Maio | 2014

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JORNAL DE

ARTES Artes plás cas | Cênicas | Cinema | Música | Literatura Porto Alegre | Maio| 2014 | R$ 3,00

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15 ANOS

Publicando Cultura JORNAL DE

ARTES


Porto Alegre |Maio | 2014 | ARTES | 2

POESIA EM PROSA

COMPOSIÇÕES DE ABISMO Por

Djine klein

de Porto Alegre/Viamão-RS

Das contrariedades Há muitos desacordos com os fatos pra gente ter vida com simplicidade. E eu ainda queria algumas floricas para enfeitar os caminhos. Entrementes o dissen mento de eu ser muito pobre - não desisto - minhas teimosias e, que revido às contrariedades do des no. Os injustos fatos me espantando de ser feliz. Então lanço minhas vozes à seta em ouvido ruim de escutar. Quero tanto uma paisagem com lagartos ao rés do chão! Um rio para meu barquinho comigo se navegar... E pássaros livres no contra-céu! Todavia, sendo como uma cigarra a gente espanta até os de ouvidos ásperos. O que dizer dos delicados? Vou tão sozinho nesse paraíso. Mas o que queria mesmo era ser-lhe só um violino. E, desejando os refletores de seus olhos, mesmo sendo eu an té co as visões de neon... A figura ao longe, chapéu de palha e com um ramalhete de margaridas de sol, uma na lapela, alumiando eu vinha por ser seu pirilampo! - Você não me viu?

Subversão Do salto aos sete anos eu não fazia birra. Mas que libertassem os pássaros ca vos e as raposas. Depois, e que não ve mesa de inocente. Apenas os cavalos eram sábios nessa minha primeira infância. Da paisagem quis seu manto transparente de azuis. Da noite só um véu e alguns sonhos sem muitos sobressaltos. Um dia montei Corisco, ele se disparou com vento para o abismo. De rompante que a nei de segurar o coração com as duas mãos. Hoje o que mais penso - era para eu ter asas e ter nascido também azul. Foi o que muito me ensinou aquela criatura com o seu suspiroso silêncio, e olhos de ver do outro lado. - Eu aprendi.

Educação Eu nunca ve comportamento que me defina. E nas minhas idades agora, ainda mais proponho a pra car-me as pernas. Descruzar as coxas e os dedos como fazia para desamarrar de berço as fraldas. Sempre digo a criança que sou, e brinco: para que serve as disciplinas? Se as gentes as mais sérias morrem ante de adquirir o branco das plumagens! Até desconfio a pensar que quem se mata por

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Jornal de Artes é uma publicação da MURUCI Editor Editor | João Clauveci B. Muruci Editora de Literatura | Djine Klein (djineklein@gmail.com) Design Gráfico/Capa/Diagramação | Mauricio Muruci Email | jornaldeartes@yahoo.com.br Edição Virtual | www.issuu.com/jornaldeartes Facebook |www.facebook.com/jornaldeartes Tumblr |www.murucieditor.tumblr.com CNPJ | 107.715.59-0001/79 - Fone | 51 3276 - 5278 | 51 9874 - 6249

não saber brincar fica é desde antes de morto já esquecido. - Por favor, aguardem! Estou compondo um poema para o dia em que alguém, de sarja e discreto se assente em uma pedra. E que logo comece a me escovar os ossos...

Sobre cavalo Os cavalos são sabidos de silêncio. Nas verdades que eles afirmam o vento sempre confirma. Quando falam o fogo dentro dos seus olhos traduz o que dizem. Mas para cavalgar corisco a gente precisa ser criança. É nessas horas que descobrimos que a pessoa muito disciplinada acaba morrendo de velhice extrema aos quatorze anos. Mas, importante era o Florisberto o cavalo do meu avô. Quando uma gente montava em pelo ele também concebia prazer. E foi com os cavalos que aprendi que um olhar tem espessura. Muita vez o Florisberto me chamava para a direção do abismo. Com o velho também era assim, mas já não nha firmeza para cavalgar. Havia tanto perigo para quem não sabia ler o que eles diziam. Pessoa e cavalo - a gente tem que escutar dentro do silêncio deles para ter-lhes a intenção. Sobre esse tempo? A paisagem e o velho desbotaram. Florisberto se acomodou por uma trilha e nunca mais o vi. Eu era distraída com Corisco-menino, seu neto.

Deviam tocar os sinos. Foi quando acariciei o corpo de Corisco pela primeira vez com minhas coxas. Os dedos enlaçar as crinas, ele se acalmou e foi marcando um rastro líquido de sua presença e a minha na trilha. Depois se deparou manso rente a uma laranjeira muito an ga de memória. Logo que saltei vi o que estava dito nos seus olhos. Havia vento e fogo - e que para ser feliz toda criatura tem que pagar as custas de suas asas. Entrementes, esse musculo vibrando de ser ca vo em meu peito e no dele: desregulados os corações para o que de sempre nos apraz e dói. Desde aquele tempo peguei vício por perigo, e também que não queria ter nódoa na minha coragem. E com que modos par r? A Pátria é longa, estradinhas sinuosas... Muitas linhas de desassossegos. E se chegares ao rio antes de mim lembre-se que o barqueiro quer pedágio... - Não sei o des no, mas cismo de reprovar as incertezas dessa lida!

EXPEDIENTE Colaboradores desta edição Carlos Trevi | Djine Klein | Élvio Vargas | Eduardo J a b l o n s k i | G i l b e r t o Wa l l a c e B a l a n a | José Quiroga | Paulo Bacedônio

Capa: Ilustração de Kal Gajoum


Ilustrações Paulo Bacedônio

POESIA

POESIA IBERO-AMERICANA Por

Paulo Bacedônio

de Porto Alegre/RS

UN “ESTUDIO REVOLUCIONARIO” (OPUS 12), SOBRE F. CHOPIN

PESCA DE SIRENAS

Pretendo agavillar lo que dejó el músico polaco, aunque reconozco mis limitaciones (por más que haya revuelto en bibliotecas) en escritores desde el Simbolismo al S.XXI. ¿Qué ofreció, como imagen, qué pobló con su piano, antes y ahora? El ar sta gira siempre en el tornado de la moda. Cocteau diría: “El corazón no se lleva”.

Péscame una sirena, pescador sin fortuna, que yaces pensa vo del mar junto a la orilla. Propicio es el momento, porque la vieja luna como un mágico espejo entre las olas brilla.

Y esto aunque suene a frívolo, está sonando. Claro que Chopin no fue sólo el pianista magné co de los palacios de los Radziwill de Varsovia o la mansión de los Rothschild de Viena o de París; es cierto que fue “un dandy modelado en espuma de mar”, como expresó el escritor polaco Jerzy Broszkiewicz, en su obra “La forma del amor” dedicada a Chopin.

Han de venir hasta esta ribera, una tras una, mostrando a flor de agua el seno sin mancilla, y cantarán en coro, no lejos de la duna, su canto que a los pobres marinos maravilla.

Con precisión perfila el Chopin mundano, pero a la vez nos muestra que el ar sta vivía, desde su obra, el drama de su época, la convulsión terrible de Europa, y de su patria. Mientras en París sonaban los acentos de La Marsellesa, en los arrabales de Cracovia se elevaba el himno de La Varsoviana. En sus mazurkas, en sus estudios, en sus nocturnos, Chopin hablaba, en el único lenguaje suyo, de lo que aprendió de aquellos sufridos coterráneos, que sus amigos blasonados pretendían ignorar. Sí, en fina calesa con sus amigas (baronesas, princesas o escritoras) paseaba, elegante y mundano, el otro Chopin, frente al mueble oscuro y de cola, quemaba los años que todavía le restaban. Después del: “Por encima de todo la música” que aventuró el “liróforo celeste”, Chopin, Wagner, Schumann, imantaron las páginas de los simbolistas y sus herederos la noamericanos, con Julio Herrera y Reissig a la cabeza, y, con respecto a Chopin, alguna muestra en Lugones y Darío. El ícono musical era Richard Wagner. Pero en el S.XX, el poeta, traductor y novelista, Boris Pasternak, en un bello poema “Noche invernal” recuerda al músico polaco: “Como Chopin hizo en días remotos / vivo milagro del aldeano paisaje - tumbas, parques, sotos- en sus estudios para piano.” Y en las an podas, Go ried Benn, el poeta y médico alemán, en su poema “Chopin”, registra un hermoso e impiadoso retrato, tal vez, un retrato certero. Por aquello que escribió Cassiano Ricardo. Eso somos: “Un hombre que siente hambre como cualquier otro hombre”. Go ried Benn transcribe un pensamiento de Chopin: “Mis intentos han sido cumplidos en la medida de lo que me fue posible alcanzar”. Un poeta uruguayo (si viene al caso, yo) desde muchacho sin ó las polonesas y mazurkas de aquel muchacho, nacido en la aldea de Zelazowa Wola en 1810; que lloraba de bebé oyendo música, y que nos pasa, una fraterna mano, desde el radio donde gotea el Preludio en Re bemol, “La gota de agua”. Dandy (como Gerard de Nerval y Baudelaire) en Mallorca, con George Sand y su hemop sis, oyendo discusiones infinitas, mudo como el teclado de su muerte.

Washington Benavides (Uruguai)

Penetra el mar entonces y coge la más bella, con tu red envolviéndola. No escuches su querella, que es como el llanto aleve de la mujer. El sol la mirará mañana entre mis brazos loca morir bajo el divino mar rio de mi boca moviendo entre mis piernas su cola tornasol.

Juan Ramón Molina (Honduras)

LIÇÃO DE MÚSICA Primeiro, aquele olhar de amor, os sons se desdobrando na imaginação. As chaves de metal abrindo mundos no branco da paleta e o veludo da noite modulando a forma negro-azul da clarineta. Depois, o sopro, o pretendido encanto, a sensibilidade nada ar s ca do dente cariado e a tristeza de ver o conteúdo da glória de ser músico para sempre adiado.

Gilberto Mendonça Teles (Brasil)


Porto Alegre |Maio | 2014 | ARTES | 4

] ]

ARTIGO

PALAVRA ABERTA

Hipopótamos e Ornitorrincos

| Livros | Livreiros | Editores | Escritores | Leitores |

Porto alegre, cultura e polí cas culturais Por

Por

Gilberto Wallace Battilana

Gilberto Wallace Battilana

de Porto Alegre/RS

CONCURSO LITERÁRIO

Polí ca, para o que pretendo, vou classificá-la como a vidade rela va ao exercício do poder. É claro que tem a ver com a polis dos gregos, a par cipação dos indivíduos de uma determinada comunidade nos des nos e decisões rela vas à comunidade em que vivem, etc... E Cultura, o que significa mesmo cultura? Os antropólogos Krober e

Encontram-se abertas as inscrições para a 5ª edição do Concurso Nacional de Conto e Poesia promovido pela Academia Gravatalense de Letras, de Santa Catarina que tem na Presidência o escritor Abrão Aspis, autor de "O acidente do Morro do Chapéu", "Morte no Tabuleiro", "O sequestro do Figurão", entre outros tulos. Poetas e con stas devem encaminhar seus contos e poemas, não ultrapassando cada trabalho cinco páginas, em espaço 1,5, fonte arial, para Biblioteca Municipal Marlene Aspis, Secretaria de Turismo de Gravatal, Rodovia SC 438 - CEP 88735-000. E boa sorte.

Kluckohohn catalogaram quase duzentas definições de cultura, o que nos faz

NOVO POINT CULTURAL

pensar na natureza escorregadia do conceito, da palavra que agrega, na dependência do contexto em que se insere, variáveis que tem suas especificidades, ouso dizer, em cada país ou região. Para Immanuel Wallerstein é o conceito de maior amplitude entre todos os empregados nas ciências sociais históricas. Cultura, na acepção de Wallerstein é uma forma de resumir os modos pelos quais grupos dis nguemse de outros grupos. Ela representa o que é par lhado dentro de um grupo e, presumivelmente, não par lhado fora dele. E Polí ca Cultural grafadas com iniciais maiúsculas , como poderíamos conceituá-la? Cezar Feijó nos diz: “que é toda produção ou manifestação voluntária, individual ou cole va, que vise sua comunicação à ampliação do conhecimento através de uma elaboração ar s ca, de um pensamento ou uma pesquisa cien fica”. Sabemos que o Estado, pensado como instrumento racional de regulação social, como queria Max Weber, tornou-se o representante polí co das classes dominantes, na afirmação de Marx. Se alguém se es ver perguntando por que adotei esse viés nesta abordagem, jus fico: falar em polí ca cultural implica necessariamente falar em relações de poder. Segundo Otavio Ianni, qualquer a vidade intelectual, ar s ca ou cien fica, pode ser encarada como algo que ameaça ou irrita os governantes, porque a a vidade intelectual independente, seja ela qual for,

Novo point cultural surgiu em Porto Alegre, é o Solar Coruja, instalado num prédio tombado como patrimônio da cidade, no Centro Histórico, rua Riachuelo 525, um projeto da Cerveja Coruja. Rafael Rodrigues, um dos sócios do empreendimento, diz que a proposta é somar a arte cervejeira com a cultura e a gastronomia. O Solar dispõe de diversas salas para exposições, saraus, recitais e eventos. Este mês o Solar abriga exposição de esculturas de Caé Braga, entalhes ar s cos de Adroaldo Eckert e cartuns de Gelson Radaelli e Paulo Chimendes, entre outros. O horário de funcionamento é das 17 às 22 horas, e além das diversas cervejas você encontra pratos como a moussakas, especialidade gastronômica do oriente médio, ambientada no Solar Coruja para o gosto porto-alegrense. O serviço é cinco estrelas. E o administrador Normélio Da Poian é um perfeito anfitrião.

pode ser tomada como incômoda ou perigosa, porque produz interpretações CLUBE DE LEITORES SAPERE! AUDE LIVROS

diversas das preconizadas pelos governos. Num resquício dos governos ditatoriais as condições de produção cultural passaram a ser controladas ou influenciadas por Ministérios, Secretarias e outros órgãos do Estado. Observem que os projetos para gozarem dos bene cios das leis de incen vo, sejam elas federais, estaduais ou municipais, tem de passar pelo crivo do governo, os mais afoitos poderiam trocar o termo crivo por censura, não sei se cabe. É o mesmo governo que arrecada quase ou mais de 40% do PIB nacional em tributos. A cultura não foge a isso, e, queiramos ou não, o ideológico envolve sempre o econômico ou por ele é envolvido. Uso o micro, o município, como exemplificador, confiando na máxima tolstoiana de que ao falar da nossa aldeia, expressamos o universal.

A 12ª edição do clube de Leitores da Sapere Aude! Livros, terá como tema de debate a obra "A morte de Ivan Ilicht", de Leon Tolstoi, que faz parte, com "Guerra e Paz" e "Ana Karenina" de um tríp co das obras maiores de Tolstoi. "A morte de Ivan Ilicht" retrata os derradeiros momentos do Juiz Ivan Ilicht e suas reflexões diante da morte. A mediação do encontro será do professor Robertson Frizzero. Se Você ainda não leu o livro, leia essa novela que é considerada uma das mais bem elaboradas da literatura universal e par cipe do debate no dia 16/04, a par r das 19h30, na Sapere Aude! Livros, rua Lopo Gonçalves, 33, Cidade Baixa. Parabéns a Carlos Cartell e sua equipe por essa belíssima inicia va cultural.

Gilberto Wallace Battilana

é escritor e poeta


Porto Alegre |Maio | 2014 | ARTES | 05

POESIA

POTEMKIN O Conselho Mumicipal de Cultura debateu internamente, entre os

para RUI NEVES

conselheiros, como se fossem oráculAbordemos, portanto, problemas obje vos, tais como o Plano Municipal de Cultura, que deve ser um intrumento de planejamento estratégico e sistêmico para a cultura da nossa cidade, no próximo decênio, o que significa dizer: programas integrados e um plano ar culado para o desenvolvimento da cultura. Plano que há dois anos vem sendo manipulado pelo Conselho Municipal de Cultura, a meu ver, de forma não apropriada, na medida em que a lei prevê que seja a SMCultura que promova e coordene a elaboração do Plano, ouvindo representantes de Universidades, en dades culturais, vereadores, conselheiros, a vistas culturais, entre outras instâncias, e apresente o esboço do Plano em fóruns e mesas de debates. O que não foi feito. os da cultura. Espero que a Câmara de Vereadores, ao receber esse Plano proponha um real debate com as instâncias e ins tuições culturais representa vas das artes e das letras da nossa cidade. Que tenham os senhores Vereadores, em sintonia com a sociedade, sensibilidade para debaterem, verdadeiramente, com a comunidade cultural, este Plano Municipal de Cultura, que, pelo que pude observar, por enquanto, é uma colcha de retalhos de demandas. O Plano Municipal de Cultura deve ser, verdadeiramente, deba do com a sociedade.

Sendo respeitada essa vontade, teremos um Plano

verdadeiramente sadio. Porque, aceitemos ou não, somos uma sociedade autoritária. Esse autoritarismo se revela mais acentuadamente na esfera governamental. Comportam-se como se a sociedade a que devem servir servidores públicos, assim são denominados - fosse formada por uma massa de ineptos que ameaçasse a sua brilhante condução dos des nos de seja lá o que for. No meu entendimento, só a sociedade civil, composta por um pluralismo ideológico, é quem pode impedir o estabelecimento de um monopólio de pensamento que, tornado em ação, enfeixa todas as decisões que repercutem na vida social, cultural e econômica de uma cidade. O governo é sempre paquidérmico, lento em movimentar-se, um hipopótamo, e a sociedade na sua mul facetada composição, um ornitorrinco. Daí a dificuldade de entenderem-se. Finalizo, lembrando uma palestra de Moacyr Scliar, quando dizia o nosso escritor que há dois enfoques na Cultura: o do evento e o do programa. Evento é o que acontece momentâneamente, uma exposição, o lançamento de um livro, uma peça de teatro, um sarau, uma audição musical, atrai a mídia, torna-se a no cia de um dia e esvai-se com o jornal de ontem. Dá para fazer uma polí ca cultural baseada em eventos? perguntava Scliar. E duvidava que fosse possível. Já um programa de Cultura, ele comparava à vacina, médico que era. Isso em 1999, quinze anos passados. Eu par lho dessa ideia. Um programa de Cultura se faz além dos museus, dos teatros, das salas de concerto, dos cinemas, das galerias de arte, dos pequenos grupos, sempre os mesmos, que comparecem em todos os eventos. Um programa deve provir da sociedade, de um debate verdadeiro com as universidades, os estudantes, as en dades culturais, com as regiões do Orçamento Par cipa vo, a Temá ca de Cultura, com a criação de Comissões de Cultura em cada região, com as Associações dos mais diversos segmentos das Artes, com todos os que fazem e os que usufruem ou desejam usufruir da Cultura na nossa cidade. Não será dos gabinetes oficiais que sairá um programa de Cultura que seja aquele que a população da cidade quer.

Por

Élvio Vargas de Porto Alegre/RS

Uma vez esmagada, a folha seca da parreira não vira pólvora. Agulha, gomo, bola perderam tuas lúdicas mãos. Foi cancelado o jogo no gramado operário da várzea. A locomo va cinza da Andradas abandonou a intenção de púlpito desaquecendo a flecha veloz do comboio - paixão, poesia, Maiakovski calaram-se! Bicicleta, boné e o casaco voltaram para os figurinos do filme Coração Prisioneiro estrelado por James Mason... A garrafa de vinho o Encouraçado Potemkin recitais, pequenos comícios sobre o banco da praça versos congelando a geada intensificaram a meteorologia. Fruto, lucro, poema e dor sentam-se à mesa para velar os teus iluminados "Sedimentos da Manhã". Em algum lugar os flau ns das fábricas tocarão em dó sua convocação ma nal...


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Porto Alegre |Maio | 2014 | ARTES | 07

ARTIGO

POR QUE OS ESTUDANTES NÃO QUEREM

NADA COM NADA Por

Eduardo Jablonski de Porto Alegre/RS

1

Um fato que vem chamando a atenção dos professores de ensino médio é o quase total desinteresse apresentado pelos estudantes. Não vem ao caso o que os educadores inventem: aulas de conversação em inglês muitos não querem; a vidades com violão eles não estão nem aí; exercícios nos livros nem pensar, mesmo sendo obras de primeira categoria e doadas pelo Governo do Estado. Para chamar a atenção dos adolescentes, entretanto, organizou-se um trabalho fora dos padrões, muito longe do comum. O professor recém nomeado da área de inglês na Escola Estadual de Ensino Médio Patrulhense, de Santo Antônio da Patrulha, solicitou que os estudantes das turmas 105, 106 e 205 - portanto, dois primeiros anos e um segundo - respondessem à seguinte questão: Por que os estudantes não querem nada com nada? Num primeiro momento, eles escreveriam em português; o educador ficou de montar um longo ar go com as ideias, que seriam traduzidas para o inglês na aula subsequente. São divulgados apenas os nomes dos que escreveram na sua redação: “quero que meu nome apareça”. Confira o que a gurizada pensou:

Ideias da turma 105

2

Os jovens preferem a vida na rua com os amigos, mesmo que tenham de enfrentar confusões com a Brigada e também para fugir da pressão dos pais. Acabam usando drogas, fumando, bebendo e visitam suas casas apenas para dormir. Muitos não conseguem largar os celulares, as redes sociais, o Face, os games, que despertam mais interesse que estudar. Na escola, é tudo muito chato, muito igual. Os adolescentes gostam de novidade. Embora ainda não saibam o que desejam da vida, o que eles têm certeza é que não pretendem estudar, fazer provas, escrever. Só procuram se diver r e aproveitar. Outro fato desagradável é a obrigatoriedade de frequentar a escola. É tão bom fazer nada. Outros estudantes vêm cansados do trabalho, e isso também desanima. Os jovens estão na fase de se rebelar e tudo eles ques onam. Os namoros também atrapalham. Alguns deixam de estudar porque as escolas impõem muitas regras, e os professores pegam no pé. Quando o jovem se dirige à escola, não é para estudar, mas para encontrar os amigos.

Ideias da turma 106

3

É di cil convencer os adolescentes de que é por intermédio do estudo que se pode alcançar o sucesso na vida. Os jovens vão à aula para ganhar presença, não para estudar. Em Santo Antônio, as fábricas de calados ram as energias dos rapazes e garotas. Os pais também não apoiam os estudos e nem querem saber como os jovens estão indo. Hoje em dia os jovens só pensam em andar na moda. Alguns largam o estudo porque veem que está tudo perdido. As festas desviam a atenção dos estudos. Os jovens não querem saber de responsabilidade. Deixam de estudar porque têm preguiça. Eles têm tudo o que querem e não dão valor.

Ideias da turma 205

1 - Escreve para jornais desde 1990 (com mais de 800 ar gos publicados). É autor de sete livros, a maioria de crí ca literária e ganhou nove prêmios, sendo um segundo lugar no Açorianos de crônica em 1997. Mestre em Literatura Brasileira pela UFRGS, é especialista em Inglês, É ca e Gestão Financeira, além de licenciado em Letras. Faz traduções do e para o inglês e o espanhol, revisões de livros e atua como professor nas escolas Patrulhense e Mundo Office em Santo Antônio da Patrulha e na Faculdade QI em Gravataí e Porto Alegre. 2 - Colaboraram: Arielle Baioto Garcia, Caroline Portal, Fernanda de Pontes, Jéssica Malta Silveira, Josiane O. Dos Santos, Le cia Rosso, Maria Pereira, Roger Bitello, Thayná Cristyna de Oliveira e Victoria Azevedo. 3 - Colaboraram: Caroline Rodrigues, Fernanda Rosa, Gabriel Freiberger, Iury Godoi, Le cia Portal, Luana Oliveira, Luana Santos, Luan Souza e Sílvia Padilha. 4 - Colaboraram: Alan Silva, Alesandra Lauriano, Amanda Magni, Amanda Steinmetz, Caroline Fraga, Érick Lipiman, Germano Adam, Karine Amaral, Kerolyn Braga, Mariani Rodrigues, Natália Santos, Rozeli Flor e Vinícius Aguirres.

4

Os adolescentes ignoram o estudo mesmo com o incen vo dos pais. Alguns não se interessam e se conformam com um futuro pequeno. Os jovens dão valor para coisas sem importância. Muitos acham que podem ter um futuro promissor sem estudar. O interesse é o sexo. Quando entram na aula, a cabeça está na úl ma festa. Alguns vão pelos outros, desrespeitam os professores, fazem bagunça e dificultam a vida de quem deseja estudar.

Reflexões finais O ensino médio, principalmente no 3º ano, já deveria ligar os adolescentes, uma vez que a vida dessas pessoas está mudando. Eles precisariam estudar bastante, já que, se não fizerem isso, não a ngirão nenhum dos seus sonhos. Imagina se o jovem deseja ingressar numa faculdade de Medicina (e há os que pretendem essa área, mas, pelo que se vê, não tem noção das dificuldades que vão enfrentar). Os ves bulares de Medicina são quase intransponíveis, dificílimos. Para ser aprovado numa UFRGS, o estudante precisa acertar mais ou menos 22 de 25 questões em todas as matérias. E um aluno que passa o tempo acessando as redes sociais no celular e não faz nenhum exercício teria chance? Nenhuma. A probabilidade é zero. Quando sair do ensino médio (se conseguir), vai se inscrever num pré-ves bular e se esforçará para recuperar o tempo perdido. Tentará aprender em um ano tudo aquilo que poderia ter estudado em três, mas não se interessou. Aí é tarde demais. A vida é feita de escolhas, e os jovens estão optando pelas menos inteligentes (salvo exceções, claro). Um rapaz que vive no Barro Vermelho em Santo Antônio preferiu não estudar, porque o seu pai ado vo tem dinheiro. Ele ganhou um carrão e trabalha com serviços gerais numa pedreira. Nos fins de semana, de vez em quando, adora incomodar toda a rua, ouvindo música eletrônica num volume ensurdecedor. Ele não tem respeito pelos demais. As outras pessoas para ele são lixo. Se ele con nuar nessa vida, seu pai, que está ficando velho, vai morrer, como acontece com todo mundo, e ele, que não estudou, vai jogar todo o dinheiro da família pelo ralo, como geralmente ocorre numa situação igual. Não vai ter profissão para se proteger quando a crise surgir, e os problemas sempre despencam. Os filósofos Montaigne e Maquiavel já afirmavam que deveríamos estar preparados nos momentos ruins, porque eles sempre virão. E somente quem faz um planejamento de vida e de carreira terá condições de se defender nas horas escuras. Um cidadão do Jardim Itu, de Porto Alegre, 25 anos atrás, apresentava as mesmas a tudes dos adolescentes de hoje. Ele abandonou os estudos no 2º ano do ensino médio e foi trabalhar. Como ainda não tem formação, ganha pouco mais de 700 reais por mês; engravidou três mulheres, tem de pagar pensão e atualmente é um bêbado imprestável aos 40 anos. Mas outro rapaz da Vila Ipiranga, de Porto Alegre, agiu diferentemente a vida toda. Oriundo de família pobre, aos 17 anos, fez curso técnico de Elétrica e Eletrônica no Senai. Conseguiu emprego para consertar eletrodomés cos. Com o salário, pagou a faculdade de Ciência da Computação na PUCRS. Aí estudou um monte e ingressou na Procergs. Lá, se dedicou mais ainda e passou no mestrado de Administração na UFRGS. Como sabia fazer Networking (ou melhor, amizades profissionais), arranjou trabalhos de consultoria em indústrias; obteve elevado sucesso e aos 40 anos parou de trabalhar, porque já dispunha de 10 milhões inves dos. A vida é feita de escolhas. Quem optar pelo melhor caminho (o estudo) se dará bem. Quem ficar só na festa e na vadiagem vai ter de se adaptar à pobreza.


Porto Alegre |Maio | 2014 | ARTES | 8

POR QUE SEMPRE QUEREMOS

VER ARTE?

André Venzon abre seu ateliê ao público com a exposição

Por

Carlos Trevi de Porto Alegre/RS*

No sábado dia 08 de março de 2014, o ar sta visual André Venzon abrirá seu ateliê para a exposição permanente de suas obras com a exposição Porque sempre queremos ver arte? A inicia va vem reforçar a tendência do turismo cria vo em Porto Alegre, especialmente nesta região do an go 4º Distrito da cidade, que atualmente vem se renovando com projetos de ocupação cultural como este. A exposição reúne obras inéditas e recentes do ar sta, em caixas, objetos e fotografias onde o tapume – material usado em larga escala na construção civil – é percebido como índice visual e uma constante poé ca dos seus trabalhos, sempre atentos aos lugares da cidade, as pessoas e, agora, aos objetos que desaparecem incógnitos e diariamente da cena urbana.

Por que sempre queremos ver arte? Porque ver arte, acima de tudo, é ver a maravilha da cria vidade humana expressa e impregnada em cada cen metro ocupado pela humanidade. Afinal, se no mundo contemporâneo tudo pode vir a ser arte, sempre queremos ver o que está por vir e que arte será essa. E o que vejo agora são as apropriações ar s cas do inquieto André Venzon, por quem eu apaixonadamente me rendo, desde o dia que conheci sua arte, por tudo o que ele cria. Esses seres delicadamente vedados com pequenas caixas feitas de madeira, pintadas com a caracterís ca cor de maravilha tão presente nos tapumes que cercam locais em construção (ou destruição) nas cidades brasileiras, estão aqui para serem vistos, porém, proibidos de ver. Que provocação deliciosa que aguça nosso ins nto voyeur e nos surpreende pela escolha das ví mas adquiridas em an quários, leilões ou mesmo na casa de uma parenta acumuladora. Não bastasse vedá-las, proibindo-as de saber quem as vê, André nos proíbe também conhecer o desejo do primeiro ar sta, aquele que moldou o objeto, manipulando sua intenção com a simples a tude de cobrir suas cabeças e, simbolicamente, os pensamentos, transformando aquela primeira imagem em infinitas outras interpretações. Sempre queremos ver arte, porque arte provoca prazer e a arte de André Venzon é puro prazer esté co, provoca vo e intelectual.

51

9903-5465

www.facebook.com/pages/Hamachado/ 436833886412915

Rua Marechal Deodoro 1655 Osório, Rio Grande Do Sul, Brazil

* Carlos Trevi é Diretor-superintendente do Santander Cultural


Porto Alegre |Maio | 2014 | ARTES | 09 GRAPHIC NOVEL

JuLIA E ELISA Em voltas com o orcamento anual Por

Cloveci Muruci de Porto Alegre/RS

Apoio Cultural :

Telas, Quadros e Molduras www.kersson.com.br

Telefones: (51) 3333-3294 | Rua Cabral, 291 Porto Alegre, Bairro Rio Branco, Brazil | Site h p://telasgaudi.blogspot.com/

(51) 3211 - 6833 (51) 3024 - 0341

Av. Rua Santana, 41 - Porto Alegre/RS (ao lado da vivo) Fone: (51) 3381-4954 | (51) 9971-1732


Porto Alegre |Maio | 2014 | ARTES | 10

Adèle Exarchopoulos e Léa Seydoux em cena de La vie d'Adèle, produção francesa de 2013

Inquietos na cadeira Por

José Quiroga

de Porto Alegre/RS*

Não há nada mais estúpido do que a pose. O posudo pensa que engana mas todo mundo percebe que ele está ali todo esforço, com um troço enfiado no rabo para parecer assim tão empinado. Age como estátua. Não das clássicas, “Parla! Parla!”, mas das contemporâneas, nas quais não se adivinha o sen do no aço. Vejam a celeuma provocada pelo filme O azul é a cor mais quente. Não exatamente pelo filme, mas por alguns posudos que ficaram muito incomodados com os demais espectadores. Uma jovem cronista gaúcha comentou a falta de civilidade de ir ao cinema em Porto Alegre, que as pessoas se contorciam nas cadeiras, faziam barulho, não conseguiam ficar quietas diante dos sete minutos da cena de sexo explícito entre duas gurias lindas, uma delas a maravilhosa Léa Seydoux. Fosse o an go cine Lido, na Borges, que passava sessões con nuas de pornôs, poderíamos imaginar sons ritmados dos solitários, gemidos de quem contratava o serviço das moças alegres que faziam ponto no local. Outro posudo, o Contardo Calligaris, passou pela experiência no Rio. Diz ele que a cena provocou um barulho: “Ninguém gritou, o barulho era de pessoas que não conseguiam ficar sentadas, se agitavam, se mexiam na cadeira, davam um risinho nervoso, que falavam com o vizinho porque nham que falar alguma coisa naquela hora”. Ao contrário, em Nova York, onde sua mulher viu o filme “o cinema estava completamente silencioso, porque é uma cena que impõe respeito, e é o que o sexo deveria impor, respeito. Não medo transformado em riso nervoso”. Deve ser piada. Com medo provavelmente estava o pessoal de Nova York. Vá que as gurias saíssem da tela como naquele filme do Wood Allen. Aliás, o Contardo entende que nossa liberdade sexual é um estereó po e que, na verdade, somos um país careta porque, por exemplo, temos pouquíssimos clubes de swing. Como se para sacanagem precisássemos de clubes. A propósito, para entrar tem que providenciar carteirinha, colocar as digitais, fazer psicotécnico? Claro que o psicanalista está tentando fixar o óbvio de que sexo e amor são coisas diferentes, então, casais, vamos lá. Mas o que constrange na proposta é justamente fazer a traquinagem compulsoriamente juntos, o que na verdade soa não como uma transgressão, mas como um reforço da ins tuição casamento a qual estão tentando remixar. Eles diriam que são mais modernos, civilizados. Eu diria que são mais caretas (ou decadentes). Os cônjuges ficam presos ao clubinho, sem direito a um leque maior de escolhas, indisponíveis ao afrodisíaco acaso. Muito melhor a selvageria brasileira, sair por aí e ver o que acontece. Lendo um texto da Diana e do Mario Corso, psicanalistas como o Contardo, eles definem a pornografia quando “a fantasia sexual é vendida com a ilusão de que todo sexo é fácil, barato e sem culpa”, quando “o encontro do desejo com o objeto é plano e bem resolvido, encaixe perfeito. Em outras palavras: quando as inibições ficam momentaneamente esquecidas e imaginamos que podemos gozar sem envolver nossa engrenagem neuró ca”. Ora, então o swing parece ser um encontro absolutamente pornográfico. E talvez seja por isso que seus adeptos, diante de um filme eró co como O azul é a cor mais quente, fiquem petrificados na cadeira. Não tem nada a ver com educação ou coisa parecida. É que a sintonia é outra. Voltando ao filme, o diretor fez o que fez com o obje vo de mexer mesmo com a platéia (os normais). Ele não queria ninguém quieto no cinema. Afora as cenas de sexo, em tomadas abertas, o filme é até meio claustrofóbico. Fica claro que ele quis chocar. Quis ser o primeiro a filmar explicitamente e sem subterfúgios uma cena de sexo entre duas mulheres no cinema convencional, não pornográfico. E como tudo o que é novo, causou o rebuliço esperado, todo mundo que tem libido mexendo-se nas cadeiras. Porque dá tesão. Se o cara não quisesse causar, sugeriria o sexo, cortaria e a próxima cena seria as duas abraçadas acordando na manhã seguinte. Todos pensariam: transaram. Esta sua fixação pela novidade, inclusive, causou problemas no set. Léa Seydoux acusou o diretor de maus-tratos e cortou relações com ele porque achou demasiado passar semanas só naquilo: "Eu me sen como uma pros tuta", disse ela. A outra atriz, Adèle Exarchopoulos, também cri cou Abdella f Kechiche e disse que era inexperiente e se deixou manipular. Quanto a sexo impor respeito, como quer o Contardo, imagino dois do po posudo na cama e vai e vai, de luvas, até que o homem passa uma pe ção para a mulher, com firma reconhecida: Posso penetrar?


Porto Alegre |Maio | 2014 | ARTES | 11

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