Gravataí, Segunda-feira, 22 de março de 2021 ANO XV | Edição # 3671 | Diário Venda avulsa R$ 2,50 WhatsApp 51 9 9415.3122
Decisão do TJRS viabiliza o retorno da cogestão no Distanciamento Controlado
Piratini//Dvilgação
O Tribunal de Justiça, acolheu a argumentação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e suspendeu decisão liminar que impedia a aplicação da cogestão regional Página 3
Nova remessa de vacinas contra a Covid-19 chegou ao aeroporto da capital neste sábado
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Especial é aceitar as diferenças
Divulgação/PMG
No Dia Internacional da Síndrome de Down, Núcleo de Educação Especial recorda momentos dos alunos da rede pública
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Ação integrada encerra festa com mais de 100 pessoas no bairro Tom Jobim 3
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Variedades
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PREVISÃO DO TEMPO
Fonte: ClicTempo
A CCR ViaSul informou que liberou o tráfego de caminhões na ponte da pista Sul, no sentido Porto Alegre da BR-386 . A liberação foi autorizada após testes de cargas divulgados na última sexta (19). Já motoristas de caminhões que seguem sentido interior do Estado, ainda devem utilizar a opção de rota de desvio já informada pela concessionária. Para recompor o tráfego total da pista na ponte sentido Sul, serão necessárias intervenções na estrutura da ponte, como o reforço do pilar, da travessa e do tabuleiro. Essas ações deverão ser concluídas em, pelo menos, 25 dias. No local, o tráfego opera em sistema de fluxo em pista simples.
opinião
A Silenciosa Revolução na Educação Estamos todos sofrendo de tal forma com os efeitos avassaladores da crise continuada do COVID-19 que muitos conseguem apenas ver as desgraças, as mortes, as UTIs lotadas, a falência do sistema de saúde e o desespero tomando posse dos nossos espíritos. Eles não conseguem perceber que em todas as calamidades e guerras existem sim avanços e melhorias, existem ganhos que podem, se entendidos e defendidos, ser incorporados na sociedade de forma duradoura. Esse artigo pretende mostrar como esses processos estão ocorrendo na Educação, se nos dermos a chance de conseguir observá-los. A decretação da primeira quarentena em meados de Março de 2020 pegou quase todas escolas de surpresa. Muitas suspenderam suas atividades, por poucos dias que se estenderam a meses e depois se tornaram uma adaptação em aulas remen-
dadas de diversos tipos: tarefas, indicações de leitura, vídeos, aulas em vídeo, telepresenciais, mas em sua grande maioria nada planejado nem organizado. Outras escolas, porém, estavam melhor preparadas, já tinham experiências reais e significativas com aulas a distância, telepresença, criação de incentivos e sistemas de avaliação online e em tempo real. Essas escolas, com o “alívio” burocrático e sindical conseguido devido às condições da pandemia, puderam expandir e evoluir suas prestações de serviços, chegando a uma nova realidade, que praticamente independe da sala de aula tradicional. Sim, um movimento certamente inevitável e inexorável, mas que sem a pandemia levaria décadas para se consolidar. As mudanças não foram apenas ao se incorporar tecnologias. Toda metodologia de estudo e ensino pode ser repensada. Uma nova startup educa-
cional passou a oferecer 2.000 professores particulares online, 24 horas por dia, 7 dias por semana, mudando o conceito de se estudar ao fazer atividades e exercícios. A avaliação em tempo real do nível de interesse e participação dos alunos trouxe a possibilidade de “medir o pulso” do paciente ao invés de “fazer a autópsia” de três em três meses, apenas na época das provas. Aqueles que não conseguiram ver ou acompanhar as mudanças passaram a clamar pela volta presencial, como se fosse uma forma melhor e mais evoluída de ensino. Como se apinhar 40 alunos em uma sala com um professor, a escola-fábrica herdada da era industrial, fosse realmente eficiente. Como se essa solução, ao colocar 35% dos alunos, fosse funcionar, e não resultasse em os outros 65% exigindo que a aula fosse repetida quando tivessem a oportunidade de estar presentes.
O resort Mar-a-Lago do ex-presidente dos EUA Donald Trump, em Palm Beach, na Flórida, foi parcialmente fechado depois que funcionários testaram positivo para o coronavírus. Trump e sua família moram no local desde que ele deixou a presidência, em janeiro. Trump mudou-se para o local onde descansa, joga golfe, janta com amigos, encontra-se com líderes do partido republicano e planeja seu futuro político. Reprodução
nas redes Quando eu penso que o que se investe para manter vivo, por um único dia, um doente crítico de covid cobriria os rendimentos de muita gente por um ano, me dá um nó. Alexandre Zavascki | Médico Infecto do Hospital de Clínicas e Moinhos de Vento em Porto Alegre |@azavascki
Grande parte da população, enganada por falsas esperanças, comprou a ideia da volta. E os argumentos, embora todos focados no retrovisor da História, parecem convincentes e atraentes. Vamos voltar ao que era antes, vamos apagar esse ano terrível das nossas memórias. Os alunos precisam estar na escola! Os alunos precisam estar na escola porque em casa ninguém consegue forçá-los a estudar, e na escola sim. Esse é o conceito da escola-prisão. Escola não deve ser isso. Os alunos precisam estar na escola para ter uma refeição. Essa é a escola-refeitório. Os alunos precisam estar na escola porque o ambiente familiar é tóxico. Essa é a escola-albergue. As experiências de 2020 nos ensinaram que a Escola não precisa, e não pode, ser nada disso. Outras instituições precisam existir para cumprir essas funções. O conceito da
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O Brasil caiu 12 posições, durante a pandemia do coronavírus, no ranking global da felicidade, de acordo com o Relatório Mundial da Felicidade, elaborado pela empresa de pesquisas Gallup em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU). No ranking, divulgado nesta sexta-feira (19), o país ocupa a 41ª posição. A "nota" atribuída ao Brasil – baseada em dados de 2020 – é de 6,110. Essa é a menor média para o país desde 2005, quando o instituto de pesquisas começou sua avaliação. Nas primeiras 8 colocações estão apenas países europeus,
escola evoluiu, tornou-se difuso para abraçar o online, o social e as redes sociais, as múltiplas e diversas formas de aprender e avaliar o aprendizado. Essa revolução na Educação já está aí presente, mas ainda não é bem entendida. Já existem alunos e pequenos grupos sociais vivenciando-a. É a Educação que ensina que seus alunos não esperam pelo ontem, eles criam o amanhã. Eles não bebem toda a água do bote salva-vidas na esperança de que o resgate venha amanhã. Eles criam seus novos grupos e interações e projetos, não ficam na dependência de um salvador divino ou uma vacina perfeita que irá nos conduzir de volta ao mundo de antes. Eles são a solução, não terceirizam a esperança.
Henrique Flory
é diretor do Colégio Einstein Assis
RADAR
com a Finlândia ocupando o 1º lugar pelo 4º ano consecutivo. O primeiro país fora do continente a aparecer é a Nova Zelândia, na 9ª posição. O Uruguai é o país mais feliz da América Latina, segundo o levantamento – está em 30º lugar. Mais próximos aos Brasil estão o Chile (38º), a Polônia (39º), Japão (40º), Sérvia (42º), Hungria (43º), Ilhas Maurício (44º), Mongólia (45º), México (46º) e Argentina (47º). Para medir o nível de felicidade, o relatório leva em consideração uma "variedade de medidas de bem-estar subjetivas", além de variáveis que medem condições econômicas e sociais.
Cidade
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Estado obtém decisão no TJRS que viabiliza o retorno da cogestão no Distanciamento Controlado O Tribunal de Justiça (TJ-RS), por meio de decisão do desembargador Marco Aurélio Heinz, acolheu a argumentação da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e suspendeu, na tarde deste domingo (21/3), decisão liminar de primeiro grau que impedia a aplicação da cogestão regional do modelo de Distanciamento Controlado. Na noite de sábado (20/3), o Estado, por meio da PGE, interpôs recurso de agravo de instrumento no Tribunal de Justiça gaúcho buscando a suspensão da liminar que impedia o retorno do modelo de coges-
tão, anunciado pelo governador Eduardo Leite em pronunciamento realizado na sexta-feira (19/3). A decisão recorrida decorreu de ação civil pública ajuizada pelo Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio Grande do Sul e outros oito autores, em trâmite na 10ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central da Comarca de Porto Alegre. Em sua decisão, o desembargador destacou que é indiscutível a “competência dos Estados para a implementação de medidas de contenção à disseminação do vírus (Covid-19),
entendimento consagrado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF n. 672 MC, relator ministro Alexandre de Morais, Plenário, DJe 260” e que o controle de atos administrativos pelo Poder Judiciário devem ocorrer apenas pelo ângulo da legalidade. A decisão também destaca que “o sistema de gestão compartilhada entre o Estado-membro e os municípios não encerra em si qualquer ilegalidade a ser impedida pelo Poder Judiciário, bem como, não é possível obrigar o sr. governador a não flexibilizar o sistema
de Distanciamento Controlado, muito menos compelir o Chefe do Executivo a aumentar as restrições do regime de bandeira preta como quer a respeitável decisão liminar, com os elementos probatórios até então coligidos aos autos”, escreveu o desembargador. No recurso interposto, a PGE argumentou que a decisão de primeiro grau partia de uma equivocada compreensão do que consiste a cogestão (gestão compartilhada com os municípios), a qual não representa medida de liberação indiscriminada das atividades.
A Procuradoria destacou ainda que o enfrentamento à pandemia de Covid-19 no Estado do Rio Grande do Sul ocorre por meio do modelo de Distanciamento Controlado, segundo o qual é determinado, semanalmente, a partir do constante monitoramento da evolução da epidemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) e das suas consequências sanitárias, sociais e econômicas, um conjunto de medidas observando segmentações regionais do sistema de saúde e segmentações setorizadas das atividades econômicas.
Governo amplia suspensão de atividades para fins de semana e feriados Depois de três semanas com restrições mais severas para conter o avanço neste momento crítico da pandemia no Rio Grande do Sul, o governo do Estado anunciou nesta sexta-feira (19/3) a retomada da possibilidade de cogestão regional a partir de segunda (22), mas prorrogou a suspensão de atividades não essenciais até 4 de abril. Como o sistema compartilhado permite a adoção pelos municípios de protocolos menos restritivos do que a bandeira vigente, o Gabinete de Crise suspendeu atividades não essenciais nos fins de semana e feriados e ampliou as restrições na bandeira vermelha – considerada o limite para flexibilização das regras quando houver adesão à cogestão na bandeira preta. A suspensão geral de atividades será mantida entre 20h e 5h de segunda a sexta-feira e, aos fins de semana e feriados, fica determinada a restrição de atividades presenciais durante todo o dia. As exceções são os
serviços essenciais, como farmácias, supermercados e comércio de materiais de construção e demais exceções que já constam no atual decreto de suspensão geral de atividades (Decreto 55.789). Confira ao final do texto todos os ajustes de protocolos que passam a valer a partir de decreto, que deve ser publicado neste sábado (20/3). A decisão foi anunciada pelo governador Eduardo Leite em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta sexta (19), após discussão entre os integrantes do Gabinete de Crise e reunião com a Federação das Associações de Municípios (Famurs) e representantes das 27 associações regionais. “É um vírus que circula com as pessoas, portanto, reduzir a circulação das pessoas é o caminho para reduzirmos a contaminação. Mas sabemos que há uma parcela substancial da população que precisa da retomada presencial de atividades econômicas para a sua subsistência. O retor-
no tem de ser feito com rigoroso controle e maior fiscalização de protocolos. A pressão no sistema hospitalar não tem se intensificado mais como antes e parece se encaminhar para uma estabilidade, mas ainda é cedo para afirmar isso. Por isso, a decisão pelo relaxamento de restrições se dá devido à necessidade de oferecer um fôlego à economia. Mas é fundamental que haja compromisso de fiscalização nos municípios, porque nosso sistema hospitalar está no limite”, afirmou o governador. Embora os dados monitora-
dos pelo Estado se encaminhem para uma estabilização, a taxa de ocupação dos leitos de UTIs ainda está próxima ou até superior a 100% na maioria das regiões do RS. No mapa da 46ª semana do Distanciamento Controlado, divulgado nesta sexta (19), todas as 21 regiões Covid seguem em bandeira preta por conta da alta pressão no sistema hospitalar gaúcho. Com o retorno da cogestão regional, as regiões poderão adotar medidas mais flexíveis que a bandeira preta, mas não menos restritivas do que as de
bandeira vermelha. Portanto, o governador destacou que não se trata de um mecanismo automático, mas uma possibilidade, demandada pelos prefeitos, e que deve ser adaptada à realidade do risco em cada região e à natureza de cada uma das atividades. “A cogestão se propõe a dar a possibilidade para que as regiões ajustem alguma coisa dos protocolos a uma necessidade local. Não é algo automático: na bandeira preta, usa protocolos de vermelha. Os prefeitos de uma região podem decidir seguir, inclusive, totalmente a bandeira preta ou flexibilizar os itens em que na realidade econômica local se impõem. Podem escolher um caminho intermediário”, afirmou o governador. Por isso, Leite reforçou que os municípios de cada região se reúnam e revisem os planos de cogestão, considerando as mudanças nos protocolos, a realidade hospitalar atual e a necessidade de garantia de mecanismos de fiscalização.
Ação integrada encerra festa com mais de 100 pessoas no Tom Jobim Em busca de inibir as aglomerações, a Guarda Municipal (GM), juntamente com a Brigada Militar (BM), encerrou, na noite desta sexta-feira, 19, uma festa com mais de 100 pessoas no bairro Tom Jobim. Após denúncia anônima pelo 153, canal de comunicação da população com a Guarda Municipal, os agentes foram até o local e encerraram as festividades. Mais de
uma centena de pessoas não usavam máscara e se aglomeravam no pátio de um comércio. O estabelecimento foi autuado por descumprir com as determinações dos decretos estadual e municipal. Nas praças e parques, os agentes também orientaram as pessoas sobre a normativa que proíbe a permanência em locais públicos e sobre a importância de manter o isolamento
social, devido o momento delicado que o município está passando, em relação à pandemia da covid-19. O secretário municipal para Assuntos de Segurança Pública, coronel Flávio Lopes, reforça que que a GM atua 24 horas por dia para servir e proteger a comunidade e que denúncias de irregularidades podem ser feitas através do número 153.
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SEGUNDA-FEIRA, de março de 2021 Segunda-feira, 22 de22março de 2021
Folha
Política Política
giro político
Da Redação folhadecachoeirinha@gmail.com
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da civilização humana” (Freud)
Prefeito Sebastião Melo no Tá na Mesa A Federasul recebe, nesta quarta (24), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo. Ele vai falar sobre “Porto Alegre, 250 anos, tempo de superação e retomada”. Para participar do debate, o presidente da Federasul, Anderson Trautman Cardoso, convidou o presidente da Associação Comercial de Porto Alegre, Paulo Afonso Pereira. O Tá na Mesa pode ser acompanhado pelos canais Facebook e YouTube da Federasul.
Deputado propõe isenção de ICMS para equipamentos e insumos O deputado estadual Clair Kuhn (MDB) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para equipamentos e insumos durante o enfrentamento de epidemias e pandemias no Estado. A proposição foi protocolada nesta quinta-feira (18) na Assembleia Legislativa. Pela proposta, ficam isentos equipamentos para testagem e diagnóstico de vírus ou outras doenças infectocontagiosas. Dentre eles, estão medicamentos destinados a tratamento, álcool em gel 70%, respiradores pulmonares e equipamentos de respiração artificial congêneres, inclusive o oxigênio medicinal, luvas e toucas cirúrgicas, máscaras descartáveis de proteção facial, oxímetros e óculos de proteção.“Apresentamos uma emenda que complementa o enfrentamento não só diante da covid-19, como também em relação a outros vírus ou doenças infectocontagiosas que porventura surgirem, mediante isenção, não incidência, do ICMS para medicamentos destinados ao tratamento destas novas doenças, além de outros equipamentos de proteção individual”, justificou Clair.
jornaldegravatai@gmail.com
Audiência Pública discute ações para a retomada definitiva do setor econômico no Estado As propostas ,acompanhadas de pesquisas e documentos de diferentes setores, já foram encaminhadas ao governo do Estado para novos encaminhamentos. Com grande participação e engajamento de diferentes setores da economia gaúcha, a Audiência pública promovida pela Frente Parlamentar de Ações Preventivas direcionadas ao Combate do Coronavírus e aos impactos da pandemia no Estado do Rio Grande do Sul, proposta e presidida pela Deputada Estadual Fran Somensi, ocorreu na noite desta quinta-feira (18) de forma virtual. O encontro reuniu representantes de entidades de todo o Estado com o intuito de buscar alternativas para a retomada definitiva do setor econômico, principalmente, comércio, bens e serviços, os mais afetados pelas restrições impostas pela pandemia. Estiveram presentes representantes da Fecomércio-RS, da Câmara da Indústria e Comércio (CIC) e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias do Sul, Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria (SEGH), Associação Gaúcha de Varejo e FEDERASUL. A audiência configurou a segunda rodada de debates falando sobre ações emergenciais no enfrentamento à pandemia. Segundo a presidente da frente parlamentar, o objetivo inicial dos trabalhos é levantar as sugestões das categorias e alinhar ações propositivas a serem levadas ao governo do Estado, com o aval e participação efetiva das categorias envolvidas. Este material também poderá servir de base para estabelecer políticas públicas promovidas dentro da própria Assembleia Legislativa por meio de projetos de Lei apresentados pela frente. "Tivemos um debate extremamente qualificado nesta audiência, com representantes de
diferentes setores , mas pensamentos e defesas ponderadas e convergentes...Nós precisamos buscar uma saída definitiva para as milhares de famílias que dependem do comércio, dos serviços, da hotelaria, do nosso turismo, do setor de eventos, afinal todos são essenciais" defende Somensi. O debate contou , inicialmente, com a participação de quatro painelistas contando suas experiências dentro do cenário atual, os desafios e perspectivas para o futuro, mas também, suas defesas e entendimentos sobre o sistema de sistema de distanciamento controlado adotado pelo Governo Estadual, que segundo os participantes, precisa de atualizações. Também ficou evidente nas defesas e relatos apresentados, que o setor não suporta mais o abre e fecha dos estabelecimentos e foi unânime a defesa da permanência do sistema de Cogestão, onde a decisão seria dos prefeitos, por estarem mais perto da realidade local; mas com a supervisão e acompanhamento do Governo do Estado. Outros pontos levantados foram, a falta de participação do Banrisul na oferta de linhas de crédito
mais atrativas e condizentes com a realidade atual, em que as empresas precisam de mais carência e juros menores; a necessidade de o governo Estadual oferecer possibilidades mais flexíveis para o pagamento de impostos e tributos atrasados do ano de 2020; uma vez que as empresas também precisam dar esse suporte aos seus clientes; e levantou-se ainda, a cobrança por uma fiscalização e controle por meio de uma possível parceria com o exército, a fim de controlar aglomerações indevidas e o próprio comércio informal, que não possui nenhum tipo de protocolo de segurança e continua em funcionamento mesmo com as restrições atuais de bandeira preta. Entre os convidados painelistas estavam Ruben Antônio BIsi, diretor institucional da CIC Caxias do Sul, Rafael Sittoni Goelzer, vice presidente da FEDERASUL, micro e pequenas empresas; Deborah Villas-Bôas Sócia diretora do SPA do Vinho e Juarez Meneghetti da Associação Gaúcha de Varejo. Após a explanação dos convidados, foi aberto tempo para manifestações de parlamentares, entidades representativas e público presente.
Aprovado projeto que promove avanços para pedidos de pré-natal durante pandemia Os deputados federais aprovaram um projeto que mantém a validade de pedidos médicos para realização de exames de pré-natal enquanto perdurarem as medidas de isolamento para contenção da pandemia. Os pedidos poderão ser emitidos inclusive de forma eletrônica. A deputada federal Liziane Bayer (PSB-RS) foi a relatora da proposta. O Projeto de Lei 2442/20 foi de autoria dos deputados Rodrigo Coelho (PSB-SC), Zacharias Calil (DEM-GO) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ). Segundo o texto, as unidades de saúde públicas e privadas também deverão garantir a segurança para a realização desses exames de forma a preservar as gestantes dos riscos de contaminação. “Os exames de pré-natal são fundamentais para detectar preco-
cemente patologias que podem representar um risco tanto para a mãe quanto para o feto. Mas, numa situação de isolamento social e riscos de contaminação, é natural que as gestantes se preocupem em sair de suas casas, mesmo para as necessárias consultas e exames de pré-natal”, disse a parlamentar Liziane também destaca que a possibilidade de autorização de exames eletrônicos evitará que as grávidas precisem sair de casa apenas para buscar uma autorização de exames. “O objetivo é preservar a saúde das gestantes e reduzir os riscos de uma exposição desnecessária. Também protege a sociedade em geral, pois pode evitar a ocorrência de situações que frustrem o isolamento social e contribuam para o aumento das probabilidades de transmissão do
vírus”, complementou durante a leitura do relatório em plenário. A deputada, que também é secretária de políticas para as Mulheres da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, chama atenção para um dado que reforça a importância da iniciativa. Recentemente a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) destacou a elevação da mortalidade materna em 2020, em razão da demora na assistência às gestantes e na falta de leitos de UTI – que têm sido reservados para o atendimento de pacientes com Covid-19. “Todas as medidas de prevenção de casos graves se fazem ainda mais importantes neste momento”, finaliza!
Recipiente para o lixo caseiro
Encontro consonantal em "festa"
Marca da poesia de T. S. Eliot
Declarações em juízo Sucessão regular de partidos políticos no poder
Comentário no rodapé da página "X&(?)", álbum do Coldplay
Vilão do fotoenvelhecimento (?)2-D2, robô de "Star Wars"
Sistema ligado à tecla sap de TVs
Comitê que elegeu a Tóquio-2020 A notícia esperada pelo otimista Traje da indiana Título de Akhenaton
Cloro "Doctor", (símbolo) em Ph.D. Clínica de reeducação alimentar Órgão afetado pela uremia (pl.)
Advogado de limitada cultura (pl.) Cheque de crediários Lago de Brasília
Projetou a Praça de São Pedro (Itália) Intenção do judeu, no Sabath
Gabinete (abrev.) A classe dos ricos
Paz, em francês Aviso na porta do toalete feminino
O banco do Serpente que esma- Vaticano (sigla) ga suas A origem do possuipresas dor de "sangue azul"
Novo Testamento (abrev.) Molho que acompanha o gurjão Hemisfério dos países ricos (abrev.) Sultanato fronteiriço ao Iêmen
Terminação da 3ª conjugação Golpe do boxe Adultério (p.ext.)
BANCO
"Contos (?)", livro de Mário de Andrade
Tecido do terno do antigo malandro
Não inicia palavra em português
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Solução
CO
As inscrições para o concurso fotográfico InTransFerível – Imagens da Diversidade encerram no dia 31 de março. Voltado a imagens registradas em celular por pessoas transexuais, o concurso reserva 20% das vagas a participantes que não sejam trans. Os primeiros colocados receberão premiação em dinheiro, e as 20 melhores fotos comporão uma exposição na CCMQ durante o mês de junho. O diretor da Casa de Cultura, Diego Groisman, explica que o concurso fotográfico InTransFerível propõe cinco eixos de percepção. “Esses eixos são realidades transformadoras: a pessoa trans na sociedade; profissão e trabalho; novos horizontes: a pessoa trans privada da liberdade; culturas transurbanas: a pessoa trans e as periferias; e interseccionalidade: a pessoa trans em suas relações culturais, sociais e étnicas”, detalha.
Evento comum em campus, é dedicado à divulgação e discussão de projetos e programas
L M E T I M E T O A S R N A
Inscrições para o concurso fotográfico InTransFerível encerra no dia 31 de março
Ajuste automático de canais na TV
S M I S M O N T O S T S T O L R N C I A I D A S E P R E P A I X A N T R O S E A N N OV O S O M Ã A Ç Ã O
Número de inscrições por grupo social Brancas – 3.230 Pretas – 950 Pardas – 765 Indígenas – 121 Quilombolas – 26 Amarelas - 21 Pessoas com Deficiência (com apresentação de laudo) – 67
© Revistas COQUETEL
Mote (fig.) Narrativa fabulosa
B U L O A A B E L O R O N D I I N H R I C
O edital contemplará mil e quinhentas (1.500) trajetórias culturais de pessoas físicas (CPF), distribuídas nas nove (09) Regiões Funcionais dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), no valor de R$ 8 mil para cada premiação - totalizando R$ 12 milhões. Os inscritos apresentaram as suas trajetórias nos seguintes segmentos culturais: Audiovisual; Artesanato; Artes Visuais; Circo; Culturas Populares; Cultura Viva; Dança; Diversidade Linguística, Livro, Leitura e Literatura; Música; Teatro; Memória e Patrimônio; e Museus. A seleção contemplou pontuação específica para diversidade e pessoa física, sendo 51% para cotas sociais - autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, ciganos, mulheres trans/travestis, homens trans e Pessoas com Deficiência (PCDs).
Região como a Matopiba (BR) Atriz e inventora austríaca radicada nos Estados Unidos, cocriadora do precursor do wi-fi
F H E R D E P O D N Y T A L T E S A R I RA M F A R A R G O R A R I A N A C S O C O B L V A
Próximos passos Nos próximos dias, a Comissão de Seleção avaliará as trajetórias culturais atribuindo notas de um a cinco (1 a 5) pontos quanto à adequação ao objeto do edital. O propósito é valorizar a relevância das ações, atividades e/ou projetos desenvolvidos na área cultural, o impacto da trajetória na sua comunidade de atuação e o tempo percorrido. A avaliação é aplicável a todas as formas de inscrição (formulário escrito, vídeo e teleaten-
dimento) e segmentos.
www.coquetel.com.br
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Encerraram no último dia 9 de março, as inscrições do Prêmio Trajetórias Culturais - mestra Sirley Amaro, executado pela Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) e pelo Instituto Trocando Ideia - formalizado por meio de Chamada Pública e financiado através da Lei Aldir Blanc (Lei n°14.017/2020), com o objetivo de facilitar o acesso aos recursos da lei para um dos segmentos mais afetados com a pandemia do coronavírus, a cultura. O Prêmio Trajetórias é de reconhecimento do Estado e da sociedade civil para as pessoas que vivem da cultura e transformam vidas por meio da arte nas diferentes comunidades. No total, foram recebidas 5.218 inscrições. (Confira, no fim da matéria, a relação de inscrições por grupo social, gênero, segmentos culturais e regiões).
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
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Trajetórias Culturais recebeu mais de 5 mil inscrições
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Geral Geral
4/paix. 5/novos. 7/bernini. 10/hedy lamarr — hermetismo.
Folha
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Ministério da Saúde autoriza liberação de estoque de vacinas para primeira dose O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, autorizou a utilização imediata de todas as vacinas contra a covid-19 que foram entregues aos estados e municípios. Inicialmente, a orientação do Ministério da Saúde foi pela manutenção de estoques para aplicação da segunda dose dos imunizantes, mas, diante da confirmação de entregas semanais pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Butantan, a medida foi tomada para ampliar o número de vacinados em todo o país. A recomendação também vale para as 5 milhões de doses que serão entregues neste final de semana pelos dois órgãos. Segundo a pasta, a liberação das doses que seriam mantidas em estoque estava em estudo há duas semanas e foi implementada após o aceleramento da produção nas duas instituições brasileiras com a chegada de Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) importado. “Com a liberação para aplicação de imediato de todo o estoque de vacinas guardadas nas secretarias municipais, vamos conseguir dobrar a aplicação esta semana, imunizando uma grande quantidade da população brasileira, salvando e protegendo mais vidas” disse o ministro.
Anvisa autoriza importação de medicamentos não regularizados A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação direta de diversos medicamentos e dispositivos médicos não regularizados no país, por órgãos e entidades públicas e privadas, bem como serviços de saúde. A medida tem caráter excepcional e temporário para produtos identificados como prioritários para o combate à pandemia de covid-19, em especial aqueles utilizados na sedação e anestesia. De acordo com a agência, a norma estabelece que os medicamentos a serem importados devem ser pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) ou possuir regularização válida em país cuja autoridade regulatória seja membro do Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos de Produtos Farmacêuticos de Uso Humano (ICH). No caso de dispositivos médicos, o produto deve ser pré-qualificado pela OMS ou regularizado em país membro do International Medical Devices Regulators Forum (IMDRF).
casos de COVID-19 Rio Grande do Sul: Casos: 791.219 | Óbitos: 16.869 Gravataí: Casos: 16.262 | Óbitos: 459 Cachoeirinha: Casos: 8.961 | Óbitos: 244
vacinação COVID-19 RS: Doses recebidas: 1.890.200 | Aplicadas: 988.926 Gravataí: Doses recebidas: 26.472 | Aplicadas: 16.448 Cachoeirinha: Doses receb.: 12.294 | Aplicadas: 5.435 * Dados do Conass, SES e Secretarias Municipais da Saúde
cotações Fonte: Cepea / Data-base: 19/3
Arroz (50kg): R$ 86,70 Soja (60 kg): R$ 168,17 Milho (60 kg):R$ 93,85 Boi Gordo (@):R$ 311,50 Açúcar (50 kg): R$ 106,01
Suino (kg): R$ 6,31 Cordeiro(kg): R$ 9,00 Leite (Litro): R$ 1,8058 Frango (kg): R$ 6,44 Dolar: R$ 5,488
Geral
Nova remessa de vacinas contra a Covid-19 chegou ao aeroporto da capital neste sábado O Estado recebeu, no início da manhã deste sábado (20/3), mais 322.050 doses de vacinas contra o coronavírus. O avião com a carga pousou na capital às 5h44. São 285.800 doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, e 36.250 doses da Oxford/Astrazeneca, produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz. As 28 caixas térmicas vieram em voo que decolou de
Guarulhos (SP). Do aeroporto de Porto Alegre, a carga foi levada para a Central Estadual de Distribuição e Armazenamento de Imunobiológicos (Ceadi), onde ficará armazenada até que ocorra a distribuição às coordenadorias regionais de saúde (CRS), na segunda-feira (22/3). Os quantitativos a serem distribuídos por CRS ainda estão sendo definidos.
Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Cilindros industriais poderão ser utilizados para fins medicinais Cilindros de gases industriais poderão ser utilizados para receber oxigênio medicinal para serem distribuídos na área da saúde pública. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu, temporariamente, essa exceção para aumentar a capacidade de produção deste insumo, em razão do agravamento da pandemia de covid-19. A resolução foi publicada na noite de sexta (19) em edição extra do Diário Oficial da União de forma ad referendum, ou seja, será submetida oportunamente à aprovação da Diretoria Colegiada da Anvisa. Com isso, poderá ser utilizado o cilindro cinza, ao invés do verde, pra envasar oxigênio medicinal. De acordo com a Anvisa, as empresas deverão atender a alguns critérios de qualidade, como utilização de válvulas testadas e aprovadas, limpeza adequada dos cilindros industriais para eliminar contaminação cruzada e rotulagem adequada para o gás medicinal. Também poderão ser utilizadas, para envasamento
dos gases medicinais, unidades e rampas de gases industriais, sem a necessidade de análise de projeto arquitetônico e licenciamento sanitário pelas autoridades locais. Para isso, basta que a empresa tenha a Autorização de Funcionamento (AFE). Segundo a agência, atualmente, os pedidos de concessão ou alteração de AFE relacionados a gases medicinais estão sendo priorizados de forma ativa. Após o protocolo do pedido, a decisão é publicada em até 48 horas. A Anvisa anunciou na noite de sexta(19), quatro medidas para evitar o desabastecimento de insumos usados no combate à pandemia de covid-19. Além de abrir exceção sobre os cilindros de oxigênio, a agência autorizou a importação direta de diversos medicamentos e dispositivos médicos não regularizados no país. Os medicamentos usados para a intubação de pacientes também obedecerão temporariamente a regras mais simples de fabricação e de venda. E ainda, a distribuição desses produtos foi facilitada.
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Geral
Segunda-feira, 22 de março de 2021
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Pesquisadores identificam possível nova linhagem de covid-19 no Brasil País já tem casos confirmados de duas variantes (P.1 e P.2) nacionais
Pesquisadores de cinco estados brasileiros sequenciaram amostras que indicam uma possível nova linhagem do novo coronavírus (SARS-CoV-2) em circulação no país, segundo informa o Laboratório Nacional de Computação Científica, um instituto do Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovações (MCTI) localizado em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Além da linhagem identificada no Reino Unido, o Brasil já tem casos confirmados de duas variantes (P.1 e P.2), que surgiram a partir de cepas que circulavam no país. A possível nova linhagem foi encontrada no sequenciamento de três amostras, em um universo de 195 que foram analisadas por pesquisadores do Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro. Essa identificação, entretanto, permitiu descobrir que já havia outras amostras com as mesmas características sequenciadas. O trabalho foi organizado pelo Laboratório de Bioinformática (Labinfo) do LNCC, e também participaram quatro universidade públicas: Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Ao todo, 22 pesquisadores assinam a publicação, que foi submetida a um periódico científico ao mesmo tempo em que os sequenciamentos foram depositados em uma base de dados públicos internacionais (Gisaid). A coordenadora do Labinfo, Ana Tereza Vasconcelos, explica que os dados compartilhados serão analisados por outros pesquisadores ao redor do mundo para que a identificação da nova linhagem seja confirmada pela comunidade científica. Segundo a cientista, as amostras em que a mutação foi encontra-
da são de Natal, no Rio Grande do Norte, e do interior da Bahia. "Essas mutações não interferem na vacina, mas demonstram que o vírus está mudando o tempo inteiro, e quanto mais as pessoas estiverem na rua sem máscara e sem medidas de proteção individual, mais o vírus vai mudar e mais variantes vão surgir. É mais uma demonstração de que o vírus está circulando livremente", diz Ana Tereza Vasconcelos, que reforça o pedido pelo respeito às medidas de prevenção, como evitar aglomerações, usar máscaras e higienizar as mãos. A possível nova linhagem teria se originado da linhagem B.1.1.33, já presente no Brasil desde o
início de 2020. A mutação apresentada é a E484K, na proteína S, estrutura que forma a coroa de espinhos que dá nome ao novo coronavírus. Essa mutação é associada ao escape do sistema imunológico, o que, segundo a coordenadora do Labinfo, ainda precisa ser confirmado por mais estudos. "Essa mutação já foi relacionada a vírus que conseguem escapar do sistema imunológico do hospedeiro. Os vírus estão tentando sobreviver, e eles têm mecanismos de escape. A gente acredita que essa nova linhagem pode ter esse mesmo mecanismo", afirma a pesquisadora. Essa mesma mutação já foi identificada nas variantes P.1 e P.2,
originadas no Brasil a partir da linhagem B.1.1.28, e também também está entre as modificações genéticas encontradas nas variantes descobertas no Reino Unido e na África do Sul. A mutação é um processo comum na reprodução dos vírus, que se multiplicam rapidamente e podem produzir versões geneticamente diferentes nesse processo. A maior circulação do vírus faz com que mais organismos se multipliquem, o que aumenta as chances de uma mutação ocorrer. Para que uma nova linhagem surja, no entanto, é necessário que essa mutação seja identificada em diversos indivíduos de uma determinada linhagem.
Anvisa esclarece divergência com OMS sobre uso do rendesivir A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece por que decidiu liberar o antiviral rendesivir para tratamento de covid-19, apesar de o medicamento não ser recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em novembro do ano passado, a mesma medicação, da biofarmacêutica americana Gilead Sciences, foi liberada para uso no tratamento do novo coronavírus pela Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano
equivalente à Anvisa. "O estudo da OMS avaliou mais a ocorrência de mortalidade e pacientes com perfil um pouco diferente dos avaliados nos outros estudos que consideramos para liberar o remédio. O estudo que consideramos válido focou na redução do tempo de hospitalização dos pacientes e vimos que houve uma redução na hospitalização”, ressaltou a gerente de avaliação de segurança e eficácia da Anvisa, Renata Soares, acrescentando
que a situação de ocupação de leitos de UTI no país pesou na decisão. Ainda segundo a Anvisa, o antiviral está liberado, exclusivamente, para uso hospitalar e é recomendado para internados com pneumonia, com suplementação de oxigênio, e não se restringe à forma leve, moderada ou grave, desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica ou por membrana extracorpórea. O medicamento deve ser administra-
do de maneira venosa em pacientes com idade superior ou igual a 12 anos, que tenham, no mínimo, 40 quilos. O tratamento é feito em, no mínimo, 5 dias, com tempo máximo de 10 dias. “É importante ressaltar que esse é o primeiro medicamente com indicação, em bula, para covid-19, fruto de análise de eficácia e qualidade”, destacou o gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.
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Segunda-feira, 22 de março de 2021
Luiz Fernando Aquino Jornalista lfernandoaquino1965@gmail.com
"Deus não está morto"
Quando o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900) escreveu "Deus está morto", ele estava mesmo era despejando sua acidez crítica sobre os ditos valores morais da religião. Entrava também nesse pacote a crítica a Platão, de que este não seria o "mundo real". O "real" seria outra coisa, algo a transcender, mais ou menos como as religiões propõem - a redenção estaria do outro lado. E a religião, então, nos conduziria por essa eterna vereda ao caminho do sol da vida, mas não este que nos desperta todas as manhãs para um novo recomeço. Deixemos Nietzsche em seu descanso na aldeia de Röcken, a uns 250 km a sudoeste de Berlim, onde ele também nasceu para este mundo "irreal" e pensemos em outro "Deus não está morto". Tem ainda um filme com esse mesmo nome, de roteiro um pouco raso, mas com mensagem às avessas à filosofia nietzschiana. Esse fala do Deus vivo. Do Deus da redenção. É um filme cristão. A mensagem é bonita. Mas Deus não está morto, me atrevo, aqui da minha planície intelectual, como provocara Nietzsche (ele ainda traz a idéia do super-homem, que depois Hitler foi ler do jeito míope dele, literalmente). Deus, hoje, é mais do que presença. É O que temos de mais real. A ciência se propõe real, mas não o é, porque finita. Não é ela, a ciência, que nos socorre quando lemos uma nota de pesar, um lamento por um irmão que se foi, uma mãe que se despede dos filhos na porta da UTI. Mas temos vacina, alguém dirá!! Engano. Em um microscópico movimento e o vírus dribla de novo a ciência e lança um novo desafio, a busca pela equação perfeita. Tal qual o sofisma da Esfinge: "Decifra-me ou te devoro". Milhares estão sendo devorados todos os dias, até que a vã inteligência humana e seus briquedinhos consigam decifrar o mal silencioso. Deus vive na solidaridade. Vive na dor de um médico, de um enfermeiro, de um socorrista que sofrem ao ver um semelhante arfando em busca de migalhas de oxigênio. Vive na palavra de quem diz "tudo ficará bem". Deus está vivo nos olhos que despertam aos primeiro raios de sol, tateando o corpo e dando graças por estar vivo. Alguém já disse, se fosse tudo genética, não haveria mérito. E não é tudo genética. Nem somos o super-homem como Nietzsche queria. Somos feito o filho pródigo da parábola que retorna ao Pai e pede perdão pelos pecados e é acolhido. Não é o que nos resta, o Pai misericordioso. Pelo contrário, é tudo o que temos e o que sempre tivemos, enquanto pensávamos que mataríamos Deus com a nossa ciência. Deus não está morto!
Contracapa
Especial é aceitar as diferenças No Dia Internacional da Síndrome de Down, Núcleo de Educação Especial de Gravataí recorda momentos dos alunos da rede pública Neste domingo, 21, foi comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down ou Trissomia do Cromossomo 21 (T21). Em 2016, no governo Alba, a comemoração passou a fazer parte do calendário de eventos oficiais de Gravataí. O intuito era dar mais espaço e visibilidade para o movimento das pessoas com T21, em busca de quebrar a barreira do preconceito. “Para nós, comemorar essa data é como se estivéssemos dando um basta no preconceito. Este ano, por conta da pandemia, não pudemos celebrar da forma que gostaríamos, mas o nosso respeito e admiração continuam os mesmos”, afirmou o prefeito Luiz Zaffalon. Para celebrar esse dia, a Secretaria Municipal de Educação (SMED), através do Núcleo de Educação Especial do município, reuniu uma série de fotos das 29 crianças com T21, matriculadas na rede municipal. Os registros, enviados pelas famílias e pela Smed, demonstram a importância da inclusão na vida, não só das pessoas com T21, mas de toda a comunidade escolar. Para a secretária municipal da Educação de Gravataí, Sonia Oliveira, a inclusão dos alunos com T21 na rede municipal é motivo de orgulho e privilégio, pois possibilita a toda a comunidade escolar conviver e compartilhar com pessoas que têm muito a nos ensinar. A secretária destaca que as escolas possuem uma estrutura para atender os alunos conforme as necessidades e potencialidades de cada um, respeitando o ritmo individual. “A rede municipal de Gravataí parabeniza a todos os alunos com Síndrome de Down e suas famílias por todo o movimento de conscientização e reafirma seu compromisso com os alunos público-alvo da educação especial, no sentido de assegurar a inclusão escolar e a participação plena na sociedade”, reforça Sonia. O dia é de celebrar a vida e lutar contra o preconceito Quem convive com os alunos se emociona com a capacidade e suas conquistas diárias. Entre os professores de salas de recursos do município, a gratidão é unânime. Para a professora Mônica Bereta, a oportunidade de lecionar para uma criança com T21 a fez aprender muito, não apenas por suas características e necessidades, mas, principalmente, pelas potencialidades. Esse mesmo sentimento também é compartilhado por Priscila Claro. A professora conta que cada dia é um novo desafio, com novas aprendizagens. Cada um possui o seu estilo de aprendizagem e seu próprio jeito de apreender e isso ressignifica diversas manifestações
do cenário escolar, o que exige do professor a busca ativa do conhecimento e das características de cada aluno, uma vez que, cada um tem a sua história, dinâmica familiar, habilidades, competências e formas múltiplas de enxergar o mundo ao seu redor. Lutar contra o preconceito é o maior problema que a comunidade T21 encontra Para os pais, a escola é um dos lugares onde mais se consegue quebrar essas barreiras. O fato de os filhos frequentarem as salas de aula com as crianças sem Trissomia traz esperança às famílias, que acreditam que, num futuro próximo, as pessoas se tornarão mais inclusivas, por terem tido a possibilidade de conivência na infância ou adolescência. Com o filho na rede municipal desde o 1º ano de idade, Viviane Dávila, mãe do Erik Silveira, conta que a inclusão escolar tem sido muito positiva, não só para o seu filho, mas também para os colegas. Para ela, a inclusão, quando bem feita, traz benefícios para todos, mas lembra que ainda há muito o que fazer. Emocionada, a mãe conta um pouco da trajetória da família desde o nascimento do filho. Ela conta que Erik foi um bebê planejado e muito esperado por todos. Lembra ainda que a gestação foi tranquila e os exames e ecografias não apresentavam nenhuma alteração, porém, com um mês de vida, após sintomas de “sapinho”, a família o levou até a pediatra, que, com todo profissionalismo e empatia, os informou que a criança possuía Síndrome de Down. A mãe conta que, no momento da descoberta, foi um misto de sentimentos, entre dúvidas, culpas, angústias e incertezas. “Parecia que todos os nossos planos e sonhos não seriam mais possíveis." Movimento Down Chute no Preconceito Grata e com esperança de dias em que o “diferente” não será mais motivo para preconceito, Viviane relata que, em busca de romper esses paradigmas, se uniu a um grupo de pessoas que tem o mesmo objetivo que ela: o Movimento Down Chute no Preconceito. Ela conta que o grupo tem sido de extrema importância, pois tem feito o caminho reverso ao que se que se fazia no passado, dando maior visibilidade, focando nas capacidades e potencialidades das pessoas com Down. Em Gravataí, o Movimento Down Chute no Preconceito, com cerca de 70 famílias, luta incansavelmente pela inclusão das pessoas com T21. Em suas redes sociais, o movimento traz informações que quebram alguns paradigmas instaurados ao longo dos anos, como a importância de não tratar a T21 como doença, a desmitificação da nomenclatura da síndrome e o entendimento do que se trata, além de promover uma ampla divulgação da comunidade com T21 do município. Para o idealizador e presidente do movimento Down Chute no Preconceito, Afonso Forni, esse dia é sim de comemoração para todos, pois vivenciamos a potencialidade e a especificidade de cada um dentro de casa. "Hoje, para nós, é um dia de chutar o preconceito, através da divulgação, para bem longe da nossa sociedade", destacou.