JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

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Bom Despacho (MG), 25 Dezembro 2019

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Ano XXXI - Nº 1.582 • Fundado em 12/05/1989

Bom Despacho (MG), 25 Dezembro 2019 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

Natal 2019

Padre Otaviano celebra o seu Jubileu de Ouro

No Natal, dê presente que muda a vida Histórias de Natal Deixe Jesus ainda mais presente PÁGINA 6

em sua vida. No Natal, presenteie o livro "Quem é esse Jesus", do Pe. Douglas Xavier. Um presente que muda a vida de toda a família.

O livro “Quem é esse Jesus - Um itinerário de iniciação cristã para formar discípulos missionários” foi escrito pelo Pe. Douglas Xavier em conjunto com o Pe. Almerindo da Silveira Barbosa, e publicado pela Editora Vozes.

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PÁGINA 8

Encontro de Natal após 70 anos PÁGINA 11

O Jesus nascido na Cruz do Monte PÁGINA 12

Cartinha para Papai Noel PÁGINA 14


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Bom Despacho (MG), 25 Dezembro 2019

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Bombeiros capturam jiboia de 35kg dentro de empresa em BD

Em apenas uma noite SAMU atende vítimas de dois acidentes com moto Em menos de uma hora, o SAMU atendeu a vítimas de dois acidentes automobilísticos em Bom Despacho na noite de sexta-feira (13/12) – ambos envolvendo motocicletas. O primeiro chamado foi na rua Fidelis Teixeira Campos, bairro São José, às 20h53, onde houve colisão entre carro e moto. A vítima é uma mulher de 25 anos, que estava consciente mas queixando

A segunda chamada foi às 21h22, meia hora depois, na Rua do Rosário, também no São José, onde um homem foi atropelado por uma moto.

muita dor no braço esquerdo. Ela recebeu os primeiros atendimentos dos socorristas e depois foi levada ao PA.

Quando o SAMU chegou o homem estava inconsciente. Ele foi imobilizado e levado para o Pronto Atendimento de Bom Despacho. Sua idade e estado de saúde não foram informados pelo SAMU.

Na tarde de quinta-feira (19/ 12), homens do Corpo de Bombeiros foram chamados para capturar uma jiboia que apareceu na LM Madeireira, na Avenida Dr. Roberto, defronte à pista de skate. A cobra foi avistada por funcionários escondida debaixo de uma pilha de

madeiras no fundo da loja, que dá para uma mata. Homens da Policia Militar de Meio Ambiente também compareceram no local. Para chegar até a jiboia os bombeiros primeiro removeram parte da madeira que estava por cima. Só depois conseguiram capturar o animal

sem feri-lo. Segundo a corporação, a cobra media cerca de 3,5 metros de comprimento e pesava 35 kg. A jiboia foi entregue à Polícia Militar de Meio Ambiente, que a soltou em região de mata para que ela volte ao seu habitat natural. O local da soltura não foi informado.

Acesse www.ibom.com.br e assista ao vídeo da captura da jiboia

Proerd aposta na cultura da paz (PAG. 4)

Encontro de Natal passados 70 anos (PAG. 11)

O Jesus nascido na Cruz do Monte (PAG. 12)


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PROERD aposta na prevenção às drogas e na cultura da paz Fim de ano é época das formaturas do Proerd, o Programa Educacional de Resistência às Drogas. Desenvolvido pela PMMG e voltado para estudantes do 5° ao 7° ano do Ensino Fundamental – que estão na faixa etária de 10 a 12 anos , o Proerd tem como objetivo conscientizar e afastar as crianças das drogas e da violência, bem como estimular a cultura da paz. Para a PM, nessa faixa etária as crianças estão mais receptivas ao trabalho preventivo. O programa dura um semestre e tem 10 aulas em encontros semanais realizados na sala de aula pelos instrutores. Atualmente, três militares fazem esse trabalho em Bom Despacho: os cabos Aldaíza Bernardes, Alexandre Silva e Fábio Carvalho. No final do semestre o Proerd sorteia brindes para as crianças participantes, que são estimuladas a fazer uma redação sobre o tema do programa. Os brindes são doados por instituições parceiras. As solenidades de formatura envolvem familiares e amigos das crianças e têm a presença do mascote do Proerd e da Banda de Música do 7° Batalhão. Confiança O coordenador do Proerd no 7° Batalhão, tenente Luiz Carlos Cabral Gontijo, afirmou para o Jornal de Negócios/ IBOM que o programa fortalece o vínculo da PM com a sociedade. “O Proerd orienta as crianças a lidar com situações violência e de oferecimento de droga, para que elas saibam enfrentar melhor eventuais situações de risco”. Outro aspecto importante, segundo o tenente Luiz Carlos, é que o Proerd promove a aproximação da comunidade com a PM. “Nossa meta é que as crianças aprendam desde cedo a confiar na Polícia, que é uma instituição da sociedade, criada para atender e proteger o cidadão”, afirmou. Ainda de acordo com o militar, “a gente vê o bom resultado porque as crianças ficam muito

CONCESSÃO DE LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA

satisfeitas e entusiasmadas com o projeto”. Formaturas Na quinta-feira, 5 de dezembro, 263 alunos do Ensino Fundamental de cinco escolas de Bom Despacho se formaram no Proerd durante solenidade realizada na quadra coberta do 7° Batalhão. No dia 3/12, a formatura foi na comunidade do Mato Seco, zona rural de Bom Despacho. Já na segunda, dia 9/12, foi a vez da formatura de 23 alunos da Escola Professora Maria Guerra, realizada no salão paroquial do Engenho do Ribeiro. Em todas as solenidades houve participação da Banda de Música regida pelo subtenente Adinelson Macedo, que executou o Hino Nacional e músicas natalinas.

A Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho Ltda, CNPJ 18.810.176/0006-89, vem por meio deste informar a população a concessão da LAS – Licença Ambiental Simplificada Nº K3IP-H5I1, para o empreendimento Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho Ltda, localizado na Rua Paraná, nº 150, bairro Ana Rosa, município de Bom Despacho/MG, para as atividades de “Centrais e postos de recebimento de embalagens de agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos”, código F-01-08-01 , pelo período de 10 anos a partir da publicação da licença, contados a partir do dia 28/11/2019.


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Prefeitura vai colocar ponte de concreto na Estrada da Ressaca A Prefeitura de Bom Despacho vai instalar uma nova ponte na estrada da Ressaca. O assessor de Desenvolvimento Rural José Maria Cesário explicou para o IBOM que a obra “é feita de concreto, tem 5,5 m de largura, suporta até 50 toneladas e substituirá a antiga ponte de madeira existente no local, que estava em condições precárias”. De acordo com José Maria, a plataforma da nova ponte está pronta. Ela foi moldada em concreto ao lado do ponto onde será instalada. A plataforma será movida com guindaste e colocada no local. Ainda segundo o assessor, a previsão é começar a instalação da ponte esta semana, se não chover. Não é possível executar a obra com o solo do barranco encharcado. Cesário afirmou para o IBOM que a obra deverá levar uma semana, prazo em que o tráfego será interditado naquele trecho da estrada. A Ponte da Ressaca fica sobre o Ribeirão dos Santos, fazendo a ligação entre a rodovia MG164 e comunidades rurais como Mato Seco, Capivari dos Marçal, Sacramento e Córrego Areado. Ela tem tráfego constante e é utilizada principalmente por produtores rurais e estudantes.

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Padre Antônio Otaviano celebra Jubileu de Ouro

FERNANDO CABRAL Fernando Cabral é advogado, auditor federal e prefeito de BD

Se no Levítico encontramos a origem do jubileu entre os judeus, é em Isaías (61:1,3) que vamos encontrar a missão do pregador: O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar a libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram; e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado. O que os católicos bomdespachenses comemoram esta semana é o Jubileu de Ouro do Padre Antônio Otaviano, nascido em Bom Despacho em 17 de janeiro de 1938, filho do Seu Heitor (Heitor Franco Filho) e de Dona Maria (Maria da Costa Franco). Em 1953, aos 15 anos, o jovem Antônio Otaviano entrou para o seminário da Congregação dos Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento e ordenou-se padre em 20 de dezembro de 1969. A solenidade foi realizada na Igreja Matriz de Nossa Senhora de Bom Despacho, o mesmo local onde no dia 20 passado suas ovelhas, seus amigos e seus colegas o homenagearam numa solene celebração eucarística. Na ocasião, adotou para sua vida presbiteral o lema Não é justo que abandonemos a palavra de Deus. O Frater Otaviano Conheci Padre Antônio 60 anos atrás, quando ele ainda era um jovem seminarista. Isto foi em Dores do Indaiá, no PréSeminário São Rafael. Se a memória não me trai, foi no ano de 1960. Na ocasião eu fazia o segundo ano do primário e nosso homenageado já tinha alcançado a posição de frater (que em latim significa irmão). Frater Otaviano – como nós o chamávamos então – tinha por impossível missão cuidar de uma centena de crianças e jovens adolescentes cujos pais os haviam mandado para o seminário. Alguns, desejando que seus filhos seguissem a vida religiosa; outros, que seus filhos tivessem uma boa formação escolar que era tão típica dos seminários. Mas havia também aqueles que se contentariam em ver seus filhos irrequietos e turbulentos controlados pelo enclausuramento e pela disciplina que os sacramentinos impunham. Controlar esta turba não era tarefa fácil. Em conversa recente com ele, Padre Otaviano me disse que não se lembrava de mim no seminário. Disse, porém, que se lembrava de muitos meninos da

Segundo a bíblia, entre os antigos judeus a cada 50 anos se comemorava o ano do Jubileu (Levítico, 28:8). Naquela ocasião havia o perdão geral das dívidas, os escravos eram colocados em liberdade e as terras tomadas, devolvidas a seus donos. Os católicos criaram sua versão do jubileu com indulgência plenária decretada a cada 25 anos. Mas o jubileu é também um momento de celebração de um lapso temporal

marcante. Por exemplo, comemorase o jubileu de prata, pela passagem de 25 anos de um fato importante e comemora-se o jubileu de ouro para celebrar 50 anos de um fato relevante. Cinquenta anos de sacerdócio é um fato mais do que relevante. É este fato relevante que os católicos bomdespachenses estão celebrando esta semana, quando Padre Antônio Otaviano da Costa Franco, SDN, comemora 50 anos de vida sacerdotal.

época. Pensou por um átimo e começou a enumerar: Zeferino, Célio Luquine... Fiquei pensando comigo que o então Frater, agora Padre, provavelmente só se lembrava dos meninos mais endiabrados. Quanto a mim, a quem para anjo só me faltavam um par de asas brancas e os cabelos louros cacheados, ele não tinha nenhum motivo para se lembrar de mim. Enfim, é sina das pessoas lembrarem-se mais facilmente do joio do que do frumento (tomou, Zeferino?!). Mas, depois do seminário, sempre tive notícias da carreira do Padre Otaviano. Se mais não fosse, porque os pais dele eram vizinhos tanto do meu avô Oscar de Castro quanto dos meus pais. Descendo a rua Lambari, menos de um quarteirão abaixo, estava meu avô. Descendo a rua Expedicionários, menos de um quarteirão abaixo estava a nossa casa. Os irmãos e irmãs do Padre Antônio eram nossos companheiros de brincadeiras de rua. Talvez um tanto mais disciplinados e comedidos do que os lá de casa. Talvez o seu Heitor e a D. Maria fossem mais bravos do que meu pai e minha mãe, não sei. Mas o fato é que nunca perdi os laços com Padre Antônio, mesmo quando ficou longe. E longe ele foi. Nos tempos de seminário, viveu em Manhumirim e Manhuaçu. Ordenado padre, assumiu a Paróquia Bom Jesus de Manhumirim, posição que ocupou por 20 anos. Depois, por 10 anos foi pároco em Manhuaçu. Entre 1990 e 1993 foi Superior Geral da Congregação. Em 2006, Padre Antônio, vindo do leste, volta ao oeste. Como bom filho, à terra torna. De então até 2010, foi pároco na Paróquia de Nossa Senhora de Bom Despacho. Atualmente continua entre nós como Vigário Paroquial. Nestes 50 anos dedicados à vida sacerdotal, Padre Antônio Otaviano usou sua verve para cumprir a missão que assumiu para si quando se ordenou. Cumpriu e continua cumprindo aquilo que Isaías diz ser o papel do padre: pregar boas-novas e curar os quebrantados de coração; proclamar a libertação aos cativos e pôr em liberdade os algemados; consolar todos os que choram e por sobre os que estão de luto uma coroa em vez de cinzas; derramar o óleo de alegria, em vez do pranto; trocar o espírito angustiado pela veste do louvor. É o que nosso homenageado, Padre Antônio Otaviano vem fazendo. Por isto são mais do que merecidos os aplausos e o reconhecimento que ele recebeu no dia 20 passado pelos 50 anos dedicados ao próximo.

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PRF prende acusada de integrar uma quadrilha de roubo de cargas A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na tarde do dia 11/12, em Bom Despacho, uma mulher acusada de integrar quadrilha de roubo de cargas na BR 262. A suspeita, de 23 anos, foi abordada pelos policiais quando passou pelo posto da PRF dirigindo um Fiat Palio que seguia em direção a Belo Horizonte. De acordo com informações passadas ao Jornal,

durante a abordagem a mulher ficou muito nervosa e entrou em várias contradições. Os policiais suspeitaram que ela seria a mesma mulher que participou de roubo a um caminhão que transportava celulares, ocorrido pouco antes perto de Campos Altos. Segundo a PRF, o motorista do caminhão foi abordado no km 560 da rodovia e obrigado a dirigir por mais de 30km até

achar local adequado para o transbordo da carga. Nesse momento o caminhão foi abordado pelos policiais rodoviários e o assaltante foi pego. Era um menor de 17 anos portando uma pistola tipo air soft. Segundo informações do motorista, junto com os assaltantes que abordaram o caminhão estava uma mulher que seguiu em veículo separado servindo

de batedora. Quando os policiais abordaram o caminhão e pegaram o assaltante que acompanhava o motorista, ela teria fugido até ser parada no posto da PRF. A mulher suspeita recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Bom Despacho. O Fiat Palio que ela dirigia foi apreendido e também levado para a Delegacia.

Assaltantes agridem e roubam homem que estava no Velório de BD

Um homem foi agredido e roubado no Velório Municipal na madrugada de quinta-feira (19/12). De acordo com informações enviadas ao Jornal de Negócios/Ibom pela Polícia Militar, a vítima foi agredida com uma coronhada na cabeça. Depois os assaltantes roubaram carteira, celular e o Fiat Uno da vítima, que foi usado por eles para fugir do local. Segundo informações

publicadas em redes sociais da cidade, o roubo aconteceu por volta de uma hora da manhã, quando havia um corpo sendo velado no local. Após o roubo, e temendo novas ocorrências, familiares do morto pediram que a funerária removesse o corpo do local e retornasse com ele às 6 horas da manhã. A PM informou ao Jornal que está fazendo rastreamento para localizar os responsáveis e encontrar o veículo roubado.

Veja notícias diárias no site www.ibom.com.br


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Histórias de Natal

A primeira bicicleta a gente nunca esquece Eu tinha apenas 6 anos de idade quando ganhei um presente que nunca esqueci: uma bicicleta. Lembro que passei a noite esperando o Papai Noel chegar. Até que não resisti e acabei dormindo. No dia seguinte levantei cedinho e lá estava a bicicleta. Na-

quela época era o presente dos sonhos de qualquer criança. Lembro que era uma Monark, cor preta, tamanho médio. Corri, peguei a bicicleta e fui tentar andar na Praça da Matriz. Logo caí e me machuquei porque a bicicleta era muito grande

para uma criança de 6 anos. Não desanimei. Cai várias vezes, mas aprendi. Eu e meus irmãos aprendemos a andar nessa bicicleta. Isto ficou na memória e me emociono até hoje com a lembrança daquele Natal. José Fúlvio Cardoso

A visita das crianças da Febem na noite de Natal Comemorávamos o Natal na casa da minha avó Marieta Cardoso, no bairro Santa Ângela. Toda a família se reunia lá. Não me esqueço de um Natal em que algumas crianças, alunas da Febem, apareceram na casa da minha avó na véspera do Natal. Foram visitar minhas tias que eram professoras daquela escola. Eram todas crianças muito simples e carentes.

Aí minhas tias decidiram sair já de noite e comprar presentes para aquelas crianças. Eu tinha uns 6 anos e fui com elas. Me lembro de estar andando na Avenida das Palmeiras e na Praça da Matriz ajudando a carregar os presentes. Eram presentes simples, mas que fizeram a alegria daquelas crianças e de todos nós também. Lembro do amor e do carinho que havia no ambiente. Foi

muito bom fazer parte daquilo, sentir a emoção de fazer crianças felizes. Voltar nosso olhar para aquelas crianças no momento em que a família se preparava para a festa de Natal. Depois de ganharem seus presentes, as crianças ficaram na casa da minha avó para a ceia de Natal. Eu nunca vou esquecer disso! Aline Cardoso de Assis

A expectativa e a alegria da minha filha

O aperto de mão dado em sonho por Papai Noel Eu tinha 10 anos de idade quando vivi um Natal muito especial. Meu pai tinha um pequeno comércio, chamada de venda, no Engenho do Ribeiro. Naquela época eu já ajudava em pequenas tarefas na venda. Quando chegou o Natal eu mandei uma cartinha para o Papai Noel pedindo uma bola de presente.

Gostava muito de jogar futebol nas ruas largas do Engenho. Como não tinha bola, jogávamos com lobeira ou bola de meia. Meu sonho era ter uma bola de verdade. Na noite de Natal, coloquei meu sapato atrás da porta, como era o costume, e fui dormir. De noite, sonhei que Papai Noel veio até minha cama e apertou a

minha mão. Foi uma emoção especial. Na manhã seguinte fiquei radiante ao ver minha tão sonhada bola ao lado do meu sapato. Mas o que nunca esqueci foi a sensação maravilhosa de ter recebido no sonho o aperto de mão do Papai Noel. Pedro Adalberto da Costa

Minha lembrança inesquecível é a satisfação da minha filha Thais nos dias que antecediam o Natal. Eu comprava os presentes e os colocava no pé da árvore uns 10 dias antes do Natal. Mas as crianças só podiam abrir os presentes na noite do dia 24. Mesmo assim, todo dia a Thaís pegava o embrulho, sacudia e escutava. Tentava descobrir o que havia dentro. No fundo ela sabia o que era, porque eu sempre comprava o que ela pedia. Eu falava que não podia comprar aquele presente, que era caro e tal. Mas a Thais sabia que eu compraria. Poder realizar o sonho dela, ver a expectativa e a alegria dela com o presente me deixava muito feliz. Nunca esqueço disso. Marco Antônio Pereira Franco


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Feminicídio: Polícia prende o assassino (IBOM) Após quase um mês de angústia, dia 15/12 a família de Ana Paula Aparecida dos Santos Silva, de 28 anos, se defrontou com o que todos suspeitavam e temiam: ela havia sido assassinada pelo ex-companheiro Wilton Antônio Pinto, 46 anos. Embora tenham vivido juntos por aproximadamente cinco anos, de acordo com a família, o relacionamento sempre foi conturbado. Wilton tem histórico de ameaças e agressões contra a companheira. Por causa disso eles estavam separados há cerca de dois meses. “Foi um feminicídio, um crime passional que chocou pela brutalidade e pelas circunstâncias”, afirmou para o Jornal de Negócios/IBOM o delegado Rodrigo Noronha, da 2ª Delegacia de Polícia Civil da comarca de Bom Despacho, que conduziu a investigação. Segundo o delegado, Ana Paula saiu de casa no domingo, 17/11, e foi para a residência de um casal de amigos. Ficou por lá até o início da noite. A Polícia Civil apurou que Wilton permaneceu horas dentro de um carro do lado de fora monitorando a casa. Quando Ana Paula deixou o local, ele a abordou e chamou para saírem. Consumiram drogas e bebidas. Depois Wilton seguiu até um canavial nas proximidades da comunidade da Garça. Lá, ele matou Ana Paula por asfixia e enforcamento. A vítima morava no bairro Dona Branca e deixou cinco filhos, todos ainda crianças. Embora Ana Paula tenha desaparecido no dia 17/11, sua família só acionou a Polícia dez dias depois, em 27 de novembro. Para o delegado Rodrigo Noronha, este é um erro que deve ser evitado. “Em qualquer situação, se uma pessoa desaparece sem dar notícias, o recomendado é acionar imediatamente a Polícia”, afirma. O sumiço de Ana Paula ganhou muita repercussão nas redes sociais de Bom Despacho, especialmente após ter sido mostrado pela TV Record. A investigação Comunicada do desaparecimento de Ana Paula, a Polícia Civil começou a investigação rastreando os últimos passos da vítima. O que se sabia é que Ana Paula havia passado grande parte do domingo (17/11) bebendo na residência de um casal de amigos. Ao sair de lá ela encontrou-se com Wilton na rua, entrou no carro em que ele estava e saíram juntos. Desde então sumiu e não foi mais vista. Procurado, Wilton dizia não saber do paradeiro de Ana Paula. Segundo ele, a excompanheira vinha dizendo que estava com vontade de “sair andando e sumir daqui”. Chegou a dar entrevista para uma equipe da TV Record que veio a Bom Despacho, alegando ser inocente e dizendo que jamais faria qualquer coisa contra a excompanheira. Nos dias que se seguiram a Polícia ouviu 11 depoimentos de familiares, amigos e pessoas que poderiam ter relação com o desaparecimento de Ana Paula. Nesses depoimentos, a Polícia descobriu que, após o sumiço de Ana Paula, Wilton havia feito ligações usando o chip do celular dela. Além disso, os policiais encontraram celular, bolsa e óculos de Ana Paula na casa de Wilton. Ele se defendia dizendo que a excompanheira os havia deixado lá na última noite em que se encontraram.

Foi um crime brutal", diz o delegado Rodrigo Noronha Evidências Para o delegado Noronha, não havia dúvida que Wilton estava envolvido no desaparecimento da mulher. As evidências contra ele eram muitas: Wilton é a última pessoa com quem Ana Paula foi vista; pertences da vítima foram encontrados na casa do suspeito; o chip do telefone de Ana Paula foi usado por Wilton para fazer ligações depois que ela sumiu; o suspeito era muito possessivo em relação à vítima; o histórico de ameaças e agressões de Wilton contra Ana Paula e, por fim, o fato de que o suspeito mudou-se para a cidade de Araújos após o sumiço da vítima. “Todos os indícios apontavam Wilton como responsável pelo sumiço de Ana Paula, mas precisávamos conseguir provas dessa autoria”. Com essas evidências, o delegado Rodrigo Noronha solicitou que a Justiça expedisse um mandado de prisão contra Wilton. O mandado saiu depois de cinco dias e foi entregue ao delegado no final da tarde da sextafeira, dia 13/12. Nessa mesma tarde o suspeito foi procurado, recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia Civil. Preso, Wilton continuou negando o crime. Ele chegou a prestar quatro depoimentos – um deles durou 12 horas. Nos depoimentos surgiram várias contradições. De acordo com o delegado Rodrigo Noronha, por último Wilton acusou o casal com quem Ana Paula esteve no domingo (17/11) de tê-la matado, e disse que ele havia apenas levado o corpo. Restos mortais No dia 14/12 Wilton levou os policiais até o local do crime – um canavial perto da

comunidade da Garça, em Bom Despacho. Lá os agentes encontraram restos mortais de Ana Paula espalhados no terreno. O corpo tinha sido dilacerado e comido por animais. De acordo com o delegado Rodrigo Noronha, partes dos ossos tinham sido roídas por cães, lobos e possivelmente até onças. A localização dos restos mortais de Ana Paula foi mantida em sigilo pela Polícia nas primeiras horas, já que Wilton dizia que ela tinha sido morta pelo casal com quem passara as últimas horas de vida. Até então ele não havia confessado ser o autor do crime. Diante disso, o delegado promoveu uma acareação entre Wilton e o casal. “A acareação demonstrou que Wilton estava mentindo”, afirmou ao Jornal de Negócios o delegado. O cerco foi se fechando. Diante das evidências – que incluíam o mapeamento das ligações telefônicas feitas por ele, autorizadas pela Justiça por meio da quebra do seu sigilo telefônico - Wilton acabou confessando ter matado Ana Paula e jogado o corpo no canavial. Reconstituição do crime O delegado Rodrigo Noronha disse ao Jornal de Negócios / IBOM que a Polícia Civil fará a reconstituição do crime para esclarecer mais detalhes. A data não tinha sido marcada no fechamento desta edição. Ainda de acordo com o delegado, Wilton será indiciado por homicídio triplamente qualificado: feminicídio, asfixia da vítima e motivo fútil. Responderá também por ocultação de cadáver. Somadas, as penas desses crimes podem dar mais de 30 anos de prisão.

Restos mortais foram para o IML, na capital Depois da confissão de Wilton, roupas e chinelos encontrados junto da vítima foram apresentados aos seus familiares para ajudar a confirmar que os restos mortais encontrados eram mesmo de Ana Paula. O próprio Wilton também reconheceu o cabelo da vítima, que foi recolhido pela Perícia. Os restos mortais de Ana Paula foram enviados terça-feira (17/12) para o Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte, onde serão periciados. Como sobraram apenas ossos alguns carcomidos por animais – e cabelo, é necessário fazer análises para confirmar a identidade da vítima.

Em respeito à família da vítima e aos leitores, o Jornal de Negócios / IBOM não publica as fotos dos restos mortais de Ana Paula – todas elas chocantes. Para ajudar no reconhecimento, a Polícia Civil conseguiu a ficha odontológica de Ana Paula no Núcleo de Saúde Bucal da Prefeitura, onde ela fazia tratamento. A análise da arcada dentária é uma das maneiras de confirmar a identidade da pessoa. Além disso, o delegado Noronha vai solicitar também o exame de DNA dos restos mortais para não deixar dúvidas.

Agentes da Polícia Civil com o autor do crime no canavial onde o corpo de Ana Paula foi jogado


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Encontro de Natal após 70 anos SEVÊNIO

GONTIJO Sevênio Mauro Vaz Gontijo é bacharel em Direito, cartorário e produtor rural em BD

Trabalho por mais de trinta anos em um cartório e já presenciei fatos admiráveis com relação à vida das pessoas, mas nenhum me tocou tanto quanto o que vou aqui relatar. Sempre trabalhei na véspera do Natal. Não sei por que tenho este hábito, mas não consigo ficar em casa, sem nada a fazer nesse dia. O Natal acaba sendo um feriado de dois dias porque não trabalhamos o dia anterior que é o dia 24 e por conseqüência o dia 25, que é o verdadeiro feriado. Então, costumo trabalhar no dia 24 de dezembro para folgar o dia 25, ficando com a família. Há mais ou menos vinte anos atrás estava eu trabalhando no dia 24 de dezembro, organizando alguns serviços que iria fazer após o feriado. Daí ouvi alguém batendo na porta de entrada do cartório. Caminhei até lá e me deparei com uma senhora, com certa idade, demonstrando estar um pouco nervosa. Ela me implorou: - Moço me ajude. Preciso encontrar minha família... Respondi: - Não estamos atendendo hoje. É feriado, mas pode entrar e me diga o que está acontecendo... Vou te ajudar... A senhora, mostrando uma antiga carteira de trabalho, então me relatou: - Vim da cidade de Santos, no estado de São Paulo. Acabei chegando aqui por acaso. Conheci uma senhora que é de Divinópolis, ficamos amigas e ela me convidou a passar o Natal com ela. Eu peguei um ônibus errado para Araxá porque achei que era perto de Divinópolis. Daí, de Araxá peguei um ônibus para Divinópolis à noite, e acabei dormindo na viagem. Quando acordei eu estava no trevo de Bom Despacho. Insisti para o motorista e desci no trevo da cidade, pois sabia que meu pai era daqui. Nunca imaginei que Bom Despacho era perto de Divinópolis. Esta carteira é dele. Morreu faz dois anos. Ele chegou em Santos muito novo e foi trabalhar como estivador nas docas do porto. Conheceu minha mãe e se casaram. Tiveram outros filhos além de mim. Ele sempre nos dizia que era natural de Bom Despacho. Morava numa fazenda nos arredores da cidade, mas saiu daqui antes de completar 18 anos em razão de um desentendimento com um de seus irmãos. Eles estavam roçando pasto e brigaram. Meu pai foi ferido no pé com um golpe de foice aplicado pelo próprio irmão. Ao voltar para casa, sua mãe, tratando do ferimento lhe aconselhou: Meu filho, você está prestes a completar 18 anos e tem que cumprir o dever militar. Tem que se alistar. Aproveite e siga seu caminho longe do seu irmão. Vá para São João Del Rei. Aliste-se e, após cumprir o serviço militar, tome rumo na sua vida.

Meu pai aceitou o conselho de servir o Exército. Após o tempo de caserna resolveu ir para Santos, com um amigo que fez lá, para trabalharem nas docas do porto. Ouviram dizer que trabalho era certo lá. Ele nunca mais voltou à sua terra de origem. Nunca escreveu, nem mandou notícias. Apenas dizia ter muita saudade de casa e da mãe que gostava tanto. E voltou a me pedir: - Estou precisando que você me ajude a encontrar minha família. A família de meu pai. É este aqui, oh!... e me apresentou uma antiga carteira de trabalho. A foto era mais antiga ainda e estava até um pouco apagada. Não constava quase nada na carteira. Tinha apenas seu nome, José Pedro dos Santos, o nome do pai que era João Pedro dos Santos e o da mãe

que era Maria Batista de Jesus (*). Nada mais. Como eu poderia localizar uma pessoa que saiu de Bom Despacho havia mais de setenta anos? Só existia aquele documento e com nomes tão comuns. Era quase impossível localizar um parente dele só com aqueles dados. Mas não desisti de antemão. Pedi à senhora que esperasse um pouco enquanto eu tentava localizar nomes semelhantes nos arquivos antigos do cartório. E não é que achei dois registros com o nome do pai João Pedro? Mas poderiam ser homônimos. Num deles constava a compra de uma casa na Cruz do Monte e no outro a compra de uma casa na Vila Gontijo. Anotei os endereços e passei para a mulher. Ela contratou um taxi e retornou depois muito desanimada. Me disse que

aquelas pessoas procuradas não eram parentes seus. Não existia ninguém em suas famílias que estivesse sumido. A senhora perguntou se existia por perto algum hotel que pudesse pernoitar. Indiquei o Hotel Letícia e ela alugou um quarto lá. Ela deixou a carteira de trabalho comigo e me implorou para continuar procurando qualquer documento que fizesse menção ao seu pai ou à sua família. Terminei meu serviço e fui embora. No outro dia resolvi voltar no cartório mesmo sabendo que era dia de Natal. Abri a carteira de trabalho e roguei aos céus que me desse uma luz. Foi ai que tive uma grata intuição: percebi que tanto o filho quanto o pai tinham na composição de seus nomes o sobrenome Pedro. Isto também ocorre em minha

família que usa o sobrenome Simão como nome de família, mas que não é. Virou costume. Lembrei que no distrito de Engenho do Ribeiro é muito comum o uso do nome Pedro. Lá tem o Pedro do Sintico, o Pedro do Dinho, o Pedro Braga. Só podia ser lá.

- Então chama ela aqui. Quero conhecer ela, disse Guilo.

O Engenho do Ribeiro já foi grande e quase se emancipou de Bom Despacho um dia. Seria aquele danado do Engenho? O Sô Guilo da Gráfica Piraquara estava com as portas abertas vendendo papel de embrulho para presentes de Natal. Corri pra lá porque ele conhecia todo mundo do Engenho. Mostrei a carteira pra ele e perguntei se conhecia a dita pessoa do documento. Sô Guilo fez uma cara de espantado e soltou essa: - O Tité tá vivo? Cadê ele?

- Eu sabia que você ia conseguir. Você achou minha família, não foi?

Nem eu estava acreditando. Perguntei ao Sô Guilo: - O senhor conheceu ele?. Guilo respondeu: Não. Quando foi embora do Engenho eu ainda era criança. Fiquei sabendo pela família que ele foi embora depois de uma briga com o irmão. Nunca mais voltou, nem deu notícias. A família dele ainda tá lá no Engenho. Tem alguém por ai que é parente dele? Respondi: A filha dele está aqui em Bom Despacho, procurando pela família. Ela está aqui no Hotel Letícia, no andar de cima de sua loja, dá prá acreditar?

Subi correndo as escadas do Hotel e quando a vi ela parecia já saber que eu tinha boas notícias. Seus olhos encheram de lágrimas e ela foi logo dizendo:

- Acho que sim - respondi Venha aqui embaixo conversar com alguém que, com certeza, conhece sua família. O Sô Guilo relatou pra ela que sua família era mesmo do Engenho. Tinha lá muitos tios e primos. Uma de suas primas era a esposa do Bené do Taxi, que tinha um ponto na Praça da Matriz. Fomos até lá e o Bené a levou para conhecer sua prima. Ninguém acreditava que aquela senhora aparecera do nada e conseguira achar sua família. Mesmo depois de mais de 70 anos separada. Foi uma festa geral. Todos queriam conhecê-la. Ela foi passar o Natal em Divinópolis com a amiga. Depois do Natal voltou a Bom Despacho e foi ao Engenho conhecer seus parentes. Fiquei sabendo que fizeram até uma festa para ela. Depois vieram os parentes de Santos. Nunca mais a vi. Mas aquele foi o meu melhor presente de Natal. Com certeza. (*) Nomes fictícios

Publicado por Imagem Editora Ltda. jornal@joneg.com.br 35600-000 - Bom Despacho - MG É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Publicação semanal – Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana - Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega sem ônus de uma cópia por pessoa.


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Conto de Natal Bom-despachense

O Jesus nascido na Cruz do Monte praça, os contornos da capela iluminaram-se em volta de um presépio enorme, feito com arte e esmero. Cantavam-se cantigas natalinas, o padre Agostinho fez um belo sermão e puxou orações exaltando o nascimento do Menino Deus. Foi assim celebrado, por aqui, o primeiro natal comunitário e histórico deste povo cristão e piedoso, ancestrais de nossa fé católica, herdada dos portugueses.

Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL

Os fatos aqui narrados, nesse conto, ficcionalmente situamse a partir do natal do ano de 1775, portanto 244 anos atrás, nas terras aonde mais tarde se formaria o povoado de Nª Senhora do Bom Despacho do Picão e depois a cidade de Bom Despacho

Minguado o ouro das minas da Vila do Pitangui, minguou-se também a base da atividade econômica de toda essa região da Capitania de Minas Gerais. A Coroa Portuguesa, então, ordenou que se abrissem sesmarias em seu redor. Ali seriam doadas centenas e até milhares de quilômetros de metros quadrados de terras (as sesmarias) a cidadãos que tivessem condição de se estabelecer. De criar família. De implantar a agropecuária para produção de feijão, arroz, milho, cana de açúcar e seus respectivos engenhos. Criarem gado. Trazerem escravos para trabalharem e povoarem a região. Tomassem posse desse vasto território em nome de El-Rei de Portugal. Gerassem renda e impostos para o vasto e sequioso reino lusitano. Os quilombos Durante os mais de 80 anos da mineração do ouro em Pitangui (levada a Vila em 1715), calcula-se que centenas de escravos das minas tenham fugido do domínio de seus senhores. Grande parte deles se embrenharam nas matas e nos campos entre o Rio Lambari, o Picão e o São Francisco, no território que agora forma o município de Bom Despacho e arredores. Erguiam choças de capim, formavam aldeolas espalhadas aqui e ali. Criavam seus filhos.

Livres da tirania dos brancos. Livres como filhos de Deus. Plantavam suas roças, caçavam e pescavam para sua sobrevivência. Agora eram felizes. Tendo inimigos cruéis próximos, em defesa própria, fabricavam suas armas de defesa rústicas: arco e flecha, bordões e lanças de pau. Os brancos os temiam e não ousavam entrar no território quilombola. Temiam por um confronto com os quilombolas e o evitavam. A guerra A partir de 1766/67 o governo da Província de Minas Gerais, cuja capital era Vila Rica (hoje Ouro Preto), declarou uma verdadeira guerra aos quilombolas da região central da província. O capitão de mato Francisco Ferreira Fontes foi contratado para formar tropas e combater, prender e acabar com os aldeamentos de negros escravos fugidos sediados nos territórios sob autoridade da Vila de

Pitangui. Por direito que lhe era conferido, aquele capitão de mato armou mais de uma centena de homens com armas de fogo e requereu a presença de oficiais e praças das milícias de Pitangui. O Capitão João Gonçalves Paredes com um contingente de seu batalhão juntou-se então aos comandados de Francisco Ferreira Fontes. Entre os milicianos contavase o Alferes Luís Ribeiro da Silva que se destacou no combate aos quilombolas nas terras onde hoje se situa o nosso município. Vitoriosa a campanha marcial das tropas. As aldeias destruídas, os africanos presos, expulsos ou mortos, iniciou-se a formação das sesmarias nas áreas conquistadas. A povoação Por volta de 1775, no ponto onde hoje se situa a Cruz do Monte, deu-se começo à povoação do lugar. Uma ermida consagrada a Nossa Senhora do Bom Despacho, tosca, de pau-

a-pique, coberta de capim foi o berço do futuro arraial. Ali, no alto dessa colina, estabeleceu-se o marco da sesmaria de Luís Ribeiro da Silva que se estendia até a Garça, a oeste, e o Bom Retiro a leste, englobando todo o território em que se encontra, nos dias atuais, por inteiro, a zona urbana da cidade de Bom Despacho. O Natal de 1775 Em 1775, a pequena comunidade “bomdespachense” – formada então por proprietários de sesmarias, suas esposas e filhos, escravos, trabalhadores livres compareceu em peso à convocação do Padre Agostinho Pereira de Melo para a celebração do natal. Reuniram-se defronte à capelinha de capim no alto da atual Tabatinga, hoje a rua Cruz do Monte. Logo que escureceu dezenas de tochas embebidas com óleo de mamona foram acesas em derredor. O centro, no entorno da

O nascimento de Jesus Aquela noite também ficou na história pelo nascimento de uma criança, ali na Cruz do Monte, exatamente, no dia 25 de dezembro. Ele nasceu num humilde berço de palha nas acomodações reservadas aos escravos, junto aos bois, aos cavalos e outros animais domésticos. Tocado pela coincidência da data do nascimento do menino negro com a do Menino Jesus, o padre Agostinho no outro dia o batizou com o nome de Jesus. Ele decidiu que o bebezinho negro como o ébano de além-terras se chamaria Jesus. Sua mãe era a escrava Maria, propriedade do Alferes Luís Ribeiro da Silva. Ele imediatamente mandou levar a mãe e a criança para dentro de sua casa. Lá foram cuidadas pela esposa do alferes e as mucamas e tornaram-se parte das pessoas da residência. E assim foi o recém-nascido criado e educado por aquela família. Tomando aquele fato como um sinal e uma bênção de Deus, o Alferes Luís Ribeiro da Silva decidiu alforriar Maria e o bebê nascido em suas propriedades, na Noite Santa do Natal. Lá, o pequeno Jesus foi criado como pessoas livres da escravidão e educado por aquela família. A jornada de um líder, um Messias Honrando seu nome, o Jesus da Cruz do Monte,

na sua juventude e maturidade, tornou-se um líder, um messias da raça negra. Com a aprovação de seu pai adotivo, Alferes Ribeiro da Silva. O jovem preparado para grandes empreendimentos iniciou cedo, de maneira pacífica e organizada, um movimento de libertação e salvação de negros escravizados. Em suas andanças por Minas Gerais, veio a conquistar a confiança e o apoio dos de sua raça. Fundou várias associações de negros alforriados que tinham já seu ganho e possuíam até lavras de pedras preciosas. Cada grupo recebia doações e levantava fundos para comprar escravos nas fazendas e nas povoações. Alforriava-os e os encaminhava a trabalhos livres e construções de suas vidas e de suas famílias. Jesus, o Salvador Em 1840, quando Jesus faleceu no povoado de Bom Despacho, recebeu o respeito e as honras de seus conterrâneos. Hoje não temos estatísticas do resultado de sua sacra missão, mas diz a tradição que seu trabalho e o trabalho dos grupos de libertação de escravos resultaram, até àquele ano, o número de 300 alforriados, que puderam em vida obter a suprema graça de viverem como seres livres numa terra de escravidão, o nosso Brasil. Entre o seu povo, por mais de um século, seu nome foi lembrado e idolatrado como Jesus, o Salvador. Um herói dos negros e de toda a raça humana. Por isso seus irmãos de cor o chamavam de Jesus, o Salvador.

(Agradeço ao nosso historiador, Orlando Ferreira de Freitas por sua colaboração e pelas informações de seu livro “Raízes de Bom Despacho”, para complementação de informações de meu tema desta coluna)


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Bom Despacho (MG), 25 Dezembro 2019

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Cartinha para Papai Noel ALEXANDRE

MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD

Prezado Papai Noel, sei que não tenho sido um bom menino. Aliás, nem muito menino mais eu sou. Em 2019, eu continuei achando que o mundo está pior, mas gostaria de pedir que o senhor mudasse um pouco isso. Pelo menos, ajude a metade azul de Minas Gerais a voltar a sorrir, mesmo sabendo que muitas pessoas dessa metade não mereçam muito. Papai Noel, em 2019 eu continuei dando aulas e continuo percebendo que meus alunos leem cada vez menos e olham o celular cada vez mais. Por favor, ajude meus alunos e os alunos de Bom Despacho a entenderem que o futuro deles depende de saberem ler e interpretar textos, depende de estudarem mais, depende do respeito aos mais idosos, aos animais, à natureza. Que amem leitura de bons livros, que ouçam boas músicas e gostem de colaborar para transformar o mundo, o Brasil e suas cidades.

participo, de continuar correndo sempre, cada um buscando uma razão para se esforçar: melhorar a saúde, conseguir um recorde pessoal, acompanhar a pessoa amada nos exercícios, não ficar em casa assistindo a novela, ou qualquer outro motivo. Papai Noel, gostaria que o senhor conservasse e ampliasse o Circuito dos Ranchos, uma das coisas que mais me apaixonou em Bom Despacho, com todos os músicos que nos deleitam uma noite a cada mês, que preserve a saúde e a alegria de cada um dos rancheiros, para que o grupo jamais se desfaça e preserve a boa música popular brasileira. Que nunca falte comida, bebida, boa música e alegria em cada encontro do Circuito dos Ranchos.

Querido Papai Noel, li um artigo de um especialista dizendo que cidades que possuem um jornal local ou uma rádio local tem menos chance de terem governos ruins. Por isso, peço que preserve a saúde do Jornal de Negócios e faça com que seu dono e fundador jamais esmoreça diante das dificuldades de preservar a cultura local via esse meio de comunicação. Amigo Papai Noel, gostaria que o senhor preservasse todas as estradas de terra, os rios e riachos, as árvores, os animais, os pássaros, os insetos que tanto me alegram em Bom Despacho e redondezas. Peço especial atenção sua ao monte de lixo que, infelizmente, encontro quando corro na Matinha do Batalhão e na estradinha de terra que sai da Avenida Doutor Roberto e vai até a

Estrada do Pica Pau. Olhe com carinho o Rio Lambari, que adotei como meu rio em Minas Gerais e que adorei nadar nele algumas vezes. Papai Noel, queria pedir que o senhor preserve as tradições do Congado e do Reinado, que eu desconhecia e que fiquei apaixonado ao conhecêlos em Bom Despacho. Isso não pode acabar!

Papai Noel, em 2019 eu fui muito menos do que gostaria para Bom Despacho. Se possível, diminua a distância entre São Paulo e esta cidade, fazendo com que eu chegue mais rápido a cada vinda. Se não for pedir muito, que o preço da passagem de ônibus da Viação São Cristóvão diminua um pouco. Se possível, faça os dois favores.

Bom Velhinho, ouço sempre falar em desastres na BR 262. Em 2020 o senhor poderia dar de presente para o povo de Bom Despacho um ano sem acidentes graves e sem mortes. E, claro, que o senhor dê cautela para os motoristas, fazendo com que eles dirijam com cuidado, sem beber, sem correr muito e sem fazer ultrapassagens perigosas.

Papai Noel, não vou negar que o senhor foi legal com meu sogro, fazendo-o viajar várias vezes depois de mais de quarenta anos preso a Bom Despacho. Dê de presente para ele a cura completa de seu problema de saúde. Mantenha a saúde de minha sogra, cunhados e cunhadas, sem perder de vista os sobrinhos e minha enteada também.

Paciente Papai Noel, cuide para que o problema de saúde de minha mãe seja uma coisa simples e rápida de ser tratado. E que ela consiga vir a Bom Despacho muitas vezes. Amigo Papai Noel, dê muitas alegrias para minha filha, que ela possa visitar Bom Despacho muitas vezes em 2020. Mantenha minha namorada bomdespachense sempre alegre, inteligente e linda e que este relacionamento dure para sempre! Papai Noel, já estou quase acabando minha listinha de natal. Por fim, distribua alegria, saúde, tranquilidade, paz e um pouco de dinheiro a todos os bom-despachenses e a todos os paulistanos. Traga, meu bom velhinho, um excelente 2020 para todos!

Papai Noel, que meus alunos e os alunos bom-despachenses entendam que o excesso de refrigerantes, doces e hambúrgueres só fazem mal e que o senhor os faça gostar de comida saudável. Que passem a comer verduras e legumes com prazer. Papai Noel, que o senhor conserve a disposição dos corredores de Bom Despacho, especialmente, os do CorreBom, grupo que eu

Faça contato com o Jornal pelo Whatsapp 99922.2361


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PM realiza formatura do Tiradentes

A Polícia Militar realizou na noite de sexta-feira (12/ 12), no novo salão da SSVP, a formatura de duas turmas de 9° ano do Colégio Tiradentes de Bom Despacho. O paraninfo dos formados foi o professor Ronan Tales de Oliveira, ex-diretor do Tiradentes. As madrinhas foram as professoras Lilia Cristina da Mota e Welba Rodrigues Coelho e Oliveira. O evento foi presidido pelo tenentecoronel Roberto Martins, comandante do 7° Batalhão – que também recebeu homenagem por estar se transferindo para

a reserva. Ele deixa o comando do 7° BPM neste final de ano. Os oradores das turmas foram Thales Afonso dos Santos Corsino (turma 3002) e Marina Luísa Pontes (turma 3001) – que também tirou o 1° lugar na média global de notas. A solenidade teve a participação de autoridades, familiares dos formandos e da Banda do 7° BPM. Na foto de cima os formandos e, embaixo, comandante Roberto Martins e professor Ronan com a formanda Marina Pontes

PRF prende acusado de esfaquear homem no trevo de BD

PM prende homem que tentou assaltar com arma falsa

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu um homem acusado de tentativa de homicídio no trevo de Bom Despacho. De acordo com a ocorrência, registrada dia 7/12, a PRF recebeu denúncia de que havia duas pessoas brigando no trevo. Uma patrulha foi até o local e lá encontrou um homem de 55 anos com ferimentos de faca no corpo. Ele foi socorrido em estado grave pela ambulância de resgate da concessionária Triunfo Concebra e levado para o Pronto Atendimento de Bom Despacho. Enquanto isso, os policiais fizeram rastreamento na região e localizaram o suspeito da tentativa de homicídio. Ele tem 24 anos de idade, afirmou que tinha sido ameaçado pela vítima e assumiu o crime. O suspeito recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia Civil. Com ele foi apreendido um canivete usado no crime.

Um homem de 24 anos foi preso pela Polícia Militar na noite de terça-feira (17/ 12), depois de tentar assaltar um bar perto da Santa Casa, em Bom Despacho. De acordo com i n f o r m a ç õ e s compartilhadas com o Jornal de Negócios pela Assessoria de Comunicação da PM, o proprietário do bar estava fechando o estabelecimento, por volta de 22 horas, quando o suspeito se aproximou, mostrou uma pistola de cor preta e exigiu dinheiro. Neste momento o proprietário do bar gritou com o assaltante, que desistiu do assalto e saiu correndo em direção ao beco da Santa Casa. A Polícia Militar foi chamada pelo dono do bar, fez rastreamento na região e localizou o suspeito, BBS, de 24 anos, que recebeu voz de prisão. Com ele os militares apreenderam uma réplica de pistola. O suspeito foi preso e levado para a Delegacia de Polícia.

(Fotos: ALCO/7° BPM)


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