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JORNAL DE ARARAQUARA www.jornaldeararaquara.com.br

Núcleo Postos alerta para novo aumento de preço do etanol

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ACentral de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto, grupo setorial que reúne 85 revendedores de combustíveis da cidade, alerta para um novo aumento de preço do litro do etanol com tendência de alta para os próximos dias. Nesta segunda-feira (10), o produto começou a ser entregue pelas distribuidoras com aumento médio de 6% em relação à semana anterior.

Com isso, o preço médio nos postos de Ribeirão Preto deve girar em torno de R$ 3,49, o litro, um acréscimo de aproximadamente R$ 0,18. “O principal motivo é a reta final da safra de cana de açúcar no centro-sul do país, quando os estoques costumam ficar mais baixos nas usinas. A redução do estoque acaba refletindo no preço do produto, uma vez que a demanda continua a mesma” , explica Fernando Roca, presidente do Núcleo Postos Ribeirão Preto.

Ainda segundo Roca, esse pequeno aumento deve impactar no preço da gasolina que possui 27% de etanol em sua composição. “O impacto na gasolina deve ser mínimo, mas deve acontecer” , diz.

Foto: Freepik

PARIDADE

Com o etanol mais caro e o preço médio da gasolina estabilizado, é importante que o consumidor observe a paridade entre os dois combustíveis. “O etanol só é vantajoso se o preço do litro equivaler a, no máximo, 70% do preço do litro de gasolina. Se for acima desse percentual, compensará mais abastecer com gasolina” , finaliza. (Núcleo da Notícia - Assessoria de Imprensa - www.gruponucleo360. com.br)

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Aniversariantes

14- Augusto da Silva Filho, Fabiola Machado de Almeida Santos, Cristina Silveira do Valle, Rudney Pestana, Marta Haddad, Aparecida Camargo Fernandes, Francisco Airton Silva, Renato Aparecido Brizolari, Walfredo F. Tejo de Araújo, Carlos Alberto E. de Oliveira, Nilce Ap. Sotratto Piovani, Jadir José Silva e João A. Ramiro Bezerra

15- Paulo Augusto de Souza Arruda, Rosa Maria I. B.C. Américo, Antonio Fernando Massud, Wanderley Gomes, Luis Carlos Dela Rovere, Antonio José Cardoso, Cervantes Cardoso Júnior, Armando Sambataro, Suzana Terezinha Zuolo Ferro, Nelcides José Mendes, Paulo Afonso Monteiro Delfini e Diego Bertoline

16- Cássio Alves Longo, Vincenzo Morvillo, Wilson Silveira Luiz, Geraldo Henrique Passos, Regina Vicente, Elenir de Barros e Geraldo José Cataneu

17- Sônia Maria Marques, Marcelo Lourencetti, Ana Maria Alves Carvalho, Rubens Dias Maia Júnior, Almerindo Rigolin, Maria Cristina Menechin e José Ricardo V. Lemos

18- Adão Domingos dos Santos, Lilia de Castro M. Lofredo, Francisco Alfonsetti, Luis Fabiano Corrêa, Eduardo Almeida Thompson, Walber Siqueira, Orlando Bonifácio Martins, Arnaldo Buainain, Ronivaldo Donizete Alves, Sebastião Edson Savegnago e Camila Cristina Claudino

19- Marcus Benedito Lacerda, Marcelo Arruda Stella, Laura de Carlos, Antônio Carlos de Oliveira, Ana Augusta Montandon Capuzzo, Evandro Silva Malara, Luis Eduardo Rossi de Angeli, Hélio Cunha Nogueira, Osny Aparecido Peixoto Júnior, Paulo Sérgio Pessotti Ferraz, Airton Carlos Borsato e Luciane Marques

20- Eduardo Octaviano Diniz Junqueira, Maria Regina R. Francisco Chediek, Marcelo de Almeida Benatti, Luciana Izuldina Tolino Bozelli, Agostinho Toscano, Luis Alberto e Silva, Ruben Videla, Antônio Victuri Júnior, Marcelo Fernandes Pires e Nadir Brancalion Alves Ferreira

Ingredientes

1/2 xícara de açúcar 1/2 xícara de açúcar mascavo 240 g de manteiga 2 ovos 2 colheres (chá) de essência de baunilha 2 e 1/4 de xícara de farinha de trigo 1 colher (chá) de fermento em pó 1 colher (chá) de sal 1 pacote de m&m' s

Modo de Preparo

Em um recipiente coloque os açúcares e a manteiga Bata tudo muito bem com a batedeira Junte ovos e a essência de baunilha Bata novamente com a batedeira Junte a farinha de trigo, o fermento e o sal. Misture e sove com as mãos Coloque os m&m,s e misture de novo Faça pequenas bolinhas e dê uma leve amassada. Coloque em uma forma com papelmanteiga. Leve ao forno por 10 minutos a 200° C

Cookie de M&M's

Wilson

Silveira Luiz e equipe

FERROVIÁRIA É CAMPEÃ DA 2ª ETAPA DO FESTIVAL FEMININO

AFerroviária sagrou-se campeã da segunda etapa do Festival Paulista de Futebol Feminino Sub-14, torneio que foi realizado no último sábado (8) no Estádio Dr. Cândido de Barros, no Jardim Botânico, em Araraquara.

A competição contou com cinco times. Além da Ferroviária, participaram Futebol Feminino Campinas, Realidade Jovem, Portuguesa e São Paulo. O torneio teve partidas de 20 minutos corridos e todos se enfrentaram na primeira fase.

O título geral da competição será disputado em uma final entre Ferroviária, campeã da segunda etapa, e Corinthians, que conquistou a primeira etapa. Em 2022, as categorias de formação das Guerreiras Grenás vêm colecionando taças e já conquistaram quatro títulos: os Paulistas sub-15 e sub-20, a Conmebol Fiesta Evolución Sub-16 e o Conmebol Magic Cup Sub-17 nos Estados Unidos.

CAMPEONATO PAULISTA FEMININO SUB-17

Em jogo válido pela 6ª rodada do Campeonato Paulista de Futebol Feminino Sub-17, a Ferroviária venceu o Jundiaí EC por 5 a 2 na quarta-feira (12) no Estádio Luiz Scavone, em Itatiba, e manteve sua invencibilidade na competição.

As Guerreirinhas voltarão a campo neste sábado (15), às 19h, para enfrentar o São Paulo no Campo do Complexo Social do Morumbi, na capital paulista.

BA ASQUETE FEMIN NINO

No Campeonato Paulista o próximo compromisso está marcado para sábado (15), às 15h, no Ginásio da Escola Portal, em Sorocaba, onde terá pela frente o Pró-Esporte Sorocaba.

COPA ARARAQUARA DE BOCHA

A equipe Ponto Chic Araraquara venceu a seleção de Gavião Peixoto por 4 a 1, na sexta-feira (7), em Gavião Peixoto, e lidera a Copa Araraquara de Bochas “Elídio Pinheiro” . Em Américo Brasiliense, no sábado (8), a seleção local superou a de Cândido Rodrigues por 3 a 2.

CLÁSSICO NA VILA XAVIER

A segunda rodada do returno terá três jogos neste sábado, dia 15, a partir das 9h. Em Araraquara, O Ponto Chic duelará contra Américo Brasiliense; as seleções de Gavião Peixoto e Boa Esperança se enfrentam Gavião e em Cândido Rodrigues, a seleção da casa buscará a reabilitação contra o Del Campestre de Monte Alto.

HANDEBOL L F FEMININO

O handebol feminino de Araraquara terminou em 4º lugar nos Abertos do Interior, disputados em São Sebastião (no litoral paulista), com um dos resultados mais expressivos da equipe nesta competição.

LIGA NACIONAL

O técnico Robison dos Santos já projeta o novo duelo contra Sorocaba, o último da fase classificatória da Liga Nacional, neste próximo domingo (16), às 16h, na Arena Sorocaba.

Dever de vereador é fiscalizar o Executivo

FUTSAL MASCULIN NO

Na penúltima rodada da primeira fase da Liga Paulista, o futsal masculino da Uniara/Fundesport perdeu por 5 a 3 para o Santo André, na noite da última sexta-feira (7), em Gavião Peixoto.

Apesar do revés, com nove pontos ganhos na tabela de classificação, a Uniara/Fundesport ainda mantém as chances de classificação para a outra fase da Liga.

Na última rodada da primeira fase, o time joga em São Bernardo do Campo, no dia 19 de outubro, às 20h, contra o São Bernardo, precisando da vitória.

Na Moldura

O Basquete feminino foi medalha de ouro nos Jogos Abertos na segunda-feira (10), com vitória na final contra Itu. O título foi conquistado com a vitória por 64 a 49 na final sobre Itu no Centro de Apoio Educacional (CAE) do Pontal da Cruz. Vale destacar que tanto o Sesi Araraquara quanto o Ituano integram a elite do basquetebol feminino paulista e brasileiro.

Dengue pode matar se não oferecer assistência médica rápida e eficiente.

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Momento histórico para os alunos das escolas de Santa Lúcia

Na sexta-feira 07/10/2022, reuniram-se com o Prefeito Luizinho Noli e a Secretária Municipal da Educação Marina, as diretoras das escolas Nice e Laura, onde foi apresentado o uniforme escolar que todos os alunos da rede municipal receberão totalmente gratuito. Todos destacaram a importância do investimento do município para os alunos.

O prefeito Luizinho frisou o avanço que o município tem com esta ação e também tranquiliza as famílias que têm alunos nas escolas municipais que não precisarão mais se preocupar com o custo dos uniformes.

Também garantiu que em breve, mais investimentos para os alunos serão anunciados, como exemplo, o anúncio de que os pais não precisarão mais se preocuparem com a lista de materiais escolares, todos os alunos receberão os materiais escolares na rede municipal de Santa Lúcia. SANTA LÚCIA PROSPERIDADE E RESPEITO.

Parquinho no Bairro Santa Terezinha em Américo

Américo: creche-escola em fase final de conclusão

Prefeito Dirceu Pano e vice-prefeito Luzimar Baianinho através da emenda impositiva, com a execução do Departamento de Esportes fizeram a Instalação de um parquinho na Praça Jaime Rocha Viana localizada no Bairro Santa Terezinha que agora tem essa nova área para as crianças desfrutarem.

Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense Juntos Construindo Uma Nova História

Creche-Escola localizada no Jardim Novo Américo se encontra em fase final de conclusão, prefeito Dirceu Pano e vice-prefeito Luzimar Baianinho ressaltam a importância de uma Educação Infantil de qualidade para as crianças Amerilienses, e com essa nova unidade a população só tem a ganhar.

Prefeitura Municipal de Américo Brasiliense Juntos Construindo Uma Nova História

Parabéns aos aniversariantes de Américo

14- Devid Antonio Franciscato 15- Isabela Bombarda 16- João Luiz Luppi, Fábio do Espírito Santo dos Reis e Maria Júlia Fachinette Ottani 17- Danilo Crescenzio Brizolari 18- João Luppi 19- Felipe Senna Maximiliano e Eduardo Prada 20- Maria Ap. L. Becassi Michelutti

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Texto: Prof. ª Dr. ª Terezinha de Jesus Bellote Chaman (*)

“Ser politicamente fraterno não significa renunciar a se identificar mais com um ou outro alinhamento, mas ser capaz de, uma atitude de diálogo e colaboração com outras posições, buscar juntos uma compreen-

são mais profunda do ser humano e da sociedade” . (Klaus B. 2018).

Nosso Tempo (Carlos Drummond de Andrade)

Esse é tempo de partido, tempo de homens partidos.

Em vão percorremos volumes, viajamos e nos colorimos. A hora pressentida esmigalha-se em pó na rua. Os homens pedem carne. Fogo. Sapatos. As leis não bastam. Os lírios não nascem da lei. Meu nome é tumulto, e escreve-se na pedra.

Visito os fatos, não te encontro. Onde te ocultas, precária síntese, penhor de meu sono, luz dormindo acesa na varanda? Miúdas certezas de empréstimos, nenhum beijo sobe ao ombro para contar-me a cidade dos homens completos.

Calo-me, espero, decifro. As coisas talvez melhorem. São tão fortes as coisas! Mas eu não sou as coisas e me revolto. Tenho palavras em mim buscando canal, são roucas e duras, irritadas, enérgicas, comprimidas há tanto tempo, perderam o sentido, apenas querem explodir.

Esse é tempo de divisas, tempo de gente cortada. De mãos viajando sem braços, obscenos gestos avulsos.

Mudou-se a rua da infância. E o vestido vermelho vermelho cobre a nudez do amor, ao relento, no vale.

Símbolos obscuros se multiplicam. Guerra, verdade, flores? Dos laboratórios platônicos mobilizados vem um sopro que cresta as faces e dissipa, na praia, as palavras. Certas partes de nós como brilham! São unhas, anéis, pérolas, cigarros, lanternas, são partes mais íntimas, e pulsação, o afago, e o ar da noite é o estritamente necessário para continuar, e continuamos. E continuamos. É tempo de muletas. Tempo de mortos faladores e velhas paralíticas, nostálgicas de bailado, mas ainda é tempo de viver e contar. Certas histórias não se perderam. Conheço bem esta casa, pela direita entra-se, pela esquerda sobe-se, a sala grande conduz a quartos terríveis, como o do enterro que não foi feito, do corpo esquecido na mesa, conduz à copa de frutas ácidas, ao claro jardim central, à água que goteja e segreda o incesto, a bênção, a partida, conduz às celas fechadas, que contêm: papéis? crimes? moedas? Ó conta, velha preta, ó jornalista, poeta, pequeno historiador urbano, ó surdo-mudo, depositário de meus desfalecimentos, abre-te e conta, moça presa na memória, velho aleijado, baratas dos arquivos, portas rangentes, solidão e asco, pessoas e coisas enigmáticas, contai; capa de poeira dos pianos desmantelados, contai; velhos selos do imperador, aparelhos de porcelana partidos, contai; ossos na rua, fragmentos de jornal, colchetes no chão da costureira, luto no braço, pombas, cães errantes, animais caçados, contai. Tudo tão difícil depois que vos calastes... E muitos de vós nunca se abriram.

É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indireta, aviso na esquina. Tempo de cinco sentidos num só. O espião janta conosco. É tempo de cortinas pardas, de céu neutro, política na maçã, no santo, no gozo, amor e desamor, cólera branda, gim com água tônica, olhos pintados, dentes de vidro, grotesca língua torcida. A isso chamamos: balanço.

No beco, apenas um muro, sobre ele a polícia. No céu da propaganda aves anunciam a glória. No quarto, irrisão e três colarinhos sujos.

Escuta a hora formidável do almoço na cidade. Os escritórios, num passe, esvaziam-se. As bocas sugam um rio de carne, legumes e tortas vitaminosas. Salta depressa do mar a bandeja de peixes argênteos! Os subterrâneos da fome choram caldo de sopa, olhos líquidos de cão através do vidro devoram teu osso. Come, braço mecânico, alimenta-te, mão de papel, é tempo de comida, mais tarde será o de amor.

Lentamente os escritórios se recuperam, e os negócios, forma indecisa, evoluem. O esplêndido negócio insinua-se no tráfego. Multidões que o cruzam não vêem. É sem cor e sem cheiro. Está dissimulado no bonde, por trás da brisa do sul, vem na areia, no telefone, na batalha de aviões, toma conta de tua alma e dela extrai uma porcentagem.

Escuta a hora espandongada da volta. Homem depois de homem, mulher, criança, homem, roupa, cigarro, chapéu, roupa, roupa, roupa, homem, homem, mulher, homem, mulher, roupa, homem, imaginam esperar qualquer coisa, e se quedam mudos, escoam-se passo a passo, sentam-se, últimos servos do negócio, imaginam voltar para casa, já noite, entre muros apagados, numa suposta cidade, imaginam. Escuta a pequena hora noturna de compensação, leituras, apelo ao cassino, passeio na praia, o corpo ao lado do corpo, afinal distendido, com as calças despido o incômodo pensamento de escravo, escuta o corpo ranger, enlaçar, refluir, errar em objetos remotos e, sob eles soterrados sem dor, confiar-se ao que bem me importa do sono.

Escuta o horrível emprego do dia em todos os países de fala humana, a falsificação das palavras pingando nos jornais, o mundo irreal dos cartórios onde a propriedade é um bolo com flores, os bancos triturando suavemente o pescoço do açúcar, a constelação das formigas e usurários, a má poesia, o mau romance, os frágeis que se entregam à proteção do basilisco, o homem feio, de mortal feiúra, passeando de bote num sinistro crepúsculo de sábado.

Nos porões da família orquídeas e opções de compra e desquite. A gravidez elétrica já não traz delíquios. Crianças alérgicas trocam-se; reformam-se. Há uma implacável guerra às baratas. Contam-se histórias por correspondência. A mesa reúne um copo, uma faca, e a cama devora tua solidão. Salva-se a honra e a herança do gado. luções, há bálsamos para cada hora e dor. Há fortes bálsamos, dores de classe, de sangrenta fúria e plácido rosto. E há mínimos bálsamos, recalcadas dores ignóbeis, lesões que nenhum governo autoriza, não obstante doem, melancolias insubornáveis, ira, reprovação, desgosto desse chapéu velho, da rua lodosa, do Estado. Há o pranto no teatro, no palco ? no público ? nas poltronas ? há sobretudo o pranto no teatro, já tarde, já confuso, ele embacia as luzes, se engolfa no linóleo, vai minar nos armazéns, nos becos coloniais onde passeiam ratos noturnos, vai molhar, na roça madura, o milho ondulante, e secar ao sol, em poça amarga. E dentro do pranto minha face trocista, meu olho que ri e despreza, minha repugnância total por vosso lirismo deteriorado, que polui a essência mesma dos diamantes.

O poeta declina de toda responsabilidade na marcha do mundo capitalista e com suas palavras, intuições, símbolos e outras armas promete ajudar a destruí-lo como uma pedreira, uma floresta um verme.

(*) Pesquisadora do GEPEFA –Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Famílias.

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Trabalhadores com mais de 50 anos e a vocação para comércio, serviços e turismo

José Eduardo Gibello Pastore (*)

Osetor de comércio, serviços e turismo é o que mais emprega no Brasil, com 55 milhões de vagas ocupadas e uma característica atrativa para trabalhadores de mais de 50 anos. São funções que primam pela forte interação humana. Seja nas lojas, nos restaurantes, nos supermercados, nas recepções de hotel, nas escolas, nos hospitais, na aviação, no atendimento ao cliente ou por aplicativos e plataformas, prestadores de serviços em geral interagem intensamente com clientes. Como o setor terciário comercializa bens intangíveis, imateriais, é o bom relacionamento que se torna o segredo do negócio.

Para isso, há que se ter trabalhadores com habilidades especiais, que, não raros os casos, são adquiridas ao longo do tempo. Falamos aqui de experiência, paciência, atenção, educação, dedicação, cuidado e zelo, o que muitas pessoas com mais de 50 anos têm de sobra.

São habilidades que aparecem com a experiência comum à população dessa faixa etária, o que representa uma vocação para o setor terciário. Já se tem notícia de que lojas que empregam pessoas com mais de 50 anos têm um ganho significativo na qualidade de atendimento aos clientes.

Assim, o setor de comércio, serviços e turismo se torna protagonista na empregabilidade para um público que, por vezes, encontra dificuldade em se realocar no mercado de trabalho. Ainda, o trabalho sem emprego – o empreendedorismo –é outra modalidade a ser pensada para as pessoas com mais de 50 anos. O Sesi e o Sesc, por sinal, ajudam bastante na viabilização dos dois modelos de atividades laborativas.

Vale a pena citar a Lei do Microempreendedor Individual, que estimula o trabalho empreendedor para as pessoas com mais de 50 anos. Isso porque elas podem se inserir no mercado de trabalho sem vínculo de emprego, por meio do empreendedorismo. Esse modelo permite ainda o pagamento de uma pequena taxa mensal que garante a proteção da Previdência Social.

Existe um conjunto de leis no Brasil que abrangem o trabalho temporário, o teletrabalho, o trabalho intermitente e o próprio trabalho autônomo, que pode servir para a atuação profissional com ou sem vínculo de emprego para a pessoa com mais de 50 anos. É evidente, claro, que a inserção no mercado de trabalhadores dessa faixa etária depende também da qualificação.

O que é importante é que aqueles com mais de 50 anos saibam que têm um caminho muito interessante para reingressar no mercado de trabalho dentro do setor de serviços, turismo e comércio. É uma forma de contribuir para o sustento familiar, para a economia e para alocar essa população, que ganha cada vez mais importância na pirâmide etária com o aumento da expectativa de vida no país. (*) É advogado, consultor de relações trabalhistas e sócio do

Pastore Advogados. (e-mail: juridico@libris.com.br)

Ligue e peça 3339-1707 98161-5977

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