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O grande lance desta coleção é a pintura de onça no tom rosa.
Cabelo sujo ou só oleoso?

Reforma Tributária



Xuxa meneghel debruça sobre a própria trajetória em documentário inédito

A o N ç A D ei XAND o r A stro em s Ão pAulo…
O grande lance desta coleção é a pintura de onça no tom rosa.
Cabelo sujo ou só oleoso?
Xuxa meneghel debruça sobre a própria trajetória em documentário inédito
p esquisa do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social aponta que o novo cenário é promovido por pagamento em junho dos novos valores do programa Bolsa Família.
Atividade econômica movimenta r$ 12,6 bi
Banco do Brasil e a Guerra do paraguai terceira maior população carcerária em mossoró
sANtos 5
Perfil de presos no presídio federal é de homens com idade entre 35 e 45 anos. seGurANçA 5
Aventura vai desvendar a primeira comitiva oficial do RN
uern chega a 780 diplomas entregues no ano
Ciclo de colações de grau marca o fim da graduação para estudantes de 48 cursos . mossoró 4
Vale como prova da admiração de quem teve a honra de conhecê-lo e o privilégio de ler a obra que o manterá para sempre vivo, pelo primor literário e pela riqueza humana com que engrandece o memorialismo brasileiro.
Poucos homens compreenderam tão profundamente a vida quanto Pedro Nava, cujos 120 anos do nascimento se completam em 2023. Para ele, o estar no mundo transcendia a circunstância pessoal para se fazer história de uma família, recordação de um lugar, testemunho de uma época. Talvez, por isso, a bala com que pôs termo à própria existência, no dia 13 de maio de 1984: aos 81 anos incompletos, transfiguravase em memória, silencioso personagem da procissão que lentamente caminha pelos milhares de páginas do Baú de ossos, Balão cativo, Chão de ferro, Beira-mar, Galo das trevas, O círio perfeito e o inacabado Cera das almas. Mais do que apenas grandes livros, são, pela beleza, pela força e pela importância que neles se reconhecem, verdadeiras joias literárias, com a monumentalidade de À la recherche du temps perdu , de Marcel Proust.
No pequeno mas vigoroso artigo que dedicou a Pedro Nava na Folha de S. Paulo, dois dias depois do suicídio do escritor, o jornalista Tarso de Castro foi corajoso o suficiente para “entregar” os insaciáveis oportunistas de plantão que pululam na literatura ‒ na nossa e na de todo o mundo, que a natureza humana é a mesma. São espécimes ridículos que, mal se enterra o autor, saem de cartas em punho a propagar nos jornais uma velha amizade que simplesmente não houve. Pobres elementos esses, para quem o morto vale na exata medida dos dividendos que lhes possa render (num futuro não muito distante, se possível). O defunto, esse estará convenientemente enterrado, garantindo o “sujo prazer da intimidade”, como diz Tarso: “Pior, Nava, do que a morte deve ser o uso da morte, essa imensa e infantil impossibilidade de dizer não”.
Posto isso, fique claro que este artigo não se propõe o milagre de nos tornar, a mim e a Nava, amigos de infância, mesmo porque 50 longos anos nos separam as idades. Recordo, apenas, o homem que entrevistei uma vez e de quem recebi umas poucas e pequenas cartas, nada mais.
Em 1978, embalado pela vaidade do primeiro livro, mandei alguns exemplares para escritores da minha admiração, Pedro Nava entre eles. De quem a generosidade e a doçura de caráter teriam feito, com certeza, um péssimo crítico literário: o memorialista não poupa elogios a poemas que hoje renego totalmente, do primeiro ao último. Depois de aludir à nota biográfica aposta ao volume, observa o autor do Balão cativo, com o critério que lhe nortearia a obra toda: “Na referida segunda capa há referência a Rodolfo Teófilo (conheci pessoalmente esse amigo de meu tio Antônio Sales), onde se diz que ele era médico.
Creio que há engano. Apesar de ter exercido ao seu tempo uma medicina filantrópica, preparando e inoculando vacina antivariólica, ao que eu saiba ele era apenas farmacêutico.
Verifique bem.”
Nava simplesmente não deixava carta sem resposta, fosse de quem fosse. A ponto de matéria de jornal elegêlo um dos mais assíduos clientes da empresa dos correios. Recebia de tudo: fotos, livros, recortes ou simplesmente impressões de leitura, numa comovente prova da admiração que lhe reservavam os milhares de leitores.
Em correspondência de 7 de abril de 1981 fala novamente em Antônio Sales, o tio afim por quem nutria verdadeira devoção: “Recebi sua carta de 22 de março com o excelente artigo do Sânzio de Azevedo sobre meu tio Antônio Sales. Fico gratíssimo pelo seu interesse de me pôr a par dessa publicação e pelo que mostra pelo meu livro a sair. O Galo-das-trevas está andando devagar na José Olympio. Já passou pela parte técnica de revisão da linguagem e da diagramação e tenho provas prometidas para o meio deste mês, ou seja, para daqui a dias. Vamos ver se tudo isto é cumprido ou se teremos motivo para temer um atraso. Como o livro foi programado para maio, já era tempo de ter passado pela revisão. Em todo caso espero que pelo menos até fins de junho o galo esteja cantando ou cacarejando.”
No Baú de ossos Nava evoca carinhosamente sua avó paterna, D. Cândida Pamplona da Silva Nava, cearense de Aracati, cujo doce de caju jamais lhe sairia da lembrança. Num bilhete que me fez em 1981, agradece o escritor algumas publicações que lhe havia remetido, entre elas o Museu Jaguaribano, que, segundo ele, “dá orgulho a quem tem sangue do Aracati”. De fato, Nava punha na mais alta conta suas raízes cearenses. Em carta de 15 de novembro de 1981, esclarece: “A minha proporção de cearense é de 75 por cento, e não a de
85 que você me dá”. E prova, num bem cuidado diagrama: avô maranhense ‒ avó cearense ‒ pai cearense; avô cearense ‒ avó mineira ‒ mãe mineira. Sabedor dessa sua estima pelo Ceará, presenteei-o certa vez com o delicioso doce de caju produzido na Chácara São João Gualberto, em Aracati, por minha tia Zuleica Porto. O agradecimento veio proustiano e caloroso: “Recebi o doce de caju que Você me mandou. É sem tirar nem pôr o mesmo de minha avó: obrigado pela onda de infância e de recordações da doce velha que veio de suas mãos ‒ cada vez que eu o saboreava era aquele mergulho no passado. Economizei o mais possível, mas infelizmente acabou.” E concluiu: “Muito grato por sua impressão do meu Galo-das-trevas. Felizmente o livro tem feito boa carreira. Antes de quinze dias de saído entrava em segunda edição, e antes de ter um mês, na terceira. Posso dizer sem vaidade besta (os números não mentem) que bati um record. Quanto ao seu pedido de mais um volume ‒tem que ser devagarinho. Vou escrevendo o sexto de minhas memórias, mas muito lentamente.”
Conheci pessoalmente Nava em 1981. Numa tarde de janeiro fomos recebidos, Ana Maria e eu, no belo e confortável apartamento no bairro da Glória, no Rio de Janeiro. Ao lado de sua mulher, D. Nieta, deu-nos a impressão de um casal tranquilo e feliz. A conversa variou da literatura à medicina, sempre dominada pela cativante simpatia do anfitrião. Nava era um causeur extraordinário, o que não
dIreçÃO geral: César Santos dIretOr de redaçÃO: César Santos gereNte adMINIStratIVa: Ângela Karina deP. de aSSINatUraS: Alvanir Carlos
admira em se tratando de mineiro. Nisso residia, sem dúvida, um dos motivos do fascínio que exercia sobre quem dele se acercava.
Voltaríamos à Glória no início de 1984, agora de gravador em punho: combináramos, por telefone, uma entrevista para o “DN Cultura” (“Em busca do tempo vivido”, 1º de abril de 1984). Alegre e bem-disposto, prontificou-se Nava a responder a tudo que lhe fosse perguntado. E o fez sempre com brilho, admiravelmente lúcido e participante nos seus 80 anos. Em razão do espaço, duas perguntas deixaram de constar no texto final da entrevista, incluídas, depois, na versão publicada em livro (Palavra de escritor. Brasília : Thesaurus, 1995). Quando quis saber se o fantasma da poesia deixara de tentá-lo ‒ a ele, que com “O defunto” entrara na Antologia dos poetas brasileiros bissextos contemporâneos , de Manuel Bandeira ‒, respondeu-me:
— Ainda tenta, eu é que não consigo. Acho a minha poesia sem espontaneidade, sem aquele alumbramento que você encontra num Murilo Mendes, num Drummond, num Vinicius, num Bandeira. A gente tem a impressão de que aquilo é uma possessão, um estado de êxtase. Eu nunca senti isso, a não ser em dois poemas que fiz: “O defunto” e “Mestre Aurélio entre as rosas”, que foram escritos de um jato. São poemas longos e quase sem correções. As correções que houve no “Defunto” foram feitas por Manuel Bandeira, que gostava dos versos. Depois eu vi que aquele não era o meu poema. Então voltei ao ruim, tirei o bom do Bandeira pra vestir minha roupa: ele me dera um smocking emprestado, eu peguei meu paletó-saco outra vez...
A outra pergunta foi sobre o Rio que ele tanto amava: como via o problema da violência social que hoje caracteriza nossas grandes cidades?
— Eu acho que essa violência do povo carioca ‒ como de resto do brasileiro, de uma maneira geral ‒ resulta de duas coisas. A primeira é que o brasileiro não se sente dono
de sua terra. Temos a impressão de que ainda estamos colonizados, nossa reação é a do colono. Eu, por exemplo, não me sinto dono desta terra de maneira nenhuma: sou uma espécie de posseiro aqui. Somos colonizados por uma pequena casta, uma elite financeiro-militar que nos está governando nos últimos tempos. O outro fator é a profunda crueldade, a profunda maldade com que o governo trata o brasileiro: por qualquer coisa se dá uma solução policial. Isso vem dos nossos hábitos coloniais. Um exemplo: ninguém admira mais o Oswaldo Cruz do que eu. Mas a vacina obrigatória foi uma violência, uma coisa feita com o auxílio da polícia: em vez da persuasão, da educação nas escolas, aquilo se fez de maneira brutal, um ato de benemerência grosseiramente praticado. Assim, nós não opinamos com relação ao Brasil. Eu, amanhã, posso tomar uma surra da polícia, posso me dirigir a um policial e ser desacatado, porque eles têm o rei na barriga, um simples soldado com aquele revólver do lado. Ele está caçando um sujeito pra matar. Acho que o principal fator de violência vem do governo, dos mandantes do Brasil ‒ os atuais e os passados. É uma questão que vem de muito longe, essa da violência de cima pra baixo. A polícia da Inglaterra, desarmada, seria o nosso ideal: tenho a impressão de que se a nossa polícia se desarmasse, espancasse menos e não torturasse, a violência diminuiria. Porque hoje o sujeito que vai para um assalto, para um ato de terrorismo, tem que ser um bravo, ele vai disposto a morrer. O assaltante é um camicase, ele vai porque sabe que morre. Se não morrer na hora pode morrer na prisão, e ser jogado fora no rio Guandu, numa lixeira qualquer aí em roda da cidade.
Estou certo de que a culpa pela violência é menos do povo do que de quem manda nesse povo.
Poucos escritores, em toda a nossa literatura, sentiram e entenderam a vida como Pedro Nava, no que ela tem de mais profundo como fenômeno histórico. Ficou a sua obra, prova definitiva disso. Cumpre lê-la toda, a quem não o fez ainda: é a maior e a mais justa homenagem que se lhe poderá prestar.
BanCo do BrasiL
>> D. p edro ii usou a Fala do trono para pedir aos senadores e deputados que autorizassem o governo a criar um banco nacional
rEm maio de 1853, D. Pedro II usou a Fala do Trono (discurso que os imperadores do Brasil proferiam no Parlamento no início e no fim de cada ano legislativo) para pedir aos senadores e deputados que, com urgência, autorizassem o governo a criar um banco nacional. De acordo com documentos históricos hoje guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, D. Pedro II discursou: — Augustos e digníssimos representantes da nação, recomendo-vos a criação de um banco solidamente constituído, que dê atividade e expansão às operações do comércio e da indústria. Nas circunstâncias em que felizmente já nos achamos, semelhante instituição é um elemento indispensável de nossa organização econômica.
Edifício que entre 1854 e 1926 abrigou a sede do Banco do Brasil, na Rua da a lfândega, no Rio de Janeiro
Quando D. Pedro II proferiu aquela Fala do Trono, o Império contava com meia dúzia de bancos, todos privados, localizados em certas capitais e com pouco ou nenhum alcance fora de suas províncias. No geral, quem precisava de dinheiro emprestado recorria a agiotas. Naquele Brasil já inserido no capitalismo, isso era um atraso clamoroso que atravancava os negócios. O governo, por sua vez, buscava crédito em bancos britânicos.
A primeira experiência bancária do Brasil remonta a 1808. Depois de fugir de Lisboa e instalar-se no Rio de Janeiro, o príncipe regente D. João criou o primeiro Banco do Brasil, que teve como missão financiar o império luso-brasileiro.
Forçado a voltar para Lisboa em 1821, o rei D. João VI levou consigo boa
parte dos recursos do banco. As dificuldades financeiras viraram uma bola de neve, e o Banco do Brasil foi liquidado oito anos mais tarde, no reinado de D. Pedro I.
Em 1833, a Regência chegou a aprovar uma lei prevendo a criação de um novo banco nacional, mas ele não saiu do papel. Os possíveis investidores, traumatizados pelo fracasso da primeira experiência, recusaram-se a apostar no projeto.
O pedido do imperador foi uma ordem. Em questão de semanas, o Senado e a Câmara dos Deputados aprovaram o projeto de lei redigido pelo governo. Em 5 de julho, D. Pedro II assinou a lei bancária.
Assim, há 170 anos, nasceu o Banco do Brasil. Trata-se do banco mais longevo do país. A Caixa Econômica, sem o adjetivo “Federal” e com ação limitada ao Rio de Janeiro, seria fundada oito anos depois.
Uma das explicações para o projeto do Banco do Brasil ter virado lei com tanta rapidez está no entendimento unânime de que o Império carecia de uma instituição responsável por organizar e conduzir o sistema bancário nacional.
Os papéis do Arquivo do Senado mostram que os senadores vitalícios do Império, não importando a orientação política, pensavam da mesma forma.
— Senhores, o grande melhoramento material que há a fazer no meu país é, sem dúvida, relativamente ao estabelecimento de um banco — avaliou o senador Hollanda Cavalcanti (PE). — Devo dizer que voto pelo projeto [de criação do Banco do Brasil] porque, além de outras vantagens, deve produzir duas muito importantes: regularizar a ação dos bancos existentes e contrariar a dos bancos estrangeiros — argumentou o senador Alves Branco (BA).
Depois da ruína do primeiro Banco do Brasil, passaria quase uma década até que outras instituições bancárias surgissem. Uma das pioneiras foi o Banco Comercial do Rio de Janeiro, organizado em 1838 por negociantes e emprestadores particulares.
Em 1851, o empresário Irineu Evangelista de Sousa (futuro Barão de Mauá) criou no Rio de Janeiro uma instituição privada chamada Banco do Brasil (a segunda com esse nome), que imediatamente se transformou na maior empresa do ramo no Império.
Por essa razão, a missão número um do Banco do Brasil — criado pela lei de 1853 (o terceiro banco com esse nome) — foi re-
colher do mercado os vales dos bancos privados e substituí-los por cédulas oficiais. Ele ganhou o monopólio das emissões.
Por meio do Banco do Brasil, o governo imperial passaria a ter controle sobre o papel-moeda, elevando ou reduzindo sua disponibilidade na praça conforme as necessidades econômicas do momento.
Apesar de estar ligado ao Estado, esse Banco do Brasil era privado. Ele resultou da fusão do Banco Comercial de 1838 com o Banco do Brasil de 1851 e herdou o nome desse último. Os proprietários das duas instituições extintas passaram automaticamente a ser acionistas do novo banco.
Não foi por acaso que
se optou pela fusão. Primeiro, porque o caixa dos dois bancos garantiria o capital necessário ao funcionamento do novo Banco do Brasil. O governo imperial não dispunha de recursos suficientes para criar um banco estatal. Depois, porque a fusão seria a forma mais fácil de se livrar dos dois bancos que mais emitiam vales no Império.
A lei de 1853 determinou que caberia ao governo imperial a escolha do presidente e do vice-presidente do Banco do Brasil. Os escolhidos, contudo, precisavam ser acionistas da instituição. Foi graças a esse expediente que o Estado pôde utilizar um banco privado para direcionar a política monetária do país.
>> Manoel de Assis
Mascarenhas disse “não posso concorrer com o meu voto para semelhante arbítrio”
governadores ao país.
mais emissões faziam, mais eles lucravam e mais dividendos os seus acionistas recebiam.
O senador D. Manoel, concordou:
O economista Thiago Gambi, estudioso do Banco do Brasil do Império e professor de história econômica na Universidade Federal de Alfenas (Unifal), entende que aquele banco dos tempos de D. Pedro II tem semelhanças com a Petrobras de hoje:
Houve senadores que viram com preocupação a possibilidade de a ligação entre o Estado e o principal banco do país se estreitar demais. Um deles foi o senador Manoel de Assis Mascarenhas (RN), mais conhecido como D. Manoel, que apontou um risco econômico:
— Além do arbítrio para a nomeação do presidente, o projeto dá ao governo a faculdade para aumentar o fundo capital, criar caixas filiais onde e como entender etc. Tudo se dá ao governo, e nada se reserva ao Corpo Legislativo! Não posso concorrer com o meu voto para semelhante arbítrio. Tais autorizações, no caso de um governo esbanjador e de agentes indiscretos, podem acarretar as mais deploráveis consequências.
O senador Hollanda Cavalcanti, por sua vez, vislumbrou um risco político:
— Uma corporação comercial, senhora de todas as transações internas, podendo dispor de capitais consideráveis, há de ter uma grande influência política. Ou o governo há de sempre transigir com ela, ou ela é que dará sempre
Um dos problemas crônicos daquele sistema bancário rudimentar era a falta de cédulas e moedas em circulação no Império. Para suprir essa deficiência do Tesouro, os bancos privados emitiam vales, que eram cédulas paralelas tão aceitas no mercado quanto às cédulas oficiais do Tesouro.
Esses vales provocaram um efeito colateral sério. Os bancos se sentiam estimulados a produzi-los desenfreadamente porque, quanto
Para o governo, a economia e a população em geral, isso era péssimo. O excesso de dinheiro em circulação alimentava a inflação e desvalorizava a moeda brasileira no mercado internacional, afetando as importações e as exportações do Império.
Nas discussões do projeto bancário de 1853, o senador Visconde de Olinda (PE) avaliou:
— É indispensável pôr em ordem o meio circulante, porque o seu estado é verdadeiramente forçado. Retirar, porém, o papel existente sem um intermédio que o substitua é impossível, e esse intermédio só pode obter-se por meio de um banco.
— Não me oponho de forma alguma a que se regenerem as finanças do país, a que se retire gradualmente de circulação a grande massa de papel fiduciário que existe. Deve-se, portanto, criar um estabelecimento que devidamente preencha esses fins.
Para o senador Hollanda Cavalcanti, a emissão de papel-moeda deveria ser uma incumbência exclusiva do Estado:
— Entendo que banco é sinônimo de casa de moeda e que casa de moeda não a pode ter ninguém senão o governo. Portanto, o banco que emite sendo estranho ao Estado ou é uma anomalia, ou é um status in statu [Estado paralelo].
— O Banco do Brasil era uma instituição privada com interesse público. Enquanto os acionistas almejavam o lucro, o governo utilizava o banco buscando manter a economia saudável. Os embates entre os dois lados eram constantes. A Petrobras, que é uma empresa de capital misto, repartida entre a União e os acionistas, vive uma situação parecida. Os acionistas pressionam para que o preço dos combustíveis siga o valor internacional, para que tenham mais lucro. O governo, por sua vez, age para segurar o preço dos combustíveis, de modo a manter a inflação mais baixa.
Surgiram outras críticas ao Banco do Brasil. Na discussão do projeto de lei, o senador D. Manoel avaliou que seria um erro se o futuro banco não oferecesse linhas de crédito à agricultura. A economia do Império dependia dos cafezais e da mão de obra escrava. D. Manoel disse:
— A Fala do Trono recomenda a criação de um banco “que dê atividade e expansão às operações do comércio e da indústria”. É claro que não se trata da indústria agrícola, e sim da manufatureira. Destina-se o banco, portanto, a proteger o comércio, que é o ramo de indústria mais protegido no país. A lavoura, que é o ramo que deve merecer a mais especial atenção, que se acha na maior decadência, que corre risco de desaparecer em poucos anos se não for já e já protegida, essa não encontra proteção no novo estabelecimento bancário.
O Banco do Brasil se desviou da missão original quando explodiu a Guerra do Paraguai, em 1864. O governo imperial precisou recorrer a ele para fazer frente aos elevados gastos militares que inesperadamente surgiram. Para dar conta da nova demanda, o banco se viu obrigado a fazer grandes emissões de papel-moeda.
Em 1866, com a Guerra do Paraguai em curso, o governo imperial decidiu tirar do Banco do Brasil a incumbência de fazer emissões, transferindo-a para o Tesouro. Dessa forma, buscou baixar os juros dos empréstimos
governamentais decorrentes da guerra.
Tal mudança se fez por meio de um projeto de lei aprovado pelo Senado e pela Câmara. O autor da proposta foi o senador Silveira da Motta (GO), para quem o banco deveria ter outra missão: — O meu pensamento principal é dar um corretivo aos inconvenientes que o Banco do Brasil tem manifestado como banco de circulação e, ao mesmo tempo, substituir esse banco por uma instituição que o país mais altamente reclama, a de um banco hipotecário. Assim, ele poderá servir mais
eficazmente à indústria principal do país, que é a lavoura, oprimida pela falta de capitais que a alimentem para o futuro e sob a pressão dos pagamentos das dívidas que a oneram.
Embora continuasse grande, o Banco do Brasil perdeu a importância política e, na prática, tornou-se um banco comercial como qualquer outro. Nos empréstimos aos latifundiários, de acordo com historiadores, aceitava pessoas escravizadas como garantia — prática bancária comum no Império.
Em 1893, já na República, fundiu-se com outro banco e
perdeu o nome original. Tornou-se o Banco da República do Brasil. Na década seguinte, ficou à beira da falência. Para evitar que o maior banco do país quebrasse e deflagrasse uma crise bancária generalizada, com clientes sacando todo o seu dinheiro, o governo viu-se obrigado a resgatá-lo em 1905. Acabou, assim, tornando-se o acionista majoritário.
Sem que isso estivesse nos planos do presidente Rodrigues Alves, o banco que havia sido criado em 1853 se transformou numa instituição pública. O nome original foi recuperado.
O crescimento se deu de forma significativa na República. Logo o Banco do Brasil se transformou no financiador oficial da agricultura,
status que até hoje conserva. Ele voltou a ser, tal qual no Império, o principal instrumento do governo para as políticas monetárias — o Banco Central, atual autoridade monetária, só seria criado em 1964.
Hoje uma empresa de economia mista, é a segunda maior instituição bancária do país em ativos, atrás apenas do Bradesco.
Existem divergências sobre o ano de fundação do atual Banco do Brasil. Há aqueles que apontam 1808, por causa do banco criado por D. João, ou 1851, considerando o empreendimento do Barão de Mauá. O primeiro, contudo, foi fechado e não tem ligação direta com o atual. O segundo, por sua vez, foi puramente comercial e não
esteve sob a tutela do Estado.
Há, ainda, aqueles que entendem que o atual Banco do Brasil foi criado em 1905, quando o governo assumiu o controle acionário. Isso, porém, desconsidera que, apesar de ter passado por inúmeras reformas ao longo desse tempo, a instituição funcionava ininterruptamente desde a lei de 1853.
Em janeiro deste ano, a presidência do Banco do Brasil foi ocupada por Tarciana Medeiros, funcionária de carreira da instituição. Trata-se da primeira mulher a dirigir o banco nestes 170 anos de história. Tarciana é negra, nordestina de Campina Grande (PB), de origem pobre e militante das causas LGBT.
cesar@defato.com
Odesempenho do tesouro estadual em junho apresentou um crescimento nominal de 14,8% em relação ao mesmo mês em 2022 e um aumento real de 11,6% em função da desvalorização provocada pela alta de preços.
Os números constam na 44 ª edição do Boletim de Atividades da Fazenda Estadual e somam transferências de recursos da União para o Estado. No mês passado, o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) para o Rio Grande do Norte foi de R$ 543 milhões, além de receber cerca de R$ 20 milhões em royalties.
No que se refere às receitas próprias, o ICMS chegou a R$ 689 milhões em junho – o que sugere um aumento nominal de 13,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Porém, descontando a inflação acumulada nos últimos
12 meses, o incremento de receita foi mais tímido, R$ 10,3%, já que o IPCA acumulado nesse intervalo chegou a 3,16%, segundo o IBGE. Com esse desempenho do principal tributo que compõe as receitas próprias do estado, a arrecadação de junho ficou em R$ 768 milhões.
O boletim aponta que as empresas potiguares voltaram a apresentar boa performance na comercialização de mercadorias. No último mês do primeiro semestre, as vendas no estado atingiram um montante de R$ 12,6 bilhões negociados, o que representa um crescimento de 1,8% em comparação com o volume faturado em junho de 2022. Até o primeiro semestre do ano, as vendas acumuladas totalizaram R$ 73,6 bilhões em receitas.
Ainda foram efetivadas mais de 36,6 milhões de operações comerciais em todo o estado. Parte dessas transações ocorreu no varejo, o setor foi responsável pelo maior volume de vendas registrado no período. Ao todo, as empresas do comércio varejista potiguar faturaram R$ 3,39 bilhões. As cifras correspondem a
AllYSoN BEZERRA Prefeito de Mossoró evitando debate sobre escolha de vice nas eleições 2024
A jornalista Nadja Haddad, apresentadora do reality show de TV 'Bake Off Brasil' no SBT, é uma das atrações do Império Premium, que será aberto nesta segunda-feira, 17, no Thermas Hall. Oportunidade única para os apaixonados da confeitaria. Império Premium é o evento de certificação das alunas da Ana Brownie. É a primeira edição que acontece em Mossoró.
Os empreendimentos do Cidade Atacadão e Assaí Atacadista vão abrir mais de 520 postos de trabalho em Mossoró até o final do ano. As duas unidades do Cidade absorverão 250 funcionários, com seleção aberta no painel de empregos da Prefeitura. Já a Assaí está com 278 vagas abertas, com seleção no site: expansaoassaimossoro.gupy.io/. Inauguração antes de dezembro.
um aumento de 12,5%, tomando junho do ano passado como referência.
Já os bares, restaurantes e similares registraram o segundo maior crescimento do mês entre os segmentos analisados pelos auditores da Fazenda Estadual, 12,1%, devido a um volume de vendas superior a R$ 194 milhões. No atacado, não foi diferente e as organizações desse setor apresentaram uma alta nas vendas da ordem de 12,6% como resultado de um faturamento de R$ 2,33 bilhões.
O crescimento foi semelhante às vendas da indústria de transformação, que subiram 10,8% em junho chegando a um volume de R$ 1,83 bilhão no mês. A indústria extrativista também teve um avanço de quase 6%, movimentando R$ 336 milhões. Entre os setores pesquisados, a revenda e distribuição de combustíveis registraram uma queda de 22,5% no faturamento em junho. As vendas do setor somaram mais de R$ 1,52 bilhão.
O Boletim de Atividades da Fazenda Estadual é divulgado mensalmente para monitorar os números da evolução financeira e econômica do Rio Grande do Norte.
No encontro da federação partidária em Mossoró, o PCdoB manteve a defesa de frente ampla para enfrentar o prefeito Allyson Bezerra (União) nas eleições do próximo ano. Entende que é preciso sair da "caixinha" do PT local para defender um projeto para Mossoró. O PV concorda com a ideia.
A deputada Isolda Dantas, que é o nome do PT no tabuleiro sucessório, não será obstáculo para dialogar com outros segmentos da oposição. No entanto, setores mais radicais do PT ainda estão presos no passado e acham que podem caminhar só.
O prefeito Allyson Bezerra (União Brasil) mandou recado para os aliados mais açodados: só vai definir o vice dias antes da convenção partidária, em julho de 2024. E não adianta forçar a barra.
O bairro Barrocas, na zona norte, recebe hoje o programa "Vida na Praça", da Secretaria de Esportes. As atividades são voltadas para a qualidade de vida da população. Às 17h.
O Partage Mossoró está com programação especial para o mês das férias, com destaque para os shows de Mickey e sua turma, no dia 20; e a Semana da Barbie, que acontecerá entre os dias 20 a 29, com lançamento do novo filme e show.
Se o Potiguar vencer o Santa Cruz hoje, em Recife, carimba a sua classificação para fase do mata-mata da Série D. Qualquer outro resultado transfere a decisão para o próximo domingo, 23. Uma semana para a Prefeitura reabrir o Nogueirão.
O ator e cantor Thiago Martins é a atração da programação de inauguração do West Acqua Park neste domingo. Trata-se do maior parque aquático do Rio Grande do Norte, localizado em Martins, na região do Alto Oeste. Vamos lá.
Em 2004, nesta data, era lançada a fábrica da Itagres no Distrito Industrial de Mossoró. Início de um sonho frustrado. Agora em 2023, a empresa catarinense foi embora para nunca mais voltar, deixando dívidas e outros problemas.
devedor não pague parte das parcelas.
Por G1
Apesar de terem sido citadas quando o Desenrola, de renegociação de dívidas, foi anunciado pelo governo federal, débitos com concessionárias, como as de água e esgoto, luz e gás, ainda não poderão ser renegociados dentro do programa.
Eles devem fazer parte da segunda fase do programa, que começa em setembro e será voltada para bra-
sileiros com renda de até dois salários mínimos e dívidas de até R$ 5 mil. Nessa etapa, o devedor poderá consultar uma plataforma digital na qual as instituições financeiras farão uma espécie de “leilão de acordos”.
Ganha quem oferecer as condições mais vantajosas ao consumidor. Para atender esse público, o governo entra com R$ 8 bilhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO). Funciona como uma proteção aos bancos caso o
Para especialistas, o adiamento da inclusão desse tipo de dívida afeta principalmente consumidores mais pobres, que podem ficar mais tempo com o nome negativado e até ter os serviços essenciais cortados.
Pelo Mapa da Inadimplência do Serasa, em dezembro do ano passado — data limite de inscrição do débito para participação do programa — 22,25% das dívidas das famílias brasileiras eram com as contas básicas de consumo. A fatia que esse tipo de dívida representa no orçamento caiu do fim de 2022 para cá, mas de manei-
ra tímida. No levantamento de maio, correspondia a 21,45%.
Já a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), faz um recorte por renda. Pela edição do último ano, esses débitos pesavam no orçamento de 2,1% das famílias com renda de até 10 salários mínimos (R$ 12,1 mil, na época).
O percentual relativamente baixo se dá pelo fato de que esses débitos, quando não são pagos, afetam imediata-
O Republicanos terá chapa forte à Câmara de Mossoró, sob a batuta do ex-vereador Claudionor dos Santos. Trabalho iniciado, convites feitos a nomes que já habitaram no Legislativo.
O senador Rogério Marinho terá conversa definitiva sobre o comando do PL em Mossoró, entre Tião Couto e a ex-vice-prefeita Nayara Gadelha. Em agosto.
mente a vida das famílias: sem o pagamento, os serviços são interrompidos. Ainda assim, a inadimplência nesse tipo de despesa foi crescente no ano passado, principalmente entre os mais pobres, como observa a economista da CNC Izis Ferreira.
Ela destaca que a situação era ainda mais sensível em momentos do ano em que a inflação estava mais alta. Naquele cenário, com o orçamento apertado, muitos consumidores recorreram ao cartão de crédito para quitar contas de consumo, numa solução que acabava transformando uma despesa recorrente numa dívida com juros mais altos:
“Alcançamos 12% de inflação em determinado momento de 2022, com impacto principalmente em alimentação, transportes e medicamentos. As famílias precisavam escolher: vou comer e comprar remédios ou quitar dívidas?”.
Izis avalia que a não inclusão inicial dessas contas de consumo no Desenrola prolonga o quadro de inadimplência, deixando quem deve por mais tempo sem consumir:
“Quando você está inadimplente, independentemente se é a fatura do cartão ou a conta da internet, você fica alijado do mercado de consumo e crédito...”.
Questão de vice nós vamos escolher dias antes da convenção"
Dívidas com as contas de luz e gás ficam de fora da 1ª fase do ‘Desenrola’instituto HistóriCo
>> Viajantes vão recuperar os passos da primeira comitiva oficial realizada em 1861 pelo presidente da Província, Pedro Leão Veloso
Honório de Medeiros, André Felipe Pignataro e Gustavo Sobral embarcam, nos próximos dias, em uma aventura ao passado em uma viagem pelo presente. Juntos, em comitiva do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, vão ao sertão potiguar recuperar os passos da primeira comitiva oficial, a do presidente da Província, Pedro Leão Veloso, realizada em 1861. Outra só aconteceria nos anos 1930, com o interventor Mário Câmara e Luís da Câmara Cascudo.
Agora, eles pretendem realizar a viagem do século XXI, em comitiva oficial do Instituto Histórico. Confira os principais trechos da entrevista com os viajantes.
Como surgiu a ideia de refazer essa viagem?
Gustavo Sobral: A ideia da viagem surgiu lendo. Ou melhor, relendo. Foi ao reler “Viajando o Sertão” de Cascudo, resultado de sua viagem na companhia do interventor Mário Câmara, que reparei em algo que tinha visto, mas que não tinha me dado conta. Manoel Rodrigues de Melo, na nota de apresentação, menciona a viagem de Leão Veloso. Então, deu-se aquele estalo, e corri para contar a André Felipe Pignataro e a Honório de Medeiros. Foi um passo para inventarmos de seguir os passos daquela comitiva.
E que viagem foi essa?
Gustavo Sobral: Começamos então um trabalho detetivesco de recuperar a viagem de 1861. Saímos à cata de referências e fomos esbarrar no relatório do presidente da Província, pois eram eles obrigados, por lei e pelo cargo, a escreverem relatórios de suas atividades à Assembleia Provincial. Mas, embora completo, e sabemos que ali tinha os olhos de quem viu, não havia menção textual direta à viagem; também fomos aos jornais, e estava lá a notícia da viagem e algo mais, da gente que foi junto e encontramos um certo funcionário chamado Ferreira Nobre, autor da considerada primeira história escrita do Rio Grande do Norte. E lá, também, nenhuma menção, embora acreditamos, que também fruto de quem foi e viu. E agora? Bem, aí fomos
nos deparar com o rico histórico da viagem nas reportagens em série de Francisco Othilio Álvares da Silva para o jornal O Recreio. Foi um achado.
Poderia nos contar o motivo dessa viagem e por onde eles passaram?
André Felipe Pignataro: Leão Veloso assumiu a presidência da Província em maio de 1861. Em julho, com apenas dois meses de governo, já empreendeu em conhecer o interior do Rio Grande do Norte, com a intenção de, assim acreditamos, poder fazer uma melhor administração. Ele e sua comitiva cortaram os sertões potiguares e viram de perto os problemas da nossa gente e suas necessidades mais prementes. Dessa viagem, adveio o relatório de 1862, tido por Câmara Cascudo, em 1942, como o mais completo já apresentado. Aparentemente, essa era uma característica de Leão Velo-
- Honório de medeiros
so, que, um ano antes, em 1860, fez algo parecido na Província do Espírito Santo, conhecendo-a e preparando-a para a visita de D. Pedro II. A comitiva de Leão Veloso passou por diversas cidades e fazendas, demorando-se mais em Macau, Assú, Acari, Caicó, Martins, Pau dos Ferros, Portalegre, Apodi e Mossoró, até chegarem novamente em Macau, de onde retornaram para Natal no mesmo navio a vapor que iniciaram a viagem.
E por que a invenção de refazer os passos dessa comitiva?
André Felipe Pignataro: Esse projeto nasceu em 2019, quando Gustavo Sobral compartilhou comigo e Honório de Medeiros as recordações de viagem que Othilio escreveu n’O Recreio. Não me lembro quem deu a ideia da viagem, mas ela surgiu numa reunião que fizemos, e todos nós, prontamente, concordamos que
deveríamos refazer os passos da comitiva presidencial de 1861. Nosso objetivo era realizar o projeto em 2020, mas tivemos que adiá-lo por causa da pandemia de covid-19. Durante esse tempo, o assunto nunca deixou de ser discutido. Ou seja, é um sonho coletivo que, finalmente, iremos vivenciar.
Qual a importância, hoje, de uma viagem ao sertão?
Honório de Medeiros: Na perspectiva da viagem de Leão Veloso, e na medida do possível, fazer uma comparação, mesmo que imaginária, entre o que foi descrito por Othilio e o que encontramos.
O que esperam encontrar?
Honório de Medeiros: Os vestígios do passado. A sensação do compartilhamento imaginário. A alegria do ineditismo. O prazer do conhecimento.
Professor de Filosofia do Direito e Direito Constitucional, ensaísta, escritor, autor de Poder Político e Direito, Massilon e História de Cangaceiros e Coronéis.
- André Felipe Pignataro Furtado de mendonça e menezes Advogado e pesquisador, diretor de pesquisa do IHGRN.
- Gustavo sobral
Jornalista e escritor, tudo que escreve e publica está no site pessoal gustavosobral.com.br.
- o Instituto - 121 anos
Fundado em 1902, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte completou 121 anos em 2023. É a mais antiga instituição cultural potiguar. Abriga a biblioteca, o arquivo e o museu mais longevos em atividade do Estado. Promove exposições, palestras e atividades voltadas à manutenção e divulgação da cultura, história e geografia norte-rio-grandense, e publica a sua revista desde 1903, sendo a mais antiga em circulação no Rio Grande do Norte.
crispinianoneto@gmail.com
não existe bolsonarismo. O que existe é alienação e fascismo
Otuiteiro Marcelo Pimentel analisa que 90% dos brasileiros que votaram em Bolsonaro não são exatamente bolsonaristas. São da “bolha conservadora, militarista, reacionária, retrógrada, fardada, de direita, neoliberal e até neofascista”. Lembra que Bolsonaro está inelegível e essas pessoas continuarão sendo daquela bolha e votando em quem satisfaz suas expectativas reacionárias e anti-humanas.
Ressalta que é um erro chamar os posicionamentos desse contingente de “Bolsonarismo”, é valorizar um sujeito desqualificado, que na última quadra histórica da política brasileira encontrou as condições objetivas para se tornar um ponto de galvanização das idiossincrasias desses seres politicamente quadrados, mas que, independentemente de Bolsonaro a parte alienadamente ideologizada dessa galera, vai continuar votando em qualquer sujeito estúpido e grosseiro que surja por aí levantando estas bandeiras representativas do atraso, da injustiça social, do preconceito e da opressão.
Outros tuiteiros concluem que estas “Maria vai com as outras” sempre estiveram aí. Eram baba-ovos dos milicos, passaram a eleitores de Sarney, depois de Collor, Fernando Henrique Cardoso, Serra, Temer, Aécio e até o próprio Bolsonaro. Todos defendidos pela imprensa hegemônica. Só que, com Bolsonaro, eles saíram do armário...
Há uma disputa para ver quem ficará com esse eleitorado. Os nomes mais cotados são Tarcísio de Freitas e Romeu Zema, governadores de São Paulo e Minas, dois dos maiores colégios eleitorais do País. Mas tem outros nomes na disputa. Um deles é o de Michelle Bolsonaro que não convence nem a própria família Bolsonaro. Mas a disputa está aberta. Até Rogério Marinho já soltou algumas lágrimas imitando Bolsonaro e se colocou à disposição do fascismo para ocupar o lugar de candidato a presidente, vazio depois da inelegibilidade Seu Jair. Não duvido que ele consiga, como conseguiu ser o candidato da direita a presidente do Senado. Não tem competitividade, mas não tem nada a perder. Com mandato até 2030 no Senado, em 2026, não põe seu mandato em risco e ainda se projeta como nome nacional, num momento de profundo vazio de lideranças de direita e, principalmente, de extrema direita. Rogério é aquele socialista que virou liberal, associou-se um grupo de extrema direita e não terá nenhuma dificuldade de se assumir fascista, pois está dito por Creonte, em Gota d’água, de Chico Buarque, a cadeira molda o homem pela bunda...
Passagens baratas
Governo Lula vai oferecer 1,5 milhão de passagens a R$ 200 reais.
Lula está conseguindo fazer coisas simples que atingem positivamente a milhões de pessoas.
O projeto “Desenrola” está tirando da lista suja milhões de brasileiros que devem e não podem comprar a crédito no mercado. São cerca de 70 milhões de brasileiros pendurados. Isto, aliado aos juros altos tem paralisado o comércio. Não por acaso dezenas de lojas continuam fechando, mesmo com a clara recuperação da economia.
Presidente do bC
Excelente exemplo para o Brasil. A Austrália destituiu o seu presidente do Banco Central porque ele elevou muito as taxas de juros. Isso mostra que o Banco Central não pode ser tão independente assim.
Militares nas esColas
Que barbaridade! Militares da reserva que atuavam nas escolas cívico-militares como auxiliares de gestão e assessoria, sem dar aula, recebiam um adicional cujo valor chegava até a R$ 9.152,00. No Brasil, num ranking dos Estados, a média salarial de professores vai de R$ 2.500,00 a R$ 5.000,00.
luc AS Gói S e h i G o SilvA Agecom/UFRN
Núcleo de Processamento de Alto Desempenho (NPAD/ UFRN), responsável por administrar o supercomputador da UFRN, mostrase como uma ferramenta essencial para a universidade devido ao crescente uso de computação de ponta em pesquisas científicas. Durante o último ano, o Núcleo apresentou um aumento significativo na produção de estudos que usaram a máquina.
O número de publicações vem aumentando a cada ano. Em 2017, no início das operações, foram publicadas seis, enquanto em 2022 foram 37, representando um aumento de mais de seis vezes.
Com o propósito de agilizar a realização de pesquisas, o supercomputador disponibiliza recursos computacionais de alto desempenho que aceleram simulações e processamento de dados massivos para projetos de pesquisadores da universidade e seus colaboradores. A comunidade atendi -
K A ren o liveir A Agecom/UFRN
Até o final de julho, estudantes da UFRN podem participar de uma pesquisa que busca entender a relação entre o uso de medicamentos para ansiedade e o perfil social e acadêmico de alunos da Universidade. A pesquisa pode ser respondida por este formulário.
O estudo Associação Entre o Uso de Psicotrópicos, Estresse, Ansiedade e o Perfil Sociodemográfico e Acadêmico de Estudantes de Graduação e Pós-Graduação faz parte do trabalho de conclusão de curso de Maria Luíza Fernandes. A estudante é graduanda em enfermagem pela Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (Facisa), localizada no campus de Santa Cruz da UFRN. Maria Luíza decidiu abordar o tema após ouvir de alunos de graduação que o ensino superior os afeta psicologicamente de uma forma negativa, com muitos
estudantes podem participar da pesquisa na uFrn
optando por utilizar medicamentos para a ansiedade sem recomendação médica.
O estudo busca entender a ansiedade e o estresse em alunos da UFRN e investigar se há uma relação entre o uso de medicamentos sem prescrição e o perfil sociodemográfico dos estudan -
tes. Segundo o professor Bruno Dantas (Facisa/ UFRN), pesquisador responsável pelo estudo, a ansiedade nas universidades não é muito estudada, por isso o projeto também visa dar atenção ao problema.
De acordo com o pesquisador, as universidades podem ajudar a remediar o
quadro de ansiedade e estresse nos alunos por meio da realização e divulgação de ações de apoio psicoemocional. Para o professor, também é necessário repensar a carga de trabalhos e atividades imposta por professores e avaliar se a demanda beneficia ou desmotiva os estudantes.
da pela ferramenta já soma mais de 600 pesquisadores entre professores, alunos e membros de instituições externas.
Na UFRN, são mais de 100 docentes dos mais diversos centros acadêmicos utilizando os recursos dos 128 nós computacionais instalados no Núcleo.
Com a adição recente de novas máquinas, o supercomputador multiplica por cinco seu poder de processamento, chegando à soma de 43 Terabytes de memória RAM e mais de 10 mil núcleos de processamento, o equivalente a cerca de 5 mil computadores pessoais combinados.
“Isso significa que problemas bem maiores poderão ser resolvidos em muito menos tempo”, explica o professor Samuel Xavier, coordenador do NPAD. “Por causa dos avanços tecnológicos embutidos nessas novas máquinas, toda essa capacidade de processamento adicional não deve consumir muito mais energia que as máquinas antigas, tornando esse novo supercomputador mais sustentável”, complementa.
Os novos dispositivos devem entrar em ação já no segundo semestre de 2023. Para os pesquisadores, a eficiência do supercomputador da UFRN deve ser cinco vezes mais potente. Segundo Danilo Ichihara, consultor em Computação de Alto Desempenho do NPAD, essa nova infraestrutura possibilita mais pesquisas em grande escala. “É uma versão superior com mais memória e um novo nó com três aceleradores dispondo aos estudiosos melhorias nos seus projetos”, explica.
Em virtude do aumento exponencial do número de estudos apoiados pelo NPAD, sua produção científica acaba sendo, em termos proporcionais, superior a do supercomputador Santos Dumont do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) que tem capacidade de processamento de 5,1 quatrilhões de ope-
rações por segundo (5,1 Petaflops), o que equivale a mais de 10 milhões de notebooks domésticos. Mesmo com poder computacional menor (1,1 Petaflops, com as atualizações), o supercomputador da UFRN produz estudos de ponta e revoluciona as pesquisas científicas no estado e na região.
No primeiro semestre de 2023, o NPAD já apoiou a publicação de sete pesquisas em diversas áreas, dentre elas: física, biologia, ciências sociais e engenharias. Com a capacidade computacional do Núcleo, pesquisadores puderam desenvolver ferramentas que classificam imunoterapias, criar novas inteligências artificiais e até analisar dados de consumo de alimentos. Muitos desses estudos são publicados em periódicos científicos de alto impacto e trazem grandes revoluções em suas respectivas áreas.
Nova infraestrutura possibilita mais pesquisas em grande escala
>> Máquina disponibiliza recursos de alto desempenho que aceleram simulações e processamento de dadosAssecom/UFRN
Mossoró (rN), doMiNgo, 16 de julho de 2023
Bolsa Fa M ília
A afirmação consta em levantamento divulgado pelo Ministério do d esenvolvimento e Assistência s ocial. Não há dados por município
e di N aldo Mo R e N o da redação
OMinistério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgou que o Bolsa Família em junho retirou mais de 18 milhões de pessoas da linha da pobreza em todo o Brasil. Deste total, mais de 440 mil são do Rio Grande do Norte, conforme o levantamento publicado pela pasta federal. Ao todo, foram 18.522.115 famílias fora desta situação no país.
A pesquisa não traz dados por município. De acordo com o MDS, o programa de transferência de renda, relançado em março e implementado totalmente no último mês, é o grande responsável por elevar a renda da população mais vulnerável acima da linha da pobreza, que é de R$ 218 per capita por residência.
Os dados divulgados pelo Ministério apontam que, no mês passado, 442.428 famílias deixaram essa condição. No último mês, o valor médio pago no Rio Grande do Norte foi recorde e atingiu o total de R$ 691,10, valor R$ 30 a mais do que o registrado no
mês anterior. Em junho, 509.850 mil famílias receberam os recursos do programa de transferência de renda do Governo Federal.
O repasse total para o
O Ministério do Desenvolvimento Social e da Assistência Social destaca que a nova estrutura do Bolsa Família conta que cada família recebe, no mínimo, R$ 600 e ainda Benefício Primeiro Infância
(0 a 6 anos), com valor de R$ 150 por criança.
Já o Benefício Variável Familiar é para gestantes, crianças e adolescentes (7 a 18 anos), no valor de R$ 50. As famílias beneficiárias devem cumprir com-
estado chegou ao patamar de R$ 352 milhões. Foram quase R$ 20 milhões a mais em relação a maio. A novidade em junho foi o início do pagamento do Benefício Variável Familiar, um adi-
promissos nas áreas de saúde e de educação para reforçar o acesso aos direitos sociais básicos.
Há também o acompanhamento pré-natal; acompanhamento do calendário de vacinação; acompanhamento do estado nutricional das crianças menores de sete anos;
Para as crianças de quatro a cinco anos, frequência
cional de R$ 50 voltado para gestantes e dependentes de sete a 18 anos na composição familiar.
No Rio Grande do Norte, um investimento de R$ 16 milhões fez chegar os
Natal foi o município potiguar com maior número de beneficiários do Bolsa Família no mês passado. A capital do estado somava 78,9 mil, a partir de um repasse de R$ 54,5 milhões. Na sequência apareceram Mossoró (36.159), Parnamirim (23.501), São Gonçalo do Amarante (18.317) e Macaíba (14.920). No estado, o maior valor médio pago foi de R$ 741,78, em Goianinha, cidade de 27 mil habitantes no interior potiguar.
O benefício é disponibilizado todos os meses, de acordo com a data estabelecida pelo calendário do programa, sendo pago sempre nos últimos 10 dias úteis do mês, de acordo com o último dígito do Número de Identificação Social (NIS) do responsável familiar.
Os programas de transferência de renda Bolsa Família e Auxílio Gás, do Governo Federal injetaram na economia mossoroense em junho o total de R$ 24.595.858,00 para um total de 37.685 famílias beneficiadas com os dois programas. A maior parte do montante é destinada para os beneficiários do Bolsa Família, que também tem o maior número de famílias inscritas. Mossoró teve 36.159 famílias atendidas no Bolsa Família. O total de recursos transferidos para a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte chegou a R$ 24.429.524,00. Já o valor médio do programa no sexto mês do ano foi de R$ 675,61.
escolar mínima de 60% e 75% para os beneficiários de seis a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica. Ao matricular a criança na escola e ao vaciná-la no posto de saúde, é preciso informar que a família é beneficiária do Programa Bolsa Família.
Por fim, tem a Regra de proteção que garante que,
R$ 50 a 340 mil pessoas. O repasse atingiu 20.66 gestantes (R$ 997 mil), 264 mil crianças de sete a 12 anos (R$ 12,8 milhões) e 56 mil adolescentes de 12 a 18 anos (R$ 2,7 milhões).
mesmo conseguindo um emprego e melhorando a renda, a família possa permanecer no programa por até dois anos, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo (R$ 660).
O Programa Bolsa Família contribui no combate à pobreza/extrema pobreza. Além de garantir renda básica, o Bolsa Famí -
O programa Auxílio Gás contemplou no município 1.526 famílias, com total destinadodeR$166.334,00.
O valor médio do programa pago em Mossoró em junho chegou a R$ 109,00. O benefício é pago em meses alternados.
lia busca integrar políticas públicas, simplificar a cesta de benefícios e estimular a emancipação destas famílias para que alcancem autonomia e superem situações de vulnerabilidade social.
Para ter direito ao Bolsa Família, a principal regra é que a renda de cada pessoa da família seja de, no máximo, R$ 218 por mês.
CONT. CAPA
Roraima – 57.046
Tocantins – 133.275
NORDESTE
Alagoas – 479.063
Bahia – 2.260.504
Ceará – 1.298.677
Maranhão – 1.056.212
Paraíba – 592.746
Pernambuco – 1.488.470
Piauí – 528.472
Rio Grande do Norte – 442.428
Sergipe – 370.868
CENTRO-OESTE
Distrito Federal – 148.200
Goiás – 438.806
Mato Grosso do Sul – 176.094
Mato Grosso – 224.675
SUDESTE
Espírito Santo – 263.510
Minas Gerais – 1.387.793
Rio de Janeiro – 1.632.513
São Paulo – 2.254.736
SUL
Paraná – 512.855
Outro exemplo do trabalho está na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) com a realização de experimentos voltados para o aproveitamento dos rejeitos das salinas como um fertilizante agrícola.
Rio Grande do Sul – 537.609
Santa Catarina – 190.622
te. “Hoje, na agricultura, utiliza-se o sulfato de magnésio, nitrato de magnésio e o cloreto de magnésio, em sua maioria importados”, Outro produto descartado na produção de sal é o carago, conhecido como gesso marinho. O material que é rico em cálcio já está sendo estudado para a utilização como gesso agrícola.
Maria Valdete da Costa, doutoranda e técnica de laboratório da UFERSA, realizou testes de aplicação do carago em culturas de melão, obtendo resultados positivos. Outros benefícios foram destacados pela pesquisadora como a viabilidade da produção, a preservação do solo e o desenvolvimento de renda.
Wanderson Diniz comemorou idade nova durante feriadão, em Tibau, ao lado da esposa Alaianny Medeiros.
Os rejeitos das salinas são usados como fertilizante
JOSÉ NICODEMOS
A alternativa poderá, segundo Francismar Medeiros, coordenador do grupo de pesquisa “Manejo de água e solo na agricultura irrigada”, beneficiar em curto prazo não apenas os produtores de sal, mas também os agricultores e, principalmente, o meio ambien-
Em viagem para Itália, o casal Leonardo Vale e Luana Mendonça anunciou noivado. Parabéns!
aris�ida603@hotmail.com
Foi isso ali pelos anos 70. Passando de frente à Colombo, no Rio de Janeiro, eis que dei com as vistas num homem alto, esguio, de postura grave e elegante, sentado numa roda de amigos, e de logo o identifiquei.
Não seria outro senão o compositor e homem de teatro Mário Lago. Eu já lhe conhecia a figura inconfundível de revistas e do cinema. E muito o admirava.
Sugestionado, parei ali de frente, o olhar fixo naquele homem que me representava superior ao comum dos homens, e a quem eu muito apreciava pelas suas composições. Nunca o vira na representação teatral, até então, mas podia adivinhar-lhe o talento. Desse aspecto da sua atividade artística, tudo o que eu sabia, e muito pouco, era apenas de leituras.
Rannier Ferrari e Roberta Duarte celebrando 24 anos de casados. Muito amor!
Acabou a graça ou meu interesse de plantar-me ali na calçada da Colombo, junto à porta, completamente absorto na visão, emocionada, de Mário Lago. Ainda me demorei ali um pouco, pensando coisas. Dei a última olhadela para o interior do ambiente famoso, ponto de encontro de artistas e intelectuais, e segui, assim, meio sem rumo, rua em fora.
Mais adiante, digo, numa das ruas ali pelas imediações, dei com uma livraria de segunda mão, e sem resistir à tentação de sempre que direi uma mania, não tive dúvida, entrei. Dei um balanço no bolso, ainda tinha algum disponível. E me pus a catar nas estantes, meio desarrumadas, alguma coisa que me pudesse interessar, principalmente sobre teoria da literatura.
Ainda de acordo com o levantamento do MDS, a Bahia foi o estado com maior número de famílias que ultrapassaram essa faixa de renda, com 2,26 milhões de lares alcançando essa condição. Em seguida, São Paulo teve 2,25 milhões de famílias saindo da linha da pobreza. Rio de Janeiro (1,63 milhão), Pernambuco (1,48 milhão) e Minas Gerais (1,38 milhão) vêm na sequência.
Em março, o Governo Federal relançou o Bolsa Família com o valor mínimo de R$ 600 e o adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos. Em junho, os benefícios variáveis de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de sete a 18 anos e o
“No nosso caso, que somos da agronomia e trabalhamos com adubação e salinidade, as pesquisas têm o objetivo de produzir produtos que possam ser utilizados como corretivo de solo e como fertilizantes, suprindo cálcio, magnésio, potássio e Enxofre. Primeiro, estamos caracterizando os resíduos das salinas e depois estamos estudando algumas técnicas para deixá-los úteis para serem utilizados nas áreas cultivadas. Estamos estudando uso desses produtos nas culturas do melão, do cajueiro, da cana de açúcar e da soja, para em seguida podermos registrar junto à MAPA”, destacou Francismar.
per capita de R$142 foram implementados. O resultado, segundo o ministério, foi o maior tíquete médio da história do programa, atingindo o valor de R$ 705,40.
O total de famílias manteve-se no patamar de maio: 21,2 milhões. O número de pessoas contempladas chega a 54,6 milhões.
A água mãe depois de tratada pode ser utilizada no estado líquido em fertirrigação ou aplicada diretamente no solo. Na cana de açúcar pode ser misturada a vinhaça, que é fonte de potássio, mas pobre em Mg. A vinhaça, que é um rejeito das usinas de álcool, hoje é um fertilizante para a cana.
“O objetivo é tirar novamente o Brasil do mapa da fome e da insegurança alimentar, mas também reduzir a pobreza. Somente agora, no novo Bolsa Família, nós já comemoramos 18,5 milhões de famílias, 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda este ano e que estão fora da pobreza”, destacou o ministro Wellington Dias.
O gesso marinho (malacacheta ou carago), depois de processado (moído) é aplicado diretamente no solo e incorporado por gradagem, seja para elevar os níveis de cálcio no solo pobres neste elemento, como nos solos arenosos, seja para corrigir os solos sódicos, comuns em áreas aluvianas do semiárido, como nos perímetros irrigados do DNOCS.
A Dra. Priscila Duarte curte merecidas férias visitando pontos turís�icos da Europa, inclusive, comemorou idade nova por lá. Só alegria!
Não identifiquei nenhum daqueles que estavam com ele, Mário Lago, àquela mesa que logo me pareceu especial, mas só podia ser gente do teatro, por motivos aparentes. Esse pessoal de teatro tem um não sei quê revelador, uma espécie de aura misteriosa, sei lá, que os torna diferentes dos demais mortais. E tive a sensação de que a conversa ali era sobre teatro.
Essas coincidências da vida. Quando menos esperava, e eu nem sequer tinha notícia dessa obra, bato com o olho num livro, brochura simpática, sob o titulo – Na rolança do tempo, memórias de Mário Lago. Agarrei-o, comovido, criança que, morta de feliz, toma nas mãos um brinquedo muito desejado. Afagava o livro, sem querer acreditar no que estava vendo.
Eis que, de repente, com sua elegância de maneiras de homem fino, Mário Lago levantou-se, disse alguma coisa que provocou uma gargalhada geral, e foi logo se dirigindo à porta da rua, abotoando o paletó de tecido meio brilhoso. Ao passar por mim, tive ímpeto de pedir-lhe um autógrafo, contive-me – pareceu-me muito apressado. Tomou o carro, e partiu.
Posso dizer que se trata de um livro que diverte e edifica, como convém às boas obras do gênero, conforme é de opinião o escritor Josué Montello. Estou escrevendo tudo isso, justamente porque acabo de reler, nem conto as vezes, esse Na rolança do tempo, que tem o dom de segurar o leitor desde a primeira frase. Escreve muito bem, o velho Mário Lago. Mais uma virtude.
Não dá para suportar a propaganda dos partidos, pela televisão. Se contivesse o mínimo de verdade o que dizem, e este país já seria um paraíso. Políticos, veteranos e novatos, cada qual o mais descarado, com o perdão da palavra.
A modelo Monique Rego, Miss Rio Grande do Norte 2018, começou a semana de idade nova e daqui segue o nosso abraço!
Mas, dia destes, ao olhar de relance o programa do PMDB, o riso até que me fez bem à saúde. Foi que, ao ver a figura ridícula de Garibaldi Alves, mais velho e mais e mais feio, de imediato tive a impressão de que era um caburé velho.
O estilista potiguar, Wallace Macedo, atualmente radicado em Los Angeles, comemorou aniversário na sexta-feira, 7, no P.F. CHANG’S China Bistrô, com almoço intimista para seus convidados. Em seguida, reuniu queridos para um jantar no OMNIA NIGHT CLUB no CESARES PALACE, e encerrou as comemorações na festa SECRETA no LUXOR HOTEL & CASSINO no domingo, 9, com uma badalada pool party. Todos convidados receberam de lembrança peças exclusivas da sua coleção color collection da sua marca WM SWIMWEAR.
O estilista potiguar, Wallace Macedo, atualmente radicado em Los Angeles, comemorou aniversário na sexta-feira, 7, no P.F. CHANG’S China Bistrô, com almoço intimista para seus convidados. Em seguida, reuniu queridos para um jantar no OMNIA NIGHT CLUB no CESARES PALACE, e encerrou as comemorações na festa SECRETA no LUXOR HOTEL & CASSINO no domingo, 9, com uma badalada pool party. Todos convidados receberam de lembrança peças exclusivas da sua coleção color collection da sua marca WM SWIMWEAR.
Pois é isso. É preciso que o povo tenha na devida conta, num paralelo, entre as excelências apregoadas pelos partidos, no geral, e a triste realidade que domina o país, com mais da metade da população morrendo de fome. Não se fala nisso, ora.
MISS UNIVERSO RIO GRANDE DO NORTE 2023
George Azevedo, coordenador do Miss Universo Rio Grande do Norte, confirma data da edição 2023. Será no dia 17 de maio, na capital potiguar. Voltaremos com detalhes!
O padrão culto da língua, é sabido, além de preservar a unidade da língua, é da maior importância, se não de absoluta necessidade, para a produção da cultura, na medida em que não pode haver cultura sem linguagem. Sendo a forma elaborada da língua, o padrão culto é o único que proporciona, ao espírito, pelas suas estruturas lógicas, a eficiência na expressão do pensamento, indispensável à comunicação social. Nunca se precisou tanto, como nos tempos modernos, com as conquistas da ciência e da tecnologia, dessa eficiência verbal. Uma lei científica, por exemplo, só se torna patrimônio da humanidade, quando encontra sua formulação em linguagem clara e precisa. Enfim, as operações e elevações do espírito, na literatura como na ciência, exigem o domínio da linguagem, neste sentido da clareza, que depende muito da boa formulação dos elementos linguísticos, conforme observa o grande linguista patrício Mattoso Câmara, pioneiro, sabe-se, da ciência da linguagem entre nós.
George Azevedo, coordenador do Miss Universo Rio Grande do Norte, confirma data da edição 2023. Será no dia 17 de maio, na capital potiguar. Voltaremos com detalhes!
Solidariedade
aM ina CoSta
Da redação
Por ser uma instituição sem fins lucrativos, que é mantida com o apoio da sociedade, o Albergue de Mossoró (ALBEM) está sempre realizando campanhas que visam arrecadar recursos financeiros para ajudar na manutenção do local. Desta vez, a instituição lança a campanha Amigos do Albem, que tem o intuito de mobilizar pessoas e empresários de Mossoró para contribuir com produtos e serviços.
A campanha será lançada oficialmente no dia 20 de julho, quando é celebrado o Dia do Amigo, às 18h. De acordo com o diretor do Albem, Edson Oliveira, a data foi escolhida por representar um dia de união, de amizade e irmandade. “Nada melhor do que o Dia do Amigo para iniciar essa campanha que tem o objetivo de trazer mais amigos parceiros para a nossa instituição”, informou.
Ainda de acordo com Edson Oliveira, a Campanha Amigos do Albem tem o objetivo de buscar empresas e pessoas que estejam dispostas a ajudar a instituição. Ao firmar a parceria, o novo Amigo do Albem se compromete a disponibilizar mensalmente produtos e serviços para o Albergue de Mossoró.
“Com essa campanha, nós estamos querendo fechar parcerias permanentes. Vamos supor que um parceiro se compromete a doar, todos os meses, os itens do café da manhã. Com essa doação fixa, nós já vamos conseguir reduzir alguns custos que temos com esses itens. São ovos, leite, café, pão, entre outros,
que não tem um grande índice de doação”, informa Edson Oliveira.
O diretor do Albem disse ainda que, além de produtos, as empresas e as pessoas que querem participar da campanha podem ajudar com os serviços prestados. Ele citou que pode ser feito todo o serviço de manutenção, reparos, pintura, entre
Inaugurado em 8 de dezembro de 2016, o Albergue de Mossoró (Albem) vem desenvolvendo um trabalho de suma importância para pessoas das cidades do Rio Grande do Norte e de outros estados do Brasil. É uma instituição sem fins lucrativos que acolhe acompanhantes de pacientes da zona rural de Mossoró e de outros municípios, que não têm onde ficar em Mossoró, durante a permanência do paciente nos hospitais públicos da cidade.
Em quase 7 anos de existência, mais de 4.300 pessoas, que vieram de mais de 200 cidades, já foram acolhidas pela instituição. Para ter acesso ao serviço, o acompanhante do paciente internado nos hospitais com convênio SUS deve procurar o setor de Assistência Social do local e solicitar a guia de encaminhamento. No Albem, o albergado dispõe de acolhimento, alimentação e momentos de convivência social, de forma totalmente gratuita.
A instituição não tem vinculação política nem religiosa e toda a renda é proveniente de doações, da venda de itens no Brechó do Bem e da realização de campanhas solidárias.
Todo o trabalho da instituição pode ser acompanhado pelas redes sociais (@mossoroalbem) e as doações podem ser feitas por meio de PIX (12.703.179/0001-22), alimentos, roupas, acessórios e móveis usados. Entre em contato pelo WhatsApp: (84) 3062-3155.
outros serviços. “Podemos fechar parceria com alguém que se comprometa a realizar a pintura da nossa instituição, por exemplo. Nós estamos em busca de parceiros que sejam nossos amigos, que conheçam o nosso trabalho e que tenham prazer em nos ajudar”, comenta.
Edson Oliveira informa
panha vai ocorrer durante uma live, que será transmitida pelas redes sociais da instituição.
“Quando a gente pensou no lançamento dessa campanha, pensamos em convidar, primeiramente, os amigos que fazem com que o Albem funcione 24 horas por dia, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados. A campanha será lançada no dia 20 de julho, a partir das 18h. Nós vamos transmitir esse momento pelas nossas redes sociais, com voluntários e Amigos do Albem. Essa campanha marca uma nova etapa na manutenção do nosso trabalho, envolvendo os amigos de ontem, de hoje, e os que vão chegar para fazer com que o trabalho do Albergue de Mossoró possa crescer para continuar servindo ao Estado do Rio Grande do Norte”, comenta.
Edson Oliveira falou ainda sobre a importância dessa campanha para a instituição. “Entre todas as campanhas que nós já desenvolvemos para manter o nosso trabalho, essa talvez seja a mais importante, porque ela resgata, relembra e traz do passado muitos amigos que ajudaram a construir o Albem. Muitos amigos de Mossoró ajudaram a equipar o Albem, muitos amigos de corações generosos estão ajudando a manter o Albem. Então, nós vamos lançar a campanha no dia 20, Dia do Amigo, e as expectativas são as melhores possíveis.
que o lançamento da campanha Amigos do Albem será feito durante um momento especial, com voluntários e amigos que já são parceiros, que ajudam o Albergue de Mossoró desde antes da abertura, em 2016. Muitos desses parceiros já consolidados ajudaram a levantar o prédio e estão contribuindo até hoje. A abertura da cam-
O diretor da instituição reforçou o convite para as pessoas que querem ajudar o Albergue de Mossoró. “Você, que tem a sua empresa, seja ela pequena, média ou grande. Você, que tem o coração bom, que quer ajudar e não sabe como. Nós temos um leque de opções. Vários amigos estão chegando e quem quiser nos ajudar pode nos visitar, conhecer o nosso trabalho e fazer parte dessa grande família que é o Albergue de Mossoró”, finalizou.
Botijão de gás;
Garrafão de água mineral;
Combustível;
Proteínas (carnes, frangos, peixes, ovos);
Itens para café da manhã
Itens para sobremesa;
Descartáveis;
Material de expediente;
Manutenção da rede elétrica, hidráulica, pintura e reparos;
o lançamento da campanha do Albergue de Mossoró ocorre na data em que é comemorado o Dia do Amigo
>> recente ciclo de colações de grau marcou o fim da graduação para estudantes de 48 cursos dos campi de Mossoró, Assú, Caicó, Natal, Patu, Pau dos Ferros e do Núcleo Avançado de Educação Superior de Apodi
Osentimento de felicidade e realização ao concluir um curso superior tomou conta de Francisco Cavalcante de Sousa, Francilene Cristina, Aldesio Francisco e de mais dezenas de outros estudantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) durante as tão esperadas colações de grau realizadas nas últimas semanas. Com o recente ciclo de solenidades, a Instituição alcança a marca de cerca de 780 diplomas de graduação entregues no ano.
Com o novo documento em mão e o coração cheio de planos para o futuro, Francisco não esquece sua origem e o quanto sua experiência pode ser exemplo para outros jovens. Natural da cidade de Nova Jaguaribara, no Ceará, o agora bacharel em Direito foi o primeiro da sua família a estudar numa universidade.
De 2018, quando ingressou, até o fim do curso, participou de projetos de pesquisa, extensão, intercâmbio, empresa júnior, tornouse uma liderança juvenil, participou de conselhos acadêmicos e viveu outras experiências acadêmicas.
“Tudo isso só foi possível porque eu ingressei na Uern, vindo de uma família no Ceará, que tem um histórico de vulnerabilidade. O Francisco de antes de 2018 é diferente do Francisco de agora. Todas as minhas conquistas e realizações estão diretamente relacionadas
com a Uern”, relaciona.
Sobre os planos para o futuro, o bacharel vai além do aspecto pessoal. O desejo é que mais pessoas tenham a oportunidade que ele teve.
“Pra agora, quero que eu não seja o único. Que existam muitos outros Francis-
Biológicas, Aldesio Francisco conta que os quatro anos de curso foram construtivos para sua vida pessoal e profissional.
“São muitas batalhas, são noites e noites acordando para estudar, mas sempre que encerrava um semestre tinha aquele sentimento de gratidão e alívio, além da esperança de estar perto de concluir a graduação e finalizar a etapa de mais um sonho. Hoje está sendo emocionante, uma ansiedade a mil para pegar o diploma”, afirmou o concluinte.
Ainda mais difícil foi a formação de Francilene Cristina em Pedagogia. Em 2013, ela ingressou na Uern por meio do antigo Processo Seletivo Vocacionado (PSV), mas logo engravidou e decidiu se dedicar à maternidade.
Após trancar o curso por várias vezes, retornou em 2020 disposta a dar continuidade ao sonho de ser pedagoga. E a conquista chegou na última quartafeira, 12, tendo as filhas ao lado para receber o diploma.
“Além do nervosismo, a emoção é bem grande de saber que estou aqui graças a Deus e aos colegas de curso que me ajudaram”, destaca.
Na noite do dia 11, ao presidir a colação de grau no Teatro Dix-huit Rosado, em Mossoró, a reitora Cicília Maia agradeceu os(as) formandos(as) por terem escolhido e confiado no papel transformador da Uern.
dãos críticos e conscientes do seu papel social”, enfatizou.
O ciclo de colações de grau do Semestre 2022.2 da Uern teve início no dia 20 de junho no Campus de Assú (Ciências Econômicas, Letras – Língua Portuguesa, Letras – Língua Inglesa, História, Pedagogia e Geografia). Em 22 de junho, foi a vez do Campus Natal (Ciência da Computação, Ciências da Religião, Turismo, Ciência e Tecnologia e Direito).
No Campus de Caicó, dia 26 de junho, colaram grau os graduandos de Enfermagem, Filosofia e Odontologia. No dia 28 de junho, a solenidade foi no Campus de Patu (Ciências Contábeis, Pedagogia, Letras –Língua Portuguesa e Matemática).
Os graduandos do Campus de Pau dos Ferros receberam o diploma no dia 4 de julho (Ciências Econômicas, Administração, Letras – Língua Portuguesa, Letras – Língua Inglesa, Pedagogia, Geografia e Educação Física).
cos, que tenham a mesma experiência acadêmica, cultural e científica que eu tive. E que a Uern possa continuar expandindo ainda mais seu papel de inclusão social e de um agente transformador de vidas”, ressaltou.
Formado em Ciências
“Que possamos multiplicar as oportunidades, oportunizando a mais pessoas o acesso ao ensino superior, a momentos como esse. Que todos tenham direito a ter um diploma de uma universidade socialmente referenciada, inclusiva e includente. Vocês adquiriram conhecimento, tornaram-se cida-
Por fim, nos dias 11, 12 e 13 de julho, o Campus de Mossoró encerrou o ciclo entregando os diplomas aos formandos em Ciências Econômicas, Administração, Ciências Contábeis, Turismo, Gestão Ambiental, Serviço Social, Direito, Pedagogia, Educação Física, Matemática, Física, Química, Ciências Biológicas, Ciência da Computação, Letras – Língua Portuguesa, Letras – Língua Inglesa, Letras – Língua Espanhola, Música, Geografia, História, Ciências Sociais e Filosofia. No dia 12, também foram diplomados formandos em Matemática do Núcleo Avançado de Educação Superior de Apodi.
OBrasil tem atualmente 499 presos no sistema penitenciário federal, sendo 461 no regime fechado e 37 no provisório, distribuídos entre as cinco uni -
dades prisionais federais do país. Na penitenciária no Rio Grande do Norte são 112 detentos, sendo 107 no regime fechado e cinco no provisório. O estabelecimento fica localizado em Mossoró, segunda maior cidade potiguar.
Os dados estão dispo -
nibilizados no Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (SISDEPEN), ferramenta da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), órgão ligado ao Ministério da Justiça, que reúne estatísticas da esfera prisional brasileira. O painel dá conta de
Todos os internos da unidade de Mossoró são do gênero masculino, sendo a maioria - 55 internos - com idade entre 35 e 45 anos; seguido por 46 a 60 (34 presos), 30 a 34 (17 detentos), mais de 60 anos (quatro apenados) e, com menor quantidade, a faixa etária de 25 a 29 (dois internos). É o que mostram também os dados do Sistema de In-
formações do Departamento Penitenciário Nacional (SISDEPEN), ferramenta da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), órgão ligado ao Ministério da Justiça, que reúne estatísticas da esfera prisional brasileira.
O cenário se assemelha com o perfil das outras quatro penitenciárias federais. O levantamento detalha
que a maioria dos detentos no presídio no território potiguar tem filhos, totalizando 84 internos como genitores e 28 como não sendo pais. O mapeamento mostra que quanto à movimentação no sistema penitenciário federal no decorrer do ano passado, foram registradas 166 entradas e 87 saídas, sendo na primeira situação, 112 transferências
que o presídio federal em Mossoró figura como o terceiro dos cinco do país com a maior população carcerária.
Segundo o levantamento, são 40 internos na unidade no Distrito Federal, sendo 37 no regime fechado e três no provisório; 122 no Mato Grosso do
de unidades e 54 inclusões originárias, e 84 remoções e três solturas.
Sobre os tipos de crimes cometidos, na unidade do RN, predominam delitos contra o patrimônio (como roubos), contra pessoas (como homicídios e latrocínios), tráfico de drogas e de armas. Os dados revelam também que a maioria dos presos na penitenciária federal em Mossoró foi condenada a uma pena de 15 a 20 anos. Mas, também tem internos com penalidades entre 20 e 50 anos; além de 20 detentos com penas entre 50 e 100 anos, e outros
>>
112 detentos , unidade localizada no Rio
Sul, 101 no fechado, 20 no provisório e um em tratamento ambulatorial; 111 no Paraná, sendo 107 no fechado e quatro no provisório; e 114 presos na penitenciária federal em Rondônia, sendo 109 no fechado e cinco no provisório.
As cinco unidades dis -
14 com penalidade acima de 100 anos.
O levantamento detalha ainda que a maioria tem ensino médio completo, sendo seis com formação superior, e de etnia branca. Do total de presos, três são estrangeiros, sendo um da Argentina, um do Paraguai e um da Venezuela.
A reportagem também manteve contato com a assessoria de imprensa da Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), órgão ligado ao Ministério da Justiça, para obter mais
põem de 1.040 vagas, sendo 208 em cada estabelecimento. Assim sendo, Mossoró se apresenta como a terceira unidade com menor número de vagas ainda em aberto: 96 vagas. O DF figura com 168; o PR com 97; RO com 94 e o MS tem 86 vagas em aberto.
detalhes de questões envolvendo o sistema penitenciário federal, como identificação de presos recolhidos atualmente na unidade de Mossoró. A Senappen disse que a movimentação dos internos é parte da rotina de segurança das unidades e que não informava a localização dos presos, nem detalhes dessas operações. “A transferência e a inclusão de presos em estabelecimentos Penais Federais de Segurança Máxima observam o que determinam a Lei nº 11.671/2008 e o Decreto nº 6.877/2009”, ressaltou a secretaria.
Com
g rande do n orte figura como a terceira das cinco do país com a maior população carcerária
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>> Material publicado no começo desta semana pela CNN Brasil deu conta de seis refeições ao dia, até duas horas de banho de sol e cela individual de 7 m ²
Uma reportagem da imprensa nacional detalhou a rotina dos cinco principais líderes das facções nos presídios federais do país. O material publicado no começo desta semana pela CNN Brasil deu conta de seis refeições ao dia, até duas horas de banho de sol e cela individual de 7 m ²
A publicação mostrou que juntos, os cinco principais líderes de facções, cumprem pena de 900 anos de prisão.
A matéria tratou da situação atrás das grades vivenciada por “Fernandinho Beira-Mar”, “Marcinho VP”, “Nem da Rocinha”, “Cabeça Branca” e “Marcola”. Os três primeiros estão na penitenciária federal de Catanduvas, a primeira unidade do Brasil, no Paraná. Já Marcola e Cabeça Branca estão no presídio de Brasília, no Distrito Federal, o mais recente. A reportagem diz ter apurado que os detentos ficam nas celas individuais com cama, escrivaninha, banco e prateleiras em alvenaria, além de banheiro com sanitário, pia e chuveiro.
“No período de triagem, que compreende os 20 primeiros dias na unidade
prisional quando chegar, o recém-chegado fica em uma cela de isolamento que tem aproximadamente 9 m ² . Nela, há espaço para banho de sol individualizado”, detalhou a matéria, pontuando que infor-
mações do Sistema Penitenciário Federal dão conta que uma equipe multidisciplinar com médicos, psiquiatras, psicólogos, dentista, enfermeiros, assistente social e demais setores realizam o atendi -
mento inicial desse interno para avaliar as condições de saúde.
“É nessa fase de adaptação que o interno conhece seus deveres e direitos dentro de uma prisão federal. Somente advogados
constituídos podem visitar o detento nesse período de inclusão”, acrescentou a reportagem, complementando que o enxoval para o preso é composto por duas camisetas manga curta e longa, calça, agasalho,
tênis, sapato, lençol, toalha, travesseiro e meias, além de um kit de higiene composto por sabonete, desodorante, escova, creme dental, papel higiênico e produtos de limpeza do ambiente.
O material publicado no começo desta semana pela CNN Brasil revelou ainda que as seis refeições diárias dos líderes de facções criminosas são compostas por café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. A reportagem destaca que Fernandinho BeiraMar foi o primeiro interno do Sistema Penitenciário Federal.
Outros pontos enfatizados pela matéria é que o líder de facção mais recente a entrar em presídio federal foi Cabeça Branca,
e que Marcola é o com mais tempo de pena para cumprir: 338 anos. O material ressalta também que Nem da Rocinha e Marcinho VP, inimigos quando eram chefes do tráfico no Rio de Janeiro, estão no mesmo presídio federal: no Paraná, mas que não se veem. A reportagem explica ainda que não é qualquer preso considerado perigoso que é levado de um presídio estadual para presídio federal. Os requisitos da lei que dispõe sobre transferência, de
2008, elenca que os detentos devem desempenhar função de liderança em facções, por exemplo.
Na semana passada, a Polícia Penal Federal levou 13 líderes de facções do Rio de Janeiro para Campo Grande e Catanduvas, a pedido do governo do estado. Foram seis da Amigos dos Amigos (ADA), liderada por Nem da Rocinha e sete do Comando Vermelho, do Marcinho VP, e Terceiro Comando. Outro detento foi transferido de Campo Grande para Brasília.
O Presídio Federal de Mossoró também já recebeu membros de facções de repercussão nacional e narcotraficantes. Em 2018, o suspeito de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco, o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, conhecido como “Orlando Curicica”, foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró.
Em março deste ano, José Kemps Pereira de Araújo, de 45 anos, mais conhecido como “Alicate” e apontado como um dos chefes de organização criminosa com
atuação no Rio Grande do Norte, foi transferido da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, para o Presídio Federal de Mossoró, por ser considerado um dos mandantes dos ataques criminosos registrados no estado em março deste ano.
Em 2019, um grupo de presos do sistema penal do Ceará foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró. Em 2020, condenado por tráfico transnacional de drogas e associação para o tráfico transnacional, Adriano Moreira Silva, apontado co-
mo líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) em Mato Grosso do Sul, também teve passagem pela Penitenciária Federal de Mossoró.
Em 2019, o empresário e pecuarista Jamil Name foi transferido para o Presídio Federal de Mossoró (RN). Ele foi apontado como chefe de milícia armada que seria responsável por vários crimes de pistolagem em Campo Grande. Entre 2017 e 2021, o narcotraficante mexicano José Gonzales Valência, de 46 anos, também esteve recolhido no Presídio Federal de Mossoró.
Presos têm seis refeições diárias, incluindo café e lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia
SéRiE d
>> Alvirrubro poderá se classificar com antecedência se vencer o jogo hoje
O ex-jogador Odilon, 66 anos, recebeu alta médica no início da tarde desta sexta-feira, 14, após se submeter à cirurgia cardíaca bem-sucedida no Hospital Wilson Rosado, na segunda-feira, 10. Na semana passada, o Potiguar fez campanha nas redes sociais para doação de sangue e repercutida por jornalistas esportivos em pró de Odilon, com êxito.
Na sexta à noite, Odilon conversou com o amigo, o ex-zagueiro Onesimar, e deu notícia sobre a recuperação, agradecendo a todos que oraram por ele.
“Já estou casa, Onesimar. Já recebi alta, graças a Deus estou bem e espero daqui para frente me recuperar da melhor maneira possível”, disse Odilon em mensagem de áudio por whatsapp.
do pelo Potiguar junto ao Sport na metade de década de 70, sendo a maior transação da história do futebol mossoroense.
Na época, o Potiguar, por meio do então presidente Manoel Barreto, colocou Odilon em um caminhão e saiu em carreata pelas ruas a fim de apresentá-lo ao torcedor, após a negociação em definitivo.
O “Pingo de Ouro”, como era chamado pelo talento e por ter 1,60 m de altura, brilhou nos gramados. Até hoje é o principal goleador em Estaduais com 119 gols, e 232 no total nos 10 clubes que ele defendeu.
Encerrou a carreira em 1997, defendendo o Alecrim. Odilon é de São Gonçalo do Amarante e reside em Mossoró há tempo.
técnico Robson Melo orienta atletas com análise de vídeo e desempenho do adversário
OPotiguar enfrenta o Santa Cruz/PE neste domingo, 16, em jogo com caráter decisivo pela Série D do Brasileiro. Se vencer, o alvirrubro estará classificado para a fase de “mata-mata”, com uma rodada de antecedência. O tricolor recifense também precisa do resultado para manter as possibilidades de classificação. A bola rola a partir das 16h, no Arruda, em Recife.
Se falhar, o time mossoroense terá última bala pela última rodada da fase classificatória contra o Nacional de Patos, no domingo seguinte, com mando de campo a seu favor.
A delegação alvirrubra está em Camaragibe, hospedada no CT do Retrô, onde fica até às 13h, partindo direto para o Arruda. Sair do clima do jogo hostil, causado pelos torcedores do Santa Cruz em decorrência da crise de resultados do time, justifica-se a decisão do Potiguar de ficar afastado de Recife, a fim do elenco ter a devida concentração e tranquilidade.
Na noite de sexta, 14, o técnico Robson Melo e sua comissão técnica fizeram o que se chama “treino de sala”, com análise de vídeo e desempenho do adversário, mantendo preparação firme e com foco total na partida.
O time só terá um desfalque: o lateral-direito Lucas Serafini, que está suspenso pelo acúmulo de cartões. Em seu lugar, entra Allefe.
“Vamos encarar uma atmosfera desfavorável, clima de guerra, mas estamos preparados para superar mais um desafio. Aliás, a Série D é assim, não tem jogos fáceis, todos são complicados, mas o grupo está focado, e se Deus quiser vamos colher um bom resultado”, disse Allefe.
PRESSÃO
No Santa, o clima é tenso. Na noite de sexta-feira, 14, torcedores uniformizados de uma “torcida organizada” queimaram pneus e fecharam a rua Beberibe, em frente ao Arruda, fazendo cobranças ao time. Um dos cânticos dizia “tem que ser homem para jogar no
tricolor”.
Também faixas foram expostas pedindo “SAF já!”, um novo modelo de gestão e que contempla altos investimentos ao futebol.
Durante a semana, um treino no Arruda foi interrompido devido à invasão de torcedores. Imagens mostram o grupo conversando com o elenco e colocando uma faixa dentro do campo. Um deles teve atitude mais agressiva de ir para cima do meia Nadson, puxando-o pela camisa, e depois sendo contido.
É nesse clima que o Santa se preparou para a partida, que irá marcar a estreia do técnico Evaristo Piza, contratado para o lugar de Felipe Conceição. O zagueiro Italo Melo e o atacante Miullem, lesionados, são desfalques. Mas em compensação, o artilheiro Didico retorna após cumprir suspensão automática.
“Vai ser mais um aspecto comportamental do que ajuste tático, técnico. A gente veio nesse momento de troca e é dar tranquilidade, confiança, acreditando que
Após uma série de confrontos decisivos na temporada, Fluminense e Flamengo se enfrentam neste domingo, 16, às 16h, no Maracanã, pela 15 ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os momentos são opostos. Enquanto o clube rubro-negro começa a dar resultado com Sampaoli, o rival vive sua pior fase com Fernando Diniz.
Classificado à semifinal da Copa do Brasil, o Flamengo tem 26 pontos no
Campeonato Brasileiro e hoje é o principal desafiante do Botafogo na briga pelo título nacional.
O Fluminense, por sua vez, tem 24 pontos, mas vem passando por altos e baixos na temporada. O clube ainda não sabe como vai ficar com Fernando Diniz dividindo as funções com a seleção brasileira.
Os rivais fizeram alguns duelos decisivos durante a temporada. O Fluminense levou a melhor na
Taça Guanabara e no Carioca. Já o Flamengo eliminou o adversário na Copa do Brasil.
O Flamengo terá alguns desfalques para o clássico. O técnico Jorge Sampaoli não contará com Erick Pulgar, lesionado. O lateral Ayrton Lucas e o zagueiro Fabrício Bruno estão suspensos.
Recém-contratado, o volante Allan, que já estreou frente ao Athletico-PR, deve iniciar entre os titulares. Ele
os jogadores tenham capacidade de voltar à sequência inicial da competição, sair dessa situação adversa. É um elenco que conheço alguns jogadores, que enfrentei, acredito muito na força da camisa. Eu vim para isso, vim para acreditar”, disse Piza.
SAntA CRuz
Michael, Rhuan, Eduardo Guedes, Yan Oliveira e Ítalo Silva; Emerson Souza, Wagninho (Pingo) e Nadson; Lucas Silva, Pipico e Emerson Galego. téc.: Evaristo Piza
POtiguAR
Diego Almeida, Allefe, Victor Souza, Anderson Junior e Izaldo; Giovanni, Taipu e Romeu; Wilson, Vitinho e Michel. téc.: Robson Melo
Local - Arruda
Hora – 16h
Juiz – leonardo Ferreira lima/ PR
Assistentes – Victor Matheus/ PE e Bruno César/PE
disputa posição com Thiago Maia. Já o sistema defensivo terá Wesley, David Luiz, Léo Pereira e Filipe Luís.
Do lado do Fluminense, Marcelo não treinou e é dúvida. O jogador reclamou de dores na panturrilha e pode ser preservado. No entanto, ele fará uma nova avaliação para saber se terá condições de entrar em campo.
Diogo Barbosa, que seria o reserva imediato de Marcelo, está se recuperando de uma lesão ligamentar colateral medial do joelho direito. Ou seja, está vetado pelo Departamento Médico. Já o atacante Keno está suspenso.
“Agradeço a todos que torceram por mim, rezaram, que se uniram... Obrigado, Onesimar”, completou, emocionado.
No hospital, Odilon recebeu a visita do narrador cearense Júlio Sales, o que o deixou feliz.
“Jornalista da minha época, o Júlio Sales, ele veio entregar uma camisa e uma carta a mando do presidente do Fortaleza; foi muito bonito, graças a Deus as pessoas ainda relembram de mim pela pessoa que fui”, disse.
Odilon foi ídolo por vários clubes, entre eles Sport, Potiguar, ABC e Alecrim. Teve passe compra-
Odilon se recupera após cirurgia cardíaca bem-sucedida no Wilson Rosado
AgEndA jOgOS, dOMingO, 16
SÉRIE A
11h – Cruzeiro x Coritiba
16h – Fluminense x Flamengo
16h – Fortaleza x Cuiabá
16h – São Paulo x Santos
18h30 – Athletico/PR x Bahia
18h30 – Inter x Palmeiras
Série B
15h30 – Mirassol x Ceará
18h – Vitória x Novorizontino
Série C
16h – Altos x América
16h – CSA x São José
16h30 – Operário x Floresta
19h – Ypiranga x Pouso Alegre
Série D
15h – Concordia x Caxias
15h30 – Globo FC x Campinense
16h – Cruzeiro/AL x Retrô
16h – Aimoré x Camboriú
16h – Jacuipense x Sergipe
16h – Nacional/PB x Iguatu
16h – Santa Cruz x Potiguar
16h – Nacional/AM x Tuna Luso
Odilon recebe alta e, emocionado, agradece pelo carinho e apoio de todos
fabiowillard@hotmail.com
fabio willard de oliveira
OPotiguar tem uma decisão hoje em Recife. Enfrenta o Santa Cruz, tentando garantir antecipadamente sua classificação à próxima fase da Série D. A vitória é o caminho, pois elimina o Santa Cruz, adversário de logo mais. É o time pernambucano, o único, fora do G-4, que ainda aspira classificação. O Potiguar é o terceiro colocado, com 21 pontos, e o Santa, o quinto, com 19. Empate não resolve, pois empurra a definição para o último jogo, contra o Nacional, podendo o bom time paraibano, hoje quarto colocado, com 20 pontos, chegar à ultima rodada precisando de resulta-
do. Bom, voltando ao jogo, o Santa Cruz está em crise braba. Sua imensa torcida tem pressionado forte, o que eleva a tensão do elenco e, possivelmente, a determinação pela vitória. Não dá pra adivinhar como isso vai funcionar, na hora que a bola rolar. O que se presume é uma pressão, dentro e fora de campo, como esse elenco alvirrubro talvez jamais tenha sentido até hoje, em que pese possuir muitos jogadores experientes. Agora, se tiver foco e concentração, pode inverter o quadro usando exatamente a arma que o adversário tem inicialmente a seu favor, que é a pressão externa.
TEsTE
Reprodução
Há 29 anos (17 de julho de 1994), a Seleção Brasileira conquistava sua quarta Copa do Mundo. Foi nos Estados Unidos, contra a Itália. Após empate por 0x0 no tempo normal, o Brasil venceu por 3 a 2 nos pênaltis.
Time de futsal do café Kimimo, em 1986 – Em pé, Edinho Cardoso, João Pitéu, Idalécio (falecido) e Cléber.
Agachados: Lucídio (falecido), Toinho Pitéu e Tutula.
TorcEDor
FUtEbol ClUbE
paulo bEDEl
Liberdade I Torcedor do Botafogo
joãozinho problEma, massagista do Mossoró, falando de colega que realizou uma lipoaspiração.
Ainda sobre a pressão no Arruda, esse jogo vai ser vestibular para saber o quanto o Potiguar está pronto para encarar desafios maiores na temporada. É teste para separar os homens dos meninos.
sEm arriscar
O Potiguar precisa lutar para definir sua sorte hoje e não deixar para a última rodada, contra o Nacional. Até porque não se sabe onde será o jogo, se aqui ou em Natal novamente, pois o Nogueirão ainda não foi liberado.
EspEra
Já que toquei no assunto, a expectativa é que o Corpo de Bombeiros se posicione nesta segunda-feira (17), se libera ou não o estádio para jogos. Se postergar, como ocorreu anteriormente, não haverá tempo de reverter.
mEnos mal Mesmo que liberado para jogos com público, é certo que a capacidade do Nogueirão será reduzida ainda mais. Ou talvez sem público. Não é bom, mas Trágico é continuar jogando fora para apenas algumas testemunhas.
TombaDo
O Governo do Estado, através da governadora Fátima Bezerra, tombou nesta sexta-feira (14), como patrimônio cultural, arquitetônico e social, a tradicional sede do América, na avenida Rodrigues Alves, em Natal.
108
Em tempo, o América completou nesta sexta-feira, 14 de julho, 108 anos de existência. Parabéns aos americanos, torcedores, diretores e todos aqueles que ajudaram a escrever a vitoriosa história do clube.
Transmissão
Estarei hoje no Estádio do Arruda, em Recife-PE, para narrar pelo Portal F9, em parceria com a UERN TV, o jogo Santa Cruz x Potiguar. Nossa jornada começa às 15h30. Acesse Portal F9 no YouTube e acompanhe.
para definir a sorte, tem que ser preciso e reverter a pressão
''Ele fez uma “conspiração” para diminuir a barriga”
Ao passar rapidamente na seção de higiene pessoal e cosméticos de supermercados e farmácias dá para perceber na enorme variedade de produtos para os mais diversos tipos de cabelo, muitas linhas com vários produtos específicos para cabelos longos, cacheados, lisos, coloridos, com friz, cabelos secos ou oleosos. Nesta edição, MULHER traz dicas e orientações da cabeleireira Joalda Gley-
be, mais conhecida como Joalda Cabelos, para cuidar de cabelos oleosos.
A profissional explica que as pessoas que têm cabelos com a tendência de serem oleosos, geralmente, sentem-se bastante incomodadas, por ficarem com aparência de sujos.
Joalda afirma que entre as principais causas da oleosidade são fatores genéticos e desequilíbrio hormonal. Mas destaca
que, na maioria dos casos, a oleosidade no cabelo é causada pelo uso de produtos incorretos e a falta de higienização adequada dos fios.
“Além disso, a oleosidade pode surgir de efeito rebote de tratamentos, como aplicação de produtos hidratantes e cremes de pentear no couro cabeludo ou excesso de limpeza”, frisa.
A cabeleireira cita alguns dos principais erros cometidos por
quem tem cabelos oleosos, na tentativa de evitar a oleosidade. Entre eles estão: não enxaguar bem; alimentação errada; lavar o cabelo com água quente; escolher o xampu errado; exagerar no xampu a seco; exceder-se no uso de finalizador; dormir com o cabelo molhado.
Ela diz que a oleosidade pode ter origem hormonal ou dermatológica, precisando ter as causas tratadas por especialistas, como dermatologistas. “Se houver alterações hormonais é um forte indício da causa do problema, já que os hormônios têm influência sobre as glândulas sebáceas, o que vai aumentar a produção de sebo e, consequentemente, tornar a pele e o cabelo mais oleosos”, comenta.
E para tratar os cabelos oleosos a cabeleireira diz que o melhor tratamento para cabelos oleosos é argiloterapia, recomendando de 4 a 6 sessões.
E, uma das maiores dúvidas de quem tem cabelos oleosos é sobre dever ou não usar condicionador ou máscara de tratamento, e lavar os cabelos somente com xampu se é uma forma de reduzir a oleosidade, Joalda Cabelos ressalta que na verdade o processo de oleosidade começa no couro cabeludo e, consequentemente, estende-se para o cabelo. “Por esse motivo, muitas vezes é preciso usar mais de um xampu, um tipo na raiz e outro tipo no meio e pontas dos cabelhos. Também é interessante usar acompanhado um recondicionador”, reforça.
Joalda Cabelos trabalha com técnicas de corte a seco e química em geral para público masculino e feminino, com especial destaque ao corte e coloração em cabelos cacheados. A profissional está presente no Instagram no perfil @joaldacabelos e no WhatsApp (84) 99894-1055.
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festa
Hoje é dia de vivas para Roberto Barrocas Rosado, Pedro Carlos Pinheiro, o primo Wagner Sivini Santos, o dr. Wanderlânio Carolino, a sra. Maria da Apresentação Medeiros, a querida Ludmila Amorim Rosado, a gente fina Neide Carlos e Clécio Bezerra. Amanhã (17), é dia de festejar Bruno Sá, Carlos Eduardo Ciarlini Rosado, Carlos Roberto de Lima e Silva, Genésio Filgueira Neto e Danilo Tásio de Vasconcelos Freire. Para vocês paz, saúde, amor e alegrias. Parabéns!
No programa desse domingo (16), vamos bater um papo com o casal Tuca Viegas e Kadidja Nascimento, ele jornalista e ela blogger (Kaentreelas), vamos conhecer um pouco do trabalho dessa dupla super do bem. Depois no quadro “Vitrine”, André da Mata nos fala sobre seus novos projetos e sucessos e, claro, nos brinda com música de qualidade. Tem ainda o Sacolão das Feras, sorteio de brindes e aquela seleção musical de primeira. A partir das 19h na 93 FM/Nossa TV. Até lá!
f estival
Martins está ultimando os detalhes para mais uma edição do Festival Gastronômico e Cultural que acontece no próximo fim de semana. Além do Festival Gastronômico, shows e apresentações artístico-culturais prometem movimentar a cidade comandada pela prefeita Mazé Gurgel. Jorge Vercillo na sexta (21) é a grande atração. Mas é bom ficar de olho nos shows de André da Mata e Frequência 2 e Nida Lira cantando Djavan. Tem ainda a homenagem ao poeta Antônio Francisco. Show!
Sérgio Chavesno sábado (8), em São Paulo, aconteceu o Concurso miss Universo Brasil 2023, reunindo candidatas representantes dos 26 Estados e do distrito Federal. Ao final, a gaúcha maria Eduarda Brechane, 19 anos, estudante de Jornalismo foi eleita a miss Universo Brasil, com mato grosso em segundo e São Paulo em terceiro. Agora, maria Eduarda começa a se preparar para o miss Universo, que acontece em dezembro, em El Salvador.
@ o West Acqua Park abriu suas portas para o público nesse fim de semana. desde ontem que é grande a movimentação na estrada de acesso à serra de martins onde está localizado o empreendimento do empresário g onzaga Júnior.
@ Com piscinas temáticas, toboáguas radicais, rampas para descida individual e em grupo, rio lento, tirolesa, jakuzzis e completa infraestrutura gastronômica. o West Acqua Park funcionará de quarta a domingo e feriados das 9h às 17h. Hoje, a partir das 16h, o dJ Jesus Luz é a atração nacional do dia. Vale muito a pena uma visita!
@ na quinta (13), atendemos ao convite das Valdes que amo: d elvaí, d elvaní, d elvaneide e d ulce, que receberam o colunista e o arquiteto Eduardo Falcão para matar a saudade em noite das melhores, boas conversas e muita alegria. delícias de entradas, vinho branco e no jantar um bacalhau dos deuses. Tudo perfeito!
@ Tuca Viegas comemora o sucesso do Salão imobiliário que aconteceu no último fim de semana no Partage Shopping mossoró e já se prepara para novos
projetos. Retorno com detalhes. @ n o último sábado (8), aconteceu o miss Universo Brasil e tenham certeza que ninguém brilhou mais no palco do evento do que o mossoroense george Azevedo. george assinou as peças do show de abertura com a coleção Rastro de onça da george Azevedo Arte e assinou ainda o traje de banho do Top 7 do evento. maravilha!
@ n a segunda (10), g eorge reuniu o Top 3 do m iss Brasil, coordenadores estaduais, influencers e nomes da sociedade paulista na Casa nordestesse, na Alameda Lorena com pocket show e coquetel badalado. Sucesso, g eorge!
@ Forte Como Fogo, canção que dá título ao novo trabalho do cantor e compositor mariano Tavares, composta em parceria com a também cantora e compositora Simona Talma, fala da necessidade de buscarmos a beleza e a potência individuais para, assim, interagir com o mundo e com o outro, sem disfarces, deixando renascer em si o que há de mais verdadeiro, intenso e forte, como o fogo.
@ d irigido pela multiartista Rita m achado e pelo próprio mariano Tavares,
O Rotary Club de Tibau realizou sessão solene no sábado (8), no Requinte Del Mar para empossar a sua nova diretoria. Sai o oftalmologista Igor Allamo e entra o empresário Raimundo Bessa Júnior para o biênio 2023/24. Noite concorrida. Sucesso, Bessa!
que também assina o roteiro, o videoclipe de Forte Como Fogo estreia no próximo dia 10 de Julho (segunda-feira), às 20 horas, no canal do artista no YouTube, onde o trailer já está disponível.
@ A Expofruit acontece de 23 a 25 de agosto na Estação das Artes Elizeu Ventania. Este ano o evento chega aos 30 anos e espera movimentar 80 milhões de reais. A fruticultura irrigada é um dos carros chefes da riqueza do Rn o evento promete!
@ Lisboa Batista, colunista de Fato em Pau dos Ferros, está ultimando os preparativos para a 21ª edição da sua Festa dos d estaques, evento maior do Alto oeste, que acontece no dia 5 de agosto, a partir das 22h15, na AABB. mídia toda na rua, pesquisa feita, a noite promete ser um grande sucesso!
@ A Tudo di Bão continua insuperável!
A loja dos amigos Ubiraci Tavares/ Claudinha, localizada no CCnB na diocesana, é o point quando o assunto é delícias. Petiscos, queijos, carnes, molhos e uma infinidade de opções para todos os paladares. Vale muito a pena uma visita!
Na sexta (7), durante coquetel, o historiador Geraldo Maia passou o comando do Rotary Club Mossoró para Conceição Soares Fernandes em solenidade prestigiada na sede da entidade no Nova Betânia. Conceição assume para o biênio 2023/24. Desejo sucesso!
neide faz a festa em torno do marido, o empresário noguchi Rosado, com idade nova na sexta (21).
Fernando Júnior enche de mimos a esposa Ludmila Amorim Rosado, que amanhece em idade nova nesse domingo (16). Vivas!
os irmãos Maria das Graças e Gustavo Rosado, aniversariantes da sexta
paulo Sidney faz festa para comemorar a vida da amada, Larissa Rosado, com aniversário no sábado (22).
Casal Zuíla/José Vasconcelos. Ele comemora a vida na quarta (19) e a coluna faz a festa!
a A querida Dilma Amaral Duarte folhinha da quarta (19)!
Rose Cantídio em coro de vivas para a amiga Vânia Azevedo, aniversariante da terça (18). Saúde e paz!
e Aglair Abreu. Vivas!
R. Antônio Vieira de Sá, 440 Tel.: 3317-4545 / 3316.0409
A dúvida não é uma condição agradável, mas a certeza é absurda!”
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Especial
Música em ritmo de forró é a trilha sonora para o aquecimento dos participantes. Alunos de Fisioterapia da UFRN fazem aqueles passos de dança “dois pra lá e dois pra cá” para os demais reproduzirem. Esse é o início da sessão do projeto de extensão AGruPar –Assistência fisioterapêutica em Grupo para pessoas com doença de Parkinson.
Os encontros reúnem esses pacientes e seus cuidadores para estimular a socialização entre eles e uma melhor qualidade de vida.
Mais presente em homens de meia idade e idosos, a doença de Parkinson não tem cura e é geralmente lembrada pelo tremor das mãos. Porém, há outros sintomas cognitivos, emocionais e psicológicos que também fazem parte da condição, como perda de olfato, alteração no sono, constipação, pressão baixa, incontinência urinária, alteração visual, depressão e o sintoma considerado mais incapacitante, a lentidão dos movimentos.
O projeto AGruPar nasce com o intuito não só de reduzir os déficits motores dos assistidos, como de inseri-los em atendimentos humanizados e possibilitar a socialização por meio do contato com outros participantes. Nos encontros, os graduandos em Fisioterapia fazem a mediação dos exercícios com os pacientes e seus acompanhantes e auxiliam para além do físico. “O projeto não é só atendimento por atender, mas é atendimento por vínculos. Aqui aprendemos a nos comunicar com os pacientes, como acessá-los por diversas vias”, explica Larissa Araújo, uma das alunas integrantes da equipe.
Esses vínculos criados não são revestidos somente de alegrias. A mestranda em Fisioterapia Clarissa Fernandes está entre os pós-graduandos que supervisionam as sessões para orientar e ajudar os mediadores. A discente teve experiências marcantes no projeto, inclusive a perda de participantes queridos. “Na pandemia perdemos contato com alguns que não conseguiram acompanhar remotamente. Quando voltamos, soubemos que perdemos dois pacientes. Ficaram somente lembranças, porque não conseguimos nos despedir”, fala emocionada.
No final da sessão, a equipe se reúne para comer lanches levados pelos assistidos e Clarissa
encontros reúnem esses pacientes e seus cuidadores para estimular a socialização
logo lembra do senhor Rui, um dos falecidos, que sempre dizia ao levar algo feito por ele: “vocês cuidam da gente, então deixa a gente cuidar de vocês.”
Além das pessoas com a doença, os cuidadores também são incluídos nas sessões, podendo se movimentar e cuidar do seu bem-estar. “O grupo quer acolher os dois, porque os cuidadores também precisam de cuidados. São pessoas que, muitas vezes, se abstêm do trabalho, geralmente é alguém da família ou um amigo que para a vida para dar assistência. Geralmente eles não se cuidam por estarem preocupados em cuidar do outro”, destaca a coordenadora do projeto, Tatiana Ribeiro.
O Parkinson está presente na vida de Randolfo Neto há 10 anos. O senhor e sua esposa, Fran Souza, estão há quatro anos sendo fiéis aos encontros com o AGruPar e reconhecem como tem sido bom fazer parte dele. “É um pessoal de altíssima qualidade, gentileza, acolhimento, uma coisa que recebemos com muita satisfação”, diz Randolfo, e Fran completa: “eles [quem possui a doença] precisam de acolhimento para poder se desenvolver e conseguir fazer os exercícios direito, sem causar alguma lesão, e os alunos são fantásticos.”
No momento, o projeto conta com quatro grupos, que se reúnem todas as sextas-feiras em sessões com duração de uma hora. Uma dessas turmas participa
remotamente por teleconferência, por estarem doentes ou com maior dificuldade de locomoção, mas conseguem realizar as mes-
mas atividades com materiais presentes em casa. Interessados em participar podem entrar em contato com
Chamada oficialmente de doença de parkinson, essa condição é caracterizada por uma diminuição na produção de um neurotransmissor chamado dopamina. A dopamina permite que o corpo funcione bem, transportando os impulsos nervosos de um ponto a outro e facilitando os comandos emitidos pelo cérebro para que cheguem até outras partes do corpo.
Quando a dopamina não está presente no corpo, há um grande comprometimento no sistema nervoso central, que aumenta conforme os anos passam e afeta todas as áreas do corpo.
P
Raíssa Taveira, aluna de doutorado em Fisioterapia e colaboradora do projeto, pelo WhatsApp (83) 98850-4148
Essa doença é cada vez mais comum em idosos e pessoas de idade mais avançada. Conforme a expectativa de vida no País aumenta, os índíces de doença de parkinson também podem acabar aumentando.
o mal de parkinson pode tornar a pessoa inválida porque, conforme avança e compromete o sistema nervoso, ela pode afetar as habilidades da pessoa de viver sozinha, tornando-a dependente de outros indivíduos. no entanto, conforme a medicina avança, é possível que medicamentos impeçam a rápida progressão da doença.
– tremedeiras, em especial nos membros superiores, como os braços;
– lentidão e diminuição na rapidez dos reflexos musculares;
– rigidez nas articulações;
– alterações que acontecem em um único lado do corpo;
– passos mais curtos;
– redução dos movimentos dos braços;
– pessoa que não consegue controlar a saliva e acaba babando;
– pessoa que deixa de piscar naturalmente;
– depressão;
– confusão mental;
– dores musculares; e
– dificuldade para escrever e fazer movimentos que exigem uma maior precisão.
Projeto usa a fisioterapia em grupo para socializar homens e mulheres com a doença de Parkinson
acoleção “ r astro da o nça” da marca George a zevedo a rte teve dois momentos na capital paulista.
“ trabalhamos com o desejo e a imaginação de nossos clientes, através de joias impecáveis que marcam os momentos únicos que formam a nossa história”, comentou a empresária s âmara Carlos.
p rimeiro, no palco do Miss u niverso b rasil 2023 no desfile de abertura do concurso. Momento lindo e emocionante no pátio Weluci.
d epois, no e spaço n ordestesse,
fiCHa
na Casa Cipó, ponto de vendas da marca em s ão paulo/ sp, onde aconteceu pocket show com recheio do cast a nother a gency.
o grande lance desta coleção é a pintura de onça no tom rosa e a estampa b icho s olto, uma verdadeira explosão de cores.
a lém das famosas jaquetas jeans, a coleção conta com blazers, leggings, Cropped tops, shorts, vestidos, calças, saias e macacões.
tudo com pinturas feitas à mão por George a zevedo, que também desenvolveu estampas exclusivas.
a qui, você confere um pouco do que rolou no lançando na Casa Cipó em fotos de b eto b ezerra:
Arealização de uma Reforma Tributária no Brasil vem sendo discutida há 30 anos e, na última semana, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que altera a forma como o Governo Brasileiro vai arrecadar e distribuir alguns impostos, foi aprovada na Câmara dos Deputados e segue para votação no Senado. O tema vem sendo discutido pela população brasileira e gerado uma série de dúvidas sobre seus efeitos práticos no cotidiano. Para entender o que muda, caso a proposta seja também aprovada no Senado e promulgada, DOMINGO conversou com a Contadora Maria Helena Costa, que esclareceu os principais pontos. Maria Helena Costa reforça que, atualmente, o sistema tributário brasileiro é muito complexo, tornando difícil garantir a transparência. Para ela, em função disso o brasileiro não tem uma noção exata dos impostos que paga nos produtos e serviços que consomem. A Contadora comenta que, a partir da Reforma Tributária, haverá a unificação de alguns impostos federais (IPI, PIS e COFINS) o imposto estadual (ICMS) e o imposto municipal (ISS), que serão distribuídos entre dois IVAs (Imposto sobre o Valor Agregado/Adicionado), a criação de uma comissão para arrecadar e distribuir os impostos de caráter estadual e municipal, mudanças na forma de transferência de bens de pessoas vivas e espólios, e um cash back de impostos pagos que será ressarcido a alguns contribuintes. Para a especialista, entre os pontos de maior destaque para a população seria a criação da cesta básica com imposto zerado, o cash back de impostos e impostos com taxas reduzidas para alguns itens, como remédios. Já para os Estados e Municípios o ponto de maior destaque é a criação do conselho federativo, que alguns enxergam como algo que diminuiria a independência dos Estados e Municípios. Como profissional da área, a Contadora avalia de forma positiva a aprovação da Reforma Tributária, ela enfatiza que o país necessitava passar por essas mudanças. Ela cita que a unificação dos impostos no IVA já é algo presente em torno de 170 países, o que significa que nós estamos muito atrás deles, isso dificultava desde exportações e importações até investimentos, em razão do sistema ser complexo e não muito transparente.
Boa leitura, Nara Andrade.
Psicóloga, Catarina Amorim, fala sobre os impactos da maternidade na vida da mulher, inclusive na forma que ela enxerga a si própria. Para Catarina, grande parte das questões que surgem e afetam a mulher após a maternidade é fruto da sobrecarga imposta pelo sistema. Página 4
Contadora Maria Helena Costa esclarece os principais pontos da Reforma Tributária e sobre seus efeitos práticos no cotidiano da população brasileira. Página 8
• Edição – C&S Assessoria de Comunicação
• Editora – Nara Andrade
• Diagramação – Rick Waekmann
• Projeto gráfico – Augusto Paiva
• Impressão – Gráfica De Fato
• Revisão – Gilcileno Amorim
• Foto – Marcos Garcia
Redação, publicidade e correspondência
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DomIngo é uma publicação semanal do Jornal de Fato. Não pode ser vendida separadamente.
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As exigências sociais sobre o cuidar, educar e zelar pelos filhos recaem nas mulheres, não é à toa que nos lares brasileiros cerca de 11 milhões de lares é de mães solo, sendo que 7 milhões se encontram no Norte e Nordeste do país’
Recentemente, a atriz Luana Piovani afirmou em um PodCast que “a maternidade mata a mulher”. A declaração polêmica foi dada ao ser perguntada se ela se sentia mais forte e sexy por ser empoderada e por dar conta de tudo sozinha. Sobre a declaração da atriz, DOMINGO conversou com a psicóloga Catarina Leonila Costa Amorim. A psicóloga fala sobre os impactos da maternidade na vida da mulher, inclusive na forma que ela enxerga a si própria. Para Catarina, grande parte das questões que surgem e afetam a mulher após a maternidade é fruto da sobrecarga imposta pelo sistema que atribui à mãe a responsabilidade sobre o cuidar, educar e zelar pelos filhos, e a maioria
É comum ouvirmos de mães, principalmente aquelas no primeiro ano de maternidade que não se reconhecem mais, que não conseguem identificar em si própria a mulher que era antes do nascimento de seu filho?
Sim, e com uma maior frequência que anteriormente. Isso tem sido um movimento positivo de um despertar para as questões que perpassam a maternidade, paternidade e as relações familiares. Naturalmente, o nosso corpo não irá mais ser como antes, existe aí uma ruptura com essa mulher, o que não significa que a mesma não esteja aí, mas com um novo lugar social e uma nova forma de ser e estar no mundo, com marcas, vivências e experiências. Os primeiros anos do ato de maternar são extremamente complexos, dolorosos, transformadores para as mulheres de forma bem peculiar, pois é preciso viver o luto dessa vida que não existe mais, no mesmo instante que está mergulhada e atravessada de hormônios, medos, incertezas, dores
não conta com rede de apoio, ou com a parceria dos genitores de seus filhos. A profissional é Psicóloga Clínica e Grupal, Gestalt-terapeuta, com bacharelado e licenciatura pela Faculdade Católica do Rio Grande do Norte, Pós-graduação em Sexualidade e em Psicologia Perinatal; Pós- graduanda em Avaliação Psicológica e Psicodiagnóstico e em Psicologia Jurídica. Catarina Amorim atua com psicologia clínica com adolescentes, adultos (com ênfase nas mulheres, sexualidade, corporeidade), grupos terapêuticos, avaliação psicológica e psicodiagnóstico, palestras sobre a temática da adoção, feminino, sexualidade, violências de gênero e arte como subsídio para saúde mental.
físicas e psicológicas... é um turbilhão de emoções sentidas ao mesmo tempo, e o ato de reconectar com essa nova mulher se torna quase que impossível, especialmente se ela não possui uma rede de apoio que a acolha, respeite e de fato ajude-a.
O que leva a essa mudança na autoimagem, isso é passageiro ou algo definitivo?
Muitos fatores, desde a questões fisiológicas com relação aos hormônios nessa fase, a fatores emocionais, familiares e sociais. É importante frisar o contexto social em que nos encontramos, onde a maioria das mulheres não tem acesso a cuidados na saúde mental durante o período gestacional e muito menos no puerpério. E se falarmos das mulheres que se tornam mães por adoção, esse dado se repete, e com um agravante, pois não são compreendidas no seu contexto vivencial. Mas se tratando das mães que gestaram de forma biológica, nos primeiros meses e que pode vir a se estender até uns dois anos, algumas escolhem permanecer na lactação, algo que muda tanto as questões físicas, emocionais, relacional, laboral, logo, pode vir a interferir nessa dificuldade em se perceber mulher e não apenas mãe. Socialmente, existe uma cobrança e uma padronização de corpos, de imagens ditas como desejadas, introjetando de forma violenta em nosso cotidiano, causando muitas vezes essa distorção de imagem, desqualificando o maternar e fragilizando a percepção do eu no mundo.
Muitas mulheres deixam de se enxergar como uma mulher com suas várias versões (mulher, mãe, profissional, dona de casa) e passa a se ver e a serem vistas e tratadas por outras pessoas, inclusive pelos próprios
companheiros, como a mãe, apesar de ter outras funções, sendo a maternidade seu papel principal, por vezes único. Isso provoca muitos impactos na vida da mulher?
Infelizmente, os impactos que causam sofrimentos. Vivemos em um sistema machista, patriarcal, neoliberal, sexista que opera na
lhões se encontram no Norte e Nordeste do país, onde a maioria são mulheres negras, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FVG, 2022). Esses impactos refletem em buscar melhorias de instruções, formações, estudos, para um desenvolvimento pessoal e profissional, o que dificulta na equidade no mercado de trabalho, e na manutenção e cuidados com o lar e filhos, o que fica evidenciado cada vez mais a situação de violência social em que estamos inseridas, consequentemente, o adoecimento psíquico como atualização das relações de poder sobre corpos femininos.
Recentemente, a atriz Luana Piovani citou em um Podcast que “a maternidade mata a mulher”. A afirmação veio como resposta à pergunta feita pela apresentadora se ela se sentia mais sexy, forte, empoderada por dar conta de tudo, ser a mãe que cuida em detalhes da rotina dos filhos, trabalhar fora, ser uma mulher independente. A atriz então respondeu que o termo mãe guerreira seria uma espécie de distorção da realidade de sobrecarga de afazeres vivida pela maioria das mulheres. Como a senhora vê essa declaração?
formação de violências multifacetadas contra todas as formas de ser mulher, esse é um ponto importante de refletir, compreender e ter uma posição crítica a esse sistema de aniquilamento. As exigências sociais sobre o cuidar, educar e zelar pelos filhos recaem nas mulheres, não é à toa que nos lares brasileiros cerca de 11 milhões de lares são de mães solo, sendo que 7 mi -
A maternidade vivida de forma saudável, com a rede de apoio, afetos, cuidados, partilha das responsabilidades, possivelmente, não trará tantos impactos negativos, nem muito menos adoecimento para as mães, podendo até ser um momento em que mulheres venham a redescobrir sua sexualidade, sua beleza e potência. Mas precisamos urgentemente desromantizar e humanizar o maternar. Digo isso por compreender e acompanhar algumas mulheres que, mesmo mediante a toda uma rede de apoio, sentem a dificulda -
As exigências sociais sobre o cuidar, educar e zelar pelos filhos recaem nas mulheres, não é à toa que nos lares brasileiros cerca de 11 milhões de lares são de mães solo, sendo que 7 milhões se encontram no Norte e Nordeste do país, onde a maioria são mulheres negras, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FVG, 2022).
de em ter uma rotina, de sentir-se empoderada, de voltar a sentir prazer e ter relações sexuais, pois o maternar por si só é um processo muito solitário, vulnerável e que geralmente está a serviço de outrem e não de si própria. Esperase que com a maternidade as mulheres virem umas leoas, ganhem praticamente superpoderes e que agora irão suportar tudo, esquecendo que antes de ser mãe, existe uma humana vivenciando uma fase de (des)construção, transfor-
mação, e que não é apenas com o nascimento de um filho/a que nasce uma mãe, isso é um pensamento totalmente equivocado e cruel. É preciso compreender que cada mulher irá vivenciar seu processo de uma forma única, com sensações, sentimentos muito subjetivos, o que será comum é a maneira que a sociedade se comporta e olha para nós, e isso, sim, terá um verdadeiro impacto positivo ou não. Vamos compreender e buscar observar quais subsídios estamos
construindo para possibilitar que essa mãe consiga experienciar a maternidade de forma menos exaustiva? Tenho um olhar de compaixão com as mães que encontro em algum momento de lazer? Estou disponível a ver a beleza de um corpo com marcas e histórias outras que diferem da minha? Enquanto homem, o que tenho elaborado para compreender que meu lugar de privilégio tem exterminado lugares de mulheres e demais corpos?
O fato de ter filhos, por si só, limita e até impede a mulher de desfrutar as demais áreas de sua vida, sua individualidade, sua carreira, e até mesmo sua sexualidade? Ou isso acontece por ela ter que dar conta de tudo sozinha ou mesmo não sendo mãe solo, ser a responsável principal por tudo que diz respeito aos filhos e a casa?
O maternar não deve ser um fator limitante na vida de qualquer mulher, mas na realidade sabemos que isso não é assim, culturalmente somos atravessados por tradições sociais até obsoletas, mas que de certa forma sobrevivem e são reproduzidas atualmente, no que se refere às questões de gênero, os lugares que podemos ocupar ou não, o que vem a ser responsabilidade da mulher ou do homem etc., uma alienação criativa que naturaliza e normatizam ações de poder. Tudo isso tende a limitar e dificultar a existência das personas de cada mulher/mãe com uma sobrecarga injusta e desumana, nos colocando em um lugar de subserviência e inferioridade, dificultando ou exterminando as possibilidades de cuidado e atenção merecida, principalmente quando nos referimos a nossa sexualidade; importante frisar que o que nos impede mesmo é a paternidade ser algo facultativo em nossa sociedade. Não ocupamos espaços de privilégios, ao contrário, estamos constantemente em estado de alerta e luta pelo simples direito de existir como pessoa, que sonha, que deseja, que planeja. Mas é importante se questionar sempre que possível: Meu corpo e desejos estão a serviço de quem?
É comum essas mulheres falarem em arrependimento por ser mãe? Colocarem nos filhos
a responsabilidade pela sua sobrecarga e se frustrarem por ter idealizado a maternidade como a realização de um sonho? A culpa por assim pensar também tem grande impacto na vida dessas mulheres?
Não é comum em ser falado, talvez o sentir, sim. Nos é roubado o direito de querer ou não maternar, e se algo assim é sentido, avaliar com muita atenção, pois toda essa frustração não deve ser direcionada a algo que venha mais uma vez gerar culpa e dores. A cisheteronormatividade tem seus dispositivos nas relações de poder em que retiram deles a responsabilidade dessa frustração, dessa sobrecarga, usando mais uma forma de violência para manter a insegurança identitária das mulheres, levando-as a acreditar que ela e a maternidade exercem a máxima culpa pela falta de escolhas e oportunidades. Porém, depois de muitas lutas, vários espaços de fala, reflexão e orientação estão sendo fomentados, assim, como uma matéria sobre essa temática. Nos espaços de jurisdição já existe a entrega voluntária para adoção prevista na Lei 13.509/2017, que trouxe alterações para o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), onde toda e qualquer mulher que não deseja, ou por razões outras, possa ser assistida pela Justiça da Infância e Juventude, e entregar a criança à adoção, desde o momento do nascimento. Essa informação e conscientização é algo que precisa ter um melhor esclarecimento nos espaços de cuidados sociais e saúde, nas UBSs, UPAs, CREASs, CRAS etc., como uma das formas de amenizar a culpabilização da maternidade.
Como encontrar uma saída para esse tipo de situação? As mulheres têm resistência para
pedir ajuda?
Compreender o contexto social, saber da nossa responsabilidade individual não anula a do outro, ter um pensamento crítico sobre os fatores sócio-históricos, compreendendo que as violências de gênero, classe, raça fazem parte das violências estruturais e que somos vítimas delas é o primeiro passo para a consciência política e libertária dos nossos corpos. De certa forma, não existe tanto mais uma resistência, as mulheres aos poucos têm se organizado, escutado mais umas às outras, validando o sofrimento, transgredindo, recusando a submissão e construindo estratégias criativas de enfrentamento mesmo correndo riscos, com altos preços a serem pagos na sociedade, devido ao tabu a todo levante de atualização e libertação, tendo dificuldade em ter acesso a políticas públicas e sociais que venham garantir apoio necessário.
Qual a importância de buscar ajuda profissional para lidar melhor com toda essa pressão imposta pela sociedade?
A ajuda de um profissional da Psicologia tem como premissa máxima acolher de forma ética, escutando e validando toda e qualquer forma de sofrimento, despertando a ampliação da consciência, ajudando na autorregulação, uma adaptação com o meio, sabendo que ali terá o encontro com a vulnerabilidade. Na relação terapêutica, será possível compreender que o sintoma em si não é um problema, e, sim, um caminho para a solução; esse sofrimento que gera uma angústia, dores e até uma depressão foi o modo de operar e lidar com toda a situação de violência, logo, a culpa é um mecanismo opressor, e na terapia a busca é restituir o humano, recobrar o lugar na humanidade.
>> Discutida há 30 anos, Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) que altera a forma como o Governo vai arrecadar e distribuir alguns impostos foi aprovada na Câmara dos Deputados e segue para o Senado. Contadora comenta principais mudanças.
Desde a sua aprovação na Câmara dos Deputados, a Reforma Tributária vem sendo discutida pela população brasileira e gerado uma série de dúvidas sobre seus efeitos práticos no cotidiano. Para entender o que muda, caso a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) seja também aprovada no Senado e promulgada, DOMINGO conversou com a Contadora Maria Helena Costa, que esclareceu os principais pontos. É importante ressaltar que a realização de uma Reforma Tributária no Brasil está sendo discutida há 30 anos. E a profissional explica do que se trata essa mudança. “A tão esperada Reforma Tributária é uma série de mudanças na forma como o Governo vai arrecadar e distribuir alguns impostos”.
Maria Helena Costa reforça que, atualmente, o sistema tributário brasileiro é muito complexo, tornando difícil garantir a transparência. Para ela, em função disso o brasileiro não tem uma noção exata dos impostos que paga nos produtos e serviços que consomem.
“Uma das propostas é justamente
trazer essa transferência. A mudança no cotidiano vai depender de muitos fatores, por exemplo: uma pessoa muito rica que possui jatinhos, lanchas e outros bens de alto valor, agora passará a pagar IPVA desses artigos de luxo, que até então não é cobrado. Já para a população em geral, todo mundo sairá ganhando quando for instituída a cesta básica brasileira (prevista na reforma tributária), que será isenta de impostos, o que deve tornar esses alimentos mais baratos, uma coisa muito necessária para um país onde muita gente ainda sofre com a fome”, ressalta.
Além dos pontos já citados, a Contadora comenta que a partir da Reforma Tributária, haverá a unificação de alguns impostos federais (IPI, PIS e COFINS) o imposto estadual (ICMS) e o imposto municipal (ISS), que serão distribuídos entre dois IVAs (Imposto sobre o Valor Agregado/Adicionado), a criação de uma comissão para arrecadar e distribuir os impostos de caráter estadual e municipal, mudanças na forma de transferência de bens de pessoas vivas e espólios, e um cash back de impostos pagos que será ressarcido a alguns contribuintes.
Para a especialista, entre os pontos de maior destaque para a população seria a criação da cesta básica com imposto zerado, o cash back de impostos e impostos com taxas reduzidas para alguns itens, como remédios. Já para os Estados e Municípios o ponto de maior destaque é a criação do conselho federativo, que alguns enxergam como algo que diminuiria a independência dos Estados e Municípios.
Ela também afirma que os principais benefícios da Proposta de Emenda à Constituição que prevê a reali-
zação da Reforma Tributária para o contribuinte é a transferência no pagamento dos impostos, para os empresários, a facilidade na apuração e pagamento dos impostos. “Para o Governo, os principais benefícios são a maior possibilidade de arrecadação e fiscalização, garantindo que os produtos nacionais consigam ser importados com carga tributária menor, melhorando o desempenho das vendas”, cita.
Como profissional da área, a Contadora avalia de forma positiva a aprovação da Reforma Tributária, ela enfatiza que o país necessitava passar por essas mudanças. “Era uma reforma muito esperada, debatida. Para se ter ideia a unificação dos impostos no IVA já é algo presente em torno de 170 países, o que significa que nós estamos muito atrás deles, isso dificultava desde exportações e importações, até investimentos, em razão do sistema ser complexo e não muito transparente”, reforça.
Sobre os pontos que podem gerar dúvidas na população, Maria Helena diz que existem alguns pontos que ainda serão regulamentados, que causa curiosidade na população. Ela cita como exemplo as definições sobre como será feito o cash back e quem terá direito.
Em relação à existência de pontos polêmicos, a profissional comenta que isso se deve ao medo de Estados e Municípios passarem a ter queda na arrecadação. “Mas, os estudos comprovaram que, em diferentes cenários, a arrecadação vai aumentar, até nas projeções mais conservadoras. A polêmica gira em torno também no medo do comprometimento da autonomia dos Estados e Municípios”, frisa.
Reforma Tributária é uma série de mudanças na forma como o Governo vai arrecadar e distribuir alguns impostos
>> cirurgiã dentista chama atenção para riscos associados à ausência de dentes, cita principais causas do problema e tratamentos mais indicados.
Apesar de constantes campanhas educativas sobre a importância do cuidado com a higiene bucal, a perda de dentes é um problema comum no Brasil, como explica a cirurgiã dentista, Amanda Medeiros. Especialista em Saúde da Família e Comunidade, e também Odontopediatria, a profissional lamenta o fato de ser comum receber no consultório pessoas de diferentes idades com ausência de dentes.
“Infelizmente, sim, da criança ao idoso. Nossa sociedade ainda tem a mutilação dentária como algo normal e natural, e isso começa a entrar na mente das pessoas ainda na infância. Por vezes recebo no consultório crianças que chegam com dores nos dentes de leite, em virtude da má higienização, onde esses dentes só seriam perdidos cerca de 2 ou 3 anos pra frente. Mesmo sabendo dos prejuízos causados pela perda precoce desses elementos e diante de opções mais conservadoras, como o tratamento de canal, é muito comum os pais optarem pelo tratamento mais radical, ou seja, a extração, uma vez que a saúde bucal naquele momento não é uma prioridade, e sim apenas a remoção da dor. Isso acaba refletindo diretamente na dentição permanente, pois aquela criança tornase um adulto com os mesmos hábitos ruins de higiene, e quando acometido pelas dores provocadas pelas lesões de cárie, chegam ao consultório com o mesmo pensamento mutilador, já que ela cresceu vendo o seu ciclo de convivência fazer isso, então ela apenas repete o padrão, achando natural perder os dentes ao longo da vida”, comenta.
Segundo a dentista, entre as principais causas da Mutilação Dentária, a má higienização é sem dúvida a maior, já que a doença cárie irá se instalar, provocar a desmineralização do elemento, o que acarretará em dor, levando muitos pacientes a removerem o dente acometido. No entanto, Amanda Medeiros afirma que doen-
12 DOMINGO, 16 de julho de 2023
ças como diabetes, por exemplo, quando descompensada, podem favorecer a instalação de quadros infecciosos como a periodontite, fazendo com que o osso que sustenta o dente seja perdido pela ação dos micro-organismos, o que fará o dente amolecer e ser perdido.
A profissional diz ainda que traumas também são fatores de causa de perda dentária, principalmente quando ocorrem fraturas muito extensas e até mesmo avulsão total do elemento. “Problemas genéticos também
estão associados à ausência de dentes na boca, desde a agenesia (a não formação de determinados dentes), até a amelogênese e dentinogênese imperfeita (condição que faz o dente erupcionar com suas estruturas mais fragilizadas e, consequentemente, mais susceptíveis à destruição e posterior perda). Esses últimos podem ou não estar associados a alguma síndrome”, complementa.
A cirurgiã dentista cita os principais riscos provocados pela ausência de dentes. Ela afirma que quando
perdemos um ou mais dentes, uma série de eventos pode acontecer, pois os nossos dentes sempre tendem a tocar lateralmente em seus vizinhos e quando fechamos a boca, em seu antagonista. “Quando um dente sai e fica aquele espaço vazio, a tendência é que eles se movimentem pra ocupar aquele espaço, porém como é um espaço muito grande e eles não vão conseguir se tocar, o que vai acontecer é que a mordida vai ficar desorganizada, trazendo prejuízos à mastigação. A depender da quantidade de dentes perdidos, pode haver ainda alterações na musculatura da face, o que pode ocasionar, associado a outros fatores, um quadro de disfunção têmporo mandibular - DTM. Quando um dente é perdido, também ocorre a reabsorção óssea, já que o osso ali presente não terá mais função de sustentação; com isso, à medida que o osso vai sendo perdido, parte do osso de sustentação do dente vizinho pode ir embora também e causar um pouco de exposição da raiz do dente que ali permaneceu. Outro
prejuízo é a sobrecarga dos dentes vizinhos ao que foi perdido, já que a distribuição de força mastigatória não vai ser mais a mesma, o que pode causar lesões de abfração, que é quando o dente quebra na região mais próxima à gengiva, causando sensibilidade e desconforto”.
E a perda de um ou mais dentes pode gerar problemas na mastigação, e estéticos, além de outras complicações, como problemas na fonética, já que nossos dentes também têm um papel importante na articulação das palavras.
A reabsorção óssea é outro problema que também pode ser provocado pela perda de dentes. “O osso da nossa maxila e mandíbula tem uma porção que sustenta os dentes pela raiz. Quando um dente é perdido, o organismo entende que não é mais necessário que esse osso esteja ali, pois não existe mais dente para ser sustentado, com isso ele vai diminuindo em altura e largura, até que a região fica mais baixa e plana quando comparada com outras re -
giões. Infelizmente, depois da perda, não tem como prevenir esse fenômeno, mesmo que a reabilitação seja imediata, pois se não há dente, não é necessário que o osso permaneça”.
No caso da perda de um ou mais dentes a dentista Amanda Medeiros, que atende no Consultório Dentini Odontologia, no Medical Center, afirma que existe uma ampla variedade de tratamento, no entanto, a escolha dependerá de cada caso.
“Hoje nós dispomos dos implantes que são excelentes formas de reabilitar a perda de um ou de todos os elementos. Temos ainda as pontes fixas, que são dentes repostos a partir da sustentação de seus vizinhos. Além desses temos as próteses removíveis, podendo ser total, quando se perde todos os dentes, ou parcial, quando ainda há elementos na boca”, conta.
Em caso de dúvidas, sobre este ou outro temas, a dentista e odontopediatra Amanda Medeiros está no Instagram (amandamedeirosp_).
Entre as principais causas da mutilação Dentária, a má higienização é sem dúvida a maior, como explica a dentista Amanda medeiros
Para a massa
• 4 embalagens de Wafer D-tone Chocolate Vitarella
• 800 g de manteiga com sal
• 8 xícaras de farinha de trigo
• 8 xícaras de açúcar
• 16 ovos
• 800 g Achocolatado
Para a ganache
• 400 g de chocolate meio amargo 250 g de creme de leite
massa
1. Em banho-maria, derreta o achocolatado com a manteiga.
2. Misture o trigo, os ovos e o açúcar e envolva as duas misturas.
3. Corte os D-tones em quadradinhos.
4. Unte a forma com manteiga e farinha de trigo.
5. Misture a massa com o D-tone e despeje a massa de Brownie na assadeira.
6. Leve para assar em forno preaquecido 180, de 30 a 40 minutos.
7. Retire do forno e espere esfriar. Reserve. ganache
1. Derreta o chocolate meio amargo em banho-maria;
2. Retire do fogo e envolva o chocolate com o creme de leite. Reserve. montagem
1. Pegue o brownie que estava reservado e corte;
2. Coloque a quantidade que quiser em um prato; Despeje a ganache de chocolate amargo por cima e sirva em seguida.
defato com
>> Bastidores Com nova locação e mudanças na final, “no Limite” ganha nova temporada na grade da globo
>> inside globo e SporTV ampliam espaço para a cobertura da Copa do mundo Feminina
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moSSoRÓ (Rn), Domingo, 16 de julho de 2023
>> principal Xuxa meneghel debruça sobre a própria trajetória em documentário inédito pÁGina 3
Acorda, Carlo!" é a primeira série de animação original brasileira da Netflix assinada pelos criadores de "Irmão do Jorel". A produção acompanha Carlo, um menino de 7 anos que adora diversão, aventura e biscoitos, mais especificamente "goiabitos". Mas, depois de cair em um feitiço que o faz dormir por 22 anos, ele desperta e percebe que tudo está diferente, inclusive os seus melhores amigos, que agora são adultos sérios. No entanto, com sua positividade, espírito livre e total desconhecimento dos instintos básicos da vida, Carlo vai inspirá-los a recuperar a diversão e serem tão livres quanto ele. "Acorda, Carlo!" aborda de maneira irreverente a importância da amizade, da imaginação e da liberdade de sermos nós mesmos. A série tem 13 episódios, é dirigida por Juliano Enrico e produzida pela Copa Studio, com Zé Brandão na produção e Vivian Amadio como produtora executiva. Os episódios contam com direção de voz de Melissa Garcia e produção musical de Zé Ruivo.
(Star+, Seg, dia 10)
O Star+ estreia "A Superfantástica História do Balão", nova série documental produzida pelo Star Original Productions. Depois de mais de uma década, Simony, Tob, Mike e Jair Oliveira, voltam a se reunir para relembrar suas infâncias como membros do Balão Mágico, em uma viagem pelos altos e baixos do show business dos anos 1980 no Brasil. Da origem familiar à explosão da banda, eles recordam os ginásios lotados, os discos emblemáticos, e como a responsabilidade e o nível de fama alcançados pelo grupo começaram a afetá-los, deixando traumas até os dias de hoje. Com imagens de arquivo inéditas, a série conta com entrevistas exclusivas de Lázaro Ramos, Fábio Jr., Raul Gil, Rita Cadillac, Gretchen, Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Luciana Mello, Simoninha, Pedro Camargo Mariano, Ticiane Pinheiro, entre outras personalidades. Com direção geral de Tatiana Issa, que divide showrunning com Guto Barra, a série é realizada pela Intro Pictures e Producing Partners. O roteiro é de Fernando Ceylão e Beatriz Monteiro.
(diSney+, ter, dia 11)
Da Marvel Studios e do aclamado diretor David Gelb, "Stan Lee" é o documentário oficial sobre "O Cara", e sua jornada para se tornar uma das pessoas mais influentes no mundo dos quadrinhos e na cultura pop. Acompanhando sua vida desde sua criação desafiadora como Stanley Lieber ao surgimento meteórico da Marvel Comics, a nova produção conta a história de Stan com suas próprias palavras. Usando apenas material de arquivo - de vídeos caseiros pessoais, entrevistas e gravações de áudio - o documentário examina a história de origem e o que emergiu dela:
um universo de histórias de longo alcance com personagens tridimensionais que se conectaram com pessoas de todo o mundo. Dessa forma, "Stan Lee" é uma história de quadrinhos e paixão, assim como o retrato íntimo de um homem, sua filosofia e sua impressão eternizada.
(HBO Max, qua, dia 12)
A HBO Max lança a minissérie "Círculo Fechado", produção Max Original que estreia com dois episódios na plataforma. Do diretor Steven Soderbergh e do escritor Ed Solomon, a série de seis episódios continuará com dois episódios semanais até o seu final. O enredo aborda a história da investigação de um sequestro fracassado, que revela segredos de longa data que conectam vários personagens e culturas na cidade de Nova Iorque. Zazie Beetz, Claire Danes, Jim Gaffigan, Jharrel Jerome, Timothy Olyphant, CCH Pounder, Phaldut Sharma, Adia, Sheyi Cole, Gerald Jones, Suzanne Savoy, Ethan Stoddard, Lucian Zanes e Dennis Quaid fazem parte do elenco.
(HBO Max, qui, dia 13)
Estreia na HBO Max a série documental "Massacre na Escola - A Tragédia das Meninas de Realengo", uma coprodução da Giros Filmes e Warner Bros. Discovery, dirigida por Bianca Lenti. Com quatro episódios, a série acompanha o antes e o depois das vítimas e seus familiares e se aprofunda no universo dos grupos de ódio nas redes sociais, onde são compartilhados discursos extremistas, sobretudo de misoginia. Quinta-feira, 7 de abril de 2011, 8h30 da manhã. A Escola Municipal Tasso de Silveira comemora os 40 anos de funcionamento. Um exaluno entra com duas armas escondidas, se apresenta como palestrante e pela primeira vez no Brasil ocorre um massacre em uma instituição de ensino. Em cerca de 15 minutos, foram mais de 30 disparos, 24 estudantes baleados e 12 mortos, dentre eles, 10 meninas.
Intensa, estelar e avassaladora. Essas são algumas definições que podem enquadrar a trajetória de Xuxa Meneghel diante do vídeo. Modelo, apresentadora infantil, atriz e cantora, Maria da Graça Xuxa Meneghel atravessou gerações com sua nave espacial, que pousava na tela da Globo na década de 1990. Mas o glamour e o sucesso também resultaram em polêmicas e burburinhos sobre a vida pessoal da apresentadora. Aos 60 anos, Xuxa estrela uma série documental, disponível na plataforma Globoplay, que mostra o que realmente acontecia quando as portas da nave espacial se fechavam e o que envolvia os bastidores da vida pessoal e carreira da eterna Rainha dos Baixinhos. “Não tem essa de passar a mão na minha cabeça. Vão ter coisas que o público se questionará como deixei passar. Atualmente, as pessoas têm falado muito do meu reencontro com a Marlene (Mattos, antiga empresária), mas o documentário é muito mais do que isso. São 40 anos de carreira.
Minha
Por meio de reencontros exclusivos e entrevistas conduzidas por Pedro Bial, a produção relembra a rotina intensa de um ícone pop internacional e as relações com a equipe por trás das câmeras e também com a família. O projeto promoveu, inclusive, um reencontro com o ator Marcelo Ribeiro, que contracenou ainda menino com Xuxa no polêmico filme “Amor, Estranho Amor”, de 1982. “Até hoje as pessoas querem falar desse
cobriu? Fiquei sabendo que foi através do Michael Jackson. Foi uma grande surpresa.
P – Você teve acesso ao documentário antes da estreia na plataforma de streaming. Qual foi a sua participação na edição final?
filme, mas fiz com 17 anos. As pessoas não enxergam como ficção. ‘Xuxa é pedófila porque fez um filme’. Ou seja, o Rambo matou um monte de gente? Ninguém vê a história, que é sobre exploração sexual. Sofro até hoje com isso. Me machuca a ignorância das pessoas”, desabafa.
P – Você tem uma longa trajetória diante de câmeras. Agora, aos 60 anos, o que a motivou a revisitar o passado através desse documentário original Globoplay?
R – Estou com muita vontade ser avó, mas não é nenhuma pressão na Sasha (risos). Ela tem de fazer no momento certo. Mas queria que meus netos tivessem a oportunidade de ver a minha história. Acho muito lógico esse projeto ser feito pelo Globoplay. A Globo tem 29 anos da minha história. Não poderia ser feito por outro veículo. Quero que todos me conheçam. Em vez de álbum de família, eu vou mostrar um documentário para os meus netos. Em vez de contar, vou mostrar. Não vai ser bacana?
P – Como foi essa experiência de revisitar locais importantes do passado e conversar com pessoas fundamentais da sua história, como Boni e Marlene Mattos?
R – Foi bem interessante. Eu queria levar todo mundo para as gravações. Levei a Sasha para Santa Rosa e mostrei tudo por lá. Queria que ela estivesse em vários momentos. Rever tantas pessoas foi um dos pontos mais emocionantes do projeto, sem dúvida. É muito interessante ver a nossa história através do olhar do outro. É diferente.
P – Mesmo sendo um documentário retrata sua história, você chegou a se surpreender com alguma informação ou pesquisa da produção?
R – Sim. Eu deixei de falar com o diretor que fez o programa comigo nos Estados Unidos. Não sabia porque deixamos de nos falar, mas descobri isso no documentário. Também nunca soube como ele chegou até mim naquela época. Como ele me viu? Como ele me des-
R – Algumas coisas saíram. Teve coisa que a própria equipe do Bial achou correto tirar porque podia tirar a atenção de outras coisas. Mas teve um trecho que eu pedi para tirarem. Falei na hora meio sem pensar. Na verdade, eu até pensei, mas acho que nem todo mundo está preparando para ouvir o que eu falei ali. O próprio Bial falou que achou que eu me abri demais e me excedi naquele momento.
P – Como assim?
R – Claro que talvez eu gostasse de ver mais algumas coisas. Mas não mudaria nada no projeto final. Achei bem compacto para contemplar 60 anos de vida de uma pessoa e 40 anos de profissão. Vi muito respeito pela minha história. Não é um documentário que me coloque nas alturas. Tem puxão de orelha também. Tem umas vergonhas que as pessoas vão se perguntar como deixei isso passar. Mas acho que o bacana é esse. Não colocar só as coisas boas.
P – Você teve acesso a muitas gravações e programas antigos. Como foi essa experiência de rever esse material?
R – Muito estranho você se ver tanto tempo depois. Tem muita coisa que eu via e pensava: “o que se passava na cabeça dessa pessoa?”. Eu não sabia como agir com crianças naquela época. Têm vídeos comigo falando coisas horríveis para aquelas crianças.
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Interpretar personagens com idades próximas às de seus intérpretes pode ser um facilitador no processo de construção. Flora Camolese, que atualmente é vista na pele da estudante de Direito Bia, de “Vai na Fé”, sentiu isso quando gravou suas cenas como a irreverente Beta, um dos papéis centrais de “A Vida Pela Frente”, série do Globoplay. Quando passou no teste para integrar o elenco da produção, a atriz tinha 19 anos, enquanto a história Beta estava na fase de transição dos 17 para os 18 anos. “Eu me sentia com a idade da Beta porque era a idade que eu tinha quando começou a pandemia. Para mim, estava em um lugar totalmente adolescente, um lugar muito verdadeiro”, lembra a atriz, que hoje tem 21 anos.
Na história, Beta é uma garota engraçada e divertida. Porém, também muito provocadora e inquieta. Fã das artes, em muitas cenas tem como fiel companheira uma câmera de vídeo, com a qual registra parte dos momentos que vive com seus amigos de escola. Principalmente dois deles: Cadé e Liz, vividos por Jaffar Bambirra e Nina Tomsic, respectivamente. “A Beta é muito intensa, mas tem dificuldade de expressar o que acontece dentro dela. Vai guardando e acaba criando muitas frustrações”, pontua Flora.
Curiosamente, Flora também era a pessoa mais nova do
elenco principal. Um detalhe, no entanto, que parece ter mexido mais com questões ligadas à própria atriz do que especificamente ao seu processo de entrega à personagem. “As questões da série eram minhas questões. Beta me ajudou muito pessoalmente. Tratei muitas questões pessoais. Minhas relações com as pessoas, com a família. Eu estava totalmente ‘adolescentizada’”, brinca.
A trama retrata o cotidiano de um grupo de amigos de escola, a partir do momento em que Liz chega para cursar o último ano do ensino médio em
um colégio tradicional do Rio de Janeiro, em 1999. De cara, ela se junta a Cadé e Beta, formando um trio capaz de se ajudar em muitos aspectos, mas também de se ferir em alguns momentos. “É uma realidade muito parecida com a que eu vivi. A escola parecida, pessoas parecidas em alguns lugares. Tinha uma similaridade muito forte com a minha vida, mas eu tinha de fazer esse transporte para 20 anos antes. Era uma grande brincadeira”, recorda.
Atuar em uma série ambientada duas décadas antes,
porém, também trouxe algumas dificuldades. “Era engraçado no set, porque a gente falava alguma gíria que não existia nos anos 1990 e a Leandra v inha e dizia que não podia, porque aquela palavra não existia”, entrega Flora, citando Leandra Leal, que assina a criação, junto com Rita Toledo e Carol Benjamin, e a direção, em parceria com Bruno Safadi, de “A Vida Pela Frente”. Criador de “Os Outros”, série do Globoplay que também estreou recentemente, Lucas Paraizo ficou com a supervisão de roteiro da produção.
>> close Flora Camolese se inspirou nas próprias vivências para dar vida à irreverente Beta, de “A Vida Pela Frente”
Produções focadas no público infantojuvenil são cada vez menos presentes na tevê aberta. Só por isso, “A Infância de Romeu e Julieta” já teria um mérito. Afinal, a novela do SBT, assim como todas as outras exibidas nos últimos anos na faixa de teledramaturgia da emissora, é uma das poucas opções que crianças e préadolescentes têm de se entreter sem depender da assinatura de algum serviço de streaming ou de canal pago. Mas apostar nesses telespectadores mirins também é um desafio complicado. Afinal, tanto a infância quanto a adolescência são fases que se caracterizam pela mudança muito rápida de comportamento e de interesses em um intervalo muito pequeno de tempo.
Talvez por isso a autora Iris Abravanel aposte tanto na diversidade não só de pessoas, mas também de temas e de foco ali.
De cara, a grande quantidade de atores pretos no elenco é um ponto que precisa ser valo-
rizado. Se crianças negras das últimas décadas tinham dificuldades para se sentirem representadas na televisão, os telespectadores de hoje não têm essa questão na novela do SBT. Há ainda personagens asiáticos, acima do peso, com deficiência, enfim, a pluralidade ali é levada a sério. E não só na questão da presença, mas da própria participação. “A Infância de Romeu e Julieta” tem seus protagonistas, é óbvio. Mas é difícil encontrar figuras que fiquem muito tempo sem aparecer na história. O bom é que, pelo menos por enquanto, não se veem aquelas cansativas barrigas que algumas novelas enfrentam, quando entram em um looping que parece interminável, onde poucas coisas novas acontecem e muitos conflitos batidos se repetem.
A livre inspiração na famosa tragédia de William Shakespeare é protagonizada por Miguel Ângelo, de 12 anos, e Vittoria Seixas, de 14. Ele dá vida a um privilegiado Romeu, garoto
preto nascido em família abas- O núcleo adolescente é gran-
tada e que vive no lado mais nobre de Castanheiras, o bairro no qual a história é ambientada. Mas é imensamente cobrado para se interessar pelos assuntos ligados à empresa do avô, Leandro, papel de Guilherme Sant’Anna. Já ela interpreta a doce Julieta, adolescente branca e moradora do lado mais humilde da vizinhança, filha da batalhadora Mariana, vivida por Juliana Schalch, uma mulher que chegou a ser presa por um crime que não cometeu e que se empenha em um comércio local para sustentar a família. Sim, em “A Infância de Romeu e Julieta”, há diversos negros bem longe da posição de subserviência normalmente reservada a eles ao longo de muitas décadas na televisão. Uma movimentação que já acontece nas novelas, é verdade. Mas que merece ser valorizada, até mesmo para que não seja deixada de lado em produções futuras.
de, mas o grupo de atores ainda na fase da infância não fica atrás. Com isso, dá para imaginar que crianças e jovens de faixas etárias bem distintas possam se interessar por alguns aspectos da trama. As atuações, em grande parte, abusam de uma teatralidade capaz de criar sensações adversas em quem assiste. Lu Grimaldi, por exemplo, a sábia Clara da novela, aproveita esse tom mais lúdico para, nas sequências com crianças, deixar qualquer pessoa com vontade de tê-la como avó. Lucas Salles é outro que se dá bem nessa construção, fazendo do coadjuvante Bassânio um dos personagens mais carismáticos do folhetim. Alguns atores, porém, pecam quando não conseguem dosar esse tom acima e se mostram verdadeiros canastrões ali. Esses talvez precisem entender que encarar uma produção voltada ao público infantojuvenil tende a ser bem mais desafiador e complexo do que possa aparentar.
“A infância de Romeu e Julieta” acerta ao apostar na diversidade e na representatividade de personagens e público
Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Segunda – marcelino fica inconsolável com a briga de marê e orlando. gilmar fornece o prontuário de marcelino no hospital a Edvaldo. gaspar garante a Anselmo que não quer mais saber de gilda. orlando confronta Albuquerque e afirma que a morte de Lucília não ficará sem respostas, e procura a ajuda de Júlio e Érico. gilda e Edvaldo planejam encontrar Rosa para comprar a guarda de marcelino. marê termina o relacionamento com orlando.
Terça – gilda vibra com a possibilidade de encontrar Rosa. gaspar provoca gilda e a convoca para sua posse como secretário do Turismo. Darlene afirma a Frei João que não aceitará a aproximação de gaspar. orlando revela a João que gilda é a assassina de Leonel. Frei Severo recebe uma nova intimação de gilda, solicitando a guarda de marcelino. gilda ouve a conversa de Sônia e Justino e descobre que o filho de marê pode estar vivo. Edvaldo encontra Rosa.
Quarta – Rosa afirma a Edvaldo que nunca deixou uma criança na irmandade. Júlio revela que gilda acusa Frei Severo de negligência com marcelino, a partir do acidente com o escorpião.
Ítalo repreende gilmar por ter fornecido o prontuário de marcelino a Edvaldo. Turíbio comenta com ivan suas intenções com Tânia. marcelino tenta unir marê e orlando novamente. Adélia surpreende ao pensar em ivan. Clara diz que gostaria que Frei João fosse seu pai.
Segunda – Kate e Rafa mandam mais mensagens para Theo, que decide avisar à polícia. Dora se emociona ao ver guiga. Wilma e Fábio iniciam o espetáculo para Dora. Lui canta no palco com Lumiar. Rafa não deixa Kate desistir do plano. Lui e Lumiar ficam juntos. Theo acerta o pagamento do resgate. Eduardo canta uma música para Jenifer na igreja, e Hugo decide voltar para o terreno baldio onde dormia. Lui é surpreendido por Lulu Santos, e todos se emocionam.
Segunda – Aline não aceita dinheiro de Caio. Jussara aconselha Aline a lutar por Caio. Anely se prontifica a ajudar irene contra Berenice. Ademir diz a Flor que prefere colocar Rosa em um convento a deixar a filha com a mãe. irene contrata Rodrigo para retirar Berenice do bar. A mando de irene, Kelvin entrega a Rodrigo o papel com as anotações de Cândida. Rodrigo acompanha um oficial de justiça para entregar a ordem de despejo a Berenice. Aline pergunta a Antônio o motivo de o produtor ter contratado um geólogo para investigar suas terras.
Segunda – Em conversa com glaucia, Vitor diz que admira a família monteiro e reforça que deseja andar com os vencedores. Vitor fala para glaucia que ela ganharia muito com o rapaz que conhece tudo sobre o principal concorrente dela. mariana e Amanda convidam Bassânio para trabalhar no Armazém e ele aceita. Romeu finalmente consegue encontrar Julieta, que fica feliz e o abraça. Patrick esbarra com Romeu e Julieta em um momento de carinho e questiona. Sabendo que Patrick gosta de Julieta, Karen propõe um plano com o rival para separar Romeu e Julieta.
Terça – Rafa tenta afastar os policiais para salvar Kate e Hugo. Bruna reclama de Jairo para Sol. Lulu Santos aconselha Lui a voltar a cantar. Joel se declara para Bruna. Um dos policiais atira, Hugo é baleado e Kate é presa. Rafa tenta ir à delegacia, mas tem uma crise. Lui observa Lumiar se despedir de Ben. Theo conta para Clara que Kate sequestrou Rafa com a ajuda de Hugo. Sol tenta acalmar Bruna. Theo tenta incriminar Kate em seu depoimento à delegada.
Terça – Aline demonstra não acreditar que Antônio tenha contratado o geólogo por causa da água. Tadeu manda gladys demitir Aline. Luana assume o bar e contrata Berenice como faxineira. gladys demite Aline. marino diz a Caio que Agatha pode estar viva. Aline aceita o empréstimo de Caio com promissórias. Ramiro conta a irene que Caio ajudará Aline a pagar a dívida. irene manda Enzo hackear a conta bancária de Caio. Enzo entra na conta de Caio e desvia o dinheiro com que ele ajudaria Aline.
Terça – os amigos do Lado Vila e Lado Torre chamam Julieta e Romeu de traidores, mas Julieta acorda e nota que tudo não passava de um sonho. Pórcia encontra com Bassânio e comenta que acha que o pai pegou o carrinho dele. Julieta encontra com os amigos e resolve contar que se aproximou de Romeu e virou amiga dele, mas Lívia fica chateada. Vitor esbarra com Bassânio e descobre que ele é o novo funcionário do Armazém. Romeu decide revelar aos colegas do Lado Torre que é amigo da Julieta e Rosalina finalmente entende o motivo de fingir um namoro com ela.
Quarta – Ben tenta explicar o que aconteceu para Clara. Sol conforta Bruna. Anthony recrimina Érika. Rafa pede para ir com Ben à delegacia ajudar Kate. Wilma se despede de Dora e Fábio. Rafa enfrenta Clara. Jenifer se desespera ao saber que Hugo foi baleado. Dora pede para Lui organizar um bloco de carnaval. Jenifer pede para com o pastor miguel visitar Hugo no hospital. Theo ofende Clara, que o expulsa de sua casa. Rafa inocenta Kate.
Quarta – Caio descobre que o dinheiro saiu conta para um orfanato. Silvério diz a Antônio que não tem provas de que Berenice seja parente Cândida. irene agradece a Silvério por estar lhe ajudando. Andrade ameaça Lucinda. irene faz um pacto com Aline: a professora fica afastada de Caio, enquanto a mulher de Antônio descobre o real interesse do marido em suas terras. Aline acusa Antônio de mentiroso ao cobrar do produtor o dinheiro da água.
Quarta – glaucia diz a Vera que tem estratégia por trás da contratação de Vitor, já que ele sabe tudo sobre a concorrência. Clara narra a Julieta como era a relação dela, Hélio, Leandro e Fausto quando crianças. mariana aceita montar o restaurante de Daniel no Armazém. Lívia fica chateada com Julieta e Karen alega que sabia da amizade de Romeu e Julieta, já que Romeu confia nela. Alex diz para Romeu que conversou com grupo e que todos o perdoam, mas ele precisa largar a amizade com Julieta. Vitor admira Pórcia e pensa na melhor forma de conquistá-la.
não Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
nunca revela com escorpião. proncomenta marcelino se gos-
aconteceu recrimidelegacia Fábio. saber orgapara ir hospital. casa.
da que de lhe um Caio, real acusa di-
Quinta – gilda ganha a guarda de marcelino e vibra com a vingança contra marê. Todos na irmandade se desesperam com a partida de marcelino. A foto de Tânia é pub licada na capa da gazeta, e Popó se irrita com Turíbio. marê descobre que gilda ficará com a tutela de marcelino e corre ao encontro do menino. Rita admira gilda, e neiva fica abalada. Todos na cidade comentam sobre a adoção de marcelino por gilda. gilda delira e planeja seu futuro casamento com orlando.
Quinta – Kate consegue se acalmar, e Ben faz sua defesa. Bruna vibra com a liberdade da filha. Hugo tenta se reaproximar de Jenifer. Kate posta uma foto com Rafa e Theo fica furioso. Jenifer fala para Eduardo que ficou mexida de ver Hugo no hospital. Joel e Jairo disputam a atenção de Bruna. Theo e Ben discutem. Sol estranha o comportamento de Wilma. guiga tensiona com uma mensagem que Vini manda para Yuri. Dora e Fábio veem Lui e Lumiar juntos.
Quinta – Antônio entrega o dinheiro a Aline. Jussara tenta convencer Aline a namorar Jonatas. Anely incentiva Luigi a desviar dinheiro da fazenda e roubar as joias de Petra. irene sugere a Antônio usar os remédios de Petra para acabar com Aline. Ramiro avisa a Kelvin que não poderá mais vê-lo por causa de sua noiva. Jonatas e nina se encontram. Caio se declara a Aline. Rodrigo avisa a Berenice que descobriu que o sobrinho de Cândida não teve nenhuma filha com o nome igual ao dela.
Sexta – marê, orlando e os religiosos se reúnem para conversar com marcelino, mas manoel irrompe a irmandade afirmando que não deixará gilda ficar com o amigo. marcelino implora para não deixar a irmandade. orlando confronta e ameaça gilda. Lívia questiona Albuquerque sobre o pai biológico de Tobias, e o delegado desconversa. Leonor e Celeste acolhem Valente, um expreso político. Valente olha para a foto da esposa e promete encontrar o filho dos dois.
Sexta – Fábio derrama as cinzas de Dora no jardim em uma cerimônia para todos os amigos. Lumiar toma uma decisão e comenta com Ben, que a apoia. Lui conforta Lumiar. Algumas semanas se passam. guiga muda o nome escolhido pelos fãs para o seu bebê. Fábio insiste para Lui e Lumiar voltarem para o Rio de Janeiro. Wilma sugere que Sol grave seu clipe na praça de Piedade. Lumiar se despede de seus alunos. Érika pensa em como prejudicar Sol.
Sexta – Aline recusa a bebida de irene. Jussara nota um pó branco na taça que era destinada a Aline. Jurecê avisa a Aline que ela está em perigo, e afirma que o mistério que tem em suas terras é da riqueza. Ramiro conta a Antônio que sua noiva trabalhará como cozinheira na pousada. Luigi e irene buscam Petra na clínica. Flor aceita ir para casa de Ademir com Rosa como funcionária, deixando claro que não se envolverá com ele. Antônio manda Franco impedir que Caio use suas aplicações para emprestar dinheiro a Aline.
Sábado – marcelino jura que Jesus estava conversando com ele, mas Frei Severo repreende o menino por estar sozinho no sótão. Todos na irmandade relembram a chegada e o crescimento de marcelino. As crianças se revoltam com o fato de marcelino ter de ficar com gilda. marcelino se muda para a casa de gilda, e neiva afirma que o protegerá. Valente conhece Tobias e deduz que seja o seu filho Samuel. Verônica se preocupa com o comportamento de Júlio em relação a marê.
Sábado – Sol apresenta todos que estão ajudando no clipe. Theo chega com Érika ao local de gravação. Theo provoca Ben, que o agride. Joel cobra uma resposta de Bruna. Todos aplaudem o discurso de Sol. Jenifer não se conforma com a impunidade de Theo. Clara é convidada para trabalhar em São Paulo como modelo. Eduardo percebe Hugo olhando para Jenifer. marlene aconselha Bruna. Theo faz um depoimento atacando Ben.
Sábado – Caio ameaça colocar irene na cadeia e não se casar com graça, caso algo aconteça com Aline. graça conta a gladys e a Tadeu que irene quer tirar a sucessão de Caio para dar a Petra. gentil alerta Jonatas para o perigo que é a aproximação de irene com Aline. Rodrigo diz a Caio que não existe nenhuma prova de que Agatha morreu, apesar de Antônio afirmar que enterrou a ex-mulher. Ramiro pede dinheiro a Kelvin para se livrar de munda. munda guarda o dinheiro que recebeu de Ramiro no cofre da pousada.
estratégia sabe Julieta Fausto reschateamiconfia com o precisa Pórcia
Quinta – Romeu e Julieta decidem interromper a amizade e seguir rumos diferentes. Julieta pede desculpa aos amigos e diz que já rompeu relação com o garoto. Romeu também conta aos amigos que se afastou de Julieta. Karen e Patrick se encontram na sorveteria e comemoram o sucesso da separação de Romeu e Julieta. Amanda, mariana, Daniel e Bassânio celebram o início de um projeto no Armazém e Telma chega e pergunta o que é. Bassânio conta para Pórcia que as chefes são ótimas e que está se saindo melhor que Vitor.
Sexta – Clara acalma os ânimos entre Hélio e Vitor. Lívia e Alex pedem delivery, mas os pedidos vêm trocados e mauro e Telma se encontram para destrocar as sacolas. Telma questiona mauro sobre sua esposa. Juli e Romeu recebem cartas citando que o segredo deles não vai durar por muito tempo. Telma pergunta sobre a mãe de Alex a Karen, mas a filha comenta que Alex não gosta de falar sobre o assunto e que ela sofreu um acidente, mas nunca encontraram o corpo. Com dor nas costas, Fausto faz drama para Pórcia cuidar dele.
P – Cada episódio do “Do Que Riem?” mira um tipo específico de audiência. É uma tática para criar um diferencial?
Maurício Meirelles é um apaixonado por stand up comedy. Com microfone na mão, muitas ideias na cabeça e grande habilidade de se renovar, ele viaja o país com espetáculos de grande apelo popular, mas vai modificando a apresentação de acordo com a plateia ou a região em que se apresenta. É esse lado mais vivo e mutante do humor que o deixa empolgado com o posto de apresentador do “Do Que Riem?”, novo humorístico do Comedy Central e do Paramount+. A produção mostra os humoristas Jhordan Matheus e Babu Carreira em uma competição que tem como objetivo arrancar mais gargalhadas de plateias formadas inteiramente por grupos específicos, como: médicos, fisicultores, cabeleireiras e seguranças, entre outros. “Como apresentador, em vez de trazer textos, tive a possibilidade de tirar informações preciosas do público. A partir disso, Babu e Jhordan criaram suas piadas baseadas nestes universos. O resultado é surpreendente, pois cada plateia reage de um jeito. O humor chega nas pessoas de forma muito peculiar”, avalia.
Natural do Rio de Janeiro, Maurício estreou na tevê como redator e repórter do extinto “Legendários”, da Record, em 2010. No ano seguinte, transferiu-se para a Band e tornou-se mais conhecido do público ao
integrar o “CQC – Custe o Que Custar”, onde ficou até o final do programa, em 2015. Com passagens também pela Globo, Netflix e, mais recentemente, pela Rede TV!, ele ainda mantém uma frutífera carreira no cinema e no teatro. “Sou do tipo que se entrega ao trabalho e um convite foi puxando outro. Tenho orgulho da carreira que estou construindo. Não quero mudar o mundo, quero apenas fazer as pessoas rirem e me divertir ao longo deste processo também”, ressalta.
P – Você já se envolveu com diversos formatos de programas de tevê. Qual o lugar do “Do Que Riem?” na sua trajetória?
R – O grande barato desse programa é ser de stand up, que é a origem do meu humor. Já fiz talk-show, trabalhei em produções coletivas como o “Pâni-
co” e o “CQC”, mas é a primeira vez que faço uma produção televisiva baseada nesse formato que amo muito e que carece de mais espaço na televisão.
P – Essa é a visão de um apaixonado por essa vertente do humor ou você acha que existe público carente deste tipo de produção?
R – As duas coisas (risos). A adaptação para a tevê não é fácil, o vídeo exige mais recursos técnicos para chamar a atenção e fidelizar o público. Mas o stand up é um formato que explode na internet, com muita visualização e muitos comediantes talentosos. As empresas de streaming, por exemplo, que estão mais próximas desse público que gosta de consumir entretenimento sob demanda, têm seus especiais de comédia.
R – Sim, mas também para criar identificação com o público e não ficar repetitivo. A competição quer arrancar gargalhadas de plateias segmentadas. Então, temos episódios dedicados aos profissionais da medicina, avós, galera da academia, cantores sertanejos, garçons. É muito divertido ver esse público rindo de si mesmo, sem se levar tão a sério.
P – Existe algum cuidado com o roteiro no sentido de evitar polêmicas que pudessem estragar o clima das gravações?
R – Não especificamente. O comediante não pode trabalhar com medo. É claro que ele tem de ter consciência do que vai falar, mas o medo trava. A comédia, por ser uma arte controversa, acaba caindo em várias bolhas diferentes. Não quero ser censurado e longe de mim censurar os colegas, mas é bom ter em mente que algumas pessoas vão reagir negativamente ao que você faz. Isso faz parte do jogo.
P – Existe algum tema que você evite ou até mesmo faça uma autocensura?
R – Tenho minhas particularidades. A morte é um assunto complexo para mim. Morreu alguém? Não vou mexer nisso pois é muito provável que alguém esteja de luto. Não quero ferir essas pessoas. A gente sabe que a piada pode pesar muito para quem ouve em momentos específicos. Existem outros temas bem sensíveis na sociedade, mas morte é o que eu realmente não gosto de abordar.
comando da disputa cômica “Do Que Riem?”, maurício meirelles defende mais programas de “stand up” na tevê
Quando foi chamado para fazer testes para entrar no elenco de “De Volta aos 15”, série da Netflix, Rafael Coimbra teve uma surpresa. Hoje com 29 anos, ele foi procurado para, talvez, interpretar um personagem adolescente. O carioca participou da seleção, acabou conquistando o papel, mas em outra fase de vida. “Faço a versão dele com 30”, conta o ator, que divide com Lucca Picon a função de interpretar o desconfiado Douglas da trama.
Na história, Douglas – pelo menos na fase adolescente – é um jovem que anda com os bad boys da escola. Mas, para seu intérprete na vida adulta, isso é apenas fruto das dúvidas que o garoto carrega, inclusive sobre si. “Douglas é um menino que ainda não achou seu lugar no mundo e isso se reflete no adulto que ele vai se tornar. Por ser o playboy da cidade, muitas vezes desconfia das suas amizades e até mesmo na vida amorosa”, defende Rafael, que também está no elenco de “How To Be a Carioca”, série ainda sem data definida de estreia pelo Star+, e participou de “Impuros”, outra produção do catálogo do Star+.
O interesse pela atuação surgiu em Rafael Coimbra des-
de cedo, principalmente pela influência de uma tia, Cláudia.
“Ela é uma cinéfila bizarra”, diz. Aos 20 anos, então, ingressou na faculdade de Artes Cênicas.
“De lá para cá, não parei mais”, garante o ator, que confessa ter ficado impressionado com a repercussão da primeira temporada de “De Volta aos 15”.
“Foi um sucesso muito maior
do que esperávamos. Viramos uma febre teen do dia para a noite”, valoriza.
Nome completo: Rafael Sigrist Coimbra.
Nascimento: 4 de março de 1994, no Rio de Janeiro.
Atuação inesquecível: Como o Rapaz Preocupado em “Pressa”, espetáculo da Cia. Os Fodidos Privilegiados.
Interpretação memorável: Heath Ledger como Dan no filme “Candy”, dirigido por Neil Armfield e lançado em 2006.
Momento marcante na carreira: “Quando me assisti pela primeira vez no cinema”.
O que falta na televisão: “Conteúdos com identidade”.
O que sobra na televisão: “Comédia sem graça”.
Com quem gostaria de contracenar: Matheus Nachtergaele.
Se não fosse ator, seria: Roteirista.
Ator: Leonardo DiCaprio.
Atriz: Viola Davis.
Novela: “Avenida Brasil”, escrita por João Emanuel Carneiro e exibida originalmente pela Globo em 2012.
Vilão marcante: Félix, papel de Mateus Solano em “Amor à Vida”, novela de Walcyr Carrasco e exibida originalmente pela Globo entre 2013 e 2014.
Que papel gostaria de representar: “Algo que me tirasse da zona de conforto. Talvez um pai superprotetor, já que tenho uma ligação forte com a paternidade por conta do meu pai”.
Filme: “Sociedade dos Poetas Mortos”, dirigido por Peter Weir e lançado no Brasil em 1990.
Autor: Ariano Suassuna.
Diretor: Tim Burton, Woody Allen e Quentin Tarantino.
Mania: “Tenho um ritual antes de qualquer dia de gravação: me arrumo ouvindo Cazuza”.
Medo: “De altura”.
Projeto: “Tenho um autoral que se chama “Entre Paredes”. É uma série de oito episódios que estou negociando com os streamings”.
Ao longo da Copa do Mundo Feminina, que acontece entre 20 de julho e 20 de agosto, 32 seleções entram em campo com um objetivo final muito claro: conquistar a tão sonhada taça de campeã. A Globo e o SporTV, mais uma vez, estarão na cola do time brasileiro para mostrar a jornada até a tão almejada final. Essa cobertura esportiva, no entanto, carrega outras mensagens por trás das câmeras além dos posicionamentos táticos, arbitragens e escalações. A transmissão do futebol feminino também acompanha um movimento efervescente de pautas feministas no mundo do esporte e na sociedade em geral. “Para a Globo, futebol feminino é uma aposta, um investimento. Nenhuma empresa investe tanto em direitos de transmissão e visibilidade como a Globo. É um negócio? Claro, mas também é um posicionamento. Queremos comunicar alguma coisa com a sociedade. O mercado passou a se interessar mais. Estamos em movimento de naturalizar o futebol feminino. Fazer com que seja parte do dia a dia das pessoas”, explica Renato Ribeiro, diretor de Esportes da Globo.
Assim como aconteceu nas últimas edições dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo masculina, a base das transmissões ocorrerá no Brasil. Serão mais de 200 pessoas do Esporte e da Tecnologia dedicadas ao evento. A Globo, que transmite o torneio pela segunda vez, agora em 2023
exibe pelo menos sete jogos da competição e estará ao vivo sempre que a seleção brasileira estiver em campo. A dupla Renata Silveira e Luís Roberto se reveza no comando das transmissões, sempre ao lado dos comentaristas Ana Thaís Matos e Caio Ribeiro. “Nunca imaginei estar nesse lugar. Sou a primeira isso, primeira aquilo... Não vejo a hora de ser normal uma mulher narrando. O futuro é promissor. Vai ser uma honra dividir as transmissões com o Luís Roberto. Ele é uma referência. Me inspira muito”, valoriza Renata.
No SporTV, os jogos da seleção brasileira serão narrados por Luiz Carlos Jr., com os comentários de Aline Calandrini. Também farão parte dos times de transmissão dos canais os narradores Natália Lara, Daniel Pereira e a recém-contratada Isabelly Morais; os comentaristas Pedrinho, Richarlyson, Paulo Nunes, Lédio Carmona e Carlos Eduardo
Lino. Formiga e Érika Cristiano, duas craques que já viveram a adrenalina de disputar uma Copa do Mundo, vão reforçar o elenco do canal a cabo. “Comecei narrando futebol feminino em 2018 para a internet. Se tinham 30 pessoas acompanhando, era muito (risos). É muito bonito ver esse movimento crescendo e ganhar força. Mirei minha carreira no futebol feminino e isso mudou a minha vida. E acho que pode mudar a de outras mulheres também”, vibra a narradora Natália Lara.
Apesar de contar com uma extensa equipe no Brasil, outros profissionais irão para a Austrália e Nova Zelândia. A cobertura e as reportagens especiais ficarão a cargo de Marcelo Courrege, Denise Thomaz Bastos e Gabriela Moreira. “A tecnologia nos ajuda a ficar em casa, mas teremos uma produção de notícias in loco. Esse formato híbrido nos permite alocar melhor nossos recursos
financeiros e humanos. Essa Copa do Mundo é muito simbólica. Em 2019, tínhamos apenas a Ana Thaís Matos e os rapazes nas transmissões. Mas entendemos que precisávamos trazer mais mulheres para falar de futebol. Tivemos um aumento de 61% no nosso casting. Montamos equipes mistas”, pontua Joana Thimóteo, diretora de eventos esportivos da Globo. Ainda sobre a equipe que estará do outro lado do planeta, a apresentadora Bárbara Coelho, a comentarista Renata Mendonça e Thalisson Araújo participam diariamente dos programas e telejornais, trazendo as notícias atualizadas sobre tudo que estiver acontecendo na Oceania. “Essa Copa é um desafio diferente e grande. Tem um significado especial. Representa nossas conquistas. Lutamos muito para falar de futebol dentro de um espaço exclusivamente masculino”, celebra Renata Mendonça.
>> inside globo e SporTV ampliam espaço para a cobertura da Copa do mundo
Formato de grande sucesso do início dos anos 2000, “No Limite” retornou à grade da Globo em 2021. O reality show de sobrevivência, porém, ainda não alcançou a repercussão positiva e os números de audiência dos áureos tempos. Ainda nutrindo esperanças de emplacar a produção entre o grande público novamente, a emissora estreia uma nova temporada, a partir do próximo dia 18, com uma série de novidades. A principal delas será a mudança de cenário. As praias e dunas abrem espaço para a selvagem e radical Floresta Amazônica. “Viemos para a maior floresta tropical do mundo. A gente quis se desafiar. A Amazônia tem sido o centro das atenções do mundo nos últimos anos. É um programa de uma infraestrutura complexa e difícil. Como iremos nos integrar dentro de um lugar inóspito? Temos muitas variáveis dentro jogo e vamos surpreender a cada episódio. Isso abastece o jogo psicológico e estaremos sempre tirando os participantes da zona de conforto”, explica o diretor geral, Rodrigo Gianetto.
Outra importante novidade só será conferida no último episódio da temporada. Ao contrário dos últimos anos, a grande final não contará com votação popular. A decisão do campeão será definida em um
desafio. Agora, os participantes que chegarem até a final só dependerão de si mesmos para levar o prêmio para casa. “Existem vários tipos de finais possíveis no formato do programa. Observamos a repercussão do público sobre a decisão com votação popular e buscamos essa autorreferência da nossa primeira temporada, em 2001. Dessa vez, cada um depende apenas de sua performance individual – não somente física, mas também mental e social”, afirma Gabriel Jacome, que ocupa a função de Diretor de Conteúdo da Globo.
O comando da produção ficará, pelo segundo ano consecutivo, com Fernando Fernandes. O atleta paraolímpico confessa que teve um pequeno receio inicial ao saber das novas locações do programa. Ele, porém, decidiu aceitar o desa-
fio diante de uma mata fechada. “Dei uma travada pensando em como iria me locomover por lá. Ao mesmo tempo que a floresta encanta, ela amedronta. Estamos no auge das cheias, no meio dos igarapés alagados, com 15 metros a mais do que o normal. Acho que o nosso propósito é o grande diferencial: levar para o público não só entretenimento, mas também dar voz e mostrar a beleza e a importância da Amazônia para nós como sociedade e como seres humanos”, valoriza o apresentador.
No coração da floresta, Fernando estará ao lado de 15 participantes divididos em duas equipes, que carregam no nome frutos típicos da região, Jenipapo e Urucum. A nova temporada, inclusive, irá misturar anônimos e celebridades brigando pelo prêmio de R$ 500 mil. Claudio Heinrich, Mo-
nica Carvalho, Paulo Vilhena e Carol Nakamura são alguns dos famosos confirmados na produção de sobrevivência. “A fama não vale nada nesse jogo. Todo mundo vai ter de lutar igual para sobreviver ao jogo, escapar dos votos e dar o sangue para vencer”, aponta Jacome. Ao longo da disputa, os competidores encaram desafios em busca de comida, itens básicos de sobrevivência e, o mais importante, imunidade para escapar do portal de eliminação. “Tivemos um choque inicial de alguns participantes. Algumas pessoas pensavam que, ao cortar a câmera, a alimentação não seria reduzida ou que as coisas iriam melhorar. As três primeiras noites são como uma arrebentação. Depois vai se acostumando”, revela Allan Lico, vice-presidente de criação da Endemol, detentora dos direitos do programa.
Com nova locação e mudanças na final, “no Limite” ganha nova temporada na grade da globo
Carol Castro está acostumada a viver personagens de personalidade forte. Não à toa, ela tem estado tão à vontade na pele da ativista Darlene, de “Amor Perfeito”. “A Darlene foi uma mulher ativista. E essa força, essa garra, essa luta pela sobrevivência tenho forte em mim no filme que ‘Ainda Somos os Mesmos’, que ganhou o Festival Independente de Cinema de Montreal e que ainda chegará no Brasil. Mas nunca vivi algo parecido, em outros aspectos, com a vida da Darlene”, explica a atriz, que também pode ser vista na reprise de “Mulheres de Apaixonadas”. “Eu era literalmente odiada por todos (risos)! Até hoje tem pessoas que comentam comigo sobre isso: ‘Como eu adiava aquela Gracinha!’. Mas acho que hoje os comentários seriam diferentes. São outros tempos”, completa.
Os autores Walcyr Carrasco e Silvio de Abreu participam do especial “Fernanda & Nathalia: Amigas de uma Vida”, que vai ao ar no próximo dia 29, no Viva. A produção é uma homenagem à parceria e carreira de Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg.
Recém-finalizada no Globoplay, a série “Os Outros” ganhará uma nova temporada. Adriana Esteves e Eduardo Sterblitch irão retornar na próxima leva de episódios. O projeto ainda não tem data de estreia.
A Netflix deu início às gravações do melodrama “Pedaço de Mim”. A produção nacional é estrelada por Juliana Paes e Vladimir Brichta. O projeto é dirigido por Maurício Farias.
Em “Fuzuê”, próxima novela das sete, Juliano Cazarré viverá Pascoal, assessor do deputado Heitor, papel de Felipe Simas. Sujeito educado e refinado, mas de caráter duvidoso. Com uma personalidade dúbia, Pascoal, é capaz de ir às últimas consequências quando deseja algo e pode se tornar muito perigoso, tanto para inimigos quanto para aliados. O folhetim estreia em agosto.
Jeniffer Dias participará da série “Anderson Spider Silva”, original Paramount+. A produção biográfica contará a vida do lutador que se tornou um dos mais importantes atletas do MMA mundial. O projeto tem estreia prevista para este ano.
Raphael Vianna voltará ao elenco da próxima temporada de “Vai que Cola”, do Multishow. Na produção, ele vive Lindomar. O humorístico já está em fase de gravações e tem estreia prevista para setembro.
Após “Mar do Sertão”, César Ferrario entrará no universo infantojuvenil. O ator está no elenco da série “Acampamento de Magia Para Jovens Bruxos”, original Globoplay. A produção é um “spin off” de “D.P.A. – Detetives do Prédio Azul”.
Após participar de “Amor de Mãe”, Dan Ferreira irá encarar o universo musical. O ator está no elenco da série “Vicky e a Musa”, original Globoplay, que estreia no próximo dia 19. Na história, ele vive o jovem músico Jê. Rapaz determinado e batalhador, ele usa o dinheiro que ganha entregando quentinhas para comprar um equipamento novo para produzir sua música. “O Jê sabe o que quer e o mais bonito do personagem é ver seu crescimento. Ele não lamenta a sua realidade, ele sabe que isso é um degrau para atingir suas metas”, explica.