DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 21 a 27 Abril 2019
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Ano XXX - Nº 1.563 • Fundado em 12/05/1989
Bom Despacho (MG), 21 a 27 Abril 2019 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR
Tiro de Guerra comemorou Dia do Exército Página 3
Homem é morto com vários tiros em BD
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Feliz Páscoa!
Página 3
Conheça a real situação do município
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As velhas Semanas Santas de Zé Rufino
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Bom Despacho (MG), 21 a 27 Abril 2019
Continuação da página 1
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Bom Despacho (MG), 21 a 27 Abril 2019
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Homem é morto com vários tiros em Bom Despacho
ao lado do Posto Caxuxa, na BR 262. Ele ainda apresentava sinais vitais quando o SAMU chegou. Recebeu os primeiros atendimentos, foi imobilizado e socorrido pela ambulância. Entretanto, no trajeto até o Pronto Atendimento ele teve uma parada cardiorrespiratória e acabou morrendo. O caso está sendo investigado pela Polícia.
TG comemora Dia do Exército
Foto: PMMG
(IBOM) Um homem de 40 anos de idade foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira, 17, em Bom Despacho. O SAMU foi acionado às 7h06m e compareceu na rua Santos Dumont, bairro Novo São Vicente, onde a vítima foi atingida. Lá os socorristas encontraram R.C.S. com perfurações de tiro no crânio, tórax e um dos braços. R.C.S. era mecânico e trabalhava numa oficina
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O Tiro de Guerra de Bom Despacho realizou na manhã de quarta-feira, 17/4, a solenidade de comemoração do Dia do Exército
Brasileiro. Durante o evento os atiradores da turma 2019 receberam a sua boina, cerimônia que simboliza seu reco-
nhecimento como militar. Autoridades civis e militares e familiares dos atiradores compareceram à solenidade. A Ban-
da de Música do 7° Batalhão da PM, regida pelo subtenente Adinelson Macedo, também participou do evento.
Sesc traz especialista a BD para Motorista com sinais discutir lógica, ciência e literatura de embriaguez bate veículo em poste
O Sesc Bom Despacho realiza dia 29 de abril a oficina “Leitura, Interpretação e Critica de Texto”, com o especialista Jacques Fux. O tema da oficina será “Literatura e Matemática”. Seu objetivo é “brincar,
discutir e pesquisar as relações entre lógica, matemática e a ciência com a literatura”, informa o Sesc. Jacques Fux é bacharel em Matemática, mestre em Ciências da Computação e doutor
em Literatura Comparada, entre outros títulos. A oficina será realizada de 19 às 21 horas e dará certificado de participação. A entrada custa 1 kg de alimento não perecível ou 1 litro de
leite. Essas doações são utilizadas nos programas sociais do Sesc. Os interessados devem chegar com 15 minutos de antecedência. Mais informações com Ediléia no telefone 3521.9472
Terça, dia 23, tem coleta de sangue em BD Motorista foi socorrido pelo SAMU (IBOM) Um homem de encontraram o motorista 57 anos ficou ferido na consciente e com madrugada de sexta-feira sintomas de embriaguez. (19) depois de bater seu Ele recebeu os primeiros carro num poste da rua atendimentos do SAMU, Lalemã Vieira, bairro Es- foi imobilizado e depois planada. De acordo com levado para o Pronto informações passadas à Atendimento da Santa imprensa pelo SAMU – Casa de Bom Despacho. que foi acionado às 2h da Não foram divulgadas madrugada – ao chegar informações sobre seu no local os socorristas estado de saúde.
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Na próxima terça-feira, 23 de abril, o Hemominas e a Associação dos Doadores de Sangue de Bom Despacho (ADSBD) farão coleta de sangue na cidade. O procedimento será realizado de 8 às 13 horas, no Posto Avançado da ADSBD (Praça Olegário
Maciel, 831, antigo prédio da Câmara). A Associação recomenda que os voluntários façam o agendamento da doação de sangue para diminuir o tempo de espera. Agendamento e mais informações pelo telefone 99838.1245
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A delicada arte de contar estórias que a fez encontrar-se nesta atividade e transformá-la em profissão. Apaixonada por crianças e pela arte, Glauce fez questão de engajar-se no projeto da Flara porque sabe que a literatura transforma a vida das pessoas, tal e qual a escola transformou a dela, ainda que sob muitos percalços.
Denise Coimbra é psicóloga e escritora
Estive na II Festa Literária de Araújos (FLARA) a convite do idealizador, Eduardo Lucas Andrade. Este ano, a FLARA promoveu atividades culturais, artísticas e literárias durante uma semana em várias escolas e creches da cidade. A festa literária de Araújos conta com o apoio do Abrigo Literário - iniciativa de um grupo de moradores que realiza e divulga atividades culturais e com o apoio de empresas que as patrocinam. Escritores e poetas araujenses, bomdespachenses e de Nova Serrana estiveram presentes na Flara. Saulo Mazagão e Gildásio Pinto lançaram livros durante o evento que teve palco livre, bate papo com escritores, música ao vivo e o 1° encontro de contadores de história em Araújos. Com programação diversificada e bem descontraída, a Flara foi realizada na Associação Comercial e Industrial de Araújos e teve entrada gratuita. Segundo Eduardo, um dos objetivos da festa literária é democratizar o acesso à cultura e a arte aos moradores da cidade. Iniciativa que deve ser seguida e valorizada por
Apesar dos sacrifícios pessoais que ela teve que fazer para estudar - o mais sentido? Afastar-se da filha pequena para ir à faculdade em outra cidade - Glauce está convicta de quer seguir a carreira na área da Educação e continuar contando histórias. Ela sabe que a Educação permitiu a ela sentir a força que possui para enfrentar a vida e seus obstáculos, tal e qual uma guerreira, nas palavras dela.
todas as cidades brasileiras. É sempre bom lembrar que a cultura dá sentido à vida e às ações de um povo. Durante o evento conheci a contadora de histórias arajuense Glauce Adriano Silva Lacerda. O modo singular e apaixonado de contar a história da boneca Abayomi despertou a minha vontade de entrevista-la. Após freqüentes desistências em dar continuidade aos estudos regulares, inclusive duas tentativas fracassadas em fazer a EJA (Educação
de Jovens e Adultos), Glauce conseguiu concluir seus estudos secundários com renúncia e determinação. Aos 32 anos, ainda que duvidasse da capacidade de fazer um curso superior, e sentindo-se "muito velha", ela teve o apoio do marido, dos pais e da irmã e foi aprovada no curso de Pedagogia. Além da graduação, ela fez cursos de teatro e contação de histórias. E foi essa experiência realizada pela primeira vez numa praça
Ameaça aos povos indígenas LAURA LIS Laura Lis de Castro Campos é advogada pósgraduada em Direito e Direito do Trabalho.
Há 519 anos a frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral chegava ao Brasil. A data 22 de abril de 1500 ficou conhecida como o Descobrimento do Brasil, mesmo já existindo aqui em nosso território milhões de habitantes. Sim, a estimativa era de que 5 a 11 milhões de índios viviam no território brasileiro. Os habitantes da América receberam o nome de Índio porque Cristóvão Colombo achou que tinham chegado à Índia em 1492. Conflitos armados, doenças trazidas pelos europeus e o processo de escravização contribuíram para dizimar cerca de 90% da população indígena na época da colonização. Desde a chegada dos portugueses até os dias de hoje os territórios indígenas têm sofrido diversas invasões
e muitos indígenas sofrem exploração sexual e exploração do trabalho. Violência e genocídio marcam a história desse povo, que resiste e luta para manter viva sua cultura e nossa natureza. Temos previsto na Constituição Federal de 1988 o direito originário dos índios sobre as terras que tradicionalmente ocupam, além de direitos como respeito à identidade e organização social, costumes, línguas, crenças e tradições. A Fundação Nacional do Índio (Funai) criada em 1967 com a função de delimitar, demarcar, regularizar e registrar as terras ocupadas pela população indígena, também tem a obrigação de promover e proteger os direitos desse povo. Nas eleições de 2018, tivemos uma líder indígena candidata à vice-presidência pelo PSOL, Sônia Guajajara. Ao contrário do que seu governo queria, o governo eleito promete que não haverá mais nem um centímetro de terra indígena demarcada. Desde o resultado das últimas eleições, o
desmatamento já aumentou e as invasões de terras indígenas cresceram 150%. Madeireiros, garimpeiros, petroleiros e pecuaristas intensificaram os ataques às terras indígenas, já que o governo atual está ao lado deles. Até a questão da posse de armas só tem a favorecer mais ainda esses "amigos" do governo nos conflitos com os índios. Além de sermos o país que mais mata LGBTI+ no mundo, somos também o país mais perigoso para os defensores dos direitos dos indígenas. No fim de janeiro os povos indígenas do Brasil protestaram em cerca de 60 locais do país e em outros 8 países do mundo. Um povo acostumado a lutar não vai parar agora, afinal são mais de 5 séculos de muita resistência. Celebremos então o dia 19 de abril, que é o dia do Índio, não com penachos, mas sim reconhecendo a importância desse cidadão, que foi essencial na formação da sociedade brasileira e que merece a conservação e respeito da sua cultura e do seu povo.
Sabe também que seguir contando histórias é desbravar novos mundos e encantar os que a ouvem! Ainda que ela nunca imaginasse que teria a sua história peculiar aqui registrada. Contar histórias é uma das mais remotas experiências humanas e que elas estejam presentes nas próximas festas literárias: em Araújos, Bom Despacho ou Nova Serrana! Oxalá em todas as cidades brasileiras! Certamente, Glauce Adriano estará presente e terá uma bela e emocionante história para nos contar...
COMUNICADO PÚBLICO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL MASSEY CALÇADOS TORNA PÚBLICO QUE OBTEVE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, POR MEIO DO PROCESSO Nº 75099.000044/2018-24, LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA - LAS, PARA ATIVIDADE C-09-03-2 CONFECÇÕES DE CALÇADOS DE COURO E ARTEFATOS DIVERSOS DE COURO, LOCALIZADA NA RUA SANTO PIO X, Nº 45, BAIRRO SÃO JOSÉ, VÁLIDA PELO PRAZO DE 10 (DEZ) ANOS.
REQUERIMENTO DE LICENÇA AMBIENTAL A EMPRESA MZB PARTICIPAÇÕES E NEGÓCIOS LTDA, INSCRITA NO CNPJ N° 10.250.543/0001-10, REQUER A LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA COM RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO (LAS/RAS), PARA O EMPREENDIMENTOMZBPARTICIPAÇÕESENEGÓCIOS LTDA, LOCALIZADO NA RODOVIA BR 262, SENTIDO BOM DESPACHO A NOVA SERRANA, KM 473, PARA A ATIVIDADE PRINCIPAL: UNIDADE DE TRIAGEM DE RECICLÁVEIS E/OU TRATAMENTO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS ORIGINADOS DE RESÍDUOS URBANOS (E03-07-9), PELO PERÍODO DE 10 ANOS À PARTIR DA PUBLICAÇÃO DA LICENÇA.
Publicado por Imagem Editora Ltda. jornal@joneg.com.br 35600-000 - Bom Despacho - MG É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Publicação semanal – Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana - Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega sem ônus de uma cópia por pessoa.
PALAVRAS CRUZADAS Por Orlando Ferreira de Freitas • N° 71 VERTICAIS: 1 - Coluna sem
HORIZONTAIS: 1 - Condimento picante. 7 - Metal brilhante e friável, abundante nas rochas eruptivas. 8 - Ópera do compositor italiano Giuseppe Verdi que conta o cativeiro de uma princesa etíope no Egito. 10 - Fruto de sabor amargo, comestível, da família das solanáceas (pl.). 11 - Uma; inédita. 13 - Fileiras. 14 - Sexto mês do calendário judaico. 15 -Achar graça. 16 - Reza. 17 Amazonas (sigla). 18 - Instituto de Biociências (sigla). 19 Cosmético de consistência gelatinosa que se aplica sobre o cabelo para lhe dar brilho e ou moldar. 21 - Mil cento e um em algarismos romanos. 22 - Que serve ou é necessário. 24 - Centro de Atenção Integral à Criança (sigla). 25 - Munir-se de armas. 27 - Barra de chocolate belga Premium da Barry Callebaut no Brasil. 28 - Mistura de alcaloides extraídos da papoula. 29 Gostar; adorar. 30 - Beijos.
ornamento que constitui elemento vertical da estrutura de uma construção. 2 - Grupo indígena, hoje extinto, que habitava a Paraíba pl). 3 Porém; contudo. 4 - Antiga denominação de navios de grande porte. 5 - Vaso de diferentes formatos e variadas dimensões para transportar ou conter água. 6 - Membro de uma embaixada. 7 - Unidade de comprimento equivalente a um milésimo do metro. 9 Afagar. 10 - Bairro da cidade de Bom Despacho próximo ao SESC. 12 - Relativo à Arábia, aos árabes ou sua cultura. 20 - Isento de qualquer sujeira. 21 - Cama de lona , serve para transportar feridos (pl). 23 Uma das duas partes extremas de uma ripa que vai do cunho até a ponta . 24 Topo; alto. 26 - Abreviatura no meio jurídico de Recurso Ordinário Constitucional. 27 Coreto de sódio.
SOLUÇÃO: Pimenta - Mica Ainda - Jilós - Inica - Alas - Adar Rir - Ora - Am - IB - Gel - MCI - Util - CAIC - Armar - Sicao - Opio - Amar - Osculos. - VERTICAIs: Pilar Icós - Mas - Nau - Tina - Adido Milimetro - Acariciar - Jaraguá Arábico - Limpo - Macas - Lais Cimo - ROC - Sal.
DENISE COIMBRA
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Conheça a real situação do município FERNANDO CABRAL Fernando Cabral é advogado, auditor federal e prefeito de BD
Entre nós, a apresentação do relatório está prevista no art. 98 da Lei Orgânica. Assim como na Constituição da República, também a nossa Lei Orgânica determina que a situação será apresentada por meio de relatório. No entanto, como o relatório é uma peça escrita, mais técnica e mais detalhada, o prefeito o apresenta oralmente numa versão mais simplificada e mais curta para que qualquer interessado possa acompanhar. Esta simplificação e brevidade são importantes. A simplificação, porque coloca os fatos ao alcance de todos; a brevidade, porque torna o assunto palatável especialmente para quem o acompanha pela Internet e não tem tempo para longas arengas. Como muita gente não teve oportunidade de acompanhar a apresentação mesmo pela Internet, destaco aqui alguns pontos mais relevantes. Primeiro, ficou demonstrado como a situação financeira do país está prejudicando todos os municípios. A prova mais clara disto está no fato de que 98% dos municípios brasileiros (5.452) estão em situação irregular. Somente 116 municípios (2%) estão em dia com suas obrigações. Bom Despacho é um deles. Em Minas a situação é mais grave ainda do que no resto do Brasil. Isto, porque o ex-governador Pimentel desviou R$ 12 bilhões de dinheiro dos municípios. Em janeiro deste ano, o governador Zema desviou mais R$ 1 bilhão. Deste total de R$ 13 bilhões, Bom Despacho arcou com o prejuízo de R$ 18,6 milhões. Este mês Bom Despacho fechou acordo judicial com o novo governo. Mas ele não resolve o problema de imediato. Isto porque a Estado somente começará a devolver o dinheiro a partir de abril de 2020. Mesmo assim, em 30 parcelas mensais. Este golpe foi muito forte, pois junta-se a uma dívida de R$ 16 milhões que Bom Despacho vem pagando desde 2013. Foi o rombo que o ex-prefeito deixou. Além do rombo, o ex-prefeito também deixou R$ 28 milhões em impostos prescritos (dívida que não pode mais ser cobrada). Como se não bastasse, ainda deixou que se perdessem mais R$ 6 milhões em processos de cobrança “engavetados”. Isto significa que, somando as dívidas e perdas deixadas pelo exprefeito com o desvio praticado pelo ex-governador Pimentel, Bom Despacho ficou com um prejuízo R$ 68 milhões. Não é pouco dinheiro. Corresponde à metade de tudo que o Município arrecada em um ano. Além dos valores serem significativos, o destino do dinheiro também é. Por exemplo, só do FUNDEB, que é dinheiro des-tinado à educação, o desvio ultrapassou R$ 6 milhões. Conforme mostrado no quadro, em 2018 BD sofreu uma perda nominal de 11,6% num período em que a inflação foi de 26%. Isto significa, na prática, que o dinheiro que Bom Despacho recebeu para investir na educação em 2018 foi praticamente a metade do que recebeu em 2015.
Nasceu nos Estados Unidos a exigência de que, a cada ano, o presidente enviasse ao Congresso uma mensagem descrevendo a situação do país. Nessa mensagem, geralmente chamada Mensagem da Situação da União, o presidente costuma informar sobre as finanças e a economia do país. Originalmente tratava-se de um relatório escrito. No entanto, a partir do início do século XX, os presidentes tomaram a iniciativa de apresentar a situação pessoalmente em reunião especial do congresso. O Brasil copiou este modelo americano. Nossa constituição, no inciso XIX do art. 83, prevê que todos os anos o presidente da república remeta ao congresso nacional uma mensagem sobre a situação do país. A mesma previsão chegou aos municípios brasileiros. Bom Despacho não é exceção. Mesmo assim, conseguimos aumentar o número de salas de aula, de professores, de matrículas. Bom Despacho está entre os poucos municípios brasileiros que tem 100% das crianças acima de 4 anos na escola. E mais: tem mais de 90% das crianças de 0 a 4 anos matriculados na
educação infantil. A despeito de tantos prejuízos, também manteve e até aumentou os investimentos na saúde. Os resultados são notáveis. Por exemplo, em 2018 foram feitas 1.639 cirurgias, reduzindo a fila para apenas 191 pacientes.
Atualmente já baixou mais, para 142 e a fila de cateterismo foi zerada. Esta é também uma conquista que nenhuma cidade brasileira alcançou. Mas as melhorias não vieram só nas áreas de cirurgias e cateterismo. O atendimento geral à população melhorou de forma significativa. Basta ver que em 2012 Bom Despacho contava apenas com 8 unidades básicas de saúde. Hoje são 15. Além disto, havia constantes fechamentos do Pronto Atendimento, o que nunca mais aconteceu. Outra melhora muito importante foi na área odontológica. Hoje Bom Despacho não tem mais fila para realizar próteses dentárias. Se o paciente precisar de rote, dentadura ou coroa, não terá que esperar. O atendimento é imediato e a solução completa vem em poucos dias. A evolução que Bom Despacho teve nos esportes também se destaca. Para se ter ideia, em 2012 a prefeitura apoiou 1.500 atletas; em 2018 nós apoiamos 16.646. Isto significa um aumento de 1.000%. O número de atividades esportivas subiu de 3 em 2012 para 61 em 2018. Portanto, um aumento de 1.933%. Mas o bom é que nosso cidadão vem reconhecendo tanto as dificuldades enfrentadas quanto os resultados obtidos. Uma prova disto é que, em 2012, 50% dos bom-despachenses deixaram de pagar seus impostos; em 2018 este número caiu para 28%. Este é um dos motivos por que continuamos avançando em todas as áreas. Por exemplo, na iluminação pública. Em 2012 tínhamos 6.767 postes com luminárias; em 2018 encerramos o ano com
8.441. Portanto, um aumento de 25%. Mesmo em áreas que pouca gente presta atenção, os resultados são importantes. Por exemplo, embora a frota de veículos tenha aumentado em 3,8% de 2017 para 2018, o número de acidentes de trânsito foi reduzido em 28%. Isto significa menos danos ao patrimônio, menos pessoas feridas, mais vidas salvas. É o resultado das melhorias das vias públicas e aperfeiçoamento da sinalização. É certo que 2018 foi um ano difícil para o Brasil e para o brasileiro. Certamente, não foi um ano fácil para Bom Despacho e para o bom-despachense. Mas, apesar disto, tivemos melhoras muito significativas em todas as áreas. Foi esta a conclusão que o prefeito, por meio de números como estes apresentados aqui, levou ao conhecimento dos vereadores. Este é o resultado do esforço dos empreendedores que não têm medo de crise; dos trabalhadores que não desistem; dos servidores públicos que, com determinação, enfrentam escassez de recursos e carências de toda ordem. Mas há muitíssimo por fazer. Por exemplo, a construção do CTI. Nos últimos anos trouxemos para Bom Despacho o SAMU e o Corpo de Bombeiros. O próximo passo no atendimento a urgências e emergências é a construção do CTI. Por isto, na reunião da Situação do Município, o prefeito deixou com os vereadores um projeto de lei que, se aprovado, permitirá que finalmente Bom Despacho tenha o seu tão sonhado CTI. VEJA MAIS QUADROS NA PÁGINA SEGUINTE
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Gatinha da Semana
CONTINUAÇÃO DA PÁGINA ANTERIOR
Isabella 3 anos Pais: Gleison e Ana Paula
Andréia Simões faz aniversário neste sábado, 20 de abril
Camila Martins faz aniversário neste sábado, 20 de abril
3522.2692
Carolina Hamdan faz aniversário neste sábado, 20 de abril
Diego Ivens faz aniversário no dia 22 de abril
Hedilene Donizetti faz aniversário dia 25 de abril
Karenine Oliveira Borges faz aniversário dia 22 de abril
Letícia Morais faz aniversário no dia 22 de abril
Marli de Fátima faz aniversário no dia 22 de abril
Rozilene Araújo faz aniversário neste sábado, 20 de abril
Sandra Maria de Oliveira faz aniversário neste sábado, 20/4
Sandrinha Couto faz aniversário no dia 22 de abril
Vanessa Anielly Castro Dias faz aniversário domingo, 21 de abril
Moda Bebê & Infantil Calçados&Brinquedos
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As velhas Semanas Santas de Zé Rufino Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
José Joaquim da Costa - Zé Rufino - era meu bisavô materno, nascido em Bom Despacho em 1860 e aqui falecido em 1940. Fazendeiro, dono de 3 mil alqueires de terras, no Picão, na Extrema, no Raposo e no Campinho, que deixou de herança para seus filhos Maria do Alfredo do Raposo (minha avó), Berto e Juca Rufino. Terras que ele adquiriu a partir de uma pequena herança e que multiplicou com trabalho duro e pesado na lavoura e na pecuária. Mas sobretudo pelo seu tino comercial e empresarial refinado. Já a partir de 1884, no vigor de sua juventude, vendia carne, banha, toucinho de porco que ele salgava, preparava e levava para vender em Curral del Rei, num entreposto onde mais tarde se ergueu a capital de Belo Horizonte, antes de ela existir. Lá vendia seus produtos animais da fazenda, bem como cargas de rapadura e açúcar mascavo (açúcar preto) de cana moída em seus engenhos. Zé Rufino organizava caravanas de carros de bois e cortava os sertões e as serras de Minas, numa jornada que hoje não dá nem para compreendermos como ousaram fazê-la. Qual carretas e caminhões dos tempos hodiernos ele, na volta, vinha carregado de mercadorias imprescindíveis ao consumo das fazendas e da população de Bom Despacho e de toda a região em volta: principalmente sal, querosene e arame farpado, dos poucos produtos que não se produziam nas fazendas do nosso interior. Viagens épicas Além de Curral del Rei Zé Rufino negociava também com armazéns de Formiga. Um deles, a Casa Dois Irmãos, que existiu até o século XX, nos anos 50. Contou meu tio Juca Rufino que o pai dele chegou certa vez, depois de longa e penosa viagem, a Formiga e então seus grandes amigos da Casa Dois Irmãos lhe disseram: - Ah! Zezé, a coisa tá feia. Não tá tendo sal de jeito nenhum. Nós e toda a população estamos desesperados. - E onde tem sal, indagou-lhes Zé Rufino. - Só em Capivari, no estado de São Paulo - Então eu vou lá buscar - decidiu o destemido desbravador. Para terem uma ideia, meus leitores, Capivari (SP) fica próximo a Aparecida do Norte. E Zé Rufino foi com sua caravana, pelas estradas de Minas até a Mantiqueira sem que nunca tivesse estado lá. E atravessou a Mantiqueira. E em Capivari abasteceu-se de sal. Na volta passou em Formiga. Os comerciantes ofereceram-lhe para comprar a carga. Ele se negou a vender. Ofereceram-lhe um lucro exorbitante em cada saca. Todavia, Zé Rufino não podia chegar a Bom Despacho sem os produtos que o povo e os
fazendeiros esperavam. Mas vejam o que fez. Com ousadia e intrepidez vendeu, em Formiga, todo o sal que comprara em São Paulo e lá voltou para abastecerse novamente. Pegou o estradão com os carros abarrotados. Retornou a Bom Despacho e trouxe as mercadoras que todos esperavam ansiosamente. E foi assim principalmente com sua intrepidez, sua disposição e tirocínio que José Joaquim da Costa – Zé Rufino – construiu um império rural a partir dos anos de 1884 até 1940 (quando faleceu), como homem respeitado, íntegro, religioso, extremamente católico, que fez dele um dos maiores nomes de nossa história. Prezava tanto a religião que foi ele quem doou toda a madeira foi gasta na construção da Matriz a partir de 1927. Memórias de minha mãe Minha mãe (Carmozina Araújo Teixeira, dona Nenem do
Domingos Leite), nascida em 1910 e falecida em 1999, guardava na memória as semanas santas de sua infância e adolescência, entre 1915 e 1930, na casa de seu bisavô Zé Rufino (Pai Zezé) e sua bisavó Sá Arminda (mãe Sarminda). Naquele período de sua vida, minha mãe contava entre 5 e 20 anos de idade. Ela se lembrava que Zé Rufino naquele tempo era proprietário de um casarão, onde hoje se situa o Hotel Letícia. Ficava ele fechado grande parte do ano. Sua serventia era acolher a família quando vinha à cidade. Preparativos Havia uma época que era sagrada e infalível: a Semana Santa. Na véspera do Domingo de Ramos, o velho patriarca mandava preparar os carros de bois. Providenciava polvilho, fubá, ovos, coalhada, queijo para bolos e biscoitos. Lenha, carne, banha, feijão, arroz, farinha, tudo com
fartura para os almoços e jantares. E vinha aquele magote de gente: ele e a esposa, os filhos, netos. Parentes, os empregados caseiros, as cozinheiras e arrumadeiras, as lavadeiras e passadeiras de roupa.
Hai Cais em chamas
Paroquiano exemplar Como paroquiano exemplar do Vigário Nicolau e do Padre Augusto, não perdia e não deixava ninguém perder o domingo de ramos, as procissões de Nosso Senhor e Nossa Senhora e a do Encontro. O lava-pés. E a grande procissão do enterro do Senhor Morto da Sexta Feira da Paixão. As vias sacras e os sermões dos grandes pregadores que vinham de outras cidades para a semana sagrada. Depois Zé Rufino comandava seu clã garantindo sua presença nas cerimônias do Sábado de Aleluia e das brincadeiras da queima do Judas e da leitura engraçada de seu testamento. o domingo da Páscoa da ressurreição.
(Notre-Dame. De Paris. Da Humanidade.)
Ser humano admirável Este homem admirável de quem me orgulho de ser bisneto, eu não o conheci vivo. Mas sua memória está viva em minhas ideias e em meu coração, porque seu nome virou lenda por tudo que realizou materialmente e espiritualmente, pela sua liderança, exemplo de um caráter humano de fortaleza no passado e no futuro de sua terra e de suas gerações.
Arte em chamas Arde a mais bela Língua dos homens Na cidade dos sonhos Escorre pesadelo Em brasa Lamúrias em labaredas Ascendem ao cinza céu Sem lágrimas de chuva Carpem os homens Em estrangeira irmandade De espanto e dor Tomba a Torre Na dolorosa Hora do Ângelus Séculos engolidos Em infernais segundos De impotente desespero Desaba Quasímodo Em tortuoso Choro Ateou-se fogo na Fênix Paris Cinzas de todos nós (Celso Ribeiro)
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Sem experiência, como os jovens vão entrar no mercado de trabalho?
Datas em Destaque 20 Abril
Dia Nacional do Diplomata
3521.4142 3522.3636 3521.4140 3521.4135
DÉBORA RODRIGUES As vagas de emprego que eu vejo anunciando deixam sempre claro que necessitam de experiência para o cargo. Sério, tento puxar pela memória e não me lembro de uma que não fosse exigido experiência no cargo como requisito ou
como quesito para que os candidatos saiam na frente.
121 Abril
Dia de Tiradentes
Pensemos juntos: se uma pessoa experiente concorre com uma inexperiente, quem tem maior chance de ser contratada? Para mim, parece óbvio. Então, se para ser contratado precisa de experiência, para ter experiência precisa-se de oportunidades. Como farão os jovens para ingressar no mercado de trabalho? Quando conseguem, fico observando o quão discriminados eles são. Já passei por isso na pele também. Quando comecei a trabalhar, me pediam informação, eu dava e aí, quando havia desconfiança da minha capacidade, pediam que eu chamasse meu patrão (detalhe que nem passava pela cabeça que poderia ser uma patroa). É fato que é mais cômodo contratar alguém que já sabe o serviço, mas também não seria vantajoso ter um profissional moldado de acordo com as necessidades da sua empresa? Além da gratificação de ensinar um ofício a alguém que precise para que ele tenha novas oportunidades. Lembro como meu primeiro emprego foi importante para minha formação profissional como um todo. Tive sorte com a outra funcionária que tive o prazer de trabalhar. Foi ela quem me treinou. Era experiente, responsável, dedicada e ética. Se eu tivesse iniciado com outro tipo de treinador poderia ter outra postura profissional. Ela jamais fez com que me sentisse incapaz pela minha idade e minha falta de experiência. Se o empregador permite que alguém jovem e sem experiência ingresse em sua empresa não ajuda em nada os colegas o tratarem como incapaz. Vamos lembrar que todos tivemos um início e vamos tratar o colega inexperiente da melhor maneira possível. Dando apoio e o estimulando a crescer e a aprender coisas novas. Os jovens sofrem com essa rejeição que vem do mercado de trabalho. Se sentem incapazes e podem, inclusive, adoecer por causa disso e carregar a vida toda esse sentimento de incapacidade que o outro teve sobre ele. Se puder dar oportunidade a um jovem inexperiente para entrar no mercado de trabalho, faça isso. Devemos ser uns pelos outros e pensar no futuro que vamos ajudar nossos jovens a construir.
A data marca o nascimento de José Maria da Silva Paranhos, o barão do Rio Branco, em 20 de abril de 1845, no Rio de Janeiro. Ele foi jornalista, historiador, deputado, secretário particular na missão de negociação de paz com o Paraguai e também ocupou a cadeira número 34 da Academia Brasileira de Letras. O Barão do Rio Branco foi responsável pela consolidação das atuais fronteiras do país, resolvendo velhas disputas por território que o Brasil tinha com outros países sul-americanos.
Contate o Jornal:
Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi um dentista, tropeiro, minerador, comerciante, militar e ativista político que atuou no Brasil colonial, mais especificamente nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ele é reconhecido como mártir da Inconfidência Mineira, patrono cívico e herói nacional.
Datas na Semana Abril
99922-2361 SÓ WHATSAPP. NÃO ATENDE LIGAÇÃO
20 Dia do Diplomata 20 Dia do Disco 20 Sábado de Aleluia 21 Dia do Metalúrgico 21 Tiradentes 21 Dia da Latinidade 21 Dia da Polícia Civil 21 Páscoa 22 Dia Nacional do Agente de Viagem 22 Dia da Aviação de Caça 22 Dia da Comunidade Luso-Brasileira 22 Dia do Planeta Terra 22 Dia da Tontura 23 Dia Mundial do Escoteiro 23 Dia Internacional do Livro 23 Dia Nacional do Choro 24 Dia do Penitenciário 24 Dia Mundial de Combate à Meningite 24 Dia Nacional de Libras 25 Dia da Contabilidade 25 Dia Mundial da Malária 25 Dia do DNA 26 Dia do Goleiro 26 Dia da Prevenção a Hipertensão
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Saudades de lugares quenuncaforamnossos ALEXANDRE
MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Toda vez que saio de São Paulo, seja para passar um fim de semana fora, seja para passar muitos meses fora, depois de algum tempo começo a sentir falta de minha cidade natal. É incrível como sentimos falta de nossos lugares de origem, até mesmo dos defeitos. Na verdade, de São Paulo sinto mais falta dos defeitos, já que a cidade tem muito mais defeitos do que qualidades. A sensação de estar no meio de um trânsito caótico e conseguir entender o que está acontecendo. Saber quando posso cruzar a rua sem ser atropelado, já que ninguém usa a seta para indicar se virará naquela rua ou se seguirá reto pela rua que estava, é indicativo da doidera que é ser paulistano. Olhar o céu carregado de nuvens de chuva e saber que é melhor não ir por esta rua, pois ela alagará, é outro sinal de que a pessoa nasceu na cidade. Acostumar-se com o cheiro horrível da fumaça dos carros e, principalmente, dos caminhões que não regulam seus motores e jogam fumaça na cara dos paulistanos, é sinal de ter nascido por estas bandas. Depois de uns dois dias fora, já sinto saudades da poluição, do barulho, do metrô lotado, da falta de educação generalizada, do "bom dia" dado a um vizinho e que fica no vazio, já que o vizinho nem olha no seu rosto. Passei alguns períodos fora do Brasil trabalhando em cidades como Londres, Nova Iorque, São Francisco e Madri. Todas estas cidades são lindas, mas todas têm um lado paulistano. Todas são populosas, com muita poluição, muitos carros, com trens lotados, com gente mal educada e vizinhos enlouquecidos. Claro, em São Paulo tudo é assim, mas elevado ao quadrado, ou seja, muito pior. Bom Despacho Em 2017 comecei a frequentar Bom Despacho, a primeira cidade muito menor que São Paulo que frequento com regularidade. Confesso que o primeiro impacto foi grande. Em dois dias já conhecia o centro da cidade inteirinho e já conseguia me locomover sozinho, sem o auxilio de minha namorada bom-despachense. Moro há 53 anos em São Paulo, com pequenos períodos de ausência, e ainda não conheço todos os bairros, e continuo com muita dificuldade em dirigir e saber a direção que devo tomar para ir aos lugares que não frequento diariamente. Cada fim de semana que passava na cidade conhecia mais pessoas, normalmente apresentadas por minha namorada bomdespachense, entendia mais os hábitos dos moradores, acostumava-me
mais com as expressões utilizadas pelos comerciantes, entendia melhor a empolgação que o grupo de corrida Correbom mostrava a cada madrugada para treinar e competir, sentia maior prazer em andar pelas fazendas, gostava mais de andar com meus cachorros pelo mato, entendia melhor os períodos de caça aos pequis, às goiabas, às mangas maduras, via com mais naturalidade os passos cambaleantes do Claudio pelo meio das ruas da cidade, estranhava cada vez menos quando alguém me parava na rua e me perguntava se eu era o novo escritor do Jornal de Negócios, achava cada vez menos estranho ser elogiado no meio da rua por um texto escrito algumas semanas antes. Enfim, fui aos poucos me sentindo mais em casa quando estava em Bom Despacho. A cada ida a Bom Despacho me sinto mais em casa, o estranhamento com o tamanho da cidade quase que desapareceu. O que antes era novidade, agora é natural e aconchegante. O começo do namoro atabalhoado, que é sempre coberto de expectativas ("será que vai dar certo?"), aos poucos tornou-se maduro, bom e com boas expectativas para o futuro. Depois de pouco mais de um ano e meio de relacionamento com minha namorada bom-despachense e com Bom Despacho, arrumei umas aulas em Campinas, interior de São Paulo, todo fim de semana. Faz quase dois meses que não vou a Bom Despacho e, por motivos alheios à sua vontade, minha namorada bom-despachense também não conseguiu me visitar em Campinas. Vejam o que aconteceu: estou sentindo uma saudade imensa de estar em Bom Despacho! De jantar no restaurante japonês, de
almoçar na Fazendinha, de tomar café na lanchonete do seu Ivan, de correr com a turma do Correbom, de andar pelo mato, de ver as siriemas, de encontrar cobras nas estradas de terra, de andar de mãos dadas com minha namorada bomdespachense! No começo, eu ia a Bom Despacho somente para ver minha namorada. A cidade era um detalhe. As pessoas que a cercam e convivem com minha namorada bom-despachense eram periféricos. Depois de ficar estes quase dois meses distante, percebi que adoro Bom Despacho. Que considero as pessoas que fazem parte da vida de minha namorada como meus amigos, que os prezo tanto quanto as pessoas que convivo em São Paulo. E o melhor de tudo: continuo morrendo de saudades do inicio de tudo: minha namorada bom-despachense. Na quarta-feira, dia 17 de abril, voltei a pegar o único ônibus que sai de São Paulo, sempre às 21:40 horas, com destino a Bom Despacho. E não via a hora de descer na pequena rodoviária da cidade às 6:00 horas, passar pela pequena padaria e comprar pão, rever o trajeto que tantas vezes já percorri até a casa de minha namorada e encontrá-la sorridente. À noite, ir até o bar da tia Tita e tio Vicente tomar umas cervejas, encontrar alguns amigos que fiz na cidade, curtir o ritmo lento da cidade que aprendi a amar e, claro, matar a saudade de minha namorada bomdespachense. Boa Páscoa, amigos de Bom Despacho! Que bom foi ter encontrado este paraíso, tão diferente de São Paulo, mas tão complementar! Como somos complementares eu e minha namorada bomdespachense!
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PUBLICAÇÃO PARTICULAR
Não existem receitas infalíveis para criar filhos Tenho recebido alguns pais no meu consultório com sentimento forte de fracasso. É como se eles não conseguissem exercer o papel de pai e mãe. Em alguns momentos me dizem: “Na época dos meus pais era mais fácil, eles tinham muitos filhos e conseguiram ser bem sucedidos na criação de todos nós. Mas também era só meu pai olhar para mim e pronto, eu já sabia que estava fazendo a coisa errada”. Bem, vamos analisar! Muitas coisas mudaram. Nós hoje adultos olhamos para nós enquanto crianças e pensamos nos sentimentos que temos em relação a nossos pais e a partir daí chegamos a conclusão de que aquela forma de relacionamento é a que eu gostaria de ter com os (as) meus (minhas) filhos (as). Acontece que vivemos em outros tempos onde estimulamos nossas crianças a se comunicarem melhor, expressar suas emoções, serem competitivas, a reconhecerem números, letras e cores desde muito pequeninas.
Nós também mudamos a forma de relacionamento entre pais e filhos, queremos ter uma relação mais saudável e aberta. A dica da Gabi é: • Acredite em você, no seu potencial de ser um bom pai e uma boa mãe; • Não existem receitas infalíveis de como criar filhos 100% corretos. O que existe são estratégias que na maioria das vezes funcionam e que
podem contribuir para o desenvolvimento de uma relação mais saudável entre pais e filhos; • Amar nunca é demais; • Pare alguns minutos hoje e relembre da sua infância e da relação com os seus pais. Qual foi a sensação? Espero que esta semana você consiga encontrar o equilíbrio necessário para ter uma relação leve em família. Abraço carinhoso da Gabi
Gabriela Couto Correia de Lacerda Psicóloga CRP-MG 04/4146-2 Contato: (37) 99144-8334 Instagram: @gabilacerdapsicologa Praça da Matriz, 300 - Sala 303 - Shopping Assumpção
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Feliz Pรกscoa! www.IBOM.com.br
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