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DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 29 Setembro 2016 - EDIÇÃO EXTRA

Ano XXVIII - Nº 1.429-EXTRA • Fundado em 12/05/1989

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Bom Despacho (MG), 25/09/2016 - Edição Extra • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

EDIÇÃO EXTRA

Eleições Bom Despacho 2016 CONFIRA NO VERSO ONDE FICA A SUA SEÇÃO ELEITORAL

ALIANÇA – Vendo, 21.5, 3.6g, ouro 18K 750 – 99908.2406 APARTAMENTO – Vendo, cobertura – Esplanada – 99957.9754 BARRACÃO – Alugo – Pará de Minas – 99947.6188 e 99918.2296 BARRACÃO – Alugo – Rua Geraldo Xavier, 250 – Esplanada – R$ 400 – 99923.9126 BARRACÃO – Alugo, 2qt – Rua Dr. Cisalpino M. Gontijo, 96 – 99982.5325 e 99981.5905

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Debate teve ideias, críticas, propostas e risos da plateia Como nasceram as urnas eletrônicas em nosso país Concurso Cultural: resultados saem na próxima edição

AS GRANDES MENTIRAS D A DA CAMP ANHA CAMPANHA ELEIT ORAL ELEITORAL Página 5


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Bom Despacho (MG), 29 Setembro 2016 - EDIÇÃO EXTRA

Santa Ângela – 3522.2392 e 98823.2392 CASA – Vendo – Esplanada – Aceito Troca – 99932.4886 Continuação da página 1

BARRACÃO – Alugo, qt – Rua São Paulo – 3521.1356 e 99951.3223 BARRACÃO – Procuro para Alugar, 2qt, sl, coz, bh, var – Até R$ 400 – 3522.7002 BEBÊ COFORTO – Vendo, feminino – 99924.6643 BICICLETA – Vendo, 21 marchas, High One, freio a disco – 98831.0400 e 99921.0300 BURRO – Vendo, de charrete – 99865.4496 CAMA – Vendo, beliche, com colchão – 99966.2311 e 8817.0692 CAMA – Vendo, box, solteiro, usada – 3521.1356 CAMA – Vendo, solteiro, de ferro – 3522.1691 CAMINHÃO – Vendo, 79, MB 2013 – Troco por Caminhonete – 99103.3006 e 99828.9630 CARRINHO – Vendo, de bebê, rosa c/ cinza - R$ 270 – 3522.2099 CARRINHO – Vendo, de bebê, masculino – R$ 150 – 99822.5890 CASA – Alugo – Beco Zeca do Couto, 750 – Rosário – 99906.2620 e 99102.2501 CASA – Alugo – Jardim dos Anjos – 99959.3440 CASA – Alugo – Rua Maravilha, 305 – São Vicente – 99982.5325 CASA – Alugo, 2qt, sl, cp, coz, bh, gar – Av. Palmeiras, 474 – R$ 650 – 3214.8502 e 99160.2878 CASA – Alugo, 2qt, sl, cp, coz, bh, gar – Centro – 98816.6566 e 99107.6073 CASA – Alugo, 2qt, sl, cp, coz, bh, gar – Travessa Nicomedes T. Campos, 56 – Centro – 98816.6566 e 99944.0050 CASA – Alugo, 3qt – Jardim América – 99903.0855 CASA – Alugo, 3qt – Rua Maria Resende, 814 – São José – 99963.9292 CASA – Alugo, 3qt, suíte, cp, coz, bh, var, gar – Travessa Nicomedes T. Campos, 71 –

CASA – Vendo – Fátima Jaguaré – ES – R$ 25 mil – Aceito Troca – 99823.0130 e (31) 99880.0130 CASA – Vendo – Novo Horizonte – Troco por Casa – R$ 80 mil – 99992.9854 CASA – Vendo – Rosário II – 99955.4551 CASA – Vendo – Rua Artur Alves Duarte, 276 – São Vicente – 99832.0120 CASA – Vendo – Rua Leopoldina, 254 – Realengo – R$ 60 mil – 99966.1581 e 99133.5736 CASA – Vendo – Rua Sete de Setembro, 146 – Engenho do Ribeiro – 9948.3846 CASA – Vendo, 2qt, sl, coz, bh, água – Capivari dos Marçal – 99949.0831 CASA – Vendo, 2qt, sl, coz, bh, var – Rua Antônio José do Couto – Palmeiras – 99844.1784 CASA – Vendo, 3qt, sl, coz, bh – Rosário II - 99949.0831 e 99131.5735 CASA – Vendo, 3qt, sl, cp, coz, 2bh, 2var, gar – Rua 7 Setembro, 472 – S. Lucas – Troco por Terreno Rural – 98819.5282 CASA – Vendo, 3qt, sl, cp, coz, bh, gar – Av. 1º de Junho – Jardim dos Anjos – 99837.8061 CASA – Vendo, nova, 3qt, sl, cz, 2bh, garagem, no Dom Joaquim – 99989.2701

3522.5956 ENSILADEIRA – Vendo, EN9, com motor - (31) 99857.9860 ESCADA – Vendo, 4m – 99907.7459 FILHOTE – Vendo – Blue Heeler – 99998.8037 FILHOTE – Vendo – Labrador – 99992.0005 FOCUS – Vendo, 2014, completo – Aceito Troca – 3522.3384 e 99989.2018 FREEZER – Compro, vertical – 99805.0710 FREEZER 99966.0121

Vendo

GELADEIRA – Vendo, 360L 99966.0121 GOL – Vendo, 96 – 99906.2620 e 99102.2501 LOTE – Vendo – Centro – 99981.0991 LOTE – Vendo – São Vicente – 99909.1716 e 99164.9158 LOTE – Vendo, 360 m² Esplanada – 3521.1836 e 99115.0762 LOTE – Vendo, 360 m² Ozanan – R$ 85 mil – 99827.6647 LOTE – Vendo, 360 m² - Rua Carlos César de Assis – Esplanada – (31) 99151.2064 e 99847.2792 MONITOR – Vendo, LG 20EN, 33’’ – 3522.1101 MOTO – Vendo, 2013, CB 600 Hornet ABS – 99818.3433 ORDENHA – Vendo, DeLaval – (31) 99857.9860 PARATI – Vendo, 90 – 99108.9598

PLAYSTATION 2 – Vendo, completo - 98831.0400 e 99921.0300

CELULAR – Vendo, Nokia, Asha 205 - 3522.7002

PLAYSTATION 3 – Vendo 99826.7274 e 3522.2954

CHÁCARA – Vendo, casa – Taboão – R$ 133 mil – 99907.7459

RODA – Vendo, R14, GM, liga leve, com pneu – 98831.0400 e 99921.0300

CHURRASQUEIRA – Vendo, Masterbuilt Pro, americana – 3427.0133 e 99969.6333

SAVEIRO – Vendo, 2011, ce – R$ 27.200 – 99112.4422

CAVALO 3522.7002

Vendo

COMPUTADOR – Vendo, usado – 99913.3832

TERRENO – Vendo, 23.5ha, casa, água – Passagem – 99915.1033

COTA – Vendo – Praça de Esportes – 98819.2817 e 98829.6967

TERRENO – Vendo, 3ha – Passagem – R$ 75 mil – 98831.8882

COTA – Vendo – Praça de Esportes – R$ 6 mil – 99133.8485

TV – Vendo, 21’’, Samsung – R$ 300 – 99916.1646

D10 – Vendo, 82 – R$ 16 mil –

TV – Vendo, 29’’ – 99826.7274 e 3522.2954

TV – Vendo, 29’’ – 3522.1757

UNO – Vendo, 2003 – Troco por Moto – 99927.7182 UNO – Vendo, 94, IE – 3522.5778 e 99803.6634

Rua do Rosário, 72 • Centro Fone (37) 3522.2361 • jornal@joneg.com.br 35600-000 - Bom Despacho - MG É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editora: Beatriz C. Gontijio – Diretor: Alexandre Júnior - Publicação semanal – Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal de Negócios, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana - Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega sem ônus de uma cópia por pessoa

DESTAQUE

Veja onde fica a sua Seção N° ... LOCAL DE VOTAÇÃO 11 ... Coronel Praxedes 12 ... Coronel Praxedes 13 ... Coronel Praxedes 14 ... Coronel Praxedes 15 ... Coronel Praxedes 16 ... Coronel Praxedes 17 ... Coronel Praxedes 18 ... Coronel Praxedes 19 ... Coronel Praxedes 20 ... Coronel Praxedes 21 ... Coronel Praxedes 22 ... Coronel Praxedes 23 ... Coronel Praxedes 24 ... Coronel Praxedes 25 ... Coronel Praxedes 26 ... Cesec 27 ... Cesec 28 ... Cesec 29 ... Cesec 30 ... Cesec 31 ... Miguel Gontijo 32 ... Miguel Gontijo 33 ... Miguel Gontijo 34 ... Miguel Gontijo 35 ... Miguel Gontijo 36 ... Miguel Gontijo 37 ... Chiquinha Soares 38 ... Chiquinha Soares 39 ... Chiquinha Soares 40 ... Chiquinha Soares 41 ... Chiquinha Soares 42 ... Chiquinha Soares 43 ... Chiquinha Soares 44 ... Miguel Gontijo 45 ... Wilson Lopes do Couto 46 ... Chiquinha Soares 47 ... Chiquinha Soares 48 ... Chiquinha Soares 49 ... Chiquinha Soares 50 ... Wilson Lopes do Couto 51 ... Cesec 52 ... João Dornas Filho 53 ... João Dornas Filho 54 ... Martinho Fidélis 55 ... Colegio Tiradentes 56 ... Colégio Tiradentes 57 ... Colégio Tiradentes 58 ... Colégio Tiradentes 59 ... Martinho Fidélis 60 ... Colégio Tiradentes 61 ... Martinho Fidélis 62 ... Colégio Tiradentes 63 ... Coronel Robertinho 64 ... Coronel Robertinho 65 ... Coronel Robertinho

66 ... Maria Guerra (Eng. Ribeiro) 67 ... Maria Guerra (Eng. Ribeiro) 68 ... Maria Guerra (Eng. Ribeiro) 69 ... Maria Guerra (Eng. Ribeiro) 81 ... Colégio Tiradentes 82/128 Colégio Tiradentes 83 ... Cesec 84 ... Martinho Fidélis 85 ... Córrego Areado 87 ... Capivari dos Marçal 88 ... Mato Seco 93 ... Miguel Gontijo 94 ... Cesec 95 ... Miguel Gontijo 96 ... Miguel Gontijo 97 ... Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 98 ... Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 101 . Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 102 . Coronel Robertinho 103 . Wilson Lopes do Couto 104 . Chiquinha Soares 105 . Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 106 . Martinho Fidélis 107 . João Dornas Filho 108 . Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 111 . Coronel Robertinho 112 . Bom Retiro 113 . Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 114 . Martinho Fidélis 115 . Creche Dona Zulma 116 . Wilson Lopes do Couto 117 . Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 118 . Chiquinha Soares 119 . Coronel Robertinho 120 . Miguel Gontijo 121 . Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 122 . Dona Duca (Antigo Tancredo Neves) 124 . Creche Dona Zulma 125 . Wilson Lopes do Couto 126 . Dona Duca (Antigo Tancredo Neves) 127 . Cemei – D. Liquinha (Antigo D. Duca) 131 . Coronel Robertinho 132/148 João Dornas Filho 134 . Passagem 135 . N.E.I. (Antigo Caic) 136 . Creche Dona Zulma 137 . Dona Duca (Antigo Tancredo Neves) 138 . N.E.I. (Antigo Caic) 139/99 Coronel Robertinho 140 . Sesc 141 . Irmã Maria 142 . Wilson Lopes do Couto 143 . Maria Guerra (Eng. Ribeiro) 144/149 Irmã Maria 146 . Coronel Robertinho 147 . Creche Dona Zulma


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Bom Despacho (MG), 29 Setembro 2016 - EDIÇÃO EXTRA

PM prendeu duas pessoas, apreendeu 6 carros e uma arma

Duas pessoas foram presas pela Polícia Militar em Bom Despacho durante a operação “Fecha Batalhão”, realizada na cidade dia 22/9. Além das prisões, os militares apreenderam e recolheram seis veículos em situação irregular, uma arma de fogo, munição calibre 32 e 7.62, maconha e outros objetos. Além disso foram emitidos 18 autos de

infração de trânsito. A operação Fecha Batalhão foi comandada pelo major Geraldo Elias de Araújo e mobilizou 19 policiais em cinco viaturas. Seu objetivo é realizar ações de policiamento preventivo através de blitz de trânsito, abordando veículos e pessoas suspeitas e batidas em diferentes locais da cidade.

Seções Eleitorais de Moema 70 ............................................ Chico Marçal 71 ............................................ Chico Marçal 72 ............................................ Chico Marçal 73 ............................................ Chico Marçal 74 .................................................. Caramuru 75 .................................................. Caramuru 76 .................................................. Caramuru 77 .................................................. Caramuru 78 .................................................. Caramuru 79 ....................................... Quincas Lacerda 80 ....................................... Quincas Lacerda 91 ....................................... Quincas Lacerda 92 ................................................... Chapada 109/100 ............................... Quincas Lacerda 110/129 .................................... Chico Marçal 123 ........................................ Venina Gomes 130 .......................................... Chico Marçal 133 ................................................ Caramuru 145 ....... Cemei - Centro M. Educação Infantil

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Debate teve ideias, críticas, propostas e risos da plateia

Público lotou o auditório da Acibom para assistir ao debate Com auditório cheio, foi realizado na noite de terçafeira, 27/9, o debate eleitoral entre os candidatos Fernando Cabral e Maurício Reis. Haroldo Queiroz não compareceu. O evento foi aberto com o Hino Nacional executado pela Banda de Música do 7º Batalhão. Logo a seguir o presidente da subseção Bom Despacho da Ordem dos Advogados do Brasil, Ricardo Assunção, falou sobre a importância do

debate para mostrar ao eleitor as propostas e ideias dos candidatos. No primeiro bloco, Cabral e Maurício responderam a perguntas formuladas por eles mesmos e que eram sorteadas pelo mediador. Todas as vezes em que o nome de Haroldo era sorteado, o mediador registrava que ele estava ausente e passava a pergunta ao candidato seguinte. Nesta fase não houve réplica nem

tréplica. Cada candidato respondeu a perguntas sobre os temas educação, saúde, segurança, infraestrutura, emprego e renda, cultura, esporte, lazer e turismo. Houve um momento de risos da plateia enquanto Maurício falava. Ele pediu respeito e criticou o público, mas a situação foi contornada. No segundo bloco, os candidatos fizeram e responderam perguntas entre eles. O tempo que

seria concedido ao candidato Haroldo Queiroz foi distribuido para os candidatos presentes. Fernando Cabral pediu e obteve direito de resposta após ter sido atacado por Maurício. O terceiro e último bloco foi composto por perguntas elaboradas pelo público. As perguntas dirigidas a Haroldo foram lidas pelo mediador, que em seguida informava sua ausência.

Mudanças no trânsito reduziram quantidade de acidentes em BD Secretaria Municipal de Trânsito e Polícia Militar encerraram ontem, 26/9, a Semana Nacional do Trânsito em Bom Despacho. O evento, realizado no auditório da Vila Militar, começou com a execução do Hino Nacional pela Banda de Música do 7º Batalhão. O secretário de Trânsito, Renato Pontes, abriu os pronunciamentos mostrando a importância das ações desenvolvidas pela Prefeitura e a Polícia Militar visando organizar o trânsito na cidade. Essas ações, segundo o Secretário, reduziram em 30% o número de acidentes de trânsito na zona urbana. Já o comandante do 7º Batalhão, tenente-coronel Rodrigo Coimbra, lembrou que a preocupação da PM é educar através da

O capitão Hudson Oliveira fez palestra sobre trânsito fiscalização para evitar acidentes e mortes. O prefeito Fernando Cabral fechou os pronunciamentos lembrando que no mundo o trânsito hoje mata mais pessoas que as

guerras e o terrorismo. Só no Brasil são 50 mil pessoas mortas por ano. Esses acidentes, ressaltou Cabral, são decorrentes de soluções de engenharia mal feitas, excesso de

velocidade, uso de álcool e drogas e falta de educação de motoristas e pedestres. “Temos que trabalhar para educar motoristas, motociclistas e pedestres. Mostrar a todos a importância de ser educado, de ter amor ao próximo e respeito pelos outros”. O evento terminou com palestra sobre segurança no trânsito feita pelo capitão Hudson Oliveira, da Polícia Militar Rodoviária. Hudson, que é especialista em trânsito, mostrou os abusos mais graves cometidos por motoristas, mostrou a importância de medidas de controle e destacou as mudanças do Código Brasileiro de Trânsito que entram em vigor dia 1º de novembro em todo o Brasil visando coibir atitudes irresponsáveis de condutores.


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Como nasceram as urnas eletrônicas FERNANDO CABRAL Em Bom Despacho 37.771 eleitores estão aptos a votar no próximo domingo, 2 de outubro. Destes, especula-se que cerca de 7 mil abrirão mão do seu direito de escolher o próximo prefeito de nossa cidade. Alguns, porque não poderão ou não quererão ir até as urnas; outros, porque escolherão não escolher. Ou seja, votarão branco ou nulo. O certo, porém, é que, os que decidirem votar - mesmo que branco ou nulo - votarão em urnas eletrônicas. Quando surgiu a ideia das urnas eletrônicas? Como elas evoluíram? Como estão hoje? Que outros países usam urnas eletrônicas? Estas são perguntas que vêm facilmente à mente dos curiosos. Pois bem, o gérmen das urnas eletrônicas foi plantado nas eleições de 3 de outubro de 1994. Não que o Brasil não houvesse antes usado computadores nas eleições. Havia. Mas de forma limitada e com número razoável de problemas. Entre os problemas, uma massiva e atrapalhada tentativa de fraude em prejuízo do candidato Leonel Brizola que, em 1982, concorria ao governo do Rio de Janeiro. O caso ficou conhecido como PROCONSULT, uma empresa formada por agentes do SNI com o objetivo específico de contabilizar os votos do Rio de Janeiro. Nos demais estados, a contabilização era feita pelo SERPRO, uma empresa do governo federal. No Rio a fraude ocorreu dentro e fora dos computadores. Fora, de duas formas. A primeira consistia em contabilizar primeiro as urnas do interior do estado, onde Brizola tinha menos votos. A segunda - com apelo à violência consistia em impedir que fossem contabilizadas as urnas vindas de regiões em que Brizola era o candidato preferido. Usando estes dois artifícios, a diferença a favor de Moreira Franco era crescente. A intenção dos fraudadores era dar aparência de que a vitória de Moreira Franco estava garantida. Com isto, eles poderiam - sem chamar a atenção - aplicar o "diferencial delta", a segunda parte da fraude que poderia, definitivamente, assegurar a derrota de Brizola.

Diferencial delta Votos brancos e nulos não contam para nada. São votos jogados fora. Contudo, para os trapalhões da PROCONSULT eles eram úteis. Em vez de contá-los todos como brancos e nulos, os programadores do computador fizeram com que uma parte deles fosse computada como votos a favor de Moreira Franco. Este inflacionamento de votos a favor do candidato, e o deflacionamento dos brancos e nulos ficou conhecido como "diferencial delta". Mas, César Maia, aliado de Brizola, futuro prefeito do Rio de Janeiro e pai do atual presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, havia proposto ao PDT (partido de Brizola) que montasse um sistema paralelo de totalização. Com isto a fraude foi descoberta em todos os seus aspectos e a vitória de Brizola ficou garantida. É bom notar que, naquele ano - e pelos próximos - o papel dos computadores era apenas totalizar os boletins de urnas que chegavam dos locais de apuração. Havia cédulas de papel e a contagem ainda era manual. A fraude é antiga As fraudes para burlar a vontade do eleitor são antigas e não são privilégio brasileiro. Com o avanço do direito universal ao voto, as oligarquias desenvolveram mecanismos para garantir seu sucesso nas urnas. Os sistemas mais conhecidos no Brasil são o voto de cabresto, o curral eleitoral, o voto de marmita, o bico de pena. Ou simplesmente - como ainda acontece por aqui o voto comprado. Neste, o candidato oferece ao eleitor um litro de leite, um saco de cimento, um par de tênis, uma prenda qualquer. Por estes pequenos mimos, o eleitor garante o atraso da cidade e o avanço da corrupção por mais quatro anos. Como demonstrado no Rio de Janeiro, a mera totalização dos votos por

computador não resolve o problema da fraude. A transcrição e a totalização são pontos fracos. Fato demonstrado também nos Estados Unidos, na eleição que Al Gore perdeu para George W. Bush em 2.000. Bush ganhou as eleições com números fraudados. Totalização entralizada Nas eleições de 1994 o TSE introduziu a totalização centralizada dos votos. Eu tive oportunidade de acompanhar esta mudança de perto. Em 1989, quando houve a primeira eleição presidencial pelo voto direto após a ditadura, candidatos e partidos estavam ainda traumatizados com a experiência de Brizola no Rio de Janeiro. Por isto, praticamente todos eles montavam sistemas paralelos de totalização. Fazer isto pegando resultado de urnas do Brasil inteiro, em tempo real, não era tarefa simples. Mas, no início daquele ano, fui contratado para fazer exatamente isto: montar em Brasília um sistema capaz de coletar os resultados de todas as seções eleitorais do Brasil, em tempo real, totalizálos, e mostrar, minuto a minuto o que estava acontecendo país afora. Naquela ocasião nossas linhas telefônicas eram precaríssimas. Fax funcionava mal. Não existia Internet por aqui. Então, a primeira coisa que fiz foi montar a Internet, ligando todas as capitais dos estados. Em cada capital colocamos computadores que transcreviam os dados das cidades do interior e transmitiam os resultados para Brasília. Os problemas foram enormes, mas funcionou: nosso sistema ficou mais rápido do que o sistema do TSE e também dos sistemas das empresas de comunicação, como a Rede Globo. Esta experiência nos permitiu contribuir para o

grande avanço que o então presidente do TSE, Ministro Sepúlveda Pertence, pretendia introduzir nas eleições de 1994: a transmissão direta de dados de cada zona eleitoral para os computadores do Tribunal em Brasília. Não eram ainda as urnas eletrônicas, mas era a demonstração prática de que seria possível montar um sistema totalmente automatizado no Brasil. Em 1994 os brasileiros elegeriam, de uma só vez, um presidente, 28 governadores, 56 senadores, mais de 500 deputados federais e mais de 1000 deputados estaduais. Para cuidar de tudo isto, ajudamos o TSE a montar uma intranet (uma Internet de uso interno e fechado) que interligava todos os Tribunais Regionais Eleitorais ao TSE e entre si. Em seguida, adaptamos para as condições de uso no Brasil um programa de computador chamado Kermit. Com ele, todos os cartórios eleitorais poderiam transferir os boletins de urna diretamente para o TSE. Este programa podia operar mesmo com linhas telefônicas muito ruins e lentas. Ele contava com um sistema interno que impedia qualquer alteração acidental de dados. Quanto à alteração intencional (fraude), ela era impedida por um sofisticado mecanismo de senha que foi usado pela primeira vez no Brasil. Tratava-se de uma maquininha que foi entregue a cada juiz eleitoral. Esta maquininha gerava uma senha para cada transmissão de boletim. Ela só podia ser usada uma vez. Para ativar a máquina, o juiz usava sua própria senha, exclusiva. Desta forma, ninguém - nem mesmo o juiz e o pessoal do cartório - conseguiria alterar os dados. Além disto, o resultado de cada boletim era colocado à disposição dos partidos na origem e

também após o recebimento em Brasília. Desta forma os fiscais podiam verificar se os números registrados no TSE correspondiam aos números encontrados na apuração. Assim, por causa dos controles internos e da transparência, a fraude tornou-se praticamente impossível. Em 1994 os computadores entraram nas eleições como transmissores de boletins de urna, como totalizadores de votos e como mecanismo de fiscalização. Validados estes mecanismos, o TSE partiu então para a construção das urnas eletrônicas tal qual as conhecemos hoje. Não exatamente iguais, pois tem havido melhorias a cada eleição. Mas conceitualmente, trata-se do mesmo objeto concebido naqueles anos. É possível fraudar urnas eletrônicas? Ninguém pode garantir o futuro, que por definição é imprevisível. O que se pode afirmar com certeza é que as urnas eletrônicas são o meio de votação mais seguro já desenvolvido pelo homem. Não se conhece hoje nenhum método para fraudá-las. Mesmo que algum dia alguém descubra como fazê-lo, provavelmente será descoberto na hora. Por que isto? Primeiro, porque todos os programas usados nas urnas são públicos. A cada ano eleitoral o TSE convoca partidos e interessados para examinarem os programas em busca de falhas. Depois, porque há um controle externo muito abrangente. Em cada cidade, os candidatos têm acesso ao boletim impresso de cada urna. Desta forma, ele pode conferir se o resultado colhido no local de apuração confere com o resultado totalizado pelo Tribunal. Além disto, há centenas e centenas de milhares de urnas. É humanamente impossível alterá-las uma a uma. Para complicar, ninguém sabe antecipadamente onde cada urna vai parar. Então, a fraude urna a urna, mesmo que fosse possível, seria impraticável. A fraude centralizada exigiria uma teoria conspiratória, pois envolveria milhares de pessoas trabalhando juntas e em segredo com o propósito de fraudar. Estas pessoas teriam que estar nos partidos, nos cartórios eleitorais e no TSE. Muito pouco realista pensar que isto é possível. Em 1995 escrevi para a

revista Kermit News, um artigo intitulado "Kermit in the Brazilian Elections" ("Kermit nas eleições brasileiras"). Conclui o artigo dizendo "nas próximas eleições elegeremos quase 5 mil prefeitos e 50 mil vereadores, quando 100 milhões de brasileiros, em vez de fazer um X no papel, tocarão uma tela. Não haverá transcrição, portanto, não haverá fraude. A menos que venhamos a descobrir algum tipo novo de 'fraude cibernética'". Até hoje, 21 anos depois, ainda não apareceu nenhum novo tipo de fraude cibernética para burlar a vontade do eleitor. Mas ainda existe uma forma fácil de enganar o eleitor. Não nas urnas, mas fora dela: são as promessas demagógicas e, principalmente, a oferta de benefícios pessoais. É comum vermos candidatos oferecendo um litrinho de leite para um, um saco de cimento para outro, ou um emprego para um parente. Quanto a esta burla, não há sistema eletrônico que dê jeito. A solução depende de educação, informação e sentimento de dever cívico. Mas, naquele artigo de 1995, eu errei numa coisa: o TSE acabou abandonando a ideia da tela de toque (como nos celulares) e adotou o botão "CONFIRMA". Ambientalmente, esta é uma solução mais correta. Ainda bem. De 3 de outubro de 1994 até hoje, as urnas evoluíram e a segurança aumentou muito. Use bem toda esta tecnologia que o TSE coloca à sua disposição. Digite o número do seu candidato preferido e aperte CONFIRMA. Não acredite em vãs promessas e não troque seu voto por um saco de cimento. Escolha e vote pensando nos benefícios para nossa cidade e no futuro dos nossos filhos. Como brasileiro e bomdespachense, tenho muito orgulho por ter dado minha contribuição pelo avanço da Internet no Brasil ainda na década de 80; pela instalação da intranet do sistema eleitoral no início da década de 90, e pelo desenvolvimento dos conceitos básicos da urna eletrônica que hoje destaca o Brasil no mundo inteiro como símbolo de eficiência e lisura eleitoral. (Veja aqui o artigo original sobre as eleições de 1994 http://bit.ly/2dzbib6. Revista: http://bit.ly/ 2djNWbD.) Fernando Cabral é auditor federal, advogado e prefeito de BD


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As grandes mentiras da campanha eleitoral A campanha eleitoral deste ano foi mais curta e com menos dinheiro. A Justiça Eleitoral apertou o cerco exigindo respeito às leis e transparência dos candidatos. Mesmo assim, ainda tem gente achando que em política vale tudo. Alguns xingam. Outros falam mal. Outros mais ainda tentam usar expedientes como soltar grandes quantidades de santinhos e cartas de madrugada com acusações a adversários. Mentiras e fantasias são comuns no período eleitoral. Veja abaixo as principais mentiras divulgadas em redes sociais, Whatsapp, programas de rádio, impressos e rodas de conversa em Bom Despacho.

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Valor da publicação: R$ 393,20

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Haroldo teria candidatura suspensa por causa de uma audiência judicial Isto não aconteceu. Existe sim um processo em andamento para apurar desvio de 8 milhões de reais na canalização do Ribeirão dos Machados. Mas a audiência era só para ouvir testemunhas. Não para dar sentença. Haroldo só fica inelegível se o juiz o condenar e o Tribunal de Justiça confirmar a decisão. Fernando Cabral aumentou o IPTU Não aumentou. Pelo contrário. Documentos oficiais mostram que Haroldo foi quem contratou a empresa C&M,

VEREADOR ROBERTO GONTIJO (CARLOS ROBERTO GONTIJO) PMBD

15000 Disposto a Servir

Coligação: Bom Despacho nas Mãos do Povo

PMBD - PCdoB - PSDC

de Belo Horizonte, para conferir medidas de 24.000 imóveis em Bom Despacho. Esta medição, feita em 2007, gerou aumento médio de 34,70% no IPTU. Maurício Reis venderia sua candidatura para Haroldo Queiroz Maurício não vendeu sua candidatura. Nem há provas de que ele tentou fazer isto. Pelo contrário. Maurício brigou com Haroldo nas redes sociais, manteve sua campanha e chegou até a reta final. Cabral não deixa Cemig colocar energia nas chácaras

Outra invenção. Quem proibiu a Cemig de ligar energia em chácaras foi o Ministério Público de Minas Gerais. A proibição vale para o Estado inteiro. Os promotores exigem que a Cemig só ligue a energia depois das chácaras estarem regularizadas. Em Bom Despacho, o Prefeito enviou projeto de lei à Câmara em junho do ano passado para regularizar as chácaras. Até hoje os Vereadores não aprovaram o projeto. Maurício vai usar baba de cupim para asfaltar ruas Isto não é verdade. O que ele anunciou é que usará um produto

químico desenvolvido a partir da baba de cupim para acabar com a poeira. Segundo Maurício, o produto custa muito menos que o asfalto. Haroldo Queiroz vai dar desconto no IPTU Isto não é verdade. A lei atual é rigorosa e as contas da Prefeitura são controladas por computador. Seja qual for o Prefeito, se ele der desconto para alguém, terá que tirar dinheiro do próprio bolso para bancar a diferença. Senão o Tribunal de Contas não aprova suas contas e ele pode ficar inelegível.


Bom Despacho (MG), 29 Setembro 2016 - EDIÇÃO EXTRA

DESTAQUE

ERRATA

Correição será no dia 26/10 Na edição anterior, por erro de digitação, o Jornal de Negócios informou que na segunda-feira, 26/9, haveria correição ordinária nas Promotorias de Justiça de Bom Despacho. Na verdade, a correição será realizada dia 26 de outubro, quarta-feira. A correição é uma avaliação feita pelo órgão superior nas promotorias de Justiça para verificar como está seu funcionamento. O Corregedor recebe informações, sugestões e reclamações feitas pelo público para avaliar a execução dos serviços dos promotores.

Frutos de três anos e meio de trabalho da KEKÉ Vereadora do Povo A vereadora Keké, consciente do seu papel de representante do povo, procura, todos os dias, novas formas de ficar mais perto das pessoas. Nestes três anos de legislatura, ouviu Bom Despacho e transformou seus anseios em ações concretas. Com o apoio de deputados, do governo municipal, cidadãos e de eleitores que acreditam em seu trabalho, ela conseguiu dar voz ao seu sonho de construir uma cidade melhor para todos. Vejamos algumas de suas conquistas: Unidades Básicas de Saúde Através de emenda do Deputado Federal Eduardo Barbosa, Keké conseguiu duas Unidades Básicas de Sáude-UBS, no valor total de 1.000.000 de reais, para beneficiar Bom Despacho (Ana Rosa) e Engenho do Ribeiro. Academias ao ar livre e reforma da quadra do Bairro São Lucas Apoio total no esporte em geral Guaritas nos pontos de ônibus Projeto do Dia Municipal da Mulher Projeto do Dia do Garçom Projeto que instituiu o Dia da Padroeira do Município Através do Projeto de Lei n° 13 de 2016, oficializou o dia da padroeira de nossa cidade

Projeto de Seresta Itinerante Projeto que levou música e alegria aos quatro cantos de nossa cidade. Projeto de Lei de Mudança de Trânsito Lombo faixas, faixa de Pedestres e Quebra molas Lombo faixa na Sete de Setembro, Av. Dr. Roberto e na rua que liga a Vila Aurora, Vila Gontijo ao bairro Esplanada, dentre vários outros Quebra mola em frente a Policlínica, na antiga linha, em frente ao Supermercado Fidélis e Praça do Rotariano, dentre vários outros Faixas de Pedestres foram colocadas em frente a todas as escolas, para melhor segurança dos alunos Recuperação das Estradas e Pontes Rurais (em parceria) Pavimentação de ruas e recapeamentos em atendimento a seus requerimentos A vereadora com seu espírito de luta aguçado e vontade indiscutível de contribuir para o bem comum, não poupa esforços em legislar, fiscalizar e promover o desenvolvimento de nossa querida cidade. Diante de todo esse meu trabalho, venho pedir o seu voto de confiança para darmos continuidade ao meu trabalho

Vereadora KEKÉ - 11.000 A vereadora do povo Coligação Unidos com o Povo – PSD / PP / SD

(PP)

Valor da publicação: R$ 729,00

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DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 29 Setembro 2016 - EDIÇÃO EXTRA

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Carta aos eleitores de Bom Despacho Ígor José de Oliveira

Eleitor, mon semblable mon frère, dirijo-me a ti na mais estreita humildade. É tempo em que o ânimo político se efervesce, e as nossas escolhas repercutirão por mais quatro anos que hão de se seguir. Tempo no qual as fragilidades de nossa torpeza e desconhecimento favorecem a discursos demagógicos e falaciosos e, em conseqüência disso, posteriormente, a manobras políticas que há tanto temos acostumados a assistir em noticiários e que há tanto tem favorecido para o evidente desânimo perante a governabilidade de nossos representantes. Falar sobre política é algo delicado e, de certa forma, fatigante, contudo, extremamente necessário. Compreenda que, em nosso país, nunca fora cultivada um complexo cultural especificamente democrático, ou seja, as bases das instituições políticas que compõe o nosso Estado não se desenvolveram por meio de sentimentos e expressões democráticas completamente arraigadas em nosso âmago, em nosso modo de viver e de agir. No Brasil, cuja história denúncia um governo que desde sempre fora tomado e exercido por uma oligarquia, um “governo de elites”, se viu presente no sentimento dos nacionais, dos brasileiros, um individualismo crônico, evidente, que se manifesta ainda quando em se tratando de atos cuja observância se deva única e exclusivamente ao interesse público. Assim, nunca foi interesse do “povo massa”, do comum, do mecânico, do pequeno comerciante, do pedreiro, da serviçal, da dona de

Valor da publicação: R$ 180,00

Para Vereador

Chem 23100

Coligação Unidos por Bom Despacho

casa, dentre outros, conhecer a organização política e administrativa de nosso Estado; fato que muito contribui, negativamente, é claro, para as más escolhas efetuadas quando no flechar das urnas e no pressionar da tecla “confirma”. De fato, o povo brasileiro, que nada mais é que a união dos pronomes: Tu, eu, ele, nós, vós, eles... Enfim, todos nós, desde os primórdios da colônia, quando convocados à participação política, sempre nos encontramos amarrados pelo “ c a b r e s t o ” , completamente dirigidos e controlados, sem nos importar com o mais, sem compreender o que, em verdade, fazemos. A participação política, o voto, a vox publica, nunca nos foi mais importante que o leite que esta no forno, fervendo, prestes a derramar. A conhecida frase de Aristides Lobo, expressa na Proclamação da República, “O povo assistiu bestializado”, é algo tão claro e, tristemente, comum em nossa realidade, que persistimos em continuar,

sem nos esforçarmos para o mais. A democracia, para nosso povo, é algo tão novo, que ainda encontra-se banhada de sangue uterino, recém-nascida, e expressa, ou ao menos presente, apenas no papel da Constituição Federal promulgada em 1988. A democracia não é só isso, caros eleitores. A democracia deve ser manifesta em atos e expressões comuns de nosso cotidiano. Deve ela ser presente em nossos sentimentos, em nosso interior. É um ideal que por tanto tempo sonhamos e ansiamos, enquanto martirizados pela oligarquia opressora. Ainda não a vivemos por completo. Os episódios do impeachment, da operação Lava-Jato, do mensalão, denunciam que aqueles que apontamos como representantes do “povo-massa”, não atuam no interesse deste, não exercem, de fato, a democracia. Mas isto se deve apenas à ausência de uma cultura democrática, na qual os costumes dos mais humildes trabalhadores convergem para o ideal democrático.

Conhecer e compreender o papel dos nossos representantes, especificamente nesta eleição, do Prefeito e do Vereador, é algo necessário à consecução da real democracia. Esta carta que vos escrevo nada mais é que um apelo ao conhecer, que, como cidadãos, possuímos o dever. Compreender e entender o organismo político a que estamos submetidos não é tarefa árdua. Entender as funções dos órgãos estatais, enxergar as atribuições dos agentes políticos, fixar as políticas que nos apresentam os candidatos, deparando-as com a possibilidade de serem, na prática, exercidas, são atividades que merecem o nosso cultivar. Favorecer o florescimento de uma cultura democrática é empreitada que somente incumbe ao “povo”, às “massas”, aos “comuns”, e é o único meio possível para o fim da aterrorizante corrupção política que assola toda a extensão das terras de nosso Brasil. Igor José de Oliveira Costa é estudante do 8º período de Direito na UNA Bom Despacho

Crise é oportunidade. Não fique aí parado. Inove. Crie. Anuncie. Ligue pra gente e mostre seu negócio para a cidade toda. Ligue 3522.2361 ou fale com a gente pelo site e pela rede social

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Bom Despacho (MG), 29 Setembro 2016 - EDIÇÃO EXTRA

PAINEL ALEXANDRE BORGES

Alexandre Borges é advogado, jornalista profissional e editor

DESTAQUE

Praça da Matriz terá semáforo de trânsito

Concurso Cultural: resultados saem na próxima edição Devido ao grande número de trabalhos inscritos no concurso cultural “Propostas para Uma Cidade Melhor”, a divulgação dos vencedores será realizada no Jornal de Negócios deste final de semana (edição 1430). Conforme o regulamento da promoção, os trabalhos estão sendo avaliados pela Comissão Julgadora considerando sua Originalidade, Pertinência, Fundamento, Quantidade de Propostas e Clareza na sua elaboração. A Comissão Julgadora é formada pelas professoras Samira Araújo (coordenadora) e Gláucia Luani Neto, a psicóloga Denise Coimbra, o empresário Jailton Oliveira e o engenheiro Ítalo Coutinho. Cada um deles recebeu uma senha pessoal para acessar os trabalhos via Internet. O sistema não permite

Nos próximos dias a Prefeitura instalará um sinal de trânsito sobre a lombofaixa em frente à Caixa Federal, na Praça da Matriz. A decisão visa melhorar o fluxo de

A professora Samira Araújo é a coordenadora da Comissão Julgadora

que os julgadores saibam quem fez o trabalho e nem a escola onde o aluno estuda. Eles só identificam o trabalho pelo seu número de inscrição. Esta medida garante absoluta isenção e transparência no julgamento. Os trabalhos da Comissão Julgadora estão sendo registrados em ata que será assinada por todos.

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veículos e pedestres naquele ponto, onde o trânsito é intenso e gera grandes retenções. O novo sinal terá sistema de contagem regressiva, que indica

para motoristas e pedestres o tempo que falta para a mudança de cor, aumentando a segurança nas travessias. No passeio haverá uma botoeira que o pedestre

deverá acionar para atravessar a pista. Além da identificação alfanumérica, a botoeira usará também a linguagem Braile e um sinal sonoro.


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