DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019
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Ano XXX - Nº 1.552 • Fundado em 12/05/1989
Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR
Furto de computador repercute na cidade LEITOR OFERECE ATÉ COMPUTADOR NOVO SE LADRÃO DEVOLVER EQUIPAMENTO COM TEXTOS DO PROF. TADEU ARAÚJO. (Leia na página 11)
Homem com parada cardíaca foi socorrido pelos Bombeiros (PÁGINA 3) Apesar de tanta coisa, ainda existem pessoas que valem a pena (PÁGINA 9) BARRACÃO – Vendo, c/ gar – Av. Palmeiras – 99119.8993 BARRACÃO – Vendo, novo, no Vale do Amanhecer – 99103.9396 e 99870.9396 BICICLETA – Vendo – 99863.0412 ACORDEON – Vendo, 120 baixos – 99863.0412 ACORDEON – Vendo, 80 baixos – 99946.4590 APARELHO – Vendo, simulador de caminhada – 99840.0864 APARTAMENTO – Alugo, 5qt, st, cz, sl, var – Bairro de Fátima – 99116.8080 APARTAMENTO – Vendo, no centro de BH – 99107.9081 BARCO – Vendo, c/ motor e carretinha – 98855.1644 BARRACÃO – Alugo - Para de Minas – 99833.1189 BARRACÃO – Alugo – Rua Catalão, 16 – Santa Efigênia – 99111.1776
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Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019
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Continuação da página 1
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Comunicado aos Associados O Sindicato Rural de Bom Despacho cancelou a AGE - Assembleia Geral Extraordinária, marcada para a próxima segunda-feira, 4 de fevereiro. Novo edital de convocação da AGE para o dia 18/02/ 2019 está sendo publicado com a mesma ordem do dia. A razão do cancelamento é que o Sistema FAEMG, juntamente com os Sindicatos Rurais, se mobilizam para oferecer apoio e assessorias técnica, ambiental e jurídica aos produtores rurais atingidos direta ou indiretamente pelo rompimento da barragem de Brumadinho. Para tanto, dia 4 de fevereiro (data em que estava marcada a AGE), representantes da FAEMG e dos Sindicatos Rurais se reúnem na Câmara Municipal de Brumadinho com o objetivo de levantar as necessidades dos produtores rurais atingidos pela lama e ajudar na busca de soluções. A área afetada faz parte do chamado "cinturão verde" do entorno de BH, que abastece a Ceasa e região metropolitana com hortaliças e produtos de origem animal. De acordo com dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), existem cerca de 600 propriedades rurais na calha do Rio Paraopeba. Contamos com a colaboração e compreensão de todos os produtores rurais de Bom Despacho. Participar dessa mobilização é essencialmente importante, pois a área atingida - especialmente os municípios de Brumadinho e Pará de Minas - faz parte da Associação dos Ruralistas do Centro-Oeste Mineiro - ASROM, da qual o Sindicato Rural de Bom Despacho participa. Unidos somos mais fortes. Patrick Brauner Resende Presidente
TELEVISOR – Vendo, 21’, tubo, c/ rádio - 99103.9396 e 99870.9396 CNPJ 18.813.469/0001-05 Registrado no M.T.P.S. sob o n° 18.227/64 – Filiado à Federação da Agricultura de Minas Gerais Rua Doutor Cisalpino Marques Gontijo, 335 – Fone (37) 3521-2622 Parque de Exposição - Bairro São José – 35600-000 – BOM DESPACHO - MG
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EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
MOTO – Vendo, CG 160, 0 Km – 99958.1040
DIA 18/02/2019 às 18h00 em primeira convocação e às 19h00 em segunda convocação, a se realizar na Sede do Sindicato: Rua Dr. Cisalpino Marques Gontijo, 335, Bairro São José, nesta cidade de Bom Despacho – MG
PARATI – Vendo, 2007, total flex – 3522.5778
LOTE – Vendo – Rua Vicente Ferreira Simeão – Jaraguá – 98816.5074
RANCHO – Vendo, na beira do Rio São Francisco – 99983.2904
LOTE – Vendo, 434m, no Granviver – 99991.9441
SINUCA – 99864.2780
LOTE – Vendo, 820m, perto
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Vendo
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PARA TODOS OS ASSOCIADOS EM CONDIÇÕES DE VOTO AO SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE BOM DESPACHO– MG O Presidente do SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE BOM DESPACHO – MG, no uso de suas atribuições Estatutárias previstas no art.31, alínea l, combinado com art. 20, alínea b, convoca a TODOS OS SINDICALIZADOS para a ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA a ser realizada no dia 04 (quatro) de fevereiro de 2019, às 18h00m, em primeira convocação, quando o plenário será considerado instalado se estiver presente a maioria dos produtores associados; e às 19h00m, em segunda e última convocação, que funcionará com a presença de qualquer número de associados, a se realizar na Sede do Sindicato. Ordem do Dia 1 - Alterações Estatutárias Bom Despacho - MG, 03 de Fevereiro de 2019 Patrick Brauner Resende Silva - Presidente
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Polícia pega menor traficando drogas na avenida Dr. Roberto
(IBOM) Um menor de 16 anos foi pego pela Polícia Militar na noite de terça-feira (29) acusado de tráfico de drogas. Com ele foi encontrada grande quantidade de maconha e crack. A abordagem foi feita na avenida Dr. Roberto, bairro Rosário 2, pela equipe do Tático Móvel. Os militares receberam informação de que o menor – já conhecido da Polícia – estava no local agindo de forma suspeita. De acordo com a informação, ele entrava e saía de um matagal próximo ano número
4.000. A suspeita era que escondia algo no local. Os militares ficaram observando e quando o menor entrou novamente no matagal ele foi abordado de surpresa. No local os policiais encontraram 132 buchas de maconha, 53 pedras de crack e dois tabletes de maconha prensada, além de balança de precisão usada para pesar entorpecentes. O menor foi apreendido e levado para a Delegacia de Polícia juntamente com as drogas e o material encontrado.
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Escolas municipais de BD estão recebendo melhorias Quatro escolas e creches da cidade estão sendo reformadas e ampliadas. De acordo com a Prefeitura de Bom Despacho, o objetivo é melhorar as instalações e ampliar a capacidade de atendimento dessas unidades. Na Escola Dona Duca, no bairro Aeroporto, a Prefeitura está investindo R$ 530 mil para aumentar em 25% a capacidade do educandário. A obra inclui cobertura da quadra, construção de mais salas de aula, reforma da cozinha, instalação de grades de segurança em corredores e corrimão nas escadas. Uma quadra coberta está sendo concluída na Escola João Dornas, no Ozanan. O novo espaço esportivo inclui arquibancada, vestiários e banheiros.
A diretora da Escola Dona Duca, Raquel Costa (esq), mostra as obras para mãe de aluno Também no bairro Ozanan está em fase final a construção de quadra coberta e ampliação da creche Nossa Senhora Auxiliadora. Mais de R$ 650 mil estão sendo
aplicados na construção de seis salas de aula, quadra esportiva, reforma e ampliação de biblioteca, lavanderia, sala de professores e secretaria. Na creche Dona Zulma,
localizada no bairro do Rosário, a Prefeitura está reformando salas outras partes da unidade para ampliar o número de vagas destinadas a crianças de 0 a 5 anos de idade.
Homem com parada cardíaca foi socorrido pelos Bombeiros
Informações e fotos: Ascom/7° BPM
PM pega menor de 16 anos armado com um revólver
(IBOM) Um homem de 64 anos foi salvo pelos Bombeiros na manhã de sábado (26), na Praça da Estação, em Bom Despacho. Ele estava na Feira do Produtor quando teve uma parada cardiorrespiratória. Acionada pelo telefone 193, a unidade de resgate dos Bombeiros foi para o local e lá encontrou a vítima recebendo massagens cardíacas feitas por uma
médica e um homem que estavam próximos na hora em que houve a parada cardíaca. Utilizando um desfibrilador, os Bombeiros fizeram várias tentativas até ressuscitar o homem. Depois de recuperar os batimentos cardíacos e a respiração, a vítima foi levada para o Pronto Atendimento Municipal, onde ficou internada sob cuidados médicos.
Notícia de agressão a criança do Engenho é fake news, diz PM (IBOM) Um menor de 16 anos foi apreendido pela Polícia Militar na noite de quinta-feira (31), armado com um revólver calibre 32. A apreensão ocorreu durante patrulhamento de rotina no Beco da Tabatinga, no conjunto habitacional Geraldo Sabiá. Ao passar pelo local os policiais suspeitaram de um rapaz que carregava uma pochete na cintura. Quando viu os militares o suspeito saiu correndo e
jogou a pochete em cima de uma casa próxima. O menor foi perseguido e abordado pelos policiais, que recuperaram também a pochete dispensada por ele. Dentro dela havia um revólver calibre 32 carregado com seis munições intactas. O menor recebeu voz de apreensão e foi levado para a Delegacia de Polícia. A arma de fogo também foi apreendida. Informações: Ascom/7° BPM
(IBOM) A Polícia Militar emitiu nota à imprensa na tarde de quinta-feira, 31, desmentindo um vídeo que mostra supostas agressões a uma criança no Engenho do Ribeiro. No vídeo, compartilhado intensamente em redes sociais de Bom Despacho, uma criança pequena é amarrada pelos pés de cabeça para baixo numa janela e depois agredida por um homem moreno, de
bermuda e sem camisa. Áudios e mensagens de texto postados junto com o vídeo – que traz cenas chocantes - informam que a agressão teria sido cometida por um morador do Engenho do Ribeiro. Após a divulgação do vídeo a Polícia Militar fez diligências para confirmar a veracidade do fato. Os policiais procuraram postos de saúde, Conselho Tutelar e outras instituições em
busca de informações. Procuraram também moradores do distrito e familiares do suposto agressor para confirmar o ocorrido. “A notícia veiculada pelo Whatsapp não procede, sendo completamente falsa”, afirma o comunicado divulgado pela PM. A PM finaliza a nota alertando dos perigos de compartilhar notícias sem verificar sua fonte e sua veracidade.
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A lama não encobriu nossa imperfeição e negligência DENISE COIMBRA Denise Coimbra é psicóloga e escritora
A barragem rompeu. Pessoas morreram. Desapareceram. Foram resgatadas. Ilhadas. Enlameadas. Machucadas. Aturdidas. Chocadas. A barragem rompeu. A lama escorreu. Varreu tudo que estava à frente. Abaixo. Ao lado. Perto. E segue para longe provocando irreversíveis estragos... A barragem rompeu. Derrubou árvores. Cobriu de lama o córrego, o rio, a estrada. A barragem rompeu e destruiu a ponte. Matou animais. Insetos. Peixes. Destruiu em segundos, minutos, em poucas horas um ecossistema nascido há milhões de anos. A barragem rompeu e a lama passou por cima de tudo. Diferente da vida sob o domínio de valores e representações criadas pelos humanos. A morte iguala a todos. Ainda que as indenizações insistam em mostrar que nem tanto. Vale o que se ganha vivo e mais um tanto. A carga que o operador carrega não vale o cargo que o gerente opera. Ainda que tenham morrido trabalhando no mesmo dia e local. Surreal essa distinção. A barragem rompeu e apesar da lama endurecida a esperança impera. Que
sejam encontrados pais, filhos, filhas, mães, irmãs. Todos os que têm parentes e os que não têm a quem abraçar. Porque viver ainda que sozinho e traumatizado é melhor do que morrer almoçando distraidamente, descendo ou subindo do ônibus que leva do trabalho para casa. Sem nenhum aviso sonoro a não ser o grito de horror e desespero daqueles que conseguiram escapar do tsunami represado por um projeto anacrônico. Hoje proibido e repudiado. A barragem rompeu e engoliu a pousada, o bairro, a comunidade, a casa, a mesa, a cadeira, a cama, os sonhos, as lembranças, o jardim e tudo aquilo que salva e resguarda a nossa humanidade. A barragem rompeu mas a lama não encobriu a
nossa imperfeição, negligência, preguiça e ganância. Do que adianta saber o que provocou mais este acidente? Nenhum processo, adjetivo ou manifestação vai trazer o calor do abraço, a delicadeza de um beijo, o aconchego de um colo e o equilíbrio ecológico para os seres viventes daquele local e mais adiante. Mais do que conectado o mundo é interligado. E o que fazemos a um fazemos a todos. Adianta saber o que provoca acidentes tão ou pior do que este se não nos dispusermos a rever a valorização do poder econômico sobre a vida humana e as relações sociais? Queremos viver de forma a evitarmos outros acidentes? Estamos dispos-
tos a fazer renúncias que evitem mortes tão cruéis em nome do desenvolvimento? Abriremos mão dos lucros exorbitantes em prol de uma vida mais simples e com maior segurança? Se eu fosse o presidente do Brasil e da Vale, juntamente com o governador de Minas eu desceria do helicóptero. Caminharia pelo local do acidente e por toda a extensão dele. Ali, com os pés na lama seca, eu conversaria com os mortos e pediria perdão por estarem vivos e eles não! Por quê? Direta ou indiretamente somos responsáveis pelo que acontece no Brasil. NOTA DA COLUNISTA O acidente ocorrido na Mina do Córrego do Feijão me tirou do eixo. Minhas palavras afugentadas desviaram meu texto de Bom Despacho até Brumadinho. Meu coração indignado exigiu que eu registrasse aqui a minha solidariedade a todos os atingidos pelo acidente que envolveu a barragem. Este texto é um protesto e também homenagem ao Alano Reis Teixeira. Trabalhamos juntos durante muito tempo. Ele foi encontrado morto pela lama que escorreu da barragem que rompeu para sempre os nossos laços. Alano era empregado da Vale e morreu trabalhando.
Quando a segurança estará em primeiro lugar? LAURA LIS Laura Lis de Castro Campos é advogada pósgraduada em Direito e Direito do Trabalho.
Mais uma barragem rompida e mais uma tragédia que poderia ter sido evitada acabou de acontecer em nossas Minas Gerais. Até o momento as mortes confirmadas passam de 110 e há quase 250 desaparecidos. Sem contar a morte e a perda de fauna, flora, rios e vegetação da área atingida. As barragens de rejeito são estruturas construídas
para depositar os resíduos e a água gerados a partir do beneficiamento do minério. O modelo mais comum e usado na construção de barragens em nosso país é o mais barato e menos seguro. As preocupações socioambientais ficam em segundo (ou até último) plano quando se avalia a questão econômica. Isso porque o Brasil é um dos principais produtores de minério do mundo e a mineração representa 4% do PIB brasileiro. Segundo nosso presidente "somos o país que mais preserva o meio ambiente". Foram essas as palavras usadas por Bolsonaro no Fórum
Econômico Mundial. Apenas 3 dias após esse discurso, o Brasil foi palco de mais um desastroso crime ambiental. Preservamos tanto que por isso ele defende a flexibilização das leis ambientais. Porque aí o agronegócio e a economia lucrariam cada vez mais. E a questão ambiental mais uma vez ficaria em último plano. Até quando a economia vai estar à frente de nossa segurança? Quantas vidas precisarão ser perdidas em nome da ganância humana? E o medo de acontecer de novo e de novo? Afinal, ainda há dezenas de barragens vulneráveis e com alto
risco de rompimento. Em pouco mais de 3 anos estamos vendo o quanto são falhas as estruturas de mineração do nosso país. E enquanto isso o minério é exportado, uns lucram muito com isso e nós sofremos com os danos ambientais e principalmente com a perda de nossos amigos e familiares, vítimas do descaso de poderosos e do governo. As multas e prisões não serão suficientes, o monitoramento deve ser adequado, a fiscalização deve ser mais rigorosa e as leis devem ser fortalecidas. E a segurança tem que vir em primeiro lugar!
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ASILO SÃO JOSÉ
EDITAL DE CONVOCAÇÃO ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA PARA ELEIÇÃO E POSSE DA DIRETORIA EXECUTIVA E DOS CONSELHOS A Presidente da Diretoria Executiva do Asilo São José, no uso das atribuições legais e estatutárias, CONVOCA todos os Associados para se reunirem em ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA a ser realizada no dia 11 (onze) de março de 2019 (dois mil e dezenove), em sua sede, à Av. Capitão Marques, nº 397 (trezentos e noventa e sete), Vila Gontijo, Bom Despacho - MG, às 19h00 (dezenove horas) em primeira convocação, com a presença da maioria simples dos associados, e em segunda e última convocação às 19h30 (dezenove horas e trinta minutos) com a presença de qualquer número de associados, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: 1 - Prestação de Contas da Diretoria Executiva, compreendendo: a) Relatório da Gestão – período março de 2017 a março de 2019; b) Apresentação e Aprovação das contas do exercício de 2.018. 2 – Eleição e posse da Diretoria Executiva e dos Conselhos de Administração e Fiscal. Obs: 1) Somente os Associados Fundadores e Contribuintes Efetivos, em dia com suas obrigações sociais, poderão votar e ser votados para cargos na Administração. 2) O registro de chapas poderá ser efetuado até às 12h00 (doze horas) do dia 7 (sete) de março de dois mil e dezenove, junto à gerência do Asilo. Bom Despacho-MG, 01 de fevereiro de 2019 DIVA GEACAIABA AZEVEDO Presidente da Diretoria Executiva Asilo São José de Bom Despacho-MG
PALAVRASCRUZADAS Por Orlando Ferreira de Freitas - N° 60
HORIZONTAIS: 1 - Pequeno texto que descreve sobre o uso do medicamento. 4 - Cano, tubo ou telha por onde escorre água. 7 - Ondas Médias (sigla). 8 - Nome da letra P. 10 - Neste lugar; aqui. 11- Primitivo nome da nota musical dó. 12 - O que é considerado melhor, de maior qualidade numa sociedade ou em um grupo; elite. 14 - Pretensa força ou poder natural que se afirmava residir em certos indivíduos capaz de produzir certos fenômenos. 16 - Habilitados; capazes. 17 - Cidade onde nasceu Abraão. 18 - Franqueia uma passagem ou abertura. 20 - Falha no funcionamento do motor de um veículo. 22- Abreviatura de "reclamante", muito utilizada em despachos jurídicos. 23 - Sinal de pontuação utilizado para realçar certa parte do texto. 25 Cidade fundada por Rômulo e Remo, segundo a lenda. 28 - Sigla do estado de Minas Gerais. 29 - Diminuir ou cessar o efeito de algo. 31- Flexão do pronome pessoal e que se refere à pessoa de quem diretamente se fala. 33 - O mesmo que pouco; um grão (pl). 34 - Pronome pessoal oblíquo, da 2ª pessoa do singular. 36 - Junto de; dentro de. 37 - Mato Grosso (sigla). 38 - Post scriptum . 39 - Africano. 40 - Gênio aéreo na mitologia escandinava. VERTICAIS: 1- Espécie de golfinho que habita nas águas doces da Amazônia. 2 - Unidade. 3 - Descer da montaria. 4 - Estrado de madeira para travessia de um rio ou lago. 5 - Símbolo químico do cobre. 6- Fingido; aquele que desempenha um papel em teatro ou filmes. 9 - Língua artificial criada pelo médico polonês Ludwig Lazar Zamenhof com pretensão de ser língua comunicação internacional.10 - Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho (sigla). 13 - Centro de Treinamento (abrev.). 15 - Concede. 17 - União Européia (sigla). 19 - Duas vezes; repetição. 21 Advérbio que exprime negação. 23 - Símbolo químico da prata. 24 - Instrumento musical de cordas percussivas. 26 - Ocidente; poente. 27 - Símbolo químico do arsênio. 28 - Objetivo; finalidade. 30 - Abreviatura de intramuscular. 32 - Essa coisa; esse objeto. 35 - Unidade da Federação (abrev.). 38 - Prato Feito (abrev). Solução: HORIZONTAIS: Bula - Bica - Om - Pe - Ca - Ut - Escol - Od - Aptos - Ur - Abre - Pane - RTE - Aspa - Roma - MG - Inibe - Si - Atmos - Tu - No - Mt - Ps - Afro - Elfo. VERTICAIS: Boto - Um - Apear - Balsa - Cu - Ator - Esperanto - Cooperbom - EU - Bis - Nem - Ag - Piano - Oeste - As - Meta - Ikm - Isso - Uf - Pf.
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Nossas utopias e distopias FERNANDO CABRAL Fernando Cabral é advogado, auditor federal e prefeito de BD
Desde sempre, mas especialmente após o renascimento, muitos escritores fantasiaram sobre o futuro da humanidade e a felicidade das pessoas. Uns, mostrando que era possível termos um mundo harmonioso, alegre, feliz, idílico. Outros, mostrando o contrário; que a verdadeira felicidade seria impossível, pois a tecnologia acabaria por controlar nossa vontade e destruir nosso livre arbítrio, embora pudesse nos dar a ilusão de que estaríamos vivendo no melhor dos mundos. A verdade é que não sabemos o que futuro nos reserva. Não sabemos se viveremos a utopia de Thomas Morus, ou se viveremos a distopia de Aldous Huxley. O que podemos entrever, no entanto, é que, sob o ponto de vista material, continuaremos avançando na qualidade de vida. Isto inclui mais conforto, maior expectativa de vida, menos doenças. Enfim, também mais riqueza. Ao mesmo tempo começamos a entrever um monstro em incubação. O nome genérico deste monstro, para quem não criativo, é big brother. Seus gérmens, já com nomes concretos, são o Google e o Facebook. Alguns podem achar que estes monstros com milhões de tentáculos e infinitos olhos e ouvidos são benevolentes e nos conduzem para a utopia. No entanto, os resultados apurados quanto ao controle que eles exercem sobre corações e mentes desprevenidas apontam noutra direção: são máquinas malignas que já causaram muito estrago e estão nos conduzindo para a distopia. É impossível dizer quem está certo. Não há bola de cristal que nos mostre o que o futuro nos reserva. A verdade, porém, é que temos alguns indícios de que o pior pode acontecer. O pior, no caso, é ter nossa qualidade de vida material vir acompanhada de perdas subjetivas, como o livre arbítrio e o controle de nossas próprias vidas. Este risco está bem representado na estorinha que transcrevo abaixo. Não sei quem é o autor, mas posso garantir que representa bem o que já está acontecendo no mundo hoje. – Alô, é da pizzaria Gordon? – Não, senhor, é da pizzaria Google. – Desculpe, devo ter ligado para o número errado. – Não, o número está correto; o Google comprou a pizzaria. – Ah, entendi. Pode anotar o meu pedido? – Claro, o senhor quer a pizza
Nós, humanos combinamos e convivemos de forma estranha com esperanças utópicas e práticas distópicas. Isto se reflete na literatura de forma marcante. Na ilha Utopia, criada por Thomas Morus, a humanidade vivia em perfeita harmonia com tudo e com todos. No Bravo Mundo Novo, Aldous Huxley descreve um mundo distópico produzido e controlado pela ciência; uma sociedade que se constrói com base na engenharia genética, na tecnologia do sono, na manipulação psicológica, no condicionamento pavloviano. Este mundo maravilhoso e sem conflito veio com um preço: as pessoas perderam sentimentos, angústias e outros atributos que costumamos ver como apanágio dos humanos. Acabamos sem medo, sem fé, sem esperança, sem incertezas, sem curiosidades… sem livre arbítrio. de sempre? – Como assim, você já trabalhava aí, me conhece? – De acordo com nossos sistemas, nas últimas 12 vezes o senhor pediu pizza de salame com queijo, massa grossa e bordas recheadas. – Isto, pode fazer essa mesma. – No lugar dessa posso tomar a liberdade de sugerir uma de massa fina, farinha integral, de ricota e rúcula com tomate seco? – Não, eu odeio vegetais. – Mas o seu colesterol está muito alto! – Quem te disse isso? Como você sabe? – Nós acompanhamos os
exames laboratoriais de nossos clientes e temos todos os seus resultados dos últimos 7 anos. – Entendi, mas quero a pizza de sempre, eu tomo remédios para controlar o colesterol. – O senhor não está tomando regularmente, porque nos últimos 4 meses só comprou uma caixa com 30 comprimidos, na farmácia do seu bairro. – Comprei mais em outra farmácia. – No seu cartão de crédito não aparece. – Eu paguei em dinheiro. – Mas de acordo com seu extrato bancário o senhor não fez saque no caixa automático nesse período.
– Eu tenho outra fonte de renda. – Isso não consta da sua Declaração de Imposto de Renda. Só se você usou uma fonte pagadora não declarada. – Mas que inferno! Estou cansado de ter minha vida vigiada e vasculhada pelo Google, Facebook, Twitter, WhatsApp, essas porcarias todas! Vou mudar para uma ilha sem Internet e sem telefone celular, onde ninguém possa me espionar. – A decisão é sua, senhor, mas quero lhe avisar que seu passaporte venceu faz 5 semanas. Isto dá uma vaga mas convincente ideia do que está acontecendo. Na verdade, o controle que as empresas Google e Facebook exercem sobre nossas vidas é bem maior do que esta estória deixa entrever. Por exemplo, se você usa celular com Android (basicamente qualquer marca que não seja Apple), a Google passa a acompanhar seus passos dia e noite. Ela registra não apenas cada lugar que você visita, mas também todos os aplicativos que você usa. Se usa o despertador, a empresa sabe; se compra, acessa o banco ou lê jornal, a empresa sabe. Se usar as redes sociais, a empresa sabe. Se além do celular você usar computador, o controle e o registro se aperfeiçoam. Nestas alturas você já não faz escolhas: o Google e o Facebook escolhem por você. E fazem isto de várias formas. A mais evidente delas é controlando o que você vê.
Com base no seu histórico estas duas empresas decidem que propagandas você verá, que comentários chegarão ao seu conhecimento, quem são as pessoas que verão e as que não verão seus comentários. Assim, decidindo o que você vê e o que você não vê, as empresas manipulam sua vontade. Você não sabe o que há para ver, mas o que elas querem que você veja. Use o Google para comprar sapatos, ou bolsas, ou pneus, e logo você verá que nos próximos dias sua vida será dominada por propagandas de sapatos, bolsas e pneus. Não é coincidência, é a máquina do apocalipse funcionando para substituir a sua volição pelos interesses financeiros do Google ou do Facebook. São máquinas poderosas, não se engane. Atualmente o Google e o Facebook sabem mais sobre você do que seu pai, sua mãe, seu cônjuge e seus amigos, todos reunidos! As empresas não usam este conhecimento para lhe ajudar ser feliz ou realizado. Elas usam para manipular o seu comportamento e, assim, ganharem dinheiro. A única forma de escapar deste controle é não usar Facebook, WhatsApp e nenhum das dezenas de aplicativos do Google. Você pode tentar amenizar o problema sem abandonar estes aplicativos. No entanto, será trabalhoso e o resultado, tímido. Mas, se quiser tentar, entre nas opões de privacidade e proíba explicitamente que as empresas armazenem e registrem seus dados. Elas ainda continuarão usando muitos deles sob o pretexto de que são necessários para o sistema funcionar. Mesmo assim, vale a pena fazêlo caso você não tenha coragem para simplesmente apagar sua conta no Google e no Facebook. Afinal, sua vida privada só interessa a você. Para que compartilhá-la com o Google, com o Facebook e com todas as empresas, políticos e governos que queiram comprar deles? Se os usuários de Internet retomarem sua privacidade, pode ser que ainda possamos alimentar a esperança de que a tecnologia nos conduzirá a uma utopia e não a uma distopia. Por enquanto, o caminho da distopia está mais desimpedido.
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Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019
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Gatinha da Semana
Sabrina Silva 15 anos Pais: Lucimar e Wanderley
Angelina Ramos faz aniversário no dia 4 de fevereiro
Anna Cecília Santos faz 11 anos de idade dia 6 de fevereiro
Dani Campos fez aniversário no dia 1° de fevereiro
Daniela Cristina faz aniversário sábado, 2 de fevereiro
Devalino José da Silva faz aniversário sábado, 2 de fevereiro
3522.2692
Elivânia Melo faz aniversário domingo, 3 de fevereiro
Fernanda Capanema fez aniversário no dia 1° de fevereiro
Glicéria Couto faz aniversário no dia 4 de fevereiro
Leila Ferreira fez aniversário no dia 31 de janeiro
Lucimara Santos faz aniversário sábado, 2 de fevereiro
Marcos Pereira faz aniversário domingo, 3 de fevereiro
Mariana Costa Cardoso faz aniversário dia 4 de fevereiro
Marina Assis Araújo faz aniversário dia 4 de fevereiro
Priscila Ialla faz aniversário sábado, 2 de fevereiro
Priscila Mariane faz aniversário dia 4 de fevereiro
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Nota do Enem vale bolsa na Una BD
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A Una Bom Despacho vai sortear descontos de até 100% nas mensalidades para candidatos que fizeram o Enem. Através da chamada Bolsa Mérito Enem Una o estudante pode conseguir desconto nas mensalidades de acordo com a nota obtida no último Enem. Quanto maior a
pontuação, maior a bolsa. Os descontos variam de 20% a 100% no valor das mensalidades. A promoção vale para matrículas feitas até neste sábado, 2 de fevereiro. Veja no quadro abaixo os descontos que serão sorteados conforme a nota obtida pelo aluno.
NOTA NO ENEM DESCONTO (%) 451 a 550 ...................................................... 20% 551 a 650 ...................................................... 30% 651 a 750 ...................................................... 40% + de 750 ...................................................... 100%
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Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019
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A graça dos tipos populares Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
Dr. Robinson Correia, que ouso classificar como um dos maiores benfeitores de Bom Despacho de todos os tempos, batizou vários logradouros no Sesc/BD com nomes populares e inesquecíveis de nosso povo e de nossa tradição. Ele nos deixou um museu de memórias a céu aberto. Ao lado de figuras ilustres e maiúsculas de nossa história, Dr. Robinson resgatou também personagens folclóricas de nossa vida cotidiana, num gesto de carinho que só o coração de um grande poeta, como ele, poderia fazer. Essas pobres criaturas vieram, passaram e deixaram um legado de casos cômicos contados e cantados até hoje em verso e prosa pelos que deles têm lembranças. Eis alguns desses personagens que ainda me vêm à memória. João “Cobre Acabou” Baixinho, atarracado, vivia pelas ruas a pedir esmola. Para ganhar seu dinheirinho, ele não pedia, não. Apenas dizia: “O cobre acabou.” E acabava ganhando umas moedinhas. Ele tinha uma casinha para morar. Ninguém possuía fogão a gás. Então, como muitos moradores de antanho, buscava feixes de lenha nos cerrados em volta da cidade. Um dia voltando de uma dessas “viagens”, chegou sem nem um graveto na mão. Perguntaram-lhe surpresos: Que aconteceu, João? E João se saiu com a mais filosófica explicação de “inconsciência”, que jamais vi sábio algum definir como ele: - Uai! O João tava no mato do Odílio catando lenha. Aí o João perdeu o João. O João sumiu. O João procurou o João pra todo lado. Mas o João não achava o João. Quando achei o João voltei correndo pra cidade com medo de perder o João de novo. O nosso pobre e sábio João “Cobre Acabou” tinha desmaiado.
Ministro Zé Raimundo Zé Raimundo era um cabo aposentado da PMMG. Dizem que ele “surtou” na Revolução de 1930 e foi reformado por profundas p e r t u r b a ç õ e s psicológicas. Passou a ter visões megalomaníacas e se dizia tio de Kennedy, irmão do papa, primo da Rainha da Inglaterra, cunhado do JK e etc. Um dia, por pura pilantragem, entregaram a ele um telegrama, dando-lhe ordens que assumisse imediatamente o comando do Sétimo Batalhão. Documento assinado nada mais, nada menos que pelo então governador do Estado, Israel Pinheiro. Era umas 5h da tarde, daquele dia, quando me encontrei com ele, na Praça da Estação, bufando de raiva e falando cobras e cascáveis. Muito irado me contou que não quiseram lhe passar o Comando do Batalhão, onde estivera discutindo o assunto com os oficiais, desde as 9h da manhã. Mas sua vingança já estava sendo preparada: Já telefonei pro titio, governador Israel Pinheiro, e vamos transferir o Sétimo de Bom Despacho. Vou mandar eles pra Muzambinho. Como quem faz ninho na casa de joão-de-barro é periquito, vamos pôr na Vila Militar os periquitos (apelido dos soldados do Exército), no lugar dos jões-de-barro (apelido dos policiais militares)... E titio Israel me garantiu que eu é quem vou comandar o Batalhão do Exército que vem pra cá – arrematou o Ministro feliz e ufano. Tide e Joana Eram um casal de baianos que não se largavam para nada da vida e andavam bêbados pelas ruas, onde não faltava quem lhes pagasse um trago. Um dia a Joana foi internada na Santa Casa com um mal incurável: cirrose e uma baita barriga d’água. O Tide ficou um dia inteiro na porta do hospital, muito tonto, insistindo que queria visitar sua amada. Compadecidos, já de tardinha, funcionários, com autorização do Dr. Miguel, permitiram-lhe uma entrada rápida. Quando saiu, alguém na portaria lhe perguntou: - E aí Tide, como vai a Joana? E ele, orgulhoso de si mesmo, bateu no peito e anunciou: - O velho Tide tá tinindo, a Joana tá é grávida!
A matemática do Chico Candinho Chico Candinho era uma criatura interessante que, acolhido nas fazendas, ali ficava o tempo que lhe desse na telha. Lembrome que viveu por tempos no Odete Ferreira e até na casa de meu pai, onde ajudava em pequenos afazeres, como dar milho às galinhas, recolher ovos e tratar dos porcos. Era o máximo que ele conseguia fazer. Muito prosa e engaçado, meu pai gostava de puxar-lhe a língua. Ele contava que, quando viveu na fazenda do Américo de Coito, este teve de matar um gato ladrão que por lá apareceu. “ Ah ! Sô Domingos, ele matou o bichano enforcado com uma corda, numa árvore!” E meu pai perguntava: Quantos metros de altura tinha essa árvore, Chico? E ele: - Prá mais de 840 metros, sô Domingos. - E a corda? - Com certeza, 970 metros. -E a língua que o gato pôs pra fora? - Muito cumprida, esbarrava nuns 650m. Aí meu pai punha em xeque a matemática dele. - E juntando tudo, quantos metros dava, Chico? E o impagável homenzinho fazia as contas nas pontas dos dedos e concluía: - Juntando a altura da árvore, a corda e a língua do gato, somando tudo, tudo, dava no total 17m e meio. Buião e Pichorra Ali na rua do Capim (Rua Capivari) havia uma velha moradora muito calma, mas que virava onça se lhe chamassem pelo apelido: Buião. Um dia na fila da comunhão, uma adolescente, ao seu lado, para pirraçá-la, cochichava-lhe: -Buião! Buião! Buião! Ao que a velha respondia: - Pichorra! Pichorra! Pichorra! E rumo à mesa de comunhão para receberem a hóstia sagrada, seguiam as duas, a menina e a velha, com seu dueto: - Buião, Buião, Buião! E “Pichorra, Pichorra, Pichorra!”- Insensíveis a qualquer crítica dos fiéis em volta. Tude e Teresa Tude e Teresa eram duas criaturas humildes e pobres, mas uns doces de pessoas que adoravam visitar meus pais. Todas as duas muito afáveis e ambas completamente surdas. Para falar com elas
tinha-se de chegar perto e gritar bem alto. A Teresa Quando menino, morava na Praça São José, aparecia lá em casa toda primeira quinta feira do mês, a Teresa. Era uma crioula simples, analfabeta, que vinha de trem-de-ferro do Leandro Ferreira, para confessar-se e fazer no dia seguinte a comunhão da 1ª sexta feira, na matriz de Bom Despacho. Meus pais a acolhiam com carinho e davam-lhe cama e comida até ela voltar A Tude A Tude era uma velhinha baixinha, humilde e simpática que também visitava minha família para uns dedos de prosa, com toda a dificuldade que sua surdez lhe acarretava. Mas Tude agia normalmente e nem ligava para sua dificuldade auditiva. Um dia o imaginável aconteceu. As duas se encontraram lá em casa. E o mais surpreendente ainda foi que, sentadas na sala de casa, protagonizaram uma animada e hilária prosa. A Teresa chamava toda mulher de “sá”, mas que ela pronunciava “sshá”. Aí ela virou para a Tude e perguntou:- Como é seu nome, sshá? E a Tude, atenta e prontamente, respondeu: - Eu moro com mina fia, na rua do Capim. Como é o nome da senhora? Ao que a Teresa emendou: - Eu vim lá do Leandro. Cheguei hoje. Eu vim de maca... (Teresa tinha sua pronúncia própria: sá era sshá; privada, era capivara e máquina era maca.) E a senhora já andou de maca? “ E a Tude: - Não, não, a Maria minha vizinha é uma pessoa boa demais. Ela sempre me dá arguma coisa de comê, quando farta lá em casa. Minha fia Rita agora tá até trabaiando, tá empregada lá na casa do Totõe Barão, que num deixa fartá nada prá nóis vivê, além de pagar um salariozinho pra ela. E a meninada lá de casa, escondidos atrás das portas da cozinha e do quarto, assistíamos àquela novela engraçada por um tempão, com a vantagem de podermos dar risadas bem altas, porque a boa velhinha Tude e a simpática Teresa não escutavam era nada, como provava seu diálogo desencontrado. Quando a Tude foi embora, a Teresa disse feliz pra minha mãe que apreciou muito a prosa com aquela boa velhinha.
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Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019
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Apesar de tanta coisa, ainda existem pessoas que valem a pena
Datas em Destaque 6 Fevereiro
Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina
O Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina é observado pelas Nações Unidas anualmente, sempre no dia 6 de fevereiro, para chamar atenção para um fato alarmante: mais de 140 milhões de meninas e mulheres, em todo mundo, já foram sujeitas a estas práticas violadoras dos direitos humanos. A Mutilação Genital Feminina (MGF) refere-se a todos os procedimentos que envolvem a alteração ou ferimento dos órgãos genitais femininos por razões que não sejam médicas. É reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos das meninas e mulheres e constitui uma ameaça para a sua saúde, bem-estar e auto-estima das mesmas, pondo muitas vezes em risco a própria vida.
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RODRIGUES RODRIGUES Débora Rodrigues é psicóloga e conselheira tutelar em BD
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Esse negócio de acreditar ou não no ser humano é uma gangorra louca. Hoje você restaura sua fé, amanhã você pensa que o jeito é zerar tudo e começar de novo. Acho que por nós o mundo inteiro está de luto, revivendo conosco uma tragédia ainda maior que a de Mariana há três anos, visto o número de vidas que perdemos em Brumadinho. Escrevo com dor no coração e com olhos marejados, pois não sei onde iremos parar. Esse barco que remamos está desgovernado e, quando tentamos controla-lo, acontece algo que nos tira do caminho novamente. Não sei explicar em palavras o que senti quando vi a notícia de que pessoas estavam saqueando as casas atingidas em Brumadinho. Como podem ter essa coragem de espezinhar a dor do outro? Chega a ser humilhante o que essas pessoas estão passando. Perderam bens e entes queridos. Muitos não podem nem velar seus parentes e amigos e ainda roubam o pouco que lhes resta. Na última quinta circulou um vídeo horrendo na cidade, onde um homem acorrenta uma criança de cabeça para baixo pelo pé em uma grade de uma janela e bate nele. É o tipo de coisa que não tenho estômago para assistir, mas fui obrigada por causa do meu trabalho, já que diziam que estava acontecendo no Engenho do Ribeiro. Várias pessoas denunciaram isso no Conselho Tutelar, todas chocadas e preocupadas com a criança. Bom, a localidade onde ocorre o fato não é no Engenho. Provavelmente nem no Brasil, visto o idioma do vídeo. Mas é verdade que aquela atrocidade acontece em algum lugar do mundo com uma criança e eu sinceramente gostaria que as informações estivessem corretas para podermos salvar aquele menino. Aí quando me entristeço com coisas como essas, tento pensar em pessoas como os bombeiros que estão em Brumadinho nadando em uma lama fétida, com restos de minério, à procura de vidas ou ao menos de corpos para dar o mínimo de dignidade a alma que já habitou ali. Penso em cada voluntário que deixou o conforto de sua casa para estender a mão a quem sofre e em cada pessoa que denunciou o vídeo daquele menininho com indignação, querendo ajudar e fazer alguma coisa para sanar sua dor. É nessa hora que abro um leve sorriso e vejo que apesar de tantas coisas acontecendo, ainda existem pessoas que valem a pena. Um dia de cada vez, meu povo. A gente consegue!
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Tome cuidado apenas consigo mesmo, nossos piores inimigos estão dentro de nós. Charles Spurgeon Torne-se um homem honesto e poderá estar certo de que há menos um patife no mundo. Carlyle Transformai uma árvore em lenha que ela arderá; mas, a partir de então, não dará mais flores, nem frutos. R. Tagore Transportai um punhado de terra todos os dias e fareis uma montanha. Confúcio
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Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019
BD x São Paulo: Brumadinho, Bom Despacho e o contexto
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Câmara implanta novo sistema que economiza e dá mais transparência
ALEXANDRE
MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Adoro falar sobre o contexto das coisas. Já escrevi aqui sobre o contexto de meu encontro com minha namorada bomdespachense, lá em Abrolhos, no alto mar da Bahia. Esse é um exemplo de contexto feliz. Deu certo, estou hoje muito mais alegre do que estava antes do encontro. Há muitos contextos infelizes. Há histórias incríveis sobre pessoas que estão na hora mais infeliz possível em algum lugar. É o tal do contexto. Claro, para quem é religioso, é deus, não é contexto. Para mim, pouco ligado a religiosidades e misticismos, é apenas o contexto da vida. Lembro-me da história de um corpo achado no meio das florestas da Califórnia, nos Estados Unidos. O corpo estava com todos os ossos quebrados e o infeliz estava vestido com traje completo para mergulho. O teste de DNA mostrou que era alguém de origem oriental. Uma pesquisa por pessoas desaparecidas indicou que havia um norte-americano de origem japonesa, dado como desaparecido meses antes. Um contato com a família e a polícia descobriu que ele havia saído para mergulhar no mar da Califórnia havia muito tempo. Mais uma pesquisa da polícia e descobriram que houve um incêndio no meio da floresta da Califórnia no mesmo dia do mergulho. Olhe o contexto aí: o governo usou helicópteros da marinha norte-americana para colher água do mar, com baldes gigantescos, e jogar sobre o incêndio. Em uma destas idas até o litoral, o pobre mergulhador foi "pescado" e jogado na floresta ardente. Isso explica a roupa de mergulho e todos os ossos quebrados. Contexto. Se não estivesse ali, nada teria acontecido. Mas, como saber o que a vida nos prepara? Quando eu era muito jovem, trabalhei em um escritório de contabilidade que ficava no mesmo prédio no qual havia uma agência do falecido Banco Nacional, do mineiro Magalhães Pinto. Todas as segundas-feiras um dono de motel chegava às 9:45 horas com muitos cheques e dinheiro do fim de semana. Na época quase tudo era pago em cheque ou dinheiro e não havia cartões de crédito e débito como há hoje, ou seja, o dono do motel chegava quinze minutos antes da agência abrir, era autorizado pelos seguranças a entrar antes do horário, apenas para adiantar o trabalho de depósito. Alguém descobriu isso e tentaram roubar o dono do motel em uma segunda-feira. Anunciaram o assalto na porta do banco, o dono do motel reagiu, pois estava armado. Tiros trocados entre os ladrões
e o dono do motel. Ninguém acertou em ninguém, apesar de terem disparado vários tiros. Uma senhora que comia um churro no Largo da Batata, a uns 200 metros do local do tiroteio, foi atingida na cabeça e morreu na hora. Se ela tivesse resistido à tentação do churro, estaria fazendo outra coisa naquele momento. Mas, como saber o que a vida nos prepara? Poderia escrever dezenas de páginas sobre contextos que levam a coisas boas (meu encontro com uma bela bomdespachense na Bahia, por exemplo) e contextos que levam a coisas ruins (a morte do pescador na Califórnia ou da senhora que comia um churro em São Paulo, por exemplo). Há alguns dias um crime aconteceu no Brasil, mais especificamente em Minas Gerais, mais exatamente em Brumadinho, cidade que eu só conhecia de nome por causa do Museu Inhotim. Por negligência, ganância, falta de manutenção ou que quer que o raro leitor e a rara leitora queira indicar como causa, uma barragem de contenção de rejeitos se rompeu e arrastou tudo que encontrou pela frente: pessoas, animais, natureza, casas, carros e uma lista enorme de itens. Esse crime deve atingir o Rio São Francisco, sobre o qual já escrevi aqui, pois ele passa encostado a Bom Despacho, local onde conheci o Angu, homem que preserva e se preocupa com o rio que passa em seu sítio. Lendo os relatos sobre o crime em Brumadinho, vi uma lista de pessoas encontradas sem vida no meio da lama tóxica da barragem. Logo na primeira lista vi que havia alguém de Bom Despacho, o Wellington Campos Rodrigues. Vi sua foto, todo sorridente, de terno.
Parecia orgulhoso de ser quem ele era. De ter um emprego digno, de ter uma família e de trabalhar em uma empresa que prestava serviço para o Vale (que um dia se denominou Vale do Rio Doce e que hoje poderia se chamar Vale dos Rios Mortos), dona da barragem. Pensando no contexto, me peguei a pensar por que ele estava ali naquela hora? Por que não estava em férias? Por que o carro não quebrou e ele não teria conseguido chegar ali? Por que ele não aceitou aquela oferta de emprego para trabalhar em outro lugar? Nenhuma destas perguntas leva a lugar algum, pois o contexto o levou a estar ali, naquele momento, no instante em que a barragem se rompeu. Pensando no que deve ter passado o Wellington naquele momento, no que passou por sua cabeça quando se viu naquele contexto, percebi que eu só estava pensando nele e que só fiquei muito triste e emocionado com seu trágico fim, porque ele era de Bom Despacho, cidade que o contexto da minha vida me fez frequentar, gostar e me preocupar com sua gente, como o Wellington e sua família. Pena que Brumadinho, que antes existia em minha cabeça por causa do Museu Inhotim, agora estará sempre contextualizada com o crime do rompimento da barragem e com a perda do Wellington, que o contexto da vida não me permitiu conhecer pessoalmente, mas me permitiu homenagear, em nome de todos os mortos, feridos e desabrigados de Brumadinho. Esta coluna é uma homenagem a todos que o contexto da vida levou a estar ali em Brumadinho naquela tarde triste.
Publicado por Imagem Editora Ltda. jornal@joneg.com.br 35600-000 - Bom Despacho - MG É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editora: Beatriz C. Gontijio – Diretor: Alexandre Júnior - Publicação semanal – Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal de Negócios, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana - Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega sem ônus de uma cópia por pessoa
ÍTALO COUTINHO
Ítalo Coutinho é engenheiro, MSc, PMP
Indiferente de ideologia, partido político ou lado, o momento que vivemos é de muita discussão política. Por isso é importante se manter informado e principalmente verificar a fonte das informações. A Assessoria de Comunicação da Câmara de BD mantém trabalho constante para gerar canais e meios oficiais de informação. O Poder Legislativo é a representação do povo e busca diariamente aproximar a comunidade de seu trabalho. Nesta entrevista com o assessor da Câmara, Wagner Araújo, podemos compreender a disposição do nosso Legislativo em trazer transparência aos processos. Veja: Ítalo: O que é o SAPL? Como tomou conhecimento dele? Wagner: O SAPL é um Sistema de Apoio ao Processo Legislativo, desenvolvido pelo Senado Federal através do Interlegis programa executado pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) desde 1997. Seu objetivo é fortalecer institucionalmente o Poder Legislativo brasileiro, por meio do estímulo à modernização, integração e cooperação entre as casas legislativas nas esferas federal, estadual, municipal e distrital. A Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal chegou ao SAPL após procura, pela Mesa Diretora 2017/2018 e mantida pela atual Presidência, de modernizar o processo legislativo de Bom Despacho. Nas primeiras buscas o alto custo dos softwares disponíveis no mercado - levantamentos iniciais giraram entre R$ 35 a R$ 50 mil - levou à procura mais apurada até encontrar o sistema, que é totalmente gratuito. Ítalo: O que um sistema como este tem de funcionalidades para a Cãmara? Wagner: Ele moderniza todo o processo legislativo. Indicações, requerimentos, projetos de lei, projetos de resolução e portarias são disponibilizados pela plataforma e operados on line pelos vereadores. Na parte funcional simplificou o acesso do parlamentar aos documentos
que estão em discussão na Casa. O vereador pode fazer suas proposições diretamente pelo sistema, o que num futuro próximo diminuirá consideravelmente o uso de papel na Câmara Municipal. Ítalo: Existe algum tipo de interação da sociedade com o sistema? Como funciona? Quem o desenvolveu? Wagner: Pelo sistema, além dos formulários padrão de contato, a comunidade tem disponível todas as proposições da Casa. Os documentos estão disponíveis, bem como todo caminho percorrido e toda modificação ocorrida desde a proposição inicial. O cidadão tem acesso a pareceres, laudos e qualquer documento anexado na proposição. O método de pesquisa é simples e funciona por busca de palavras, desenvolvido pelo Interlegis. Vale lembrar que atualmente a Câmara transmite on line as sessões ordinárias, sessões extraordinárias, cursos e palestras da Escola do Legislativo, sessões da Câmara Jovem, audiências públicas e demais acontecimentos de interesse do cidadão. Ítalo: Quais os custos envolvidos? Quais os benefícios trazidos para a população? Wagner: Esse foi o diferencial: o SAPL foi implantado a baixíssimo custo. O software é gratuito e as despesas com sua implantação foram com o deslocamento para os cursos e oficinas do Interlegis. Com isso implantamos um software de última geração e economizamos cerca de R$ 50 mil. O SAPL beneficia a população tornando mais transparente os processos na Câmara Municipal. Através dele o cidadão pode acompanhar o trabalho do seu vereador e dos demais parlamentares. Além de tornar públicos todos os atos no processo legislativo, o Sistema também funciona como registro e arquivo para pesquisas das Leis Municipais. Povo que participa e cobra seus direitos faz com que a cidade não fique na mão dos mal intencionados. Na foto acima, Wagner Araújo na cidade de Três Corações realizando treinamento
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Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019
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PAINEL ALEXANDRE BORGES
Alexandre Borges é advogado, jornalista profissional e editor
Furto de computador de Tadeu Araújo repercute na cidade LEITOR OFERECE ATÉ UM COMPUTADOR NOVO PARA QUE LADRÃO DEVOLVA EQUIPAMENTO COM TEXTOS DO PROFESSOR TADEU ARAÚJO
Esporte ao ar livre no Engenho Continuam as aulas e cursos gratuitos oferecidos à comunidade pela Prefeitura de Bom Despacho. Dia 23 de janeiro uma equipe da Secretaria de Desenvolvimento Social realizou um aulão no Engenho do Ribeiro. As aulas são realizadas no salão comunitário do distrito toda quarta-feira a partir das 18h30. Interessados em participar devem fazer contato pelos telefones 99106.0930 ou 99106.1552.
Com 68 anos, Cabral ficou em 3° lugar em corrida de montanha Desde sua posse, o prefeito Fernando Cabral transformou Bom Despacho numa referência na área de esportes. Em 2018 foram mais de 18 mil participações de atletas amadores e semiprofissionais. Mas o principal incentivo que ele dá é o exemplo. Adepto de ultramaratonas, corridas de aventura e corrida de orientação, Cabral também costuma participar de corridas de rua. Tanto que começou 2019 subindo ao pódio para receber o troféu de segundo lugar na Corrida de Reis, dia 6 de janeiro, na Estrada do Pica Pau. Mas o prefeito também se saiu bem na sua estreia em corrida de montanha. Dia 13/1 ele fez os 13 quilômetros da Corrida da Maromba, na região do
Parque Nacional do Itatiaia, entre os estados de Minas (Bocainas) e Rio de Janeiro (Visconde de Mauá). Apesar de ter machucado o joelho numa queda ao descer a montanha em disparada, o chefe do executivo, que tem 68 anos, garantiu o terceiro lugar em sua categoria.
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Passados 15 dias da publicação de notícia sobre o furto de computador onde estava toda a produção jornalística e literária do professor Tadeu Araújo, o apelo pela devolução do equipamento ainda não surtiu resultado. Mas a solidariedade e a preocupação de milhares de amigos e admiradores ficou evidente. “Não imaginava que eu fosse tão querido”, diz o bemhumorado professor. Nessas duas semanas Tadeu foi abordado por centenas de pessoas manifestando solidariedade e apoio ao seu infortúnio. Na Internet e nas redes sociais a repercussão foi ainda maior. A postagem da notícia no Facebook do Jornal de Negócios alcançou mais de 12 mil pessoas e teve quase 200 compartilhamentos. No site do Jornal, em poucos dias a publicação tornou-se a 4ª notícia mais acessada do mês. No Instagram do Jornal de Negócios foi a postagem mais curtida da semana. “Estou muito agradecido e emocionado com o apoio e a solidariedade manifestados por centenas de leitores do Jornal. Eu e pessoas da minha família fomos abordados em toda a cidade por amigos, conhecidos e leitores que nos trouxeram força e apoio”, diz ele. Sensibilizados com o apelo e reconhecendo o valor histórico e cultural do trabalho do Professor Tadeu, muitos se manifestaram na Internet. O leitor Aguinaldo Rocha se ofereceu até para
comprar um computador novo para o ladrão, desde que ele devolva o equipamento furtado com os textos do Professor. “Nós compramos um computador novo se o ladrão devolver ao Mestre Tadeu o computador velho que ele reclama. No antigo que furtaram tem tesouros de textos e livros no bojo da máquina. Devolvendo receberá um novo. Tem coisas que contêm valores imateriais. Esse é o caso do ilustre professor. Apelo igual esse não existe igual”, escreveu Aguinaldo. A solidariedade ao Professor Tadeu ficou explícita também através de outras postagens. “Vamos ajudar o nosso querido professor Tadeu a achar seu computador,
ele precisa demais dele!” (Mario Lucio Quirino Costa). “Que a pessoa que roubou seu computador leia seu comentário e seja tocado por Deus e lhe devolva seu computador, professor. Deus ilumine essa pessoa” (Regina Conceição). “É uma perda irreparável. Rogo a Deus que entreguem o seu computador” (Joesse Menezes) A indignação contra a atitude de quem furtou o equipamento também se fez presente nos comentários. “Falta de respeito com professor Tadeu, devolve por favor, ele tem as histórias dele nesse computador, não precisa identificar, tenha consciência por favor”. (Vanice Duarte)
“Esse computador com certeza já foi passado pra frente, seria bom fazer uma descrição do mesmo, cor, marca, alguma característica particular como alguma mancha ou coisa assim. Vai que coloquem à venda e alguém reconheça? É uma possibilidade!” (Cleide Martins) “O pior é a certeza de que para esse cretino nada dali tem valor. Vai trocar por uma pedra” (Maria Elisabete Ricardo). “Lamentável. Sinto por sua obra. Que algum coração seja tocado por seu apelo e o computador volte às suas mãos sem nenhum dano. Deus age e proverá.” (Lair Lacerda) “Espero, de coração, que recupere seu computador. Vou orar a.Deus.” (Catarina Cardoso) “Nossa primo! Realmente uma vida literária. Espero que você recupere logo. Vamos torcer! Pensamento positivo”. (Esmeralda Bueno) Apelo renovado Ainda angustiado com a perda da sua produção literária e jornalística dos últimos 25 anos, mas sem perder o otimismo, o Professor Tadeu renova seu apelo: “Devido à importância do trabalho, eu gratifico quem me ajudar a ter o computador de volta. Como já disse, não vou à Polícia e nem quero responsabilizar ninguém. O que gostaria é ter de volta os meus textos, o meu trabalho de tantos anos que enfoca pessoas, famílias e a história da nossa querida Bom Despacho”.
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Bom Despacho (MG), 3 a 9 Fevereiro 2019
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