JORNAL DE
ARTES
15 ANOS
Publicando Cultura JORNAL DE
ARTES
Artes Plásticas | Artes Cênicas | Cinema | Musica | Literatura
Porto Alegre | Junho | 2013 | R$ 3,00 www.facebook.com/jornaldeartes www.issuu.com/jornaldeartes
RONDANDO RODIN EM PARIS Por
Berenice Sica Lamas
A OBRA DE ARTE E O ESPECTADOR Por
Almandrade
DESEJO DE BELEZA Por
Djine Klein
Paulo Leminski
Após o lançamento de “ Toda Poesia” e 2013 o escritor curi bano está em voga novamente com o lançamento de Cinebiografia focada nos anos de 1968 e 1988, relançamento, ainda em 2013, das biografias escritas por Paulo acerca de personalidades históricas, como Jesus Cristo, Crus e Souza e Leon Trotski. Exposição “Múl plo Leminski”, que atualmente está no Paraná, já passou por São Paulo e deve ir para Recife em 2014 e Goiânia. Em 2014 deve ser publicado um livro de par turas com sua obra musical completa, que hoje está em fita cassete
Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 2
Curta Metragem Por
Cara ou Cora
Clauveci Muruci de Porto Alegre/RS
O curta de Vilson Santanense, Cara ou Coroa(18 min) nos leva a divagar sobre vários formatos de solidão. A protagnista(Gislaine Camarata) vive sozinha num pequeno apartamento, e tem como passatempo, ver na televisão um jogo de futebol, que simultaneamente se transforma numa par da de futebol de mesa. O estranho jogo realiza-se com aparatos precários, mas que levam a alienação do personagem, que se equilibra fora da realidade, mas dentro do contexto da brincadeira. A temá ca oferece a proposta de avaliar a solidão do personagem, que de certa maneira rompe as barreiras do isolamento, quando percebemos a câmera seguir a bola de futebol, que, desce as escadarias da moradia da protagonista, e circula pelas ruas de Porto Alegre, até se encontrar num bairro popular o pequeno campo de futebol, e um grupo animados de pequenos jogadores. O contraste das duas propostas temá cas, que na abertura do filme, se insinua como análise do caos tendo como pano de fundo a solidão do personagem, por outro lado se desloca a alegria contagiante de um grupo de garotos numa diver da “pelada” de rua. A câmera não inventa situações, somente relata com imagens duas propostas. Alguém que vive no mundo da fantasia, e a outra realidade, a alegria da infância, ambos se completam com um simples jogo de futebol.
Cena do Filme Cara ou Coroa
40ª Edição do Curta nas Telas - FILMES SELECIOANDOS A seleção de curtas da 40ª Edição do Curta nas Telas foi realizada em 19 de dezembro de 2012, por Marcus Mello, representando a Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre; André Kleinert, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do Sul; Márcio Schoenardie, a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS); Marcelo Perrone, a Imprensa Especializada; e José Luís Espíndola Lopes, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre.Os curtas selecionados entrarão em cartaz a par r de abril de 2013. Aguarde divulgação e confira os filmes selecionados.
PASSAGEIRO, de Bruno Mello ( R i o d e J a n e i ro, fi c çã o, 1 3 minutos, 35mm, 2011). Censura livre. Sinopse – Abel trabalha no Jockey Clube e sofre de narcolepsia (a doença do sono). Um dia encontra no metrô a mulher dos seus sonhos. Agora basta saber se ela é real. Ficha Técnica – Direção: Bruno Mello / Roteiro: André Pereira / Produção Execu va: André Pereira e Bruno Mello / Direção de Fotografia: Julio Costan ni / Montagem: M a r í l i a M o ra e s / E m p re s a produtora: Lupa Filmes / Elenco: Augusto Madeira, Thiare Maia, Angela Rebello, Lisa Fávero e Patrick Sampaio.
SOFÁ VERDE, de Arno Schuh e Lucas Cassales (Porto Alegre, ficção, 8 minutos, 35mm, 2009). Censura l i v re . S i n o ps e – D o i s j ove n s carregam um sofá pela cidade. Ficha Técnica – Direção: Arno Schuh e L u c a s C a s s a l e s / Ro t e i r o : Alexandre Kumpinski, Arno Schuh e L u ca s C a s s a le s / D ire çã o d e produção: Itamony Barros / Direção de Fotografia: Guilherme Vieira / Montagem: Arno Schuh / Empresa produtora: Famecos – PUC/RS / Elenco: Guilerme Bellini e Mathias Romanini.
ÚLTIMOS DIAS, de Yves Moura (Rio de Janeiro, ficção, 15 minutos, 35mm, 2010). Censura livre. Sinopse – No úl mo dia de funcionamento de um an go restaurante, flagramos as relações estabelecidas entre seus funcionários e sua úl ma cliente. Ficha Técnica – Roteiro e Direção: Yves Moura / Produção Execu va: Fernanda Teixeira e Yves Moura/ Direção de Fotografia: Haroldo Borges / Montagem: Fernanda Teixeira/ Empresa produtora: Buendía Filmes/ Empresa coprodutora: Cavídeo / Elenco: Renan Monteiro, Hebe Cabral, S i l v i o M ato s e A b e l a rd o d e Carvalho
O HOMEM, de René Sampaio (Brasília, ficção, 12 minutos, 35mm, 2007). Censura livre. Sinopse – Art. 218. Avançar o sinal vermelho ou de parada obrigatória: Infração – Gravíssima; Penalidade – multa. Mas para tudo na vida tem um jei nho... brasileiro. Ficha Técnica – Roteiro e D i re çã o : Re n é S a m p a i o / Produção Execu va: Marcio Curi / Direção de Fotografia: André Luís da Cunha / Montagem: Fernanda Bastos e Sancho Corá / Empresas produtoras: Asacine Produções e Fogo Cerrado Filmes / Elenco: Nando Cunha, João Antônio, Ana Luiza, Andrade Júnior, Maurício Witczak e Adriana Mariz.
AC O S SA DA, de Karen Akerman e Karen Black (Rio de Janeiro, ficção, 7 minutos, 35mm, 2006). Classificação indica va 16 anos. Sinopse – Francesinha perdida no Rio de Janeiro se depara com máfia do cinema nacional. Ficha Técnica – Roteiro, Direção, Produção Execu va e Montagem: Karen Akerman e Karen Black / Direção de Fotografia: Pedro Bronz / Empresa produtora: Cineclube pela Madrugada S/C Ltda. / Empresas co-produtoras: Cachaça Cinema Clube e Ricardo Mehedff / Elenco: Karen Akerman, Karen Black, Lourival Ba sta, Marlene Barros, Paulo Tiefenthaler, Nilson Gonzales, Ricardo Rodrigues, Claudio Assis e Cao Guimarães. Par cipação Especial: Ruy Guerra.
JORNAL DE
ARTES Artes Plásticas | Artes Cênicas | Cinema | Musica | Literatua
EXPEDIENTE Jornal de Artes é uma publicação da MURUCI Editor Editor | João Clauveci B. Muruci Editora de Literatura | Djine Klein (djineklein@gmail.com) Design Gráfico/Capa/Diagramação | Mauricio Muruci Email | jornaldeartes@yahoo.com.br Site | www.issuu.com/jornaldeartes Site |www.facebook.com/jornaldeartes CNPJ | 107.715.59-0001/79 - Fone | (51) 3276 - 5278
COLABORADORES DESTA EDIÇÃO Almadrade|Berenice Sica Lamas| Djine Klein|Dirk Hesseling |Gerson Dias de Oliveira|Niltamara Gomes
Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 3
LITERATURA
RONDANDO RODIN EM PARIS Por
Berenice Sica Lamas de Porto Alegre/RS
Embebo-me do museu Rodin em Paris: rua Varenne 77/ 79 - 7° arrondissement, perto de Les Invalides. Dedicado ao escultor francês Auguste Rodin, sediado no palácio es lo rococó Hotel-Biron, moradia do ar sta nos úl mos anos de sua vida – de 1908 a 1917, expõe mais de 6000 esculturas. Um ano antes de sua morte, ele doa toda sua obra à França. O palácio também pertence hoje ao governo e trata-se, por si, de uma belíssima construção, com delicados ambientes e salas envidraçadas permi ndo visão do jardim. As obras espalham-se pelos dois planos do museu: um interno e outro externo. No jardim, bosques árvores plantas canteiros de flores alamedas para caminhar, um ambiente ao ar livre agradabilíssimo, fico maravilhada com todas as esculturas distribuídas em meio a natureza, destacando-se através dos passeios. A arte da terceira dimensão. Ao externo, então: “Orfeu”, “O Pensador”, as figuras dramá cas dos “burgueses de Calais”, “A Porta do inferno”, “Balzac”, “Ugolino”... O ambiente verde já valoriza, por si, as obras expostas ao longo do jardim. Sua força, paixão e vigor são potencializados pelos contrastantes e superpostos tons de verde: vegetação e ma zes verdes do próprio bronze – a pá na. Algumas, dependendo da posição no desenho do jardim, e da altura da plataforma onde se encontram, são refle das na água das fontes, alcançando um efeito surpreendente. O Pensador, talvez a obra mais conhecida do mestre no mundo todo, se tornou emblemá ca do pensamento reflexivo. A Porta do inferno não concluída, interrompida por mais de duas vezes, devido aos aspectos polí cos da encomenda. A maioria das figuras estaria incluída na obra da Porta, sendo que o próprio pensador seria Dante pensa vo diante de sua Divina Comedia. Os anos que Rodin passa na Itália têm profunda influência sobre seu trabalho, ele fica impactado com a obra de Michelangelo. Às vezes me aproximando mais, ás vezes me distanciando, com todos os sen dos alertas e assim caminho com todo deleite esté co.
Foto: Divulgação possível imaginação. Os simbolismos do escultor se tornam universais. O escultor trabalha sobretudo em bronze e mármore, também com terracota e vidro, entre outros materiais. Como o próprio ar sta era também um arguto colecionador de arte, no museu podem-se apreciar obras de alguns pintores: o “pai Tanguy” de Van Gogh, “As banhistas” de Renoir, Monet, Munch com o “pensador de Rodin”, entre outros. Lamentavelmente as obras de Camille Claudel – sua discípula, paixão, musa e modelo - no entanto, se encontram transportadas à Espanha para uma exposição. Fico ali, em meio às plantas e bancos, bebendo um cappuccino francês comprado na Cafeteria deliciosa do museu, recordando a história de ambos, me dando conta de que a cada obra corresponde um fato, um marco no tempo, uma dor, uma felicidade, um conflito, as obras pontuam a vida real do escultor, sua verdade existencial, encarcerando memórias. Recordo as biografias lidas, o filme visto: Isabelle Adjani e Gérard Depardieu. Ali, entretanto, as esculturas são a concretude, se mostram em todo seu esplendor, vivas no bronze e no mármore, transcendendo a história. Em quantas haveria a mão dedicada e anônima de Camille? Quantos estudos, esboços ela fez para que ele pudesse concre zar seus trabalhos? A pessoa e o homem Auguste por trás da eloquência destas obras, vivendo para a arte, bipar do entre o amor e paixão por Camille e o dever para com a companheira doente e o filho, os fatos de sua vida privada, o entorno da época polí ca social e ar s ca em que viveu - estes pensamentos todos giram em minha cabeça quando deixo o museu.
Ao interno, distribuídas pelas peças do palácio, encontram-se: “O beijo”, “Adão e Eva”, “O ídolo eterno”, “Primavera eterna”, “As três sombras” – a potência destas esculturas ultrapassa nossa
Ainda há um valor sen mental nesta visita, devido à paixão de meu pai pela escultura e por Rodin em especial, e compro na bou que do museu, um souvenir para ele.
Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 4 LITERATURA
A OBRA DE ARTE E O ESPECTADOR Por
Almandrade de Salvador/BA *
O olhar cre no do voyeur perfura o quadro e descobre uma ilha.
Foto: Divulgação Será que o azul do quadro representa o céu? E se o céu fosse vermelho e as nuvens amarelas? - Pergunta de volta o pintor. O olhar ansioso do espectador se perde diante da obra de arte, na busca desesperada de um sen do que possa ser traduzido na fala. Estamos num mundo dominado pela fala. É sempre a mesma interrogação: O que significa? O que quer dizer o ar sta? Com a ajuda da imaginação, o olhar do espectador descobre um mundo, onde os sen dos pousam e decolam como os aviões nos aeroportos. Tudo pode ser acrescentado à obra, mas ela está sempre se deslocando para outras possibilidades de significação. Nas palavras de Merleau-Ponty: "Não temos outra maneira de saber o que é um quadro ou coisa senão olhá-los, e a significação deles só se revela se nós os olhamos de certo ponto de vista, de uma certa distância e em um certo sen do; em uma palavra, se colocamos nossa conivência com o mundo a serviço do espetáculo". Entre o objeto de arte e o espectador existe uma experiência, um aprendizado, um saber u lizado pelo olhar. Há um poder do olhar em inventar sen dos sobre o que se vê e, na medida que a percepção se abre para o mundo par cular do objeto, instalase no seu circuito. O olhar responde às suas provocações, desenhando imagens imaginárias, cujos contornos não são reflexos de verdades prévias, mas a realização do espetáculo de reaprender a ver. O conhecimento não tem total domínio na leitura do objeto de arte, ele pode ser aquilo que se vive em um determinado instante. Se as novas evidências são verdades, na arte essas verdades são inesgotáveis. Para Cézanne, um quadro não representa nada. Ele é aquilo que percebemos, o seu sen do não é aquilo que é transformado em idéia, em fala; é aquilo que ele é, antes de ser enquadrado em
qualquer tema ou teoria. É algo que toca num determinado ponto singular da sensibilidade do observador. Só se tem acesso à arte a par r da própria obra, através de um contato direto com ela, um processo ligado à experiência e ao pensamento. É fundamental ir do conceito ao objeto e do objeto ao conceito. Uma obra de arte é a soma de tudo que ela contém: forma, cor, linha, volume, textura, gesto, conceito, idéia. Ela constrói um campo visual que solicita do olhar o exercício do conhecimento e da imaginação. Quem não sabe olhar jamais contemplará a escuridão. Olhar uma obra de arte é adquirir uma sabedoria e um es lo de ver. Ela não se limita ao desejo do observador, que procura relacionar tudo que vê a uma referência que ele tem do mundo e das coisas. Por estar inserido numa sociedade e numa linguagem sobre as quais ele não tem poder de controle, por onde aprende a ver, pensar, sen r, sua percepção é determinada pela capacidade de mergulhar no mundo da linguagem. Perceber uma obra de arte é confrontar-se com uma linguagem que esconde um segredo inviolável, perseguido pelo olhar que mul plica suas imagens na imaginação. Uma pintura: Meditações de um pincel que disseca a beleza.
* Almandrade (ar sta plás co, poeta e arquiteto)
Tire seus originais da gaveta! Lembra daquele texto guardado há muito tempo na gaveta? A hora é agora. Podemos editar seu livro sem que você desembolse recursos seus para isso.
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Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 5
Desejo de Beleza Por
Djine Klein de Viamão/RS
I.
Clauveci Muruci
Foi antes muito antes na pré-história eu já era bicho-gente, caçava pescava minha comida e amor. Um dia!...Que nada não nha essa demarcação gente coisa casa tempo, como hoje ainda em alqueire de terra ver a paisagem lhe despertence. Um campo em que flor desponta na ponta de uma haste, ninguém há de ser o dono apesar das farpas o arame a cerca. E olho assim o meu avistando essas belezas desassossega regramentos que, um juiz nunca lhe alcança para grades. O meu desejo de beleza para tais visões é algo que nem o mais nobre sábio desaconselhando eu resis a de ter asas e ver afortunadas configurações. Mas naquele não-tempo todo mundo era nu e pelado, bicho gente sempre agrupado, sociabilizar parasitas na pele do outro e que gozo as fêmeas redondas! Eu ficava por indefinido estar ali! Somente eu só numa sombra e elas em grupo, muito as visionava nessas minhas preguiças e acarinhante a sombra. Depois foi que principiei a uma despertação: quis acordar sobre um algo que sen a, mas sem palavras não traduzia nem a mim mesmo a ver gem. Então as fêmeas e aquelas todas vas dões? Era um ponto como coisa pontual apontando em mim, feito pulga entre o cocorocó e os olhos, aquilo dentro não alcançava, suspeitando... Desejo de Beleza? Ou aquilo que somente alcancei em pegar a força, a grito. E que nunca mais parei de ter fome e insônias.
II. Desejo de beleza é uma Vênus como a de Willendorf. Surgiu a ideia no coração de um pensamento doido. A escultura que eu quis seria concebida por adição. Finas lâminas de compensado, mas que antes recortava as fa as, depois colando umas sobre outras. O resultado um bloco indefinido e áspero. Todavia, ali lateja minha Vênus em absoluta espera de beleza. Então aquele sólido absurdo! Era desejo de beleza e, as mãos labutando a lixa, sete dias sete noites respirando os resíduos. Mas valeu minha Vênus lisa e clara! Ficou de dar inveja na outra, milenária. E que jamais poderíamos tocá-la. Já minha Vênus tem lisuras e chamados para o toque que nem um pensamento afaga se não for por puro desejo de beleza. Queira sen r esse objeto, ele em suas mãos eu deixo. Embora Pigmalião se recinta a pretensa obra profanada. Conquanto pudor lhe peço um pouco de afeição e, ainda desejo que bebas no meu delírio. A escultura essa é minha, um artesanato inú l, mas que me faz tão feliz. Então digo que é arte esse ar cio, e que fiz escolha de tudo ameigar. Eu sempre procurava uma beleza que fosse só minha para ter contentamento. Assim surgiu a imagem - uma figura objeto único esté co. Um consolo por isso de eu ter tanto desejo de beleza. E perfeição!... Mas que os outros massificam o mínimo delírio teu. E cria vidade se empanturra daquilo que nunca pensei. O objeto nascente de um desejo de beleza não trás código de barra. Vender a manufatura, minha Vênus pra quem? Essa obra é lucido capricho meu. Eu sou o Homo Ludens, mas tartamudo fico se me afrontam com obras de parolagem em me fazer chorar. E só aceito ser poeta para o riso, ou alguma candurinha silenciosa e ter-lhes muita afeição.
III. Quem alimpia as mágoas de Maria? No campo vê flor em ponta de haste, uma penúria a flor, onde antes havia pétalas, um coroamento de defesa mínima, a espiral desenhado o feto. Na ramagem cada broto quer ofertar o primeiro fruto e se antecipa. Um regalo doido de sabor para os lábios de Maria. Maria? Maria pensa no menino de cabelos cor de trigal. E o menino necessita se distrair enquanto aguarda em corpo miúdo tempo de ser valente. Ser um homem e, cresce como crescem as palavras de um segredo... Maria pensando em si mesma como é lindo ser mulher? Maria se fez bela! Tão bela que hoje a nomeiam Mariana. E Mariana tem desejo de beleza, despetalando flor.
Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 6
vida ao verso
O Jornal de Artes abre espaço em duas páginas onde estarão as produções do Grupo diVersos e outros amigos, e os autores de Viamão, para nossos leitores terem contato com um universo maior da nossa produção literária. “É preciso expor a mercadoria”, enfatizou outro dia Bertolt Brecht, explicitamente. É nosso dever mostrar na prateleira nossos objetos de arte. A editora de literatura, Djine Klein estará encarregada de trabalhar junto a esses autores, e descobrir o melhor achado, um pequeno diamante junto a peneira de algum descuidado poeta , e trazer do fundo do rio a tímida criação. Boa leitura.
Carta para Ane Por
Gerson Dias de Oliveira de Porto Alegre/RS
Hoje amanheceu como a muito não era vista uma manha por aqui. Foi um sol amedrontado parecendo temer as nuvens escuras que cobriam o horizonte, mas enfim como qualquer esperança, ele se manteve feito um disco vermelho desses que enfeitam salões em festas de aniversário. Era impossível prever como haveria de ser o dia, mas esperançosos olhamos para o nascente até que uma brisa, com cheiro de folhas pisadas chegou até nós. E lá em cima uma mão de vento, como quem abre cor nas, afastou qualquer temor de chuva e a luz brilhou, transformando a praia em moldura ao espelho de água frente aos nossos olhos. É tolice escrever sobre isso, pois nunca gostaste deste lugar – me parece quase inoportuno e talvez desinteressante do teu ponto de vista -, mas sabes, sempre gostei do lugar. Cada ruela, beco, mesmo as ruas largas e impessoais tenho carinho, e não consigo me separar desta geografia. Além disso, aqui tenho sido feliz, e se do futuro nada sei, o passado me pertence. Ainda ontem perguntaram por onde andas, e ao olhar inquisidor expliquei que andorinhas buscam verões e não há hemisfério algum que possa detê-las, muito ao contrário, apenas apontam maior espaço. Aqui permanece um livro cheio de marcações, mais o casaco leve que usavas nas noites frescas. Fiz um pacote e receberás pelo correio. Preciso enviá-los, pois faz parte do rito de meu luto. Às vezes me pergunto sobre meus sen mentos, e por tudo ser muito recente, creio ainda quere-la, mas a vida segue, e passado o tempo, serás como um verão an go onde houve muito sol, e no qual aconteceram coisas incríveis e
Clauveci Muruci
agradáveis. Aliás, nunca fui ingênuo, mas por tua juventude não percebeste. Meu para sempre, con nha prazo definido. Muitas vezes ao vê-la feliz, dormindo, pensei, no até quando a vida permi ria tua presença, e como seria a par da. Por isso, quando disseste tudo acabado, para tua surpresa não esbocei reação alguma, não gritei ou perguntei o quê ou quem era a razão da despedida, porque antes de tudo eu e meu tempo também éramos mo vos. Teu e-mail está generoso, como sempre fostes. Tudo vai bem. Olha quando o sopro do tempo atenuar em meu peito as lembranças, assim é a vida, terás sempre a fidelidade da recordação, mesmo que já não exista saudade. Um beijo
Apoio Cultural :
JOÃO DOSLIVROS
Exposição Fotográfica
As flores que só o capim sabe
Djine Klein Poeta, ar sta visual
Apoio Cultural
Ceramicas Cantegril Clube Cantegril
Realização Jornal de Artes Curadoria: J.Clauveci Muruci Locais: Clube Cantegril - Viamão (Maio) Garage dos Livros - Porto Alegre - (Maio) Natureza Pura - Viamão - (Junho) Espaço Viadante e Café da Praça - (a seguir)
Viamão ma
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Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 8
Cultural
il. s@gma
I - Obreiros das Artes Cênicas Por
Niltamara Gomes de Porto Alegre/RS
No princípio “o teatro era um canto, o povo livre cantando ao ar livre”, depois o teatro passou a ser: a arte de Interpretar, privilégio das classes dominantes, dividindo o povo, determinando quem era ator e quem era expectador, moldando uns a agirem e os outros apenas assis r. O teatro servindo como forma de opressão. Então o canto livre, a festa, o fes val de emoções passou a ser a festa proibida a alguns e reservada a poucos. O ator tornou-se um ser virtuoso. Mas a história muda e o teatro passa a ser: a arte de reflexão e transformação. Derruba os muros e se apropria da realidade. O teatro agora é para todos, uns como forma de expressão e os outros de trabalho, para mim este é o foco: o trabalho. Num país onde a arte ainda sofre preconceitos e descaso, o que pensar de nossa cidade, muitas vezes dita – Cidade Dormitório, conceito opressivo e que deve ser urgentemente avaliado. Quais são as oportunidades? Talvez poucas, mas nós os obreiros das tragédias e comédias bravamente resis mos e insis mos. O que tenho percebido ao longo desses anos é a grande necessidade da pesquisa, inves gação, experimentação de técnicas, apropriação de estudos, leitura e reflexão sobre o teatral, em sua diversidade. Aproveitando a oportunidade nesse espaço, tão valoroso, gostaria de salientar a importância de buscar um agrupamento para que a Arte que aqui se faz se torne cada vez mais socializadora.
II – Um sonho pra sonhar Por
Djine Klein de Porto Alegre/RS
No centro de Viamão há uma casa, a casa da Nil. No centro de Viamão há um teatro, a casa da Nil? Sim. E que nessa cidade há aqueles que sonham, que sonham um sonho bom para a sua aldeia, a sua gente. E Nil – Atriz, Arte-Educadora – um dia amanheceu e já não escutava o canto, apenas um estranho silêncio onde deveria vibrar muitas vozes. Isso a fez revirar-se no seu próprio ser, logo brotava daí sen mentos dúbios e muitas perguntas: - O que fazer agora, sem espaço de trabalho? Que é espaço de Artes. O que será de todos os ar stas da cidade? Sem Teatro, sem Museu, sem Biblioteca e, sem as Salas de Exposições? E a Casa Rural - um espaço tão querido dos viamonenses. Esses eram apenas algumas das tantas perguntas que Nil se fazia. Pois um dia fecharam o teatro da cidade, fecharam a Biblioteca Pública, (uma reforma no imóvel que a abrigava, mas sem deixar para a comunidade uma provisória alterna va para o encontro com o Livro). As histórias de vida e arte, o lúdico foi suspenso por Ato Ins tucional. E ser ar sta, permanecer ar sta nessas condições é um delírio? Penso que não, penso que é lucidez. E gesto de coragem, transformar a própria casa em espaço para o povo, espaço para o canto, para encontro, para o sonho bom. Contudo, as frustrações, o estar triste, mas surge algo revolucionário para a vida de alguém, de uma família, também para os amigos. A Nil mora no Viandante. No hoje único teatro da cidade, que é o seu lar. Ela, integrante do Grupo Viandantes de Teatro, fundado em 1997, daí “Viandantes”, que significa andar pela cidade. O Viandante - Teatro foi fundado em 2008 e logo Marcos Bina (músico) abraçou com a amiga essa ideia. Com recursos próprios vão tocando essa melodia. Espaço de Arte nascendo de uma profunda necessidade de viver e compar lhar a arte que se pra ca as diversas formas de expressão e comunicação nas artes. E que Arte, toda arte, entendo como sopro de vida, vontade de significar, deixar de ser apenas o Homem funcional para a louca vida de seu tempo. A Casa de Artes é um lugar de acolhimento e pleno espaço lúdico para experimentação. Na atualidade o Espaço Viandante abriga oficinas de música e de teatro, também uma biblioteca de literatura sobre Arte. É lugar onde ar stas, amigos se encontram para discu r sobre o fazer arte em nosso tempo. Que tal conferir a agenda de apresentações e pres giar os ar stas da cidade? Bom Espetáculo!
Apoio Cultural :
Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 9
Pinceladas Existenciais Por
Dirk Hesseling de Viamão/RS *
UM VITRAL VIANDANTE Ninguém pode negar o seu passado. Podemos até mudar o rumo da nossa vida. Mas, queiramos ou não, somos seres com história. Eu, como “holandeiro”, não posso jamais ignorar ou deletar os meus primeiros anos de Brasil, vividos em Minas Gerais e depois no Nordeste. Por mais que discorde atualmente de coisas feitas e defendidas quando era mais jovem. O atual Dirk (registro civil) que era chamado durante muitos anos de Ricardo, tem uma longa história que só vou poder revelar aos poucos nesta coluna de opinião. No ano passado fiz com a minha esposa Ester - após 45 anos!- uma viagem à cidade de Campina Grande na Paraíba, onde fazia o meu trabalho missionário numa vila operária. Não vou narrar as minhas recordações do tempo da ditadura militar para não perder o enfoque de hoje. Naquela época concebi um vitral para uma capelinha num convento no bairro Bodocongó. Esse projeto foi executado posteriormente por um artesão muito competente, um verdadeiro ar sta. A foto desta obra de Foto: Divulgação arte de 1968 é o ponto de par da para a pincelada de hoje. Achava que a minha pintura original nha sido destruída pelo tempo. Assim como tantas outras lembranças, achava que tudo estava morto e enterrado. Qual a minha surpresa? A minha inspiração jovem, apaixonado por tudo que fazia, estava lá bem viva na minha frente! O que sen naquele momento não dá para descrever. Mas, posso dizer agora com a mesma vibração alegre do ano passado que tudo que é verdadeiro na vida da gente sempre renasce de uma forma ou de outra. Aquele vitral, executado quando estava me adaptando à vida no Rio Grande do Sul no início da década de setenta, não é apenas uma janela grande de pedaços de vidro colorido, pois quando estava avaliando aquela janela de luz, descobri que aquele desenho con nua fazendo parte da dança da minha vida. Mesmo tendo hoje outra visão da espiritualidade fiquei “arrepiado” - como não? - com a cria vidade ar s ca da minha juventude. Assim é a vida. O que faz parte da essência, sempre renasce e se encontra novamente com o que está na perspec va da Beleza, da Arte, do Divino. Os raios, saindo do sol no centro do símbolo cristão-cultural de uma cruz, sugerem um movimento em espiral. Como é a vida. Uma eterna espiral. Circulando, circulando, para cima e para baixo, fazendo tudo para não se deixar arrastar por forças nega vas que seguram a vida em um nível indesejado. Há os que permanecem imbricados no mal ou no vazio, mas, apesar de tudo, conservam sempre uma pon nha de luz no seu ín mo. A sua aparência talvez seja obscura, mal encarada, de nenhuma claridade. Mas, até os bandidos, envolvidos na maior escuridão, buscam a luz! É inerente à essência do ser humano caminhar em direção à luz. O vitral de Campina Grande me transmite uma luz que não possui a mesma força religiosa do passado. O que não me entristece. Pelo contrário, a luz do “meu vitral de hoje é mais ecumênica”. Quantas cores e quantas tonalidades diferentes! Menos religiosa talvez, e, quiçá mais espiritualizada. Sinto-me mais livre, mais leve, justamente por que con nuo procurando mais e mais luz. É esta a minha convicção: - todos nós viemos da LUZ, onde a LUZ se fez por “conta própria”. Respeito os que defendem o oposto, mas discordo totalmente dos ateus declarados que chamam os espiritualistas de embusteiros e ilusionistas. Este tema merece uma reflexão profunda de quem crê no FIAT LUX de um Ser Superior junto com os que não admitem essa dimensão divina da vida. Idéias luminosas têm que circular! Elas nunca morrem! Ou - para mo var o leitor de hoje – até diria que este vitral é viandante. A LUZ tem que “espiralar” e se movimentar dentro de cada um e no cole vo. Quando as idéias não circulam, surge a morte. Será que a morte é ao mesmo tempo vida? Este tema deve entrar numa outra pincelada.
* Email: dirkgerardus@gmail.com
Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 10
Júlia e Elisa
NO SUFOCO NAO CONSIGO ACHAR OS FONES DE OUVIDO. ONDE PORRA JA VI ESSE CARA AQUE ATENDE NO CAIXA?
como afastar a co diana mediocridade da série «As Gurias»
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Porto Alegre |Junho | 2013 | ARTES | 11
Mesa de Bar
“Arte da Boemia” Espaço Cultural 512 Localizado à Rua João Alfredo, 512, na Cidade Baixa, o local, inicialmente foi um atelier de criação ar s ca e também acolhia a vidades culturais. Acabou se tornando uma referencia nas a vidades culturais e ar s ca na cidade.
Com mais de cinquenta quarteirões, e seus inúmeros bares, mesas nas calçadas, muitos deles se transformam em galerias de arte e/ou espaços para shows musicais. A Cidade Baixa é conhecida como ponto boêmio da capital gaúcha. Ali encontramos o Teatro Túlio Píva, o Museu Joaquim José Felizardo, o Espaço Nomeando, a Fundação Cultural Ecarta, Studio Clio, Meme Café Bauru e inúmeros cafés bistrôs também. Abriga mais de vinte blocos carnavalescos, é seguramente o melhor carnaval de rua da cidade. Ali também encontramos ar stas de rua fazendo suas performances e passando o chapéu, contribuindo para a fama do bairro que lhe empresta o conceito underground. Aos passantes, magia e aroma.
Rua da República, Esquina Lima e Silva
Jonnny Boy
In Sano Pub Bar
João Antônio Pereira (Johnny Boy) é músico, poeta e con sta. Atualmente percorre os bares da Cidade Baixa,onde ainda é possível apresentar música autoral. Em busca de um local para tocar transita por vários es los e gêneros: blues, milonga, MPB, balada. Quem quiser conhecer o trabalho deste ar sta acesse: h ps:soudclud.com/tchejoao. ou HTTP: //entemaldito.blogspot.com para conhecer sua poé ca.
Incrustado no coração da Cidade Baixa (Lima e Silva, 601) o In Sano impõe um agitado fim de semana no clima de Show de Rock, Pop Rock, MPB, Black Music, Blues e outros. Às segundasfeiras a alegria ocorre com a The Brothers Orquestra, composta por 17 grandes músicos de Porto Alegre. O Bar também pode ter um toque mutante, ao passar de um aconchegante pub, à uma agitada pista , com iluminação especial e telão para os melhores clips e shows nacionais e internacionais. É bom conhecer esse lugar nada normal. Para quem quer uma noite nada normal. Rua Lima e Silva, 601 – Cidade Baixa (51) 3286-6940 (51) 8594-6572 (51) 8594-6569
Exposição de Artes Visuais ERÓTICO XXX Cole vo de Arte Uma exposição cole va reúne onze ar stas na Pinacoteca Bar, na República, 409 – Cidade Baixa. A exposição mostra trabalhos em fotografia e desenho na temá ca eró ca. Vale a pena conferir as obras de: Biahwerther, Claudio Elias, Felipe Gaieshi, Gaby Benedyct, Marcelo Monteiro, Maumau, Lívia Auler, Júlia Correa, Thais Brandão, Mayune Zhatatoo.
Studio Clio – Ins tuto de Artes & Humanismo José do Patrocínio, 698 – Cidade Baixa O Studio Clio é um importante ponto cultural da Cidade Baixa. Oferece exposições: artes visuais, fotografias, cursos e oficinas literárias. Em maio acontece “Literatura e o co diano”, com João Gilberto Noll e “Língua acádia e literatura mesopotâmica” com Ká a Maria Paim Poezzer.
Tapas Bar Um dos lugares mais aconchegantes da Cidade Baixa, é o Tapas Bar na Rua da República, 30 próximo a João Pessoa, ali o bate papo é o convite obrigatório para quem quiser aquentar a palavra, sob o domínio de uma bebida e um ra gosto especial.
Bola Oito Num fim de noite uma boa ideia é diversificar. Um taco e uma mesa de sinuca, acompanhando tudo isso cerveja gelada e, o ao fundo, o som de um sax. No Bola Oito, Lima e Silva, 272, é possível fazer o diferente.
Espaço Bakkus- Café Bistrô e Armazém Em breve na Cidade Baixa, Espaço Bakkus- Café, Bistrô e Armazém. Um lugar diferente e aconchegante, com mais de mil objetos an gos de decoração. Reservamos para reuniões de grupos, festas e eventos. Bar em funcionamento para Happy, bebidas especiais e ra gosto. Lugar aconchegante para almoçar, tomar um café e descontrair. Aguardem...
Espaço Nomeando é um grupo cultural, empenhado em divulgar a cultura de Africa, e as raizes de nossa africanidade, danças, cantos e outras linguagens de expressão ar s cas.Sem deixar de trabalhar com nossas propostas e movimento cultural. A vidades para Junho PERCUSSÃO Terças - 10h às 11h / 14:30 às 15:30 Sábados - 10 às 12h DANÇAS AFRICANAS Terças - 11h às 12h / 16h às 17:30 Sextas - 18:30 às 20h OFICINA LIVRE DE RITMOS BRASILEIROS: pesquisa e criação Sextas - 16h às 17:30 Sábados - 15h às 17h MUSICALIZAÇÃO PARA CRIANÇAS Sextas -15h às 16h CAPOEIRA ANGOLA Terças e quintas - 20h às 21:30 YOGA Segundas e quartas - 18 às 19h
O Boteko do Caninha Localizado na Rua Barão do Gravataí, 577, Cidade Baixa, tem o ambiente que o bairro valoriza por trazer manifestação ritma do samba e MPB, incrustando em suas paredes a cultura popular. No fim de semana, o movimento é intenso, com a realização de eventos e saraus. É atendido pelos proprietários Evandro e Cris, que valorizam a clientela que conquistaram. Mas nem tudo são flores na Barão do Gravataí, O Boteko do Caninha, sofre perseguição subterrânea de alguns moradores do bairro, quando panfleteiam os prédios ao redor, induzindo os moradores a denunciar às autoridades supostos ruídos e agressões ao meio ambiente. Apesar de tudo, o Boteko do Caninha con nua sua trajetória de alegrar com arte e música as noites da Cidade Baixa. Para junho o Boteko reserva, dia 02 Feijoada com convites no local e dia 06 o Sarau Sopapo Poé co.
Bar Pinguim Quem não conhece as mesas repletas de pessoas alegres em frente ao Pinguim Bar, na Rua da República esquina com a Lima E Silva. Ali o Happy Hour é um prazer obrigatório aos passantes e assíduos frequentadores.
Eu vou pra Cidade Baixa
Prolongar a noite num lugar especial, onde a magia de uma voz seduz entre um cálice de vinho bordeaux. Viva cada minuto com muita paixão na Cidade Baixa.
Apoio Cultural :
O prazer de viver a noite
Rua Lima e Silva, 272
Rua João Alfredo, 512
Rua da Republica, N°30
Barão do Gravataí, 577
Lima e Silva, Esquia Rua da República