades cuidarem do patrimônio histórico: tapando buracos, fazendo recapeamentos, limpando praças, diminuindo quantidade de valetas, cortando mato que prolifera assustadoramente... Ufa, muito mesmo a fazer, não? Mas não é este o ônus do administrador público: cuidar do povo e da cidade? Por isso, nos repetimos na cobrança.
O contribuinte paga o IPTU, que não é pouco. Recolhe as taxas municipais. Claro que tem todo direito de reclamar. Reclamamos. Mas verdade também que não pode simplesmente transferir responsabilidade integral ao administrador público. Afinal, cada um pode cooperar de alguma forma. Como? Por exemplo, não jogar nada pela janela do carro ou do ônibus. Quando a pé, não descartar nada nas ruas. Espere uma lixeira ou, até mesmo, leve ao lixo de sua residência. Organize-se em grupos, promova uma vizinhança ativa e cooperativa, observando o que o grupo pode fazer para melhorar o espaço comum. Viver em comunidade implica que nos respeitemos e nos relacionemos. Por que não aproveitar isso para melhorar onde vivemos? Vamos levantar a autoestima do araraquarense? Continuamos a pedir mais atuação do Poder Público, com certeza, mas, ao mesmo tempo, tentando promover união de esforços da parte de todos os moradores, que tal? Afinal, cuidar dos bens públicos e limpeza é sinal de civilidade e da velha e boa educação.