27102014

Segunda-feira

Ano XVIII w

NATAL-RN, 27 DE OUTUBRO DE 2014

w Nº 5.073

R$ 2,00 w jornaldehoje.com.br

“LUTAREI PARA SER O MELHOR GOVERNADOR DA HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE” ROBINSON FARIA,

ELEITO COM

54,42%

DOS VOTOS,

PROMETE UMA GESTÃO TÉCNICA E EFICIENTE E AFIRMA QUE GOVERNARÁ PENSANDO NAS PRÓXIMAS GERAÇÕES

No primeiro comunicado como chefe do Executivo eleito, Robinson Faria, do PSD, agradeceu a Deus, a família, aos apoiadores e “aos mais de 877 mil potiguares pelos votos de confiança”.

O novo governador também reafirmou o compromisso de fazer uma administração focada na eficiência da máquina pública e no desenvolvimento social e econômico do Estado.

POLÍTICA 3 Fotos: José Aldenir

> SEM MANDATO

HENRIQUE ALVES AFIRMA QUE FARÁ “OPOSIÇÃO VIGILANTE” CANDIDATO DO PMDB ESPERA QUE ROBINSON CUMPRA COMPROMISOS POLÍTICA 5

> VIRADA

ROBINSON TEVE 253 MIL VOTOS A MAIS DO QUE NO 10 TURNO ROBINSON SAIU DOS 623 MIL VOTOS PARA 877. HENRIQUE TEVE 734 MIL POLÍTICA 3

Robinson votou acompanhado da mulher Julianne e dos filhos Fábio, Nathalia, Janine, Maria Fernanda, M. Luiza e Gabriel

Marcos A. de Sá Página 7

w Robinson quer dar maior atenção à economia e promete administrá-la com critérios técnicos.

Daniela Freire

> EDUCAÇÃO

> DOMINGO

Polícia Federal prendeu Professores temporários 19 pessoas acusadas de do Estado não recebem crimes eleitorais no RN salário há seis meses Número foi mais do que o dobro do registrado no dia do primeiro turno das Eleições. Segundo

a PF, os ânimos neste segundo turno estavam mais exaltados, mas nenhum caso muito grave.

O Governo do Estado confirma que alguns professores ainda não receberam por conta da tramita-

ção de processos administrativos. Sindicato estuda medida judicial para regularizar pagamento.

CIDADE 13

CIDADE 10

Heracles Dantas

Página 12

w Presidência da AL: Gustavo Carvalho acompanhou apuração no apê do governador eleito.

Vicente Serejo Página 13

w De como foi o primeiro pregão da bolsa de futuros com a vitória de Robinson Faria.

ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE Alcimar de Almeida Silva Cláudia Santa Rosa José Carlos Leite Filho Ailton Salviano Ana Luíza Rabelo Roberto Cardoso Anísio Marinho Neto OPINIÃO - Página 2

Na manhã de hoje, a cidade estava bem mais limpa do que no dia seguinte ao primeiro turno, com apenas alguns resíduos descartados durante as comemorações

Urbana recolhe quase duas toneladas de material de campanha nas ruas de Natal CIDADE 6

INDICADORES: Dólar comercial R$ 2,53 Dólar turismo Dólar/Real

R$ 2,67 R$ 2,53

Euro x real R$ 3,22 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 11%

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2 O Jornal de HOJE

Artigo

Artigo

ALCIMAR DE ALMEIDA SILVA, advogado, economista, consultor fiscal e tributário (aasconsultoria@bol.com.br)

Boa tarde, governador eleito!

Agora que o Rio Grande do Norte acaba de eleger o seu novo governador para mandato a se iniciar em 1º de janeiro próximo, abre-se a perspectiva de nova fase na vida administrativa e política do Estado. Nesse sentido não será demais recorrer à frase do candidato tantas vezes repetida na propaganda eleitoral de não querer ser o governador das próximas eleições, mas o governador das futuras gerações. Assim procedendo, conferiu à sua pretensão a marca da sustentabilidade, que nesses termos definida pelas ciências econômicas e jurídicas, não se limita apenas à ordem ambiental como é mais frequente, mas abrange as dimensões políticoinstitucional, físico-territorial, econômica e social.

Sob ela, é de se esperar que sua eleição e posse não se limitem ao cerimonial repetido a cada quatro anos mas simbolizem uma revisão da desgastada e cansativa forma de governar, simplista e repetitiva, que nos últimos anos reduziu o Governo do Estado a uma rotina improdutiva. Pois as possibilidades de desenvolvimento do Estado reclamam há bastante tempo esforço para superar as limitações que atrasam e submetem a maioria de nossos conterrâneos ao empobrecimento e à subserviência, assistindo assim ao enriquecimento de famílias políticas tradicionais alimentadas em poucos círculos de amigos próximos a influenciar as decisões oficiais, ofendendo assim toda a lógica de distribuição de riqueza, de favores e de oportunidades.

Por isso, é de se imaginar ser chegada a hora de revisão da cultura da administração do Estado, fruto da experiência do eleito, construindo a democratização do exercício do governo que não seja voltado para seu interior mas para a população, à qual precisa ser dada a oportunidade que vá além de cumprimento de suas obrigações, mas, sobretudo, de

Artigo

Opinião

Natal, 27 de outubro de 2014

cumprimento de seus direitos sob todos os aspectos. Os serviços públicos, não apenas precários e ineficientes, mas inexistentes, devem ser melhorados o quanto antes possível, sem prejuízo de cumprimento das obrigações da administração para com os seus servidores e seus fornecedores, o que sequer tem sido respeitado nestes tempos.

Precipitado não será afirmar diante de todo este cenário que o Estado está falido, não porque lhe faltem os recursos humanos, materiais e financeiros para levar a cabo o seu objetivo. Mas porque foi transformado em coisa quase privada, enquanto a saúde, a educação, a segurança e a infraestrutura, entre outros de sua competência, a ninguém serve. É uma rotina de mesmice, que não apenas submete o Estado a atraso nunca experimentado em qualquer tempo, mas que lhe reduziu às mais mínimas e superadas rotinas. Enquanto isso, a autoestima dos servidores incumbidos da prestação dos serviços como dos cidadãos que deles são destinatários se encontra no nível mais inferior de toda a sua história.

Por isso, senhor governador eleito, é chegado o grande momento de iniciar a grande tarefa prometida de recuperar a máquina pública estadual e colocá-la a serviço de todos, tanto dos mais carentes e por isso mesmo mais dependentes da ação governamental como de quantos se dispõem a produzir não apenas para atender as demandas coletivas do dia-a-dia mas para promover o desenvolvimento e recuperar o atraso a que foi submetido o Estado. Tendo em vista não apenas as próximas eleições mas as futuras gerações, por acaso ou deliberadamente anunciado como marca de sua pretensão para merecer o voto da maioria de nossos conterrâneos, que encerra a sustentabilidade sob todas as dimensões referidas.

Há 26 anos ouço histórias extraordinárias sobre Dr. Francisco Menezes de Melo, avô materno de Hélio de Menezes Santa Rosa, o meu marido. Diferentemente das suas três irmãs, acarienses, enraizadas no berço dos Santa Rosa, Hélio viveu na casa de Dr. Menezes e D. Esther, do nascimento até os 26 anos, tanto é que os tratava por papai e mamãe.

Filho mais velho de João Felismino de Melo e Maria Clementina de Menezes Melo, Dr. Menezes nasceu em Natal, no dia 5 de março de 1892. Stela, Othoniel (poeta de obra literária destacada), João e Gabriel foram os seus irmãos, todos nascidos ainda no século 19.

Muito estudioso Dr. Menezes voltou do Recife, aos 21 anos, com o título de bacharel em Direito. Fez da magistratura o seu ofício, encerrando a carreira como desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte.

Esse preâmbulo foi, tão somente, para agora registrar a minha alegria ao receber de Telma, neta de Dr. Menezes, algumas preciosidades literárias escritas por ele. Generosa e sensível, a professora Telma Menezes sabia muito bem da importância de tais textos para mim. Hoje compartilharei o "Histórias da vovozinha", do dia 17 de outubro de 1943.

Há bem mais de 40 anos Aprendi tão linda história Mas, não pensem que ela seja Uma da "Vaca Vitória."

Em casa de minha avó Era eterna a brincadeira Mas, a história ainda não é A da "Gata borralheira" No terraço a meninada Não dava lugar a tréguas...

Todos sabiam a história Da "Bota das sete léguas" Naquele tempo, ninguém De noite olhava em espelho Temendo sonhar com o lobo, Da "Chapeuzinho Vermelho" Talvez, pudesse contar História amorosa e leve

Se vocês não conhecessem "Anões e a Branca de Neve" Naqueles tempos felizes Ninguém julgava desdouro Narra que havia a encantada "Galinha de Ovos de Ouro" E a história do "Pinto Mello" Que guardou dentro do oveiro Grande rio caudaloso, E a "Raposa e o Espinheiro" E a do "Pastor Pobrezinho" Que amava rica princesa.

E fez-se em chuva de ouro Beijando-a na torre presa.

O Brasil é um dos países cuja população se destaca pelo amor ao futebol, mas isso não significa que haja entusiasmo nem aceitação quando uma equipe é vencedora de uma competição mercê de violação ou descumprimento dos regulamentos vigentes. Assim também creio acontecer com a prática da democracia.

A recém terminada campanha eleitoral deu a vitória, após renhida disputa, à candidata Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT). A ela, os louros do seu sucesso, porém sem esquecimento das irregularidades constatadas na conjuntura política nacional capazes da geração de efeitos no resultado das urnas.

Não vai longe o triste episódio que ficou conhecido como "mensalão", planejado para facilitar a constituição da chamada "base aliada" e que resultou na condenação e prisão de expoentes do partido ora vitorioso. Em seu lugar surgiu recentemente o já notório escândalo da Petro-

Artigo

Quero, agora, relembrar Para ver se narro num instante A do urubu que fez ninho "Nas barbas de um estudante" Mas meus meninos, desculpem.

Em não poder começar Pensei que a festa era à noite E ela já vai se acabar.

Tenho um receio bem grande Do que sofreu a cotia...

Castigo tremendo espera "Quem conta história de dia..."

Meninos, a história de hoje, Cheia de verde esperança É a de que amemos a Deus A pátria, a escola e a criança!

Uma belezura! Um inventário literário feito em rimas, fruto de quem tinha um repertório vivo, guardado desde os tempos de criança. Hoje a literatura é vestida, cada vez mais, em encantadores projetos editoriais. Que nunca percamos a motivação para nos encontrarmos com a fruição estética, por meio de um belo texto literário.

bras , fonte vergonhosa de recursos financeiros a irrigar os caixas do "PT, PMDB e PP", além de beneficiar parlamentares cujas identidades ainda são mantidas em sigilo e, o que é pior, com denúncias de que "o Planalto sabia de tudo".

Vigorosamente deve ser dito que não é esse um bom exemplo de democracia.

Adicione-se a esse quadro o uso inaceitável e continuado de mentiras oficiais com chancela de verdades; a corrupção generalizada; a busca declarada da censura da imprensa e do cerceamento do direito da liberdade de expressão; a manifesta simpatia governamental por regimes totalitários próximos ou distantes; a edição de atos oficiais criando práticas repudiadas pelo Poder Legislativo, embora apenas na oratória; a instituição de um sigilo inexplicável em negócios internacionais à revelia do princípio constitucional da transparência; a sistemática de aparelhamento progressivo de elevadas institui-

ANÍSIO MARINHO NETO, 1º procurador de Justiça, professor e membro da ALEJURN, IHGRN e UBE (anisiomarinho@unp.br).

ções que deveriam pairar acima da estrutura governamental; o uso abusivo de medidas provisórias sem o respaldo constitucional de relevância e urgência; a liberdade e impunidade desfrutadas pelos movimentos sociais em afrontar o direito de propriedade, a lei e a ordem; a quebra da indispensável coesão nacional; e tantos outros fatos que seria enfadonho ficar citando, todos preocupantes a empanar o brilho do recém findo embate eleitoral.

Houve época em que por muito menos a honra nacional gerou um afastamento presidencial de suas funções. Havia, então, quem quisesse verdadeiramente investigar e manter a democracia.

Assim como os amantes do futebol lutam até no "tapetão" pela prevalência das regras, impõe-se nos dias atuais um destemor patriótico do fortalecimento da verdadeira prática democrática além dos aplausos fáceis aos vencedores, que não geram efeitos.

AILTON SALVIANO, geólogo e jornalista (ailtonsalviano@uol.com.br)

Mais quatro anos Com a expectativa semelhante a de uma final de Copa do Mundo, a nação ansiosa acompanhou na tarde-noite deste último domingo de outubro de 2014, as apurações que indicariam o nome do Presidente da República que iria comandar o país no próximo quadriênio. Por uma questão de fuso horário, o resultado foi divulgado às 20 horas (horário de Brasília) para não influenciar a votação no estado mais ocidental do país, o Acre. No sábado à noite, uma luta de arte marcial mista envolveu um brasileiro que defendia o título mundial da categoria. Na luta e nas eleições, venceu quem detinha o cinturão. Há nesta comparação, uma grande semelhança - os vencedores sofreram muito para alcançar a vitória.

Transpostas as emoções que sucederam o pleito, enormes desafios esperam a vencedora. Os números da vitória, quer queiram quer não, demonstram uma nação rigorosamente dividida. Isto significa muito mais cobrança, mais fiscalização popular, mais exigências. Afinal de contas, 51 milhões de votantes não embarcaram nas promessas da presidente. Espera-se agora da vencedora, coerência e

Artigo

responsabilidade para solucionar alguns problemas como: - A ameaça da volta da inflação; - Reformas política e tributária; - O grande escândalo da Petrobras; - A divisão da base aliada; - Um Congresso multipartidário; - Índices sociais e econômicos em queda; - Preços que até então estavam represados (energia elétrica, combustíveis etc.); - Partidos da base aliada e o próprio partido do poder acusados de receberem propinas de empreiteiras; - Conclusão das grandes obras como a transposição das águas do rio S. Francisco, ferrovia transnordestina, refinaria Abreu e Lima em Pernambuco, complexo petroquímico do Rio de Janeiro; Além desses problemas prementes, há outros que vão surgir normalmente no decurso do mandato, como a infraestrutura para escoamento da safra de grãos do interior do país, a violência urbana crescente em toda a nação, o deficiente atendimento na saúde pública em todos os estados, a inclemência do fator previdenciário, a carência de investimentos no en-

sino fundamental, revisão da malha rodoviária federal etc.

Infelizmente, nos debates que assistimos na TV, pouco ou absolutamente nada foi dito em termos de propostas para solucionar alguns desses problemas. A nação brasileira para ocupar a posição que merece no cenário mundial precisa de políticas mais sólidas, mais abrangentes e menos assistencialistas. Em potencial, somos o gigante da América do Sul, mas na prática, estamos perdendo em todos os índices sociais e econômicos para os nossos vizinhos. Alguma coisa tem que ser feita com urgência para reverter este quadro.

Se, a rigor, os debates políticos afloraram na maior parte do seu tempo, os podres da política nacional, pelo menos serviram para abrir os olhos da nação para tantos desmandos de bastidores que os nossos governantes se submetem ou fecham os olhos para não ferir susceptibilidades. O que nos resta agora é aceitar a voz soberana das urnas e torcer muito para que os próximos quatro anos sejam de prosperidade em todos os setores da vida nacional. Assim é a Democracia - há vencedores e vencidos.

ANA LUÍZA RABELO SPENCER, advogada (rabelospencer@ymail.com)

Deixe de lado esse baixo astral... ...Erga a cabeça enfrente o mal / agindo assim será vital / para o teu coração / é que em cada experiência se aprende uma lição...

A música acima fala-nos sobre uma lição importante: enfrentar as adversidades, sejam elas quais forem.

Todos passamos ou iremos passar por situações que nos levam a perder a cabeça, a se desesperar, mas tudo aquilo que nos acontece, cada pedra no caminho, cada buraco, cada pau que nos é atirado, tem o objetivo de nos fazer crescer, de nos fazer mais fortes e melhores.

Tudo tem uma finalidade. Cabe a cada um de nós escolher a maneira que vai superar as adversidades, e fazê-lo da melhor forma possível, de maneira que não machuque ninguém, de forma que nos torne capazes de passar pelo problema sem passar por cima de ninguém.

Problemas, todos temos. Histórias dignas de filmes e novelas, todos já protagonizamos, mas devemos ter em mente

Todos sabem a do "Homem Justo" Que foi medir a farinha E na cera bem pregada Encontrou a moedinha Não conto porque me esqueço E o coração sempre bate.

Aquela história da linda "Boneca de Chocolate"

Artigo

JOSÉ CARLOS LEITE FILHO, general de Exército (linsleite@supercabo.com.br)

No país do futebol

CLÁUDIA SANTA ROSA, professora, mestre e doutora em Educação (educadora@claudiasantarosa.com )

Doutor Menezes e as "Histórias da vovozinha"

Segunda-feira

Artigo

que, desde o nosso nascimento, já somos campeões. O fato de termos sido escolhidos para estar aqui, neste momento, já é prova suficiente de que somos aptos para encarar e sermos bem-sucedidos a quaisquer percalços que se desvendem diante de nós.

Já se diz que Deus, nosso Pai Maior, dá o frio conforme o cobertor, ou seja, não receberemos desafios que não somos capazes de enfrentar. A força humana, a nossa capacidade de superar e aprender, é desconhecida até aos maiores cientistas, basta acreditar em si mesmo que o "grande problema" se torna banal diante de um grande guerreiro. Nós somos os grandes guerreiros.

O universo, regido por suas próprias regras, nos ensina e nos dá diversas chances de aprender, de evoluir e "passar de ano". E, por sua infinita generosidade, nos dá oportunidades de errar e errar de novo, até que aprendamos a lição e que ela permaneça gravada em nossa alma,

sem "colas", sem "decoreba".

Basta ter fé, acreditar que é possível e trabalhar duro. Essa é a receita para superação e sucesso. O segredo é não se deixar "cair em desespero" porque nesse ponto a pessoa 'cega' e deixa de enxergar as maiores e melhores oportunidades e chances de crescer e melhorar.

Seja um gigante! Não para ser maior que os outros, mas para você! Seja um vencedor, não para derrotar o próximo, mas para derrotar seus próprios problemas e adversidades. Seja um comandante, não para mandar nas pessoas, mas para mandar nos seus próprios sentimentos, para vencer suas próprias batalhas!

Ninguém precisa fazer o outro de escada para chegar ao topo. Tenha controle de seus sentimentos, construa sua própria escada e assim chegará a ser grande!

Dedico este artigo ao meu padrinho, Tio Américo, que sempre gostou da música do título e nunca nos deixou baixar a cabeça diante dos obstáculos!

ROBERTO CARDOSO, cientista social e sócio efetivo do IHGRN (rcardoso277@yahoo.com.br)

Homo natalensis II E se o ser é o resultado dos seus relacionamentos e comportamentos. A cidade como uma organização social, política e arquitetônica, do ser humano, construída pelos homens com objetivos de abrigar e servir aos homens, também é o resultado de seus relacionamentos e seus comportamentos, gerados no espaço ocupado. E influenciados pelo que acontece a sua volta. Os espaços urbanos são ocupados, e permanentemente são reocupados com obras de modificações e transformações.

A arquitetura é o resultado de conhecimentos e influencias culturais. Uma cidade é constituída por pessoas, com os resultados de seus comportamentos e conhecimentos. Das relações que seus habitantes praticam e participam. Habitantes e viajantes deixam as marcas de suas histórias por onde vivem e passam.

Em um momento da história o homem deixava seu abrigo para sair em busca de caçar, e colher frutos, raízes e sementes, para alimentações e indisposições. Continua saindo em busca de alimentos e suplementos. Encontra o que é necessário em comércios especializados da selva de pedra. Sai em busca de alimentos: carnes frescas e congeladas; polpas e frutas, frescas, secas ou industrializadas; raízes descascadas, cortadas e congeladas. Sai em busca de ervas sintetizadas apresentadas

em capsulas e comprimidos.

Ao longo de sua história o homem adquiriu novas necessidades para suprir anseios e desejos. Necessita de alimentos para a alma, o corpo e a mente. Hoje ainda pode sair para buscar o conhecimento. Quem parte levando ideias volta trazendo novas ideias. Templos religiosos e templos de culto ao corpo dividem os espaços urbanos, com templos voltados a saúde e templos de conhecimentos.

Templos religiosos orientavam não cultuar santos e imagens. As imagens deixaram de ser santas para serem corpos esculturais e sarados, filmes e fotografias.

Pessoas em perfis de redes sociais projetam suas imagens, para quem quiser adorar: curtir, compartilhar ou seguir.

Uma cidade se relaciona com outras cidades. Cidades próximas, cidades vizinhas e cidades distantes. Ao longo da história de uma cidade, conceitos, hábitos e costumes, vão se adicionando, mesclando com os existentes e herdados anteriormente. Pessoas, animais e carroças um dia ali passaram em um espaço geográfico. Abriram caminhos que se tornaram estradas. Caminhantes e viajantes apearam, de carroças, jegues e cavalos.

Sentaram em volta de uma fogueira, contaram estórias que se tornaram lendas.

Agora pessoas, carros e cargas entram e saem diariamente das cidades. Bar-

cos e navios, helicópteros e aviões cruzam os mares e os ares. Comboios, trens e ônibus cruzam atravessando as terras.

Pessoas que levam na mente histórias contadas por seus avós. Influenciadas em suas vidas por contos e histórias ouvidas em casas e nas escolas.

Ao longo da história pode haver descobrimentos, fundações, invasões, expulsões; ocupações e reocupações. As passagens e instalações de outros povos com outras línguas e outras culturas; de forma pacifica ou belicosa. A cidade de Natal sofreu influencias ao longo da história, que estão gravados em sua memória. A história no inconsciente coletivo. História e histórias construídas com a sua própria geografia, construída ao longo de sua história. A geografia de hoje, torna-se história no amanhã. Influencias consumistas desembarcadas por estrangeiros, ao longo do tempo em função da sua posição geográfica e estratégica.

Chegamos a uma sociedade com conhecimentos separados uns dos outros.

Uma separação que nos impede de religar conhecimentos, para conceber os problemas fundamentais e globais, tanto os das nossas vidas pessoais, como os dos nossos destinos coletivos: "La Voie" (A Via), do pensador francês Edgar Morin, por Roseli Gonçalves, em trânsito para Frankfurt.

A política do perdão Cada ser humano tem sua personalidade, o seu eu intelectual, e é por isso que Deus nos chama pelo nome, porque Ele nos conhece antes mesmo de nos tomarmos ciência de quem somos. Até porque somos a imagem e semelhança Dele. Cristo significa "Deus salva". Assim devemos fazer sempre pelo nosso irmão e jamais esperar que o outro faça por nós. Exercitemos bastante o ser e não o ter. Devemos permitir sermos tocados pelo amor de Deus. Todas as vezes que somos vítimas de injustiças, pensemos nesta pessoa que nos fez algo de negativo e exercitemos o perdão. Parafraseando Ghandi: Devemos condenar o pecado e não o pecador. Por tal motivo, o perdão tem de ser maior que o orgulho. O casal depois de uma rusga, de um desentendimento, de uma briga, no primeiro instante, seja entre si ou com qualquer outra pessoa, quase sempre não quer saber de olhar um para o outro, ou para seu opositor. Mas devemos aprender que nenhum mal é eterno. Quando se tem consciência de que devemos condenar o pecado e não o pecador, a reconciliação é possível. Daí então, todo orgulho cai por terra e prevalece o perdão. Aprendemos que não existe o perdão sem um sorriso. Ele pode ser tímido, disfarçado ou rasgado, mas ele sempre existe. Como faz bem recebermos um sorriso. Transmite alegria, bem-estar, paz. Sorriso é sinal de harmonia.

Muitas vezes, diz por si: seja bem-vindo.

Não me refiro apenas à expressão da estética facial, mas também a uma satisfação interior, de um espírito alimentado de fé. A verdade é que aprendemos que sorrir não custa nada, mas vale muito. Assim devemos ser capazes de amarmos uns aos outros nas dimensões intelectual, espiritual, social, afetiva e familiar. Releguemos o prazer imperial do consumismo, do individualismo e do relativismo. Buscamos a felicidade que é um caminho e não um destino. Para sermos felizes na vida conjugal e familiar devemos exercitar todos os nossos sentidos, tendo uma vida psicológica e sentimental com uma base forte na fé e no amor que nutrimos por Jesus Cristo. Para superarmos as crises das nossas vidas só há um caminho, àquele que leva a Jesus, por decisão do nosso livre arbítrio, vivendo na família, conhecendo os Seus ensinamentos e a Sua Religião, com total prática dos valores Cristãos, além de participarmos da vida da Igreja, em estado permanente de oração e vigilância.

Sempre pela manhã é uma satisfação poder dizer para pessoa que amamos e ouvir dela "bom dia". Desses de boca cheia. "Bom dia" com sorriso aberto. "Bom dia" de olhos que brilham, com direito a faíscas capazes de incendiar o olhar do outro. Este deve ser sempre o nosso código que encurtará nossas distâncias e nos aproximará. Vida em casal é a arte do encontro e o seu papel todos os dias é evitar os desencontros. Transformamos cada encontro em um evento especial. Damos importância às pessoas que nos procuram e damos uma atenção especial um ao outro, porque nos amamos.

Quando necessário, modificamos nossas agendas e prolongamos nossos encontros, sempre muito gratificantes. Nunca tivemos medo de cancelarmos todos os outros compromissos de rotina, para vivermos algo especial. Nunca esquecemos que coração de cônjuge, de filhos, de pais, de amigos, tem uma solicitação de urgência. Certamente valerá a pena. E nunca nos sentimos culpados por adiarmos outros compromissos.

Simplesmente avisamos. Não devemos adiar um compromisso com a família, com os amigos, por causa de compromissos com outros. Nunca tivemos receio de fazermos aquilo que queríamos. Nunca fomos irresponsáveis. Pelo contrário, sempre responsável, inclusive por nossa felicidade conjugal. Também devemos cuidar dos nossos filhos, que Deus nos concebeu, com amor, carinho, afeto, partilha, proteção, diálogo e superação, sendo para eles um exemplo vivo de testemunho da fé. Sabemos que os pais de hoje, sentem muita dificuldade em reconhecerem que seus filhos cresceram, portanto devem conversar com seus filhos sobre tudo desde a infância, demonstrando todo o carinho e afeto que sentem por eles. Importante também que os pais compreendam a importância dos amigos de seus filhos na vida deles, e, sobretudo, reconheçam seus erros, pedindo desculpas a eles. É verdade que hoje nos dias que correm, vamos encontrar em muitas famílias, a alegação da falta de tempo em comum, a pregação da mentira, a falta de limites e uma profunda diferença de estilo de vida, devido á época e os valores serem diferentes. Porém será preciso que reconheçam e busquem um ideal de convivência familiar, estabelecendo confiança, sempre com a verdade e uma abertura baseada no respeito mútuo, sabendo ouvir e falar, sem rusgas ou críticas desmotivadoras, evitando assim o distanciamento, sem, contudo, deixar de lado a hierarquia. Outra importante prática dos pais para com os filhos é respeitar a privacidade deles e respeitar suas escolhas, acompanhando todas as fases de seu crescimento, sem jamais fazer comparações entre eles, que são filhos diferentes. E, sobretudo incluir Deus em todos os momentos como solução de amor, perdão, diálogo e compreensão.

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Política

Segunda-feira

Natal, 27 de outubro de 2014

O Jornal de HOJE 3

Robinson é eleito com 140 mil votos de maioria: “Farei uma gestão técnica” FUTURO GOVERNADOR AFIRMA QUE IRÁ TRABALHAR PARA PROMOVER O DESENVOLVIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO DO RN Ser o melhor governador da história do Rio Grande do Norte. Esse é o objetivo do governador eleito Robinson Faria, do PSD. Neste domingo, o atual vice-governador derrotou o presidente da Câmara Federal, Henrique Eduardo Alves, e conseguiu a vitória em segundo turno. E, no primeiro comunicado como chefe do Executivo eleito, Robinson agradeceu a família, aos apoiadores e prometeu fazer uma gestão técnica e eficiente.

"Fui eleito para governar para todos os potiguares e por isso reafirmo o meu compromisso em fazer um governo técnico, focado na eficiência da máquina pública e no desenvolvimento social e econômico do Rio Grande do Norte. Mais de quatrocentas mil pessoas ainda vivem abaixo da linha da pobreza.

Por isso, como disse em toda a campanha, vou trabalhar para os últimos por mais justiça social, por um Estado mais solidário", prometeu Robinson Faria.

De certa forma, o futuro governador repetiu os discursos feitos na reta final da campanha eleitoral.

No último programa eleitoral, inclusive, Robinson falou exatamente

José Aldenir

isso, ao lado do ex-presidente Lula, um dos principais apoiadores da campanha dele. "Inspirado no senhor (Lula), vou governar para os últimos", disse ele.

Agora, além do perfil social que pretende dar ao Governo, Robinson Faria ainda também afirmou que pretende fazer uma gestão técnica, eficiente, sem a ocupação política de cargos do primeiro escalão.

"Não vou governar pensando na próxima eleição; eu vou governar pensando nas próximas gerações. E como disse o Presidente Lula, agora é hora de reconstruir a história política do Rio Grande do Norte. Me alimentei de fé, coragem e resistência! Lutarei para ser o melhor governador da história do RN", acrescentou o futuro governador.

AGRADECIMENTOS No primeiro pronunciamento pós-vitória, Robinson também dedicou um longo espaço para agradecer. "Em primeiro lugar quero agradecer a Deus e aos mais de 877.196 mil potiguares pelos votos de confiança ao nosso projeto! A nossa vitória representa

Robinson Faria na carreata da vitória, ao lado dos aliados petistas Fátima Bezerra (senadora eleita) e Fernando Mineiro a vitória da liberdade, da coragem e da resistência. Representa a vitória do povo potiguar! A minha esposa Julianne, brava companheira de todas as horas.

Uma das primeiras que me in-

centivou nesta caminhada, a minha eterna gratidão e amor.

Obrigado por cuidar da nossa família quando eu estive ausente, desbravando o Rio Grande do Norte. Obrigado por tudo!", afir-

mou Robinson Faria.

O futuro governador também agradeceu aos filhos - Fábio Faria (deputado federal), Nathalia, Janine, Maria Fernanda, Maria Luiza e Gabriel - e aos partidos da coliga-

ção - PT, PC do B, PP, PT do B, PEN, PRTB e PTC. "Obrigado por acreditarem no nosso sonho", disse ele, dedicando um trecho do agradecimento, em especial, para o vice, Fabio Dantas, e para a senadora eleita Fátima Bezerra.

"Você foi um gigante! De forma estratégica, altiva e jovial, você será, sem dúvida, um excepcional companheiro de governo", afirmou Robinson sobre Fábio Dantas.

"Você e o PT foram parceiros muito importantes e comprometidos com a nossa eleição!", acrescentou o governador eleito, falando de Fátima Bezerra.

"Aos nossos deputados eleitos, José Dias, Fernando Mineiro, Galeno Torquato, Dison Lisboa, Cristiane Dantas, Carlos Augusto Maia, eleitos na nossa coligação Liderados pelo Povo, o nosso muito obrigado! Aos nossos prefeitos, vereadores, ex-prefeitos, lideranças que nos apoiaram, motivaram e fizeram a campanha mais bonita do Rio Grande do Norte! Aos militantes de todos os partidos! O entusiasmo que vocês levaram às ruas contagiou o RN", finalizou Robinson Faria.

Eleitores deixaram o nulo e o branco para votar em Robinson Um crescimento de 253 mil votos. O aumento do número de votos de Robinson Faria (PSD) do primeiro para o segundo turno foi o ponto que mais chamou a atenção nos dados divulgados pela Justiça Eleitoral. Isso porque, mesmo que todos os eleitores que votaram em Robério Paulino

(PSOL), Simone Dutra (PSTU) e Araken Farias (PSL) no primeiro turno, votassem em Robinson Faria no segundo, o crescimento dele não seria tão grande. Na verdade, o candidato do PSD foi eleito conseguindo votos, também, daqueles que votaram nulo ou em branco no dia 5 de outubro.

No primeiro turno, os votos brancos para governador representaram 7% dos que compareceram as urnas. Ou seja: foram 136 mil votos brancos. Nulos, 16,29%, o que deu 315 mil votos. Dessa forma, a disputa pelo Governo do RN teve, apenas, 1,4 milhão de votos válidos. Na segunda fase da

disputa, o número foi muito menor.

Brancos foram "só" 58,7 mil e nulos, "apenas" 244 mil. Somado os dois juntos, não representaram 15% do 1,612 milhão de eleitores que compareceram as urnas.

Dessa forma, com quase 130 mil votos válidos a mais na disputa de segundo turno, mesmo tendo

crescido quase 30 mil votos e alcançado 734 mil votos no segundo turno, Henrique ainda ficou 143 mil votos atrás do candidato do PSD, que saiu dos 623 mil votos obtidos no dia 5 de outubro, para 877 mil na votação deste domingo 26, alcançando um crescimento de 253 mil votos.

Esse crescimento, ressaltase, como não houve queda de Henrique, jamais seria proveniente apenas da migração de votos daqueles que ficaram em primeiro turno. Afinal, Robério Paulino, Simone Dutra e Araken Farias obtiveram, juntos, menos de 150 mil votos.

> “VOTO LIVRE”

Futuro governador derrota lideranças políticas e vence em Natal, Pau dos Ferros e Parnamirim Deixar o voto nulo e o branco para escolher um governador, apesar de ser o maior destaque dos números desta eleição, não é o único fato que chama a atenção. A vitória de Robinson em cidades onde Henrique deveria ter tido uma ampla vantagem, também surpreendeu. Afinal, acabou por mostrar que as lideranças políticas, apesar de trabalharem, não tem um poder tão grande, quanto o esperado, na transferência de votos. Foi a chamada “vitória do voto livre”, dita e repetida por Robinson durante todo o segundo turno.

Em Pau dos Ferros, por exemplo. Henrique Alves perdeu no primeiro turno e, no segundo turno, a equipe de apoiadores dele sofreu uma baixa importante: o atual prefeito Fabrício Torquato. Mesmo assim, o deputado estadual Getú-

lio Rêgo (DEM) e o ex-prefeito Leonardo Rêgo (DEM) garantiram que ele venceria no segundo turno, porque iriam se empenhar ainda mais nisso. Henrique se empolgou e Pau dos Ferros foi uma das cidades que ele visitou e que mais o deixou animado, devido a recepção do povo na rua.

Porém, lá, Robinson ganhou mais uma vez no segundo turno. E ampliou a vantagem. Teve 5,9 mil votos no primeiro turno e conseguiu 9,4 mil no segundo. Henrique, que obteve 5,7 mil, teve apenas 5 mil neste domingo. Ou seja: 700 votos a menos mesmo com todo a promessa e empenho das lideranças locais.

Apesar de emblemático, Pau dos Ferros não foi o único. Em Parnamirim, Henrique teve o apoio do ex-prefeito e principal liderança

Agnelo Alves (PDT) e do atual prefeito Maurício Marques (PDT). E, mesmo assim, também perdeu por quase 11 mil votos.

NATAL Em Natal, o prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) mostrou que não conhece seu eleitor e chegou a dizer, na semana antes da votação, que não acreditava que alguém saisse de casa para votar em Robinson. Os eleitores não só sairam e votaram, como deram uma vitória de quase 15 mil votos de maioria para o candidato do PSD. Isso mostrou que o apoio de dois terços da Câmara Municipal e do prefeito - que intensificou a participação dele na campanha neste segundo turno ao dar declarações como essa - não surtiram tanto efeito na campanha de Hen-

José Aldenir

rique. O peemedebista saiu de 130 mil votos, para 160 mil. Robinson, por sua vez, conseguiu apenas 99 mil no primeiro turno, mas chegou aos 175 mil neste segundo turno.

MOSSORÓ É claro que houve cidades onde o trabalho das lideranças surtiu efeito. Mossoró é um exemplo disso. Lá, o prefeito Francisco José Júnior, do PSD, que já havia dado a vitória para Robinson no primeiro turno, prometeu e conseguiu ampliar a votação dele no segundo turno.

De 52 mil votos no primeiro turno, Robinson Faria alcançou surpreendentes 79 mil no segundo turno. A vantagem, que foi de pouco mais de 20 mil no dia 5 de outubro, chegou aos 48 mil votos neste domingo 26.

Prefeito de Mossoró, Francisco José Júnior, ao lado de Robinson após a vitória

Túlio Lemos POLÍTICA - TÚLIO LEMOS VITÓRIA Com uma maioria de quase 150 mil votos, Robinson Faria foi eleito governador do RN de forma inquestionável e até, para alguns, inacreditável. Foi a vitória da humildade contra a soberba. Dois palanques completamente diferentes e até desproporcionais. A mega estrutura desmoralizou os grandes líderes com uma derrota inimaginável.

tuliolemosjh@gmail.com / @tuliolemosrn

que. Na verdade, o prefeito Carlos Eduardo foi o grande derrotado.

O marido de Laurita contava com 26 dos 29 vereadores, o prefeito e a vice-prefeita. Robinson não dispunha de lideranças expressivas na capital. Tirou a maioria de 35 mil votos do primeiro turno e aplicou uma vantagem de 13 mil votos no segundo turno.

TRANSFERÊNCIA Henrique contava com mais de 130 prefeitos, elegeu 18 dos 24 deputados, os três senadores, 6 exgovernadores e uma infinidade de lideranças. Porém, a força política não conseguiu envolver o eleitor e a transferência de votos não aconteceu, provocando a derrota.

ERRO A estratégia do prefeito Carlos Eduardo mostrou-se totalmente equivocada. Se tivesse apoiado a candidatura de Robinson, seria o pai da vitória na capital e poderia garantir sua reeleição. Optou pela reaproximação com a banda da família que tentou lhe derrotar e teve que engolir uma derrota dentro de casa, comprometendo seu futuro.

NATAL O maior colégio eleitoral do Estado também derrotou Henri-

CANDIDATURA O grupo político que nasceu da vitória de Robinson e Fátima,

deverá apresentar como candidato a prefeito de Natal, o deputado estadual reeleito Fernando Mineiro. Ou seja: a reeleição de Carlos Eduardo não será tão tranqüila como ele gostaria.

LAPADA O deputado estadual Getúlio Rêgo comprou a briga com o prefeito de Pau dos Ferros, Fabrício Torquato e saiu nocauteado. Disse que Henrique daria uma 'lapada' de votos em Robinson e desqualificou a força do prefeito. Foi desmoralizante para Getúlio e seu filho Leonardo a derrota acachapante em seu principal reduto.

Falou demais e teve que engolir o fortalecimento da liderança de Fabrício.

JURÍDICO O departamento jurídico da campanha de Robinson Faria tem muito o que comemorar. Deu um

nó na campanha de Henrique e ainda conseguiu preciosos minutos no programa do adversário justamente nos últimos dias da campanha. Henrique terminou a campanha sendo chamado de mentiroso pelo judiciário potiguar. Bons advogados fazem a diferença.

MARKETING O marketing da campanha de Robinson também saiu no lucro.

Conseguiu explorar as fragilidades do adversário sem recorrer a mentiras e soube dosar a intensidade das pancadas. O efeito veio das urnas, coroando a vitória do trabalho do publicitário João Maria Medeiros.

MAIORIA O jovem prefeito de Mossoró, Francisco José Jr., consolidou definitivamente sua liderança no maior colégio do interior do RN. Ainda no primeiro turno, Henri-

que esteve com 20% de vantagem sobre Robinson; o prefeito tirou a vantagem do adversário e deu uma maioria de 23 mil votos a Robinson.

MAIORIA II No segundo turno, o prefeito Francisco José Jr. conseguiu ampliar a vitória de Robinson em Mossoró para quase 50 mil votos.

Reescreveu a história da Capital do Oeste sem precisar do respaldo das oligarquias locais. A vitória maiúscula de Robinson em Mossoró sinaliza para a reeleição do prefeito.

PESQUISA O Ibope cravou o resultado da última pesquisa para governador do RN. No sábado, o instituto revelou vantagem de 8 pontos para Robinson. As urnas apontaram maioria de 8,84%. A Certus errou feio ao apostar no empate técnico.

FORO A derrota de Henrique lhe deixará sem mandato e sem foro privilegiado. A partir de janeiro, vai ter que se deparar com o juiz Sérgio Moro, que está com o processo originado da delação premiada do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o mesmo que citou o nome de Henrique como beneficiário do recebimento de propina.

VISITA A derrota é órfã e Henrique sentiu na pele a ausência de solidariedade daqueles que o acompanharam na campanha. Após ser oficialmente derrotado por Robinson, apenas os primos Garibaldi Filho, Walter Alves e Carlos Eduardo o visitaram. De fora da família, apenas Cláudio Porpino. Se tivesse sido eleito, a Arena das Dunas ficaria pequena para receber os cumprimentos.

Natal, 27 de outubro de 2014

4 O Jornal de HOJE

Walter Gomes DE BRASÍLIA - walgom@uol.com.br JOAQUIM PINHEIRO - jtpinheirojh@gmail.com - (INTERINO)

Política

Segunda-feira

O sonho e a ousadia José Aldenir

Por Alex Medeiros

Desafio Passada a eleição e ungido ao cargo de governador, Robinson Faria terá uma árdua missão à frente do Executivo Estadual com desafios imensos que requer competência, habilidade e vontade política. Um dos problemas cruciais que o futuro governador terá que enfrentar com absoluta determinação é a falta d´água que aflige milhares de norte-rio-grandenses, além da insegurança, sistema de saúde precário e atraso no pagamento do funcionalismo.

O futuro governador terá que priorizar e implementar urgentemente um programa eficiente e duradouro de convivência com a seca. A revista Veja desta semana publica uma matéria informando que o Brasil é um dos maiores exemplos de descaso na administração dos seus recursos hídricos, e no País o desperdício chega a 40 por cento da água captada.

O Rio Grande do Norte iniciou um programa de adutoras importante na administração Garibaldi Filho que deve ser, não só mantido como ampliado e aprimorado. Campanhas de esclarecimento e conscientização à população sobre a gravidade do problema devem ser feitas para evitar desperdício. E multas para quem desobedecer às recomendações. É urgente a necessidade de mudança de comportamento por parte da população que continua insensível ao problema. É preciso adotar atitudes simples como diminuir o tempo de banho, desligar a torneira quando estiver escovando os dentes, evitar lavar carros e calçadas. Se uma mudança comportamental não acontecer a tendência é de colapso geral com resultados catastróficos.

Fotos: Divulgação

ELEITO E REELEITA DEMOCRATICAMENTE O povo do Rio Grande do Norte optou por Robinson Faria, do PSD, para governar o Estado nos próximos 4 anos em vez do peemedebista, Henrique Eduardo. O Brasil preferiu a petista Dilma Rousseff em vez de Aécio Neves, do PSDB. Ambos, terão desafios imensos a ser enfrentados e suplantados. A presidente reeleita com mais uma oportunidade para melhorar o Brasil. O governador eleito com a primeira oportunidade para a colocar o Estado no caminho do desenvolvimento. O Brasil vive um momento de consolidação da sua democracia.

EFICIÊNCIA COMPROVADA Representantes de vários Países estiveram no Brasil acompanhando o sistema eleitoral de votação, considerado o mais moderno e eficiente do mundo. As urnas eletrônicas estão aprovadas, consolidadas e deverão ser adotadas em outras Nações CONSTATAÇÃO A decisão da governadora Rosalba Ciarlini em recomendar voto para Robinson Faria está sendo considerada nos meios políticos como sendo uma resposta ao senador José Agripino, líder do DEM. A governadora foi preterida pelo líder do seu partido para ser candidata à reeleição. Rosalba deixa o governo a partir de janeiro e deverá ser candidata à prefeita de Mossoró. Antes, precisa se filiar a outra sigla partidária.

Exatos 40 anos separam a vitória de Robinson Faria do sonho do seu pai de ser governador do Rio Grande do Norte. Foi em 1974 que o então empresário Osmundo Faria saiu de Natal para Brasília, informando à família que seria nomeado para o cargo.

O Brasil era comandado pelo general Ernesto Geisel, a quem cabia a nomeação dos governadores. O pai de Robinson era presidente do Bandern e suplente do senador Dinarte Mariz, líder da Arena, que defendia o nome do mossoroense Dix-Huit Rosado.

A indicação de Osmundo para suceder o governador Cortez Pereira fora feita pelo ministro do Exército e seu amigo general Dale Coutinho, que lhe mandou fazer as malas e ir para Brasília, após o porta-voz do Planalto, Petrônio Portela, oficializar o fato.

Na primeira noite no tradicional Hotel Nacional, o empresário dormiu governador, provavelmente sonhando literalmente com a nomeação. Acordou com a notícia da morte do padrinho general e viu a indicação tomar novos rumos na mesa do presidente Geisel.

Ainda no velório de Coutinho, o senador Portela foi procurado pelo também general Golbery do Couto e Silva, aquele que ficaria marcado como o mentor ideológico da redemocratização. Golbery colocou um papelzinho no bolso do paletó do porta-voz.

Lá, no pedaço de papel, estava escrito o nome de Tarcísio Maia, naquele momento histórico residindo no Rio de Janeiro e sem planos políticos a curto prazo. Tarcísio e Golbery eram amigos e tinham encontros fortuitos, por motivos estritamente civis.

O trem da História correu e Osmundo saiu dos trilhos perdendo o vagão do RN para Tarcísio, que iniciou o domínio oligárquico emplacando o primo Lavoisier Maia em seu lugar, que por sua vez nomeou o filho de Tarcísio, José Agripino, prefeito de Natal.

O jovem engenheiro Agripino deixou umas obras que tocava no meio do Maranhão, assumiu a capital potiguar e fez um grande governo, inovador e marcante, se cadastrando para disputar as primeiras eleições diretas para governador, em 1982.

Robinson Faria era um garoto de 23 anos e viu a épica vitória do prefeito contra o mito Aluízio Alves, que retomava os direitos políticos cassados pelo regime militar. Desde a eleição proporcional de 1978, ele

Ao lado da mulher Julianne, Robinson conseguiu a força para transpor barreiras já acompanhava as disputas políticas no Estado.

Na eleição seguinte, em 1986, guiado pela visão empreendedora do pai, Robinson estreou como candidato a deputado estadual e venceu. Quatro anos adiante, se reelegeu e um ano depois, 1991, sofreu o duro golpe da morte prematura de Osmundo Faria.

Nos seus dias de luto, muitos foram os palpites de que sua carreira política se enterrara junto com o corpo do pai; mas o que se viu foi sua habilidade e sua ousadia ocuparem espaço, fazendo dele um constante campeão de votos na Assembleia Legislativa.

Na condução do legislativo, mostrou uma liderança além dos palanques e abriu a casa à sociedade, modernizando-a material e institucionalmente. Nas urnas, os correligionários do Agreste consagraram sua influência nas vitórias aos governos de Wilma e de Rosalba.

Eleito vice-governador em 2010, rompeu com a governadora Rosalba nos primeiros meses de gestão e saiu perambulando pelo estado com uma solitária bandeira de oposição e no contrafluxo da onda de adesão ao governo engendrada pelo PMDB e PR. Consciente da condição de coxo, praticamente isolado, comandando um pequeno e recém-fundado partido, o PSD, que mais parecia um exército brancaleônico, Robinson agarrou-se ao sonho de um dia governar o estado e partiu cedo para tentar realizá-lo.

O sonho parecia a colcha de Penélope, costurado a cada dia em pedacinhos renovando as forças

diante do impossível, mas um impossível vestido de esperança que não cansa de esperar. Não era fácil o caminho a trilhar, não faltaram desilusões no seu caminhar.

No ano passado, vendo de perto a trajetória e a luta de Robinson, me remeti algumas vezes a um poema de Alex Polari, ex-militante da esquerda dos anos 60: "Mesmo com tanta ilusão perdida, quebrada, mesmo com tanto caco de sonho, onde até hoje a gente se corta".

Ele tinha a exata noção das dificuldades, mas não perdia um milímetro do volume de ousadia fervendo no sangue, movida por seu sonho, aquele sonho quebrado em 1974 diante do pai. E muitas vezes, lembrava do estímulo de Osmundo no começo da carreira.

Atravessou 2013 levantando a poeira de alguns tropeços, lambendo as feridas das traições improváveis e apanhando os cacos do sonho para remendá-lo com os fios da sua ousadia. E foi seguindo em frente, devagar, na esperança que não cansa de esperar.

Ouviu todos os conselhos de desistência, rebateu as propostas de recuo, refutou os convites de coadjuvante no teatro eleitoral, tendo que enfrentar pré-candidatos invisíveis e invencíveis, cada um desenhado estrategicamente no quadro político dos líderes.

Robinson optou pela plateia em detrimento aos protagonistas e saiu pelas cidades costurando seu sonho e fazendo dele um sentimento coletivo. Até ver-se diante de um poder de dezessete partidos, sete ex-governadores, dezenas de deputados e prefeitos.

Tinha apenas um sonho e um discurso como arma de combate.

E o discurso era bater no que chamou de "acordão", a monstruosa aliança liderada pelo deputado federal Henrique Alves (PMDB), hoje o mais hábil e experiente líder político da velha guarda.

Com o pequeno PSD, fortalecido no estado pela bravura dos deputados Fábio Faria, seu filho, e José Dias, seu dileto amigo, além das novas lideranças municipais representadas por Galeno Torquato, Silveira Junior e Disson Lisboa, Robinson partiu para a batalha.

As remotas chances sugeriam a poesia de Chico Buarque em sua versão quixotesca: "vencer o inimigo invencível, negar quando a regra é vender". E o discurso contra o "acordão" soou bonito aos ouvidos do PT de Fátima Bezerra e de Fernando Mineiro.

Não foi fácil, mas os dois líderes estaduais petistas conseguiram tanger o partido para o sonho de Robinson, àquela altura não mais um sonho solitário e sim uma realidade coletiva palpável e possível, energizada na força inabalável da família e dos amigos.

Robinson Faria enfrentou agruras que somente ele um dia poderá torná-las públicas, sofreu no corpo e na alma as consequências da ousadia de tentar realizar seu sonho de servir ao seu estado no mais alto cargo político-administrativo que quase foi do seu pai.

Afora ele, apenas Julianne Faria, a dedicada esposa e companheira, que se fez valente e gigantesca num perfil até então discreto e meigo, sabe tanto o preço emocional da vitória histórica do domingo, 26 de outubro de 2014. Uma vitória maiúscula, diga-se.

Julianne foi a força extra quando ele sozinho parecia não poder mais avançar sobre obstáculos quase intransponíveis, aqueles que nos sugam a energia vital. E dela ele renovava seu sonho e saía a juntar os pedaços na jornada, sempre crendo na sua fé.

O grande poeta do povo alemão, Goethe, disse que "quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor". Robinson sempre acreditou em algo semelhante a isso.

Ousado, ele soube fazer a leitura do universo silencioso do eleitorado potiguar rejeitando a grande aliança das forças políticas tradicionais. E foi à luta. Quem poderia acreditar na derrota de Henrique? Ele, Robinson Faria, o governador do Rio Grande do Norte.

> VANTAGEM MÍNIMA

LEITURA DINÂMICA t Dois nomes cotados para o próximo ministério da presidente Dilma Rousseff: Fábio Faria, do PSD e Fátima Bezerra, do PT. A indicação de Fábio seria do ex-presidente Lula, que é amigo pessoal de Sílvio Santos, sogro do deputado. Fátima, dispensa comentários. t Não está descartada também a presença de Henrique Eduardo na equipe de governo da presidente Dilma Rousseff através do vicepresidente da República, Michel Temer, presidente nacional do PMDB e amigo pessoal de Henrique Eduardo. t Surgem nomes para compor o secretariado do futuro governador Robinson Faria. Tatiana Cunha (Gabinete Civil), Antenor Roberto (Procuradoria Geral), João Bastos (Sethas), Carlos Alberto (Turismo), Jader Torres (Desenvolvimento Econômico), Jean Paul Prates (Planejamento), Marcelo Toscano (Infraestrutura), Honório Medeiros (Administração), José Marcelo (Consultoria), Getúlio Ribeiro (Agricultura). t Natal sediará reunião da Câmara de presidentes dos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária do Norte, Nordeste e Espírito Santo nos próximos dias 39 e 31. Evento acontecerá no auditório do Natal Dunas

Hotel na praia de Ponta Negra. No primeiro dia o presidente da Emparn, José Geraldo Medeiros da Silva falará sobre "Tecnologias para o Agronegócio" e a prefeita de Riachuelo, Mara Lourdes Cavalcanti abordará sobre a presença da medicina veterinária no NASF - Núcleo de Apoio à Saúde da Família. t Livro do jornalista Wellington Medeiros "Artigos para sempre" estão à venda na Livraria Saraiva (Midway), Potylivros Em frente ao Via Direta), Banca Boa Leitura (Nordestão da Salgado Filho) , Revistaria Cultural (Nordestão Cidade Jardim) e Cooperativa Cultaural Universitária (Campus) t Raniere Barbosa, vereador no exercício do cargo de secretário municipal é o aniversariante do próximo dia 30, quinta-feira. Vai comemorar com amigos, familiares e correligionários na Pink Elephant a partir das 21 horas. t Quem informa é Denízia Matias. Procissão em São José de Campestre amanhã em comemoração aos 38 anos da Capela de São Judas Tadeu.

Sérgio Alves não conseguiu se eleger deputado estadual.

Foi prejudicado porque seu parido, o PC do B integrou a coligação do candidato adversário da família Alves.

Dilma vence Aécio Neves e é reeleita A presidente da República, Dilma Rousseff, do PT, conseguiu se reeleger para mais quatro anos de mandato. A vitória sobre Aécio Neves, do PSDB, foi conseguida de forma apertada, apenas 2,7% dos votos, o que representou cerca de 3,5 milhões de votos.

Dilma venceu a apuração em 15 estados brasileiros: todos do Nordeste (incluindo o Rio Grande do Norte, onde ela teve quase 70% dos votos), a maioria do Norte e mais Minas Gerais (onde Aécio Neves foi governador) e Rio de Janeiro. Aécio derrotou a petista em 11 estados e mais no Distrito Federal.

Com tanta divisão entre as regiões, os discursos dos dois lados após o pleito foi de união, para que o presidente consiga implementar as reformas necessárias nos próximos anos.

"Conclamo, sem exceção, a todas as brasileiras e brasileiros para nos unirmos em favor do futuro de nossa pátria. Não acredito que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Creio que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca por um futuro melhor", afirmou a petista, após a reeleição.

Derrotado na disputa, Aécio

Neves também pregou a união e afirmou ter dito à própria presidente, por telefone, que essa é mais alta prioridade do país. "Desejei a ela sucesso na condução de seu próximo governo. E ressaltei que considero que a maior de todas as prioridades deve ser unir o Brasil em torno de um projeto honrado e que dignifique a todos os brasileiros", afirmou o candidato tucano.

Em meio ao discurso, Dilma fez questão de mandar um recado ao mercado financeiro, que se manteve instável nos últimos meses devido às oscilações na campanha eleitoral, e afirmou que pretende

efetivar grandes projetos e que a prioridade será a reforma política.

“Entre as reformas, a primeira e mais importante é a reforma política. Quero discutir esse tema profundamente com o Congresso e a população ”, disse.

NO RN No Rio Grande do Norte, Dilma Rousseff alcançou quase 70% dos votos válidos, contra apenas 30% de Aécio Neves. A presidente da República chegou aos 1,2 milhão de votos, contra 516 mil do tucano. Em Natal, foram 222 mil votos para a petista, contra 160 mil do adversário.

Política

Segunda-feira

Natal, 27 de outubro de 2014

O Jornal de HOJE 5

José Dias: “População não aceitou o tipo de política que Henrique fez” SEGUNDO DEPUTADO DO PSD, HENRIQUE SE BASEOU NO DESRESPEITO AOS INTERESSES LOCAIS E NA UNIÃO DE ANTAGONISTAS ALEX VIANA REPÓRTER DE POLÍTICA

A superioridade eleitoral do governador eleito do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), sobre o seu rival no segundo turno, Henrique Alves (PMDB), foi de 142.467 votos, ou de 8,84% dos votos válidos. Para o deputado estadual reeleito José Dias (PSD), a vitória de Robinson estava prevista, assim como a derrota de Henrique, “porque a população não aceitou aquele tipo de fazer política que o candidato Henrique propôs”.

O tipo de política que Henrique engendrou, segundo José Dias, se baseou no desrespeito aos interesses locais, numa costura política que previa a união de antagonistas nos municípios do Estado em prol de uma candidatura majoritária estadual. “Ele não teve o menor respeito aos interesses locais, às realidades de cada município, e criou uma coligação com extrema contradição”, afirmou Dias.

José Dias lembra que, no primeiro turno, com muitos recursos financeiros e o interesse dos candidatos que estavam disputando as eleições proporcionais (deputados

José Aldenir

federais e estaduais), Henrique ainda conseguiu uma votação que o fez o mais votado naquele momento, mas que não foi suficiente para levá-lo à vitória. “Além disso, nós sabíamos que se ele não ganhasse no primeiro turno, ele perderia a eleição. Isso nós tínhamos a certeza”, afirmou.

José Dias avalia ainda que a vitória de Robinson mostra que é possível se fazer uma campanha com parcos recursos. “Foi também provado que você faz uma campanha com extrema dificuldade de recursos financeiros e que leva à vitória.

Na eleição majoritária, a gente já tem uma evolução: quando o povo se decide, dificilmente, está provado aqui, você consegue, pelos métodos tradicionais de aliciamento, modificar”.

TRANSIÇÃO Até o final da semana, o governador eleito, Robinson Faria, já estará com a sua equipe de transição. Para José Dias, não haverá nenhum interesse do governo em subtrair informações. “Não haverá esse interesse. O grande problema da transição é saber o que vamos encontrar. Porque ninguém sabe. Não

José Dias foi um dos maiores defensores de Robinson e, neste domingo, fez questão de acompanha-lo no local de votação vai ser nem a forma de ser, mas o que vai ser encontrado, o que a gente vai ver”, diz.

José Dias admite que as noções preliminares que se tem do governo Rosalba e de que “a coisa não

está fácil, mas não temos a noção numérica”. Isso significa saber o que o Estado deve e a quem, sobretudo os setores vitais, como saúde e segurança. “Dever na saúde significa risco de termos hospitais de-

sabastecidos. Dever na segurança representa a possibilidade de deixar polícia sem sair. Talvez haja a necessidade de se encontrar os débitos das coisas que são extremamente necessárias”, diz.

Para o deputado reeleito, por mais difícil que seja o desafio, no entanto, Robinson tem que ter coragem, o que já ficou provado que tem quando ele foi para a luta para se eleger governador. “Robinson tem disposição porque tem esperança que com o trabalho vai dar uma resposta positiva”, afirmou.

GOVERNABILIDADE Quanto ao relacionamento com a Assembleia, José Dias afirma que Robinson leva uma vantagem porque conviveu durante 24 anos com os deputados e conhece a maioria.

“Ele vai ter que conversar muito.

Acho que aí vai depender muito e muito e muito da competência dele nessa negociação”.

Quanto ao novo presidente, José Dias afirma não ter a mínima ideia de quem seja. “Até porque eu não sou o interlocutor mais importante. Na realidade quero que a Assembleia tenha uma boa gestão. É meu sonho que a AL sirva ao Estado. Isso não significa que eu ache e reivindique que a AL seja submissa aos interesses do Executivo, mas tem que ser absolutamente submissa aos interesses do povo”.

Henrique: “Desejo que Robinson cumpra os compromissos” Com a experiência de quem já havia sido derrotado em duas eleições majoritárias (para prefeito de Natal), Henrique Eduardo Alves, do PMDB, mostrou neste domingo que é um bom perdedor. Em entrevista concedida logo após a divulgação do resultado pelo Tribunal

Artigo

Regional Eleitoral (TRE), o peemedebista deu entrevista coletiva e afirmou que espera uma boa gestão do vencedor, Robinson Faria, do PSD. "Desejo que Robinson Faria, cumpra com todos os seus compromissos. De nossa parte, ele terá uma

oposição vigilante e democrática, como deve ser", afirmou Henrique, que também agradeceu aos 734 mil eleitores que votaram nele. "Eu agradeço a todos os que me apoiaram, a cada cidadão que me confiou o voto e conseguimos fazer esta bonita campanha", afirmou.

Após 44 anos, o ano de 2015 será o primeiro da vida de Henrique sem mandato eletivo. O atual presidente da Câmara Federal, eleito 11 vezes para deputado, fez um balanço positivo dessas décadas de trabalho e que tentou levar isso ao eleitor. "Do jeito que entrei, eu saio de

cabeça erguida por ter dado o melhor de mim no momento que o Estado mais precisou, isso me fez reconhecer essa bonita campanha pelas estradas do meu Estado", acrescentou.

"Eu enfrentei de cabeça erguida, uma quando fui convocado para

esta luta pelo meu partido, o PMDB, por outros partidos, e lideranças e me dediquei totalmente. Eu me entreguei de corpo e alma e dei o que eu tinha de competência, de experiência na vida política, desde os 28 anos de idade. E saio bastante tranquilo", ressaltou o político.

NEY LOPES - jornalista, ex-deputado federal, advogado, professor da UFRN - www.blogdoneylopes.com.br

ROBINSON E O SONHO DO SEU PAI Na quarta feira, 22 de maio de 1974, almocei em Brasília com o deputado Grimaldi Ribeiro e o empresário Osmundo Faria (pai do atual governador eleito Robinson Faria e presidente, à época, do Banco do estado do RN e do Banco de Desenvolvimento do RN). Na ocasião "brindamos" a escolha já assegurada de Osmundo para suceder Cortez Pereira no governo do RN. Osmundo afirmou-nos que, na manhã da sexta feira, 24 de maio, iria ao Palácio do Planalto receber do presidente Ernesto Geisel a confirmação do seu nome. Não havia mais dúvidas!

Fui companheiro de Osmundo como auxiliar do governo Cortez Pereira. Tinha por ele especial admiração, por render homenagem à imagem do seu pai, o velho "seu Juvenal Faria", que ainda menino conheci na "avenida um" no Alecrim, onde ele tinha um armazém de secos e molhados, próximo à Alfaiataria Globo do meu pai. "Seu Juvenal" era cordial e nos finais de tarde reunia na sala do armazém os comerciantes amigos, dentre os quais estava o meu pai Josias. Bem próximo situava-se a "Casa Sarmento", do pai do

Artigo

jornalista Marco Aurélio Sá, empresa hoje ainda continuada pela família.

Viajei ao DF recomendado por Cortez, para acompanhar a escolha daquele que era o seu preferido na sucessão. Embora Osmundo fosse o suplente de Dinarte Mariz, o senador seridoense defendera ardorosamente o nome de Dix Huit Rosado Maia, junto à cúpula militar, sem lograr êxito.

Pela influência do general Dale Coutinho, Ministro do Exército, Osmundo fora escolhido governador, desde o início da última semana de maio de 1974. O presidente da república já havia determinado ao seu porta-voz, o então senador Petrônio Portela, para fazer o anuncio oficial. Petrônio, amigo de Dinarte, "retardou" o anuncio, o quanto foi possível.

Nesse meio tempo, na manhã da quinta feira, 23 de maio, após tomar café com Osmundo e Grimaldi no Hotel Nacional, onde estávamos todos hospedados, fomos informados do falecimento, às 6 da manhã, do "protetor" de Osmundo, o general Dale Coutinho, vítima de uma síncope cardíaca, aos 63 anos de idade.

Atônitos, não acreditamos na informação. Após telefonemas, a tragédia foi confirmada. Senti no semblante de Osmundo grande preocupação. Por volta de 10 da manhã, chegamos ao setor militar do DF na capela onde se realizava o velório do general Dale Coutinho. Osmundo foi saudado com carinho por alguns militares, certamente auxiliares do ministro.

A partir daí a dúvida nos envolveu.

Vivi solidariamente a angustia de Osmundo Faria, torcendo para que ele superasse o imprevisto. Porém, foi em vão. Ainda no velório, o general Golbery procurou o senador Petrônio Portela e disse-lhe que suspendesse a audiência de Osmundo com o presidente, no dia seguinte. Na ocasião, o general Golbery entregou-lhe envelope com o nome do seu amigo Tarcísio Maia, ex-deputado federal e secretário de Educação do governo Dinarte Mariz, que renunciara a vida pública no RN após derrota, em 1962, para o senado da república e passou a residir no Rio de Janeiro.

Nessa ocasião, a esperança de Osmundo Faria assumir o governo do estado foi

sepultada, junto com o general Dale Coutinho. Caso Osmundo tivesse chegado ao governo do RN, a história política estadual teria sido completamente diferente. Com certeza, Cortez Pereira não teria sido vítima das atrocidades e injustiças que atingiram a ele e alguns amigos.

Mesmo com a retirada do páreo de Osmundo Faria, o senador Dinarte Mariz opôs-se também a indicação de Tarcísio Maia, ao tomar conhecimento de um telefonema do ex-governador João Agripino Maia da Paraíba (irmão de Tarcísio) para Aluízio Alves, de quem era amigo, acenando para uma conversa política, na qual seria consumado o "pacto da paz pública", que uniria os tradicionais adversários Tarcísio e Aluízio Alves na política estadual. Observe-se que Aluízio, mesmo cassado, mantinha profundas ligações com a Revolução, sobretudo o general Golbery, sendo pessoa de confiança do general Albuquerque Lima (homem de força no Planalto), cuja família implantara em Natal a indústria "Ducal Roupas SA", na qual Aluízio era o diretor-presidente.

Quarenta anos após o seu pai Osmundo Faria ter sido afastado abruptamente de uma indicação para governar o RN, o destino fez com que Robinson Faria decidisse enfrentar em 2014 o desafio de disputar o governo estadual, contra um acordo semelhante ao "pacto da paz pública", iniciado em 1974. Ao ser declarado ontem, 26, governador do RN, Robinson desabafou que "o aparentemente impossível se tornava realidade". E depois, entremeado de emoção, disse por dever de justiça: "fui eleito pelos anônimos, que decidiram mudar o RN".

Robinson conseguiu ser eleito governador nas condições em que qualquer pessoa bem intencionada desejaria: sem compromissos e com influencia no governo federal. Além disso, está sem os pés atados àqueles que vivem nas alcovas dos governos. Quando diz que fará um governo técnico, não afasta os políticos. Porém, para conviver com eles irá exigir curriculum de competência pessoal e ficha limpa de antecedentes.

Que Deus o ajude e ele possa realizar no governo do RN o sonho do seu pai.

BRUNO GIOVANNI - blogueiro

MARKETING DESASTRADO AJUDOU A AFUNDAR HENRIQUE ALVES No primeiro turno da eleição para governador do Rio Grande do Norte, o deputado Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, obteve uma maioria de quase 80 mil votos sobre o segundo colocado, o vice-governador Robinson Faria. Mas a votação total de Henrique, quase 703 mil votos, era inferior à soma de abstenções e votos nulos e brancos. Sem contar os 129 mil votos conferidos ao terceiro colocado, o professor universitário Robério Paulino.

Os números finais do primeiro turno eram uma clara demonstração de que não surtira o efeito desejado o discurso de união de políticos que há pouco tempo eram adversários, tanto nas lutas estaduais quanto nas campanhas municipais.

O que fez, então, a coordenação de marketing do candidato Henrique Alves?

Tirou o competente Adriano de Sousa, reconhecido pelo seu talento e habilidade, e convocou um marqueteiro baiano que, sob as ordens e bênçãos do publicitário Arturo Arruda Câmara e dos jornalistas Ricardo Rosado e Cassiano Arruda Câmara, iniciou uma nova estratégia: desconstruir o candidato Robinson Faria, bater duro (e muito duro) na governadora Rosalba Ciarlini, chegando a dizer que "Robinson é mais quatro anos de Rosalba. Ou coisa pior".

E o pior aconteceu. Não com Robinson, mas com Henrique. As urnas deste domingo mostraram que a maioria de 80 mil votos do primeiro se evaporou e o candida-

to do PMDB terminou o segundo turno com uma desvantagem acachapante de 142 mil votos.

Os números mostram que o desastrado marketing despertou ojeriza e aumentou de forma impressionante a rejeição ao deputado e presidente da Câmara Federal. Uma prova disso é que em Mossoró, a diferença pró-Robinson aumentou de 23 mil votos no primeiro turno para 48 mil votos no turno final.

O desastrado marketing gerou aversão ao candidato. A estratégia de desconstrução gerou repulsa do eleitor. Ou seja, o discurso do medo e do ódio ajudou a afundar o candidato do PMDB que ganhou, entre o primeiro e o segundo turno, o voto de pouco mais de 34 mil eleitores norte-riogranden-

ses. Muito pouco para quem formou uma coligação de 17 partidos e reuniu gregos e troianos no mesmo palanque.

O marketing desastrado gerou um fato inédito em campanhas eleitorais no Rio Grande do Norte: na última semana da campanha, o candidato do PMDB teve nada menos que 15 minutos, concedidos pela Justiça Eleitoral ao seu adversário, a título de direito de resposta.

Nas redes sociais, o tom petulante e arrogante adotado pela jornalista Laurita Arruda Câmara, mulher do candidato e irmã de Arturo Arruda Câmara, contaminou muitos seguidores e defensores da candidatura do deputado do PMDB e ajudou a cristalizar a rejeição da maioria dos internautas.

Mas rejeição parecia não ser um proble-

ma para o deputado Henrique Alves. Pelo menos foi o que postou no mês de junho, no Twitter, o jornalista e publicitário Ricardo Rosado.

Detalhe importante: o publicitário Arturo Arruda Câmara, cunhado de Henrique Alves, é o mesmo que comandou o marketing da campanha do deputado Rogério Marinho a prefeito de Natal em 2012. Rogério começou a campanha tendo entre 17 e 18 por cento das intenções de voto. E terminou a eleição com 8 por cento dos votos.

Temos no Estado um novo marketing eleitoral. O que pode ser chamado de marketing-rabo-de-cavalo. Aquele que quanto mais cresce mais se aproxima do chão.

Coisa impressionante!

6 O Jornal de HOJE

Cidade

Natal, 27 de outubro de 2014

Segunda-feira

Segmento econômico cobra planejamento e equilíbrio financeiro ao novo governador "ROBINSON

NÃO PODERÁ PECAR POR FALTA DE PLANEJAMENTO", DESTACA

CAROLINA SOUZA ACW.SOUZA@GMAIL.COM

Eleito para um mandato de quatro anos, o atual vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), assumirá o Executivo Estadual a partir de janeiro de 2015 em meio a uma "maré de dificuldades". O desequilíbrio financeiro, que impede ações de investimento em diversos setores da atividade econômica, será um dos principais enfrentamentos do novo Governador do RN para não iniciar a nova gestão em crise.

A economia brasileira vem dando sinais de problemas a mais de quatro anos, situação que faz com que os Estados e Municípios passem a receber menos recursos do Governo Federal, afetando assim todos os sistemas que dependem dos cofres públicos. Diante disso, na visão do presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), Amaro Sales, "Robinson não poderá pecar por falta de planejamento".

Para ele, é necessário habilidade para discutir junto ao setor judiciário as possibilidades de investimentos e cortes orçamentários.

"Temos o entendimento de que, neste momento, o novo governador tem que fazer um pacto com o desenvolvimento e buscar alternativas junto ao setor judiciário, como o Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Ministério Público e Assembleia Legislativa, de modo a não arriscar muito e cometer erros", destaca Amaro Sales.

Uma das sugestões da Fiern ao novo governador do RN é que ele possa fazer uso do Mais RN para

AMARO SALES,

PRESIDENTE DA

Amaro: utilização do Mais RN, estratégias de desenvolvimento econômico e promoção de investimentos melhorar as oportunidades de negócios no Estado. "Robinson precisará buscar o equilíbrio financeiro e projetar metas para aumentar nossa capacidade de investimento. Para isso, ele poderá contar com o apoio da Fiern e do Mais RN, nosso projeto de estratégia de desenvolvimento econômico e promoção de investimentos", afirmou o presidente da Federação das Indústrias.

O Mais RN é uma iniciativa da Fiern e da Secretaria de Desenvolvimento do Estado do atual governo Rosalba Ciarlini, criado durante o mandato do deputado federal eleito Rogério Marinho. Os estudos foram iniciados em julho de 2013, com o objetivo de reduzir a lacuna que impede o crescimento José Aldenir

Geraldo: categoria médica quer ser mais ouvida e ter participação mais ativa

e progresso do Rio Grande do Norte em relação aos estados mais avançados do Brasil. O projeto propõe calcular o volume de investimentos necessários para o RN nos próximos 20 anos, dobrando o PIB do Estado.

Com essa mesma perspectiva de mudanças, o vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) em Natal, Augusto Vaz, avalia que o governador Robinson Faria precisará investir no diálogo com o segmento empresarial. "A CDLNatal conversou com os dois candidatos ao segundo turno, Henrique Alves e Robinson Faria. Independente de quem viria assumir o Governo, nós cobramos mudanças.

E essas mudanças só serão possíveis

FIERN Wellington Rocha

Heracles Dantas

Arnaldo Gaspar Júnior: necessidade de investimentos em obras públicas de grande por te

se houver abertura para o diálogo", conta.

Augusto Vaz reforçou a O JORNAL DE HOJE que a situação econômica do Rio Grande do Norte não é favorável ao empresariado.

"Existindo diálogo com as classes empresariais, deverão surgir projetos e sugestões para trabalharmos em conjunto. Existem vários assuntos que precisam ser conversados e esperamos que possamos tratar esses casos com mais apreço, tendo maior participação junto ao Governo", disse.

Dois pontos que merecem destaque na próxima administração do RN, segundo a CDL-Natal, são o investimento em segurança pública e na Secretaria de Desenvolvi-

mento Econômico (Sedec). "Queremos que a secretaria não seja ocupada por uma pessoa política, mas sim uma pessoa do meio empresarial, que possa lutar por melhorias no nosso segmento e atuar por nós".

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no RN (Sinduscon), Arnaldo Gaspar Júnior, também comentou sobre as expectativas do segmento com relação ao governo de Robinson Faria.

De acordo com ele, a transição para a nova administração precisa ocorrer de imediato.

"Acho que Rosalba Ciarlini e Robinson Faria deveriam sentar e já iniciar as conversas sobre a transição, de modo que Robinson possa

tomar ciência de toda a situação real do Estado. Com o devido conhecimento de como está o Governo, Robinson poderia colocar em prática seu plano de governo a partir do dia 2 de janeiro e implementar novos projetos", avaliou.

Sobre a área da Construção Civil no RN, Arnaldo Gaspar Júnior foi enfático com relação à necessidade de investimento em grandes obras públicas. "Temos obras de grande importância já em andamento e que precisam ser continuadas. A Barragem de Oiticica, a Adutora do Alto Oeste e as obras de saneamento básico, por exemplo, são algumas dessas obras que precisam ser finalizadas", afirmou.

Médicos defendem mais participação na construção de políticas públicas O engajamento da categoria médica nas eleições deste ano mostrou a força dos profissionais em defesa de melhorias no sistema público de saúde. Com apoio abertamente declarado a necessidade de mudança administrativa do país, os médicos de todas as regiões do Brasil, com representativo impacto no Rio Grande do Norte, foram às ruas pedir o voto das pessoas em nome da Saúde.

Em Natal, a definição ideológica da categoria, que apoiou, em sua maioria, o candidato à presidência Aécio Neves (PSDB), reforçou a

necessidade dos profissionais médicos participarem mais ativamente da construção das políticas públicas voltadas para a Saúde.

"O processo de desgaste que os médicos vem passando desde 2012 levou indubitavelmente à organização da categoria em todo o Brasil, que não só se mostrou contra a linha política seguida pelo PT, como defendeu o sistema de meritocracia e da oportunidade, sem privilégios.

Há uma clara visão que os programas de saúde não são cumpridos tecnicamente, mas politicamente", comentou Geraldo Ferreira, presi-

dente do Sindicato dos Médicos do RN (Sinmed) e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam).

Diante do descontentamento com a atual política, Geraldo afirma que só resta à categoria torcer por uma mudança no perfil do atual Governo. "Temos que torcer para que o país se reencontre nesses próximos anos, sem que haja uma divisão do país. Isso é muito ruim para todos os brasileiros. Aos médicos, nossa expectativa é que a categoria possa estar mais presente no processo político, sendo ouvida para a construção de políticas públicas", disse.

Sobre o novo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, o médico Geraldo Ferreira declarou que "precisará ver como as coisas se comportam". "Não houve uma adesão no plano local da política como foi vista com as eleições presidenciais, talvez porque a categoria estivesse divida.

Vamos ver como as coisas irão se comportar futuramente. No mais, reforço que as entidades médicas e os profissionais precisar ser mais ouvidos pelos governantes, participando mais ativamente da gestão", declarou.

> NATAL

Urbana deve recolher duas toneladas de lixos após o 2º turno Heracles Dantas

Heracles Dantas

ALESSANDRA BERNARDO ALESSABSL@GMAIL.COM

O dia seguinte ao segundo turno das Eleições 2014 nas ruas de Natal foi bem mais limpo que o cenário encontrado pelos natalenses após o primeiro pleito, no último dia 5. Desta vez, a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana) trabalhou em parceria com o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE/RN) e conseguiu recolher quase uma tonelada de material de campanha ainda neste domingo (26). Para hoje, restou os resíduos descartados pelos potiguares durante as comemorações após o resultado das eleições.

Segundo o gerente de Operações da Urbana, José Eudes, a estimativa é recolher menos de uma tonelada de lixo até o final da tarde desta segunda-feira (27) pós-pleito, principalmente nos locais onde houve concentração de eleitores ontem à noite, como o chamado Ponto Sete, próximo a um shopping center na Avenida Roberto Freire, em Ponta Negra.

Neste trecho, ainda na manhã de hoje era possível encontrar centenas de garrafas de vidro e de plástico de água, refrigerantes e de bebidas alcoólicas, sacolas plásticas,

Trabalho preventivo entre TRE e a Urbana resultou em limpeza nos locais de votação

Ponto Sete, em Ponta Negra, foi um dos pontos que mais concentraram sujeira

papéis de santinhos, material de campanha dos quatro candidatos que disputaram os cargos de governador do Estado e presidente da República e bandeiras. Uma equipe da Urbana trabalhou exclusivamente no ponto.

"Ficamos de plantão durante todo o domingo de eleição e atendemos pelo menos cinco chamados do TRE/RN, para recolhimento de material de campanha distribuído entre a população em cinco locais de votação, sendo dois em Cidade Satélite, um no Pitimbu, um em Santa

meiro turno, quando praticamente toda a cidade teve que ser limpa pelos funcionários da instituição.

Ele disse ainda que isso aconteceu porque a disputa foi apenas para dois cargos, diferente do anterior, quando o número de candidatos e de material distribuído entre a população era maior. E que a ação preventiva da Urbana também contribuiu para evitar que a quantidade de resíduos de campanha fosse maior desta vez.

"Tudo o que foi recolhido ontem, cerca de uma tonelada de material,

Catarina e outro no bairro do Tirol, próximo ao Exército brasileiro. Atuamos em parceria com o TRE/RN e conseguimos evitar que a cidade amanhecesse ainda mais suja e que isso dificultasse a vida dos natalenses", explicou.

Eudes disse que a quantidade de resíduos recolhidos referentes exclusivamente ao segundo turno das Eleições 2014 só deve ser conhecida hoje à tarde, quando a companhia finalizar o balanço geral do evento.

Mas, que, com certeza, será muito abaixo do recolhido durante o pri-

já foi encaminhado para a estação de transbordo da Região Metropolitana. E a participação da população também foi fundamental para que a cidade amanhecesse mais limpa que da vez anterior. A nossa estimativa para hoje é coletar entre 800 quilos e uma tonelada de lixo", afirmou o gerente de Operações.

URBANA MAPEOU CIDADE A limpeza da cidade, com coleta de propaganda eleitoral dos candidatos que disputaram o pleito ontem, também foi realizada em vá-

rios pontos da cidade, mas em menor quantidade que no Ponto Sete, em Ponta Negra. Além de evitar a sujeira típica dos períodos eleitorais, a medida visou também evitar acidentes com os pedestres, já que foram registrados casos de pessoas que caíram após escorregar nestes materiais, durante o primeiro turno.

Para evitar que esse tipo de situação voltasse a ocorrer neste segundo turno, a Urbana mapeou os pontos com maior concentração de material para elaborar uma estratégia de coleta a ser executada agora.

Com base nestes dados, forma encaminhadas equipes de dois agentes de limpeza urbana para cada ponto mapeado. "O objetivo foi facilitar o trabalhos dos nossos funcionários e agilizar o processo de limpeza urbana", disse José Eudes.

No primeiro turno, o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Eleitoral Auxiliar, ajuizou uma representação eleitoral contra mais de 30 candidatos que descumpriram a legislação eleitoral ao realizar um derramamento de "santinhos" na noite do sábado para o domingo das eleições, em vias públicas, principalmente nas proximidades dos locais de votação.

Economia

Segunda-feira

Natal, 27 de outubro de 2014

O Jornal de HOJE 7

Fotos: Wellington Rocha

HOJE na Economia MARCOS AURÉLIO DE SÁ

marcossa@jornaldehoje.com.br

Robinson quer dar maior atenção à economia e promete administrá-la com critérios técnicos n O novo governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, sempre tem dito que usará o poder político confiado pelo povo para, em primeiro lugar, fazer com que o Governo do Estado retome o importante papel de indutor do desenvolvimento econômico do nosso território e da nossa gente. n Na história potiguar são poucos os governantes que externaram essa visão e puderam transformá-la em prática político-administrativa. Num passado recente, merecem citação apenas dois: os ex-governadores Cortez Pereira e Aluízio Alves. n O primeiro, pela ousadia de dar partida a projetos que, imaginados há mais de 40 anos, ainda hoje rendem frutos. De Cortez, valem ser lembrados: n 1) o Projeto Camarão, que visava a produção do crustáceo em cativeiro, atividade que em certa época nos colocou como campeões mundiais de produtividade por área e que, apesar de pouco apoiada pelos últimos governantes, ainda garante, nos dias de hoje, renda e empregos diretos para dezenas de milhares de norte-rio-grandenses; n 2) o plantio intensivo de cajueiros na Serra do Mel; n 3) a construção do Porto-Ilha de Areia Branca, sem o qual nossa secular indústria salineira teria sido extinta; n 4) a definição do turismo como principal vocação econômica do Estado, com a criação da Emproturn; e tudo isto sem falar em outras boas ideias que se perderam no tempo porque foram abandonadas (tais como a fabricação de barrilha, em Macau; a criação do bicho-da-seda, nos municípios do Litoral Leste; a produção de coco na região de Touros, etc.). n De Aluízio, lá se vão quase 60 anos, ficaram decisões ousadas do estadista à frente do seu tempo. Coube a ele, numa época em que o Rio Grande do Norte aparecia como um dos únicos Estados do Nordeste não beneficiados pelas redes de distribuição de energia hidrelétrica da Chesf, lutar e criar as condições para que essa obra fundamental de infraestrutura chegasse ao nosso meio, sem o que seria impossível atrair indústrias e outros investimentos indispensáveis para tirar a economia do crônico atraso. n Cortez Pereira teve entre seus auxiliares mais íntimos e mais destacados o empresário Osmundo Faria, pai do recém-eleito governador Robinson Faria. Na condição de presidente do antigo Bandern (Banco do Estado do Rio GranNegociações salariais do setor sucroalcooleiro continuam emperradas n Depois de duas reuniões entre representantes dos trabalhadores rurais (canavieiros) e das agroindústrias e produtores pessoas físicas que se dedicam ao cultivo da cana de açúcar, as negociações em torno da assinatura do novo contrato coletivo de trabalho continuam sem consenso. n No último encontro, quintafeira passada, sob a coordenação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte (Fetarn) e tendo como mediador um representante do Ministério do Trabalho, os em-

de do Norte S/A) e posteriormente do BDRN (Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte), Osmundo atuou como figura-chave da administração para que vários projetos de Cortez virassem realidade. n E sua ação foi tão decisiva que, no processo sucessório estadual (que então ocorria por eleição indireta de um nome indicado pelo Governo Federal, sob o controle dos generais), o nome de Osmundo esteve em primeiríssimo plano para substituir Cortez, o que não aconteceu por força do destino. n Nessa época, Robinson era um jovem recémsaído da adolescência mas guardou na lembrança o sentimento de entusiasmo que o pai dedicava às questões da economia do Estado, não apenas como bem sucedido empresário nos ramos industrial e imobiliário, mas acima de tudo como homem público e auxiliar de um governo visionário, cujo sonho maior era abrir caminhos para o desenvolvimento. n Ingressando na política por orientação de Osmundo, Robinson se elegeu deputado estadual. E pouco tempo depois, com a morte prematura do pai, teve de vencer o desafio de se impor pela sua competência e liderança pessoal, o que fez com sucesso, conquistando seguidas reeleições, assumindo a Presidência da Assembleia Legislativa e chegando a vice-governador, além de ter comandado a eleição e reeleição do seu filho, Fábio Faria, como deputado federal com uma das maiores votações do RN. n Habilidade política, capacidade de diálogo, vocação para administrar conflitos e encontrar soluções são qualidades que, certamente, logo ajudarão Robinson Faria a conquistar maioria no Poder Legislativo (onde precisará aprovar seus projetos de governo) e poder formar uma equipe de auxiliares do primeiro escalão com base nos méritos pessoais e na capacidade técnica de cada um. n Robinson promete manter abertas as portas da Governadoria para a classe empresarial, dedicar atenção total à atração de investimentos para o RN, não desperdiçar sob nenhuma hipótese as oportunidades econômicas que o Estado oferece em áreas como a geração de energias sustentáveis, o turismo, a fruticultura irrigada, a pesca, a aquicultura e a agregação de valor aos nossos recursos minerais. n A esperança, portanto, é de que venham tempos melhores!

pregadores alegaram que o setor sucroalcooleiro tem enfrentado grandes dificuldades nos últimos anos, especialmente em razão da seca que atingiu o Nordeste, o que ocasionou inclusive perdas de safras e levou à demissão de pessoal, daí porque não haver como atender às novas reivindicações dos trabalhadores. nA proposta colocada na mesa pelos representantes dos patrões foi a manutenção das mesmas cláusulas constantes no acordo coletivo celebrado ano passado. n O presidente da Fetarn, Manoel Cândido da Costa, disse entender as dificuldades enfrentadas pelo setor, mas que o reajuste salarial é um direito da categoria, assim como reivindicar condições de trabalho mais dignas. E detalhou que nas últimas três décadas boa parte dos trabalhadores na agricultura foram substituídos por máquinas, a ponto de terem sido suprimidos cerca de 35 mil empregos para canavieiros no Rio Grande do Norte. n No final da reunião, os empresários fizeram proposta de

reajuste salarial abaixo da inflação dos últimos 12 meses, o que não foi aceito pela categoria.

Mediante o impasse ficou marcado nova rodada de negociação para o dia 3 de novembro.

Pequenas empresas do RN esperam faturar mais no último trimestre n A dois meses do período natalino, que é considerado a melhor temporada de vendas para o comércio durante o ano, o empresariado potiguar trabalha com a expectativa de alcançar um maior faturamento neste último trimestre de 2014. n Pelo menos é isto o que indica o Índice de Confiança dos Pequenos Negócios (ICPN), levantado pelo Sebrae/RN em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). n Entre os micro e pequenos empresários entrevistados no Estado, 65 por cento afirmam que terão aumento de vendas nos próximos meses, enquanto apenas 8 por cento anteveem redução do faturamento. O restante estima que haverá estabilidade, em relação ao trimestre anterior.

Operários continuam trabalhando na reforma do Mercado Modelo das Rocas, que está sem uso há quase 5 anos

Conclusão da Reforma do Mercado das Rocas fica para mês de dezembro PERMISSIONÁRIOS ESTÃO EM LOCAL IMPROVISADO E SEM ÁGUA MARCELO LIMA MARCELOLIMANATAL@YAHOO.COM.BR

Outubro, novembro e dezembro. Não é uma nova estação do ano, mas os meses pelos quais o prazo de conclusão do Mercado das Rocas - também chamado de Mercado Modelo de Natal - passeou durante este ano. Agora a Prefeitura de Natal estabeleceu que o prédio estará pronto para uso da população na primeira quinzena de dezembro deste ano.

A obra começou ainda na gestão anterior de Carlos Eduardo Alves, foi paralisada durante os quatro anos de gestão de Micarla de Sousa e foi reiniciada em dezembro do ano passado. Quando foi retomada em 2013, a conclusão estava prevista para ocorrer em dez meses. Porém, de acordo com a nova data para inauguração o tempo total de reforma será de um ano.

De acordo com uma das engenheiras da obra, Maria Carvalho, a obra está 80% concluída. Ela acredita que até o final da próxima semana a cobertura do edifício será montada. "A parte mais demorada, que é o reforço estrutural, já foi feita", disse. A engenheira civil responsável pela obra, Kelly Cristina de Oliveira, explicou o motivo do atraso. "Foram problemas da estrutura, que estava muito deteriorada, e muita coisa teve que ser demolida ou restaurada", acrescentou.

O atual contrato de reforma prevê o investimento de R$ 3.052.838,01 com dinheiro do governo Federal e da Prefeitura. A empresa Arko Construções foi a vencedora da licitação. Hoje pela manhã, operários trabalhavam sobre as estruturas da cobertura do Mercado Modelo. O novo Mercado das Rocas terá dois pavimentos, duas escadas, um elevador para pessoas com deficiência e baixa mobilidade, 83 boxes, quatro entradas, quatro banheiros, dois vestiários, praça de alimentação e balcão de informações turísticas.

SEM ÁGUA Permissionários antigos do Mercado das Rocas foram transferidos para um galpão em frente ao

Marildo Ferreira reclama da queda nas vendas após mudanças no Mercado mercado, onde oito deles teimam em trabalhar. Além de esperar por mais de seis anos pela renovação do seu ambiente original de trabalho, o local agora está sem água há um mês. Segundo os comerciantes, eles já recorreram à Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) para tentar mudar a situação, já que foram transferidos para o galpão pela secretaria.

O vendedor de carnes Marildo Ferreira trabalha no Mercado das Rocas desde que seu pai foi para o local depois do incêndio no Mercado do Centro da Cidade em 1967.

Depois que foi colocado no galpão provisório, as vendas caíram.

Para ele, vendedores de diferentes produtos são o principal atrativo de um mercado. "Diminuiu muito porque ficou todo mundo distante um do outro. Você vai comprar uma fruta e não vê uma carne, aí vai embora logo", analisou.

O vendedor de bebidas Arnaldo Ferreira, de 64 anos, diz que sua clientela caiu pela metade com o ambiente improvisado. "A gente veio para cá e estamos esperando.

Lá era 100% a mais de vendas.

Viemos para cá só para segurar o ponto", afirmou. Depois de tantos adiamentos, o açougueiro não tem muita fé na conclusão até o final deste ano. "Se não sair em dezembro, pelo menos a gene está vendo que está trabalhando. Se não entregar esse ano, em fevereiro ou março entregam", completou Marildo Ferreira.

Outra parte dos permissionários do mercado ocupa o lugar da Feira das Rocas de terça a domingo. A fragmentação temporária que já dura mais de meia década incomoda também os clientes, como o morador do bairro José Moisés Vieira Sales de 29 anos.

"Com certeza que vai ficar bem melhor que o anterior, que era todo acabado. Quem mais teve prejuízo mesmo foram os comerciantes mesmo", opinou. Ele não acredita na data prevista pela Prefeitura para finalizar a obra. "Dá pra terminar não, porque tem muita coisa para fazer, mas pelo menos essa gestão está melhor que a de Micarla", avaliou.

8 O Jornal de HOJE

Natal, 27 de outubro de 2014

Cidade

Segunda-feira

Fotos: José Aldenir

Januário Cicco vive dias de tranquilidade UNIDADE

REFERÊNCIA DO

PARTOS POR DIA.

ESTADO

DEMORA

REGISTRA MAIS DE

10

NA REABERTURA DE OUTROS

SERVIÇOS CONTRIBUI PARA O AUMENTO DA DEMANDA

Número de partos registrados na Januário Cicco varia de acordo com o período do mês

Com uma média atual de 13 nascimentos realizados diariamente, a Maternidade Escola Januário Cicco celebra dias de tranquilidade e corredores vazios, bem diferentes do cenário registrado no início do ano passado, quando a unidade sofreu com superlotação

e falta de leitos. Referência em atendimentos e partos de gestantes de alto risco no Rio Grande do Norte, ela recebe mulheres também com gravidez de baixo risco por falta de maternidades no interior do Estado.

Segundo a diretora geral,

Maria da Guia de Medeiros, o número de atendimentos e partos realizados pela unidade varia bastante de acordo com o período do mês, com dias em que são registrados dezenas de nascimentos e outros com poucos casos. Ela acredita que a demora na reabertura da Maternidade Leide Morais, na zona Norte de Natal, acaba contribuindo para um aumento considerável no total de atendimentos realizados na Januário Cicco, mas que não chega a influenciar a ponto de ocasionar superlotação.

"Já tivemos situações mais críticas, mas hoje conseguimos manter um equilíbrio que nos garante tranquilidade em grande parte do tempo, com atendimentos realizados dentro do que conseguimos fazer e sem causar problemas como superlotação e falta de leitos. Hoje, a nossa situação é essa: funcionamos com superlotação em alguns dias e nos outros, o número de procedimentos realizados fica dentro do que conseguimos fazer, sem dificuldades", afirmou.

Ela disse que atualmente não há falta de vagas ou gestantes nos corredores ou aguardando o surgimento de algum leito para internação. Mas, que a falta de maternidades nas cidades do interior do Rio Grande do Norte ainda é um entrave grande para o funcionamento pleno do local, já que por causa disso, a Januário Cicco, que é referência em partos de alto risco, acaba recebendo uma alta demanda de gestantes de baixo risco.

"São mulheres que poderiam ter seus bebês tranquilamente em seus municípios de origem, sem ter que se deslocar para a Capital para isso, mas que por falta de maternidades em suas cidades, são obrigadas a peregrinar para conseguir um atendimento com obstetra.

Isso é visto no perfil das mulheres que são atendidas aqui, onde a metade é de Natal e a outra parte, vindas de municípios próximos", explicou Maria da Guia.

Ela disse ainda que foi feita uma mudança nos leitos oferecidos e que o número é controlado semanalmente, para evitar problemas.

"Hoje temos um total de 121 leitos dentro da Januário Cicco, sendo estes divididos em 26 vagas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 95 para pacientes de partos, tratamentos de gestantes de alto risco e cirurgias ginecológicas, que também são realizadas na unidade. Quando estamos com superlotação e falta de vagas, explicamos direitinho o problema às pacientes", afirmou.

A reabertura do Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Leide Morais, que deveria ter sido feita desde janeiro passado, foi remarcada para dezembro próximo, de acordo com o Departamento de Infraestrutura Física e Tecnológica da Secretaria Municipal de Saúde (Dift/SMS). Fechada para obras de reforma e ampliação há quase 16 meses, a unidade tem capacidade para 300 partos mensais e deve desafogar a Januário Cicco.

Maria da Guia Medeiros, diretora da Maternidade, diz que metade das mães é de Natal

CMYK

Cultura

Segunda-feira

Natal, 27 de outubro de 2014

O Jornal de HOJE 9

ARTÍFICES DA POBREZA E DA GUERRA DILMA ROUSSEFF

VENCEU EM TODOS OS

167

MUNICÍPIOS POTIGUARES, OS MESMOS QUE REGISTRARAM

229%

A MAIS DE MORTES POR BALA OU FACA, NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS, E ONDE ATIVIDADE ECONÔMICA SIGNIFICA UM CARGO NA GESTÃO MUNICIPAL OU ADMINISTRAR A VERBA ENVIADA PELOS CONRADO CARLOS EDITOR DE CULTURA

Se algum leitor melhor informado ouviu ou leu algo diferente, por favor, me corrija, mas não lembro de ter visto propostas para o esporte e a cultura na corrida presidencial. Tanto no primeiro, como no segundo turno. No máximo, promessas de aumentar orçamento (ambos estão entre os menores da União), de dar prioridade “no meu governo”, mas nada efetivo. As duas áreas são tratadas como supérfluo, como a sobremesa que comemos de acordo com a boa vontade de nossa mãe, sempre no controle para o filho não abusar.

“Quero mais!”, pede o menino guloso pelo rango mais gostoso que tem na mesa, sem imaginar que isso está fora de cogitação. “Açúcar em excesso faz mal, seu teimoso, eu já não disse?”. E aí só dá feijão com arroz no prato, sem paio ou carne seca para temperar o caldo, em fogo baixo, que é para não transbordar. A situação já é sui generis com a fragmentação ministerial. Para essa gente, educação, cultura e esporte são coisas distintas – como a segurança pública que, só agora, 12 anos depois, entenderam ser necessária uma maior integração entre as forças.

Para termos uma noção da falta de compromisso com pastas fundamentais na melhoria de nossos índices de desenvolvimento humano, vale dizer que o montante gasto com esporte em 2014 (R$ 1,2 bilhão) é inferior ao valor investido no Estádio Nacional de Brasília, pois o Ministério do Esporte só executou 35% do orçamento previstos para este ano (R$ 3,39 bilhões). O elefante branco da capital federal, assim como outras arenas pelo país, consumiram anos de possibilidades para quem precisa de algo mais que uma mesada estatal para trocar o celular e tomar cachaça.

No Ministério da Cultura, a situação é, no mínimo, curiosa. Em relação a 2013, houve redução orçamentária (de R$ 3,5 bilhões para R$ 3,25), após cortes em programas como Preservação do Patrimônio Cultural das Cidades Históricas (redução de 45%); Preservação de Bens e Acervos Culturais (menos 31,9%); Apoio a Projetos Audiovisuais (redução de 37,6%); e corte de 100% em Implantação de Praças do Esporte e da Cultura. São números que você lê como bem entender, ainda que o TSE nos informe que as eleições concluídas ontem tenham custado 74 bilhões de reais – ou três Copas do Mundo; ou quase o dobro da última eleição, quatro verões atrás.

Converse com qualquer caboclo sertanejo que receba o Bolsa Família e pergunte com o que ele gasta os cem, duzentos reais doados pelo Governo Federal. Ele dirá que paga a parcela de uma moto, de um smartphone ou que deixa parte da grana na mercearia de Seu Tonho ou Dona Nena, para quitar as cervejas. A militância petista pode espernear, mas é a pura verdade – sobretudo para os jovens urbanos universitários, que desconhecem a realidade interiorana, fica a dica de pegar o buzão rumo à secura e ao chão batido e conferir se exagero.

Dilma Rousseff venceu em todos os 167 municípios potiguares.

A maioria aglomerados humanos em que atividade econômica sig-

nifica conseguir um cargo na gestão municipal ou administrar a verba filantrópica enviada pelos Messias do Planalto Central. Romper com esse

ciclo vicioso será a batalha da oposição para as próximas temporadas – na cerimônia pós-vitória, o culto à personalidade típico de

MESSIAS

DO

PLANALTO CENTRAL

regimes socialistas bateu recorde, com banner com a imagem da presidente em estêncil, a mesma que estampou camisetas, e a alcunha

“Coração Valente”, além de gritos de “Olê, olê, olê, olá, Lula, Lula” emanados de uma massa ensandecida.

Che vive!

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10 O Jornal de HOJE

Natal, 27 de outubro de 2014

Cidade

Segunda-feira

Segundo turno das eleições teve 19 presos no Rio Grande do Norte C ASO

MAIS GRAVE FOI O ASSASSINATO DE UM HOMEM ENQUANTO ESTAVA NA FILA DE VOTAÇÃO EM DIEGO HERVANI REPÓRTER

A Polícia Federal teve mais trabalho do que o esperado no Rio Grande do Norte neste domingo (26), durante as eleições do segundo turno para presidente da República e governador do Estado. Ao todo, 19 pessoas foram presas por crimes eleitorais no RN, mais do que o dobro registrado no primeiro turno.

De acordo com a PF, as pessoas presas cometeram crimes como boca de urna e realizar carreata durante a votação. Nos dois casos, elas são levadas para a delegacia, onde são ouvidas e liberadas depois de assinarem Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs). Além disso, foram instaurados outros 14 procedimentos, mas que não resultaram em nenhuma detenção. O número é superior ao registrado no primeiro turno, quando apenas nove pessoas foram presas no processo eleitoral no Rio Grande do Norte.

"Nós esperávamos uma situação diferente. No primeiro turno nós tínhamos mais candidatos e aconteceram apenas nove prisões. Nesse segundo turno nós acreditávamos que teríamos uma situação mais tranquila. O que percebemos é que os ânimos durante esse segundo turno estavam mais exaltados. Ainda assim, não houve nenhum registro mais grave. Foi somente a questão da boca de urna e das carreatas. Recebemos inúmeras denúncias, mas

a maioria acabou não resultando em prisões", afirmou Rubens França, delegado coordenador das Eleições no RN. Apesar dos números terem sido acima do esperado, Rubens França destacou que o pleito deste ano foi considerado tranquilo. "O fato de o primeiro turno ter sido mais tranquilo do que o primeiro, não significada que o tivemos maiores problemas. A Polícia Federal considerou as eleições no Rio Grande do Norte bastante tranquilas. Foi feito um planejamento muito grande para garantir que tudo ocorresse dentro da normalidade e acreditamos que o resultado foi satisfatório. Tudo dentro do esperado".

Segundo levantamento feito pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 451 pessoas foram presas durante a eleição em todo o Brasil por suspeitas de crimes eleitorais. A maioria é acusada de fazer boca de urna (268) ou propaganda irregular (48).

Vinte e cinco pessoas foram presas por transportar eleitores ilegalmente, quatro por fornecimento ilegal de alimentos, dois por corrupção eleitoral e 96 por outros motivos. O Rio de Janeiro registrou o maior número de prisões (174), seguido por Minas Gerais (40) e Rio Grande do Norte (33). "Pela Polícia Federal foram 19 prisões, como eu já falei.

Porém, existem outros casos que não passam pela Polícia Federal e são contabilizados pelo TSE", explicou Rubens França.

Divulgação

Em Mossoró um eleitor foi assassinado na fila de votação. Polícia diz que crime não tem ligações com motivos políticos O TSE ainda contabilizou 601 ocorrências sem prisão nas eleições deste domingo. Do total, 81 foram no Rio Grande do Norte, 101 no Rio de Janeiro, 68 em Minas Gerais e três no Distrito Federal. Outros 255 estão relacionados com o crime de propaganda irregular, 138 com boca de urna, 28 por transporte ilegal de eleitores, nove por compra de votos, sete por uso de alto-falantes e 162 por motivos diversos.

Já trabalhando há 10 anos como integrante do sistema de segurança durante os processos eleitorais, Ru-

bens França explicou que existe uma grande diferença nas eleições municipais para as Estaduais e Federais.

"As eleições para governador e presidente sempre são mais tranquilas.

Não encontramos muitos problemas relacionados com crimes eleitorais, pois geralmente essas eleições não mexem tanto com a população, as pessoas não ficam mais instigadas.

Nas eleições municipais a situação é diferente. A população se envolve mais e os políticos também passam a ter um contato maior com a população e os crimes eleitorais

acontecem mais".

HOMEM FOI MORTO NA FILA DE VOTAÇÃO O jovem Robson Diego de Moura Soares, de 20 anos, foi morto a tiros dentro da Escola Municipal Professora Celina Guimarães, no bairro Barrocas, em Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte, quando estava na fila de votação neste domingo (26).

O crime aconteceu cerca de uma hora depois do início da votação.

Em contato com o Portal BO, o mo-

M OSSORÓ

torista Carlos Xavier, que estava na mesma fila do jovem morto, disse que o autor dos tiros chegou silencioso, apontou a arma para a cabeça da vítima e atirou duas vezes fugindo em seguida. "Foi muito rápido, ninguém imaginava que alguém poderia fazer isso na frente de todos e ainda mais perto de militares que se encontravam na portaria do colégio". Depois do crime, a votação foi suspensa no local por mais de duas horas, até o recolhimento do corpo. Assustados com o ocorrido, dois mesários desistiram de trabalhar, alegando que não tinham condições psicológicas para continuar.

Segundo informações da polícia, o pai da vítima relatou que o jovem tinha entrado na escola para tentar se esconder dos criminosos.

O pai do jovem também falou que o filho já tinha cometido alguns crimes e era envolvido com o tráfico de drogas, por isso já vinha sendo perseguido há alguns dias. Ainda de acordo com a polícia, informações também dão conta de que Robson Diego fazia parte de uma torcida organizada de um time de futebol e que constantemente se envolvia em confusões com organizadas rivais.

Um dos fatos que chamou atenção no crime, além da frieza dos criminosos, é que o local é um dos que receberam reforço do Exército para a segurança nas eleições no município. Diligências foram feitas na região, mas o assassinado não foi encontrado.

> INSATISFAÇÃO

Vigilantes de terceirizada da Secretaria de Saúde reclamam de atraso salarial em protesto no Walfredo Vigilantes que trabalham para a empresa Garra Vigilância, responsável pela segurança dos hospitais de responsabilidade da Secretaria Estadual de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) em Natal e Região Metropolitana, realizaram um protesto nesta segunda (27), em frente ao Pronto-Socorro Clóvis Sarinho. Eles reclamam que ainda não receberam os vencimentos do mês de setembro.

"O pagamento era para ter sido feito no 5º dia útil de outubro. Porém, até hoje, dia 27, o pagamento ainda não foi feito. Os trabalhadores estão com contas atrasadas e ninguém nos explica o que está acontecendo.

Vamos fazer esses protestos em outros hospitais, até que a situação seja resolvida, ou que alguém nos explique o que está acontecendo. Amanhã nós iremos para o Giselda Trigueiro", explicou Agrício Enedino, diretor do Sindicato Intermunicipal dos Vigilantes do Rio Grande do Norte (Sindsegur-RN).

Ainda segundo Agrício, os atrasos salariais têm sido constantes, até por esse motivo os vigilantes já pensam em medidas mais duras para que isso não continue acontecendo.

"Pelo menos nos últimos cinco meses esses atrasos têm acontecido. Alguns meses eles pagaram 10 dias depois, mas esse mês passou

José Aldenir

José Aldenir

Culpa por atraso no pagamento dos servidores seria da empresa terceirizada, que garantiu pagamento nas próximas horas dos limites. Esse atraso é inadmissível, ainda mais quando a empresa não esclarece a situação para os funcionários. É complicado para um trabalhador de empresa privada fazer greve, mas se a situação não melhorar será a única saída".

Ao saber do protesto, a Sesap divulgou uma nota na qual explica que a "culpa" pelo atraso é da própria empresa. "A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informa que a demora no pagamento

da terceirizada Garra Vigilância se deu exclusivamente pelo atraso, por parte da empresa, na entrega das notas, que devem ser entregues até o dia 20 de cada mês, para que o processo possa tramitar nos devidos setores e o pagamento seja efetivado no dia 05. O processo para pagamento da empresa já foi concluído e encaminhado à Secretaria de Estado do Planejamento e das Finanças (Seplan), com previsão de liberação do pagamento no dia 05

de novembro".

Em contato com o Jornal de Hoje, a Garra Vigilância admitiu o atraso no pagamento, mas informou que a situação será resolvida ainda esta semana. "O que houve foi um problema na nossa folha de pagamento. Mas já estamos resolvendo essa situação e vamos fazer o pagamento o mais rápido possível. O salário pode ser depositado na conta dos funcionários até mesmo nesta segunda-feira (27)".

Francisco Benedito, do Sindicato dos Vigilantes, cobra explicação ao Governo

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Segunda-feira

Natal, 27 de outubro de 2014

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edadC i

Danilo Sá jornalistadanilo@hotmail.com / danilo.sa@folha.com.br / Twitter: @DaniloSa

Para a história

Foram muitos os recados dados nacional, como mostrou ser Aécio pelas urnas neste domingo. O pri- Neves, mas pelo reforço de peso meiro deles, e o mais importante, é que ganhou no Senado e nas dispuque a duras penas o brasileiro está tas por governos estaduais. No Confinalmente se acostumando com a gresso, a luta será dura. democracia. Pela primeira vez em Por fim, é importante também décadas, o povo depositou seu voto fazer a leitura do que esperar do e ficou na torcida para que seu can- Brasil nos próximos quatro anos. didato terminasse vencedor, acre- Não será nada fácil para a presidenditando e concordando com as ideias te Dilma Rousseff, eleita por uma e opiniões colocadas por cada um votação apertada, unir o país. Isso durante os últimos tendo que, ao mesmo meses de campanha. tempo, controlar a inOs votos tamflação, discutir a proForam muitos bém serviram para metida reforma políos recados dados mostrar o tamanho tica e atender aos anpelas urnas da insatisfação poseios de mudanças da neste domingo. pular com este ou sociedade, palavra aquele modelo de mais usada no pleito fazer política. Nitide 2014. damente, uma ampla parte do país De certa forma, o país viveu que pouco necessita dos programas sim um momento histórico no pleisociais, é contra a continuidade do to deste ano, marcado por uma tramodelo de gestão do PT, enquanto gédia - a morte de Eduardo Cama parte da sociedade que é benefi- pos - e pela trajetória impressionanciada pelos projetos é claramente a te de Aécio Neves, que chegou a favor. Daí o risco de divisão do país. ser dado como eliminado ainda no Outra notícia que pode ser ex- primeiro turno, e perdeu a disputa traída das urnas é que, apesar de 12 porque não soube atrair os votos anos afastada do poder, a oposição dos seus conterrâneos mineiros. nunca saiu de uma disputa presi- Mais um capítulo da democracia dencial tão fortalecida. Não apenas que se fecha. E outro que se abre a pelo surgimento de um grande líder partir de hoje.

‘ ’

FORÇA

DESAFIO

Em tempo: a oposição ao governo Dilma Rousseff no Senado contará com o próprio Aécio Neves, José Serra, Antonio Anastasia, Romário, Ronaldo Caiado, José Agripino e Tarso Jereissati, entre outros. Time de peso e que poderá dar trabalho ao governo federal nos próximos anos, principalmente se conseguir manter-se unido. É a luta.

Robinson tem pela frente o desafio de encerrar o discurso eterno de que o setor financeiro do RN está em dificuldades. Ora, isto todos já sabem. É hora de mostrar como podemos vencer esta situação, que se agravou na gestão Rosalba Ciarlini com o atraso constante dos salários dos servidores. É preciso encontrar caminhos.

FEITO HISTÓRICO

Como o único apoio de peso recebido por Robinson foi mesmo o do PT, são poucos os compromissos do vice com os partidos aliados. Terá ampla liberdade para escolher sua equipe e definir as estratégias para cada área. Robinson tem a chance que todo político sempre sonhou: realizar um governo praticamente todo definido por suas ideias e escolhas. O tempo é quem dirá se os caminhos seguidos terão sido os melhores.

Igualmente histórica foi a vitória de Robinson Faria no Rio Grande do Norte. Desacreditado no início, tratado por muitos como um derrotado por antecipação, o vicegovernador teve a coragem necessária para enfrentar um poder raramente visto no Estado. Foi, viu, e venceu. É, de longe, o maior vitorioso do pleito, por ter chegado ao poder sem as grandes estruturas que dominam o RN há décadas.

LIBERDADE

Gira Mundo Divulgação

O Ibovespa registrava queda de 6,2% nesta segunda-feira, aos 48.722 pontos.

O mercado repercute a reeleição de Dilma Rousseff (PT), que teve 51,64% dos votos, enquanto Aécio Neves (PSDB) teve 48,36%.

Os papéis preferenciais da Petrobras registravam perdas de 13%, enquanto as ações ordinárias do Banco do Brasil caiam 12% e as preferenciais da Eletrobras perdiam 10%. A expectativa é que Dilma anuncie mudanças ainda esta semana para responder positivamente ao mercado.

Megafone Divulgação

“

“Não acredito que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Creio que elas mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca por um futuro melhor”

”

DILMA ROUSSEFF APÓS SER REELEITA PRESIDENTE DA REPÚBLICA

DIVISÃO

O que poderá trazer alguma dor de cabeça para Robinson é o fato de ter conseguido eleger a menor parte da Assembleia Legislativa.

Mas, como já é do conhecimento de todos, nada que algumas horas de conversa não resolvam. Hoje, o governador eleito conta com apenas seis deputados estaduais. Já na Câmara Federal, tem apenas dois aliados, mas conta com o apoio do PT da presidente Dilma.

SAÚDE

No dia 30 de outubro, a Maternidade Escola Januário Cicco promoverá um mutirão para a realização de exames gratuitos de triagem para identificação de fatores de risco e nódulas nas mamas. A ação acontecerá das 8h às 16h com atendimento feito pelos médicos mastologistas da maternidade e o apoio de estudantes, residentes e demais servidores.

MUDANÇAS

O prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT) e a secretária de Educação, Justina Iva (PCdoB), enviaram à Câmara Municipal de Natal um projeto que interfere na autonomia das escolas públicas. A Prefeitura pretende indicar o coordenador pedagógico, o inspetor escolar e o assistente financeiro, sem eleições diretas. A vereadora Amanda Gurgel já está se mobilizando para combater a proposta no plenário da Casa.

ELEIÇÕES DE NOVO

Pronto. Acabaram as eleições estaduais. Hora agora da classe política começar a pensar já no pleito de 2016. Pois é. Já tem muita gente preocupada com a disputa que ocorrerá daqui a dois anos, quando prefeitos e vereadores tentarão renovar seus mandatos. Nos próximos dias, as primeiras notícias já devem surgir sobre o tema.

Canal 1 POR FLÁVIO RICCO - Colaboração: José Carlos Nery

Globo leva com seriedade a renovação dos seus autores É bem recente esse trabalho da Globo em formar novos autores, algo que praticamente não existiu e foi motivo de preocupação em suas primeiras décadas, a ponto de se colocar em dúvida a própria continuidade das novelas, quando chegasse ao fim a geração de Dias Gomes, Janete, Cassiano, Ivani, Lauro, Maneco, Bráulio, Durst, Benedito e Negrão. Eram poucos para, na ocasião, quatro horários de produção.

Gilberto, Aguinaldo, Glória, Silvio, Maria Adelaide, Alcides e Walcyr, dos mais antigos, vieram um pouco depois.

Mas este trabalho de renovação, em seu início, sempre foi muito lento e, em determinados momentos nem existiu.

Felizmente, de uns 10 ou 15 anos para cá, a situação se modificou gradativa e positivamente, através das oportunidades oferecidas e dos cursos promovidos pela própria Globo no Projac.

Novos e talentosos valores foram surgindo, a ponto de hoje, entre tantos nomes, haver certa dificuldade em lembrar de todos, além do João Emanuel Carneiro, Duca Rachid, Thelma Guedes, Linhares, Filipe Miguez e Izabel de Oliveira.

Foi um trabalho em seu principal produto, que a Globo, ciente da sua importância, passou a realizar com muita seriedade.

>> TV - TUDO w Prazo limite Até o fim do ano que vem, o SBT já estará gerando toda a sua programação em HD. O jornalismo, que tem uma operação mais complicada, por causa das outras emissoras - próprias e afiliadas, será o último da fila. w A logística...

Que envolve essa troca do SD para o HD é bem complicada e exige uma série de providências.

A Globo, por exemplo, só agora está completando esta etapa no seu jornalismo.

Já a Bandeirantes, que entrou na frente, ainda se utiliza da upconversion com boa parte do seu material que vem de fora. w Este sistema...

O upconversion, internamente nas emissoras, é o considerado “agá”.

Trata-se da conversão de um sinal de vídeo com resolução menor para uma maior. É o chamado jeitinho. A Globo, ao contrário da Band, não aceitou fazer isto e o SBT também não.

w Ainda a propósito...

Deste assunto, agora em dezembro, com as férias dos programas, o SBT irá transformar o seu último estúdio em digital.

O 6 é o único que falta, aquele usado pelos programas do Ratinho e Christina Rocha. w Sob nova direção Nos próximos capítulos de “Império”, Cláudio (José Mayer) irá anunciar a troca do nome do restaurante.

O “Enrico” passará a ser chamar “Vicente”, por causa de seu novo chef, vivido por Rafael Cardoso. w E mais A nova fase de Joaquim Lopes na novela irá começar depois da volta do personagem da Europa.

Vai fazer visitas surpresas ao seu antigo restaurante e a casa dos pais, quando eles não estiverem lá. Serão cenas, segundo o Aguinaldo, sempre cheias de emoção.

Aliás, exigido, o Joaquim foi muito bem nos últimos capítulos. Convenceu.

Globo/ João Miguel Júnior

flavioricco@gmail.com.br

Lilian Valeska, a Lia da série “Sexo e as Negas”, nos bastidores de gravação do clipe que vai ao ar no final do episódio desta terça.

As protagonistas interpretam a música “Encaixe”, tema do capítulo que fala sobre a busca pelo par perfeito. A letra é de Miguel Falabella e música de Ricardo Leão.

BATE – REBATE w Mariah Paula Lima e Celso Miranda gravaram piloto de um novo jornal de fim de noite no BandSports. w ... Adriana Reid e Fernando Fernandes também. w A Record tem apresentados sérios problemas de iluminação... w ... Que, desconfia-se, não devem estar relacionados tão somente ao pessoal que opera... w ... Mas também ocorre por culpa dos equipamentos e dos que cuidam deles... w ... Em toda televisão, no geral, mas na Record em particular, exis-

C´est fini w Que situação!

Ontem, pelo segundo domingo consecutivo, Celso Portioli apresentou o seu programa sem contrato com o SBT. A pergunta é como deixam chegar nessa situação? Pouco caso é o mínimo, porque só para esta segunda-feira está marcada uma primeira reunião para tratar do assunto. O SBT já foi mais cuidadoso e respeitoso com assuntos do tipo. w Renovou Suzana Pires renovou contrato com a TV Globo até 2017, para as duas funções, autora e atriz.

Aliás, a Suzana irá ministrar um curso na Escola de Atores Braapa, em São Paulo, nos dias 22, 23, 29 e 30 de novembro. w Especial do Mallandro Entre as surpresas que o SBT reserva para dezembro, já está certa a produção de um especial com Sérgio Mallandro para o Natal. O formato do programa será definido nos próximos dias.

Haverá ainda um outro programa, também rotulado de “especial”, com apresentação do Ratinho.

w Sob cuidados especiais O retorno Rachel Sheherazade ao “SBT Brasil” aconteceu ainda sob certos cuidados.

Os pequenos inchaços ao redor dos olhos tiveram que ser escondidos com maquiagem.

Esta sua volta, na quinta feira, afastou rumores de que isto ocorreria depois das eleições para evitar constrangimentos políticos. w Vai começar A Globo grava quarta, quinta e sexta-feira desta semana pilotos do seu novo jornal das manhãs. E é aquilo, se ficar mais do mesmo, uma cópia do que já existe, o lançamento ficará para 2015.

Mas, se for aprovado, poderá entrar em dezembro. O drama todo está justamente na definição do formato. w Nova série Zeca Camargo vai comandar uma série especial no “Vídeo Show”, gravada em vários países.

E essa volta ao mundo terá início na Ásia, possivelmente em dezembro.

tem curiosos distribuídos em toda parte ... w ... Pessoas originárias dos mais diferentes setores, que da noite para o dia se transformam em diretores ou responsáveis por isso e aquilo... w ... E os resultados são geralmente muito ruins. Catastróficos. w Nesta segunda-feira às 19h30 no auditório do Masp, em São Paulo, vai acontecer a leitura de “O Brasil de cuecas”, texto de Aziz Bajur... w ... Participações de Ariel Moshe, Annamaria Dias e Cléo Ventura.

Direção do Jacques Lagoa.

Vai acontecer nesses próximos dias um encontro da Mariana Godoy com o diretor de Jornalismo do SBT, Marcelo Parada. É meio que um “se conhecer melhor”.

12 O Jornal de HOJE

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Segunda-feira

Daniela Freire POLÍTICA E SOCIAL - daniela.freirecosta@yahoo.com.br Marlio Forte

>> EM PAUTA A eleição para o Governo do RN mal terminou e as negociações em torno do futuro presidente da Assembleia Legislativa (a partir de fevereiro do ano que vem) tomaram conta da pauta política desta segunda-feita pós-pleito. >>> Motivo: o governador eleito Robinson Faria tentará emplacar um aliado na chefia do Legislativo potiguar, que hoje é ocupada pelo deputado reeleito (em primeiro lugar) Ricardo Motta, que apoiou a campanha de Henrique Alves. >> BEM POSICIONADO Como a coluna vinha adiantando, o deputado Gustavo Carvalho, dissidente do PROS, partido comandado por Ricardo Motta no RN, mudou de lado no segundo turno e passou a apoiar Robinson Faria com a promessa de que teria dele o apoio numa disputa pela presidência da AL. >>> Pois bem, Gustavo acompanhou a apuração dos votos, ontem, no apartamento do governador eleito. >>> Mais íntimo, impossível...

Márlio Forte

Na carreata da vitória, mais uma cena de demonstração de carinho do governador eleito Robinson Faria pela senadora eleita Fátima Bezerra

Janine Faria, filha do governador eleito Robinson Faria, comemorando a vitória do pai... a bela é tida como candidata numa futura eleição...

Bobflash

>> DETALHE...

Apesar de ter eleito seis deputados estaduais e de contar com as adesões – embora não declaradas – de Gustavo Carvalho e José Adécio (DEM) nesta eleição, o grupo de Robinson deverá lançar dois candidatos à presidência do Legislativo. >>> Exatamente os que trocaram a candidatura de Henrique Alves pela do governador eleito... >> SAÚDE Falando nisso... >>> O deputado e atual presidente da AL, Ricardo Motta, foi submetido a uma cirurgia de urgência neste fim de semana eleitoral. >>> O procedimento foi para a retirada de cálculo renal. >>> Motta recebeu alta na tarde de ontem. >> QUANTA IGNORÂNCIA O momento ‘pós-eleição’foi de muitas queixas contra nordestinos nas redes sociais. Não só queixas, agressões também. >>> Acreditam os xingadores que Dilma foi reeleita por “culpa” do Nordeste, que em sua maioria votou pela reeleição da petista. >>> No entanto, a derrota de Aécio não pode ser atribuída à nossa região, pois no Sul e Sudeste Dilma conseguiu mais de 26 milhões de votos.

Somente em São Paulo, a presidenta reeleita obteve mais de 8 milhões de sufrágios. >>> Ou seja... >> HOMENAGEM O Tribunal de Contas do RN prestará homenagem ao professor e diretor do Hospital Onofre Lopes, Ricardo Lagreca, como reconhecimento pelo modo eficiente com que ele vem administrando o HUOL há mais de 20 anos. >>> O Onofre, que só atende pacientes do SUS, é hoje o maior e mais importante hospital do Estado, contando com modernos equipamentos para diagnóstico e tratamento das mais diversas doenças. >>> A homenagem foi proposta pelo Conselheiro Tarcísio Costa.

Tinesa Emerenciano conferindo os detalhes da mostra da arquitetura Casa Cor 2014

>> GIRO PELO TWITTER (ESPECIAL ELEIÇÕES)... ...do The Economist: “After a wild campaign, Brazil's reelected left-wing president must reconcile a riven country”; >>> ...da VEJA: “A derrota que ressuscitou a oposição”; >>> ...da Revista ISTOÉ: “Roraima elege única governadora mulher do País”; >>> ...do G1: “Vitoriosos e derrotados pedem união em país dividido pelo voto”; >>> ...do UOL Notícias: “Petrobras cai mais de 12% e Bovespa recua 4,2%; dólar sobe a R$ 2,53”; >>> ...da esposa de Henrique Alves, Laurita Arruda: “O RN perde um grande governador!

Nós, ganhamos um marido, pai, padrasto e amigo bem mais presente...”. >> APRENDENDO...

No comando da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de Natal, Aparecida França participa, nesta quintafeira (30) e sexta-feira (31) em Brasília, de capacitação para o Instrumento de Monitoramento e Acompanhamento da Política de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM). >>>

A iniciativa é da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República em parceria com o Ministério da Saúde/SAS/CGSM e tem o objetivo de subsidiar as gestoras dos Organismos em suas atividades de monitorar e acompanhar as ações dessa Política. >> DICA A Feira de Artes e Antiguidades de Petrópolis chega a sua 17ª Edição, concentrando uma oferta de produtos de qualidade e tem sido o princípio norteador para assegurar a auto sustentabilidade de grande parte de seus participantes. >>> O Projeto Cultural procura reestruturar o seu layout visando adequação das novas e frequentes demandas e, nessa linha de ação, gradativamente vem se impondo com um espaço aberto de difusão da cultural local. >>> Nesta próxima edição, realizada nos dias 31 de outubro e 01 de novembro, os participantes que sempre contribuem para o reconhecimento e valorização das Feiras de Artes estarão presentes, como o Chef Leo Tavares, o Maguh Petit, da Salmira Torres, o trabalho primoroso das bordadeiras de Timbaúba dos Batistas; a beleza das flores e plantas ornamentais do grupo do SEBRAE, e muitos outros.

Desfile Alexandre Herchcovitch no Minas Trend Inverno 2015

Mulheresnofds

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Natal, 27 de outubro de 2014

O Jornal de HOJE 13

Cena Urbana VICENTE SEREJO - serejo@terra.com.br w VITÓRIA - I As urnas não apenas elegeram, em Natal e no interior, o candidato Robinson Faria, como deixaram as mais claras lições de que nem sempre são conquistáveis pelos fortes só porque são fortes e numerosos. w CONTA - II O segundo turno mostrou que eram decididamente contra Henrique os que votaram em Robinson e em Robério Paulino. Dos 80 mil de maioria, Henrique acabou sofrendo uma derrota superior aos 140 mil. w PORTANTO - III Não foi por falta de pancada que Henrique foi ao segundo turno. Ao contrário: venceu no primeiro ao erguer a imagem de maturidade e propostas, neutralizando uma rejeição que sempre foi muita elevada. w NATAL - IV A avalanche da desconstrução desabou sobre o próprio Henrique e acordou os velhos juízos negativos. Em vinte dias, o erro consumiu 30 mil votos e gerou a derrota de 17 mil, uma reversão de 47 mil votos. w MOSSORÓ - V Foi muito alto - perdeu 71% dos votos - o preço que Henrique pagou por ter se aliado do DEM e se beneficiar da cassação da candidatura de Rosalba Ciarlini, com os efeitos que foram além de Mossoró. w VELHO - VI Henrique foi derrotado com o apoio de 6 deputados federais, 18 estaduais e 21 vereadores de Natal, mas a chapa envelhecida. Não soube dosá-la com nomes novos que diluíssem a cara das oligarquias. w ERROS - VII Os dois grandes erros de armação foram as alianças com democratas e tucanos. Elegeu Felipe Maia e Rogério Marinho, e entregou o PT de bandeja ao seu adversário com a sua absoluta hegemonia no RN.

w RAIO - I É grande o arco de influência da vitória de Robinson Faria. Da sucessão na Assembleia às alianças que no futuro poderão mudar o equilíbrio de forças. É a primeira possibilidade real de uma terceira força.

Bolsa de futuros B

astou o cenário se definir por inteiro – Fátima senadora e Robinson governador – e se ouviu, ainda na noite de domingo, o pregão da bolsa de futuros. A política, Senhor Redator, é um caldeirão que ferve vinte e quatro horas e quem dele se alimenta, político ou jornalista, precisa ter muito cuidado para não cair lá dentro, como o D. Ratão da fábula de D. Baratinha. E nem desconhecer a futurologia que nunca é de todo improvável, posto que o poder, no mais das vezes, desmente a sua própria lógica.

E, nesse jogo, os insaciáveis são os próceres. Nem as urnas eletrônicas tinham esfriado as suas engrenagens e eles já exerciam sua futurologia lançando a candidatura do deputado Fernando Mineiro a prefeito de Natal em 2016, justificando com seu desempenho na campanha de 2012.

E, agora, com o avanço que representa a reeleição de Dilma Rousseff com uma grande votação em Natal, além da vitória de Fátima Bezerra, a senadora, ainda que os dois, às vezes, disputem a hegemonia do partido.

Acham pouco esse tanto de certeza de uma só vez, e ensaiam tenebrosas previsões de que uma convivência calma do PSD do governador Robinson Faria como o PT da senadora Fátima Bezerra só será possível se saciadas as exigências petistas. Principalmente de espaço no secretariado e de prestígio na ação política, sob pena de brotar um desgosto súbito e o dito e imaginoso desgosto não acabar em um rompimento em nome dos princípios petistas, o que em política, convenhamos, nunca é tão difícil.

Neste caso, e se dispuser das mínimas condições - o que passa pelo bom desempenho do novo governo Dilma - os petistas saberão criar as razões do rompimento e sairão às ruas com a candidatura de Fátima ao governo, mesmo que se torne indispensável desdizer tudo de bom que disseram de Robinson. A oposição, principalmente para o PT local, tem sido cômoda diante dos grupos familiares que exageram na imposição dos filhos e sobrinhos, mesmerizando e mediocrizando a arte da política.

Nas forças tradicionais, a futurologia dos próceres enfrenta dificuldades quando tenta enxergar o nascimento de um líder diante da formação oligárquica do PMDB e da decadência do modelo DEM. Mesmo assim, e por força do velho poder familiar, não descarta uma candidatura de Carlos Eduardo Alves, se reeleito prefeito em 2016, e com direito a ter reserva, caso não aceite: o primo Walter Alves, deputado federal e filho de Garibaldi, tudo quanto basta para ser, como o pai, um campeão de votos.

Tudo isto, dizem eles, os próceres, se mantidas as condições de temperatura e pressão do caldo de feijão do caldeirão onde caiu D. Ratão, o noivo de D. Baratinha, depois de conquistá-la vencendo seus concorrentes de sonos barulhentos e aterradores. Como nas velhas fábulas, mantidas pela tradição oral, coletiva e anônima, sempre caberá o dito pelo não dito. Principalmente diante de um futuro que exige ser vivido de fato. E mesmo que entre por uma perna de pinto e saia por uma perna de pato...

w ALIÁS - II Ninguém aposte na perda de força do grupo liderado pelo ex-deputado Carlos Augusto Rosado e muito menos na impossibilidade de convivência. E ninguém esqueça: Alves e Maia são o adversário comum. w ATENÇÃO Um ensaio sobre o palhaço é o belo tema de capa da edição de outubro de Continente, a maior revista cultural do Nordeste. No suplemento Pernambuco', um texto inédito de Paulo Rónai sobre best-seller. w PRESENÇA 'Chico Antônio, o herói com caráter' documentário com direção de Eduardo Escorel será o destaque dos dez anos, amanhã, do programa 'É tudo Verdade'. O cantador brilhou ontem na Folha de S. Paulo. w VIVA A Livraria Cultura já iniciou a prévenda da edição especial de Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro, que marca os trinta anos do seu lançamento. E os exemplares circularão a partir de novembro. w SERROTE Confirmado: o Instituto Moreira Sales vai lançar em Natal durante o Festival Literário a décima-oitava edição da revista 'Serrote', considerada a maior publicação de ensaios do mercado editorial brasileiro. w MUSEU Mossoró pode ter o Museu Frei Damião. Um acervo de vários objetos pessoais e peças sacras já estão cidade levados por Maria Geane Gonçalves, uma beata que ao longo de 25 anos acompanhou Damião.

Wellington Rocha

Professores temporários do Estado esperam pagamento há seis meses SEEC AFIRMA QUE PROCESSOS ADMINISTRATIVOS INDIVIDUAIS TRAVAM SALÁRIOS Contratados há seis meses, professores temporários estão sem receber desde que começaram a trabalhar na rede estadual de ensino. Nem a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (SEEC), muito menos o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) sabem dizer quantos estão nessa situação. Mas o órgão gestor reconhece que há profissionais com processos administrativos em curso, que impedem a liberação do pagamento.

O coordenador geral interino do Sinte/RN, José Teixeira, diz que a entidade estuda uma medida judicial para que os profissionais recebam o seu salário atrasaJosé Teixeira diz que Sinte/RN cogita acionar justiça para que os salários dos profissionais sejam regularizados.

Salário base dos professores temporários é o piso da categoria, R$ 1.275,00

do. Além de justificar a falta de pagamento em razão da tramitação de processos administrativos individuais, o sindicalista acredita que o problema também diz respeito ao limite prudencial estabelecido pela lei de responsabilidade fiscal.

"Acho que nós vamos ter que provocar a justiça, porque se o limite fiscal é verdade, só uma decisão judicial pode liberar o pagamento desses professores. Mas nós temos impressão que é falta de vontade mesmo", afirmou.

Ainda segundo Teixeira, uma comissão do sindicato vai se reunir com a coordenadora de Recursos Humanos para ter um posicionamento oficial sobre a situação. O coordenador geral do sindicato não sabe quantos temporários estão com salários atrasados, nem qual o valor montante da dívida. Tais informações deverão ser obtidas nessa reunião na terça-feira.

Os profissionais têm denunciado o atraso ao sindicato por meio de ligações telefônicas ou

durante a visita de membros da diretoria às escolas da rede estadual. "A secretaria tem dificuldade para nos passar esses dados, ou então não quer passar", cogitou o líder da classe docente no Estado.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria, realmente alguns profissionais ainda não receberam por conta da tramitação de processos administrativos que necessitaram de diligência para verificar, por exemplo, acúmulo de funções. A assessoria ressaltou que cada caso possui sua especificidade, mas não soube quantificar quantos profissionais estão na mesma condição: sem receber dinheiro. Ainda conforme a assessoria, os profissionais serão pagos à medida que os processos forem finalizados.

De acordo com a Secretaria de Estadual de Educação, 12 professores participaram do processo seletivo para professores temporários. Na primeira chamada, em abril deste ano (já com o ano letivo 2014 em curso), 600 do-

centes foram chamados. Na segunda chamada, mais 400 profissionais foram convocados para atender às escolas públicas do Rio Grande do Norte.

Mesmo com esse contingente todo, segundo o sindicato, ainda há turmas sem professores. "Tem disciplinas que vão encerrar o ano sem ter passado um professor", destacou José Teixeira, sem especificar quais e quantas escolas possuem em grave falha.

O sindicalista falou também que o salário base desses professores é o piso da categoria, R$ 1.275,00. Esse valor é pago para uma jornada de 24 horas semanais tanto para professores do ensino fundamental, como para aqueles do ensino médio segundo contou Teixeira. O contrato tem validade de um ano e a possibilidade de prorrogação por mais um ano de acordo com a conveniência do poder público. Os temporários servem principalmente para substituir professores efetivos do quadro que estejam sob alguma tipo de licença do trabalho.

14 O Jornal de HOJE

Natal, 27 de outubro de 2014

Cidade

Moura Dubeux é única construtora do Nordeste entre maiores do país EMPRESA FOI A ÚNICA COM SEDE NA REGIÃO A APARECER NO RANKING DAS 25 MAIORES INCORPORADORAS DO BRASIL, SEGUNDO REVISTA O EMPREITEIRO A incorporadora Moura Dubeux é a única empresa com sede no Nordeste a aparecer no ranking das 25 maiores construtoras do país. O Ranking da Engenharia Brasileira é publicado anualmente pela revista O Empreiteiro, de São Paulo. Na lista das maiores do Brasil, a MD aparece na 22ª posição. Hoje, a MD Engenharia está presente em cinco estados - Pernambuco, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará.

Nos últimos quatro anos, a curva de crescimento da receita operacional bruta da MD é de 70%. Passou de R$ 648 milhões, em 2010, para mais de R$ 1 bilhão em 2013. E é apostando na retomada do crescimento sustentado da economia brasileira que a empresa vai continuar investindo no Nordeste. Além disso, e dentro da filosofia de trabalho que sempre marcou a construtora, desde o início da sua criação, a empresa vai ampliar e focar investimentos no

cliente e não só em obras.

"Crescemos muito nesses últimos 30 anos, mas nunca esquecemos que isso se deve a qualidade dos nossos produtos e a preocupação que temos em superar as expectativas dos nossos clientes", afirma Marcos Dubeux, sócio diretor da construtora. De acordo com ele, a expansão da empresa, registrada nas últimas décadas, "mostra que estamos no caminho certo com relação aos empreendimentos que lançamos no mercado, mas não podemos esquecer que esse sucesso se deve a uma relação de confiança que temos com os clientes".

Nos últimos 30 anos, a Moura Dubeux se consolidou como uma das maiores empregadoras da região, com cerca de seis mil colaboradores trabalhando nos cinco estados. Até o momento, já foram entregues 155 empreendimentos, isso representa quase dois milhões de

metros quadrados de desenvolvimento imobiliário e cerca de dez mil unidades habitacionais entregues no Nordeste.

Toda a expansão da Moura Dubeux provoca um efeito dominó na economia e na qualidade de vida dos moradores das cidades onde a incorporadora atua. É um processo que garante a ampliação do mercado de trabalho, movimenta a economia local, com o investimento em novas obras, compra de equipamentos, contratação de mão de obra local e geração de renda. O foco da expansão da empresa sempre foi o mercado imobiliário na região Nordeste, a qual apresenta as melhores oportunidades do Brasil.

"Quando resolvemos apostar no Nordeste, três décadas atrás, sabíamos que a região cresceria muito e se tornaria um celeiro de oportunidades para quem trabalha com qualidade. Acreditamos no potencial Wellington Rocha

Nos últimos 30 anos a Moura Dubeux entregou 155 empreendimentos nos cinco estados nordestinos em que atua

> ESPORTE

Seguem inscrições para o Nordeste Open de Jiu-Jitsu Os interessados em participar do maior evento de jiu-jitsu do Nordeste seguem realizando inscrições a cada dia. Lutadores de todas as partes do Brasil devem entrar no site oficial do evento (www.nordesteopenjj.com.br), com o pagamento sendo feito através de boleto ou cartão. A terceira etapa do Nordeste Open de Jiu-Jitsu está marcada para os dias 22 e 23 de novembro, no Ginásio do SESI, em Natal.

O principal diferencial do evento desse ano, além da premiação de R$ 30 mil por etapa, foi a criação de um ranking que classifica os atletas por categoria e, ao final da terceira etapa, certifica os seus líderes dando visibilidade ao atleta e garantindo uma premiação especial. “As duas primeiras etapas foram de muitas disputas. Agora, mais do que nunca, todos querem ganhar para somar pontos. Temos uma competição muito acirrada, que será decidida nessa terceira etapa”, garante Nivaldo Pereira, diretor da HC Sports e organizador do evento.

A expectativa é de receber o maior número de lutadores em uma única etapa. “Certamente essa será a etapa com o maior número de inscritos. Esperamos cerca de 1.500 competidores. O nível está muito bom. O interessante é observar grandes confrontos, até nos faixas brancas. De acordo com o contado pelos professores, a preparação está intensa nas academias”, destaca Nivaldo.

Atletas de mais de dez estados são esperados para o evento. “A participação de atletas e academias de fora está aumentando cada vez mais, inclusive, registramos inscrições de pessoas de fora do Nordeste. Para esses atletas, a nossa equipe está à disposição para indicar hotéis e ajudar em tudo que for necessário”, explica Pereira.

De acordo com o organizador do evento, uma grande estrutura está sendo preparada para receber os atletas e torcedores. “Uma média de três mil pessoas são esperadas por dia. Temos toda uma estrutura, com praça de alimentação e segurança para quem vai apenas as-

sistir. É muito bacana ver a empolgação da torcida, que vibra a cada combate”, comenta.

A organização da competição vai distribuir R$ 30 mil em premiações. “Esse é outro grande incentivo. Somente em 2014, distribuímos quase R$ 100 mil em prêmios. Dessa maneira, a competição se torna cada vez mais atrativa, tanto para atletas, como para as academias participantes”, comenta Nivaldo.

Em todas as edições, o evento seguiu as normas técnicas e de segurança, estabelecidas no Livro de Regras da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ). A arbitragem foi comandada por profissionais de nível internacional. Para os atletas, assistência médica em período integral com socorristas e um médico de plantão, além de uma ambulância e atendimento emergencial à disposição. Para outras informações:www.nordesteopenjj.com.br, Facebook.com/nordesteopenjj, Instagram (@nordesteopenjj) e Twitter (@nordesteopenjj).

do setor na região e a nossa intenção é nos consolidarmos como uma construtora que está sempre preocupada em oferecer o melhor padrão de projetos com preços competitivos", afirma Gustavo Dubeux, sócio diretor da Moura Dubeux.

Segunda-feira

Esporte

Segunda-feira

Natal, 27 de outubro de 2014

O Jornal de HOJE 15

POTIGUAR É A TERCEIRA MELHOR

DO BRASIL NO BODYBOARD

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P RISCILLA M EDEIROS FICOU NA TERCEIRA POSIÇÃO DO B RASILEIRO REALIZADO NA B AHIA A potiguar Priscilla Medeiros confirmou a boa fase e encerrou sua participação na terceira colocação no Brasileiro profissional de Bodyboard disputado em Itacaré, na Bahia. Priscilla, que recentemente foi campeã da etapa de Pernambuco da Copa do Brasil, conquistou seu melhor resultado no Brasileiro da modalidade. A campeã foi a carioca Jéssica Becker, que se tornou bicampeã nacional.

Para chegar às semifinais, a potiguar teve que enfrentar quatro baterias. Classificada, ela acabou sendo derrotada por Neymara Car-

valho, cinco vezes campeã mundial, que terminou a competição na segunda colocação, sendo derrotada por Jéssica na final. Completou o pódio Isabela Souza, três vezes campeã mundial, que encerrou o evento também na terceira colocação empatada com Priscilla. Ao todo, 28 atletas isputaram a competição.

"Foi um dia inesquecível na minha carreira. Sou a terceira melhor atleta profissional do Brasil 2014. Tive o prazer de estar nesse pódio com tantos títulos mundiais reunidos. Estou muito feliz e real-

izada com meu primeiro pódio no circuito brasileiro Profissional", disse a potiguar, que agora se prepara para o Mundial da modalidade que acontece na Venezuela.

Para conseguir boas colocações nas duas competições, ela vem treinando forte, diariamente, na praia de Areia Preta, Zona Leste da capital.

"Meus treinos estão divididos, cinco vezes por semana, ora na academia, ora no mar. Depois do resultado em Pernambuco e na Bahia, estou muito mais confiante para este mundial. Espero trazer bons resultados", disse a atleta.

Priscilla confirmou a boa fase e agora se prepara para o Mundial na Venezuela

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> SÉRIE B

ABC FOCA OS TRABALHOS

NO AMÉRICA MINEIRO O elenco abecedista deu início hoje aos preparativos para o compromisso contra o América/MG, marcado para o sábado (01/11), às 16h20 (Horário de Natal), no Estádio Frasqueirão. No final de semana, os jogadores que atuaram por mais de um tempo na vitória diante do Paraná Clube/PR fizeram um treino regenerativo.

Comandados pelo preparador físico Ranielle Ribeiro, os atletas seguiram para o CTFIS-ABC e re-

alizaram uma atividade para prevenção de lesões musculares e exercícios de alongamento e funcionais.

O restante do grupo permaneceu no campo do CT e trabalhou com o treinador Roberto Fonseca. O técnico fez um trabalho de posse de bola através de mini-jogos em campo reduzido.

O técnico alvinegro falou sobre as últimas rodadas da Série B e espera por uma decisão em cada par-

tida. "Conquistamos um resultado muito importante, mas já temos que pensar no nosso próximo compromisso.

Teremos uma semana de trabalho, vamos buscar recuperar alguns atletas, trabalhar o grupo e focar no América Mineiro para conquistarmos mais um bom resultado. Será outro jogo em casa e essas partidas no nosso domínio são fundamentais para chegarmos ao nosso objetivo", afirmou.

> NATAÇÃO

FAN PROMOVE FESTA ZAGUEIRO CLÉBER PEGA DOS MELHORES DO ANO UM JOGO DE SUSPENSÃO > AMÉRICA

A Federação Aquática do Rio Grande do Norte promove na próxima sexta-feira (31) a I Festa a Fantasia da FAN. O evento, que acontecerá no Aeroclube, tem como objetivo arrecadar fundos para a organização da festa de melhores do ano da entidade, que está prevista para ser realizada no dia 13 de dezembro. Na ocasião, serão premiados os melhores atletas do estado em 2014 nas modalidades de

natação, polo aquático e nado sincronizado. A entrada para a festa a Fantasia custará apenas R$ 5,00.

O evento terá início às 20h e irá prosseguir até meia noite. A animação ficará por conta do DJ Thiago Andreoli. A presidente da FAN, Rosileide Brito, ressalta que a festa é aberta a todos. "É um evento organizado pela FAN, mas convidamos toda a sociedade potiguar para participar, com muita alegria

e animação. Lembrando que o objetivo maior é promover a interação e arrecadar fundos para a festa de premiação dos nossos atletas que tanto se empenharam em 2014 no final do ano", disse a professora Risoleide Brito, a Galega, presidente da federação. As senhas poderão ser adquiridas na sede da entidade, que fica localizada no próprio Aeroclube, antecipadamente ou no dia do evento.

Julgado pela 4ª Comissão Disciplinar do STJD por conta da expulsão diante da Luverdense, em Lucas do Rio Verde/MT, o zagueiro Cléber acabou sendo suspenso por uma partida. Como já cumpriu a "lei do cão" contra o Sampaio Corrêa, o jogador está liberado para enfrentar a equipe do Santa Cruz no próximo sábado, no Recife.

Fábio Pacheco fabiopachecorn@gmail.com

VITÓRIA DA EDUCAÇÃO Essa guerra xenofóbica criada pela corrida presidencial foi pesada e muito triste. Não é fácil você explicar para um filho a razão dos impropérios raciais. O jeito foi cortar as redes sociais e dizer que a resposta seria dada nas urnas. Que o Nordeste que os sulistas tanto criticam não é mais o do bolsa-família e sim o das oportunidades geradas pelos programas federais de educação. E não deu outra. Os nordestinos votaram com personalidade e conscientes de que algo está mudando, de que a educação é o grande fator de transformação da região. Atenção, não estou aqui defendendo o PT ou Dilma, mas sim o programa de governo que está gerando benefícios para quem não tinha acesso aos cursos técnicos, ensino superior e pós-graduação. Se você não acredita, tire alguns minutinhos do seu final de dia e pare em frente à faculdade Maurício de Nassau, na avenida Roberto Freire, para ver o grande número de ônibus escolares que chegam do interior do estado trazendo estudantes jovens, adultos e até idosos, cada qual com seu sonho. Desculpe o desabafo, mas precisava dizer que me orgulho muito do Nordeste brasileiro que ganhou essa eleição com muita categoria e educação.

ZEBRA GRANDE Diante de 63 mil torcedores, o Fortaleza mais uma vez não conseguiu se classificar à Série B. A imprensa cearense depositou o fracasso contra o Macaé na conta do técnico Marcelo Chamusca. "Que demonstrou ser limitado para uma competição mais qualificada e que levou um "banho" tático de Josué Teixeira, o treinador do Macaé". Um alerta para ABC e América que vez em quando aparecem com um nome diferente por aqui.

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Outra boa notícia para os americanos, é que o Santa Cruz tem um jogo atrasado (31ª rodada) para ser disputado amanhã (28), às 18h30min, na Arena Pernambuco, contra o Vila Nova. Um desgaste a mais para o embalado time pernanbucano que vem de três vitórias.

Com a vitória sobre o Ceará na sexta-feira passada, o time de

Oliveira Canindé entrou na briga pelo G4. Soma no momento 48 pontos e em caso de vitória sobre os goianos encosta de vez no Avaí (52 pontos). Em oito jogos, a equipe Coral conquistou cinco vitórias, dois empates e apenas uma derrota.

O aproveitamento do Santinha é de 70% nas últimas oito rodadas.

IMPERADOR NO PAULISTÃO O atacante Adriano poderá jogar o Paulistão pelo Linense em 2015. A possibilidade foi levantada pela diretoria do clube do interior paulista que passou a semana conversando com o empresário do Imperador. O problema é saber como uma equipe pequena conseguirá bancar os salários de Adriano, exceto se o atleta usar o clube para provar que mudou e reiniciar a carreira.

O CINTURÃO É NOSSO O duelo entre José Aldo e Chad Mendes fez jus a toda expectativa que se criou nas últimas semanas. Em uma luta duríssima, o brasileiro conseguiu suportar a pressão imposta pelo americano e venceu por decisão unânime dos juízes (triplo 49 a 46). Com o resultado, o país permanece com um cinturão no UFC. Nosso glorioso manauara defendeu pela sétima defesa do título dos penas (até 66kg).

TALENTO POTIGUAR Depois de Wallyson comandar a vitória do Botafogo sobre o Flamengo, dando o passe para o primeiro e marcando o segundo ao velho estilo da pancada de fora da área, tivemos o garoto Ruan, aqui de Natal, marcando o gol da classificação do Paysandu à Série B. O atleta de 21 anos pertence aos empresários João Quebra-Osso e Lupércio Segundo.

SERGIPANO SORTUDO Um único apostador acertou neste sábado as seis dezenas sorteadas pelo concurso de nº 1.647 da Mega-Sena, realizado pela Caixa Econômica Federal. O bilhete premiado é da cidade de Tobias Barreto, no Sergipe, e o ganhador receberá R$ 61.050.152,43. Os números sorteados foram: 12-17-23-38-5354.

JOÃO PAULO É SELEÇÃO O atacante alvinegro foi eleito o melhor atacante da última rodada da Série B e foi parar na seleção do site Futebol do Interior. Veja o que eles escreveram: "O estreante técnico Roberto Fonseca estreou com estrela no ABC de Natal, que venceu o Paraná, por 2 a 1. E os dois gols foram marcados por João Paulo que saiu do banco de reservas para dar três pontos importantes ao time potiguar, que luta contra o rebaixamento".

LUTO NA PLACAR Morreu no final de semana, em São Paulo, o jornalista Michel Laurence, um dos idealizadores da Revista Placar e que durante mais de 40 anos dedicou ao jornalismo esportivo. Laurence tinha 76 anos e era considerado um intelectual da imprensa esportiva.

16 O Jornal de HOJE

Esporte

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Segunda-feira

Divulação

Passe Livre RUBENS LEMOS FILHO - r.lemosfilho@uol.com.br Fotos: Divulgação

Manauara encontrou dificuldades para vencer a luta e seguir com o título dos penas

JOSÉ ALDO MANTÉM O CINTURÃO NO BRASIL BRASILEIRO

DERROTOU O AMERICANO

C HAD M ENDES O brasileiro José Aldo derrotou Chad Mendes na decisão unânime dos juízes e manteve o cinturão dos penas do Ultimate na luta principal do UFC 179, na madrugada do último domingo, no Rio de Janeiro. Os minutos iniciais do combate mostraram que a história seria diferente em relação ao primeiro encontro entre os dois, em 2012. Mendes se mostrava mais à vontade na trocação e decidiu aceitar a luta em pé com Aldo, que não deixava barato às tentativas do norte-americano. Mendes chegou a aplicar um knockdown em Aldo nos minutos iniciais, mas o brasileiro rapidamente se recuperou. Nos instantes finais do primeiro período, foi a vez de Aldo derrubar o norte-americano golpes. Chad, em contrapartida, tentava sobreviver a todo custo. Depois do soar do gongo, Aldo conectou um duro golpe ilegal em Mendes e derrubou o norte-americano, que claramente sentiu.

No período final, Mendes ten-

NO

UFC 179

tou garantir a pontuação ao levar a luta ao solo desde início. Aldo conseguiu facilmente trazer a luta de novo à trocação, sendo que o combate terminou com ambos novamente desferindo golpes em pé.

Após 25 minutos de luta intensa, os três juízes pontuaram 49 a 46 em favor de Aldo – ou seja, quatro rounds para o brasileiro contra um do desafiante. Com isso, o atleta da Nova União se mantém como único campeão dos penas do Ultimate. Na entrevista, Aldo fez questão de agradecer ao apoio da torcida presente no ginásio do Maracanãzinho, o que considera ter sido fundamental para sua vitória.

Torcedor do Flamengo, Aldo citou uma das frases mais clássicas de Romário, um dos grandes nomes que já passaram pelo clube da Gávea. "O reinado está completo.

Tem o rei, o príncipe, que é o Chad, e o bobo da corte", disse o brasileiro referindo-se ao próximo adversário, Conor McGregor.

Proscritos da ponta-direita Varreram o ponta-direita da cena do futebol como um trambolho indesejável. O ponta-direita, perfeita tradução de irreverência nos pés de Garrincha Cantinflas, Garrincha Carlitos, Garrincha Mané enfileirador de Joões marcadores devastados.

O cronista, jornalista e redundância de brilho, Carlos Heitor Cony, em recente documentário exibido pelo Canal HBO, exalta Garrincha com sua classe de domador de palavras. Na fala que transpõe aos textos definitivos. Suaves, medidos e cortantes como o seu maior ídolo, o Mestre Didi do meio-campo.

"Garrincha não driblava o adversário. Garrincha fazia o adversário de palhaço sem intenção de humilhá-lo. Era a sua natureza. O povo respeita Pelé, que o fazia paralisar em jogadas absolutamente indescritíveis. O povo ama Garrincha pois ele o fazia sorrir, fazia do gramado, um doce circo popular".

O Brasil teve pontas de encantamento, todos eles responsáveis por aulas de drible, a superioridade verdadeira de um jogador sobre outro.

Julinho Botelho, o segundo depois de Garrincha, tornou-se dono de metade e meia do bairro paulistano da Lapa com os dólares ganhos no futebol italiano. Um homem bom. Tão bom que abriu mão de duas Copas do Mundo para "não prejudicar os

companheiros com atuação no Brasil".

Tesourinha do Internacional e do Expresso da Vitória do Vasco, Joel "fanho" do Flamengo, Sabará do Vasco, Canário do América do Rio de Janeiro e astro do Real Madrid de Puskas, Dorval do Santos, Jair da Costa, Jairzinho, Manoel Maria do Santos, Cafuringa, Nado, Rogério.

Bailarinos colados à pobreza feliz da geral, aquele espaço destinado aos humildes, rente ao campo, onde a algazarra da finta gerava o pandemônio da torcida. Inesquecíveis tomadas em big close dos desdentados em transe nas lentes do Canal 100, os cinco minutos sobre futebol que assistíamos antes dos filmes e sempre foram mais importantes que os filmes, para quem escolheu o ludo com os pés para se apaixonar.

Quando comecei a ver futebol, o ponta já não era tão primordial.

O camisa 7 perdia a destreza e a improvisação e ganhava a força de um Gil, tão fulminante que chamavam-no de Búfalo. O último a defender o Brasil numa Copa do Mundo. Ainda vi Renato Gaúcho, Mauricinho do Vasco, Marinho do Bangu. Homens que faziam da linha de fundo a infantaria bailarina e de cruzamentos certeiros para a con-

sagração artilheira dos centroavantes. É sobre outro esquecido, que o certeiro colaborador de Passe Livre, o Procurador da República, Rogério Tadeu Romano, dá mais um depoimento recheado de lirismo e nostalgia. Ele relembra Zequinha, ponta que chegou à seleção, mas, como tantos, sucumbiu ao impossível dever de ser Garrincha por minutos na vida.

Vejam o texto: Numa tarde de sábado, em 9 de outubro de 1971, em que fazia um bom tempo, fui ao velho Maracanã, para assistir uma partida, em pleno campeonato nacional, um promissor Botafogo e Corinthians.

Do lado do Botafogo, ia ver Osmar (um bom zagueiro que depois jogou no Atlético de Minas), Nei Conceição (o Nei Chiclete, um craque no trato da bola), Paulo César Caju (um dos maiores jogadores que vi jogar), Roberto Miranda (um grande centro-avante) e Zequinha. Pelo Corinthians, queria ver, na visita que Rivelino (um craque que sempre admirei) comandava, mais um show de bola.

O Maracanã apresentava um bom público naquela tarde em que a torcida do alvinegro do Parque Jorge veio ao então maior estádio do mundo.

Até que, em certo momento, Zequinha recebe uma bola, dribla um, dribla dois, dribla três, todos em fila, e, diante de Ado, não teve misericórdia, fazendo um golaço, para mim, um dos mais bonitos daquele que foi o primeiro campeonato brasileiro da história.

Zequinha era um digno titular da posição que um dia fora de Garrincha.

Até 1965, Garrincha era o dono da camisa 7 no Botafogo. Após ele, Jairzinho também jogava por ali, sendo convocado para a Copa de 1966 e, após, foi uma das feras do Saldanha, nas eliminatórias de 1969.

A ponta direita não era problema para o Botafogo, que, mesmo com Jairzinho, se dera ao luxo, de, na era Zagallo, a partir de 1967, colocar o Furacão da Copa, no centro do ataque, recebendo bolas maravilhosas de Gérson (um dos maiores craques da história do Brasil) e es-

calar Rogério, naquela posição. Por sinal, ele fora convocado para a Copa de 1970 e só não jogou devido a uma contusão, que o afastara do time.

Mas, Rogério, logo depois, fora substituído, na posição por Zequinha.

Zequinha veio ao Botafogo de Futebol e Regatas numa troca com Zélio, Jogara no Flamengo, entre 1967 e 1968. Aliás, foi contra o Flamengo que Zequinha, onde jogara como juvenil, mostrara a sua arte, em 1969, na decisão da Taça Guanabara, quando o clube da estrela solitária, numa final, vencera por 4x1, sendo que o gol de Zequinha foi belíssimo, pela colocação e potência de seu chute, indefensável.

Pelo Flamengo, onde começou, jogou com bons jogadores como Arilson (um bom ponta esquerda), Rodrigues Neto (que jogou no lugar de Marinho na Copa de 1978) e ainda Dionísio (um bom centroavante que fez dupla com Doval, que era um craque).

Em 1971, fora convocado para a Seleção Brasileira, jogando contra a Áustria, no Pacaembu, em jogo em que Pelé fizera seu último gol pela seleção verde e amarelo e cujo passe para o Rei foi dado por ele (Zequinha).

Zequinha naquele ano de 1971 estava jogando o fino da bola, de forma que era natural, na ausência de Jairzinho, que estava contundido, jogar ao lado de Tostão, Gérson, Pelé e Rivelino.

Zequinha, ou José Márcio Pereira da Silva, brilhou no Botafogo e depois no Grêmio e, por fim, no São Paulo (esteve de 1977 a 1979).

Em 1986, vi Zequinha, na seleção gaúcha de master, dar show da ponta direita.

No time como o Botafogo, de 1971, que não ganhou o campeonato carioca de 1971, onde se tinha Paulo Cesar Caju, Carlos Alberto, Brito, Nei Conceição, Carlos Roberto, Jairzinho, Zequinha, foi alguém que fez valer o futebol-arte.

(RTR) PS. Zequinha, que depois do Botafogo foi para o Grêmio e também jogou no São Paulo, sagrando-se campeão brasileiro de 1977, foi embora para Dallas, no Texas (EUA), onde vive até hoje, aos 69 anos de idade. Treinando garotos.

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