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Maior evento global de fute bol, a Copa do Mundo da Fifa começa neste domingo, 20,com a cerimônia de abertura marcada para às 12h, e a partida inaugural entre Qatar x Equador, no Estádio Al Bayt, em Al Khor, no Qatar, às 13h (de Brasília).
Neste ano, o torneio será sediado pela primeira vez em um país árabe e o segundo na Ásia. Além disso, a novidade fica também por ocorrer no final do ano. Essa é a 22ª edição do torneio quadrienal, que teve início em 1930.
A detentora dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo 2022 na te levisão é a Globo, com exclusividade tanto na TV aberta quanto na TV fechada com os canais SporTV (SporTV, SporTV 2 e SporTV 3).
GRUPO A:Qatar, Equador, Senegal, Holanda
GRUPO B:Inglaterra, Irã, EUA, País de Gales
GRUPO C:Argentina, Arábia Saudita, México, Polônia
GRUPO D:França, Austrália, Dinamarca, Tunísia
GRUPO E:Espanha, Costa Rica, Alemanha, Japão
GRUPO F:Bélgica, Canadá, Marrocos, Croácia
GRUPO G:Brasil, Sérvia, Suíça, Camarões
GRUPO H: Portugal, Gana, Uruguai, Coreia do Sul
O torneio conta com uma fase de grupos de 32 times. Passam para a próxima fase, oitavas-de-final, apenas 16 equipes. Somente as duas melhores equipes de cada um dos oito grupos sobrevivem. As fases eliminatórias – oitavas-de-final, quartas-de-final, semifinal, final – são compostas de um jogo único nas quais o vencedor segue em frente e o perdedor vai para casa. Em cada partida eliminatória deve haver um vencedor. Em caso de empate no tempo regulamentar, o jogo vai para prorrogação, com dois tempos de 15 minutos. Se o empate persistir, a partida será decidida nos pênaltis.
Durante a fase de grupos, haverá até quatro partidas diárias escalonadas ao longo do dia. As únicas partidas que ocorrerão no mesmo dia e horário são os últimos jogos de cada grupo na primeira fase.
Esta será a primeira Copa do Mundo com início em novembro e término em dezembro, durante os meses de inverno do Hemisfério Norte. Isso por conta das altas temperaturas do verão no Qatar.
As temperaturas de inverno no país, e especificamente na região de Doha, ficam em média entre 21ºC e 25ºC, em comparação com mais de 37ºC no verão da região.
Os jogos acontecerão em cinco cidade e oito estádios diferentes:
AL KHOR:Estádio Al Bayt
AL RAYYAN:Estádio Internacional Khalifa, Estádio Ahmad Bin Ali e Estádio Education City
DOHA: Estádio Al Thumama e Estádio Ras Abu Aboud
LUSAIL: Estádio Lusail
AL WAKRAH:Estádio Al Janoub
EDIÇÃO – Marcos Santos prOjEtO gráfIcO – Augusto Paivas
Encarte do Jornal de Fato; não pode ser vendido separadamente
Se a cabala, uma palavra tão querida ao torcedor argentino, existe mes mo no futebol, a Argentina não será campeã do mundo. Esta reza diz que a seleção que chega bem e com moral à Copa não a vence.
Não faltam exemplos para mostrar que a cabala acontece de fato: a França venceu em 2018 batendo o Brasil, quando chegou bem questionada; a Espanha lutava contra a fama de nunca chegar e acabou chegando ao topo em 2010; o Brasil se classificou com muito sofrimento em 2002 e, em 1994, Carlos Al berto Parreira passou as eliminatórias a ouvir gritos de “Telê Santana” vindos das arqui bancadas. A própria Argentina era tão desa creditada em 1986 que nenhuma emissora de TV do país se deu ao trabalho de mandar
POPulaçãO: 45,81 milhões de habitantes
mOeda: Peso-argentino idiOma: Espanhol eSPORTeS maiS PRaTiCadOS: Futebol, Rúgbi e Basquete PaRTiCiPaçõeS em COPaS: 1930, 1934, 1958, 1962, 1966, 1974, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.
ePRiNCiPaiS CamPaNHaS em COPaS: Campeão em 1978 e 1986; vice em 2014
Time-BaSe: Martínez; Molina, Pezzella, Otamendi e Tagliafico; De Paul, Guido Rodríguez e “Papu” Gómez; Lionel Messi, Lautaro Martínez e Álvarez. Tec. Lionel Scaloni
Copa do Qatar poderá ser a última de Lionel Messi
Se retrospecto vale alguma coisa no futebol, é seguro afirmar que o México não será eliminado na fase de grupos da Copa do Mundo no Qata r. Mas não passará das oitavas de final. Foi o que aconteceu nos últimos sete torneios. Não por acaso a frase “jogamos como nunca, perdemos como sempre” se tor nou um chavão sobre o México em Mundiais. Por isso, seu objetivo é aca bar com a maldição das oitavas. No Qatar, o México chega com elenco ex periente. Terá dois jogadores que vão disputar o Mundial pela quinta vez: o goleiro Guillermo Ochoa, 37, e o late ral Andrés Guardado, 36.
Faz tempo que a Polônia não realiza uma grande Copa. Em 1974 e 1982, o time ter minou na 3ª colocação e chegou à fase se mifinal (em grupo de quatro equipes) em 1978, na época da geração de Lato, Zmuda e Boniek. Mas mesmo na época de ouro os poloneses não tinham uma arma ofensiva tão letal quanto o time de agora. Robert Lewandowski, 34 anos, melhor atleta do Mundo pela Fifa, é a arma para reviver a Polônia os áureos tempos e chegar pelo me nos até as oitavas de finais.
narradores e comentaristas ao México, pela certeza que a seleção faria as três partidas da fase de grupo e voltaria para casa.
São histórias como também é razoável dizer que a Seleção Albiceleste chega como uma das favoritas pela camisa, tradição e por ter Lionel Messi, um gênio da bola que, aos 35 anos, provavelmente disputará sua última Copa. Campeã da Copa América de 2021 ao derrotar a seleção brasileira no Maracanã, a equipe do técnico Lionel Scaloni acumula invencibilidade de 35 jogos. É um favoritis mo que só pode ser igualado pela campeã do mundo França e pelo Brasil.
A seleção que fez um dos mais belos gols da história da Copa do Mundo pode ter pro blemas para balançar as redes no Qatar. O desempenho ofensivo é uma das maiores preocupações do francês Hervé Renard para a Arábia Saudita. É razoável considerar que a equipe é candidata a sofrer muitos gols no torneio que começa neste domingo, 20. Os sauditas estão no Grupo C. Terão pela fren te dois dos maiores artilheiros do futebol mundial. Estrearão em 22 de novembro con tra a Argentina de Lionel Messi. Na segunda rodada, a rival será a Polônia de Robert Lewandowski. No encerramento da primei ra fase, o embate será com o México.
Concorrentes, casas de apostas e até quem nem na Copa está parecem ser unânimes no dis curso de que o Brasil é o prin cipal candidato ao título mundial. Não que isso seja uma novidade na história da seleção canarinho, mas há motivos consistentes para acreditar no hexa.
O Brasil chega ao Mundial com um tra balho consolidado por Tite, no cargo há mais de seis anos. Tem alguns dos grandes jogadores do mundo como Neymar, Alis son, Marquinhos e Casemiro, e uma geração talentosa em grande forma – Vinicius Jr., Bruno Guimarães e Militão.
O favoritismo talvez só não seja maior porque, pela dificuldade do calendário, o Brasil de Tite não pôde ser tes tado contra potências da Europa. O enfrentamen to, se chegar, será no meio do Mundial, e a falta de embates assim pode pesar.
POPulaçãO: 214 milhões mOeda: Real idiOma: Português eSPORTeS maiS PRaTiCadOS: Futebol, vôlei e tênis de mesa PaRTiCiPaçõeS em COPaS: Participou de todas as copas.
ePRiNCiPaiS CamPaNHaS em COPaS: Campeão em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.
Time-BaSe: Alisson, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro e Fred; Raphinha, Neymar e Vini. Júnior (Paquetá); Richarlyson. Tec. Tite.
Seleção chega com um trabalho consolidado por Tite
Como parte da antiga Iugoslávia, a Sérvia já terminou em quarto lugar du as vezes na história das Copas do Mun do, em 1930 e 1962. Desde sua inde pendência em 1991, no entanto, os sérvios nunca passaram da fase de gru pos do torneio. Nomes como dos ata cantes Vlahovic e Mitrovic, do defensor Savic, e dos meias Kostic e Tadic dão sustentação ao elenco.
Será último trabalho de Tite, porque depois da Co pa ele irá se despedir da Seleção. “Não quero ven cer de qualquer forma. Venci tudo na minha car reira, só me falta o Mun dial”, disse o treinador, de 61 anos, quando anun ciou, em fevereiro, que deixará o comando do Bra sil depois do Mundial no Qatar.
O técnico Murat Yakin levou ao Qatar a base da seleção suiça que disputou a Eu rocop a de 2020. A mesma que eliminou nas oitavas de final a campeã do mundo França, nos pênaltis, após empatar por 3 a 3 um jogo em que perdia por 3 a 1. A expectativa é repetir isso na Copa do Mun do. “Claro que temos de passar primeiro pela fase de grupos. Depois disso, acho que tudo é possível”, resumiu o meia Xhaka.
1938: Leônidas da Silva (7 gols)
1950: Ademir Menezes (8 gols)
1962: Garrincha e Vavá (4 gols)
2002: Ronaldo Fenômeno (8 gols)
Apesar de muitos jogadores africa nos serem protagonistas no futebol europeu há décadas, nenhuma das se leções do continente conseguiu refletir nas Copas do Mund o o mesmo sucesso. Até hoje, o máximo que as nações afri canas conseguiram em Mundiais foi chegar até as quartas de final, feito ob tido primeiramente por Camarões em 1990.
“Vencer ou morrer”
Em mais uma de suas cartas aos jogadores, o ditador Benito Mussolini preferiu adotar em tom direto antes da decisão contra a Tchecoslováquia. Os italianos saíram perdendo, mas viraram e venceram o jogo por 2x1, na prorrogação
“Fui como um presente dos céus saber que Leônidas não jogaria. Verdadeiro artista, malabarista da bola, era jogador que surpreendia a todos”
ALFReDO FONI, zagueiro da seleção italiana, comemorando a ausência do adversário brasileiro na semifinal da Copa do Mundo
“No Brasil, a pena máxima para qualquer crime é de 30 anos. Estou sendo punido há 44”
“O presidente escolhe seus ministros, e eu convoco a seleção”
Técnico JOÃO SALDANHA, ao comentar o pedido do presidente Garrastazu Medici para chamar o centroavante Dadá Maravilha, antes da Copa de 70. Dadá foi para o México. Saldanha, não
“Naquele 6 a 0 vimos coisas raras” RAMÓN q UIROGA , goleiro argentino e naturalizado para defender a seleção do Peru, ao conceder entrevista em 1998. Ele afirmou ter visto militares argentinos no vestiário de sua equipe “antes da partida ou no intervalo” do jogo contra os donos da casa. O placar elástico classificou a Argentina para a final e eliminou o Brasil pela diferença no saldo de gols. Quiroga nega ter tomado qualquer gol propositadamente até os dias de hoje.
“O público entendeu que a derrota fora acidental. E foi. O destino foi covarde conosco” teLÊ SANtANA, treinador do Brasil em 82, lembrando ter saído de campo aplaudido pelos espanhóis mesmo com a derrota para a Itália na semifinal.
“Foi à mão de Deus”
BARBOSA, goleiro do Brasil em 50, após não ter a entrada permitida na comemoração brasileira, durante a preparação para a Copa de 94
MARADONA, naquela que talvez seja a frase mais famosa da história das Copas, após a vitória sobre a Inglaterra por 2x1, nas quartas de final da Copa de 86. O camisa 10 dividiu com o goleiro Shilton e tocou com a mão para fazer o primeiro gol da partida.
“Essa é pra vocês, seus traíras!”
DUNGA, na Copa de 94, entre muitos palavrões, ao receber a taça do vice-presidente americano Algore e exibi-la à imprensa. O capitão ficou estigmatizado após a eliminação do Mundial de 90 por representar um futebol de mais força e menos técnica, em um período que ficou conhecido como era Dunga.
“Nada me consola”
OLIVeR KAHN, goleiro da Alemanha, ficou por mais de cinco minutos sentado, encostado em uma das traves, após o termino da final contra o Brasil, em que falhou no primeiro gol ao oferecer rebote de chute de Rivaldo nos pés de Ronaldo. Ele chegou a receber apoio do técnico brasileiro, Luiz Felipe Scolari, e do árbitro da decisão, Pierluigi Colina. Nada adiantou.
“Dizem que estou gordo, dizem que o presidente (lula) bebe pra caramba. Tanto é mentira que ele bebe pra caramba como é mentira que estou gordo”
RONALDO, durante a preparação para a Copa de 2006, quando o principal assunto discutido pela imprensa era a forma física do atacante. Os comentários feitos pelo presidente Lula chegaram ao jogador, que decidiu responder.
Rapidez e agilidade na entregaReprodução Conmnbol Reprodução ESPN
Depois de ter fracassado há várias tentativas de conquistas a Copa do Mundo, incluindo a perda da decisão para o Uruguai, em casa, o Brasil foi erguer a sua primeira taça em 1958. O elenco canarinho viajou para dispu tar a Copa na Suécia cercado por total descon fiança.
O fracasso na Copa de 50, disputada no Brasil, e o descontrole revelado pelo grupo durante a Copa de 1954, na Suíça, não dei xavam ninguém confiar no êxito da equipe brasileira. Porém, 1958, transformou-se em verdadeiro marco para o futebol mundial. Foi lá que começou o gênio de Pelé, então com apenas 17 anos.
Foi na Suécia que Pelé começou a trilhar o caminho que levaria a se tornar o maior jogador de todos os tempos. O escritor Nél son Rodrigues chegou a dizer que com a conquista da Copa do Mundo o brasileiro estava dando um pontapé no seu complexo de vira-lata.
Na cerimônia de encerramento, o capitão Bellini, a pedido da legião de fotógrafos que
tentavam registrar o momento, levantou o troféu, gesto que se tornou o símbolo de to das as conquistas brasileiras em competições internacionais e que seria imitado por sele ções de todo mundo.
Sede – Suécia
lOCal – Rasunda, em Estocolmo PÚBliCO – 50.000 expectadores
FiNal – Brasil 5x2 Suécia
aRTilHeiRO da COPa – Just Fontaine (França), 13 gols
Time-BaSe: Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando e Nilton Santos; Zito, Didi e Pelé; Garrincha, Vavá e Zagallo. Tec. Vicente Feola
A Seleção Brasileira chegou ao mundial do Chile mantendo a base do time que con quistou a Copa de 1958, mas com treinador diferente. Aymoré Moreira substituiu a Feo la no comando. A equipe tinha uma média de idade muito alta. Nilton Santos disputou sua última Copa com 38 anos, enquanto Gar rincha, Didi, Gilmar e Djalma Santos, Mau ro, Zito, Fafá e Zagallo já tinham passado dos 30. Mesmo com tantos veteranos, o Brasil conquistou o bicampeonato, graças princi palmente ao gênio de Mané Garrincha, que assumiu a responsabilidade de levar a seleção nas costas, principalmente após a grave con tusão de Pelé, no segundo jogo. Garrincha fez tudo que se esperava dele e um pouco mais. Gols de falta e de cabeça; cruzou bolas perfei tas para que outros marcassem e para provar que àquela era realmente a sua Copa. Foi até expulso, fato raríssimo de sua carreira de jo gador, sempre perseguido por marcadores violentos a quem sempre respondia com os seus dribles.
Sede – Chile
lOCal – Júlio Martinez Prádanos, em Santiago PuBliCO – 68.679 pagantes
FiNal – Brasil 3x1 Tchecoslováquia
aRTilHeiRO da COPa – Leonel Sanchez (Chile), Vavá (Brasil), Garrincha (Brasil), Florian Albert (Hungria), DrazenJerkovic (Iugoslávia), Valentin Ivanov (União Soviética), todos com 4 gols
TIME-BASE: Gilmar, Djalma, Mauro, Zózimo e Nilton Santos; Zito, Didi e Zagallo; Garrincha, Amarildo e Vavá. Tec. Aymoré Moreira
de 1970 no México é dita até hoje a de mais belo futebol. A se leção brasileira se erguia depois do fiasco de 1966, e os países europeus contavam com belíssimos times. Muitos dis cutem qual é a melhor seleção brasileira de todos os tempos, a de 1970 ou a de 1982? O fato é que, pouco pode se comparar aos craques dessa geração, que conquistava o Tri para a
nação brasileira.
Uma seleção inesquecível, considerada a melhor do mundo até hoje. Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo, Clodoaldo, Gerson, Jairzinho, Tostão, Rivelino e Pelé foram treinados por Zagallo – que assumiu o posto depois da controversa saída de João Saldanha – e conquistaram a terceira Copa do Mundo para o Brasil.
Pelé, que havia pensado em desistir de jogar pela Seleção por conta das repetidas contusões e frustrações nas últimas Copas, retornou ao time para entrar de vez para a historia como maior jogador de todos os tempos. Com toda sua genialidade, o rei assombrou o mundo com joga das repetidas até hoje pelos pro gramas esportivos.
A seleção canarinha venceu todos os seus confrontos com atuações mágicas, sapecando uma goleada na Esquadra Azur ra na final, eternizando uma das maiores seleções de todos os tempos.
Depois de 24 anos de jejum, a Seleção Brasileira reconquistou a supremacia do futebol mundial com a conquista da Copa de 1994, disputada nos Estados Unidos. O time comandado por Carlos Alberto Parreira mostrou um estilo diferente, mas de pouco brilho, classificado pelo próprio treinador como um futebol de resultados, que recebeu muitas criticas por parte da imprensa e de torcedores que queriam um time mais ofensivo.
Foi a vitória da era Dunga, um jogador apontado como modelo para a burocracia. Crucificado depois da Copa de 1990, o volante ressurgiu em 1994 como líder de um time que só pensava em atacar depois que tinha assegurado que a defesa não seria vencida. Em meio aos cabeças-de-área que cercavam a área brasileira, brilhou a estrela de Romário.
O Baixinho só foi convocado na última partida das Eliminatórias contra o Uruguai porque era inimigo declarado da comissão técnica por causa das suas atitudes de con testação. No Mundial, ao lado de Bebeto, Romário fez a diferença em favor dos bra sileiros e foi o grande responsável pela con quista.
Uma seleção inesquecível, considerada a melhor do mundo até hoje
Até chegar à classificação para a Copa do Mundo de 2002, a Se leção Brasileira sofreu, acumu lando resultados em diversas competições e sendo dirigida por três trei nadores: Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leão e finalmente Luiz Felipe Scolari.
Felipão assumiu em meio à crise pela derrota na Copa das Confederações e en frentou turbulência para impor sua filosofia e levar o Brasil à tão sonhada conquista do penta. No início do trabalho, Scolari teve que ignorar a pressão de parte da imprensa e da torcida por Romário, porque o técnico preferiu montar um elenco de jogadores que privilegiavam o espirito de grupo. Nasceu dai a “Família Scolari”.
Em vez de chamar o Baixinho, Felipão apostou na recuperação de Ronaldo e Ri valdo, que vinham de graves contusões, manteve suas convicções até o fim e foi re compensado. O Brasil venceu os sete jogos, inclusive a final, em inédito duelo com a Alemanha, chegando ao penta, fato só com parável ao time de 1970, o único até então a vencer todas as sete partidas. Felipão deu chance a quase todos os jogadores.
A final entre Brasil e Alemanha. Com dois gols de Ronaldo, um na falha do golei ro Oliver Kahn, eleito o melhor jogador do torneio, a Seleção conquistou o penta e con sagrou o estilo Scolari. Ronaldo foi o arti lheiro da competição, com oito gols, e o capitão Cafu se tornou o primeiro jogador a disputar três finais de Copa seguidas.
A Copa de 2002 também marcou o vexame de três seleções tradicionais. A França, então campeã, e a Argentina, que realizou cam panha extraordinária nas eliminatórias, foram eliminadas ainda na primeira-fase, além de Portugal, que voltava disputar uma Copa após 16 anos.
As boas surpresas ficaram por conta de Senegal, com seu futebol ofensivo, e o Pa
raguai, com sua ótima defesa. Até os donos da casa fizeram boas campanhas. Japão e Coreia do Sul ficaram em primeiro em seus grupos.
O primeiro caiu nas oitavas diante da Turquia, e os sul-coreanos, com muita ajuda da arbitragem, eliminaram Itália e Espanha e só perderam para Alemanha na semifinal.
S ede – Japão e Coreia do Sul
F i N al – Alemanha 0x2 Brasil
l OC al – Internacional Stadium em Yokohama, no Japão
PÚB li CO – 69.029 pagantes
a RB i TRO – Pierluigi Colina, da Itália
T ime -B a S e : Marcos, Cafu, Lúcio, Roque Júnior e Roberto Carlos; Edmilson, Gilberto Silva, Kleberson e Rivaldo; Ronaldinho Gaúcho (Juninho Paulista) e Ronaldo (Denilson). Tec. Luiz Felipe Scolari
Brasil 2x1 Turquia
Brasil 4x0 China
Brasil 5x2 Costa Rica Brasil 2x0 Bélgica
Brasil 2x Inglaterra
Brasil 1x0 Turquia Brasil 2x0 Alemanha
No pré-jogo e também ao vivo As melhores cotações!Ronaldo Fenômeno foi o artilheiro da Copa com 8 gols El País
GRUPO B
Segunda, 21 10h Inglaterra x Irã
USA x País de Gales Sexta, 25 7h País de Gales x Irã
Inglaterra x USA Terça, 29 16h País de Gales x Inglaterra 16h Irã x USA
GRUPO C Terça, 22
7h Argentina x Arábia Saudita
13h México x Polônia Sábado, 26
10h Polônia x Arábia Saudita 16h Argentina x México Quarta, 30 16h Polônia x Argentina 16h Arábia Saudita x México
GRUPO D Terça, 22
10h Dinamarca x Tunísia 16h França x Austrália Sábado, 26
7h Tunísia x Austrália 13h França x Dinamarca Quarta, 30
12h Austrália x Dinamarca 12h Tunísia x França GRUPO E Quarta,
Japão x Espanha
Camarões 16h Brasil x Sérvia Segunda, 28 7h Camarões x Sérvia 13h Brasil x Suíça Sexta, 2 16h Servia x Suíça 16h Camarões x Brasil
GRUPO GH
Quinta, 24 10h Uruguai x Coreia do Sul 13h Portugal x Gana Segunda, 28
10h Coreia do Sul x Gana 16h Portugal x Uruguai Sexta, 2 12h Gana x Uruguai 12h Coreia do Sul x Portugal
Portugal e Holanda, e correndo por fora Bél gica, Espanha e Croácia. Todas evoluíram.
do futebol.
Vão chegar na Copa na plenitude física, sem desgastes. Se a Copa fosse disputada no meio do ano, como sempre ocorreu, os cra ques não teriam férias completas e boa parte deles não chegariam em condições ideais.
Há motivos para acreditarmos em uma Copa das mais dispu tadas dos últi mos tempos. Primeiro, o seu período, fim de ano, onde os craques devem jogar em alto nível. Segundo, a evolução do futebol fazendo aumentar o número de favori tos, diminuindo as zebras.
Antes, eram quatro ou cin co seleções favoritas, hoje não. Hoje, temos um Brasil, uma Argentina, França, Inglaterra,
Seus atletas jogam nas melhores ligas do mundo e lidam com o que têm de melhor em estrutura para pôr em prática a excelência
“O corpo precisa tirar férias de vez em quando”, disse o belga De Bruyne, em junho deste ano, após a Bélgica perder de 4x1 para Holanda, pela Liga das Nações da Europa, e depois ele desabafou: “Não descanso há oito temporadas”.
Agora, não. De Bruyne e outros tantos craques como Neymar, Messi, Benzema, Mbappé e Modric tiveram férias, descansaram, e na volta para essa temporada eles no máximo teriam jo gado 15 partidas em suas ligas até a Copa.
Um cenário ideal para depararmos com jogos de alto nível, com intensidade, variações táticas, velocidade e muito mais. Que vença o melhor!
AInglaterra está em um momento interessante. Ou curioso. Ou meio estranho. Ao mesmo tem po em que tem uma equipe jo vem – apenas cinco jogadores têm 30 anos ou mais – a sua espinha dorsal está junta
desde antes da Copa do Mundo de 2018, e uma hora bater na trave para de ser um bom sinal para o futuro e se torna um dilema para o presente.
Poderia ter passado pela Croácia na se mifinal da Rússia e não passou. Poderia ter
vencido a Itália na final da Euro e não ven ceu. Se por um lado foram derrotas normais, por outro a equipe também precisa tirar lições para evitar que elas aconteçam nova mente.
Com os resultados do último ciclo e o talento que tem à disposição, a seleção in glesa chega ao Catar como uma das candi datas ao título. O trio ofensivo com Mason Mount, Eterling e Kane chama a aten ção.
Chegará as fases finais? Isso se torna bastante uma questão de detalhes, cora ção e cérebro. Jogar melhor do que tem feito, mesmo com os resultados expres sivos dos últimos anos, também ajudaria bastante.
POPulaçãO: 55,98 milhões mOeda: Libra esterlina idiOma: Inglês eSPORTeS maiS PRaTiCadOS: Futebol, Rugby e Cricket
PaRTiCiPaçõeS em COPaS: 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1982, 1985, 1990, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018
TÍTulO: Campeão em 1966
A mais recente participação dos Estados Unidos em uma Copa foi em 2014 — a equipe caiu nas oitavas em confronto com a Bélgica. Em 2018, eles não se classificaram. Estão de olho mesmo em 2026, quando s. quando sediarão o Mundial ao lado de México e Canadá. O elenco reno vado quer aproveitar o torneio do Catar como atalho para o topo, no próximo ciclo. Contra Inglaterra, País de Gales e Irã, parecem boas as chances de avançar.
Depois de 64 anos, o País de Gales es tá de volta à Copa do Mundo. É uma ge ração valiosa, que surpreendeu na Euro copa de 2016 e, agora, garantiu vaga no Catar depois de bater a Ucrânia na repes cagem. A maior esperança dos galeses é estar em um grupo mediano, com apenas uma seleção mais tradicional, a Inglaterra. Gareth Bale, aos 33 anos, está evidente mente longe do apogeu dos tempos do Real Madrid, mas ainda é nome a meter medo nos adversários, com seu coque clás sico a segurar os cabelos.
Time-BaSe: Pickford; Walker, Harry Maguire e Stones; Trippier, Bellingham (Kalvin Phillips), Declan Rice e Shaw (Trippier); Mason Mount, Sterling e Kane. Tec. Gareth Southgate.
A poucos meses do início da Copa, o Irã ganhou destaque no noticiário por causa das manifestações políticas, for temente reprimidas pelo governo. Dentro de campo, a seleção confirmou o protagonismo no cenário asiático e liderou as Eliminatórias. Mas será di fícil passar da primeira fase.
O resultado da última Copa realizada na Rússia, quando caiu na fase de grupos para a Coreia do Sul, foi uma marca muito negativa para a Alemanha na geração lide rada pelo goleiro Neuer, sobretudo pelo favoritismo carregado após a conquista da Copa de 2014, no Brasil, com direito a 7 a 1 nos anfitriões. Então, deixar o trauma vivido em solo russo para trás e voltar a brigar pelo título é o grande objetivo da Alemanha no Qatar. Apesar de contar com uma boa safra de novos talentos, como Ha vertz, Sané e Musiala, os alemães conside ram muito importante esperar pela recupe ração de Neuer. A habilidade que ele tem de jogar com os pés o torna uma peça fun damental no esquema alemão.
Nas últimas décadas, a Espa nha elevou seu patamar no futebol com conquistas e um estilo que encantou o mun do. Sob a batuta de Xavi e Iniesta, a seleção carimbou os títulos da Copa de 2010 e o bi da Euro, em 2008 e 2012. Contudo, o atual momento é bem diferente. Após as decepções de 2014 e 2018, a ‘La Roja’ pas sa por uma transição, com um grupo re pleto de jovens promissores.
O técnico Luís Enrique decidiu rejuve nescer o grupo com jovens promissores. As sim, chega para a Copa com oito jogadores abaixo de 23 anos: Gavi, Pedri, Ansu Fati, Nico Williams, Yeremy, Eric, Ferran e Guilla món.
Mudam-se as peças, mas não se modifica a essência. O estilo de jogo característico da Espanha segue vivo. O toque e a posse de bola como forma de controlar o adversário e ter tranquilidade para chegar ao gol são aspectos fundamentais.
Resta saber se a falta de uma mescla maior entre jovens e outros com mais rodagem irá pesar. É inegável que esta geração tem talen to e enche o torcedor de esperança. Porém,
caberá a Busquets, Jordi Alba e o próprio Morata transmitirem tranquilidade para ala vancar a juventude espanhola rumo à segun da estrela mundial.
POPulaçãO: 47,33 milhões mOeda: Euro idiOma: Espanhol eSPORTeS maiS PRaTiCadOS: Futebol, basquete e tênis PaRTiCiPaçõeS em COPaS: 1934, 1950, 1062, 1966, 1978, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.
ePRiNCiPaiS CamPaNHaS em COPaS: Campeão em 2010
Time-BaSe: Unai Simón; Carvajal, Guillamón (Laporte), Pau Torres e Gayà (Jordi Alba); Busquets, Pedri e Gavi (Koke); Asensio (Ferran Torres), Morata e Dani Olmo. Tec. Luis Enrique
Em 13 jogos disputados neste ano, entre Eliminatórias, o torneio de seleções organizado pela Federação de Futebol da Ásia Oriental e amistosos, a Seleção Ja ponesa acumula oito vitórias em 13 jogos. Foram, ainda, três empates e duas derro tas. Com alguns resultados expressivos, como triunfos sobre Austrália, Paraguai, Gana, Coreia do Sul e EUA, os japoneses chegam para o Qatar com a esperança de fazer sua melhor Copa do Mundo e avan çar às quartas. O técnico Hajime Moriya su, contudo, reconhece que não será uma tarefa fácil diante da concorrência pesada no grupo E.
A Costa Rica irá disputar uma Copa do Mundo pela sexta vez. Além da histórica campanha durante a edição em solo brasilei ro, quando caiu nas quartas de finais para a Holanda, a seleção caribenha foi até as oita vas em 1990, na Itália. Nas demais (2002, 2006 e 2018), caiu ainda na fase de grupos. No Oriente Médio, o elenco comandado por Luis Fernando Suárez terá alguns remanes centes da histórica campanha no Brasil. Keylor Navas é o principal deles.
ABélgica chega ao Mun dial no Catar como uma das favoritas. O técnico Roberto Mar tinez está no comando da seleção desde 2016 e ele vai contar nova mente com a base da equipe que apresenta uma boa safra liderada pelo goleiro Courtois, os meias De Bruyne e Eden Hazard e o centro avante Lukaku. Foi essa base que eliminou o Brasil no último Mun dial, em 2018 na Rússia.
É esperado que os belgas te nham vida relativamente tran quila na primeira fase, pois estão numa chave com Croácia, Mar rocos e Canadá. Os desafios de vem aumentar a partir do matamata, quando Espanha e Alema nha estão entre os rivais que po dem cruzar o seu caminho nas oitavas de final.
O técnico Roberto Martínez está confiante, e promete que sua equipe vai brigar pelo título. “To dos podem ter certeza, minha única vontade e desejo é que ve jamos a Bélgica o mais forte pos
No Qatar, o Marrocos tem como grande objetivo passar da primeira fase. “Uma Copa do Mundo de sucesso para nós é passar da primeira fase. Não vamos mentir um para outro”, disse o técnico Walid Regragui, que foi contratado há dois me ses para o lugar de Vahid Hali lhodzic, que teve problema de relacionamento dentro do elen co. O Marrocos estreou na Co pa do Mundo em 1970, quando perdeu dois jogos, empatou um e acabou fora ainda na primeira fase. Esta será sua sexta partici pação no torneio.
sível na Copa do Mundo. Quero deixar os fãs o mais orgulhosos possível”, afirmou.
POPulaçãO: 11,59 milhões
mOeda: Euro
idiOmaS: Alemão, francês e holandês
eSPORTeS maiS
PRaTiCadOS: Futebol, ciclismo e tênis PaRTiCiPaçõeS em COPaS: 1930, 1934, 1938, 1954, 1970, 1982, 1986, 1990, 1994, 1998, 2002 e 2018.
ePRiNCiPaiS
CamPaNHaS em COPaS: 3º lugar em 2018 e 4º lugar em 1986
Time-BaSe: Courtois, Alderweireld, Theate e Vertonghen; Witsel, Castane, Tielemans, De Bruyne e Vanaken; Hazard e Lukaku. Tec. Roberto Martinez
O Canadá volta a uma Copa do Mundo depois de 36 anos. A ultima e primeira vez foi vez em 1986 no Mundial do México, quando perdeu os três jogos que disputou. No Qatar, o primeiro grande objetivo do país será jus tamente tirar da garganta dos torcedores o grito que está en talado há quase quatro décadas, o grito do gol. A expectativa do país é adquirir mais experiência já de olho na próxima edição do torneio, em 2026, quando o Canadá vai sediar o torneio ao lado de México e Estados Unidos.
Na última Copa, a Croácia surpreendeu chegando até a fi nal, quando perdeu para a Fran ça. Quatro anos depois, os cro atas chegam com mais respeito dos adversários. O que era sonho passou a ser um objetivo. E no Oriente Médio a ambição da seleção europeia é provar de uma vez por todas que não chegou à final na Rússia por acaso. Os resultados recentes dão con fiança aos torcedores. Na Nations League, por exem plo, a Croácia é uma das qua tro semifinalistas, ao lado de Itália, Espanha e Holanda. O time é liderado por Modric, do Real Madrid, Rakitic, do Sevilla, Mandzukic, da Juventus, e Peri sic, da Inter de Milão.
De Bruyne empresta seu talento e experiência à seleção belga
De 2011, quando estreou pela Seleção, para 2022, muita coi sa mudou na vida de Neymar. Mas ainda existe uma constan te: ele segue carregando a esperança de mi lhões a cada jogada imprevisível.
Aos 30 anos, o jogador já se permite fazer reflexões sobre legado e o futuro com a Se leção Brasileira, ainda com duas ambições para serem riscadas em longa lista: ganhar a Copa e ser eleito o melhor do mundo. O Qatar 2022 parece a oportunidade perfeita para resolver duas questões de uma vez só.
Neymar venceu praticamente tudo o que disputou. Falta realmente a Copa, a “cereja do bolo”.
Espera-se gols e jogadas estonteantes de Neymar – sempre –, mas o torcedor pode também apreciar a clarividência de seu jogo como armador, a facilidade no toque da bo la e a possibilidade de, vindo de trás, mesmo sendo um grande alvo, chegar como elemen to-surpresa na área para finalizar.
Não é exagero dizer que Neymar teve nesta temporada o seu melhor início de toda a carreira. Nos 10 primeiros jogos oficiais pelo Paris Saint-Germain, marcou 10 gols e deu sete assistências.
Sem lesões nos últimos meses, participou de 90% dos jogos do PSG até agora (perdeu dois por suspensões).
Com 15 gols e 11 assistências, ele tem média acima de uma contribuição para gol por partida. Esse é um dos melhores anos desde que chegou à Europa, até este ponto da temporada.
O craque brasileiro é o maior garçom do Campeonato Francês e o artilheiro, ao lado de Mbappé. O Paris Saint-Germain lidera a Ligue 1, avançou na Liga dos Campeões e ainda está invicto na temporada.
Nem tudo foram flores. A desavença com Mbappé sobre cobranças de pênalti e, no geral, a polêmica sobre suposta má relação
com o atacante francê s repercutiram nos últimos meses.
Neymar se dedicou nas férias. Trabalhou duas semanas em Mangaratiba antes de se reapresentar ao PSG (com uma semana de antecedência). A confiança mostrada na prétemporada se concretizou
A bola está entrando de tudo o que é jeito. Falta só na Copa do Mundo.
>> Tem no currículo 10 jogos pela Seleção em Copas: seis vitórias, três empates e uma derrota, Com seis gols e duas assistências.
>> Ele está a dois gols de igualar a marca de Pelé (77) como maior artilheiro do Brasil, nas contas da Fifa.
Será a primeira Copa do Mundo do Catar em toda a sua história, então o torneio tem um significado enorme para o país. Será também simbolicamente enorme, já que é a primei ra vez que a Copa do Mundo será disputa da no Oriente Médio e em um país ára be.
Sua primeira campanha de Eliminató rias da Copa aconteceu só em 1977 e a estreia na Copa da Ásia aconteceu em 1980. O Catar já tinha ficado perto de se classificar à Copa do Mundo em 1990 e 1998, quando foi eliminado já nas fases finais. Será em 2022, porém, que o país fará a sua estreia e como sede.
Embora a posse de bola tenha sido a proposta inicial, desde 2021 o time tem jogado de forma um pouco mais cautelosa. O Catar não joga enfiado atrás, porém: é uma equipe que deixa o adversário jogar, não faz pressão alta e, ao mesmo tempo, tenta marcar com a linha defensiva um
Não tão alta como quem pressiona à frente, mas longe de estar dentro da área a maior parte do tempo, ao menos não por proposta.
POPulaçãO: 2,93 milhões
mOeda: Rial do Catar idiOma: Árabe eSPORTeS maiS PRaTiCadOS: Futebol, Cricket e Golf Time-BaSe: Al-Sheeb; Pedro Miguel, Bassam (Terek Salman), Boualem Khoukhi, Abdelkarim e Ahmed; Boudiaf, Hatem e Hassan; Akram Afif e Almoez Ali. Tec. Félix Sánches
Comandada pelo técnico Louis van Gaal, a seleção holandesa marcou 33 gols nas eliminatórias europeias e teve o terceiro melhor ataque da seletiva, terminando em primeiro lugar no Gru po G com 23 pontos. As principais es peranças da equipe laranja são o atacan te Memphis Depay que foi o artilheiro das eliminatórias com 12 gols e o meia Davy Klaassen, líder em assistên cias da seleção. A equipe deve passar da primeira fase sem sustos.
Senegal atravessa uma sequência iné dita em Copas do Mundo, ao emendar sua segunda participação consecutiva. E a estabilidade dos Leões da Teranga foi uma das marcas do ciclo de quatro anos. Aliou Cissé manteve o posto de treinador e destaques amadureceram. Os senegale ses não apresentam um futebol exuberan te, mas em compensação o time começou a vencer como nunca tinha conseguido antes. É ver como essa experiência pode impactar em busca da classificação ao mata-mata da Copa, o que parece ser pos sível no Grupo A. A confiança só não é maior por conta da lesão de Sadio Mané, que compromete bastante os planos e dei xa dúvidas sobre as condições do craque, convocado em situação limite.
O Equador não possui um elenco de estrelas, mas se vale de muita juven tude, com talentos que surgem como protagonistas para alguns ciclos. En quanto isso, há um coletivo muito bem montado e de jogo direto, que se pro vou difícil de encarar ao longo do qua lificatório. Desta vez, não foi apenas a altitude de Quito que pavimentou o caminho dos equatorianos, um opo nente difícil de se bater também fora de casa. Assim, o Equador apresenta ter condições de passar adiante.
tual campeã da Copa do Mundo, a França pisa no gramado catari com o tradicional favoritismo de um trabalho feito a longo prazo e que vem colhendo cada vez mais resultados nas principais competições do futebol mun dial.
Sob o comando do experiente treina dor Didier Deschamps e com o talento de
POPulaçãO: 67,5 milhões mOeda: Euro idiOma: Francês eSPORTeS maiS PRaTiCadOS: Futebol, basquete e rugby PaRTiCiPaçõeS em COPaS: 1930, 1934, 1938, 1954, 1958, 1966, 1978, 1982, 1986, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.
grandes craques, a seleção sabe que é vista pelos rivais como favorita para levantar o troféu mais uma vez, mas tenta esquecer os prognósticos antes do torneio para se con centrar no que é necessário ser desenvolvido durante a primeira fase, para depois pensar na disputa da fase final.
Apesar desse cenário desenhado neste momento, a França não chega para essa Co pa com o mesmo ritmo e confiança alcan çados no último Mundial. Diante de resul tados ruins nos amistosos recentes, Kylian Mbappé, Benzema e companhia não querem viver a “maldição do atual campeão”.
Isso porque desde 2010, a atual campeã não passa da primeira fase na competição seguinte. Em 2018, a então campeã, Alema nha, deu sequência à maldição, sendo elimi nada logo na primeira-fase.
ePRiNCiPaiS CamPaNHaS em COPaS: Campeão em 1998 e 2018
Time-BaSe: Lloris, Pavard, Saliba, Varane e Theo Hernándes; Tchouameni, Rabiot e Griezmann; Mbappé, Benezema e Coman (Veretout).
Tec. Didier Deschamps
A Dinamarca está entre as seleções europeias que mais cresceram no último ciclo e uma boa campanha no Catar não seria exatamente uma surpresa. Os alvirrubros já fizeram um papel ra zoável na Rússia, quando venderam caro a eli minação diante da Croácia nos pênaltis, pelas oitavas de final. Desde então, fizeram participa ções marcantes, sobretudo na Euro 2020. A boa fase é referendada, em especial, pela maneira como os dinamarqueses sobraram em seu grupo nas Eliminatórias. É uma equipe competitiva e que, ainda melhor, conta com a volta de Eriksen para ser seu maestro no Mundial.
A classificação da Austrália para a Copa do Mundo veio aos trancos e barrancos e com muito sufoco. Esta será a sétima Copa do Mundo dos Socceroos, mas as expectativas desta vez são baixas. Não só porque a classificação veio na bacia das almas em uma disputa de pênaltis com o Peru, mas porque o elenco é o mais fraco desde que os australianos voltaram à Copa do Mundo em 2006.
O ciclo da Tunísia até a Copa não foi o mais tranquilo, com constante troca de treinadores, um time com dificuldade para fazer gols, embo ra tenha uma forte defesa, e um técnico que era assistente até outro dia. Não há tanto talento de alto nível no elenco, com poucos jogadores im portantes nas grandes ligas. Logo, é difícil ter altas expectativas, ainda mais em um grupo com Dinamarca e França. Não fazer um papel feio nesses dois jogos e tentar arrancar uma vitória contra a Austrália, que seria a sua terceira na his tória dos Mundiais, provavelmente ficaria de bom tamanho.
Fernando Santos, 68, é o segundo treinador que está há mais tempo à frente de uma das 32 seleções que vão disputar a Copa do Mundo no Qatar. Desde setembro de 2014, ele dirige Portugal —Didier Deschamps, desde julho de 2012 à frente da França, é quem lidera essa lista.
Em quase oito anos de trabalho à frente dos lusos, Santos foi o responsável por levar o país à conquista de seus primeiros títulos com a seleção principal.
O maior deles veio em 2016, quando os portugueses conquistaram a Eurocopa em uma decisão histórica contra a França, defi nida na prorrogação.
As conquistas recentes são reflexos de boas safras que jogadores que surgiram em solo português nos últimos anos. Além do mais famoso deles, Cristiano Ronald o , a nação viu surgir nomes como Rúben Dias, Nuno Mendes, Bernardo Silva, Bruno Fer nandes, Vitinha, João Félix e Rafael Leão, todos convocados por Fernando Santos pa ra a disputa da Copa do Mundo no Qatar.
Com esse elenco, o treinador está con fiante de que chegou a hora de seu país con quistar pela primeira vez o Mundial.
“O que esse time pode dar? Eu vou res ponder de forma bem simples: é ser campeão
A dolorosa derrota para o Uruguai no jogo decisivo da Copa do Mundo de 1950 ainda é motivo de trauma para os brasileiros, que levantaram o troféu cin co vezes depois daquele dia. Já os uru guaios, que festejaram na jornada conhe cida como Maracanazo, lamentam desde então não ter repetido campanha tão longeva.Até hoje, os gols de Schiaffino e Ghiggia na vitória por 2 a 1, no Mara canã, foram os maiores feitos do time celeste em Mundiais. Depois disso, o país nunca mais conseguiu voltar a uma final.
POPulaçãO: 10,3 milhões de habitantes mOeda: Euro idiOma: Português eSPORTeS maiS PRaTiCadOS: Futebol, atletismo e ciclismo PaRTiCiPaçõeS em COPaS: 1966, 1986, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018
Embora só tenha estreado em uma Co pa do Mundo em 2006, na Alemanha, a seleção de Gana sempre foi uma das potên cias do futebol da África. Terceira maior vencedora da Copa Africana de Nações, com quatro conquistas, teve ainda cinco vices da competição e, desde sua estreia em Mundiais, ficou fora somente na última edição, na Rússia, em 2018. Vários de seus nomes mais reconhecidos atuam na Premier League, com o lateral direito Tariq Lamptey, do Brighton, o meio-campista Thomas Partey, do Arsenal, o zagueiro Mohammed Salisu, do Southampton, e o atacante Jor dan Ayew, do Crystal Palace.
do mundo. Eu acredito que isso é possível, os meus jogadores acreditam, então é isso que essa equipe pode dar”, disse o coman dante logo após revelar sua lista de convoca dos.
Time-BaSe: Diogo Costa; Cancelo, Rúben Dias, Danilo Pereira e Nuno Mendes; Bruno Fernandes, Rúben Neves, Willian Carvalho; Bernardo Silva, Rafael Leão e Cristiano Ronaldo. Tec. Fernando Santos
Uma das histórias mais marcantes das Copas do Mundo foi à improvável cam panha da Coreia do Sul em 2002 devido a marcas inéditas. Primeira realizada na Ásia e a ser dividida por dois países, foi a que regis trou o melhor desempenho de uma seleção do continente em Mundiais. Embalada por sua torcida, a Coreia avançou até a semifinal, deixando para trás nações com mais tradição e até campeões. Em quatro Copas realizadas depois disso (2006, 2010, 2014 e 2018), nenhum país da Ásia igualou o feito dos co reanos, nem mesmo eles. Alcançar novamen te as fases finais é, portanto, o grande obje tivo do time coreano.