Gravataí, quinta-feira, 27 de abril de 2023
ANO XIX | Ed. # 4186
Diário | R$ 3,00
BIBLIOTECA COMEMORA 57 ANOS COM MÚSICA, FLORES E LIVROS
Programação especial é realizada até o dia 28/4.
Gravataí, quinta-feira, 27 de abril de 2023
ANO XIX | Ed. # 4186
Diário | R$ 3,00
Programação especial é realizada até o dia 28/4.
Com investimento de R$ 100 milhões, operação marca a entrada do Grupo Zaffari no segmento de atacado e varejo.
Por Daniel Medeiros, doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
Converso com professores de todo lugar e tenho uma história a contar dessas conversas: grande parte dos professores acredita saber reconhecer as “vítimas” preferenciais do bullying.
Alguns depoimentos: “Quando começa o ano, fico na porta recebendo as crianças e, só de olhar, já sei quem vai ter problema e quem vai dar problema”.
“Já pego os fraquinhos e ponho mais perto de mim e digo pra eles: qualquer coisa, fala comigo, tá?”
“Eu converso com os pais e já vou alertando sobre os filhos deles. Se os pais não preparam os filhos para a escola, eu sozinha é que não vou conseguir dar conta!”
Bom, há muitas variações sobre o mesmo tema. Há uma pré ocupação com certos tipos de alunos e alunas: os magrinhos, baixinhos, tímidos, com alguma deficiência física ou mental, gordos, com manchas ou cicatrizes aparentes, etc. Não é difícil imaginar outros exemplos de candidatos às brincadeiras, achincalhes, discriminações, agressões físicas e morais, isolamento, humilhações e exposição a todo tipo de ridículo, durante a aula e ao longo dos intermináveis recreios. Interessante é que muitas dessas preocupações acabam enfatizando essas diferenças já no início do ano.
“Olha aí turma, não é porque o colega é gordinho que eu quero ver aqui qualquer tipo de brincadeira com ele, está certo?”
“Atenção, atenção, a amiga de vocês tem uma dificuldade de acompanhar a aula porque ela teve um probleminha na infância. Quero todo mundo ajudando e colaborando com ela, ok? E nada de gracinhas!”
Boa parte dessas expressões preocupadas são detalhadas pelos pais. Conheci um que chegou a combinar com a professora um complexo sistema de sinais para que ela entendesse as necessidades da filha, tão tímida que não conseguia falar durante a aula. Assim, se ela coçava a orelha é porque desejava ir ao banheiro; se apertasse o nariz, queria tirar uma dúvida; se pegasse no cabelo, é porque alguém a estava incomodando.
As crianças e adolescentes, de maneira geral, são observadores e perspicazes. Não há convite mais irresistível que essas chamadas de atenção dos adultos.
Lembro da mãe que assistia ao desfile de 7 de setembro da minha escola e gritava, histérica: “João Ricardo! João Ricardo! Olha! É a mamãe!” Todos olhavam, menos o coitado do João Ricardo que queria que um fosso se abrisse sob seus pés para sumir
e escapar das inevitáveis brincadeiras dos colegas.
Ou da outra mãe que interrompeu uma aula, preocupada, com uma lancheira de cor salmão nas mãos: "Desculpe, professor, quero só entregar o “lanchinho” para o Vítor, que esqueceu". E dirigindo-se para o filho: “Vitinho, não se preocupe mais, mamãe trouxe o lanche”.
Vítor era aluno do nono ano.
Não há pais mal-intencionados. Não há como imaginá-los conspirando antes de expor os filhos a situações dessa natureza. Mas exemplos como esses são comuns, muito comuns.
Alguns professores são muito jovens. Ou consideram-se jovens. Ou precisam, precisam muito, parecer jovens. E estabelecem padrões de relacionamento com seus alunos que inclui aceitar ser chamado por apelidos e atribuir apelidos aos alunos.
Isso acontece com muitos pais também. De alguma maneira, consideram essa postura uma forma de identidade com os filhos. São “amigos”, brincam como amigos, trocam insultos, “mas tudo numa boa”.
Isso acontece com irmãos e irmãs mais velhas. Parentes. Amigos dos pais. Todos consideram que os apelidos familiares podem atravessar a fronteira da intimidade do lar e ganhar o mundo. É só brincadeira, sem maldade. Não conheço professores que se comportem assim com a intenção malévola de prejudicar ninguém. Pelo contrário, acreditam que agindo assim, facilitam o aprendizado e tornam a vida dos alunos e alunas na escola menos chata, mais interessante.
Todos querem ajudar. Ou apenas fazer uma brincadeira. Ou não querem nada em especial. Agora pergunto: quais são as ações, gestos ou palavras que proferimos envolvendo alguém e não reparamos? Ou mesmo reparando, não medimos suas consequências? Ou mesmo medindo as consequências, não imaginamos se a vítima vai concordar ou não com elas? E fazemos tudo isso com pessoas que gostamos ou contra as quais não alimentamos qualquer oposição. Perguntas como essa exigem reflexão. Reflexão é uma palavra muito rica. E também poderosa. Significa “voltar-se sobre a minha ação”. Ou seja, um revisitar de coisas que faço sem que tenha pensado antes de fazer isso.
Professores, pais, parentes, amigos, quase nenhum deles acredita ser responsável por parte importante das práticas de bullying que assolam o país. Mas são. Somos.
Estamos revendo o Cadastro Único não para fazer uma economia, mas para ver quem está no cadastro que não tem direito. Especialmente homens solteiros que estão trabalhando, que muitas vezes vão para a informalidade para poder ganhar os R$ 600. Podemos ter uma economia de até, já chegamos em um número significativo, R$ 7 bilhões.
http://www.willtirando.com.br/
A Prometeon venceu o Top of Mind do Transporte 2023, realizado pela revista TranspoData, na categoria Pneu. A cerimônia, realizada na manhã de terça-feira (25/4), em São Paulo, teve a presença de Christiane Clemente, Gerente de Marketing da Prometeon para a América Latina, representando a empresa.
Após apelos de décadas por mais participação feminina na Igreja Católia, o papa Francisco vai dar às mulheres o direito de voto no próximo Sínodo dos Bispos, a reunião em que bispos debatem e decidem questões ideológicas e regimentos internos.
das votadas. Até agora, as únicas pessoas que podiam votar eram os homens.
Vaticano/Divulgação
O Vaticano publicou nesta quarta-feira as modificações, que já valerão no próximo Sínodo, em outubro deste ano.
Durante o Sínodo, bispos de todo o mundo votam propostas concretas e as apresentam ao papa, que então elabora um documento levando em consideração as medi-
Pelé foi eternizado também na Língua Portuguesa. O verbete foi incluído na edição digital do dicionário Michaelis em homenagem a Edson Arantes do Nascimento, o Rei do Futebol. "pe.lé® adj m+f sm+f Que ou aquele que é fora do comum, que ou quem em virtude de sua qualidade, valor ou superioridade não pode ser igualado a nada ou a ninguém, assim como Pelé®, apelido de Edson Arantes do Nascimento (1940-2022), considerado o maior atleta de todos os tempos; excepcional, incomparável, único. Ele é o pelé do basquete. Ela é a pelé do tênis. Ela é a pelé da dramarturgia brasileira", diz o texto. A explicação da palavra também vai ser incluída nas próximas versões impressas do dicionário.
Com a nova mudança, cinco religiosas se juntarão a cinco padres como representantes votantes de ordens religiosas. Além delas, outras 35 mulheres ligadas à igreja também votarãoeles foram nomeadas por Franscisco junto de outros 35 homens não bispos. A medida também reflete a visão do papa de que fiéis leigos assumam um papel maior nos assuntos da Igreja que há muito foram deixados para clérigos, bispos e cardeais. g1
A primeira loja da bandeira Cestto Atacadista abre as portas para o público nesta quinta-feira, dia 27 de abril, às 10 horas, em Gravataí. Estreia do Grupo Zaffari no segmento de atacado e varejo, também conhecido como cash and carry, a unidade recebeu investimentos de R$ 100 milhões e irá gerar 250 empregos diretos. Com aproximadamente 12 mil itens à venda, a primeira operação mista de varejo e atacado da empresa busca harmonizar o atendimento tradicional de um supermercado com a venda de maiores volumes para consumidores institucionais, varejistas e transformadores, como bares e restaurantes.
Localizada na Avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira, 7575, Parada 60, a loja está situada em uma área privilegiada, na
divisa entre Gravataí e Cachoerinha, região que possui mais de 500 mil habitantes num raio de oito quilômetros. Sendo assim, um ponto estratégico com densidade populacional e condições para receber um importante serviço de abastecimento qualificado para milhares de pessoas. Na manhã de ontem (26/4), nas dependências do estabelecimento comercial, o diretor do Grupo Zaffari, Claudio Luiz Zaffari, recebeu jornalistas
da região para apresentar a loja à imprensa local. Na ocasião, ele falou sobre o novo empreendimento, que começou a ser desenvolvido há dez anos, e agradeceu o empenho do prefeitos à frente do executivo municipal neste período (Acimar da Silva, Marco Alba e Luiz Zaffalon) para a concretização do projeto. “Estamos iniciando, enfim, a Loja Cestto em Gravataí, o que para nós é uma honra”, disse.
O mix disponibilizado no Cestto Atacadista em Gravataí terá produtos de marcas tradicionais do mercado, assim como das marcas exclusivas e próprias do Grupo Zaffari, que passarão a disponibilizar novos tamanhos e formatos, com rigorosa seleção
e acompanhamento de qualidade. Para atender aos diversos tipos de necessidades dos consumidores, a operação também investe em novas dinâmicas de exposição de produtos, na distribuição dos espaços da loja, na comunicação visual e nas instalações da operação,
potencializando uma experiência eficaz e organizada.
Através da eficiência logística e operacional, a primeira unidade Cestto Atacadista tem parte do abastecimento da loja vinda diretamente da indústria, obtendo, assim, condições de destaque para as ofertas.
Com um total de 32 checkouts, sendo 4 deles do tipo self checkout, a loja possui amplos corredores e é dividida por áreas específicas de produtos, disponibilizando desde itens de mercearia até perecíveis frescos, resfriados e congelados, assim como áreas especiais de hortifrutigranjeiros, padaria e açougue, que irão preparar produtos na própria loja. A unidade conta ainda com uma área de televendas específica para clientes de pessoa jurídica, oferecendo um centro de contatos inteligente, com preços e serviços diferenciados
para estes clientes.
As ofertas da loja serão anunciadas através dos meios tradicionais de mídia, além de tabloides da marca Cestto Atacadista, pelo WhatsApp e ainda na sinalética digital instalada no empreendimento.
Além dos cartões de pagamento das bandeiras
Zaffari Card e Bourbon Card, a Cestto Atacadista irá contar com cartão próprio e aceitará as principais bandeiras de cartões do mercado, como Visa, MasterCard, Elo, Amex, Banricompras, entre outras.
O estacionamento da unidade possui 380 vagas, sendo 140 cobertas.
A escolha do nome Cestto foi determinada pelo atributo que a palavra tem de sintetizar o próprio negócio de atacado e varejo, visto que o objeto cesto está diretamente ligado ao ato de acondicionar, carregar e armazenar suprimentos, estando sempre presente nos ambientes de compras e de abastecimento. Também corroborou para a escolha do nome o fato de ser uma palavra de fácil assimilação, além de ter grande funcionalidade de aplicação gráfica e digital. A letra T dobrada tem a função de trazer personalidade à marca, torná-la única e inconfundível, o que também a conecta sutilmente à marca Zaffari por fazer alusão ao característico F dobrado de sua grafia.
A inauguração do Cestto registra importantes mudanças em seu entorno, com o objetivo de transformar a área em um novo polo de desenvolvimento comercial e residencial. Para tanto, foi implementado um sistema viário adequado, com a abertura da Avenida Águas Claras e a liberação de três
acessos para a Avenida Marechal Rondon.
Ainda foram executadas obras de infraestrutura, destacando-se a complementação das redes pluviais e cloacais públicas.
O empreendimento apresenta uma bacia de amortecimento das águas pluviais e dispõe de reservatórios de reuso destas águas; conta com a
instalação de mais de mil placas solares, que irão gerar 63.700 kWh/mês e atender parte da energia necessária para todo o complexo. O Zaffari também está doando 7.850,35 m² de área para a complementação do recém-criado Parque Vereador Roberto Andrade e vai realizar trabalhos ambientais no local, entre outros.
Assembleia da Associação dos Diários do Interior do RS (ADI) empossou na manhã de ontem a diretoria da entidade para o exercício 2023/2024. Diretor do jornal Folha do Mate, de Venâncio Aires, Ricardo Silberschlag substituiu o diretor do Grupo A Hora, Adair Weiss no cargo de presidente da entidade que congrega os grupos de comunicação regionais RS.
Realizada no Plaza São Rafael, em Porto Alegre, a posse da nova diretoria foi prestigiada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Vilmar Zanchin. O parlamentar aproveitou a oportunidade para falar sobre projeto que coloca o parlamento gaúcho como protagonista de movimento que visa elevar o desempenho da educação no RS. “Os jornais e os meios de comunicação regionais têm papel crucial nessa proposta.”
De acordo com Silberschlag, a nova gestão tem o propósito de mostrar para as comunidades a
importância do jornalismo profissional para o desenvolvimento das comunidades. “Cada região tem sua peculiaridade e a ideia é prover uma troca de conhecimento maior entre as empresas associadas, além de realizar treinamentos capazes de ampliar o desempenho dos profissionais e gestores.”
A ADI também aprovou o ingresso de duas novas empresas à associação – os jornais Celeiro, de Santo Augusto, e Noroeste, de Santa Rosa. Com as adesões, o número de empresas associadas à entidade chega a 30.
Fake news e multimídia Na reunião, os representantes
GESTÃO DA ADI MULTIMÍDIA BIÊNIO 2023/2024
Presidente: Ricardo Silberschlag – Diretor do Jornal Folha do Mate de Venâncio Aires
Vice-Presidente: Alexandre De Grandi – Gerente Geral do Jornal Diário de Santa Maria
Secretária: Teolides Luiza Antonello – Gestora Executiva do Jornal Diário Serrano de Cruz Alta
Tesoureiro: Márcio Vieira da Cunha – Diretor Comercial do Jornal do Povo - Cachoeira do Sul
CONSELHO FISCAL (TITULARES)
Patrícia Cerutti – Diretora do Jornal O Alto Uruguay de Frederico Westfhalen
Hélio Correia – Diretor do Jornal Bom Dia de Erechim Múcio de Castro Filho – Diretor do Jornal Nacional de Passo Fundo
da ADI debateram temas que serão abordados durante o Seminário e o Congresso da entidade, eventos que ocorrem no segundo semestre. Uma das principais discussões é sobre o prejuízo provocado pelas Fake News ao jornalismo, e as consequências da desinformação nos negócios do setor. A intenção é debater o assunto no Seminário, além de unir
forças com as entidades nacionais de combate à prática.
Por fim, a Assembleia aprovou mudança no nome da associação, que passa a se chamar ADI Multimídia. A mudança visa abranger o crescimento das empresas associadas, que hoje, além de jornais, também abrangem em seus negócios rádios, portais, revistas, editoras e produtoras de eventos.
Durante a cerimônia de posse da gestão 2023/2024 da Associação de Diários do Interior (ADI), o presidente da Assembleia Legislativa (AL) do RS, Vilmar Zanchin, anunciou plano para reverter a crise na educação gaúcha. O projeto nasce de queda no desempenho do Estado nas avaliações de ensino, que se soma ao deficit da educação brasileira na comparação com os países desenvolvidos.
Conforme Zanchin, a escolhemos da Educação como tema central da AL se dá pela sua importância no desenvolvimento econômico e social, mas também pela urgência. “A última edição do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes realizado pela OCDE, impôs ao Brasil uma duríssima realidade.”
No quesito leitura, fundamental para a compreensão, o País ocupa a 57ª posição, com nota 413, abaixo da média dos países avaliados, cuja nota chega a 487. A China, lidera o ranking, com nota 555. “Temos dificuldades no acesso à educação infantil, visto que em muitos municípios ainda faltam vagas, problemas para manter a criança e o adolescente na escola e no ingresso às universidades.”
Pesquisa desenvolvida pela Unicef mostra que 11% dos jovens com idade entre 11 e 19 anos estão fora da sala de aula no Brasil. A cada 100 jovens com idade entre 18 e 24 anos, apenas 18 estão matriculados no ensino superior. “Outro problema central, até mais grave, é a qualidade do ensino, questão que se acentua
no Rio Grande do Sul.”
O Estado ocupa a 9ª colocação no Ideb dos anos iniciais e a 13ª nos anos finais entre as 27 unidades da Federação. No Ensino Médio, ocupa a 8ª posição. “Um Estado que foi referência em qualidade da educação não pode se conformar com esse desempenho. A Assembleia decidiu colocar a Educação para o Desenvolvimento como tema central da gestão para reverter esse quadro.
“Educação, ao longo dos anos, foi assunto de poucos”
– O que efetivamente a AL fará na prática para mudar o cenário da educação gaúcha?
Vilmar Zanchin – Primeiro, formamos um conselho consultivo com especialistas de renome nacional, como a professora Claudia Costin, o ex-ministro Rossieli Soares, a gaúcha Mônica Timm, que integra o Pacto pela Educação RS, o executivo do Instituto Natura David Saad e a secretária Raquel Teixeira. Com eles, estamos avaliando a condição atual do Rio Grande do Sul e identificando os eixos que devemos priorizar. Em outra frente, existe essa mobilização da sociedade, por meio de eventos regionais, onde queremos ouvir as comunidades escolares e os setores produtivos. Ao término deste ano, pretendemos construir uma espécie de marco legal da educação gaúcha. Ou seja, mais do que identificarmos as necessidades e alinharmos estratégias de avanços, queremos transformá-las em lei, para que tenhamos uma política de Estado para a Educação e não mais de governo.
– Quais os pontos principais do projeto?
Zanchin – Nós já identificamos quatro eixos prioritários. Um deles é a alfabetização na idade certa, que é até o término do 2º ano do ensino fundamental. Isso precisa ser feito por meio de políticas em regime de colaboração com os municípios, a exemplo do que foi realizado com êxito no Ceará. Outro é o ensino médio integral, aliado a uma estratégia de profissionalização que leve em conta a vocação produtiva das regiões. Pernambuco melhorou o aprendizado no ensino médio ampliando o tempo de permanência do jovem na escola. São Paulo se desenvolve, pois tem uma rede estruturada de escolas técnicas e faculdades tecnológicas, que oferecem ao jovem uma perspectiva de futuro profissional. Outros dois gargalos são a ampliação do uso da tecnologia em sala de aula e o fortalecimento da carreira docente, sobretudo com a perspectiva de formação inicial e continuada dos professores.
– Qual o diagnóstico da educação no Estado hoje?
Zanchin – Recentemente o Governo do Estado divulgou os dados do SAERS (Sistema Estadual de Avaliação do Rendimento Escolar), que falam por si. Quando falamos em ensino médio, 73% dos adolescentes das escolas gaúchas se formam no terceiro ano com desempenho nos níveis básico e abaixo do básico em língua portuguesa. Em matemática, a cada 100 alunos que concluem o ensino médio, 96 saem com desempenho básico e
abaixo do básico. Não existe bala de prata para mudar essa realidade. Precisamos de soluções sistêmicas, que passem pela melhoria da infraestrutura das escolas, pelo aprimoramento dos planos pedagógicos, pela maior participação da comunidade escolar no processo educacional, pelo maior tempo de permanência do jovem na escola, entre outros fatores.
– Porque perdemos espaço enquanto estado referência em educação?
Zanchin – Talvez pelo fato de a sociedade ter se omitido do debate e custado a encarar esse tema com a urgência que ele possui. Educação, ao longo dos anos, foi assunto de poucos. Quem não era professor, automaticamente era excluído — ou se excluía — das discussões. Felizmente essa realidade tem mudado. Hoje, há no Rio Grande do Sul uma sinergia entre governo, entidades e a sociedade, discutindo esse tema com um viés de solução.
– Qual o papel dos veículos de comunicação neste processo de reconstrução da educação gaúcha?
Zanchin – Os veículos de comunicação, sobretudo do interior do Estado, possuem um papel crucial dentro desse processo de mobilização da sociedade, pela abrangência e relevância que possuem. Relatando os problemas da rede, mas também as experiências exitosas. Temos ilhas de excelência no ensino gaúcho, que podem ser replicadas em outros municípios e até mesmo servirem de estímulo.
– O que se espera ao fim do projeto?
Zanchin – A ideia é justamente apresentar medidas concretas, com prazos e metas que possam ser incluídas em lei. Assim, garantimos a perenidade das ações, transformando-as em políticas de Estado e não de governo.
O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), considerado a prévia da inflação oficial do País, ficou em 0,57% em abril, informou nesta quarta-feira (26) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice desacelerou na comparação com março, quando variou 0,69%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 2,59% e, em 12 meses, de 4,16%, abaixo dos 5,36% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2022, a prévia da inflação foi de 1,73%.
Em abril, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. A maior variação (1,44%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 ponto percentual) vieram dos transportes, que haviam subido 1,5% em março. A alta foi puxada pelo aumento no preço da gasolina (3,47%).
Na sequência, vieram os grupos saúde e cuidados pessoais (1,04%) e habitação (0,48%), que contribuíram com 0,14 ponto percentual e 0,07 ponto percentual, respectivamente. Já o grupo alimentação e bebidas (0,04%) desacelerou frente a março (0,20%). Os demais grupos ficaram entre as taxas de 0,06% de comunicação e 0,39% de vestuário.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prepara um esforço concentrado para emitir registro civil a mais de 2,7 milhões de pessoas que não têm nenhum documento, segundo informações do Censo 2022.
Na semana de 8 a 12 de maio, o órgão promove um mutirão em todas as unidades da federação. A prioridade será para pessoas em situação de rua, que dependem de um documento para ter acesso a direitos básicos, como programas assistenciais, matrículas em escolas públicas e atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS).
A campanha Primeira Semana Nacional de Registro Civil – Registre-se! faz parte do Programa de Enfrentamento ao Sub-registro Civil e de Ampliação ao Acesso à Documentação Básica por Pessoas Vulneráveis, criado neste ano pela Corregedoria Nacional de Justiça, um dos braços do CNJ.
Outras populações socialmente vulneráveis também são alvo da iniciativa, como os povos indígenas, ribeirinhos, refugiados e população carcerária. O mutirão deve se repetir ao menos uma vez por ano.
Público prioritário
Segundo levantamento do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (Ipea), a população em situação de rua no Brasil
aumentou 211% em 2022 na comparação com 2021. Os dados mostram que há no país mais de 230 mil pessoas nessa condição.
Para que a iniciativa alcance esse público alvo, o CNJ tem mobilizado instituições e pessoas que já trabalham com essa temática, como o padre Júlio Lancelotti, que presta auxílio à população de rua de São Paulo.
Segundo o CNJ, o mutirão contará com o apoio da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil) e demais associações de registradores civis para viabilizar a certidão de nascimento.
Defensorias públicas e o Ministério Público também são parceiros da iniciativa, auxiliando na presença de registradores em praças públicas, por exemplo. As corregedorias-gerais dos tribunais de cada estado ficarão a cargo de fiscalizar e apresentar os resultados do mutirão.
A Ceasa (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul), vinculada à SDR (Secretaria de Desenvolvimento Rural) registrou, no ano passado, valor comercializado de R$ 2,4 bilhões, com oferta de produtos na marca de 560,6 mil toneladas. O valor comercializado é 32,37% maior que o de 2021 (R$ 1,8 bilhão) e 40,91% superior à média do triênio 2019-2021 (R$ 1,7 bilhão).
Para que o número fosse atingido, uma série de medidas foi implementada nas áreas de limpeza, segurança e tecnologia. “Trata-se do resultado de uma gestão profissional”, destaca o presidente da Ceasa, Ailton dos Santos Machado.
Pelos pavilhões da Ceasa passa cerca de metade das frutas, dos legumes e das verduras consumidos no Rio Grande do Sul. Atualmente, são 1.731 produtores rurais e 314 empresas atacadistas cadastradas no complexo de 42 hectares – área equivalente ao tamanho de 60 campos de futebol.
Valor comercializado e oferta de produtos por ano
2022: R$ 2,4 bilhões – 560 mil toneladas
2021: R$ 1,8 bilhão – 605 mil toneladas
2020: R$ 1,7 bilhão – 634 mil toneladas
2019: R$ 1,5 bilhão – 607,5 mil toneladas
2018: R$ 1,2 bilhão – 611 mil toneladas
2017: R$ 1,3 bilhão – 626 mil toneladas
A Polícia Civil apreendeu, na Zona Norte de Porto Alegre, um arsenal que pertencia a uma facção criminosa. Dois bandidos foram presos durante a Operação Focilis, realizada na tarde de terça-feira (25).
O balanço da ação foi apresentado em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (26). As investigações iniciaram há três meses, após a informação de que um homem era responsável por armazenar armas para uma facção criminosa com base no Vale do Sinos, que utilizava o armamento para cometer atentados contra rivais e para crimes patrimoniais. Também foi constatado que o criminoso vendia drogas em bairros nobres da Capital.
O aplicativo de mensagens Telegram não entregou à PF (Polícia Federal) todos os dados sobre grupos neonazistas da plataforma pedidos pela corporação, e a Justiça determinou que operadoras de telefonia e lojas de aplicativos retirem o aplicativo do ar imediatamente.
Segundo a PF, as empresas de telefonia Vivo, Claro, Tim e Oi e o Google a Apple, responsável pelas lojas de aplicativos Playstore e App Store vão receber o ofício sobre a suspensão do Telegram ainda na tarde desta quarta-feira (26).
O Telegram chegou a entregar parte dos dados pedidos pela PF na sexta-feira (21), após a pedir uma intervenção do judiciário. A corporação, entretanto, quer contatos e dados dos integrantes e administradores de um grupo com conteúdo neonazista, e o Telegram não forneceu os números de telefone.
Além de determinar a suspensão do aplicativo, a Justiça ampliou a multa aplicada ao Telegram por não entregar os dados de R$ 100 mil para R$ 1 milhão por dia de recusa em fornecer os dados.
Investigação em Aracruz apontou grupos neonazistas
Segundo a PF, o pedido de acesso aos dados do grupo neonazista foi feito depois que a investigação sobre o ataque a uma escola em Aracruz, que deixou quatro mortos, descobriu a interação do assassino, de 16 anos, com grupos com conteúdos antissemitas pelo Telegram.
A polícia pediu que a plataforma entregasse os dados de administradores e integrantes do grupo para apurar as conexões e se houve influência no crime em Aracruz.
“Observou a autoridade policial que o
menor infrator era integrante de grupos de Telegram de compartilhamento de material de extremismo ideológico, cuja divulgação de tutoriais de assassinato, vídeos de mortes violentas, tutoriais de fabricação de artefatos explosivos, de promoção de ódio a minorias e ideais neonazistas”, diz trecho do pedido de quebra de sigilo telemático da PF.
Grupos extremistas
O envolvimento de grupos extremistas em casos de violência em escolas vem sendo investigado pelo Ministério da Justiça. A apuração começou depois do caso de Aracruz.
No início de abril, o ministro Flávio Dino, determinou a investigação de células que fazem apologia ao nazismo. Em uma coletiva depois do caso de violência em uma creche em Blumenau, disse que a PF descobriu a conexão entre grupos neonazistas e adolescentes com influência para violência em escolas.
De acordo com o ministro, as investigações encontraram grupos em São Paulo e Goiás que estariam recrutando adolescentes no Maranhão. Todos os grupos com conteúdo antissemita.
Durante a operação policial, agentes abordaram o traficante enquanto ele fazia a entrega de drogas no Centro de Porto Alegre, acompanhado de um comparsa. Com a dupla, que estava em um veículo, foram apreendidas drogas e dinheiro. Na sequência, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dois imóveis, onde os policiais encontraram 5 quilos de maconha do tipo camarão, um quilo de cocaína pura, um fuzil 556, uma espingarda, um revólver e quatro pistolas, além de coletes balísticos. Uma das pistolas havia sido furtada de um policial civil em Capão da Canoa, no Litoral Norte, no fim do ano passado.
Os policiais civis ainda foram a um terceiro imóvel, onde localizaram mais quatro pistolas, dezenas de munições, carregadores, um fuzil e uma espingarda automática de origem turca.
As investigações prosseguem para identificar e responsabilizar criminalmente os demais integrantes da facção criminosa.
Policiais civis da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Gravataí cumpriram um mandado de prisão preventiva expedido contra um investiqado que descumpriu a medida protetiva de urgência. A prisão preventiva foi realizada na tarde desta terça-feira (25/4), no bairro Oriçó.
O homem, que tem 45 anos, possui antecedentes por porte ilegal de arma de fogo e crimes relacionados à violência doméstica e estava sendo monitorado há uma semana. Recentemente, ele havia sido preso em flagrante por agredir a companheira. A ação da DEAM foi coordenada pelo delegado Eduardo Amaral e o suspeito foi conduzido à DPPA.
Pressionada pela gasolina, prévia da inflação oficial brasileira fica em 0,57% em abril
Ceasa registra R$ 2,4 bilhões de valor comercializado em 2022 no Rio Grande do Sul
Com antecedentes por porte ilegal de arma e violência, homem é preso em Gravataí
O Hospital Dom João Becker recebeu nessa quarta-feira (26) a visita de lideranças da Escola de Saúde da Unilasalle. O grupo de professores veio conhecer as instalações da Santa Casa em Gravataí, visando a implementação das turmas de cinco graduações no hospital. Em recente reunião, realizada na prefeitura, Unilasalle e Santa Casa anunciaram ao prefeito Luiz Zaffalon a vinda da universidade para o município. A comitiva da Unilasalle foi conduzida pelo coordenador de enfermagem, Rudinei Bittencourt, e demais lideranças do HDJB, além do especialista em Ensino e Pesquisa da Santa Casa, Moisés Heberle. O grupo
Cultura
percorreu setores como UTI, Centro Obstétrico, Unidades de Internação, Emergências, Nutrição,
Área de Ensino e Pesquisa e Laboratório, além das estruturas fora do hospital, como o Cen-
tro Médico e o Centro de Especialidades. “O ensino e a pesquisa estão presentes nos principais
hospitais do país e temos consciência de que a qualidade na experiência do paciente passa também por esse segmento. Vamos em frente para concretizar a vinda das graduações no curto prazo”, afirma Rudinei Bittencourt.
Segundo ele, a parceria com a Unilasalle vem ao encontro da missão da Santa Casa que é proporcionar ações de saúde a pessoas de todas as classes sociais, fundamentadas em excelência profissional e organizacional. A previsão é de que disciplinas de enfermagem, biomedicina, fisioterapia, nutrição e serviço social já possam ser ministradas no Dom João Becker a partir do mês de agosto.
O Centro Obstétrico do Hospital Dom João Becker está com inscrições abertas para a nova turma do Curso de Pais, voltado àqueles que esperam pelo primeiro filho ou que já viveram a experiência e desejam aprimorar os conhecimentos sobre os cuidados com a gestação e as primeiras semanas do bebê. Gratuita, a capacitação ocorre sextafeira (28/4), no auditório do hospital, das 9h às 11h. As inscrições para o Curso de Pais podem ser realizadas pelo telefone (51) 32148888. Entre os conteúdos abordados no evento, também está “Aleitamento exclusivo: mitos e verdades”. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o aleitamento materno tem um impacto positivo a longo prazo nos índices de sobrepeso, obesidade e doenças crônicas não transmissíveis.
Rosas, livros, música e sorrisos marcaram os 57 anos de história da Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato, completados nesta quarta-feira (26/4). Os símbolos de empatia e cultura foram oferecidos aos frequentadores deste importante espaço público durante a tarde. As ações deram a largada à programação de aniversário, que ocorre até dia 28 de abril.
O prefeito Luiz Zaffalon abriu as festividades, promovidas por meio da Secretaria Municipal de
Cultura, Esporte e Lazer (SMCEL). “A Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato é ferramenta fundamental da cultura de Gravataí. É um espaço aberto à população, e eu convido todos, não importa a idade, a fazer uso deste importante equipamento público”, disse Zaffa. Foram muitos os momentos emocionantes da cerimônia oficial. Além de um recital de violino, o público recebeu rosas e livros. O dia de celebrações reserva ainda o lançamento e sessão de autógrafos
do livro "Mãe, Amor e Justiça", de Denise Dutra, às 18h30min. Nos próximos dias, a Biblioteca Municipal receberá uma série de atividades que inclui contação de histórias, exposições e um sarau (confira a programação completa abaixo).
A casa do saber e da inclusão
Por se tratar de um espaço democrático por excelência, a Biblioteca Pública Municipal Monteiro Lobato permite o acesso direto e gratuito à leitura informativa, formativa e de lazer. Ela também atende pesquisadores, estudiosos e leitores em seus diversos setores, tais como acervo geral e infanto-juvenil e espaço braille.
Diretor geral: Moacir Menezes
Diagramador/Editor: Jacson Dantas/Filipe Foschiera
Os usuários usufruem ainda de empréstimos a domicílio e um telecentro de oito estações com acesso à internet. Localizada na Rua Coronel Fonseca, 936, a Biblioteca Municipal funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, e empresta, mensalmente, cerca de 300 livros.
PROGRAMAÇÃO
27 de abril
15h - Contação de histórias de Monteiro Lobato, com a professora e escritora Ester Polli;
19h - Contação de história do livro "Quarto de Despejo", de Carolina Maria de Jesus, com a escritora e professora ngela Xavier;
28 de abril
Exposição TropicáliaMúsica e Rebeldia nos
* Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores e não emitem a opinião do jornal
51 3421.3381
Anos 70
19h - Sarau Tropicália, com o Clube Literário de Gravataí
A Biblioteca Pública
Municipal Monteiro Loba-
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Av. Dorival Cândido Luz de Oliveira nº 6125 - Pda. 64
Bairro São Vicente - CEP 94070-001 - Gravataí - RS - Brasil
to está localizada na Rua Coronel Fonseca, 936, no centro de Gravataí. Informações pelo telefones (51) 3600-7903 ou e-mail smcel.biblioteca@ gravatai.rs.gov.br.
Publicação da empresa Gráfica Jornal 2M Ltda CNPJ nº 03.851.285/0001-62
Registro nº 39987 do livro A-4
Fundação: 22 de março de 2005
Tiragem: 8 mil exemplares Impresso e virtual
Prefeito Luiz Zaffalon participou da abertura da programação de aniversário, com atrações especiais ao público até dia 28/4.