Benefícios do Escalda-pés
Concessionárias terão de combater o desperdício de água
>> Projeto foi aprovado no Senado e segue à sanção presidencial; companhias também terão de aproveitar as águas cinzas e de chuvas.






Governo do RN apresenta proposta de piso para professores
Categoria irá avaliar proposta em assembléia na terça-feira, 14 . CÉSAR SANTOS 5
POLÍCIAS SÃO DESTAQUES EM ‘MULHERES DE FARDA’

SEGURANÇA 5
CIÊNCIA E VÍRUS EVOLUEM APÓS 3 ANOS DE PANDEMIA

PRINCIPAL 8














SANTUÁRIO VOLTA À PAUTA



Potiguar recebe o América pela 2ª rodada do Quadrangular
Protagonismo feminino da Uern está em alta


Política de equidade de gênero rendeu selo ODS Educação à Universidade. MOSSORÓ 4
NESTA EDIÇÃO [ 16 PÁGINAS]



Projeto estimula iniciativa privada a expandir educação



Legislativo mossoroense sugeriu programa, que busca apadrinhamento nas escolas. MOSSORÓ CAPA

“A Paixão de Cristo”
ENCONTRO MARCADO COM LYGIa marINa
Em 1981, o Instituto Lusíadas, do meu amigo e colega professor Paulo Peroba, levou a Fortaleza quatro grandes cronistas brasileiros, para um seminário de literatura que ficaria na história. Ana Maria e eu os recebemos no aeroporto: Fernando Sabino, Rubem Braga, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos. Todos passageiros do mesmo avião! Temeridade que me fez pensar na tragédia literária que seria aquele voo não chegar ao fim... Como em 1979, quando o conhecemos, Fernando chegou com Lygia Marina, cuja beleza chamava a atenção onde quer que estivesse. Professora de língua portuguesa, já publicara, pela Editora Record, o primeiro volume da série paradidática Conheça o escritor brasileiro, não por coincidência sobre Fernando Sabino; depois viriam os dedicados a Drummond, Machado de Assis, Rubem Braga, Vinicius de Moraes e Jorge Amado. Agora, Lygia Marina lança Música na alma (Rio de Janeiro : Vermelho Marinho, 2022), testemunho afetuoso oferecido aos netos, para que futuramente, diz, saibam mais da avó que lhes coube ter. Vai muito além: boa contadora de histórias, lembra personagens e acontecimentos do Rio que viu nascer uma admirável geração de homens e mulheres iluminados pelo talento, pelo bom humor e por uma contagiante alegria de viver. Entre esses cariocas, ela mesma, Lygia Marina, que caminhava por Ipanema sem ver seus vigias catando a poesia que entornava no chão, como nos versos de Chico Buarque...

Escreve o cronista Joaquim Ferreira dos Santos:


Lygia foi aluna do Colégio Sion, um núcleo conservador da educação para moças. Com o tempo, tornou-se uma mulher de vanguarda, da geração que continuou os passos libertários de Danuza Leão e Leila Diniz. Frequentou as noites divertidas dos anos dourados, curtiu a vida, cuidou da família e trabalhou duro dirigindo cen-
tros culturais do Rio. Sempre com classe e um dos rostos mais marcantes da divina galeria de musas cariocas.
Em 1968, depois das aulas no Colégio Brasileiro de Almeida, a jovem Lygia vai com uma colega ao Bar Veloso, onde logo vê Tom Jobim, que ali compusera, com Vinicius de Moraes, a famosa “Garota de Ipanema”. O maestro levanta-se, aproxima-se da mesa em que se encontra a bela e se surpreende ao sabê-la professora da escola da família. “Sua filha Beth é minha aluna”, ouve, ao que comenta, divertido: “Não estou acreditando, é a primeira paquera da minha vida que vira uma reunião de pais e mestres...”
Tempos depois, Tom pede a uma filha de Fernando Sabino o telefone do pai, com quem quer falar. É atendido por Lygia (não sabia que ligara para a casa dela), já companheira do cronista. Na manhã seguinte, com uma conversa boba de principiante que não era, o compositor telefona para o escritório de Fernando: quer confirmar o número de Lygia, pode ser que os dois estejam juntos quando quiser contactar o escritor... Sabino, claro, não morde a isca e passa-lhe uma sequência de trotes, brincadeira em que se tornara mes-
tre: “Anota aí, Tom...”, e dava-lhe um número errado, para o qual telefonava imediatamente: “Olha, o Tom Jobim vai ligar perguntando por Lygia Marina. Por favor, digalhe que o telefone dela é este...”, e inventava um número, para o qual discava: “Olha, o Tom Jobim vai ligar perguntando por Lygia Marina. Por favor, diga-lhe que o telefone dela é este...”, e outro número errado. A essa história meio cômica devemos uma das mais belas canções da música brasileira, “Lígia”: “Eu nunca sonhei com você / nunca fui ao cinema / não gosto de samba, não vou a Ipanema”... Os olhos da musa passam de verdes a morenos (para despistar...?) e a brincadeira do passador de trotes é discretamente citada: “E quando eu lhe telefonei, desliguei, foi engano”... A inspiradora dos versos só reclama da troca de letras: “Se Tom a fez pra mim, deveria ser Lygia, com y...”.
Com ela e Fernando Sabino, Ana Maria e eu vivemos encontros memoráveis, em Fortaleza e no Rio de Janeiro, quando jantares e drinques eram pretexto para conversarmos noite adentro, sobre viagens, livros, jazz e tudo mais que nos unia. Em 1988, surpreendemo-nos com a notícia de que o casamento deles chegara ao fim, de maneira não exatamente amigável. Para que se tenha
dIreçÃO geral: César Santos dIretOr de redaçÃO: César Santos gereNte adMINIStratIVa: Ângela Karina deP. de aSSINatUraS: Alvanir Carlos

ideia, Fernando retirou da sua Obra reunida , publicada em 1996 pela Editora Nova Aguilar, todas as menções ao nome de Lygia, como na verdadeira declaração de amor com que a homenageia no romance O Grande Mentecapto: “À mui nobre, distinta e formosa senhora dos meus afetos, Dona Lygia Marina de Sá Leitão Pires de Moraes, de cujos encantos meu coração é cativo e a cujo estímulo deve esta obra o ter chegado a seu termo, dedico, ofereço e consagro.” Separados os dois, ficamos em silêncio, avessos que somos a julgar e condenar amigos, sobretudo em questões que dizem respeito, somente, a marido e mulher. Música na alma desaponta quem esperou, de Lygia, “vingar-se” de Fernando, devolver-lhe o ressentimento e a mágoa que o levaram a querer apagar uma relação de 19 anos. Acusa-o de infeliz, vaidoso, obsessivo, egocêntrico e egoísta, mas reconhece, com dignidade, justiça e elegância, o muito que lhe deve, os momentos de alegria e de felicidade que viveram:


Foi um casamento bom?
Claro que foi. Até deixar de ser. Fernando foi muitíssimo importante na formação do meu filho. Ele amava Luís, e era recíproco. Sei e não nego que o amei muito, mas não segurei a barra daquele processo depressivo e cheio de fantasmas.
Nada do que houve entre nós, porém, diminuiu a minha admiração pela obra de Fernando Sabino. Acho seu texto até hoje um primor.
Fernando foi um ótimo companheiro, ele que me iniciou no que hoje mais gosto de fazer: viajar. Metódico, sabia como ninguém fazer um roteiro. Foram anos deliciosos... que acabaram.
A história do polêmico livro Zélia, uma paixão é contada em oito cenas – do encontro à porta de um restaurante em São Paulo, quando Lygia cumprimenta a então ministra da economia de Collor, e diz que gostaria de apresentar-lhe o marido, até a entrevista coletiva em que Sabino se vê sob forte bombardeio da imprensa:
A novela não acaba aqui, mas prefiro encerrar o capítulo com meu depoimento: como já disse, irei defendê-lo até a morte, não por me sentir culpada, porque sou responsável pelos dois terem se aproximado, mas porque, enquanto esteve vivo, Fernando jamais se defendeu. Aceitou calado todas as agressões e nunca mais deu entrevistas, nunca mais foi visto em lugar algum depois daquele dia em que todos se esforçaram por massacrálo.
Ex-diretora da Casa FrançaBrasil e da Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro, Lygia Marina, em Música na alma , diz sobre si mesma para falar dos amigos que tem, da cidade que ama, do tempo em que deixou sua marca de beleza e de inteligência: “Minha vida só prova isso. Entre erros e acertos, fui vivendo à minha maneira, com minha régua e meu compasso, e fui, antes de tudo, feliz”. Como escreveu Fernando Sabino em O encontro marcado, pode afirmar que, de tudo, ficaram três coisas:
A certeza de que estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompida antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.
CéSar SantoS da Redação
Apromessa de construção do santuário de Santa Luzia no alto da Serra Mossoró ganhou força, e as manchetes, entre os anos de 2015 e 2016. O então prefeito Silveira Júnior apresentou o projeto com a proposta de fortalecer o turismo religioso e, por gravidade, beneficiar o desenvolvimento socioeconômico da cidade, além, claro, de valorizar a manifestação de fé em torno da santa padroeira.

Naquele ano, Silveira queria a reeleição. A promessa feita à comunidade católica fazia parte do projeto eleitoral, em detrimento do respeito à santa e à boa-fé do povo religioso. O fato é que o projeto não passou de promessa, nem Silveira conseguiu renovar o mandato (veja reportagem na página 4).

Agora, o projeto do santuário de Santa Luzia volta à pauta do dia. O presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Lawrence Amorim (Solidariedade), resgatou a proposta esta semana em pronunciamento no plenário da Casa, e conclamou a união de todos para lutar em prol do empreendimento.
Lawrence, diferentemente do ex-prefeito Silveira, não está vendendo ilusões. Pelo contrário. Ele apresenta a proposta de luta para viabilizar o projeto e cita, para mostrar que e viável, que outras cidades, de menor porte, conseguiram erguer monumentos religiosos. Santa Cruz do Inharé, na região Agreste potiguar, é um exemplo disso. Com estátua de Santa Rita de Cássia, por ano, o município
turiSmo reLigioSo
Construção do Santuário de Santa Luzia volta à pauta do dia
(a) pode indicar, respectivamente, R$ 59 milhões e R$ 32 milhões em emendas individuais. Sem falar nas emendas de bancada – R$ 38 milhões para cada parlamentar.
O presidente da Câmara Municipal defende o apoio da bancada federal e de outros agentes. “É fundamental uma junção de forças da Diocese, Poder Executivo, Poder Legislativo, Governo do Estado, bancada federal, bancada estadual, entidades de classe empresariais e fiéis”, frisa, ao arrematar: “Sem o santuário, Mossoró perde milhões de reais todos os anos”.
audiên C ia
p rojeto do Santuário de Santa l uzia apresentado em 2016
potiguar recebe 350 mil pessoas (nove vezes a população local).
Na cidade de Juazeiro do Norte, no sertão do Ceará, o turismo religioso potencializou a economia local e regional e transformou a vida das pessoas, a partir do santuário de Padre Cícero Romão. Estima-se que, anualmente, 2,5 milhões de turistas visitam a cidade.
“São dois exemplos que servem para Mossoró. Nosso município, com o santuário de Santa Luzia, poderia atrair mais de 2 milhões de visitantes, após alguns anos.
Cidades do RN investem no turismo religioso
O turismo religioso movimenta no Brasil mais de R$ 15 bilhões por ano em mais de 300 locais. O Santuário de Aparecida, em São Paulo, é o principal destino. Em 2022, recebeu 8 milhões de turistas e movimentou R$ 1 bilhão.
Em Natal, o prefeito Álvaro Dias (Republicanos) trabalha com a Diocese para viabilizar o santuário de Nossa Senhora de Fátima.
Na cidade de Pau dos Ferros, no Alto Oeste, a Prefeitura iniciou a construção do complexo religioso Nossa Senhora da Conceição. Esse projeto recebeu recursos federais por meio de emendas do ex-senador José Agripino e do ex-deputado federal Felipe Maia.
Em São Miguel, também no Alto Oeste potiguar, a Prefeitura investiu no Memorial de Frei Damião, exatamente para explorar o turismo religioso. O templo ocupa um
terreno de 10,8 hectares, doado por uma devota de São Miguel. Obra ainda não foi concluída, mas o local recebe visitas de fiéis e atividades religiosas aos domingos.
Para Lawrence Amorim, “é inegável a importância do
Isso implicaria em ao menos R$ 200 milhões injetados na economia local todos os anos e cerca de dois mil empregos diretos e indiretos gerados”, destaca.
é poSS íve L
A estátua de Santa Rita de Cássia, a preço de hoje, custou cerca de R$ 15 milhões. A classe política de Santa Cruz se mobilizou para levantar os recursos, contando com apoio do Governo Federal, que liberou dinheiro por meio de emendas parlamentares do RN.

Lawrence chama a aten -
turismo religioso para diversificar a economia dos municípios. Movimenta toda uma cadeia. Mossoró precisa de novas ferramentas para arrecadar e gerar emprego e renda, e o santuário de Santa Luzia é uma alternativa viável. O projeto foi debatido, caiu no esquecimento e Mossoró perde muito com isso.”
Arquivo Jornal de Fato
ção para o volume de recursos que a bancada federal potiguar pode direcionar
para o projeto de Mossoró. Só de emenda individual, cada senador(a) e deputado
Proposta tem apoio de vereadores católicos e evangélicos
r egy Carte da Cmm
O projeto do santuário de Santa Luzia uniu as bancadas na Câmara de Mossoró. Em apartes ao pronunciamento de Lawrence Amorim, parlamentares da oposição e da situação apoiaram a ideia. A vereadora Carmem Júlia (MDB) observou que a obra atrairá fiéis não apenas na Festa de Santa Luzia, em dezembro, mas o ano todo.
nandes (Solidariedade) destacou a necessidade de empenho e união da classe política para conseguir recursos. E frisou o potencial do turismo religioso: “Devotos virão e consumirão em Mossoró e na região Oeste”.
Segundo o vereador Costinha (MDB), o santuário de Santa Luzia é um sonho da comunidade católica. “E temos a oportunidade de trabalhar para realizar esse sonho”, disse.
A Câmara Municipal deve realizar audiência pública para ouvir Diocese de Mossoró, Poder Público e outros setores da sociedade sobre o projeto do santuário. Com isso, obter comprometimento com a proposta e, a partir daí, encaminhar formulação do projeto, possíveis locais do santuário e outros aspectos.
Lawrence defende repensar o local inicialmente previsto, na Serra Mossoró, e estudar áreas mais estruturadas, de melhor acesso, que não demandem tanto investimento em infraestrutura. É o caso, por exemplo, de regiões próximas ao Complexo Viário da Abolição (BR-304).
Alves (Pros) afirmou que o turismo religioso agregará valor a outros potenciais de Mossoró; e o vereador Isaac da Casca (MDB), outro evangélico, observou que o santuário fortalece a luta pela duplicação da BR-304 entre Natal e Mossoró.
p residente l awrence a morim tem apoio de todos os vereadores
Na mesma linha, seguiu o vereador Naldo Feitosa (PSC). “Quantos devotos participam da festa de Santa Luzia, em dez dias, de 3 a 13 de dezembro? Imagine quantas pessoas viriam a Mossoró nos 12 meses do ano?”, questionou. O vereador Tony Fer-
Na sequência, acrescentou o vereador Paulo Igo (Solidariedade): “Apesar de evangélico, apoio a ideia, porque vai gerar mais renda para o município. Quem trafega entre Natal e Fortaleza, por exemplo, vai parar em Mossoró”, previu.
O vereador Genilson
Por fim, o vereador Lucas das Malhas (MDB) enalteceu o impacto econômico positivo em cidades que apostam no turismo religioso e a importância do envolvimento também do setor privado; e o vereador Professor Francisco Carlos (Avante) disse que, se houver vontade política, os recursos para viabilizar o empreendimento podem sair, com folga, ainda este ano.
“Não se justifica Mossoró não receber pelo menos 40 milhões de reais todos os anos de emendas parlamentares, se levada em consideração possuir cerca de 10% da população do Estado”, observou Francisco Carlos.
>> i deia fracassou no passado , mas volta com novas possibilidades apresentadas por Lawrence AmorimArquivo Jornal de Fato
Quem é Pacheco?
Silveira trouxe “empresário” que doaria r$ 15 mi para santuário
>> Ex-prefeito chegou a convencer a Diocese de Mossoró que construiria o Santuário de Luzia

céSar Sa NToS Da Redação
No dia 26 de junho de 2016, o então prefeito Silveira Júnior escalou a Serra Mossoró para fincar a pedra fundamental para a construção do Complexo Religioso Turístico de Santa Luzia. O ato, com ampla publicidade, contou com a presença de representantes de diversos segmentos da cidade e, principalmente, de líderes da Igreja Católica, como o
bispo dom Mariano Manzana, e o vigário-geral da Catedral de Santa Luzia, padre Flávio Augusto.
Acreditava-se, naquele momento, na boa intenção do chefe do Poder Executivo, até porque um termo de cooperação foi assinado entre a Prefeitura e a Diocese de Mossoró, além da formação de uma comissão especial, instituída por meio de decreto, para acompanhar todas as etapas do projeto. Silveira Júnior foi além na exploração da boa-fé dos
devotos de Santa Luzia. Ele trouxe uma pessoa de nome “Antônio Pacheco”, apresentado como “grande empresário pernambucano”, que iria doar R$ 15 milhões para a construção do santuário. Numa aparição rápida na Serra Mossoró, o tal empresário jurou que a sua mãe, de nome não revelado, era devota de Santa Luzia, por isso, a sua disposição de fazer tal doação.
Depois daí, o empresário desapareceu. A reportagem do Jornal de Fato investigou se “Pacheco” realmente ti -
nha negócios no estado de Pernambuco, constatando que a população havia sido enganada. Em Jaboatão dos Guararapes, onde o tal empresário seria dono de empresas, não havia nada funcionando nos endereços indicados.
Outro ponto que chamou a atenção é que Silveira fez publicar no Jornal Oficial do Município uma série de decretos desapropriando terras da Serra Mossoró, o que gerou desconfiança. Uma linha de investigação foi iniciada,
Silveira prometeu a maior estátua religiosa do mundo
mas como o projeto do santuário não prosperou, nem as terras foram desapropriadas, o caso acabou caindo no esquecimento.
Diante da decepção, o então prefeito Silveira foi alvo de críticas e até chacota, sendo acusado de ter enganado a santa padroeira dos mossoroenses.
A Diocese Santa Luzia de Mossoró evitou se posicionar sobre o “calote”. Não quis ampliar a repercussão negativa. Até hoje, os líderes religiosos não aceitam falar sobre o assunto.
O projeto vendido pelo ex-prefeito Silveira Júnior, como líquido e certo, teria as obras executadas em uma área de 15 hectares destinados à visitação pública na Serra Mossoró.
Além do monumento em homenagem à padroeira de Mossoró, com 80 metros de altura, que seria a maior estátua religiosa do mundo, o santuário também teria bosques, praças, jardins, alamedas, fontes, cascatas, chafariz, nascentes, córregos e equipamentos comunitários.
O paisagismo do Santuário seria composto de elementos naturais, com peças ornamentais, conjuntos de rochas, entre outros. Ao longo de todo o percurso do arvoredo, a água corrente acompanharia os visitantes. Haveria ainda um sistema de captação de águas pluviais.
O santuário seria também um espaço de preservação da flora e da fauna da caatinga nordestina.
Antônio Pacheco (terceiro da esquerda para direita) e o ex-prefeito Silveira no dia do lançamento da pedra fundamental da obra
Prefeitura pagou empresa da Paraíba para elaborar maquetes
Alguns milhões de reais da Prefeitura de Mossoró foram enterrados, e não recuperados, no projeto Complexo Religioso Turístico de Santa Luzia. Em 2015, o então prefeito Silveira Júnior contratou uma empresa paraibana, de nome Escala Escritório de Cálculos Estruturais, para projetar o santuário de forma eletrônica.
Os detalhes sobre o monumento foram mostrados aos representantes da Diocese de Mossoró e aos membros da Comissão Especial. As maquetes também foram exibidas, por meio de telão, no encerramento da Festa de Luzia 2015.

Silveira Júnior chegou
a destacar a importância do projeto e lembrou que todo o complexo seria erguido com investimento da iniciativa privada. Ele também vendeu a ideia que o Santuário de Santa Luzia colocaria Mossoró definitivamente no circuito turístico religioso nacional e internacional.
“Esse não é um projeto pensado da noite para o dia. Estamos há dois anos debatendo, estudando e definindo como viabilizar a construção do Santuário. Será uma estátua com 80 metros de altura, a maior do mundo, cercada de toda uma estrutura para fomentar o turismo religioso em nossa cidade, gerando renda para o Município”, dis-
cursou à época.
A área de 15 hectares já havia sido decretada como domínio público e as licenças ambientais chegaram a ser aprovadas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA) e publicadas no Diário Oficial do Estado, permitindo a liberação da área para edificação do Complexo.
“Mostramos toda a documentação de desapropriação e licenças ambientais para a Comissão Especial e agora vamos dar um passo importante para a concretização desse projeto, com a assinatura do Termo de Cooperação entre o Município e a empresa doadora, o que irá garantir a construção do nosso Complexo Turístico de Santa Luzia. A previsão é que as obras sejam iniciadas em agosto”, afirmou Silveira, em 2015.
a comissão
a comissão especial era composta por representantes da Diocese de Santa Luzia, dos Poderes Públicos (executivo e legislativo) e da sociedade civil.
Padre Flávio augusto Forte, vigário geral da Diocese de Mossoró, padre Charles Lamartine, vice-diretor do Colégio Diocesano de Santa Luzia, e Alexandre Magno Fernandes de Queiroz, assessor jurídico da Diocese de Santa Luzia de Mossoró, representavam a Diocese à época. O Legislativo era representado pelos então vereadores Izabel Montenegro, Flávio Tácito e Sebastião Nacízio.
a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Agricultura e Turismo, Secretaria Municipal de Infraestrutura, Meio Ambiente, Urbanismo e Serviços Urbanos, Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito e Secretaria do Gabinete do Prefeito representavam o poder executivo.
a Loja maçônica 24 de Julho, Trade Turístico e Câmara de Dirigentes Lojistas de Mossoró (CDL) integravam a representação da sociedade civil na comissão.
CÉSar SaNToS
QUE TUA FALA SEJA A TUa PrÁTICa
Na discussão acalorada sobre a luta dos professores e professoras pela implantação do novo piso salarial, há uma tentativa de colocar no mesmo pacote as gestões do prefeito Allyson Bezerra (PT) e da governadora Fátima Bezerra (PT), quando, na verdade, existe uma grande diferente. Veja:
1 - O prefeito nega o cumprimento da lei federal 11.738/2008; a governadora negocia o pagamento dos 14,95% com os professores e professoras.
2 – O prefeito usa a propaganda oficial para criar a narrativa que os professores e professoras estão errados (as); a governadora afirma que o piso é lei federal, que deve ser cumprido, mas que o estado só pode aplicar de forma parcelada.
Aliás, na sexta-feira, 10, foi realizada mais uma reunião entre representantes do Governo do Estado e do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (SIN-
TE-RN), quando foi apresentada nova proposta de pagamento do piso. Confira:
- Implementar de forma imediata os 14,95% para todos os professores e professoras que estão abaixo da tabela salarial do Piso, já com efeito retroativo a janeiro.
- Para os demais, implantar na carreira em duas parcelas, nos meses de maio (7,21%) e dezembro (7,22%) deste ano.
- Pagar em 8 meses, de maio a dezembro 2024, o retroativo dos 14,95% acumulado entre janeiro e maio, mais o retroativo dos 7,22% acumulado entre maio e novembro de 2023.
A proposta será avaliada em assembleia da categoria marcada para terçafeira, 14.
Portanto, como se pode observar, o prefeito Allyson trata os professores de uma forma desrespeitosa, enquanto a governadora estabelece uma mesa de negociação com diálogo e respeito.
A greve é um instrumento legal do trabalhador na luta por seus direitos. Cabe ao gestor buscar soluções. No caso do piso salarial dos professores, a lei deve ser
aLDEmIr FrEIrE Secretário do Planejamento do RN sobre a compensação de R$ 260 milhões que o estado receberá da União

SEm BoLETIm TÚNEL Do TEmPo
A Secretaria de Saúde do RN deixou de emitir os boletins diários com os números da Covid19. Segue a orientação do Ministério da Saúde, que também suspendeu o informativo. A informação, não oficial, é que a ideia é apresentar balanço a cada 30 dias. Com isso, o Jornal de Fato encerra a publicação do "boletim Covid", que era publicado desde o início da pandemia, em 2020.
Nesta data, em 2012, nascia o primeiro bebê no Hospital da Mulher de Mossoró "Parteira Maria Correia", na época instalado pelo governo Rosalba Ciarlini na antiga sede da Unimed, no bairro Nova Betânia. A estudante Alany Amorim, de apenas 21 anos, ganhava o pequeno Caio Vitor, hoje com 11 anos. O hospital havia sido inaugurado três dias antes, no dia 9 de março.
respeitada. A forma como a lei será cumprida cabe a negociação entre as partes envolvidas.
O prefeito Allyson optou pela imposição, punho de ferro, para mostrar que é o “tampa”. Disse que não implantaria o novo piso salarial, vendendo a versão, flácida, que o município respeita a lei. Em algum momento, Allyson vai ter que sair da bolha para cumprir o seu dever. Ou, apostar que ele tudo pode, o que é um grave erro.
Aliás, esticar a greve dos professores, que já prejudica mais de 8 mil alunos da rede municipal, terá consequências aos planos do gestor que tentar usar a Educação para sustentar a imagem de bom prefeito. Não existe a propagada “Cidade Educação” com professores desrespeitados, insultados e agredidos pelas redes sociais. Cada vez que isso acontece, o gestor do momento desce degraus. Sempre foi assim e assim continuará.
“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”, ensinou o educador Paulo Freire.
A atriz e produtora cultural mossoroense Joriana Pontes é a nova secretária de Cultura de Areia Branca. Sem dúvida, Joriana fará um grande trabalho pelas artes da salinésia.
Nesta segunda-feira, 13, completa 15 anos que Mossoró ganhava o Ambulatório Materno Infantil (AMI), com sede na antiga Samec, para reforçar a saúde de mães e bebês. Obra da primeira gestão da ex-prefeita Fafá Rosado.
AdelegadaLarissaFreitasCarlosPerdigãoassumeasuperintendência da Polícia Federal no RN nesta terça-feira, 14, sucedendo o colega Luiz Carlos Nóbrega. A delegada e professora é potiguar, formada em Direito nos bancos da UFRN.
Os clientes em dívida com a Caern têm até hoje para negociar os débitos - anteriores a dezembro de 2022 - em condições especiais.
O parcelamento do saldo devedor pode ser feito em até 60 meses.
Faça contato via aplicativo da empresa.
Aberto novo lote para o TBT do Wesley Safadão, basta acessar o virtualticket.com.br. O festão vai ser no dia 15 de abril no Porcino Park, com participações de Raí Saia Rodada e Taty Girl.
GroSSoS
A prefeita de Grossos, Cinthia Sonale, anunciou o pagamento do novo piso salarial dos professores, com reajuste de 14,95%. No ano passado, também aplicou o piso com reajuste de 33,24%. Em Grossos, não há questionamento da lei, mas, sim, valorização do professor.
"LaGarTIXa"
O pleno do TSE decide nesta terça-feira, 14, se Wendel Lagartixa terá direito ao mandato de deputado estadual. Os ministros apreciam o processo em que Lagartixa foi impedido de ser diplomado e empossado. O voto do relator Ricardo Lewandowski é contra o candidato campeão de votos em 2022, com 88.265 votos (4,69%).
UBaLDo
O registro de candidatura de Largatixa foi questionado pelo MP Eleitoral, em razão de uma condenação por porte ilegal de arma em 2019. O TRE-RN deferiu o registro, mas o ministro Lewandowski reformou a decisão. O beneficiado foi o deputado Ubaldo Fernandes (PSDB), que ficou com o mandato.
GaSoLINa Cara
O preço médio do litro da gasolina subiu 6,09% na última semana, pós reoneração dos combustíveis. Segundo a ANP, o preço atual tem uma média nacional de R$ 5,57. A Receita Federal informou que a reoneração parcial dos impostos terá validade de quatro meses.
OMinistério Público junto ao Tribunal de Contas da União (MPTCU) pediu ao ministro Augusto Nardes, do TCU, que reconsidere sua própria decisão e determine a obrigação do expresidente da República Jair Bolsonaro devolver à União, em até cinco dias, parte das joias que, supostamente, lhe foram enviadas de presente por representantes do governo da Arábia Saudita.
O recurso que o subprocurador-geral do MPTCU, Lucas Furtado, enviou na noite desta sexta-feira, 10, ao ministro é uma reação à decisão de Nardes, que, na quinta, 9, nomeou Bolsonaro como “fiel depositário” das joias milionárias até que o TCU conclua a análise dos indícios de irregularidades e dê a palavra final sobre qual a destinação adequada para as joias.
Na decisão, tornada pública na noite desta quintafeira, Nardes determina que Bolsonaro não poderá usar, dispor ou vender nenhuma das joias, devendo preserválas intactas. Para o ministro, embora muitas perguntas sigam sem respostas, já há “indícios de irregularidades afetos à tentativa de entrada no país de joias e relógio no valor total de 3 milhões de euros” (cerca de R$ 16,5 milhões de reais pelo câmbio atual).
O valor citado pelo ministro Augusto Nardes diz respeito apenas à avaliação do conjunto de joias femininas (um colar, um anel, um reló-
gio e um par de brincos de diamantes) que agentes da Receita Federal apreenderam em outubro de 2021, ao inspecionar a bagagem de um então assessor do Ministério de Minas e Energia que integrava a comitiva que acompanhou o ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque em uma viagem oficial à Arábia Saudita.
Há ainda um segundo kit, este contendo joias masculinas (um relógio de pulso; um par de abotoaduras; uma caneta; um anel e uma espécie de terço - uma masbaha), cujo valor ainda é incerto. Ao contrário do conjunto femi-
nino, as joias masculinas não foram identificadas no momento em que o ex-ministro Bento Albuquerque e seus assessores chegaram ao país, tendo ingressado irregularmente no país, já que não foram declaradas.
DEFESa
Desde a última terçafeira , 7, a Agência Brasil vem questionando o Palácio do Planalto, o Ministério de Minas e Energia e pessoas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o atual paradeiro das joias masculinas, mas até o momento, não obteve informações precisas, oficiais. Conforme
a Agência Brasil noticiou, documentos indicam que, em 29 de novembro de 2022, ou seja, mais de um ano após a comitiva de Albuquerque trazer as joias ao país, um representante do ministério enfim entregou o kit masculino ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica, órgão da Presidência da República responsável por, entre outras coisas, analisar os presentes recebidos por autoridades brasileiras e dizer se tratam de objetos de uso pessoal ou destinados ao Estado brasileiro em função do valor histórico, cultural e financeiro.
mP pede que Bolsonaro seja obrigado a destinar joias ao acervo público
É NoTÍCIa
Não compensa todas as perdas, mas foi satisfatório”
aprovado
& concessionárias vão ter que combater o desperdício de água
>> De acordo com o projeto, as companhias também terão que aproveitar as águas cinzas e de chuvas
Otto Alencar (PSD-BA), que apresentou apenas emendas de redação.
cartadas pelas residências por pias, ralos, máquinas de lavar e chuveiros, exceto as usadas nos vasos sanitários.
Concessionárias de água e esgoto terão de prevenir o desperdício de água e aproveitar as águas cinzas e de chuva. É o que determina o Projeto de Lei (PL) 175/2020, aprovado pelo Plenário do Senado, e que agora segue à sanção presidencial.
O PL foi apresentado em 2012 pelo então deputado Laércio Oliveira (PP-SE), agora no mandato de senador. A matéria foi aprovada na Comissão de Meio Ambiente do Senado, em dezembro de 2021, com parecer favorável do relator, senador
A proposta altera a Lei do Saneamento Básico (Lei 11.445, de 2007) ao obrigar as empresas a corrigir as falhas, para evitar vazamentos e perdas; aumentar a eficiência e fiscalizar o sistema de distribuição para combater as ligações irregulares.
Caberá à União estimular o uso das águas pluviais e de águas servidas, especialmente as águas cinzas, resultados de processos como lavagem de louça e roupa, uso de chuveiro, paisagismo, e as utilizadas em atividades, agrícolas, florestais e industriais. As águas cinzas são aquelas des-
A proposta é de que as águas da chuva e cinzas sejam destinadas às atividades que exijam menor qualidade, que servirão a usos como irrigação de jardins; lavagem de calçadas; pisos e veículos e também à manutenção de lagos artificiais e chafarizes de parques, praças e jardins.
“Além disso, a medida favorece o controle da poluição de córregos, rios e lagos; promove a preservação dos mananciais hídricos e auxilia no combate à possibilidade de inundações”, afirmou o senador Laércio.
O autor do PL 175 também lembrou que o aumento da população e do consumo doméstico industrial, as mudanças climáticas, a redução no nível das águas de rios e lagos, a poluição dos mananciais e a alteração do regime de chuvas, são hoje realidades incontornáveis.
“O racionamento já faz parte do dia a dia de inúmeras localidades brasileiras, e o aumento da oferta de água requer o uso de novas fontes, que estão cada vez mais raras e mais distantes. O reaproveitamento das águas pluviais e das águas servidas é a estratégia mais indicada para o aumento da demanda”, defendeu.

crispinianoneto@gmail.com
Ocolunista Carlos Henrique do site A Postagem lança em artigo a mais perfeita análise dos primeiros setenta dias de governo de Lula. Vejamos: Lula está fazendo um governo cósmico, e isso está muito além de uma questão de estilo, porque tudo tem um íntima harmonia com as necessidades do povo brasileiro.

Não é sem motivos que temos dificuldade até mesmo de enumerar quantas instituições internacionais e chefes de Estado saudaram a volta do Brasil ao cenário global como um dos grandes atores, por conta de Lula.
E o que se lê de uns dias para cá, no colunismo de direita brasileiro sobre o sucesso diário de Lula conquistado em tão pouco tempo?
Que Lula, imagina isso, está errando muito em sua política internacional. Tal piada pronta tem uma grande questão de fundo, negar o sucesso indiscutível dos 70 primeiros dias de governo.
Incapaz de se contrapor a tudo o que já foi feito por Lula nesse curto período, a direita encontra-se totalmente atordoada, sem poder confessar tal sucesso, ao mesmo tempo em que não consegue elaborar uma crítica que seja ao menos ouvida pela população.
O caso do deputado federal Nikolas Ferreira é bem emblemático:
A fala transfóbica de Nikolas, que agora diz que foi em defesa das mulheres, é pura misoginia bolsonarista. Ele, na verdade quis se contrapor a Lula que assinou, no mesmo dia, o decreto que institui a lei de igualdade salarial entre mulheres e homens.
Nikolas jogou com o cinismo dizendo que, na realidade, as mulheres querem igualdade salarial, mas não reclamam das mulheres trans que “disputam com elas”. O sujeito é um imbecil como qualquer bolsonarista misógino e transfóbico.
Na verdade, a fiscalização da direita ao governo Lula seria para lhe criar embaraços, mas como em tão pouco tempo ele coleciona uma quantidade inimaginável de acertos, reconhecidamente positivos para a sociedade, não há como a oposição criticá-lo de forma minimamente honesta.
Então, essa gente vai criando vendavais retóricos, burros, chucros, de uma incompetência inacreditável, tendo o que merece, o desprezo da sociedade pelo que fala.
Volume total de água desperdiçada corresponde hoje a 6,5 bilhões de metros cúbicos
País desperdiça 6,5 bilhões de metros cúbicos de água
O volume total de água desperdiçada corresponde hoje a 6,5 bilhões de metros cúbicos, segundo o senador Laércio, o equivalente a sete vezes a capacidade do Sistema Cantareira, o maior na destinação de captação e tratamento de água da Grande São Paulo.
De acordo com o relator, senador Otto Alencar, a perda de água tratada no Brasil é muito grande e “o quadro é ainda mais preocupante porque a maior parte das empresas não mede as perdas de água de maneira consistente, já que não são divulgados indicadores que reflitam de
maneira independente as perdas físicas e comerciais”.
“É esse um dos primeiros pontos que a proposição visa atacar. O outro flanco aborda a economia de água, por meio do aproveitamento das águas pluviais e do reuso das águas. É preciso reconhecer que a Política Federal de Saneamento Básico, prevista na Lei 11.445, de 2007, avançou muito pouco em relação ao reuso de efluentes sanitários e ao aproveitamento de águas de chuva. A única menção no âmbito dessa política é feita genericamente, enquanto diretriz, mas sem se especificar o meio como
se dará o fomento a essas ações”, disse Otto
engajamento
O senador Esperidião Amin (PP-SC) considerou o projeto de “inestimável valor pedagógico”, visto que o recurso da água existente e disponível, tratada ou não, é finito. O desperdício, o mau uso, a restrição à reutilização fazem parte de um passado que ignorava os mais elementares preceitos de sustentabilidade.
Pela Bancada Feminina, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) fez seu encaminhamento favorável à matéria. Ela lembrou que o Brasil é uma nação privilegiada, com um lençol freático significativo, com uma riqueza do ponto de vista hídrico
muito importante, mas com “um desperdício intolerante”, com o percentual de perda na ordem de 39,02%.
O senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) destacou a importância da ciência e da tecnologia para evitar o desperdício, ao citar projetos em alguns locais do país que já alcançam resultados. Ele propôs o engajamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) em novos projetos de reuso e melhor aproveitamento da água.
Cid Gomes (PDT-CE) também afirmou que o estado do Ceará, pela necessidade, já vem adotando medidas nessa linha, inclusive com projeto de dessanilização de águas.
agora tem as provas
O tuiteiro Pedro Ronchi disse: “Ah, mas o Lula também roubou presentes doados. Amigo, durante cinco anos a Lava Jato investigou até o tablet do neto do Lula e não achou nada. Já o roubo do Bolsonaro tem vídeo, fotos, mensagens, ofícios e depoimentos que comprovam”.
moro apoia bandido
O mesmo Sérgio Moro que foi pintado como paladino da moralidade, deixou seis carros de luxo com a família do ladrão Eduardo Cunha. Agora, o novo juiz da Lava Jato obrigou o cafajeste a devolver os carrões.
bolsonaro cometeu crime
Nada inocente a tentativa de legalização das joias da Arábia Saudita como presente ao Estado brasileiro. Servidora do Planalto disse à Polícia Federal que recebeu ordem para lançar antecipadamente joias no acervo pessoal de Bolsonaro e, em seguida, para excluir do sistema. Motivo: a operação para resgate das joias havia fracassado. Ela entregou o áudio que recebeu com a solicitação. A ação criminosa de Bolsonaro está mais que comprovada. Resta a Justiça agir.
Lula segue em seu galope enquanto os cães fascistas ladram
escola inclusiva deve considerar experiência de vida, diz educadora

>> Para a professora Teresa Mantoan, distância entre conteúdo e cotidiano dificulta aprendizado

Aescola especial não faz mais sentido de existir para Teresa Mantoan. Professora há mais de seis décadas, ela trabalha para sensibilizar a sociedade sobre a importância da construção de uma única escola que inclua todos os alunos, com deficiências ou não. Em entrevista exclusiva à Agência Brasil, a docente mostra como é possível pensar a educação inclusiva no país.
“Sou professora desde 1961 e ocorre que o meu jeito de ensinar é muito próprio, não me alinho a nenhum método educacional, nenhuma didática es -
Brasil deve incluir todos de 4 a 17 anos na escola
Por lei, pelo Plano Nacional de Educação (PNE), o Brasil deve incluir todos os estudantes de 4 a 17 anos na escola. Os estudantes com necessidades especiais devem ser matriculados preferencialmente em classes comuns. Para isso, o Brasil deve garantir todo o sistema educacional inclusivo, salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.

“O Brasil, pela Constituição Federal e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), é um país genuinamente inclusivo e, no entanto, a educação inclusiva não considerava tudo isso e mantinha certos alunos em escolas especiais e instituições especiais”, criticou.
“estar Com”
No início de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revogou decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro que incentivou, em 2020, a criação de classes especializadas em escolas regulares e escolas próprias para pessoas com deficiência. Na prática, o dispositivo abria caminho para a criação de escolas especiais para alunos com deficiência e aulas separadas, sem convivência com as outras crianças. A medida já havia sido suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no mesmo ano,
após questionamento da ação. “Temos uma clareza muito grande do que é inclusão. Inclusão é ‘estar com’, não é estar junto. Junto a gente pode estar em toda parte, mas ‘estar com’ significa compartilhar, colaborar, cooperar, principalmente conviver. A inclusão não é estar do lado, à frente do outro. É estar com o outro e isso é muito difícil nas escolas do jeito como o governo tem agido, a partir de toda essa discussão feita de 2010 até 2022. Os professores e as redes de ensino faziam interpretações, e ainda fazem, muito diferentes do texto da política”, disse.
Na avaliação da professora, ainda há um entendimento distorcido sobre o que é inclusão dentro da própria escola.
“A inclusão implica mudança do modo como conceber, realizar e avaliar o ensino. Na concepção atual, a inclusão dos alunos da educação especial é muito complicada porque eles fogem do modelo [padrão]. Por outro lado, os pais das pessoas com deficiência se veem numa situação muito difícil, de fazer com que os professores tenham uma visão do filho deles como pessoas que não se encaixam em um modelo”, observou. “Os pais querem que seus filhos sejam vistos como pessoas e não [apenas] como ‘pessoas com deficiência’”.
pecífica. Eu acredito que as pessoas tendem para o conhecimento porque todos nós precisamos resolver problemas desde pequenos. O conhecimento é uma forma de a gente poder se ver cada vez melhor e criar situações que levem avanços ao conhecimento de todos”, afirmou a professora.
Segundo Mantoan, sua própria história de vida como uma aluna desinteressada na infância a motivou a buscar caminhos diferentes da metodologia de ensino convencional.
“Eu sempre tive essa ideia porque desde criança fui aluna nota zero. Eu nunca consegui, na escola, ter um bom aproveitamento,
Formação deficiente
Atualmente, Teresa Mantoan lidera o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença (Leped) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), criado em 1996 para ampliar as pesquisas na área de educação inclusiva. Para a professora, a formação atual ainda não capacita adequadamente docentes para uma educação de fato inclusiva.
“A própria formação das universidades deixa muito a
desejar, o pedagogo é malformado. Ao pedagogo se ensina a didática da matemática, da língua portuguesa, e isso não existe. Estamos em uma educação pós-moderna, o mundo é outro”, disse. “Ensinar não é simplesmente transmitir conteúdos, conhecimentos que não tenham gancho anterior na experiência da criança, que não tenham sentido para ela. Os conteúdos não funcionam como fim da aprendizagem.
como eles diziam, porque não via utilidade naquilo que era ensinado. Quando eu perguntava [sobre] alguma coisa em que tinha interesse, que dizia respeito às disciplinas, eu era podada. Em matemática, língua portuguesa, história, os professores diziam: ‘olha, você precisa saber isso agora’, e eu me sentia desprestigiada e sem vontade de continuar estudando uma coisa que já sabia. Como professora, fui a mesma coisa”, contou.
Para Teresa Mantoan, a distância entre os conteúdos e o cotidiano dos alunos torna mais difícil o aprendizado das crianças. Segundo a professora, o sistema atual é baseado na simples repro-
dução de um modelo e impede a capacidade reflexiva do estudante.
“Quando me formei como normalista, em 1960, fui, no ano seguinte, trabalhar em uma escola seriada, e as crianças já precisavam ter habilidades e competências para cursar determinado ano ou disciplina. Mas isso não vale. O que vale é aquilo que as crianças já viveram de experiências, e elas querem saber mais do que está previsto nas atividades curriculares. Todos somos curiosos, mas deixamos de ser porque a escola nos impinge conhecimento que – a meu ver – destrói a capacidade de conhecer, de recriar o conhecimento”, acrescentou.
Professora teresa m antoan: “ e u nunca consegui, na escola, ter um bom aproveitamento”
O conteúdo tem que ser um meio para que o aluno possa entender melhor o que o conteúdo quer dizer”, completou.
Autora do livro A escola que queremos para todos, a professora defende que a educação não seja apenas reprodução de conteúdos programáticos, dividindo alunos por conhecimentos decorados.
“[A escola que defendo] é aquela em que alunos e professores vão experimentar o mundo a partir de conteúdos
dos currículos, mas sem uma preocupação de que todos aprendam e tenham as mesmas capacidades de respostas e interesses. A escola difícil é essa [atual] que dribla para o que ela mesma quer, não o que é de interesse do aluno. Na prática, é fazer com que os professores e, principalmente, quem coordena as políticas educacionais entendam que estudar não é decorar conteúdo, muito menos ter as mesmas capacidades, pois elas variam entre as pessoas”, argumentou.
Em três anos de pandemia de covid, ciência e vírus evoluíram
>> OM s contabiliza 759 milhões de casos e 6,8 milhões de mortes
Desde que a pandemia de covid-19 começou, em 11 de março de 2020, o sucesso de novas estratégias na contenção do coronavírus SARS-CoV-2 e as mutações que deram a ele maior capacidade de transmissão moldaram altos e baixos que criaram ondas, picos e momentos de relaxamento e tranquilidade.
Nestes três anos, o coronavírus descoberto em Wuhan, na China, já causou 759 milhões de casos de covid-19, que provocaram 6,8 milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Cerca de 65% da população mundial está vacinada com duas doses, e 30% receberam doses de reforço. Esses percentuais, porém, escondem desigualdades: enquanto Américas, Europa e Leste da Ásia estão perto dessa média ou acima dela, menos de 30% da população da África recebeu duas doses da vacinas. No Brasil, os óbitos se aproximam dos 700 mil, em um universo de 37 milhões de casos já diagnosticados. Apesar de a pandemia não causar mais o colapso de unidades de saúde, ela ainda faz vítimas: foram 330 na última semana epidemiológica, segundo dados do DataSUS, o que mostra que ainda é necessária atenção à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento da doença.
No que diz respeito à vacinação, o Brasil possui uma cobertura acima da média do mundo e das Américas, com 82% da população com o esquema primário completo e 58% com ao menos uma dose de reforço, segundo dados do painel Monitora Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A maior parte dessas doses aplicadas é de vacinas de terceira geração, com as tecnologias de vetor viral e RNA mensageiro, uma inovação posta em prática em massa pela primeira vez com a pandemia de covid19 e acrescentada ao arsenal da ciência contra futuras ameaças de saúde pública.
marCos QuE moLDaram a PaNDEmIa Ao contar a história da pandemia, o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alberto Chebabo, destaca que há muitas formas de dividi-la, e um dos principais marcos temporais que se pode apontar é antes e depois da vacinação.
“Em 2020, a gente não tinha vacina, e, em 2021, a gente começou a vacinar muito lentamente no primeiro semestre. Foi o período em que a gente teve o maior número de mortes e a maior demanda por leitos hospitalares”, lembra. “A partir do segundo semestre 2021, quando a gente consegue avançar na vacinação, há uma mudança de característica da doença, que passa a ter uma gravidade muito menor do que foi durante esse primeiro
período, com uma redução importante de mortalidade e no impacto sobre a rede hospitalar.”
O infectologista acrescenta que as mudanças do próprio vírus são outra variável que moldou essa história. A partir de 2021, as va riantes do coronavírus, especialmente a Gamma e a Delta, trouxeram um grande aumento de casos no Brasil, que se tornou ainda mais expressivo em 2022, com a chegada da Ômicron. Além de o vírus se disseminar mais rápido, os testes se tornaram mais acessíveis, o que também ajudou a elevar o número de diagnósticos de covid-19, que antes estavam restritos a casos de maior gravidade.

“Uma terceira forma de dividir é que a gente teve, a partir do final de 2022 e início de 2023, a possibilidade de ter medicamentos
Maior colapso sanitário e hospitalar
O virologista da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca conta que, assim como a agilidade e articulação dos pesquisadores, a capacidade de transmissão do coronavírus foi crucial para determinar as diferentes fases da pandemia. Desde sua descoberta, no fim de 2019, o vírus impressionou pesquisadores com seu potencial de disseminação, chegando a todos os continentes em poucos meses. Conforme o número de infectados cresceu, aumentou também a pressão seletiva sobre o vírus, que sofreu mutações para escapar do sistema imunológico das pessoas já infectadas e continuar se multiplicando.
“As variantes que tiveram maior sucesso e suas linhagens, ou eram mais transmissíveis, ou escapavam mais do sistema imunológico, ou as duas coisas”, define Naveca, que liderou o grupo responsável pelo sequenciamento da variante Gamma, no Amazonas, causadora do pior momento da pandemia no Brasil.
Foi a variante Gamma que causou as infecções durante o colapso hospitalar no Amazonas em janeiro e se espalhou no país nos meses seguintes a ponto de lotar hospitais em todas as regiões ao mesmo tempo. Menos de 15% da população estava vacinada com a primeira
dose naquele momento, e o Brasil chegou a ter mais de 3 mil mortes por dia entre março e abril de 2021, quando enfrentou o maior colapso sanitário e hospitalar de sua história, segundo o Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz.
Desde 2022, entretanto, as descendentes da variante Ômicron dominam o cenário epidemiológico. “Do vírus ancestral à Ômicron foi um salto muito grande. Inclusive, algumas teorias sugerem que esse vírus ficou evoluindo de uma maneira silenciosa em alguns países com menor vigilância. Pode ser que ela tenha circulado de maneira si -
incorporados ao SUS para que a gente possa tratar os casos com pior resposta à vacina”, diz Chebabo. “Apesar de a gente querer um tratamento precoce, rápido e específico para a doença, a gente demorou a achar. Precisou ter um desenvolvimento de novas drogas antivirais e anti-inflamatórias para que a gente pudesse ter a possibilidade de tratar precocemente a doença. Medicações que foram advogadas como salvadoras, como a cloroquina e a ivermectina, realmente não tinham nenhuma função.”
O conhecimento sobre o vírus, explica o pesquisador, foi outro ponto importante que reduziu a mortalidade da doença. Ainda no primeiro ano da pandemia, a descoberta de como manejar os casos de falta de oxigenação no sangue per-
lenciosa no continente africano, e quando se detecta a Ômicron, ela já era muito diferente de todas as que a gente conhecia.”
O sucesso da variante Ômicron em escapar da imunidade faz dela um marco na pandemia, na visão do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, que concorda que o outro grande marco é a proteção coletiva obtida com as vacinas, a partir de 2021.
“A gente tem três momentos na pandemia. Um momento sem vacina; um momento com vacina antes da Ômicron, em que a proteção era mais elevada, inclusive contra as formas leves da doença; e um momento pós-Ômicron,
Fiocruz), Marilda Siqueira, destaca que a colaboração de cientistas de diferentes áreas se deu de forma acelerada durante a pandemia, e esse foi um fator fundamental ao longo da emergência sanitária. O laboratório chefiado pela virologista foi referência da OMS no continente americano e também participou do desenvolvimento de testes diagnósticos em tempo recorde.
mitiu um tratamento clínico mais eficaz nas unidades de terapia intensiva (UTIs). A própria caracterização da covid-19 como doença respiratória mudou ao longo do tempo.
“A gente aprendeu o espectro todo da doença. Não é uma doença apenas com um quadro respiratório agudo, é uma doença com quadros muito mais amplos, com quadros cardiovasculares, com risco de trombose, e com a covid longa. Também tem impactos a médio e longo prazo”, explica ele, que cita mudanças neurológicas e também sequelas pulmonares como condições pós-covid que podem necessitar de tratamento especializado.
A chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/
em que a perda da proteção contra as formas leves aconteceu, mas foi conservada a proteção contra as formas graves da doença. Hoje, os vaci -
“Assim que a OMS disse que se tratava de um coronavírus, um laboratório em Berlim disponibilizou o desenho de como seria o teste diagnóstico PCR. Então, BioManguinhos contactou nosso laboratório e, em colaboração conosco, produziu em menos de um mês um kit diagnóstico. Com coordenação do Ministério da Saúde, fizemos um treinamento de todos os laboratórios centrais de Saúde Pública [Lacens], e, em 18 de março, os 27 estados brasileiros já estavam com um profissional treinado e com kit para diagnóstico de SARS-CoV-2. Poucos países conseguiram isso, que foi fruto de investimentos de décadas do Ministério da Saúde e Ciência e Tecnologia em Bio-Manguinhos”, conta ela.
Da mesma forma que os testes, a pesquisadora explica que as vacinas também foram fruto de investimentos e esforços cumulativos, o que desmonta a falácia de que foram produzidas “rápido demais”. “Isso aconteceu em um curto espaço de tempo porque já vínhamos com experiências e conhecimento científico acumulado de décadas. Imagina se a introdução do coronavírus tivesse sido há um século, como aconteceu com a gripe espanhola. Teria sido arrasador, porque as ferramentas não estavam naquele momento prontas como estavam neste momento, em 2020. O uso dessas ferramentas que a humanidade vem desenvolvendo foram pontos cruciais para diminuir o impacto da pandemia em um ano.”
nados continuam muito bem protegidos dos desfechos mais graves, mas não conseguem estar protegidos contra a infecção.”
ALUGA-SE CONSULTÓRIO MÉDICO
Aluga-se Consultório Médico, localizado à Rua Juvenal Lamartine, 807, Mossoró – RN, por meio período que vai das 12h às 18h, todo mobilhado e com frigobar. Indicado para Clínico Geral – Gastro ou Proctologia.
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Mossoró (rN), doMiNgo, 12 de março de 2023
ação SolIdárIa


ação Solidária beneficia o Instituto ampara
>> Ação promovida pela empresa San Paolo reverterá toda a renda da venda de um dos produtos para a instituição voltada para a causa animal
Uma ação beneficente, promovida pela empresa San Paolo, vai beneficiar a Associação Mossoroense de Proteção Animal e Responsabilidade Ambiental (Instituto Ampara), instituição sem fins lucrativos que atua em prol da causa animal, em Mossoró. A ação ocorre na próxima terça-feira, 14, e consiste na doação do valor arrecadado com a venda de um dos produtos do local para o Instituto.
A parceria foi firmada após o representante da unidade, em Mossoró, visitar a instituição e se solidarizar com a causa. Com isso, no dia 14 de março, quem comprar o gelato semplice picollo (120 g) entre as 14h e 21h pagará apenas R$ 2 pelo produto. Todo o valor arrecadado com essa ação será repassado para o instituto, que vem passando por grandes problemas financeiros nos últimos tempos.
O Instituto Ampara é uma Organização Não Governamental, que funciona desde o ano de 2017. Tem o trabalho totalmente voltado para a proteção e cuidado animal e, durante o tempo de funcionamento, já ajudou mais de 3 mil animais com doenças graves, que sofreram agressão ou acidentes.
Além desse trabalho com os próprios animais, os voluntários do local realizam, frequentemente,
mais de 3 mil animais que corriam risco de vida
atividades de conscientização da causa animal na cidade de Mossoró. Foi devido a todo esse trabalho que Edson Araújo, representante da unidade San Paolo de Mossoró, decidiu criar a ação e garantir
Gelateria fica localizada na Avenida
João da Escóssia
A San Paolo realiza essa ação para marcar a chegada das suas novas lojas, uma
tradição de comprometimento com a responsabilidade social e uma forma de
a possibilidade de melhorias para o local, com o valor que for arrecadado.
“Para nós que fazemos a San Paolo Mossoró é muito importante contribuir com o desenvolvimento de projetos sociais que deixem
retribuir o acolhimento que o público tem com a marca. Em Mossoró, a San Paolo fica localizada no piso térreo do Oitava Rosado Mall, na Av. João da Escóssia.
Fundada em junho de 2012, na cidade de Fortaleza (CE), a empresa nasce com um conceito diferen-

um legado para a cidade. Desde que conhecemos o trabalho do Instituto Ampara que estamos emocionados e queremos incentivar para que essa parceria cresça cada vez mais”, disse Edson Araújo.
Atualmente, o Instituto Ampara presta um serviço à sociedade por meio do abrigo que acolhe mais de 60 animais e também por meio da Clínica Veterinária, a primeira Clínica Veterinária Filantrópica do

Rio Grande do Norte, que oferece atendimento médico veterinário a baixo custo, onde todo o valor é integralmente revertido para a manutenção dos serviços.
A Instituição é mantida com ajuda de padrinhos e madrinhas que fazem doações mensais a partir de R$ 10,00 e outras doações como de rações e material limpeza. Recentemente, o Instituto Ampara conseguiu se cadastrar no Nota Potiguar para que nos próximos meses também possa ser beneficiado pelo programa por meio do CPF na Nota.
Desde o ano passado, o Abrigo aguarda o pagamento das emendas impositivas municipais, destinadas por alguns vereadores no orçamento de 2022, porém a Prefeitura ainda não fez o primeiro repasse do recurso, que era para ter sido liberado desde 31 de dezembro de 2022, e nem deu uma previsão de pagamento.
“As emendas destinadas pelos vereadores e não pagas pela Prefeitura em 2022 são de, aproximadamente, R$ 60 mil. Bom pontuar que a prefeitura tinha o prazo de até 31 de dezembro de 2022 para repassar as emendas. O repasse ajudaria a pagar as dívidas que o Instituto tem nas clínicas e hospitais veterinários, assim como garantir alimentação e tratamento médico veterinário dos animais. No abrigo, temos animais que farão tratamento pelo resto da vida, como os que têm leishmaniose. Além de algumas obras necessárias no abrigo”, informa a instituição.
Já a Clínica Veterinária recebeu pela primeira vez recurso público esse ano, por meio do Deputado Estadual Souza, para a abertura do centro cirúrgico. Os equipamentos estão sendo comprados e em breve a clínica lançará novos serviços à população.
ciado de oferecer experiência do mais puro gelato feito de forma artesanal e com sabor acentuado. Com o investimento contínuo em inovação e tecnologia, desde 2015 a empresa vem expandindo por várias regiões do país, estando presente em 9 estados do Brasil:
Ceará, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pará, Maranhão e Piauí.
A San Paolo é uma empresa referência na área, tanto para clientes como para importantes premiações, possuindo o Certificado de Excelência do Trip Advisor
e sendo eleita a melhor gelateria do Nordeste e a 7 ª melhor de todo Brasil. Compreendendo seu papel social e econômico, em 2022, mantém os investimentos e continua a sua expansão, levando a um público crescente, a excelência de seus serviços e produtos.
MOSSORÓ
DOMINGO, 12 DE FEVEREIRO DE 2023
coNT. dA cAPA
CONT. CAPA

Também é possível ajudar o Instituto Ampara pelo Nota Potiguar
A escola da comunidade Hipólito foi citada pelo sindicato, devido à falta de estrutura
OUTRAS PALAVRAS
JOSÉ NICODEMOS
T
aris�ida603@hotmail.com
AGRIÃO, MEL E LIMÃO
ive necessidade de ir à rua, mandar cortar o cabelo. Era manhã ainda cedo, sol camarada, então desobrigado dessa missão, deixei-me ficar um bom tempo andando, passos lentos, ali pelas ruas do comércio. O pensamento descomprometido, todo o meu ser dentro inteiramente vago. Quanta falta me faz na cidade daqui uma praça para o conforto do corpo e da alma!Aí me lembrei de que, faz pouco, passei mal, muito mal, mesmo, dias seguidos, com uma obstrução das vias respiratórias, quase sem poder respirar. Estive por pensar que tinha chegado o fim da minha existência terrena. Mas, afinal, estou aqui, vivinho de corpo e alma, a escrever estas linhas. O doutor mandou-me largar o diabo do cigarro, de imediato. Larguei-o?
O comércio comparado com o que era até há pouco tempo pareceria ter deixado de existir. Olhei o interior das lojas, grandes e pequenas, completamente vazio, se não fosse pela presença preguiçosa dos funcionários, ocupação nenhuma. Sim, fiquei triste, mas triste de não ter jeito, como no poema de Bandeira. Já disse triste de não ter jeito? Triste de não ter jeito.
E não quis ocupar o pensamento com a sensível decadência econômica da cidade, negócios e serviços – para quê, se nada, é lógico, posso fazer que venha a contribuir, o mínimo que seja, para a solução desse problema? Preferi então ocupar o pensamento com outras coisas, essas coisas banais da existência. E foi o que fiz, com algum esforço mental, é claro.
Foi quando um cheiro bom, e saudável, de plantas medicinais de repente me encheu as narinas, dilatando-as, e eu desde logo me decidi a tomar o rumo de onde ele vinha. Era de uma lojinha, dessas de uma porta só, um tanto estreita, diversas pessoas, gente simples do povo, a comprar os remédios contra seus achaques: folhas, raízes, lambedores de fabricação caseira.
Confesso que ainda não. Esse ainda não, porque tenho, sinceramente, a intenção de fazê-lo. Mas ia falando da lojinha de remédios do mato, que é como as pessoas costumam dizer. E aí me veio de logo à lembrança o remédio que minha mãe, que tinha problemas respiratórios, sempre usava, em suas crises: chá de agrião misturado com mel de abelha. Era na batata.
E como tenho medo de repetir-se aquele meu enorme sofrimento, quase sem poder respirar, o ar escasso e pesado, uma agonia medonha, cuidei logo de adquirir um bom estoque de agrião, com uma garrafinha de mel de jandaíra, sob a garantia de ser o próprio. Legítimo. O Seguro morreu de velho – não é assim que diz a máxima antiga? E estou usando o agrião.
Digo mais: com sensível melhora da respiração, apesar da teimosia do cigarro. Ia esquecendo: acrescento ao chá de agrião com mel, por conta própria, o suco de um limão. Por conta própria? Não disse bem; foi o que recomendou uma senhora, já bem entrada em anos, ao retirar-me da lojinha. Receita dos seus avós. Pois ganhei com meu passeio matinal.
JUROS PAPO EMBUSTE
A baixa dos juros nos empréstimos consignados, ora decretada pelo governo, vale apenas para os empréstimos novos, o que configura um ato de injustiça. Por que não a generalidade?
Por quê? Mais uma razão popular –nada se faz a sério neste país.

O que está pintando no governo sob Lula não é outra coisa senão a mantença da tradição governamental – o levar o povo no papo, e Lula, reconheço agora, leva jeito e carisma. Tudo à base dos governos sul-americanos. Enganei-me, presidente.

LINGUAGEM
Sem dúvida, sente-se logo, por trás do mencionado decreto presidencial, o dedo miserável do sistema bancário. E segue-se o modelo de governo ditado pelas corporações do prestígio mais alto. Somos então vítimas do embuste político.
Custo a crer ou custa-me crer? Bem, ensina a gramática normativa, e ainda hoje, que só esta última construção é que é correta. Não será tanto assim. No português dos nossos dias, pode-se dizer que se contextualizou a primeira construção, à mercê da evolução da língua, determinada, naturalmente, pelas práticas sociais. Não impede então que use esse “custo a crer”, que também admite análise perfeitamente científica. Encontramo-la amiúde nos modernos escritores de grande estilo, e nem por isso podemos acoimá-los de incorreção gramatical. Os de mais alto nome na moderna literatura brasileira, um Josué Montello, por exemplo. De onde se segue que ambas as construções – custo a crer, custa-me crer – são positivamente vernáculas. Isso, no âmbito da linguagem literária. A segunda, é verdade, tem a preferência da linguagem da ciência e documentos oficiais. Uma preferência, e só isso. É preciso então fazer-se uma revisão na gramática normativa. É que a língua evolui. Sabe-se.
>> A Nota Potiguar é uma ação do governo que oferece vantagens e prêmios a quem pede para inserir o CPF na nota fiscal
C
Nos vídeos publicados pelo sindicato, apareceriam carteiras em péssimo estado, ventiladores quebrados, paredes rachadas e com infiltração, além de matagal em muitas unidades. Algumas das unidades mostradas nos vídeos são a Creche do conjunto Geraldo Melo, escola Geraldo Leão, na comunidade Hipólito, e outras unidades da rede rural.
Para ajudar ao Instituto Ampara, o consumidor deve baixar o aplicativo Nota Potiguar, fazer o cadastro pessoal, procurar o Instituto Ampara pelo nome “Associação Mossoroense de Proteção Animal e Responsabilidade Social” e a partir disso acumular pon-
“O discurso do Mossoró Cidade Educação con-
om o retorno das aulas escolares, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum) visitou as escolas da rede municipal para averiguar a situação das mesmas, em relação à estrutura. De acordo com os vídeos e depoimentos públicos na rede social do sindicato e da vereadora Marleide Cunha, nem todas as unidades estudantis estavam aptas para retornar.tinua a anos-luz de distância da realidade encontrada na maioria das Escolas e UEIs visitadas. Destacamos que não nos traz nenhuma satisfação apresentar a dicotomia entre o discurso do prefeito e a realidade encontrada na maioria das Escolas Municipais visitadas pelo Sindiserpum”, informou o sindicato em suas redes sociais.
Associação Mossoroense de Proteção Animal e Responsabilidade Social (Instituto Ampara) entrou recentemente para a lista de Instituições cadastradas na Nota Potiguar. Além de concorrer a prêmios, agora os participantes também podem ajudar a instituição, apenas incluindo o CPF na nota fiscal.tos colocando o CPF na nota fiscal nos momentos de compra.
A Nota Potiguar é uma ação do Programa de Cidadania e Educação Fiscal do Governo do Estado do Rio Grande do Norte que oferece vantagens e prêmios a quem pede para inserir o CPF na nota fiscal. Mensalmente, a Nota Potiguar destina R$ 183 mil em dinheiro, entre premiações para os vencedores e respectivas instituições filantrópicas, que recebem o equivalente à metade do valor atribuído aos contemplados nos 45 prêmios, além de um rateio de R$ 100 mil exclusivos para essas entidades beneficentes.
O Sindiserpum faz crítica ao projeto Mossoró Cidade Educação, anunciado pelo prefeito, no qual ele informa que prevê investimentos para a educação do município, como a compra de carteiras novas, ar-condicionado para as escolas, material e fardamento escolar, entre outros benefícios. De acordo com a Prefeitura, algumas unidades ainda não receberam todos os materiais, que estão sendo entregues aos poucos pela Secretaria de Educação.

adote uma escola
o programa tem como objetivo incentivar o apadrinhamento de escolas pela iniciativa privada e por pessoas físicas
Projeto incentiva apadrinhamento de escolas pela iniciativa privada
>> Vereadores de Mossoró aprovaram projeto de lei que cria o programa. O projeto de lei segue agora para análise do Poder Executivo
e dinaldo m oreno Da Redação
Os vereadores da Câmara Municipal de Mossoró aprovaram nesta semana o projeto de lei que cria o Programa Adote uma Escola no município. O PL é de autoria do vereador professor Francisco Carlos (Avante). O projeto de lei segue agora para análise do Poder Executivo.
De acordo com o projeto, o intuito da matéria é de que as empresas e pessoas possam colaborar para a conservação e melhoria das escolas públicas do município, oferecendo serviços de forma voluntária.
“Sabemos que a legislação proíbe a intervenção simples e direta de pessoas físicas e jurídicas em equipamentos públicos, sem que exista um instrumento legal ou normativo que regulamente essa intervenção”, explica o autor do
projeto de lei, vereador Francisco Carlos (Avante).
Pelo Programa, poderão ser realizadas doações de equipamentos, realização de obras, conservação e manutenção de escolas. Todas as doações devem passar por análise da Secretaria Municipal de Educação.
“Essa lei, uma vez sancionada, facilitará a atuação de pessoas físicas, jurídicas e a sociedade civil organizada que desejem contribuir para a conservação e a manutenção das Escolas Municipais e Unidades de Educação Infantil (UEI) neste município”, destaca o parlamentar sobre a medida ser sancionada pelo Poder Executivo municipal
Para a consecução dos objetivos do Programa Adote uma Escola, o Executivo Municipal poderá firmar termos de cooperação com as pessoas físicas ou jurídicas legalmen-
te constituídas interessadas em adotar uma unidade de ensino.
“Tão logo a lei seja sancionada, a Secretaria Municipal de Educação poderá deflagrar uma campanha para incentivar potenciais interessados, especialmente empresas que desejem vincular sua marca a programas de responsabilidade social. Não há tempo determinado para que o programa seja executado”, informa Francisco Carlos sobre se há um tempo para o início dessas ações caso o Executivo sancione o projeto de lei.
“Contudo, termos de cooperação que eventualmente sejam estabelecidos, definirão o prazo em que as ações específicas de cada escola acontecerão”, frisou o vereador.

No termo de cooperação deverão constar: os objetivos, a abrangência e os limites da responsabilidade do adotante acerca da conservação e da manu-
tenção dos bens públicos adotados; o prazo de vigência da adoção; e as atribuições da pessoa física ou jurídica responsável pela adoção.
Pelo projeto de lei, a lei será regulamentada no prazo de 90 dias e entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições contrárias.
ValoriZaçÃo
Em sua justificativa, o projeto de lei enfatiza que “costuma-se dizer que a manutenção das condições físicas das escolas é de responsabilidade dos entes públicos”. De acordo com o vereador Francisco Carlos, a participação da sociedade nas escolas representa a valorização das escolas. “Possibilitará o envolvimento da sociedade de forma mais ativa no processo de ensino e aprendizagem”, declarou.
O programa tem como objetivo incentivar o apadrinhamento de escolas
pela iniciativa privada e por pessoas físicas. O objetivo do projeto é incentivar Parcerias Público-Privadas a fim de promover melhorias nas unidades escolares.
“Naturalmente, o êxito dessas parcerias depen -
dem do interesse da Secretaria de Educação em divulgar e prospectar potenciais parceiros, além da própria noção da sociedade, especialmente empresários, de que ela tem uma responsabilidade social para com a formação de nossas crianças e adolescentes e está sendo chamada para contribuir”, o vereador.
Ainda na justificativa do projeto, Francisco Carlos lembra que a participação da sociedade representa não apenas uma demonstração de apoio aos órgãos públicos, como também uma possibilidade de valorização da escola, por meio do envolvimento de diferentes atores sociais, no processo de ensino-aprendizagem.
Cidades do Sul e Sudeste já adotam medida, diz vereador
Indagado sobre o número de cidades que já adota este programa, o vereador Francisco Carlos (Avante) informou que não sabe ao certo o quantitativo de municípios com o projeto de adotar uma escola da rede púbica.
“Não sabemos ao certo quantas cidades brasileiras destolhem esse tipo de trabalho. Mas, sabemos que essas parcerias acontecem, por exemplo, em Pelotas (RS), Guarujá (SP),
Sorocaba (SP), Capivari (SP), entre outras cidades.
O projeto de lei destaca que o ambiente escolar é o local ideal para estimular o desenvolvimento de habilidades e comportamentos que contribuem para a formação das nossas crianças e adolescentes.
Ressalta ainda que a ambiência da escola é aspecto fundamental para que seus objetivos sociais sejam alcançados.
Na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), o protagonismo feminino tem crescido cada vez mais, contribuindo para a construção de uma sociedade mais igualitária e para o estímulo à equidade de gênero, em que as mulheres deixam o papel de coadjuvante e assumem o papel principal dos estudos, dos seus trabalhos, das suas vidas.

Para se ter uma ideia, dos 32 maiores cargos de gestão na Instituição, entre reitoria, vice-reitoria, pró-reitorias, assessorias e diretorias ligadas ao Gabinete, 17 são ocupados por mulheres, incluindo o mais alto cargo da Universidade. Isso significa dizer que elas estão à frente de mais da metade dos cargos de chefia, o que representa 53,1%.
Considerando somente as pró-reitorias, as mulheres são titulares em seis das sete pró-reitorias que compõem a Universidade, ou seja, 85,7%. Nas assessorias do Gabinete da Reitoria, 40% são chefiadas por elas, isto é, das cinco assessorias, duas têm liderança feminina. E nas diretorias, mais da metade, 54,5%, tem o comando feminino, onde as mulheres lideram seis das 11 diretorias.
A política de equidade de gênero implementada na gestão universitária rendeu à Uern o selo ODS Educação, certificação concedida pelo Programa da Universidade de Brasília (UnB) 2030 a unidades de ensino no país que desenvolvem projetos em prol dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. A reitora Cicília Maia recebeu, na última semana, a comenda em evento realizado em Brasília.
Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) é a luta pela igualdade de gênero, elegendo as universidades como locus fundamentais para o debate crítico e transformador em torno de desigualdades. E este é um dos outros 17 ODS da Agenda 2023 que vem sendo perseguido pela Universidade.
Cicília Maia destaca que é uma alegria receber a comenda, uma vez que representa uma ação concreta a caminho da igualdade de gênero. Ela entende que é seu papel, enquanto gestora maior de uma Universidade, levantar essa bandeira de luta por todas as formas de igualdade, e propiciar que mais mulheres ocupem cada vez mais espaços de gestão, nas funções que desejarem.
“Nós mulheres não cabemos no singular. É muito difícil segmentar as várias versões de nós, mulheres, ao desempenhar todos os papéis que nos são atribuídos. Somos a soma de vários papéis, mulher, mãe, professora, pesquisadora, gestora”, declara a reitora.
A gestora enfatiza que é missão de cada um lutar por
Além dos cargos de chefia, as mulheres têm se destacado em ações de ensino, pesquisa e extensão
eQUIdade de GÊNero
Protagonismo feminino em evidência na Uern
>> Política de equidade de gênero na gestão universitária rendeu selo ODS Educação à Universidade
uma sociedade transformadora, com maior inclusão e igualdade entre os gêneros. “Precisamos fortalecer a ideia de que o lugar da mulher é onde ela quiser. Desejo que, em um futuro próximo, a gente esteja celebrando conquistas cada vez mais significativas, em especial no que se trata de igualdade de gênero e combate à violência contra a mulher. Que a gente possa ser livre da forma como quisermos”, destacou a reitora.
Além dos cargos de chefia, as mulheres têm se destacado em ações de ensino, pesquisa e extensão, ocupando espaços na graduação, à frente de projetos de pesquisas, na direção de Programas de Pós-graduação e em ações extensionistas. Em todos os lugares na Universidade, as mulheres vêm galgando o seu lugar de direito e deixando a sua marca de qualidade.
No Sistema de Seleção Unificada (SiSU) 2023, a Uern teve 2.453 candidatos aprovados, dos quais 1.418 foram mulheres, ou seja, 58% do total. O número representa um crescimento na inserção da mulher nos cursos de graduação, quando comparado a anos anteriores. Em 2022, haviam sido 1.355 aprovadas, o que representa um crescimento de 4,6%. Já o número de homens, em contrapartida, decresceu 2,5% entre os aprovados. Foram 1.035 em 2022 e 1.062 em 2023.
Para a titular da Pró-rei-
toria de Ensino de Graduação (Proeg), professora Fernanda Abreu, os números do SiSU provam, concretamente, que “nós somos uma universidade inclusiva, includente e socialmente referenciada. Um grupo vulnerabilizado, como é o grupo das mulheres, precisa ocupar cada vez mais espaço na nossa sociedade, e a Universidade é um dos espaços mais importantes que existem, porque nós estamos construindo as mentes que gerem a nossa sociedade, dando a contribuição para a nossa vida, enquanto cidadãos, e isso é incalculável”.
Na Pesquisa e Pós-graduação, as mulheres estão fazendo bonito. Elas estão cada vez mais presentes em pesquisas, nos laboratórios, liderando estudos, com pesquisas de qualidade e de relevante impacto social.
De acordo com dados da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propeg), dos projetos do Programa de Iniciação Científica e Programa de Iniciação Tecnológica (PIBIC/PIBIT) desenvolvidos na Uern, quase metade são coordenados por elas. Dos projetos de iniciação científica e de iniciação tecnológica, 129 são coordenados por mulheres, e 131 coordenados por homens, ou seja, 49,6% dos projetos têm liderança feminina.
Com relação à participação discente, dos projetos Pibic/Pibiti da Uern, elas são maioria. Dos discentes dos cursos de graduação envol-
vidos em projetos de pesquisa na Universidade, 216 são discentes mulheres e 152 discentes masculinos.
Já se tratando de edital de fluxo contínuo, as mulheres na Uern também têm participação efetiva. Dos co-
ordenadores, são 26 docentes mulheres em pesquisas ativas, enquanto os docentes somam 34.
Na composição de servidores da Universidade, há um equilíbrio entre os gêneros. Entre os(as) docentes da Uern, há uma maior presença masculina, com 412 homens. Elas somam 360. Quando se fala em técnicosadministrativos, há quase um empate, porém há mais mulheres (335) que homens (330) trabalhando como servidores em diversas funções nos campi de Mossoró, Assú, Caicó, Natal, Patu e Pau dos Ferros.
Quando Lorena Maria ingressou na Uern e começou a passear pelos corredores do Campus Mossoró, percebeu, nas placas de formatura, uma maior presença masculina. A estudante de Direito também notou que os homens apareciam muito mais em fotografias antigas, sejam diretores de faculdade, chefes de departamento de cursos, reitores e homenageados de uma maneira geral.
Com o passar do tempo e a cada dia de vivência na graduação, tornou-se claro para a diretora da Revista Lampiar que estamos vivendo hoje, felizmente, em uma era que coloca as mulheres na centralidade das decisões. São exemplos disso a reitora atual, as pró-reitoras, as chefes de departamento, diretoras, representantes de centros acadêmicos e Diretório Central dos e das Estudantes (DCE), que ocupam os espaços de protagonismo feminino dentro da Universidade. “Espaço esse que passou anos para que pudéssemos adentrar e sermos reconhecidas como expoentes de comprometimento e competência”.
Para Estefane Maria, presidenta do DCE Anatália de Melo Alves, é inegável os avanços a partir de uma maior presença feminina nos cargos de gestão em todos os âmbitos, com mulheres em posição de liderança, o que é imprescindível, segundo a estudante, para uma Uern, de fato, socialmente referenciada.
“Mas não temos como falar em protagonismo feminino sem dizermos que ainda estamos longe do ideal. Para nós do movimento estudantil, essa é uma das pautas mais caras a ser construída e debatida na Universidade. Estamos, muitas vezes, em lugar de destaque e liderança, por exemplo, à frente de pró-reitorias, mas é preciso construir uma narrativa na qual os homens respeitem nossos cargos e atribuições. O mundo que a gente quer transformar passa, de maneira muito expressiva, pela Uern e, para isso, é preciso que estejamos juntas, marchando no coletivo, mas sempre na velocidade de quem vem mais atrás”, analisou a estudante.
A professora Suamy Soares, coordenadora do Núcleo de Estudos sobre a Mulher (NEM) Simone de Beauvoir, argumenta que a Universidade tem uma função social e precisa estabelecer espaços de pesquisa, extensão e ensino que fortaleçam a igualdade entre os gêneros em nossa sociedade.
“A Uern exerce importante papel no RN no sentido de formação de professores e profissionais diversos que atuam nas políticas públicas, tais como advogados, assistentes sociais, sociólogos, médicos, enfermeiros e pedagogos. De forma que fomentar a igualdade de gênero dentro e fora dela é parte de nosso papel como universidade”, argumenta.
Outro avanço significativo com relação à política inclusiva das mulheres, em especial às mulheres transexuais e travestis, foi a criação da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade (Diaad). Instalada em novembro de 2022, a Diretoria representa um avanço na consolidação da Uern como um espaço vestido de povo, de todos os gêneros, cores, raças e nacionalidades. O objetivo é promover e concretizar políticas de promoção da igualdade e o reconhecimento das diferenças e diversidades na Instituição.
A importância da representatividade feminina em cargos de gestãoRicardo Morais
MULHERES DE FARDA 2
>> Nesta segunda e última matéria da série de reportagem sobre a presença da mulher na segurança pública potiguar, destaque para as Polícias Civil e Penal


FÁBIO VALE
Da Redação

Nesta segunda e última matéria da série de reportagem sobre a presença da mulher na segurança pública do Rio Grande do Norte, destaque para as Polícias Civil e Penal. A edição do último domingo (5), que antecedeu ao Dia Internacional da Mulher, trouxe relatos de
integrantes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do Estado. Já nesta semana, conversamos com uma policial penal e uma policial civil.
“A presença da mulher é importante e fundamental não apenas na Segurança Pública, mas em toda e qualquer profissão. No caso dessa área específica, que é a que trabalhamos diretamente, devemos des-
tacar o papel corajoso, determinado e focado que as mu lheres têm desenvolvido nas polícias e órgãos de Segurança do Brasil”. A declaração é da policial penal e presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Rio Grande do Norte (Sindppen-RN), Vilma Batista.
Ela destaca a importância da atuação do efetivo feminino dentro do sistema penitenciário. “Na Po-
penal
A policial penal e presidente do sindicato da categoria Vilma Batista chamou atenção ainda para as conquistas de destaques dentro da corporação na qual atua. “Hoje, depois de muita luta no RN e, principalmente, no Congresso Nacional, somos reconhecidos como Polícia Penal na Constituição Federal e na Constituição Estadual. Isso trouxe uma justa valorização e mais respeito para nossa categoria. Além disso, aqui no Rio Grande do Norte, no que diz respei-

to às mulheres, podemos destacar que, nos últimos anos, conseguimos ocupar vários espaços dentro do sistema e fora dele”, asseverou ela, reafirmando que, “no entanto, ainda precisamos avançar muito mais”.
Para Vilma Batista, mais ações podem ser adotadas pela sociedade civil e poder público para ampliar a presença da mulher em corporações da segurança pública, como forças policiais. “A principal ação adotada pela sociedade e pelo poder pú-
blico é a valorização. Respeitar as forças policiais é dever do estado e da população, pois os trabalhadores da Segurança Pública se sacrificam diariamente para que a sociedade fique mais protegida. As mulheres policiais penais merecem o reconhecimento pelo trabalho que fazem, não apenas em datas comemorativas como o Dia da Mulher, mas todos os dias do ano e, principalmente, através de gestos e de políticas públicas que valorizem a categoria”.
lícia Penal, por exemplo, temos mulheres aguerridas que diariamente trabalham pela manutenção da ordem e disciplina nas unidades, seja nas unidades femininas ou até mesmo nas unidades prisionais masculinas, nos grupos operacionais ou nas demais atividades do sistema”. Vilma Batista também falou sobre os principais desafios para a participa-
ção feminina em instituições da segurança pública. “O principal desafio enfrentado pelas mulheres da Segurança Pública é o mesmo de todo servidor dessa área: a falta de valorização e condições de trabalho adequadas para o exercício da profissão. O Estado e os governos costumam não valorizar as polícias como deveria e,

embora a gente reconheça que tivemos alguns avanços, ainda estamos longe do ideal. Portanto, a mulher policial, seja militar, civil ou penal, sofre com a difícil realidade das forças de Segurança, inclusive, com os riscos inerent es da profissão, pois, sabemos que cada vez mais os bandidos e o crime organizado têm caçado esses trabalhadores”, afirmou.




Ela deixou ainda uma mensagem para a mulher que almeja integrar as fileiras das forças de segurança pública. “Coragem. Essa é a palavra de ordem para as mulheres que querem ingressar na Segurança Pública. Vivemos em uma sociedade com inversão de valores, por isso, somente com muita disposição e garra é possível enfrentar o crime e os ataques aos direitos dos trabalhadores. É preciso ter coragem para lutar pelo que é justo e correto”, finalizou, complementando sobre a necessidade do Estado desenvolver e implantar políticas de valorização, assistência e cuidados com a saúde física e mental das mulheres e familiares.

‘Nos últimos anos, conseguimos ocupar vários espaços’, comemora policialVilma Batista também preside o sindicato da categoria
cont. Pág. 5
Policial civil diz que a participação da mulher na polícia passa por ‘muita competência e dedicação’
>> Edilza Faustino é agente aposentada e presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado (SINPOL/RN)
Para a agente aposentada da Polícia Civil do Rio Grande do Norte e presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Estado (SINPOL-RN), Edilza Faustino, a participação da mulher na polícia passa por ‘muita competência e dedicação’. Ela também avalia que as mulheres enfrentaram muitos desafios para ocupar cargos na segurança pública e chama a atenção para a necessidade de mais políticas voltadas para a valorização feminina.

Dando continuidade a esta segunda e última matéria da série de reportagem sobre a presença da mulher na segurança pública potiguar, o Jornal DE FATO conversou com Edilza Faustino, que também é bacharela em Direito. A policial civil aposentada e que atua na presidência do sindicato da categoria avaliou, inicialmente, o atual cenário da presença da mulher
na segurança pública.
“Os espaços hoje ocupados pela mulher na sociedade, em todos os segmentos e na segurança pública,
são uma das funções de extrema importância que a mulher ocupa; e sua participação no exercício da função de policial passa por
‘A mulher tem dentro da instituição um papel de humanização’, diz sargento Regina
de. Trabalhando de igual pra igual”.
Ela defende que as mulheres são preparadas para entrar na corporação, mas que as instituições da área não se preparam para recebê-las. “As unidades militares não tinham o mínimo, que seria um banheiro feminino para atender as policiais que estivessem atuando naquela área. Esse é um exemplo da falta de preparo das corporações”, exemplificou.
Cedida
muita competência, dedicação e contribuições indispensáveis para garantir direitos às mulheres e identificação daquelas que pre-
cisam dos serviços de segurança pública”, analisou.
“As mulheres enfrentaram muitos desafios para
ocupar cargos na segurança pública, desde o preconceito até a dúvida da sua força e competência. Mas, isso tem sido superado dia após dia, confirmando que a mulher tem competência e maestria em qualquer função”, acrescentou ela, ressaltando que uma das provas de que as mulheres realmente têm conseguido ocupar espaços devidos na área é a presença de uma mulher como Delegada Geral de Polícia Civil do RN, além de vários cargos de diretoria na instituição.

“E ainda, a presidência do Sindicato ocupada por uma mulher, bem como a presidência da Adepol e Assesp”, destacou Edilza Faustino, fazendo referência ao próprio Sinpol e às Associações de Delegados da Polícia Civil e à de Escrivães da corporação. Ela chama a atenção também para o fato de que deveria haver mais políticas voltadas para a valorização feminina, “garantindo-lhes direitos e respeito, reconhecimento e disponibilidade de qualificação acadêmica e treinamentos”.

A policial civil aposentada e presidente do SinpolRN lembra que o Rio Grande do Norte é “exemplo de mulheres fortes e defensoras de direitos. “Deixo o destaque para Nísia Floresta que deve ser inspiração para todas as mulheres potiguares e afirmo para todas as mulheres que tenham acesso à matéria, ‘seu lugar é onde você quiser’”, finaliza.
Para sargento Regina, as principais conquistas para as polícias femininas do RN sem dúvida foi ter se transformado em companhia. “Ter saído de dentro do quartel trouxe uma maior independência para o comando feminino. A autonomia administrativa trouxe visibilidade e valorização para as nossas policiais. Que venha agora a criação de um batalhão feminino. E que possamos disputar em igualdade com os homens com relação ao número de vagas”, defendeu ela.
Sargento Regina reafirmou que existe uma imensa necessidade de que o Executivo amplie os quadros da policia feminina no estado.
“Todas as unidades da polícia precisam da participação feminina. E somente conseguiremos isso através do aumento de efetivo”, destacou, lembrando que o estado de São Paulo foi pioneiro na inclusão de mulheres na Polícia Mili -
“Porém, foi a partir da década de 1970 que as diversas Polícias Militares existentes no país se abriram
ao ingresso de mulheres, sendo o Paraná o segundo estado a criar grupamentos específicos para a incorporação de mulheres como policiais. Até a década de 1990, a inserção feminina deu-se com a criação do Pe-
lotão de Polícia Militar Feminina ou das Companhias Femininas, particularidade nas quais poucos estados diferem”, detalhou, complementando que no RN o contingente foi criado em 1990.
Edilza Faustino chama a atenção para a necessidade de mais políticas voltadas para a valorização femininatar, a partir da criação, em dezembro de 1955, do Corpo de Policiamento Especial Feminino.
Potiguar enfrenta o América em choque de líderes, hoje
>> Quem vencer dará passo importante rumo à final da competição
FICHA TÉCNICA
De acordo com os treinos, o treinador Júnior Câmara quer o seu time com marcação intensa, principalmente no campo adversário, e também a valorização de posse de bola. Foi com essa pegada que a equipe conseguiu derrotar o ABC no jogo anterior.


AMÉRICA
Botafogo: Luís
Castro ‘vira chave’ e busca corrigir erros

APotiguar e América fazem neste domingo, 12, um duelo de lideres pela segunda-fase do Campeonato Estadual. Ambos estrearam com vitória no Quadrangular e quem vencer dará passo importante rumo à final da competição. O confronto começa às 16h, no Estádio Leonardo Nogueira. Devido ao bom momento do alvirrubro local na tabela,
espera-se um bom público. O preço promocional dos ingressos também impulsiona a participação da torcida. Apenas os torcedores locais podem adentrar ao estádio por determinação da Policia Militar, que atendeu ao pedido da diretoria do Potiguar tendo em vista os indícios de possíveis conflitos entre torcidas organizadas.
A formação titular do Potiguar para o jogo de hoje é uma incógnita. Isso porque o meia Giovanni e o centroavante Robert Fischer dependem de uma nova avaliação para saber se jogam. A mesma situação vale para o atacante Wellington Sabão. Após um período de fisioterapia devido lesão muscular, os três iniciaram a transição física nos dias antecederam
Campeão da Taça Guanabara, o Fluminense inicia neste domingo, 12, a busca pelo segundo título consecutivo do Campeonato Carioca.
O Tricolor vai encarar o Volta Redonda, às 18h,na casa da equipe rival, e terá pela frente Lelê. O atacante de 25 anos é o grande nome da equipe do sul do estado, mas terá seu futuro com as cores verde, branco e grená.
Alvo de concorrência entre Fluminense e Vasco, o centroavante resolveu aceitar a proposta que recebeu da equipe de Laranjeiras e vai se juntar ao Tricolor depois do Cariocão. Artilheiro do
Estadual com 12 gols, Lelê chamou a atenção de grandes equipes e chegará com a missão de ser a sombra de Germán Cano.
Um dos 12 gols marcados por Lelê neste Campeonato Carioca foi justamente diante do Fluminense. Na sexta rodada da Taça Guanabara, o Tricolor foi até o Raulino de Oliveira, palco do jogo deste domingo, e foi derrotado por 1 a 0. O artilheiro deixou sua marca no início da etapa final.
Agora, os comandados de Fernando Diniz querem evitar que o centroavante balance as redes do time que
daqui a algumas semanas será o novo lar de Lelê. O retrospecto recente é bom. Desde a derrota citada acima para o Volta Redonda, o Flu entrou em campo cinco vezes, com cinco vitórias e apenas um gol sofrido, o que
POTIGUAR AMÉRICA
Oliveira, Ronaldo, Anderson Júnior e Wallace; Azevedo, Giovanni (Geovani Silva), Marquinhos Taipu (Robert) e Romeu; Wilson, Márcio Mossoró e Henrique Nunes. Tec. Júnior Câmara
Bruno Pianissolla, Everton, Jean Pierre, Edson Silva e Luiz Paulo; Juninho (Araújo), Allef e Elvinho; Rafinha, Ítalo Carvalho e Iago Silva. Tec. Leandro Sena.
Local - Estádio Nogueirão
Hora – 16h Juiz – Zandick Gondim Alves
a partida, mas há dúvida sobre o seu aproveitamento.
Caso Giovanni e Robert sejam vetados, os seus substitutos devem ser o defensor Geovani Silva e o meia Marquinhos Taipu, conforme treinamentos da semana. Mesmo que Sabão seja liberado, o atacante Henrique Nunes deve ser mantido devido suas boas atuações nos últimos jogos.
mostra uma evolução do sistema defensivo.
Passada a euforia pela conquista da primeira fase do torneio estadual depois de uma virada épica em cima do rival Flamengo e também pela chegada do lateral- es-
A recente eliminação na Copa do Brasil aumentou a responsabilidade do América dentro do Campeonato Estadual. Todos americanos sabem que para acalmar os ânimos e evitar uma nova modificação na comissão técnica às vésperas do início da jornada do clube na Série C, a equipe terá de entregar o título estadual aos alvirrubros.
“Não podemos mais errar, precisamos ser precisos e cirúrgicos nos próximos jogos. Vamos encarar cada jogo como uma decisão como realmente deve ser e buscar o que todos queremos, que é classificar para a final do Estadual e, consequentemente, o título. A torcida merece, a diretoria merece, a comissão merece e todos nós jogadores, também”, disse o meia Araújo.
Ciente de que o rendimento da equipe caiu, o tre inador Leandro Sena deu algumas indicações de mudança nos trabalhos durante o decorrer da semana. A meta é montar uma equipe que seja forte defensivamente, mas que consiga agredir o Potiguar, que sempre se mostrou um adversário muito difícil de ser batido atuando em Mossoró.
querdo Marcelo, o Tricolor agora volta a pensar dentro das quatro linhas para buscar seu 33º título na história. E diante de um rival perigoso, todo cuidado é pouco. Quando um jogador marca contra uma equipe que já
Depois de dar adeus às ch ances de título no Campeonato Carioca, Luís Castro entrou de vez na mira dos torcedores. O treinador agora busca corrigir os erros dos jogos anteriores e tentar encontrar um equilíbrio no time para disputa da Copa do Brasil.
O português não vem conseguindo encontrar um padrão tático na equipe alvinegra e isso resultou na eliminação do Estadual. Agora, os alvinegros concentram sua forças para evitar uma outra eliminação, que seria muito mais grave, comprometendo premiações generosas no torneio nacional.
CORREÇÕES NO TIME
Um dos pontos que precisa ser corrigido por Luís Castro é o sistema defensivo, tendo em vista que Botafogo tem tido muitas falhas de posicionamento. Prova disso é que Lucas Perri tem sido cada vez mais exigido nos últimos jogos. A parte de criação da equipe alvinegra também vem pecando. Apesar das atuações regulares de Tchê Tchê, Gabriel Pires e Víctor Sá caíram de rendimento. Matheus Nascimento, que entrou na vaga de Tiquinho Soares no ataque, também não está dando conta do recado. Se Glorioso não apresentar uma evolução na Taça Rio, Luís Castro ficará cada vez mais pressionado dentro do clube.
defendeu, dá-se a isso o nome de “lei do ex”. No caso de Lelê, ele pode inaugurar uma espécie “lei do futuro”, algo que a torcida tricolor espera que não ocorra. A resposta será dada neste domingo, às 18h.
Fluminense encara Lelê e Volta Redonda tentando evitar a ‘lei do futuro’Potiguar, do volante Azevedo, quer aproveitar fator mando de campo para buscar mais uma vitória Lelê é o principal artilheiro do Carioca Divulgação
FÁBIO OLIVEIRA

fabiowillard@hotmail.com

fabio willard de oliveira
Dois anos sem interdição
Neste sábado (11), completou dois anos da municipalização do Estádio Manoel Leonardo Nogueira, o Nogueirão. Apesar de não ter havido modernização no equipamento nesse período, inicialmente por falta de recursos, a sua pura manutenção, deixando-o aberto e apto a quaisquer eventos, já pode ser comemorada como um avanço. Acostumados a frequentes e longas interdições, os torcedores já não lembram da última vez em que o estádio mossoroense sofreu alguma ação impeditiva para funcionar, seja por força judicial ou algo que se assemelhe, situação que levou muitas vezes os apaixonados desportis-

IMAGEM QUE MARCA
tas a deslocarem-se a outras cidades para ver seu time de coração, e os clubes locais a enormes prejuízos financeiros e técnicos. Graças, novamente a ação do Município, com laudos renovados, o Nogueirão segue aberto para mais uma temporada, sediando o estadual da primeira e da segunda divisão e Brasileiro Série D, ainda este ano, fora as disputas amadoras. Há muito o que se fazer no atual equipamento, sim, mas o básico tem sido feito, o que é suficiente para não parar o futebol, o que os antigos gestores sequer eram capazes de garantir, o que não deixa saudades. Isso é gestão. O resto, sim, é futebol.
SAÍDA
MARÇAL, massagista do Potiguar em 2013, referindo-se a banda “Sem Compromisso”.

O Nogueirão merece uma reforma total, senão uma reconstrução. Isso é notório. Mas os milhares de reais que isso consumirá, é o dilema. Ir ao Ministério dos Esportes é uma saída. Recursos é o que não faltam por lá. Na verdade, faltam projetos.
SAÍDA II
A permuta, possibilidade já debatida e até ensaiada, é outra saída viável. Resta escolher bem o parceiro e a localização onde o novo estádio deva ser erguido, observando acesso, infraestrutura e segurança.
A QUEM OUVIR
Seja qual for a saída escolhida, não esquecer de ouvir o público diretamente interessado, no caso clubes, torcedores e a imprensa especializada. Afinal, são esses segmentos que utilizam o espaço e promovem o espetáculo.
JÁ ERA
POR INICIATIVA DA PREFEITURA, os setores 1 e 2 da arquibancada do Nogueirão, que ficam na torcida do Potiguar, ao lado das cadeiras, estão interditados para reparos. Estão liberados, até o fim dos trabalhos, a partir do setor 3, após a escada de acesso.
A SEMANA NA HISTÓRIA
Nesta data, em 2019, falecia aos 74 anos o polêmico expresidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda. Morreu em decorrência de um tratamento contra um câncer no cérebro.

TORCEDOR
FUTEBOL CLUBE
Reprodução
NEGO BRA
Bairro Alto das Brisas
Torcedor do Fluminense

, Sem mais aquele minuto de silêncio antes dos jogos, em homenagem às vítimas da covid-19, nem mais contagem de mortos nas transmissões esportivas, seria exagero entender que ninguém morre mais da doença?
JÁ ERA II
Por outro lado, vem o temor de que outras enfermidades, “erradicadas” no período pandêmico, renasçam e façam novas vítimas, mesmo sem os holofotes e a mesma ênfase nas transmissões esportivas quando da covid.
F9/UERN
TV
Para acompanhar o jogo Potiguar x América, hoje, acesso o Portal F9 no YouTube. Transmissão em áudio, a partir das 15 horas. Eu narro o jogo, tendo Fabiano Morais nos comentários, Letícia Oliveira e Artur Alves nas reportagens, Bernardo Victor na operação de máster e Ênio Ticiano na parte técnica.

''Eu gosto de ouvir aquela banda de pagode, “Sem Comprimido”
Benefícios do Escalda-pés
Massoterapeuta Integrativa, Meyre
Araújo , destaca que técnica antiga de relaxamento e de alívio de dores, alivia sintomas da TPM, reduz cólicas menstruais, além de também reduzir os incômodos do uso diário de salto alto
Antiga técnica de relaxamento e de alívio de dores, a prática do Escalda-pés, como explica a Massoterapeuta Integrativa Meyre Araújo, é uma prática milenar. A profissional, proprietária do Spa Marazul, fala dos benefícios do Escalda-pés, inclusive para o público feminino.
“Não há registros precisos sobre o início em que se deu esta prática. Acredita-se que o escalda-pés seja uma evolução do ato do ‘lava-pés’ citado na Bíblia Sagrada”, comenta.


A prática tem como função principal induzir ao relaxamento e proporcionar alívio de dores físicas e/ou emocionais.
Entre os principais benefícios do Escalda-pés, citados pela Massoterapeuta Integrativa, a prática ajuda a relaxar, promovendo a gestão do estresse, a redução de quadros de ansiedade, alivia dores nos pés e em outras partes do corpo (por trabalhar as terminações nervosas que se encontram na planta dos pés), reduz inchaço dos pés e pernas, atua como anti-inflamatório natural, ativa a circulação sanguínea, reduz dores musculares, ativa o sistema linfático na região dos pés e pernas, alivia dores causadas por fascite plantar.
Além de todos esses benefícios, Meyre Araújo também afirma que a técnica tem benefícios específicos para o público feminino, como o alívio dos sintomas da TPM, redução de cólicas menstruais, além de também reduzir os incômodos do uso diário de salto alto.
A profissional detalha como é feito o Escalda-pés. “Inicialmente se coloca um pouco de água natural em um recipiente (ideal cobrir com água na altura do calcanhar), pode-se colocar pedras pequenas no fundo (elas ajudam a manter o calor da água e funcionam como massageadores nos pés), sal grosso (estimula o relaxamento, a circulação sanguínea e a limpeza profunda dos pés), pode-se acrescentar também ervas anti-inflamatórias e óleos essenciais (pelo cheiro e por suas propriedades medicinais), e vai adicionando água quente até atingir uma temperatura suportável para a pele da pessoa que está recebendo o escalda-pés. A partir daí, molho de pelo menos 15 minutos, depois retira-se um pé por vez do recipiente, enxuga suavemente e massageia com alguma composição esfoliante. Finaliza apenas com massagem relaxante na região dos pés e pernas”.


Ainda segundo Meyre Araújo, de acordo com a finalidade, a composição do Escalda-pés muda. “Alguns fatores de composição dependem do estado físico e emocional da pessoa”, comenta.
Ao ser questionada se é necessária alguma formação ou especialização para aplicar a técnica, para que a prática seja mais efetiva, a profissional explica que é necessário possuir experiência na prática do escaldapés. “Até porque existem os fatores científicos por trás dessa técnica. No caso de ser feito em casa, as orientações já apontadas e a intuição serão o guia principal”, afirma.

Sobre as contraindicações, a massoterapeuta diz que gestantes, hipertensos, pessoas com câncer e trombo (salvo orientação médica).
Meyre Araújo diz que a periodicidade para realização do Escalda-pés é livre. No entanto, ela orienta que fazer a técnica três vezes por semana é uma quantidade razoável.
contexto
www.sergiochaves.com



t udo di Bão
A tudo di Bão, loja do casal Ubiraci Tavares/Cláudia Isabela, localizada no CCNB na Diocesana, virou point, literalmente. Lá, além das delícias de produtos de Caicó e outras infinitas opções de gostosuras (eu sou fã da carne de sol, croissants e molhos), ainda temos a sorte de encontrar gente querida. Essa semana, o colunista matou a saudade de duas queridas: Glorinha Santos e Regina Vale!
Santa lu Z ia
O presidente da CMM, vereador Lawrence Amorim, levantou essa semana a bandeira da construção do Santuário dedicado à Santa Luzia. Concordo que o turismo religioso é um dos que mais crescem na atualidade, mas devemos admitir que, depois do “circo” armado pelo ex-prefeito Francisco José Júnior a ideia causa calafrios em muita gente. Na época, foi feito o lançamento da pedra fundamental e apresentação da maquete, evento que movimentou todo o Clero, mas que não passou de mais uma das falácias do ex-prefeito. O Santuário receberia um aporte de R$ 15 milhões, doados por um empresário pernambucano, devoto de Santa Luzia, história essa que até hoje não foi bem explicada. Para que a proposta volte é preciso convencer muita gente, a começar pela Igreja.
V E rG onha
Sinceramente, eu teria vergonha se fizesse parte do Congresso Nacional atualmente. Sei que tem alguns políticos verdadeiramente bem intencionados, lá então devem ser poucos já que não conseguem barrar certos absurdos. Com salários acima de R$ 39 mil, quando o mínimo do país é de R$ 1.320 (com carga horária de 44 h/semanais), os nobres deputados e senadores resolveram que só irão trabalhar três dias por semana e três semanas por mês, ou seja, apenas nove dias/mês. E para completar ainda aparece um absurdo chamado Nikolas Ferreira que usou a tribuna da Câmara para um discurso transfóbico no Dia Internacional da Mulher. É de causar náuseas!
Sérgio ChavesGeraldo a zevedo em m ossoró
No sábado (4), o Requinte Buffet abriu suas portas para receber o show do cantor Geraldo Azevedo, dentro das comemorações do Programa
“Coisas do Sertão”, que Zé Lima apresenta na TCM Telecom. Noite das melhores com público excelente, serviço impecável da equipe Requinte e produção Master Eventos. Além de Geraldo, shows com Alan Jones/Radiola Club e Isaac Cândido. Confira as fotos!
t ri B uto a na Floriano
A Prefeitura de Mossoró entregou o Tributo Ana Floriano à empresária Zilene Conceição Freire de Medeiros, diretora/presidente da TCM Telecom, em solenidade no último dia 8, na Estação das Artes “Elizeu Ventania”. Escolhida em 2020, último ano da gestão da prefeita Rosalba Ciarlini (a solenidade não aconteceu devido à pandemia de COVID-19, que não permitia aglomeração de pessoas), Zilene Medeiros é merecedora da homenagem por contribuir de forma tão atuante com o desenvolvimento de Mossoró. Parabéns!


i n VE rno Car ME n St EFFE n S
A Carmen Steffens Mossoró recebeu clientes na quinta (9), para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Na ocasião, foi lançado a coleção Inverno’23 da marca e dada a largada às comemorações de 30 anos da Carmen, sonho de Mário Spaniol, presente em 19 países.











Foi show!
luís Sérgio Monte enche de mimos a esposa Karla diana, aniversariante da quarta (15). parabéns!
andréia e Gerôncio Sinclair. Ele comemorando a vida na sexta (17). Saúde e paz!
priscila faz festa para comemorar a nova idade do marido, o músico alan Jones, folhinha do sábado (18)!
Se as coisas são inatingíveis... Ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a presença distante das estrelas!”
mario Quintana
F ESta
Hoje é dia de vivas para Liana Moreira Duarte Miranda, a arquiteta Ângela Mazoto, Saulo Negreiros Duarte, Joalba Vale e o dr. Aldo Coutinho. Amanhã (13), é dia de festejar o jornalista Cassiano Arruda Câmara, Ângela Gadelha, Bárbara Prates e Sônia Araújo. Para vocês paz, saúde, amor e alegrias. Parabéns!

aS F E ra S
No programa desse domingo (12), eu, Saudade Azevedo e Nelsinho Filho vamos receber a esteticista Ana Katharina para falar sobre as novidades e tendências no mundo da estética. Vamos conversar ainda com o historiador Geraldo Maia sobre a emancipação política de Mossoró, comemorado na próxima quarta (15). Tem ainda o Sacolão das Feras, sorteio de brindes e aquela seleção musical que já caiu no gosto de todos. Esperamos vocês a partir das 19h na 93 FM/Nossa TV. Até lá!
Cultura p opular
De 15 a 17 próximo acontece na Estação das Artes o I Encontro Mossoroense de Cultura Popular, sob o comando da Liga Operária de Mossoró, presidida por Gilberto Diógenes. O evento tem o apoio da Lei Câmara Cascudo e da Potigás, através do edital “Natural como fazer o bem”. Feira de livros e Cordéis, recitais, musicais, artesanato, artes plásticas, palestras e oficinas compõem a agenda do evento.
l i BE rdad E
F ESt
a apresentadora Zeza Fernandes com idade nova no sábado (18). Felicidades!
Sônia araújo brinda à vida na segunda (13). tim tim!

Monalisa, Morgana e Valéria em coro de vivas para Monique Escóssia com aniversário na quarta (15)!
A Loja Maçônica Liberdade 33 realiza sua tradicional festa no próximo dia 20 de abril, esse ano em novo formato, passando a ser um evento noturno. O Liberdade Fest terá como atrações Radiola Club, Renata Falcão e Beat Whit Sax, e servirá também para brindar os 8 anos de fundação da Loja, comemorado no dia 21. O evento acontece no Requinte Buffet com produção da Master Eventos e assessoria da querida Rafaella Costa! Retorno.
conexão saúde
n EY ro BSon V iEi r a a l E n Ca r conexaosaude.defato@outlook.com conexaosaude.defato@outlook.comcuidado, tuberculose é uma doença que ainda mata
ODia Mundial de Combate à Tuberculose, 24 de março, foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em homenagem aos 100 anos do descobrimento do bacilo causador da doença pelo médico Robert Koch.
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Segundo a OMS, um terço da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis e em risco de desenvolver a doença. Há cerca de 8,8 milhões de doentes e 1,1 milhão de mortes por ano no mundo.
O Brasil está em 17 º lugar
entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo. Embora seja uma doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil.
Alguns pacientes não exibem sintomas, o que pode fazer com que a doença seja confundida com uma gripe, por exemplo, e evoluir durante meses sem que a pessoa infectada saiba, ao mesmo tempo em que transmite a doença para outras pessoas.
A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotículas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo.
O que é tuberculose?
A tuberculose é definida como uma doença bacteriana, ou seja, causada por uma bactéria, a Mycobacterium tuberculosis, também chamada de bacilo de Koch.

Ela afeta tradicionalmente o pulmão, mas pode atingir outros órgãos do corpo humano,
a depender de sua gravidade. Até mesmo os ossos podem ser atingidos pela tuberculose.
Muitas pessoas podem servir como incubadoras do bacilo de Koch, ainda que nunca apresentem os sintomas causados pela tuberculose.
Quais são os tipos de tuberculose?

– tuberculose miliar: quando a tuberculose não é contida e sofre um agravamento, o paciente tuberculoso passa a apresentar pequenas lesões na pele, podendo afetar também as meninges e o fígado, além de outros órgãos do corpo humano
– tuberculose ganglionar: a tuberculose ganglionar acontece quando a mesma bactéria que causa a tuberculose acaba afetando o sistema linfático, atingindo os gânglios localizados em lugares como pescoço, nuca, axilas, virilha e abdômen. Alguns dos sintomas da tuberculose ganglionar incluem, por exemplo, anemia, aumento dos gânglios e cansaço extremo
– tuberculose pulmonar: tuberculose pulmonar é outro nome dado à doença que conhecemos tradicionalmente como tuberculose.

– tosse forte e frequente por mais de duas semanas;
– Expelimento de catarro;

– Catarro com a presença de sangue;
– Febre;
– dor no peito;
– Falta de ar;
– Cansaço;
– perda de apetite e
– rouquidão.
Como é o tratamento da tuberculose?
O tratamento da tuberculose é feito, de forma geral, com o uso de três medicamentos diferentes que devem ser tomados conforme indicação médica por um período de até 3 meses após o diagnóstico da doença.
Mesmo que os sintomas sumam e que o paciente apresente uma melhora considerável, é preciso continuar o uso dos medicamentos de acordo com a
recomendação médica, como forma de evitar o fortalecimento da bactéria e a geração de resistência bacteriana aos medicamentos disponíveis atualmente no mercado.
Vale lembrar que cabe ao médico definir quais serão os medicamentos usados pelo paciente e por quanto tempo ele fará o tratamento da tuberculose.
Brasil está entre os 22 países responsáveis por 82% do total de casos da doença no mundo
atreVida seVerina
dali
be Hot

Em 13 anos de mercado, 10 em loja fisica, 3 em loja virtual, a empresária percebeu que o seu trabalho poderia ir além. diante do “fenômeno” da pandemia, dali ramalho decidiu buscar uma formação em design de Moda e construir sua própria marca com base no estilo, conforto e o mais importante: no que realmente acredita.

Bra sIlI da de
o Palácio da Cultura, Pinacoteca do Estado do Rio g rande do n orte, foi palco para o desfile da Turma Concluinte de d esign de m oda 2022.1 do SE n A i R n , que aconteceu no sábado, (4). Para a ocasião, os alunos receberam a missão de desenvolver suas coleções inspiradas no macrotema BRAS i L idA d E. Ao explorar suas infinitas possibilidades e narrativas, sem abrir mão das suas vivências, os estilistas lançaram um olhar criativo sobre o tema, para expressar um Brasil latente em cada história.




para criar sua primeira coleção, lu Galvão, da atrevida Severina, decidiu resgatar memórias antigas do Sitio tapera, no município de Jucurutu/rn, lugar onde sua família viveu e vive até hoje.
sandnes
para apresentar sua coleção, Cindy lemos, nome à frente da marca Be hot, mergulhou no universo artístico de lygia Clark — uma das artistas mais importantes do Brasil do século XX. para estabelecer relações entre a coleção e o trabalho neoconcretista de lygia, Cindy adotou formas, shapes e recortes geométricos para a coleção.

marcone soares
Beija-flor, ou melhor, Colibri, é a grande inspiração para Milca nascimento, que espalha o seu pólen na sala de desfiles da p inacoteca para falar de uma coleção leve, romântica e cheia de significados. É entre o mix inusitado de tecidos como lycra, viscose, tule e paetês, que Milca nascimento revela sua paleta de cores em referência à ave.
FicHa - tÉcnica:
Textos: matheus Henrique (Fonte / @maisglamoficial)
Coordenação de Backstage:
Jéssica Cerejeira
dinedso Fonseca
assistentes de Estilistas:
Vitória Shara
marianna moura
Camile medeiros
Renata Silveira
Patrícia Chaves
Alanna Evangelista
Beatriz Silva
alocação dos convidados:
Verônica Cesário
Laura Cesário
É sob um olhar específico sobre FrESSuraS, as vísceras de um animal, que Marcone desencadeia todo seu trabalho a partir da moda e da indumentária, questionando violências e opressões que mesclam posições de gênero, classe e raça. É através das vísceras - simuladas a partir do látex - que a artista desembrulha seu projeto em uma pesquisa minuciosa sobre o mercado de açougues e as obras da artista plástica adriana Varejão.

Cast: Tráfego models
Equipe de Beleza:
Robson medeiros - make
Williane Ramos - Cabelo e make
Evelin Salel - make
Léo Ferreira - make
Lilian gonçalves - Cabelo e make
Eduardo Anselmo - Cabelo -

Allyerly dantas - Cabelo
assistentes da Equipe de Beleza:
marianna moreira
Annelyse nogueira
Layne Souza
Cobertura fotográfica:
izabela dumaresq
Kerginaldo gadelha

“A Paixão de Cristo”
Depois de três anos de interrupção em decorrência da pandemia, espetáculo “A Paixão de Cristo” do Santuário de Santa Clara, volta a ser apresentado durante a Semana Santa. Produzido por meio do projeto “Artes sim, drogas não!”, o espetáculo conta a história da morte e ressurreição de Jesus Cristo e será encenado nos dias 7 e 8 de abril. “A Paixão de Cristo” nasceu há 18 anos, com a realização da Via Sacra pelas ruas do Bairro Dom Jaime Câmara, como explica Flávio Tácito, um dos membros da Equipe Executiva do espetáculo, que conta com cerca de 200 pessoas em cena, em sua maioria jovens do Dom Jaime ou de outros bairros de Mossoró. A produção do tradicional espetáculo é desenvolvida ao longo do ano dentro das ações do projeto “Artes sim, drogas não!”, que promove aulas de dança, teatro, música, para jovens.
Boa leitura,
EnTREVISTA
Professor universitário e contador, Fábio Paiva de Lima, explica o conceito de Finanças Comportamentais, usado com o objetivo de estudar o comportamento humano em relação ao dinheiro. Página 4
Espetáculo realizado pelo projeto “Artes sim, drogas não!” com jovens do Dom Jaime Câmara, no Santuário Santa Clara, volta a ser encenado depois de três anos de interrupção em decorrência da pandemia. Página 8


colunas
José Nicodemos
a Balada do impostor
• Edição – C&S Assessoria de Comunicação
• Editora – Nara Andrade
• Diagramação – Rick Waekmann
• Projeto gráfico – Augusto Paiva
• Impressão – Gráfica De Fato
• Revisão – Gilcileno Amorim
• Foto – Marcos Garcia
Redação, publicidade e correspondência
Av. Rio Branco, 2203 – Mossoró (RN)
Fones: (0xx84) 3323-8900/8909
Site: www.defato.com/domingo
E-mail: redacao@defato.com
Página 3
Página 14
edito R ial [ ín DI c E
“A Paixão de cristo”

FÁBI o PAIVA
Estudos apontam que diversas variáveis, atreladas a emoções, levam a pessoa a tomar certas decisões financeiramente equivocadas”

Você já ouviu falar no conceito de Finanças Comportamentais? O termo é usado para definir a relação entre economia e psicologia, que tem como objetivo estudar o comportamento humano no que diz respeito ao dinheiro. Sobre essa temática, DOMINGO conversou com o professor universitário e contador Fábio Paiva de Lima, que é Mestre em Administração. Ele esclarece o que é esse conceito de Finanças Comportamentais, que hoje está cada vez mais em evidência, levando às pessoas o entendimento de como o seu
comportamento impacta na sua vida financeira. O especialista na área explica que entendendo esses impactos, as pessoas passam a entender a necessidade de mudar hábitos financeiros para poder ter uma qualidade de vida, e uma liberdade financeira. O professor cita um dado que chama atenção, segundo levantamento feito pelo IBGE, 77,9% das famílias estão endividadas. A seguir você conhece as variáveis que afetam na hora da utilização do dinheiro e outras importantes informações repassadas pelo professor.
O que é o conceito Finanças Comportamentais?
O estudo das Finanças Comportamentais consiste na relação interdisciplinar da economia e da psicologia, onde o campo de atuação é a relação da razão com a emoção, buscando o entendimento do comportamento humano com o dinheiro.
É um conceito novo, que passou a ser estudado recentemente?
O campo de estudo das finanças comportamentais não é novo, pois na década dos anos 70 esse estudo teve grande proporção, e hoje está cada vez mais em evidência uma vez que estão sendo desenvolvidos e levando às pessoas o entendimento de como o seu comportamento impacta na sua vida financeira. Os pesquisadores psicólogos Daniel Kahneman e Amos Tversky foram os pioneiros na busca do entendimento sobre o comportamento humano, ou seja, sobre os aspectos psicológicos influenciar na relação econômica, resultados nas finanças. E desenvolvem a Teoria do Prospecto, definindo que o comportamento financeiro não é totalmente racional nas suas decisões,
mais que tem grande influência pelo seu emocional. Estudos identificam variáveis que afetam na hora da utilização do dinheiro, tais como: a emoção primária, influência social, crenças construídas ao longo da vida e padrões de comportamento. Como também comportamentos tomados inconscientes levados pela emoção ou influência em um determinado grupo para aceitação.
Qual a importância de entender sobre essa temática?
É um tema de grande relevância na vida das pessoas, onde especificamente o Brasileiro em sua grande maioria ainda não tem esse conhecimento que o seu comportamento está impactando diretamente em sua vida financeira, que é preciso se utilizar mais do seu racional para uma tomada de decisão financeira; a pesquisa do IBGE mostra isso, com o aumento em 77,9% das famílias estão endividados. É fundamental que tenhamos conhecimento de tal tema para que possamos mudar o nosso comportamento e hábitos financeiros para podermos ter uma qualidade de vida, e uma liberdade financeira.
Geralmente, a relação das pessoas com o dinheiro tendem a ser pautadas pelas emoções?
Sim, pois o estudo das finanças comportamentais vem trazer essa relação, demonstrando como a área emocional impacta nas decisões no momento da utilização do dinheiro, foram identificadas diversas variáveis que levam a pessoa a tomar certas decisões equivocadas, que estão atreladas a suas emoções.
É possível adotar uma nova forma de enxergar o dinheiro?
Sim. Primeiramente precisamos ter consciência do quanto ganhamos e a partir desse ponto realizar um orçamento para que seus gastos caibam dentro da sua receita, pois não podemos ter gastos maiores que nossa receita. Ao utilizar de forma consciente o dinheiro e entendendo que é um recurso que precisa ser administrado, controlado e principalmente cuidado, pois da mesma forma, que cuidamos da nossa saúde, precisamos cuidar das nossas finanças. Ao mudar de hábitos e mentalidade na utilização do dinheiro e de forma consciente, consequentemente terá resultados positivos.
Quais as principais causas do endividamento?
Estamos em um cenário nacional de alta inflação, alto juros cobrados principalmente pelo cartão de crédito, que são um dos caminhos muitas vezes de saída de imediata das pessoas, seja com um parcelamento de uma fatura ou um aumento de crédito junto á financeira, ocasionando um aumente em seu endividamento. Os juros do Brasil é um dos maiores do mundo, influenciando para aumento do endividamento familiar, o poder de compra das pessoas está bem menor que alguns anos, todos esses fatores influencia na economia doméstica. Como também além desses fatores que não ajuda o brasileiro, temos ausência do conhecimento relacionado à educação financeira, onde muitas famílias se estivessem um conhecimento mais adequado em suas finanças, teria uma qualidade financeira mais satisfatória. O enten-
dimento de quais comportamentos esta influenciando no aumento de suas dividas, buscando o controle financeiro, o ajudaria a diminuir o endividamento.
O que fazer para se reeducar financeiramente?
Primeiramente é realizar mudas de hábitos, e costumes. Temos crenças criadas ao longo da vida, e essa mudança não é fácil. A reeducação financeira é termos consciência que precisamos mudar a nossa forma de vida, ter consciência do que precisamos para ter qualidade. É buscar o conhecimento financeiro, e ajuda profissional na área para auxiliar nessa mudança e controle. É um processo mudança que irá impacta nas principais áreas da pessoa. Seja em sua maneira de vestir, de locomover, de trabalho, dos tipos de gastos. Onde a pessoa terá que disposto a realizar essa mudança, para obter uma qua-
lidade de vida, e a sua liberdade financeira.
É necessário quitar todas as dívidas, para só então começar a poupar dinheiro?
O ideal é que seja quitada, para que seja organizada a vida financeira da pessoa, e seja destinada uma porcentagem para reservas de emergência e poupança. Indicamos se possível destinar 10% das receitas para serem investidos, ou poupados.

É possível contratar ajuda especializada mesmo sendo pessoa física?
Sim. Profissional na área de finanças poderá auxiliar, com consultoria para que seja realizado um controle nas contas pessoais. E hoje temos diversos canais que oferece cursos gratuitos em Educação Financeira para Finanças Pessoais para auxiliar as pessoas nesse controle.
A PAIxão DE cRISTo
>> Espetáculo realizado pelo projeto “Artes sim, drogas não!” com jovens do Dom Jaime Câmara, no Santuário Santa Clara, volta a ser encenado após três anos de interrupção em decorrência da pandemia.

Oano de 2023 ficará marcado como o ano da retomada do espetáculo “A Paixão de Cristo”, depois de três anos de interrupção em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Produzido por meio do projeto “Artes sim, drogas não!”, promovido pelo Santuário de Santa Clara, em Mossoró, o espetáculo que conta a história da morte e ressurreição de Jesus Cristo voltará a ser encenado durante a Semana Santa, nos dias 7 e 8 de abril.
O projeto que iniciou com a participação de jovens do bairro Dom Jaime, em Mossoró, passou por ampliação e hoje reúne jovens de toda a cidade. Segundo Flávio Tácito, que integra a equipe executiva do espetáculo, “A Paixão de Cristo” do Santuário de Santa Clara também está no calendário cultural da cidade, por meio de lei proposta por ele, enquanto vereador, e sancionada pela então prefeita Cláudia Regina.
O espetáculo “A Paixão de Cristo” nasceu há 18 anos, com a realização da Via Sacra pelas ruas do bairro Dom Jaime Câmara. “No início, fazíamos a Via Sacra, e Padre Sátiro, para nos incentivar, nos perguntou por que a gente não transformava em um grande espetáculo no Santuário de Santa Clara. E assim fizemos”, conta.
O espetáculo
Flávio Tácito diz que logo no primeiro ano, “A Paixão de Cristo”, que foi encenada no espaço ao lado do Santuário de Santa Clara, reuniu um grande público, e em três anos já precisou ser transferido para um espaço maior ao lado da rádio FM 105, reunindo um público de quase 10 mil pessoas para assistir a apresentação.
O espetáculo “A Paixão de Cristo” reúne em cena cerca de 200 pessoas, em sua maioria jovens do Dom Jaime ou de outros bairros de Mossoró.

A produção do tradicional espetáculo é desenvolvida ao longo do ano dentro das ações do projeto “Artes sim, drogas não!”, que promove aulas de dança, teatro, música, para jovens.
“E o nosso processo de montagem é através de oficinas, só não temos oficina corporal, mas temos oficinas de como fazer figurino, como fazer cenário. Enfim, isso é a montagem do espetáculo da Paixão de Cristo”, destaca.
Em virtude da pandemia, o espe-

“A Paixão de Cristo” será apresentado em dois dias, 7 e 8 de abril, na quinta e sextafeira da Semana Santa.


Projeto que iniciou com a participação de jovens do bairro Dom Jaime, em mossoró, passou por ampliação e hoje reúne jovens de toda a cidade.


táculo passou três anos sem ser encenado e volta a ser realizado, como lembra Flávio Tácito. No entanto, segundo um dos criadores do projeto, o espetáculo voltou a ser produzido com muita dificuldade. “A gente faz esse espetáculo com o chapéu na mão, pedindo aos empresários, fazendo feijoadas, andando de porta em porta, dependemos do apoio da sociedade. Estamos nas ruas de Mossoró, fazendo uma grande campanha para que a gente possa realmente realizar depois desse tempo parado mais uma Paixão de Cristo no Santuário de Santa Clara”.
Flávio Tácito comenta que o espetáculo é gratuito, aberto ao público, e, por isso, os organizadores estão realizando a campanha nas ruas da cidade, com o objetivo de conseguir recursos para a produção dos figurinos.
“Quem puder nos ajudar, ficaremos gratos, porque o figurino é confeccionado pela gente por dona Cos-
ma, uma senhora humilde lá do Santo Antônio, cuja doação é fazer a costura do nosso figurino. Essa junção de forças acontece todo ano no Santuário de Santa Clara, para que possamos encenar a paixão e morte de nosso Jesus Cristo”, enfatiza.
Esse ano, o espetáculo que conta com coordenação geral de Padre Sátiro Cavalcanti Dantas, será apresentado em dois dias, 7 e 8 de abril, na quinta e sexta-feira da Semana Santa. “O espetáculo que tem 1h30 de duração, conta com dramatização, música e dança, e promete ser uma Paixão de Cristo bem diferente, sem sair do contexto da verdadeira história de Cristo, contada pelos jovens. É um espetáculo que vale a pena assistir”.
Já os ensaios tiveram início em janeiro, e acontecem todas as noites. “E, esse ano não é diferente. O público pode esperar um grande espetáculo. Um espetáculo feito com muito amor, com muita dedicação
dos jovens, em que a maioria trabalha e, mesmo cansados, chega à noite e vão para os ensaios. Isso é a coisa mais gratificante e importante do nosso projeto”.
Flávio Tácito, que atua na produção do espetáculo junto com Lucinha Gurgel e Nivaldo Amaral, na parte executiva, faz questão de frisar que “A Paixão de Cristo” do Santuário Santa Clara tem como diferencial a participação não só dos jovens, mas de suas famílias que, realmente, se envolvem na produção.
O Espetáculo “A Paixão de Cristo” tem direção e roteiro de Júnior Félix. Entre os atores, o ator Mayk Pereira, interpretando Jesus Cristo. “O elenco já está fechado, os principais personagens, mas durante todo o espetáculo a gente tem várias participações, e a gente convida os jovens de toda cidade a se engajarem. Aqui é aberto para a população, para quem deseja integrar o nosso projeto”, ressalta.
circuito Poéticas
>> Uern promove programação alusiva ao mês da mulher; evento também é realizado em comemoração ao Dia da Poesia, celebrado em 14 de março, em memória ao aniversário do poeta Castro Alves.

Entre os dias 13 e 17 de março, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) realizará o Circuito Poéticas. A iniciativa ocorrerá nos campi de Mossoró, Assú, Caicó, Natal, Patu e Pau dos Ferros, e integra as atividades comemorativas em alusão ao mês da mulher.
O evento reúne docentes, técnicas-administrativas, discentes e servidoras terceirizadas que irão declamar seus poemas para o público geral, em espaços abertos dos campi. A programação conta com recitais poéticos, e performances cenopoéticas e visuais.
Além de marcar as homenagens do mês da mulher, o Circuito Poéticas também comemora o Dia da Poesia, celebrado em 14 de março, em memória ao aniversário do poeta Castro Alves.

De acordo com o titular da Diretoria de Educação Cultura e Arte
(DECA), da Pró-Reitoria de Extensão (DECA/Proex), Hallyson Dantas, o evento foi pensado como forma de oportunizar trocas de experiências entre comunidade acadêmica e a sociedade em geral. A ideia é possibilitar um espaço de interações entre poetas, poetisas e
circuito Poéticas, realizado entre os dias 13 e 17 de março, integra as atividades comemorativas em alusão ao mês da mulher promovidas pela Uern.
Programação do Circuito Poéticas tem o intuito de estimular a produção artística e celebrar a poesia como forma de arte em todos os Campi
Poesia
comunidade acadêmica da Universidade.
“Entendemos a poesia como manifestação pulsante de sentimentos, sentidos e expressão por meio de estéticas e formas diversificadas, como crônica de nossa época e registro sentimental de anseios,
P Rog RA m Ação
Dia 13 de março – Patu
desejos, dores e amores e que necessita ser compartilhada. A comunidade acadêmica reflete e espelha os pensamentos da coletividade em que está inserida e precisa se escutar também de forma poética”, declara o organizador do Circuito, Nonato Santos.
A programação do Circuito Po -
– 19h – Exibição da vida e obra de Frida Khalo e debate com a Prof.ª Drª Líria Alino, no auditório do Campus de Patu
– Recital e exibição de filme
– Mural e Baú da poesia “Seres Mulheres”
Dia 14 de março – mossoró
– 19h – Pátio da Faculdade de Educação
– Recital cenopoético
– Rodas de conversas
– Instalações Poéticas
Dia 14 de março – caicó
-19h – Na sede do Campus
– Recital cenopoético
– Rodas de conversas
– Instalações Poéticas
éticas tem o intuito de estimular a produção artística e celebrar a poesia como forma de arte em todos os Campi da Universidade, bem como oportunizar espaço para os recitais poéticos no meio acadêmico, e promover interação entre os diversos segmentos da academia.

Dia 14 de março – natal
-19h – Na sede do Campus
– Recital cenopoético
– Rodas de conversas
– Instalações Poéticas
Dia 16 de março – Pau dos Ferros
-19h – Na sede do Campus
– Recital e Instalação Poética
Dia 17 de março – Assú
-19h – Na sede do Campus
– Recital e Instalação Poética

Peixe assado no forno com legumes

IngREDIEnTES moDo DE PREPARo
1 kg de peixe de sua preferência - o Robalo e o Linguado são algumas espécies indicadas para preparações no forno; Caldo de 1 limão;
½ xícara (de chá) de vinho branco seco;
4 dentes de alho picados; Sal e pimenta-do-reino a gosto;
Azeite para untar e regar;
500 g de batata em cubos;
1 pimentão em cubos;
1 cebola em cubos;
1 talo de alho-poró fatiado;
300 g de tomate em cubos;
100 g de azeitona preta.
Comece temperando o peixe com caldo de limão, vinho, alho, sal e pimenta. Em uma forma com papel manteiga untado de azeite, faça uma camada com as batatas. Regue esta camada com azeite e sal. Adicione o peixe já temperado e em seguida acrescente, entre os espaços das postas de peixe, os vegetais e o tempero. Regue novamente com azeite e polvilhe com sal. Cubra a forma com papel manteiga e leve ao forno por, aproximadamente, 40 minutos em fogo médio. Depois de retirar do forno, é só passar o conteúdo para uma travessa de sua preferência, e servir.



>> Bastidores A segunda temporada de “Dom” mostra outros desdobramentos da vida do criminoso Pedro Dom
>> inside Thelmo Fernandes se mostra ansioso com a estreia de “Fim”, série do globoplay


defato com



forte mensagem
>> principal na pele da dependente química
Amanda, Letícia Colin valoriza pegada social de “onde Está meu Coração”
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SeriaiS
Dama da música
>> por Geraldo Bessa
Destaques das séries e conteúdo “on demand”
Chega ao Globoplay mais um título do projeto "Resgate", que revisita grandes clássicos da dramaturgia da Globo. Dessa vez, o público poderá se encantar com a minissérie "Chiquinha Gonzaga", que narra a trajetória da musicista revolucionária, republicana e abolicionista que desafiou a sociedade com sua postura, arte e amores. A trama inicia na cidade do Rio de Janeiro, onde a jovem Chiquinha (vivida na primeira fase pela atriz Gabriela Duarte e, na segunda, por Regina Duarte) nasceu no ano de 1847. Criada com conforto sob a tutela dos melhores professores, ela mostrava, desde cedo, uma grande aptidão musical. Por imposição do pai, se casa com Jacinto (Marcello Novaes) com quem tem três filhos. Mas para a decepção da artista, o marido a proíbe de tocar e ela, rompendo com os padrões sociais da época, se separa. A partir desse momento, Chiquinha luta pela liberdade de apresentar sua arte em público e vive um romance com seu grande amor de juventude, o engenheiro e músico João Batista de Carvalho Jr. (Carlos Alberto Riccelli). Enfrentando preconceito e outros desafios ao longo de sua carreira e vida pessoal, a musicista passa a ser reconhecida e chega a se tornar a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. Exibida originalmente em 1999, a minissérie foi escrita por Lauro César Muniz com direção-geral de Jayme Monjardim.
CaSal problema
(Paramount+, seg, dia 13)
O Paramount+ estreia a série "George & Tammy" sobre o casamento tempestuoso de George Jones (Michael Shannon) e Tammy Wynette (Jessica Chastain). George e Tammy foram grandes referências da música country e geraram canções como "We’re Gonna Hold On", "Golden Ring" e "Stand by Your Man". Devido a problemas com bebida, o casamento deles chegou ao fim na década de 1970. A produção explora essa história com base no livro "The Three of Us: Growing Up with Tammy and George", escrito pela filha do casal, Georgette Jones. John Hillcoat dirige a minissérie, cujo roteiro é de Abe Sylvia e Bryan Goluboff. As filmagens começaram em dezembro de 2021, na Carolina do Norte, Estados Unidos, e agora a série chega ao serviço de "streaming".

Na CeSta
( d isney+, ter, dia 7)
"A Jogada de Chang" é a novidade no catálogo do Disney+ e segue Chang, um estudante asiático-americano de 16 anos que faz parte da fanfarra do colégio, e que aposta com a estrela do basquete que ele consegue fazer uma enterrada até o baile. A aposta leva Chang e seus 1,72 metros de altura em uma missão para encontrar os saltos que precisa para enterrar a bola, impressionar sua crush Kristy, e, finalmente, conquistar a atenção e o respeito de seus colegas do ensino médio. Mas antes que ele pos-
sa saltar e fazer essa jogada, ele terá que reexaminar tudo o que sabe sobre si mesmo, suas amizades e sua família. Com roteiro e direção de Jingyi Shao, fazendo sua estreia em longas-metragens, a inspiradora comédia teen com temática esportiva é estrelada por Bloom Li, Dexter Darden, Ben Wang, Zoe Renee, Chase Liefeld e Mardy Ma. O filme tem produção de Rishi Rajani, Lena Waithe e Brad Weston, com Pamela Thur como produtora executiva.
Vida No riNgue
(HB o m ax, sex, dia 17)
A HBO Max estreia o novo filme nacional "O Faixa Preta: A Verdadeira História de Fernando Tererê". Com direção de Caco Souza, a produção baseada em fatos reais narra a história de Fernando Tererê, um dos maiores lutadores de Jiu-Jitsu que, no auge da sua carreira, sofreu seu maior revés. Produzido por Juciliana D´Oliveira e Eduardo Ferro, o filme retrata a jornada completa do faixa preta no esporte, desde os primeiros passos até as grandes conquistas, reproduzindo as adversidades que Tererê enfrentou ao longo de sua história, além de demonstrar como ele se reergueu dentro e fora dos tatames. O longa é uma lição de vida e superação para os fãs do esporte e do consagrado atleta, que é interpretado por Raphael Logam. A produção reúne no elenco Raphael Logam, Isabel Fillardis, Luiz Otávio, Duda Nagle, Jefferson Brasil, entre outros.
outraS ideNtidadeS
(Prime Video, sex, dia 17)
O Prime Video lança a segunda temporada da série brasileira Original Amazon "Dom". Nos episódios da nova temporada, Dom se torna o criminoso mais procurado do Rio de Janeiro. A polícia fecha o cerco e, acuado, ele tenta fugir, mas acaba preso. Com a criminalidade por todos os lados, só lhe resta uma opção: se passar por outra pessoa para sobreviver a este inferno. No passado, o jovem Victor entra em guerra com o lado podre da polícia e, assim como seu filho, precisa fugir antes que seja tarde.
m ensagem forte
Adependência química é assunto recorrente na teledramaturgia. Letícia Colin, porém, vê a série “Onde Está Meu Coração” como uma guinada sobre a temática diante das câmeras. Na pele da jovem de classe médiaalta Amanda, a atriz interpreta uma brilhante médica que se envolve com o mundo das drogas. Letícia, que gravou a série há mais de três anos, celebra a oportunidade de ver a urgente discussão chegar à tevê aberta na grade da Globo. “A dependência química é uma doença. A série vai fundo no tema. Precisamos avançar na maneira de tratar a adicção química na nossa sociedade, baixar a guarda do preconceito e hipocrisia e partir para um diálogo mais maduro”, defende.

A produção narra a trajetória da idealista Amanda. De uma família estruturada e amorosa, ela se vê imersa em um mergulho profundo na dependência química e acaba carregando junto consigo todos os que ama. Do ponto de vista material, sempre teve tudo, mas, acaba encontrando na droga um alívio para o seu próprio abismo existencial. “É um trabalho de renascimento, de segunda chance, de reconexão com a própria essência, de resgate da dignidade, todos esses assuntos são universais”, afirma.
P – Gravada em 2019, a trama de “Onde Está Meu Coração” chegou primeiramente ao Globoplay. Como é ver o proje-
to estrear finalmente na tevê aberta?
R – Eu, pessoalmente, comemoro muito porque a gente precisa se conectar com esse tema e essa série ajuda muito às pessoas que vivem esse drama, pois ela traz soluções e aponta para caminhos. Quem gosta de histórias densas, vai gostar demais de “Onde Está Meu Coração”. É um dos trabalhos que eu mais tenho orgulho de ter feito.
P – Que tipo de reflexões sobre dependência química a série pode gerar no público?
R – É um trabalho de renascimento, de segunda chance, de reconexão com a própria essência, de resgate da dignidade, todos esses assuntos são universais. Precisamos avançar na maneira de tratar a adicção química na nossa sociedade, baixar a guarda do preconceito e da hipocrisia e partir para um diálogo mais maduro. As drogas existem, os usuários são vítimas sociais por vários motivos diferentes e a questão da dependência é uma questão de
saúde e não de polícia. A dependência química é uma doença. A série vai fundo no tema.
P – De que forma?
R – A série emociona como uma grande história de renascimento. É um trabalho premiado, reconhecido nacional e internacionalmente, então, quanto mais pessoas tiverem acesso a ele, mais oportunidade de se fazer pensar no assunto de um jeito diferente. É uma série com uma trilha sonora muito forte e linda, com um jeito de filmar especial e ousado da Luísa Lima (diretora artística). É um trabalho com muitas conquistas, então, quando ele chega para novas pessoas na tevê aberta, a gente consegue um monte de vitórias.
P – Por conta da série, você chegou a ser indicada na categoria “Melhor Atriz”, do Emmy Internacional 2022. Qual a importância dessa indicação em sua trajetória?
R – São mais aprendizados, né? Os aprendizados são muitos e a indicação ao Emmy foi
um momento lindo na minha vida, é uma indicação que fica para sempre. Fiquei imensamente feliz. Nosso trabalho é a vitória do amor, da delicadeza e da força de contar uma história sobre ter uma segunda chance. É possível superar a dependência química e reinventar sua vida. Estar lá (na premiação) vendo atores do mundo inteiro que também levam suas histórias e seus dramas. Foi uma vitória importantíssima do projeto.
P – Por quê?
R – Pessoas do mundo inteiro que assistiram à série –são mil jurados – e compreenderam por que essa série tem uma linguagem universal, que é a linguagem do amor, da superação, que se conecta com todas as pessoas. Foi bom sentir que a nossa história chegou tão longe. Eu ganhei a APCA, que é um grande prêmio brasileiro, que eu jamais poderia pensar em ganhar um dia e eu tive a sorte de receber – são tantos trabalhos bons de outras atrizes.
P – A jornada da Amanda, ao longo dos capítulos, é muito intensa. Como foi seu processo de criação da personagem?
R – Conversei com muitos psiquiatras, fui aos CAPs (Centro de Atenção Psicossocial). Fui em reuniões dos Narcóticos Anônimos. Tirei várias dúvidas sobre como funcionava o sistema. Fui na Cracolândia. Ao contrário do que muitos pensam, é um local de afeto e família também. É algo completamente diferente daquele olhar de medo que as pessoas pintam. São pessoas que se protegem, pessoas que têm sonhos. São pais, filhos, irmãos... Mudou a minha vida olhar no olho daquelas pessoas.
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moda legítima
Apaixão de Renata Kuerten pela moda a levou às principais capas de revistas e passarelas do mundo, mas também despertou sua curiosidade por outros universos, como o da tevê. Até então somente modelo, ela aproveitava as entrevistas e participações em programas das mais diversas emissoras para observar e aprender. A tática deu muito certo, visto que agora ela consegue reunir todas as suas referências fashion e televisivas à frente do “Esquadrão da Moda”, que ela apresenta ao lado do estilista Lucas Anderi desde o ano passado, no SBT. Bem mais tranquila, ela assume que sentiu certa dificuldade ao ter de comandar uma das produções mais longevas da grade da emissora. “É preciso saber chegar em qualquer lugar. O programa está no ar desde 2009. Então, tive que ir chegando devagarinho para entender como tudo funcionava. Fiquei feliz com o convite e acho que tivemos um ótimo retorno do público e da emissora. Agora, neste segundo ano, estamos mais livres, soltos e seguros de nos expressar”, garante.

Sem seguir antigas cartilhas, Renata acredita que o “Esquadrão da Moda” tem evoluído com as legítimas discussões da sociedade em torno de temas como corpos reais, futilidades consumistas e
questões de gênero. “Acabou aquela coisa do certo ou errado, se está na moda ou fora de moda. Para mim, a moda é você se sentir bem, estar confortável e confiante”, opina. De olho no roteiro do programa e com liberdade para realizar possíveis alterações, Renata acredita que, muito além de mostrar roupas e tendências, a função de cada episódio da temporada é mostrar as histórias dos participantes e suas relações com o próprio senso estético. “O programa não quer alterar o estilo e a personalidade dos participantes. O que eu e Lucas queremos é, de repente, ensinar sobre como usar certos tipos de tecidos, por exemplo. A elegância que estamos passando é para que as pessoas entendam seus corpos. No Brasil, nós temos vários tipos de corpos e acho que
estamos conseguindo trabalhar bem com isso”, avalia.
Nos bastidores, a relação entre ela e Lucas também se estreitou. A sintonia entre a dupla durante a primeira temporada acabou revelando uma boa amizade cheia de interesses afins. “É claro que seguimos o roteiro, mas também rola muito improviso. A gente chegou no projeto tentando entender o tempo e as referências um do outro. Hoje, a gente se fala pelo olhar durante as gravações. Isso muda toda a dinâmica da produção e deixa tudo mais natural”, destaca. É com toda essa desenvoltura que os dois também fazem um acolhimento todo pessoal dos participantes que topam passar pela transformação que o programa propõe. “Nunca é só pelas roupas, cabelo e maquiagem. Sempre tem uma história
por trás. Nas conversas, a gente faz de tudo para que todo mundo se sinta acolhido. Aí as pessoas desabafam, choram, contam coisas bem fortes, expõem suas batalhas e cicatrizes. É uma emoção muito real e acho que isso fica bem nítido no vídeo. Saio de cada gravação muito realizada e com a sensação de que ajudei alguém a recuperar ao menos sua autoestima”, ressalta.
Catarinense da pequena Braço do Norte – e prima distante do tenista Gustavo Kuerten –, Renata estava na escola quando foi descoberta por um olheiro, profissional da moda que recruta possíveis talentos para o mundo fashion. Aos 14 anos, deixou a roça da família rumo a São Paulo, onde passou por todos os perrengues de uma novata que, aos poucos, foi conquistando passarelas de países como França, Espanha, Estados Unidos, Itália e Israel. “Nunca parei de trabalhar. É preciso muito foco e disciplina. Acho que foi isso que acabou me levando para a tevê também”, conta. A estreia no vídeo foi na Rede TV!, em 2015, onde apresentou os dominicais “Conexão Modelos” e “Chega Mais”. “Lembro até hoje do meu nervosismo gravando o piloto. Acabou e me surpreendi quando os diretores falaram que tinha ficado ótimo”, entrega, entre risos. Com passagem pelo canal pago E!, em 2021, Renata foi escalada para ser umas das participantes da disputa culinária do “Bake Off Brasil Celebridades” e acabou chamando a atenção do SBT. Hoje, aos 34 anos, ela se orgulha do espaço conquistado no vídeo, mas ainda não pensa em deixar a carreira de modelo de lado.
Em sintonia com as pautas atuais, Renata Kuerten defende liberdade de corpos e estilos à frente do “Esquadrão da moda”, do SBT
>> ponto de vista

influência dupla
Com passagens por emissoras como as extintas TV Paulista, TV Tupi, além de Globo e Record, até finalmente o SBT, o “Programa Silvio Santos” completa, em 2023, seis décadas de existência. Na esteira do tempo, foi o veículo principal para o apresentador titular mostrar todo seu poder de improviso e apelo popular para segurar o telespectador por horas a fio, consolidando-se como o principal comunicador do país. Resistente a qualquer ideia de aposentadoria, Silvio acabou tendo de pensar em alguma forma de substituição por conta da pandemia. Por isso, desde 2021, escalou a própria filha, Patrícia Abravanel para a função de co-apresentadora da produção. Satisfeito com o desempenho comercial do programa e a boa aceitação do público, a estreia da atual temporada deu ainda mais destaque à Patrícia, ao mudar o títu-


“Programa
lo para “Programa Silvio Santos com Patrícia Abravanel”, sinal forte de que, após um longo período de transição, uma mudança definitiva está por vir.

É fato que Patrícia sempre foi a grande aposta de Silvio para o setor de entretenimento do SBT. Com faro único para o vídeo, o apresentador e dono da emissora sabia que deveria introduzi-la ao público de maneira leve e sem tanto alarde. Por isso, de forma quase sentimental, Patrícia, que cresceu nos bastidores do SBT, estreou como apresentadora na série especial “Festival SBT 30 Anos”, de 2011. Aos poucos, integrou a bancada de alguns programas do pai e o comando de produções institucionais disfarçadas de programas de auditório, como “Roda a Roda” e “Caldeirão da Sorte”. Mesmo ainda insegura e sem tanto carisma, ganhou de presente um amplo espaço dentro da grade da emissora, com títulos como
“Cante se Puder”, “Vem Pra Cá” e, em especial, o “Máquina
da Fama”. Exibido entre 2013 e 2017, o programa representou a primeira vitória mais pessoal da apresentadora ao conquistar audiência e repercussão satisfatória para os níveis do SBT.

Com mais autonomia e maturidade, Patrícia parece de fato estar pronta para o “Programa Silvio Santos”. O jeito meio inseguro e a fala um pouco embolada foram incorporadas a sua personalidade como apresentadora e acabaram naturalizadas. Com a produção em suas mãos, onde Silvio faz apenas participações esporádicas e protocolares, Patrícia fez da estreia da nova temporada uma carta de intenções em prol do rejuvenescimento de uma das mais longevas produções da tevê brasileira. Sem ter o mesmo manejo de público paterno, ela apela para um discurso mais coerente com a atu-

alidade e bons convidados, como a cantora Karin Hils, des-
taque do novo quadro, o importado “Cantando em Família”, que a própria Patrícia pesquisou e apresentou à direção executiva do SBT. Com a confiança de quem é herdeira e sem medo de mexer em mofo, ela também teve coragem para realizar alterações no corpo de baile do programa, trocando o figurino das dançarinas para um estilo mais esportivo e menos sensual e adicionando homens ao balé e, por fim, renovar o time do enfadonho quadro “Jogo dos 3 Pontinhos”, que ganhou a presença de comediantes da nova geração e teve resultado menos constrangedor que o habitual. Mais jovial e nem por isso menos cafona, o “Programa Silvio Santos com Patrícia Abravanel” é um programa de personalidade híbrida à espera da inevitável aposentadoria do dono do baú.
Ao completar 60 anos de exibição “Programa Silvio Santos” ganha em jovialidade ao dar mais autonomia à Patrícia Abravanel
reSumo daS NoVelaS
Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Segunda – José pede para Fubá mimoso proteger Candoca e manduca. mirinho consegue enganar Vespertino. ismênia vai para a casa de Tertulinho. Catão questiona o Coronel sobre ele ter assumido a culpa pela morte de noé. Timbó e Xaviera trocam confidências sobre o mandante do atentado contra José. Tertulinho encontra Laura desacordada em seu carro na estrada e chama uma ambulância. José garante a Firmino que colocará fim à guerra que se iniciou em Canta Pedra.
Segunda – Sol aceita voltar e conversa com a família. Bruna tem uma séria discussão com Kate. Theo esquece de seu aniversário de casamento e sai com Kate. Sol conforta Bruna. Ben liga para Sol, que não atende. Kate se muda para o apart, Hugo pede para Jenifer alertar a amiga sobre seu namorado. Yuri é abordado por um segurança da faculdade e entra em pânico. Sol fica chocada com o contrato que Wilma exige que ela assine para voltar a trabalhar com o filho.
Segunda – Helô conversa com Stenio sobre sua preocupação a respeito do paradeiro de montez. Cidália, guerra e Chiara conversam com o cirurgião que operou o empresário e descobrem que guerra estava sob efeitos de medicamentos quando deu as informações para Ari. Bia beija oto na frente de Brisa. oto liga para Ari para pegar os registros médicos de Dante, que foi internado com suspeita de princípio de infarto. Karine mantém contato com uma suposta atriz pela internet, sem saber que se trata de um pedófilo.
Segunda – Um ladrão tenta assaltar Pedro e Chloe, Pinóquio aparece e surpreende o bandido. Jeff conta a Raquel e Brenda que LUC1 está na casa do otto e que o LUC2 apresentado no “Encontro de Fãs” é um clone. otto invade o sistema do Pinóquio para levá-lo de volta para sua mansão. Benício fica feliz com o carinho dos fãs. Escondendo sobre ser informante da polícia, gleyce diz aos colegas do CLL que não foi à delegacia e que seria melhor aceitar os termos do Cobra. Através do reconhecimento facial, Sara identifica Tânia no evento da Luc4Tech.

ACESSE





Terça – Lorena aceita se casar com Firmino, e Padre Zezo se emociona. Tertulinho avisa a José sobre o estado de saúde de Laura após o acidente. maruan revela a José que Sabá Bodó e nivalda aplicaram um golpe no Coronel Tertúlio. Sabá teme que as prisões de Floro e Vespertino o prejudiquem. Dagmar não contém as lágrimas ao ser chamada de mãe por Lorena. Fubá mimoso observa os capangas de Deodora nas terras de Timbó.
Quarta – Dagmar visita Tertúlio, e os dois reconciliam. Tertulinho confronta Deodora e márcio Castro sobre o acidente de Laura. Deodora disfarça o temor quando José a ameaça. Com ajuda de Catão, Tertulinho faz com que márcio assuma o atentado contra Laura, e o advogado entrega na delegacia. Sargento Venâncio dá voz de prisão a Sabá e nivalda, mas o casal consegue fugir. Firmino consegue libertar o Coronel, que emociona ao reencontrar Tertulinho.
Terça – Vitinho resolve o problema com as mulheres, e Lui fica constrangido na frente de Sol. Lumiar escuta Jenifer falando que a pista que tem sobre o pai é uma tatuagem igual da mãe. Yuri, Bela e Jenifer questionam Lumiar sobre o laboratório de revisão criminal e estranham a forma hostil como ela os responde. Bia e Fred se beijam. Lumiar e Ben discutem sobre o projeto no iCAES. Érika pede para entrevistar Sol. Theo perde o controle quando Kate conta sobre guiga.
Terça – Brisa e núbia contestam o resultado do exame de DnA. Brisa suspeita de que Ari esteja envolvido no resultado do exame. Flora avisa a Brisa que solicitará o pedido do Juiz para refazer o exame de DnA. inácia comenta com guida que sente Rudá mais seguro de si. Laís alerta Stenio para a acusação de atropelamento que Rudá fez a moretti, tendo o advogado como possível cúmplice. Stenio deixa claro a moretti que não o defenderá caso o empresário seja responsável pela explosão do carro de guerra. moretti foge de Zezinho.




Terça – os colegas de gleyce ficam decepcionados com ela pela falta de coragem. Éric fala para Luigi parar de se humilhar por Song e seguir a vida. Valdinéia abusa de nanci com as tarefas de casa. glória fala para otto que Luísa está gostando dele. Poliana diz a glória que João vai relançar o livro do pai dele. Song diz a Helena que acabou de ver Luigi com uma garota na escola. Helena afirma que ela tem que estar feliz por Luigi, depois de toda humilhação. A informação que Cobra mantém o CLL circula pela comunidade. gleyce diz aos amigos que não vai fazer nada a respeito.







Quarta – Theo convida Clara para sair, e Rafa fica intrigado. Dora incentiva Fábio a ir ao show de Lui. Theo se esconde de Jenifer e Tatá ao ver os dois chegarem ao show. ivy percebe Sol balançada com a proximidade de Lui. Theo filma show de Sol e manda para Ben, que fica desconcertado quando Lumiar o flagra vendo o vídeo. Sol vê Theo na plateia e acaba torcendo o tornozelo. Fred esbarra com o pai de Rafa no show. Fábio chega ao show de Lui.
Quarta – guerra despreza os apelos de núbia. gil se irrita com a desconfiança de Talita sobre ele. guerra volta à empresa sob os aplausos dos funcionários. Caíque desiste de viajar com Talita. guerra avisa aos funcionários que Chiara trabalhará na empresa e deverá se inteirar dos trabalhos de todos. Stenio estranha as atitudes de moretti. núbia pede para Ari devolver suas ações. Baseado na conversa de Helô com moretti, Stenio avisa cliente que ele é o principal suspeito de ter colocado a bomba no carro de guerra.
Quarta – LUC2 tira fotos para divulgação. Vídeos do LUC2 tratando mal os fãs rodam pela internet. João convida os amigos para o lançamento do livro do pai. o plano de nanci de aproximar de Valdinéia e ganhar confiança começa a dar certo. LUC2 tira fotos com magabelo e uma outra somente com Lorena. mario fica com ciúmes. Através das redes sociais, Pinóquio visualiza a foto de LUC2 com Lorena e fica furioso. Raquel diz a Luca que ele pode contar com ela, que se conhecem há anos, e o convida para uma festa na casa dela.
não Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
Até o fechamento da edição, a emissora não divulgou o resumo do capítulo.
se márDeodora Com a márcio se voz consegue se
Rafa show ver bafilma o desconvídeo. tornoshow.
núbia. ele. funTalita. trabatrabalhos moretti. Baseado ao coloca-
Vípela lançase comagabelo com vifurioso. ela, já uma
Quinta – o resumo do penúltimo capítulo


será divulgado.
Sexta
Quinta – Sol quebra o clima com Lui, que fica sem graça. Theo convence Clara a organizar uma festa surpresa de aniversário para Rafa. Lumiar revela a Fábio que não quer que Ben implante seu projeto no iCAES. Eduardo gosta de ver a inquietação de Jenifer ao se aproximar dela. Fábio vai à mansão e Lui se irrita com sua presença. Fábio sugere que Lumiar conte a verdade para Ben. Ben se lembra de Sol quando ouve o discurso de Jenifer na reunião do Aquilombados.

Quinta – Ari conta a Dante que Brisa teve que refazer o exame de DnA. Dante sugere a Ari que pense sobre os atos que cometeu. Stenio pergunta a moretti quem é a pessoa que está perseguindo o cliente. Tininha comenta com Brisa que teve a impressão de que oto esteve no bairro. gil sente a desconfiança de Chiara sobre ele. Ari avisa a núbia que Acácio será seu novo motorista. núbia avisa a Ari sobre a intimação da polícia. núbia discute com Brisa. Ari comparece à delegacia para falar com o delegado sobre a intimação que recebeu.
Quinta – otto explica sua situação monetária para Poliana. gleyce acha que fez a escolha errada em ser informante, já que não consegue ajudar a polícia e nem a comunidade. nanci diz a Valdinéia que a comida da casa está acabando e que em breve eles precisam comprar mais. nanci entrega uma lista de compras para Valdinéia e Waldisney sugere ir ao mercado no lugar da mãe. Luigi fala para Éric que Song está respondendo as mensagens dele e que ainda vai reconquistála. Valdinéia entrega a chave do carro para Waldisney. nanci foge com Waldisney.
ACESSE











Sexta – Lumiar implora que Theo não conte para Ben que Jenifer é filha de Sol. Kate descobre que Theo está na festa do filho. Rafa fica atordoado com a presença dos convidados. Theo tira uma foto sua com Jenifer. Lumiar não gosta quando Theo oferece um trabalho para Jenifer. Theo discute com Rafa. Vitinho avisa que Lui fará uma participação em um programa de televisão. Kate recebe Hugo e manda uma foto dos dois para Theo.
Sexta – moretti pede ajuda a Cotinha e Leonor. Karine continua enviando fotos suas para Bruna, sem saber que por trás da falsa atriz age um pedófilo. Chiara escuta uma conversa de guida com Leonor sobre Débora, e pergunta a guerra sobre a história de moretti ter abandonado a moça grávida. gil avisa a Ari sobre as notas que moretti está soltando na internet, insinuando seu possível envolvimento no atentado contra guerra. Talita estranha o jeito de Caíque com ela e acaba achando que tem alguma coisa errada consigo.

Sexta – Pedro e Yuna abrem os olhos de Chloe e afirmam que a professora Edite não é a mãe deles. Waldisney leva nanci para minas gerais. Luigi continua pedindo dicas de flerte e autoestima para Éric. Helena diz a Song que ouviu uma conversa dos pais em que a gleyce estaria envolvida com o Cobra. Sérgio e Joana cancelam a encomenda do outro bolo e pedem para Durval preparar. nanci acorda e fica brava porque Waldisney mudou de rota e desistiu de se entregar. Raquel e Brenda dão início à festa que promete surpresa aos convidados.
Sábado – Jenifer pede para Kate se afastar de Theo. Lumiar e Theo discutem por causa de Sol. Kate implora que Jenifer não conte para Bruna sobre o seu namorado. Eduardo avisa Jenifer que guardou um lugar para ela ir com ele como missionária. Lumiar conta para Clara sobre o envolvimento que Theo e Ben tiveram com Sol no passado. Theo tenta expulsar Kate de seu apart, mas ela faz um escândalo. Tatá discute com Jenifer por causa de Eduardo.



Sábado – Cidália avisa a Ari para ficar distante de guerra, e deixa claro que o atentado sofrido pelo empresário está sendo investigado pela polícia. Chiara acusa Ari. Chiara pede a guerra que acelere o documento com o destrato da união estável com Ari. Joel demonstra a marineide sua preocupação com as conversas de Karine pela internet. Cotinha conversa com Caíque sobre a relação do rapaz com Leonor. monteiro comunica a Dante que eles foram convidados a dar a primeira palestra de inauguração da biblioteca no casarão.

Domingo,
História para contar
que gosta dessa criação tão próxima.
P – Em que sentido?
Marcos Caruso não se faz de rogado antes de colocar a mão na massa. O ator, que está no ar em “Travessia”, é um sujeito de ação. Antes de mergulhar de cabeça no texto de Gloria Perez para criar o Professor Dante, o ator de 71 anos absorveu tudo o que foi possível de sua breve passagem por São Luís, no Maranhão. “Andei sozinho pelas ruas, observei as pessoas. Gosto de ir vendo, criando e fazendo. Vi algumas aulas de professores na faculdade. Eu queria pegar esse espírito para ir descobrindo os caminhos do personagem”, explica.
Na novela das nove, Dante é um professor humanista e profundo conhecedor da história do Maranhão. Foi o mentor de Ari, papel de Chay Suede, e enxerga o discípulo como seu sucessor na luta pela preservação do patrimônio histórico de São Luís. Ele, porém, não contava com a ambição e a ganância de seu pupilo ao chegar no Rio de Janeiro. “Gosto do Dante porque é um personagem que lida com História. Ao chegar no Maranhão e ver aqueles casarões preservados, dá vontade de chorar. Mas, ao ver o entorno destruído, dá vontade de chorar ainda mais”, descreve.
P – Recentemente, você esteve no ar na trama de “Quanto Mais Vida, Melhor!”. O que chamou a sua atenção na hora de aceitar o convite para “Travessia”?
R – Acho que o Dante tem uma característica muito comum aos brasileiros. O Dante, assim como todos nós brasileiros, estamos sempre tentando recuperar ou preservar algo. O Dante tem todo esse discurso de preservação e defesa de algo que está em perigo ou uma defesa contra o mal. E vamos combinar? No Brasil estamos sempre em defesa da preservação ou recuperando algo. Acho que toda a personalidade do personagem passava exatamente por esse espírito.
P – As gravações da novela começaram por São Luís, no

Maranhão. Como foi esse período de trabalho na capital maranhense?
R – Foi fundamental estar em São Luís. Achei bom ter a chance de andar pelas ruas sozinho, ver as pessoas. Tinha uma faculdade de História na frente da nossa base de gravação, onde servia de ponto de apoio nas gravações. Fui na faculdade e fiquei vendo alguns professores darem aulas. Mas não era para olhar, como já fiz em outros trabalhos para me basear, era meio que para pegar aquele espírito. Sempre gostei muito de encarnar esse espírito do personagem. Sou um ator
R – Costumo dizer que sou um cara que faz criações de fora para dentro mais do que dentro para fora. Por isso, eu preciso estar nos locais, fazer e agir. Não sei me organizar mentalmente ou simplesmente sentar para estudar. Digo que sou mais da dispersão do que da concentração. Então, estar em São Luís durante a criação do personagem, ainda muito no começo de tudo, foi como o destampar uma garrafa de champanhe.
P – Você já conhecia São Luís antes das gravações?
R – Já, já conhecia São Luís. Conhecia, inclusive, a história da ilha. Logo no primeiro capítulo, o Dante dá uma aula de História sobre São Luís. É uma sequência cheia de informação. Eu sempre gostei muito de História. Se eu não fosse ator, seria guia turístico ou professor. Seria uma forma de ainda estar em cima de um palco e com uma pequena plateia (risos).
P – Por questões de cronograma, “Quanto Mais Vida, Melhor” e “Travessia” foram ao ar no mesmo ano. Quais lembranças você guarda dos bastidores da novela das sete?
R – Foi um trabalho que só posso agradecer. Tive colegas incríveis em cena. O Mauro (Wilson) e sua equipe escreveram um novelão. Com quatro protagonistas, ele tinha quatro novelas para escrever. Eu já escrevi novela e sei que não é uma tarefa fácil. Não sei como ele sobreviveu (risos). Foi um projeto diferente de tudo que já foi feito.
>> cinco perGU ntas: Em “Travessia”, marcos Caruso se deslumbra com os dados históricos da novela das nove
Surpresa inicial
>> raio x mariana Costa fez os testes para “o Cangaceiro do Futuro” sem saber que era uma série da netflix
Na carreira artística, principalmente quando se dá os primeiros passos, não é difícil participar de testes sem saber muitos detalhes do trabalho pretendido. Com Mariana Costa, a ingênua Amélia de “O Cangaceiro do Futuro”, foi exatamente assim. Até ser aprovada para interpretar a personagem, a atriz cearense não fazia ideia de onde a história seria exibida. “Foram duas fases: primeiro, gravando uma selftape e, depois, em uma reunião online já com os diretores e com a atriz que interpreta minha irmã, a Monique Hortolani, fazendo uma cena do texto. Depois de alguns dias, soube que tinha passado. Antes, não sabia do que se tratava o projeto e nem para onde era”, conta.
Na trama, Amélia é uma garota cheia de sonhos, atenta e conectada com a natureza e os sinais que ela dá. Incompreendida por alguns, é verdade, mas bastante querida pelos que estão dispostos a conhecê-la para além da aparente fama de lentinha. “Amélia tem um coração puro, que não vê maldade nas coisas, mesmo que estejam na sua cara. Ela vive em uma realidade de coronelismo patriarcal de 1937 no sertão do Ceará, mas não absorve as atrocidades do pai e trata tudo de forma natural”, conta a atriz, de 21 anos.
Estreante na tevê, Mariana sabe bem o que mais chamou sua atenção ao participar de “O Cangaceiro do Futuro”. “Foi meu primeiro trabalho no audiovisual de alcance internacional. Sou cria do teatro, mas de uns três anos para cá foquei mais o estudo para o audiovisual. Me deparei com a chance de fazer um trabalho desse porte, no meu estado, com o meu sotaque”, valoriza ela, que buscou referências em vídeo para sua composição. “Na época, assistia a muitas comédias nordestinas, como o ‘O Auto da Compadecida’ e ‘Lisbela e o Prisioneiro’, além de filmes sobre cangaço, como ‘Corisco & Dadá’ e ‘Lampião, o Rei do Cangaço’”, cita.
Além da dedicação com a carreira artística, Mariana definiu uma espécie de plano B para seu futuro. Ela está fazendo faculdade para se formar
como advogada. “O Direito entrou na minha vida como uma outra vertente de estudo e carreira quando terminei o ensino médio. Por ter questões que me interessam bastante, como a área trabalhista e criminal, principalmente na defesa de gênero e racial”, aponta. Mesmo assim, ela entende quais são suas reais prioridades hoje. “São duas profissões que parecem distintas, mas se misturam na minha vida. Porém, no atual momento, estou mais focada na carreira artística”, avisa.
Nome completo: Mariana Costa Barros.
Nascimento: 1º de novembro de 2001, em Fortaleza, no Ceará.
Atuação inesquecível: Como Cecília, no musical “Ceará Show”, direção de Silvio Guindane, que passou três anos em cartaz em Fortaleza, de quinta a domingo.
Interpretação memorável: Fernanda Montenegro como Dora no filme “Central do Brasil”, lançado em 1998 e dirigido por Walter Salles.
Momento marcante na carreira: Participar da série “O Cangaceiro do Futuro”.
O que falta na televisão: Espaço.
O que sobra na televisão: Qualidade.
Com quem gostaria de contracenar: Dira Paes.
Se não fosse atriz, seria: Advogada.
Ator: Will Smith.
Atriz: Ruth de Souza.
Novela: “Avenida Brasil”, exibida originalmente pela Globo em 2012 e escrita por João Emanuel Carneiro.
Vilão: Coringa, papel de Joaquin Phoenix no filme “Coringa”, suspense psicológico estadunidense de 2019, dirigido por Todd Phillips.
Personagem mais difícil de compor: Palhaça, na peça de clown “Escola de Palhaços”.
Que novela gostaria que fosse reprisada: “Amor à Vida”, escrita por Walcyr Carrasco e exibida originalmente pela Globo entre 2013 e 2014.
Que papel gostaria de representar: Celie, personagem de Whoopi Goldberg no filme “A Cor Púrpura”, drama dirigido por Steven Spielberg e lançado em 1985.
Filme: “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, drama estadunidense de 2016, dirigido por Barry Jenkins.
Autor: Ariano Suassuna.
Diretor: Spike Lee.
Vexame: “Ficar presa no camarim minutos antes de entrar em cena”.
Mania: “De mexer no cabelo”.

Medo: “De perder quem eu amo sem ter dado o devido valor”.
Projeto: “Concluir meus cursos de Cinema, da Escola Pública de Audiovisual Vila das Artes, e de Direito, da Universidade de Fortaleza”.
>> inside
Contas do tempo
Thelmo Fernandes é um ator ansioso. Quando se empolga com um projeto, quer logo se envolver com todo o processo e, na sequência, ver o trabalho no ar. Porém, o ator teve de controlar um pouco essa urgência com “Fim”, adaptação para o serviço de streaming Globoplay do premiado livro homônimo de Fernanda Torres. Convidado para a série pelo diretor Andrucha Waddington, no começo de 2020, Thelmo tinha acabado a fase de preparação e iniciado as gravações ao lado dos outros protagonistas quando tudo teve de ser paralisado por conta da pandemia. “Era a segunda semana de trabalho nas locações, estávamos todos empolgados, mas não ti nha outra saída. Paramos e achamos que nos veríamos algumas semanas depois”, conta o intérprete do solitário Álvaro. O reencontro entre equipe e elenco de fato só aconteceu em janeiro de 2022. “A pausa foi bem maior que o planejado. O mais legal é que todo mundo foi mantendo contato ao longo deste tempo. Voltamos ainda mais integrados para retomar nossos papéis e contar essa história incrível”, valoriza o ator, que agora, com as gravações concluídas, aguarda a estreia na plataforma, prevista para acontecer ainda neste primeiro semestre.
A trama foca na história de um grupo de cinco amigos cariocas, Álvaro, Sílvio, Ribeiro, Neto e Ciro, interpretados respectivamente, por Thelmo, Bruno Mazzeo, Emílio Dantas,

David Junior e Fábio Assunção. Eles rememoram as passagens marcantes de suas vidas em festas, casamentos, separações, manias, inibições e arrependimentos. Álvaro é um hipocondríaco solitário que passa o tempo de médico em médico e não suporta a exmulher; Sílvio é um junkie fiel, que não larga os excessos de droga e sexo nem na velhice; Ribeiro é um rato de praia atlético, que ganhou sobrevida sexual com o Viagra; Neto é o monogâmico careta da turma; e Ciro é o Don Juan invejado por todos, mas está abatido por um câncer. “Cada um dos protagonistas lida de maneira muito peculiar com o envelhecimento e todas as transformações que ele traz. A cidade do Rio de Janeiro também surge como um personagem extra, que vai se transformando junto com eles. Como o título já diz, a série fala sobre finitude e de como ela afeta nosso entorno através do tempo”, resume.
O papel de um dos protago-
nistas em “Fim” marcou um momento importante da carreira de Thelmo. Passada a recente paralisação forçada, o ator tem aproveitado sua liberdade artística e se envolvendo em produções que realmente o instigam profissionalmente, como o drama baseado em fatos reais “Todo Dia a Mesma Noite”, da Netflix, onde vive o sofrido Pedro. “Meu personagem é homem que, depois da morte da filha naquele incêndio criminoso, transforma sua vida com o objetivo de conseguir justiça para esta grande perda”, ressalta. Ainda em 2023, ele também estará no esperado retorno da sitcom “Cilada”, série exibida entre 2005 e 2009 pelo Multishow e que volta para uma nova temporada feita em parceria entre o canal pago e o Globoplay. Na trama, ele revive o folgado e sem noção Gerson, amigo e colega de trabalho do protagonista Bruno, de Bruno Mazzeo. “A sensação que tínhamos durante as gravações era que não
tinha se passado tanto tempo assim desde a estreia da série. O mesmo time, a mesma energia, obviamente algumas situações se adequaram com as mudanças da sociedade como um todo”, analisa.
Natural do Rio de Janeiro, Thelmo tinha pouco mais de 20 anos quando soube que um grupo de teatro amador estava montando uma peça no bairro onde morava, a Ilha do Governador, pediu para participar e se apaixonou pela atuação. A estreia na tevê foi em um episódio do extinto “Você Decide”, de 1995. Porém, já devoto dos palcos e sem querer muito compromisso com a tevê e o cinema, acabou fazendo apenas pequenas participações em produções audiovisuais ao longo da década. Essa restrição, entretanto, acabou desaparecendo nos anos 2000, por conta da repercussão de trabalhos como o longa “Tropa de Elite” e a série “Cilada”, que acabaram dando a Thelmo maior visibilidade.
Thelmo Fernandes se mostra ansioso com a estreia de “Fim”, série do globoplay
>> Bastidores Estrelada por gabriel Leone, a segunda temporada de
Para além do crime
do criminoso
Pedro DomCurta, mas intensa. Assim foi a trajetória de Pedro Dom, um conhecido criminoso da classe média carioca que chefiou uma violenta quadrilha especializada em assaltar edifícios de luxo no Rio de Janeiro no começo dos anos 2000. O jovem de cabelos loiros e olhos azuis viu sua vida terminar precocemente, com um tiro no tórax, aos 23 anos. Mesmo com sua efêmera carreira no crime, Pedro acumulou histórias o suficiente para ganhar uma segunda temporada da série “Dom”, original Amazon Prime Vídeo, que estreia no próximo dia 17. A produção, que já tem uma terceira temporada em gravação, é estrelada por Gabriel Leone. “A série é uma potência e o sucesso que a primeira temporada alcançou é graças à atenção que recebeu, desde o cuidado e tratamento com o roteiro, o tempo de filmagem e as pessoas envolvidas na produção”, afirma Leone.
Os sete episódios inéditos serão disponibilizados semanalmente até 14 de abril. Na trama produzida pela Conspiração, Dom se torna o criminoso mais procurado do Rio de Janeiro. A polícia fecha o cerco e, acuado, ele tenta fugir, mas acaba preso. Com a criminalidade por todos os lados, só lhe resta uma opção: se passar por outra pessoa para sobreviver a este inferno. “Eu não conhecia
a história do Pedro Dom. Quando soube da série e comecei a pesquisar, fiquei em choque com as histórias e como ele conseguia fazer o que fazia. Na segunda temporada acontece algo que quando eu li o roteiro, eu jurava que era inventado. Quando fui pesquisar, vi que era real. Não vou contar aqui para não dar spoiler”, despista Isabella Santoni, que interpreta Viviane, uma das criminosas que acompanha o protagonista Pedro Dom.
Ao longo da temporada, haverá sequências como a recriação de um conflito entre indígenas e madeireiros ambientada na Amazônia, a recriação de uma rebelião dentro de um presídio com mais de 200 figurantes e uma persegui-
ção ambientada no Nordeste, já nos anos 2000, envolvendo quatro caminhonetes e troca de tiros, além de uma entrega de carregamento de drogas feita com um avião de verdade em pleno voo. “Tenho muito orgulho do reconhecimento que a série recebeu no mundo todo. A produção trata de temáticas sociais muito importantes e que muitas vezes não são abordadas. Tive retorno de pessoas que assistiram à primeira temporada e conseguiram conversar sobre dependência química em casa e resolver algumas questões”, aponta Flávio Tolezani, que encarna Vitor, o pai de Pedro Dom.
A segunda leva de episódios ainda contará com a direção de Breno Silveira, que fa-
leceu em maio do ano passado. Lançada em 2021, a primeira temporada de “Dom” foi, na época, a produção mais assistida no Prime Vídeo no fim de semana de lançamento no Brasil, e tornando-se a série internacional Original Amazon mais assistida no mundo. “A série é um grande alerta sobre o uso das drogas. Mostra as consequências na vida do usuário, como elas podem destruir uma família e mais ainda, elas estão em todos os lugares. Não existe classe social. Além disso, retrata sobre o racismo estrutural e o preconceito, que são temas essenciais de serem abordados. Espero que a série além de um alerta, abra também o diálogo entre pais e filhos sobre o tema das drogas”, torce Isabella.

“Dom” mostra outros desdobramentos da vida
ZappiNg
Por trás das câmeras
Quitéria Kelly, que está no ar em “Mar do Sertão”, já está com saudades do dia a dia de gravações da novela das seis. O folhetim termina no próximo dia 17, quando irá ao ar o último capítulo da trama. “Os bastidores são uma festa. Todos sempre muito dispostos e alegres. Não há tempo ruim para a equipe da novela, mesmo quando gravamos em situações bem adversas como ‘tempestades’, sol escaldante e ventanias furiosas”, explica. Na história, ela vive a libanesa Latifa, uma exímia comerciante, que, sob o recatado véu, desperta os sonhos dos homens da cidade. “A Latifa é uma personagem engraçada, exagerada, sem noção mas, que em alguns momentos da trama, traz a razão e sensibilidade para dentro da família. Ela é uma mulher sedutora, gosta de se sentir desejada, embora seja muito fiel ao marido”, defende.

Som Na Caixa
O Globoplay fará a transmissão do festival “Lollapalooza Brasil 2023”. O evento acontece entre os dias 24 e 26 de março, em São Paulo. O festival reunirá nomes, como Drake, Os Paralamas do Sucesso e Billie Eilish.
Faixa preta
Antes de ser visto na nova temporada de “Impuros”, do Star+, Raphael Logam estará no elenco do filme nacional “O Faixa Preta: A Verdadeira História De Fernando Tererê”, que estará disponível na HBO Max a partir do próximo dia 17. Com direção de Caco Souza, a produção baseada em fatos reais narra a história de Fernando Tererê, um dos maiores lutadores de Jiu-Jitsu que, no auge da sua carreira, sofreu seu maior revés.
maiS Sabor
Claude Troisgros e Batista comandam uma nova temporada de “Que Marravilha! Revanche”, do GNT. O programa estreia no próximo dia 17. Nos episódios inéditos, eles irão até as casas de convidados famosos, onde vão experimentar um prato feito pelo anfitrião. Em seguida, em sua cozinha, o chef e seu fiel escudeiro preparam uma refeição, com os mesmos ingredientes. Entre uma receita e outra, os apresentadores conversam com os convidados e compartilham histórias embaladas pela culinária.
memória atiVa
No eleNCo
O ator e cantor Alan Rocha está escalado para “Amor Perfeito”, próxima novela das seis. O folhetim tem estreia marcada para o próximo dia 20.
outroS projetoS
Letícia Spiller começou a gravar a primeira temporada de “Veronika”, novo original Globoplay. Na produção, ela viverá uma delegada. A atriz também poderá ser vista na série “Cidade Invisível”, da Netflix, que estreia no próximo dia 22.
ageNda Cheia
Atualmente no ar em “Vai na Fé”, Zé Carlos Machado também estará no Canal Brasil. O ator integra o elenco da série “Chuva Negra”, que estreia no próximo dia 24. Com direção de Rafael Primot, a produção conta com Marcos Pitombo e Julia Lemmertz no “casting” também.
O Globoplay tem proporcionado boas viagens no tempo para Paulo Betti. A partir da próxima segunda, dia 13, o ator terá a chance de revisitar a história de “O Fim do Mundo”, em que viveu o protagonista Joãozinho de Dagmar. Originalmente exibida em 1996, a trama de Dias Gomes reflete sobre o comportamento das pessoas em momentos de pressão e medo. “Foi realmente uma grande honra protagonizar uma novela do Dias Gomes, autor do qual eu sempre fui absolutamente fã. A primeira peça de teatro que eu fiz, que me abriu as portas na carreira de ator, foi o ‘Pagador de Promessas’. Eu tinha vinte anos nessa época. Então você imagina o quanto meu respeito e admiração por Dias Gomes eram imensos quando soube que faria ‘O Fim do Mundo’”, valoriza o ator, que nunca chegou a pensar na hipótese de o mundo realmente acabar.
