JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

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Bom Despacho (MG), 7 a 13 Julho 2019

DESTAQUE

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Ano XXXI - Nº 1.574 • Fundado em 12/05/1989

Bom Despacho (MG), 7 a 13 Julho 2019 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

Bombeiros na torre

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Bom Despacho x SP: confiança nas pessoas Leia texto de Alexandre Magalhães

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Bom Despacho (MG), 7 a 13 Julho 2019

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DESTAQUE

REQUERIMENTO DE LICENÇAAMBIENTAL ELENICE MARIA DE SOUZA, CNPJ 31.351.660/0001-40, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bom Despacho, torna público que solicitou, através do processo administrativo nº 75099.000026/2019-23, Licenciamento Ambiental para atividades de EXTRAÇÃO DE AREIA E CASCALHO PARA UTILIZAÇÃO IMEDIATA NA CONSTRUÇÃO CIVIL, desenvolvidas na FAZENDA ESTREITO, s/n°, Zona Rural, na cidade de Bom Despacho - MG. ambienta

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Bom Despacho (MG), 7 a 13 Julho 2019

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Carreta sai da pista, capota e mata motorista na BR 262

(IBOM) O motorista de uma carreta morreu na tarde desta segunda-feira após o veículo que ele dirigia sair da pista e capotar na BR 262, em Bom Despacho. O acidente, que aconteceu na descida após a Copasa, destruiu a cabine do caminhão.

Família Acolhedora faz evento no dia 8 Famílias cadastradas no programa Família Acolhedora vão receber orientação e treinamento de 8 a 12 de julho na Escola do Servidor (EFESP). A capacitação será conduzida por profissionais da rede assistencial do município, Ministério

Público e Conselho Tutelar. O objetivo é preparar a família para acolher em casa a criança ou adolescente encaminhado pelo programa. Interessados devem agendar atendimento através do telefone 99106.2276.

Professor Tadeu continua afastado Ainda em fase de recuperação das cirurgias de catarata a que foi submetido, o Professor Tadeu Araújo se mantém afastado do ofício de escrever. Assim que receber liberação médica voltará com sua coluna.

Equipes da concessionária Triunfo Concebra e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para atender à ocorrência. Quando chegaram ao local encontraram o motorista sem vida. Sua morte foi confirmada pelo médico da ambulância da concessionária da rodovia.

O corpo do motorista ficou preso nas ferragens e só foi desencarcerado pelos Bombeiros e a unidade de resgate da Triunfo Concebra depois que a Polícia Civil fez a perícia do acidente. Após ser retirado das ferragens, o corpo foi entregue à funerária de

plantão. De acordo com informações enviadas pelo Corpo de Bombeiros, a vítima é do sexo masculino e tinha 59 anos de idade. Seu nome não foi informado. Postagem feita em redes sociais afirma que ele seria natural de Nova Serrana.

Escola Irmã Maria entrega uma tonelada de alimentos à Apae (IBOM) Na manhã de quinta-feira (4/7), a Escola Irmã Maria repassou à Apae Bom Despacho 1.000 kg de alimentos arrecadados pelos alunos através do projeto Ação e Integração. A doação foi entregue à Apae durante evento artístico-cultural que reuniu um público de 500 pessoas na Escola, segundo a sua diretoria. O evento foi aberto pela Banda de Música do 7° Batalhão, regida pelo tenente Adinelson Macedo, que executou o Hino Nacional Brasileiro e outras músicas. Durante sua apresentação, os músicos também mostraram aos alunos os instrumentos musicais que compõem a Banda, o som e as características de cada um. Segundo a Escola, a presença da Banda militar “influencia positivamente os alunos e impacta diretamente na segurança daquela localidade”. Após a apresentação da Banda os alimentos foram repassados ao presidente da Apae, Paulo Ferreira, que estava no evento.


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Campeões brasileiros de Orientação estudam na Escola Irmã Maria Espero que a Escola e a cidade reconheçam e homenageiem os dois campeões com atividades educativas ou sociais onde eles possam falar da experiência e dos resultados tão importantes que obtiveram num campeonato que reuniu atletas de várias cidades, estados e países.

No dia 4 de julho (quintafeira) conversei com Pedro Vitor de Faria e Liniker Francisco Oliveira Rodrigues, alunos da Escola Irmã Maria. Ambos participaram do XXI Campeonato Brasileiro de Corrida de Orientação e se tornaram campeões brasileiros na categoria em que concorreram. Além deles, 199 alunos de 13 escolas bomdespachenses participaram desta moderna prática desportiva.

Ao finalizar, relembro que a Escola Irmã Maria recentemente completou 50 anos promovendo a educação de moradores da região do bairro São Vicente. Um bairro que freqüento e percebo como sendo pouco valorizado pela comunidade bomdespachense. Muitas vezes, pelos próprios moradores também.

Aprendi com eles e com o professor de educação física Rondinélio Alves de Almeida, que dá aulas também no Irmã Maria, que Orientação se trata de uma competição realizada junto à natureza, com o uso de mapa e bússola. O atleta tem que passar por pontos de controle e o tempo para completar o percurso é um fator a ser considerado para a vitória.

Pedro Vitor, morador do São

Por Orlando Ferreira de Freitas • N° 82

Vicente, é estudante do Irmã Maria desde o ensino fundamental; atualmente freqüenta o primeiro ano do ensino médio. Liniker, morador do Novo São Vicente, é aluno novato do 6° ano do ensino fundamental. Foi a primeira vez que eles participaram deste tipo de esporte. Contudo, o perspicaz adolescente Pedro já participou de vários campeonatos de xadrez e Liniker, um menino encantador

de 11 anos, além de andar de bicicleta, gosta de jogar futebol e ler. Impressionou-me a alegria, a naturalidade e a capacidade de expressarem o que vivenciaram. Saí do nosso encontro com a certeza de que a escola tem papel fundamental na apresentação das inúmeras e novas opções esportivas, intelectuais e educacionais que existem no mundo para as crianças e jovens. E que os jovens,

Acadêmicos de Odonto orientam crianças de Escola sobre escovação

Alunos do curso de

as crianças sobre a

seja encaminhado ao

Odontologia da Una Bom Despacho realizaram um

importância do cuidado com os dentes para sua

atendimento odontológico no serviço público nos

projeto educativo na Escola Chiquinha Soares.

saúde. As crianças também foram

casos necessários. “Essas crianças também farão

No evento, dia 27/6, os acadêmicos distribuíram kits

avaliadas clinicamente pela equipe da Una. Os dados

parte da lista de pacientes da clínica odontológica da

de higiene bucal para os alunos, ensinaram técnicas

dessa avaliação serão entregues à direção da

Una, que começa a atender no semestre que vem”,

de escovação e orientaram

Escola, para que o aluno

afirmou Carolina.

Sonho com a construção de um grande centro cultural apoiado pelos empresários bom-despachenses, Prefeitura Municipal e sociedade civil, onde cada vez mais ações esportivas, culturais, artísticas, de lazer e educacionais sejam promovidas naquela região. Eis o único lugar que os adolescentes e os jovens bomdespachenses deveriam frequentar, além da escola. Tal e qual Pedro e Liniker, eles venceriam campeonatos e subiriam no pódio para receberem medalhas e taças. Estariam cada vez mais distantes de pátios superlotados, fomentando a violência nos centros socioeducativos sucateados e insalubres e que almejamos construir.

HORIZONTAIS: 1 - Localidade na zona rural de Bom Despacho; também nome vulgar do Nitrato de Prata. 7 - Rumo. 8 - Raspa; corta rente. 10 - Pequeno; inferior.11 - Separa. 13 - Da forma do ovo. 14 - Carne magra, junto ao osso da espádua do boi 15 Achar graça. 16 - Aio; senhor. 17 - Símbolo químico da prata.18 - Atmosfera. 19 - Virtude. 21 - Ùnico. 22 - Sulcam a terra. 24Divindade egípcia. 25 - Curar. 27 - Aciona os freios do veículo. 28 - Direito; íntegro.29 - Querido.30 - Sadio; saudável. VERTICAIS: 1 - Detector submarino que usa ultrassons.2 - Ilha

de forma anular de recifes de coral. 3 - Família; casa. 4 Expressa idéia de três vezes. 5 - Rente ao fundo (fem.). 6 - Era. 7 - Readquirir vigor. 9 - Relativo à Alemanha ou aos alemães. 10 - Casas; habitações. 12 - Terna; meiga. 20 - Oceanos; 21 - Teta; glândula mamária. 23 - Floresta. 24 - Irritar. 26 - Relação . 27 Banco Central do Brasil (sigla) SOLUÇÃO: HORIZONTAIS: Salitre / rota / rapa / menor / isola / oval / acém / rir / amo / ag / ar / dom / uno / aram / íbis / sarar / breca / reto / caro / salubre. VERTICAIS: Sonar / atol / lar / tri / rasa / época / revigorar / alemânico / moradas / amorosa / mares / úbere / mata / irar / rol / / bcb.

Denise Coimbra é psicóloga e escritora

Moradores do bairro São Vicente e Novo São Vicente,

PALAVRAS CRUZADAS

apesar do desconhecimento, querem e aceitam participar de atividades desafiadoras que estimulem o crescimento de suas habilidades e tragam novos conhecimentos e atitudes.

DENISE COIMBRA

Lendo sobre a Orientação, aprendi que ela exige uma série de habilidades. Entre as quais “leitura precisa do mapa, avaliação e escolha da rota, uso da bússola, concentração sob tensão, tomar decisão rápida, correr em terreno natural, manter o controle da distância percorrida e, o ponto mais delicado: a preservação do meio ambiente por onde a corrida acontece”.

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PM realiza formatura de 328 estudantes do Proerd em BD

(IBOM) Com o salão do Sesc inteiramente tomado, a Polícia Militar realizou na noite de terça-feira (2) a formatura de 328 alunos de seis escolas locais que participaram do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD). De acordo com o 7° Batalhão, mais de 500 pessoas estiveram presentes no evento, entre estudantes, familiares e amigos dos formandos. Desenvolvido pela PMMG e voltado para estudantes do

5° ao 7° ano do Ensino Fundamental, o PROERD aposta no trabalho conjunto da PM, da escola e das famílias. Seu objetivo é conscientizar e afastar as crianças das drogas e da violência, bem como estimular a cultura da paz. Na mesa de autoridades do evento estavam o tenente coronel Roberto Martins, comandante do 7° BPM, o prefeito Fernando Cabral, a secretária municipal de Educação, Ivy Lilian e os oficiais capitão Henrique e

capitão Alves, da PMMG. A Banda de Música do 7° Batalhão participou da formatura. Na sua fala, o comandante do 7° BPM homenageou os professores e exortou os pais a ensinar bons valores para seus filhos. “Pais, assumam que é ser do bem. Filho é uma escolha nossa. Amem seus filhos”. Os 6 estudantes autores das melhores redações sobre o PROERD foram premiados com bicicletas doadas por empresas locais.


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As crianças não são mini adultos

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Paulo Ricardo, 5 anos

Pais: Keila e Paulo

DÉBORA DÉBORA

RODRIGUES RODRIGUES Débora Rodrigues é psicóloga e conselheira tutelar em BD

Na última quinta-feira, o excelentíssimo senhor Presidente da República deixou claro que é a favor do trabalho infantil, pois disse que em nada sua vida foi prejudicada por ele ter colhido milho aos nove, dez anos de idade. Continuou dizendo que o trabalho dignifica o homem e a mulher, não interessa a idade, e que não apresentaria nenhum projeto de lei para descriminalizar a prática pois sabe que seria massacrado.

Ana Cecília Santos Costa faz 12 anos no dia 8 de julho

Douglas Couto faz aniversário no dia 10 de julho

Larissa Mamede faz aniversário domingo, 7 de julho

Lídia de Sousa faz aniversário no dia 11 de julho

Malu Marin faz aniversário no dia 8 de julho

Pedro Miglio faz aniversário sábado, 6 de julho

Roberto Ferreira faz aniversário no dia 8 de julho

Saulo Leles faz aniversário no dia 10 de julho

O presidente disse ainda: "quando um moleque de nove, dez anos vai trabalhar em algum lugar tá cheio de gente aí 'trabalho escravo, não sei o quê, trabalho infantil'. Agora, quando tá fumando um paralelepípedo de crack, ninguém fala nada." Ele disse que aprendeu a dirigir e atirar cedo e que hoje em dia é tanto direito, tanta proteção que temos uma juventude que tem uma parte considerável que não tá na linha certa. Concluiu dizendo que sente saudades daquela época onde você tinha muito mais deveres que direitos. "Hoje só se tem direitos, dever quase nenhum e por isso nós afundamos cada vez mais.". O presidente deixa claro que, apesar de ser lei federal, ele desconhece o Estatuto da Criança e do Adolescente, pois se o conhecesse saberia que lá não há nenhum direito absurdo ou que não seja fundamental para um bom desenvolvimento da faixa que atende. Enquanto o Ministério Público Federal trabalha no país todo em parceria com as escolas para combater a exploração do trabalho infantil, esse senhor não pede sua descriminalização por medo de virar meme no Instagram.

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Quando entenderão que crianças não são mini adultos? É óbvio que existem realidades diferentes que devem ser levadas em consideração, mas quando o presidente do país diz atrocidades assim, ele dá força a cada adulto que explora uma criança em cada cantinho desse país. É um desserviço sem tamanho. Não só ele, mas muita gente pensa que o ECA veio dar direitos demais para as crianças e adolescentes. Eu gostaria, sinceramente, que alguém pudesse apontar o excesso de direitos que nele consta. É importante ler, procurar saber e principalmente entender as coisas dentro da nossa realidade para depois criticar. É muita opinião para pouco conhecimento. Tenhamos cuidado.

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Crepúsculo do Alto dos Ivos

Nos píncaros da Serra Fina (3) ÚLTIMA PARTE

FERNANDO CABRAL Fernando Cabral é advogado, auditor federal e prefeito de BD

No final do segundo dia da travessia da Serra Fina, ali estava eu, espremido contra as taboquinhas, perdido no meio do capim alto. Dificuldades intransponíveis. O sol descambava atrás da montanha. Embora pouco passasse das três, o vale começava a ficar escuro e mais frio. A temperatura caia para 10 C. Naquele lugar estaria escuro em menos de duas horas. Na garrafinha, só mais uns três dedos de água. Do outro lado das taboquinhas, a menos de 300 metros, a trilha onde eu precisava chegar. Mas como, se o taquaral e o emaranhado do capimamarelo pareciam fechar todos os caminhos? A bem da verdade, a água não me preocupava muito. Era pouca, mas eu tivesse que passar a noite ali, eu poderia beber o orvalho que se formaria em poucas horas. Com a alta umidade do ar e o frio da noite o capim fica molhado como se tivesse chovido. Comida não era problema. Embora a travessia tivesse sido planejada para dois dias, eu tinha alguma reserva. Além do mais, ficar um dia sem comer não mata ninguém. Minha maior preocupação era com a Alcione. Ela devia me esperar na margem da BR-354, perto da Garganta do Registro, na divisa com o Estado do Rio. Eu havia previsto chegar às 6 horas da tarde, mas agora já sabia que seria impossível. Minha esperança era que ela se lembrasse que eu havia dito que, em caso de dificuldades, eu poderia pernoitar. Minha segunda preocupação era como armar barraca. Naquele lugar era impossível. Além do piso irregular e inclinado, não havia nem um metro quadrado de clareira. Sem barraca para quebrar o vento eu não aguentaria o frio da madrugada, quando a temperatura cairia para próximo de zero. Duas semanas antes o Instituto de Meteorologia havia registrado ali a menor temperatura do Brasil em 2019: 6,4 C negativos! Passar a noite naquele lugar não era uma opção. No entanto, eu continuava perplexo com o fim da trilha. Desde o Pico dos Três Estados até aquele socavão ela era bem batida e visível. No entanto, sem mais nem menos, desaparecia na minha frente como se quem a tivesse percorrido desaparecesse naquele ponto. A situação peculiar tornou-se minha aporia particular. Fisicamente, porque não havia mesmo saída. Mentalmente, porque eu estava embaraçado com aquela situação. Subir a trilha de volta até o Pico dos Três Estados e acampar lá não era nada agradável. A subida seria árdua e demorada. Além disto, no dia seguinte, eu teria que descer tudo de novo. Atinei então com o que deveria ter acontecido: muitos que ali passaram

Quando os filósofos gregos começaram a desbravar a racionalidade humana toparam situações que pareciam sem saída. O pensamento parecia chocar-se contra um mundo obscuro e intransponível de impossibilidades que a mente não conseguia remover, vencer ou circundar. Estas situações foram chamadas de aporias. Aporia significa sem saída. Da filosofia e da geometria o termo transbordou para a língua corrente onde é usada para referir-se a uma situação de dúvida, indecisão, perplexidade. Uma situação que parece sem saída. Situação que aconteceu comigo quando, na Serra Fina, uma trilha desapareceu na frente dos meus olhos, embora eu pudesse ver a continuação dela três centenas de metros à frente.

Ponto em que se encontram Minas, Rio e São Paulo - Agulhas Negras ao fundo antes de mim devem ter cometido o mesmo erro de seguir em frente, rumo à trilha visível além daquela biboca. Mas, ao se depararem com o paredão intransponível das tabocas, voltavam sobre os próprios passos. Com isto, a trilha errada ficava muito bem marcada. Enquanto isto, a trilha verdadeira, menos marcada, deve ter continuado por um desvio menos visível. Levei uma hora para resolver minha aporia. Melhor do que os matemáticos, que levaram mais de 2.500 anos para resolver as aporias propostas pelo filósofo grego Zenão de Eleia. Entendida a situação, reanalisei com cuidado redobrado o mapa topográfico que eu tinha. Veja no mapa que, se eu pudesse seguir em frente, avançando a nordeste, eu pegaria novamente a trilha menos de 300 metros à frente. No entanto, as taboquinhas e o capim-amarelo não me deixavam passar. Se eu caminhasse a sudeste, pegaria a trilha a menos de 100 metros, mas por ali também eu estava bloqueado. Então, o jeito era voltar procurando o ponto onde a trilha dava uma guinada de 90 graus, de nordeste para sudeste. Voltei procurando. Caso eu não encontrasse, continuaria voltando

ao Pico dos Três Estados. Não era um resultado desejável, mas, pelo menos, eu teria um local para armar a barraca e passar a noite. Mas o preço seria alto. Além de eu deixar a Alcione me esperando ao relento, eu passaria horas de sede após escalar 200 metros quase no escuro. Isto equivaleria a subir as escadas de um prédio de 70 andares carregando 12 quilos nas costas. Depois eu ainda teria que armar a barraca no escuro no meio do capim alto. Ruim como parecia, aquele seria meu destino seu eu não encontrasse a trilha. Por isto retornei com atenção triplicada. Com as mãos fui abrindo o capim na lateral e procurando marcas deixadas por trilheiros que me precederam. Depois de refazer uns 300 metros encontrei a trilha. Coberta por um tufo de capim, ela ficava invisível para quem descia o morro. Não havia marca ou sinal que pudesse de pronto indicar sua presença. Foi um alívio. Agora eu podia aproveitar o resto da claridade para avançar. Adiante não tinha água tão perto, mas pelo menos eu poderia acampar no Alto dos Ivos, uns dois quilômetros adiante em linha reta. Era bem verdade que eu teria que fazer uma descidinha, uma subidinha e uma subidona antes de chegar lá.

Do Alto dos Três Estados vê-se o Pico das Agulhas Negras Mas, pelo menos, eu estava no caminho certo e não precisaria voltar. Mesmo que eu não conseguisse água antes de anoitecer, no dia seguinte eu estaria perto. Bem mais animado, acelerei. Acelerado, subi o primeiro morro, desci e subi o Alto dos Ivos. Foi como subir correndo um prédio de uns 30 andares. No topo voltei a ver o sol brevemente. Ele estava se escondendo atrás de um pico alto, de mais de 2.500 metros cujo nome não sei. O celular não dava sinal. Resolvi não acampar. Acendi a lanterna, molhei a boca com o último gole d’água que me restava e comecei a descer. Dali em diante seria praticamente uma descida só: dos 2.500 metros onde eu me encontrava eu desceria para menos de 1.000 nas proximidades de Itamonte. Em muitos trechos a descida era vertical e escorregadia, mas havia também ladeiras alongadas, onde o passo rendia bastante. Por volta de 8 horas da noite eu encontrei água. Foi bom, pois das duas às seis eu só tinha molhado a boca. Depois das 6, nem isto. Mas eu ainda precisava esperar algum tempo. Por mais que a água fosse cristalina, ela podia conter vírus, bactérias e parasitas. Então, tratei com cloro e esperei mais meia hora

Aporia na Serra Fina. Mapa ao lado mostra ponto da perda da trilha

para beber. Geladíssima! Agora minha preocupação era só com a Alcione. Nestas alturas ela certamente já tinha desistido de me esperar. Não fazia sentido ficar na beira da rodovia, no escuro, numa noite gelada, esperando um retardatário que não dava notícia. Felizmente, uma turma de caminhantes do Rio com quem eu havia me encontrado no Pico dos Três Estados havia informado a um morador das proximidades que eles tinham encontrado um velhinho de cabelo branco, sozinho, fazendo a travessia. O velhinho de cabelo branco era eu. Pelos cálculos dos locais, eu não chegaria mais naquele dia. Com esta informação, a Alcione resolveu me esperar na pousada. Mas os fluminenses se enganaram. Às 9 horas da noite eu botei os pés no asfalto da BR-354. Como já não havia resgate, o jeito foi continuar descendo por ela em direção a Itamonte. Seis quilômetros abaixo, por volta das dez e meia eu consegui sinal de celular e liguei para a Alcione. Antes da meia-noite eu estava pronto para dormir numa cama quentinha. Depois de uma tarde de aventuras e dois dias venturosos, a Serra Fina já era mais uma belíssima paisagem indelevelmente gravada na minha memória.


DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 7 a 13 Julho 2019

Bom Despacho x SP: confiança nas pessoas

ALEXANDRE

MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD

Há uma coisa que adoro em Bom Despacho, gosto mais do que tudo na cidade: a confiança cega que as pessoas têm nas outras pessoas. É impressionante como isso é muito diferente em São Paulo e em Bom Despacho. Para um paulistano, todas as pessoas desconhecidas são inimigas que precisamos nos livrar rapidamente. Ninguém convida ninguém desconhecido para ir a sua casa, ou tomar uma cerveja no boteco da esquina. Há muita gente na cidade e uma parcela considerável está procurando alguém para aplicar um golpe, furtar ou roubar algum valor. Para dar uma ideia da paranoia que é viver em São Paulo, se eu estiver dentro do ônibus (que em Bom Despacho as pessoas chamam de lotação) e entrar um jovem de blusa com capuz, desço imediatamente, pois alguém com um capuz, especialmente em um dia de calor ou temperatura amena, me bota medo. É assalto quase certo. Faço a mesma coisa na rua. Se estou andando em um local de pouco movimento e uma pessoa atravessa da outra calçada (meio fio, para os bomdespachenses) para a que eu estou, eu atravesso a rua e fico observando se o cidadão voltará para sua calçada original. Se for uma dupla que atravesse a rua em minha direção, já entro em pânico, pois a chance de me roubarem é grande. Em Bom Despacho, encontrei o oposto deste comportamento. A começar pela primeira vez que visitei a cidade. Havia encontrado minha futura namorada bomdespachense uma única vez, por pouco mais de uma hora, e combinamos de eu ir passar uns dias no local onde ela vivia. Viajei com a certeza de que eu ficaria em um hotel na cidade. Mal cheguei, mencionei que precisava achar um hotel e a resposta foi: “De jeito nenhum. Fique em casa, pois há espaço para você dormir”. Uau! Mesmo morando sozinha com sua filha, ela me abriu as portas de sua casa, sendo que mal nos conhecíamos. E nem éramos namorados na época. Para um paulistano, isso é inimaginável. Se não conhecemos a pessoa, não há a menor

chance de a levarmos para casa. Não é o costume local. Claro, sempre há pessoas que são as exceções, mas são absoluta minoria. Mas, o que me encanta em Bom Despacho é o que vejo sempre no comércio local: a confiança nas outras pessoas. Presenciei ocasiões que me fascinaram. Há alguns meses, não me recordo se era véspera de natal ou aniversário de minha sogra, fui com minha namorada bomdespachense até uma joalheria no centro da cidade. Escolhido o presente que minha sogra receberia, percebemos que nem eu, nem minha namorada havíamos levado cartão de débito ou crédito. Muito menos talão de cheques. Com a maior naturalidade do mundo, minha namorada bomdespachense pediu à vendedora para pagar a joia mais tarde, em um outro dia. A vendedora, prontamente, disse que “sim, claro, pode pagar depois, sem nenhum problema”. Detalhe: o presente custava cerca de quinhentos reais e a vendedora não demonstrou conhecer minha namorada. Simplesmente, anotou que havia um valor a ser pago posteriormente. Minha namorada bom-despachense saiu da loja como se nada houve acontecido de estranho minutos antes. Eu, de minha parte, deixei a loja como se eu tivesse assaltado o local. Tentei me esconder no carro, tamanha a vergonha que eu senti ao não pagar o presente na hora da compra. Claro, voltamos à loja no dia seguinte e pagamos o presente de minha sogra. Acreditei que a lojista havia nos deixado pagar a joia posteriormente, pois isso era uma prática de pequenos comércios da cidade. Ledo engano o meu. Há alguns meses, eu e minha namorada bom-despachense saímos para correr na Avenida Dr. Roberto de Melo Queiroz e imediações. Decidimos que sairíamos correndo a partir de sua casa, continuaríamos pela Dr. Roberto e voltaríamos. Como não pretendíamos comprar nada, propositalmente não levamos nossos cartões de débito e crédito, já que o bolso do calção de corrida é muito pequeno e fica fácil de perder os objetos que estão nele. Porém, quando passávamos perto de um grande mercado no meio do caminho, já voltando para casa, decidimos que tomaríamos um vinho naquela noite. Eu lembrei que

estávamos sem os cartões e desisti da compra. Minha namorada bom-despachense não se abalou e disse: “vamos perguntar se podemos pagar depois. Aqui na cidade, tomo mundo deixa pagar depois”. Eu até entendo essa prática em uma pequena loja, mas em um grande supermercado, que atende centenas de pessoas por dia? Duvidei que ela conseguiria, mas a acompanhei até o local. Morrendo de vergonha, já que em São Paulo isso seria impossível de acontecer, fiquei observando enquanto minha namorada bom-despachense convencia a gerente da loja a liberar um vinho para pagamento posterior. Resposta: “como conheço seu pai e sua mãe, fui aluna deles, vou deixar você levar o vinho. Mas, evite fazer isso, pois não teria como controlar as pendências se todos quiserem fazer isso”. Uau! Claro, voltamos ao supermercado e pagamos a dívida no dia seguinte. Algum tempo depois, contei a história a um de meus amigos bom-despachenses. Talvez, por passar boa parte dos dias em Belo Horizonte, cidade grande como São Paulo, onde a confiança nos outros é menor, ele ficou ensandecido conosco, perguntando por que não havíamos levado dinheiro na corrida. Mesmo explicando que os bolsos dos calções esportivos são pequenos e que havia risco de perda, não parou de criticar. “Uma vergonha! Temos sempre de andar com dinheiro, mesmo quando vamos correr na rua!” arrematou.

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Sicoob Cr edibom Credibom visita CCPR/Itambé e faz rreunião eunião pr omissor a promissor omissora

Com o objetivo de alavancar novos negócios para o Sicoob Credibom, o diretor de negócios Pedro Adalberto e o presidente José Fúlvio visitaram a CCPR - Cooperativa Central de Produtores Rurais de Minas Gerais, no dia 3 de julho. Em reunião considerada bastante promissora pelo presidente José Fúlvio, do lado da CCPR/Itambé estiveram presentes Marcelo Candioto, Marcos Elias e

Reinaldo Borges, respectivamente, presidente, diretor e gerente financeiro da CCPR. Na foto, da esquerda para a direita estão Marcelo Candioto, José Fúlvio, Marcos Elias, Pedro Adalberto e Reinaldo Borges.

QUER

ANUNCIAR?

Tempos depois, contei a mesma história para um de meus cunhados. Este, dizendo-se não surpreso com a prática do comércio, emendou: “é isso que adoro em minha cidade. Todos confiam em todos, pois sabem da história de cada um ou, no mínimo, conhecem o outro de vê-lo passear pela cidade. Tomara que isso nunca morra por aqui”. Minha namorada bomdespachense me contou recentemente, que uma das juízas do tribunal de Bom Despacho, mesmo não tendo nascido na cidade e sendo quase uma desconhecida, também ficava impressionada com o fato de conseguir comprar fiado em várias lojas. Torço, como meu cunhado e como minha namorada bomdespachense, que esse hábito tão bonito não se perca jamais. E que Bom Despacho não siga a lógica de São Paulo nas relações humanas e comerciais.

Chame pelo Whatsapp

99922-2361 NÃO ATENDE CHAMADAS


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Bom Despacho (MG), 7 a 13 Julho 2019

DESTAQUE

Bombeiros na torre da igreja Pendurados na torre da igreja matriz de Bom Despacho, a quase 50 metros de altura, homens do Corpo de Bombeiros mostraram que vão muito além de combater incêndio e resgatar acidentados. Nesse dia, sua tarefa era trocar a iluminação da cruz instalada na ponta da torre. A cruz, feita de metal, não acendia há muito tempo. O pedido de ajuda veio do padre Márcio Pacheco, pároco da matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho. Os Bombeiros aceitaram o desafio e mobilizaram cinco homens para a missão. “Em nosso trabalho somos diariamente surpreendidos com situações inusitadas. Eu tenho 17 anos de corporação e nunca tinha atendido uma ocorrência como essa. Sei que havia um eletricista na cidade que antigamente fazia o serviço, mas parece que ele está com uma certa idade e o acesso ao local lá é muito difícil. Muito alto, muito íngreme. Não arrumava ninguém que pudesse fazer essa substituição das lâmpadas”, diz o sargento João Paulo Ferreira, responsável pela equipe. O caminho até a cruz começa numa escada dentro da torre. Depois, são mais 12 metros por outra escada do lado de fora, subindo pelo telhado da torre, sem nenhuma proteção. Nesse trajeto, qualquer falha pode ser fatal. “É uma sensação diferente. Uma energia diferente. A cruz é bem alta. Mas ser útil é muito agradável. Dá uma sensação de dever cumprido”, afirma o sargento Fredy Camilo, que subiu no alto da cruz. A previsão dos bombeiros era que o trabalho levaria duas horas. Mas quando o sargento Fredy Camilo e o soldado Caio Amaral chegaram lá no alto descobriram que era preciso reparar também o sistema elétrico da cruz. O soldado Caio Amaral afirmou que “no desenrolar da ocorrência

a gente teve que trocar peças. Tudo tem risco. Subir naquela altura é perigoso, mas também muito gratificante. É preciso estar 100% atento. Qualquer erro, se cair daquela altura, você morre”. Ao todo os bombeiros ficaram cinco horas em cima da torre. Debaixo do sol. Seguros por cordas e equipamentos de segurança. Sem água. Sem comida. Se o desafio era difícil, não faltou determinação. E até uma ajudinha lá de cima. Do alto da torre, Caio e Camilo recebiam apoio de outros bombeiros que ficaram embaixo com duas viaturas. Mas todos sabiam que a qualquer momento a corporação poderia ser acionada para atender alguma emergência. Neste caso, os bombeiros de apoio teriam de deixar o local. Mas naquela manhã o telefone não tocou. Enquanto os Bombeiros restauravam a iluminação da cruz, não houve nenhuma emergência ou acidente que necessitasse deles. O telefone 193 não tocou de manhã, ao contrário do que acontece sempre. Para o sargento João Paulo, essa foi uma ajuda que veio de cima. “Olha, isso não é normal não. Sou um homem de fé. Acredito que Deus auxilie a gente. Porque nós ficamos lá por mais de quatro horas e durante esse tempo não houve nenhum chamado e nós pudemos concluir o trabalho lá”. A operação dos Bombeiros na Igreja Matriz deixou apreensiva muita gente que assistiu a cena. Mas no final tudo deu certo. Em mensagem enviada à corporação, o pároco, padre Márcio Pacheco, afirmou que “em nome de toda a comunidade rogo a proteção de Nossa Senhora para todos do Corpo de Bombeiros que bravamente enfrentam desafios para ajudar nosso povo”. Deu trabalho, mas a cruz no alto da torre da Igreja Matriz voltou a brilhar.

Esta matéria está num vídeo produzido pelo IBOM que será disponibilizado na Internet neste final de semana

Sargento João Paulo

Sargento Fredy Camilo

Soldado Caio Amaral


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