Bom Despacho (MG),1 a 15 Outubro 2020
DESTAQUE
Ano XXXI - Nº 1.596 • Fundado em 12/05/1989
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Bom Despacho (MG), 1 a 15 Outubro 2020 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR
Sicoob Credibom adere ao PIX e se prepara para receber transações a partir de novembro VEJA NA PÁGINA 2
Ação da PM apreendeu 6 carros com som alto PÁGINA 3
PCS: mais segurança para os servidores PÁGINA 12
Polícia Civil reconstitui assassinato em BD
PÁGINA 7
Sindicato Rural fará encontro de candidatos a prefeito PÁGINA 5
Moradores reclamam da Copasa por falhas no abastecimento 108 ANOS DE ELEIÇÕES MUNICIP AIS EM BD MUNICIPAIS
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Bom Despacho (MG), 1 a 15 Outubro 2020
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EDITAL PARA RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIA VICENTE DE PAULO CARVALHO, Oficial titular do Serviço Registral de Imóveis da Comarca de Bom Despacho, Estado de Minas Gerais, na forma da Lei, Reconhecimento de propriedade por meio de usucapião extrajudicial. Protocolo nº 107460 do Ofício de Registro de Imóveis de Bom Despacho, Minas Gerais, situado na Rua Faustino Teixeira, nº 194, centro, em Bom Despacho, Minas Gerais. Requerente: Ailton José dos Santos, brasileiro, solteiro, maior, pedreiro, CPF nº 949.977.646-04, C.I. nº MG-7.586.913-SSP/MG, domiciliado e residente na rua Padre João, nº 525, bairro Nossa Senhora de Fátima, em Bom Despacho/ MG. Modalidade de usucapião: Ordinária. Tempo de posse alegado pelo requerente: mais de 12 (doze) anos. Identificação do imóvel objeto do pedido: uma casa residencial, com 90,65m² de área construída, situada na rua Padre João, nº 525, bairro Nossa Senhora de Fátima, em Bom Despacho/MG, e respectivo lote de terreno nº 04, da quadra nº 150, com área total de 318,00m², limitando pela frente, com a referida rua, por 12,00m; pela direita, com o lote nº 03 (matrículas nºs 38.613 e 38.614), por 13,50m, e com o lote nº 02 (matrícula nº 15.578), por 13,00m; pela esquerda com João Batista Rodrigues (matrícula nº 26.773), por 26,50m; e pelo fundo com João Batista Rodrigues (matrícula nº 26.773), por 12,00m. Matrícula: sem registro anterior. Pelo presente edital de intimação, ficam intimados terceiros eventualmente interessados e possíveis titulares de direitos reais e de outros direitos informados no registro do imóvel objeto do pedido e dos imóveis confrontantes, para se manifestarem em relação ao pedido, apresentando impugnação escrita (com expressa menção ao protocolo a que se refere) perante o Oficial de Registro de Imóveis no endereço constante deste Edital com as razões da sua discordância em 15 (quinze) dias corridos a contar da publicação deste, ciente de que caso não contestado presumir-se-ão aceitos como verdadeiros os fatos alegados pelo requerente. Bom Despacho/MG, 15 de outubro de 2020. O Oficial do Cartório de Registro de Imóveis de Bom Despacho/MG.
Publicado por Imagem Editora Ltda. jornal@joneg.com.br 35600-000 - Bom Despacho - MG É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Publicação semanal – Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana - Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega grátis de 1 jornal por pessoa.
Sicoob Credibom adere ao PIX e se prepara para receber as transações a partir de novembro SISTEMA DE PAGAMENTOS INSTANTÂNEOS DO BACEN TRARÁ AGILIDADE E MENOR CUSTO ÀS TRANSAÇÕES A transformação digital do setor financeiro é uma realidade e o Sicoob Credibom acompanha de perto as novidades de mercado, implementando sempre o que há de mais moderno para oferecer comodidade e facilidade a seus mais de 15 mil cooperados. Com o PIX, não está sendo diferente, afirma Pedro Adalberto da Costa, diretor de Negócios do Sicoob Credibom. “Estamos preparados para dar este passo com tecnologia adequada e uma equipe alinhada e qualificada para orientar nossos cooperados a se cadastrar e ter acesso ao PIX com qualidade e segurança.” Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre o PIX e é importante que sejam repassadas informações claras sobre o tema. O PIX é um meio de pagamento instantâneo, criado pelo Banco Central do Brasil, super prático e seguro. Através dele, é possível fazer transferências ou pagamentos eletrônicos em tempo real, 24 horas por dia, todos os dias da semana. O PIX será muito mais rápido e muito mais barato para o cooperado que, utilizando o celular, num piscar de olhos transfere, recebe ou paga pessoas e empresas com segurança e precisão. A transação é instantânea, diferente do DOC ou TED, que exige tempo de espera para a sua efetivação, além da necessidade de informar os dados bancários. No PIX, o cooperado deverá informar apenas uma chave, ou gerar um QR Code para realizar as transações. A sua praticidade será demonstrada no dia a dia, pois este pagamento eletrônico é igual ao pagamento em dinheiro: em segundos está na mão, ou melhor, na conta. O processo é simples, basta acessar o aplicativo do Sicoob Credibom e clicar no ícone do PIX na tela inicial e gerar a chave, que pode ser o CPF, número de telefone, e-mail ou uma chave aleatória. Na sequência, basta informar a chave ao
PEDRO ADALBERTO: EQUIPE ALINHADA
pagador que, com ela em mãos, poderá transferir o valor por meio do PIX. O PIX não é uma conta digital. É para todos os perfis, ou seja, para todos aqueles que queiram utilizar o serviço em função de sua simplicidade, facilidade e redução de custos para o cooperado. O PIX oferece segurança aos usuários e as informações pessoais trafegadas nas transações, como nas tradicionais, TEDs e DOCs, são protegidas pelo sigilo bancário, lembrando que as chaves já podem ser cadastradas desde o dia 5 de outubro pelos cooperados do Sicoob Credibom. Após o cadastro das chaves, a partir do dia 16 de novembro os cooperados já poderão utilizar o PIX e usufruir das suas vantagens. Em caso de dúvidas, a equipe das agências do Sicoob Credibom está à disposição para prestar todas as informações e também acessar o site www.sicoobcredibom.com.br e as redes sociais @sicoobcredibom.
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Batida entre Hilux e Uno deixa homem gravemente ferido
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AçãodaPMcontraperturbação dosossegoapreendeu6carros
BATIDA FOI NA NORTE-SUL. SEGUNDO TRANSEUNTE, MOTORISTA DO UNO ESTARIA BÊBADO Um acidente envolvendo dois carros na Avenida Norte Sul deixou um homem gravemente ferido na noite de sábado (3/ 10), em Bom Despacho. De acordo com informações obtidas pelo Jornal de Negócios, o homem de 28 anos trafegava pela Norte Sul no sentido bairro-centro. Perto do restaurante Fazendinha, fez uma conversão brusca para atravessar a pista, quando foi atingido pela picape Hilux que vinha logo atrás. A batida destruiu parte do Uno, enquanto a Hilux teve poucos danos e seu motorista não se feriu. Segundo informações do SAMU, que foi chamado para atender a ocorrência, o
motorista do Uno ficou preso nas ferragens. O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado, mas os socorristas conseguiram tira-lo do veículo antes da chegada dos Bombeiros. Durante o atendimento a vítima estava confusa e muito agitada, dificultando o trabalho dos atendentes do SAMU. O homem recebeu os primeiros atendimentos no local e depois foi levado para o Pronto Atendimento da Santa Casa. A Polícia Militar também compareceu para registrar a ocorrência. Uma pessoa que passou no local do acidente disse que o motorista do Uno estaria dirigindo sob efeito de álcool.
Ministério Público contrata estagiário em Bom Despacho A 1ª Promotoria de Justiça da comarca de Bom Despacho fará prova de seleção para contratar um estagiário de pós-graduação em Direito pelo período de até 2 anos. O interessado deve estar frequentando curso de pósgraduação em Direito. As inscrições estarão abertas de 19/10 a 5/11. Para se inscrever é necessário enviar mensagem para o e-mail pjbomdespacho@mpmg.mp.br informando nome completo, data de nascimento, documento de identidade, endereço eletrônico, telefone
de contato, instituição de ensino em que está matriculado, experiência jurídica e experiência acadêmica, se tiver qualquer das duas. O estagiário selecionado vai trabalhar de segunda a sexta das 13 às 18h e receberá bolsaauxílio no valor de R$ 1.205,00 + R$ 9,00 de auxilio transporte por dia trabalhado. A prova, discursiva e com peça prática, será realizada dia 12/ 11, das 14h às 16h30, no Fórum de Bom Despacho. Mais informações no telefone 3521.4391.
74 VEÍCULOS FORAM AUTUADOS POR ESTAREM COM SOM ALTO Seis veículos foram apreendidos e duas pessoas foram presas em operações contra perturbação do sossego realizadas pela Polícia Militar em Bom Despacho e Moe-
ma entre os dias 9 e 12 de outubro. Um dos alvos foram veículos trafegando com som em alto volume. No total, foram 416 veículos fiscalizados em blitz
de trânsito, dos quais 74 foram autuados por estarem com som alto. Além disso, 435 pessoas foram abordadas para identificação.
O objetivo das operações é atuar preventivamente para evitar ações criminosas e também reprimir ilícitos em andamento .
Moradores reclamam da Copasa por falhas no abastecimento Interrupções frequentes no abastecimento de água na região do Arraial e adjacências tem provocado muitas críticas à Copasa. De acordo com a companhia, os cortes no abastecimento devem-se a manutenção emergencial da rede. Moradores do Belvedere disseram ao Jornal de Negócios que o problema é recorrente e que a interrupção no abastecimento é feita sem aviso prévio. Cansados do problema, moradores vão procurar o prefeito Bertolino e pedir providências contra a Copasa. Procurada pelo Jornal de Negócios, a concessionária afirmou que as manutenções feitas na rede de água da rua do Rosário “são pontuais e necessárias para correção de vazamentos. Questionada pelo Jornal sobre a adoção de medidas preventivas para evitar novas ocorrências, a concessionária não respondeu.
Vereadores criticam e cobram da Copasa As falhas no fornecimento repercutiram na Câmara Municipal de Bom Despacho. Na reunião do dia 5/10 o vereador Fernando Branco requereu a convocação do diretor responsável da Copasa “para prestar esclarecimentos sobre os constantes problemas apresentados na rede de água da rua do Rosário,
próximo à avenida Dr. Roberto (...) e as medidas efetivas que serão adotadas para sanar definitivamente” as falhas. Branco criticou as interrupções no abastecimento e disse que o problema só vai ser solucionado com a troca da rede de água daquela região, porque os canos são antigos e apresentam vazamentos frequentes. “Não adianta ficar fazendo paliativos como estão fazendo sempre”, concluiu. O vereador Marco Antônio
disse que a Copasa já está fazendo o projeto para substituir essa rede “que é de amianto, uma rede muito antiga”, reconheceu. Marcelo Marilúcio pediu esclarecimentos sobre as falhas no abastecimento de água do bairro São Vicente, onde reservatórios instalados pela concessionária para ampliar a capacidade de abastecimento daquela região continuam vazios e não foram ligados à rede. Vital Guimarães também criticou a demora em ligar o reservatório do São Vicente e propôs que a Câmara faça uma representação contra a Copasa no Ministério Público. Marco Antônio retomou a palavra e disse que, apesar dos problemas existentes, é necessário economizar água. Citou a própria Câmara onde, afirmou, existe um aspersor ligado jogando água tratada no jardim defronte ao prédio. “Água tratada não pode ser desperdiçada”, concluiu.
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Trio sequestra mulher em BD; Polícia Militar pegou os autores
77444 Vereadora do Povo SOLIDARIEDADE
Dois homens de 17 e 19 anos, e uma adolescente de 15, foram pegos pela Polícia Militar após fazerem um sequestro relâmpago em Bom Despacho com o intuito de roubar dinheiro da vítima. De acordo com a PM, o trio abordou a mulher no bairro Santa Lúcia no momento em que ela entrava no seu carro. Todos usavam máscara e um deles portava uma arma de fogo. Depois da abordagem eles entraram no veículo, anunciaram o assalto e mandaram a mulher dirigir pela cidade. Enquanto isso, abriram a bolsa da vítima, retiraram dinheiro e 2 cartões - um do Banco do Brasil e outro da Caixa Federal. De acordo com um oficial ouvido com exclusividade pelo Jornal de Negócios, de posse dos cartões os sequestradores mandaram que a vítima parasse o carro na rua João Eleutério, quase na esquina da Praça da Matriz. A adolescente desceu sozinha e foi até os terminais de caixa automático do Banco do Brasil para tentar sacar dinheiro da conta da mulher. Pouco depois a adolescente voltou e disse aos comparsas não ter sido possível fazer retirada porque o terminal pedia a digital da titular da conta. Nesse momento um dos comparsas desistiu da ação, desceu do carro e foi embora. O outro comparsa e a adolescente decidiram continuar com a extorsão e mandaram a vítima arrancar com o veículo e estacionar na rua dos Expedicionários, também perto da Praça. O homem permaneceu no carro. A adolescente desceu com a vítima e ambas foram até a agência da Caixa Federal, na Praça da Matriz, para tentar sacar dinheiro. Perseguição Chegando na agência, a vítima sinalizou para o vigia apontando a autora. O
Valor: R$ 384,00 / IND
AUTORES TENTARAM SACAR DINHEIRO DE CONTAS BANCÁRIAS DA VÍTIMA
vigilante suspeitou da situação e abordou a adolescente, que disse ser prima da vítima. A mulher então gritou que tinha sido sequestrada. A adolescente correu e o vigia foi atrás gritando. Nesse momento havia uma guarnição da Polícia Militar perto da Caixa Federal. Um dos policiais viu a situação, pegou a moto de um transeunte e saiu atrás da adolescente em fuga. Ela desceu correndo a Rua Expedicionários e foi pega pelo militar perto da academia Corpus, na rua Heitor Franco Filho. Com a adolescente foram apreendidos pertences da vítima. O comparsa que estava no carro, ao ver a adolescente
sendo perseguida pelo policial na moto, abandonou o veículo e fugiu do local a pé. Depois de interrogar a adolescente apreendida, os policiais descobriram o veículo estacionado e o revistaram. Dentro dele encontraram um revólver calibre 32 escondido debaixo do banco. Identificação dos autores A PM foi ao lugar do sequestro, no bairro Santa Lúcia, e conseguiu imagens de câmeras de vídeo próximas do local. Nelas aparecem os dois homens e a adolescente passando. Um dos autores, de 17 anos, é conhecido da Polícia. O outro, de 19, é natural de Dores e está morando em Bom Despacho.
Amigos queridos ... tenho a liberdade e a coragem de pedir seu voto e da sua família, pra minha candidata a vereadora: a Keke, com quem me comprometi ainda morando em BSB em 2017.... pq? Nunca recorri a ela e fiquei sem resposta, sem ter um caminho ou sem solução, ou sem ter meu pedido atendido... isto é respeito ao cidadão. Entendo que esta característica, para além dos princípios morais que ela tem, da honestidade claro, é o maior papel de um vereador em relação à população: o diálogo, como um canal aberto e direto com o povo e a instituição que ela representa nos representará.
E o segundo motivo é a técnica: a Keke conhece a política, os mecanismos e meandros políticos ... está neste meio há anos, seja de uma forma ou de outra, sem nenhuma mácula em sua carreira. Ser vereador não é um ter um emprego (se fosse, eu queria pra mim) é desenvolver o "munus público" e isto é servir a população com técnica e vocação, as duas coisas a Keke tem... por isto tenho a coragem de, em meu nome, Janaina Lucas, pedir seu apoio e de sua família pra ela que é pessoa experimentada na área da política social no nosso município. Conto com vocês! Beijão. Muito obrigada. (Janaína Lucas)
A partir do reconhecimento pelas imagens, a Polícia Militar iniciou rastreamento dos suspeitos pela cidade. Por volta das 22h30, os dois foram avistados, abordados e presos quando passavam perto da rotatória do supermercado BH. De acordo com a PM, todos os envolvidos confirmaram sua participação no sequestro e foram levados para a Delegacia de Polícia juntamente com a arma e outros materiais apreendidos na ocorrência. Segundo um militar ouvido pelo Jornal de Negócios, a adolescente e o menor já têm outras passagens pela polícia. Pela gravidade e repercussão da ocorrência, devem ser internados pela Justiça. O maior de idade segue preso.
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Sindicato Rural fará um encontro com candidatos a prefeito de BD Políticos devem ter compromisso com os produtores, diz Patrick Em rápida entrevista ao Jornal de Negócios, o presidente Patrick Brauner explica a importância do agro para o município e fala do comprometimento que o setor espera dos candidatos.
Diretores do Sindicato: da esquerda para a direita estão Débora Luiza, Rodrigo Chapola, Patrick Brauner, Dinoralva Gontijo, Sérgio, Elaine Soares, Gisa Costa e Victor Martins
O Sindicato Rural vai promover um encontro com os candidatos a prefeito de Bom Despacho. O objetivo é conhecer as propostas de cada um para o setor do agronegócio no município. Segundo o presidente do Sindicato, Patrick Brauner, não haverá debate entre os candidatos. Em vez disso, cada um terá 30 minutos para expor o que pensa. Nos primeiros 15 minutos ele falará livremente dos seus planos para o
agronegócio. No restante do tempo responderá a perguntas feitas por escrito pelos produtores rurais e lideranças do setor presentes. O encontro foi agendado para o dia 6 de novembro, sexta-feira, a partir das 9h30, na área coberta onde funcionam os camarotes, no Parque de Exposições. Haverá presença de público. Todos os candidatos serão convidados formalmente. A ordem de apresentação
será definida por sorteio feito na presença dos candidatos ou de assessores indicados por eles. O Sindicato planeja transmitir o encontro pela Internet. Além disso, vai propor às rádios locais que façam a transmissão do evento. “Esperamos e torcemos pela participação de todos os pretendentes à Prefeitura, mas realizaremos o encontro mesmo que haja apenas um candidato presente”, afirmou Patrick.
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Qual o objetivo desse encontro? Estamos interessados em conhecer o que pensam os candidatos em relação ao agro. Nosso objetivo é conscientizar o produtor rural e sua família a votar em candidatos a prefeito e vereador que tenham reais compromissos com o setor agropecuário. Por isso lançaremos inclusive a campanha “Produtor rural, vote em quem apoia você!”. Por quê os candidatos devem se manifestar sobre o agro? Estamos em 2020, e pela primeira vez desde a redemocratização do país, em 1985, temos governo estadual e governo federal apoiando e criando políticas efetivas para o fortalecimento do setor agropecuário. Então se faz necessário também que o próximo prefeito de Bom Despacho tenha esse compromisso com os produtores rurais do nosso município. Há temas determinados?
Não. Cada candidato falará sobre o tema que quiser, desde que relacionado ao agro. Pode ser logística, pontes, estradas rurais, políticas de fomento ao setor, apoio à Expobom, irrigação do vale do rio Picão e outros. O candidato terá que falar e convencer. Qual a importância do agro para Bom Despacho? O agronegócio é a principal atividade econômica em Bom Despacho, assim como em Minas Gerais e no Brasil. As principais políticas setoriais são definidas em Brasília, mas é fundamental termos uma política agrícola municipal alinhada com as políticas nacionais.
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Bom Despacho (MG), 1 a 15 Outubro 2020
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Quem recebe 1 e paga 2 não tem futuro FERNANDO
CABRAL
Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho
Na edição anterior escrevi sobre o deficit atuarial enfrentado pelo BDPREV e o risco que isto representa para os aposentados e pensionistas do instituto. Não é um risco que vai se concretizar daqui a alguns meses, mas virá, com certeza, se não houver mudanças. Para entender por que, precisamos começar pelo propósito que inspira toda previdência: amparar na velhice o trabalhador que durante muitos anos foi ativo e produtivo. Para isto, ele deve, mês a mês, separar uma quantia e guardar para uso na aposentadoria. Esta economia mensal, se for em dinheiro, chama-se contribuição. No entanto, nem sempre foi assim. No passado os pais criavam muitos filhos. Era normal ter 10, 15, 20 filhos. Na velhice estes filhos se cotizavam para amparar os pais até que morressem. Era a aposentadoria no sentido antigo. Outra forma de garantir a aposentadoria é fazer investimentos. Por exemplo, comprar ou construir imóveis para alugar. Quem faz isto nos tempos de atividade poderá passar seus últimos anos vivendo dos alugueis. Mas, não importa como façamos, há um elemento comum aí: fazemos um sacrifício ao longo da nossa vida ativa para usufruirmos de um benefício no final de nossas vidas. Ou seja, abrimos mão de uma parte do nosso salário e colocamos numa poupança, seja ela sob a forma de imóveis, de investimentos ou de contribuições. Enfim, onde há previdência, sempre há a ideia de um sacrifício hoje que nos retornará em benefícios futuros. Há mais: quem economiza menos, terá uma aposentadoria mais modesta; quem economiza mais, terá uma aposentadoria mais abundante. Como dito acima, a ideia é simples. Por que, então, há tanta discussão irracional em torno do assunto? Por que tantas agressões e tantos desvios do tema? Afinal, os institutos de previdência apenas organizam e universalizam esta ideia simples de guardar um pouco hoje para podermos usar no futuro. Fazer previdência é fazer como aquela formiga da fábula de La Fontaine: trabalhar quando há sol para ter comida num dia chuvoso. Mas, quando esta ideia se materializa num instituto de previdência parece que as pessoas perdem a racionalidade. Elas se esquecem que para se ter o pecúlio que pagará as aposentadorias é preciso ter a contribuições que formaram o pecúlio. As contribuições (sacrifício) devem ser proporcionais às aposentadorias e pensões (benefícios). Mas acredito que esta irracionalidade tem origens na nossa história, na nossa psicologia e na nossa costumeira demagogia. Na nossa história, porque os institutos de previdência se
firmaram no Brasil na Era Vargas. Como ele era visto como o pai dos pobres, ficou a ideia de que os institutos de previdência eram um presente que o governo dava ao povo, e não instituições técnicas encarregadas de administrar o dinheiro que era do próprio contribuinte. A cultura brasileira desenvolveu em muitos de nós a ideia de governo provedor. Sob esta ótica caberia ao governo pagar pensões e aposentadorias. É uma falha psicológica pois o governo não pode gastar nada que não tenha antes recebido do próprio povo, seja a que título for: imposto, taxa, contribuição. Finalmente, a demagogia dos nossos políticos é histórica. É muito mais fácil para os demagogos fazerem de conta que os institutos de previdência têm uma fonte de recurso invisível (como a maioria dos impostos) do que dizer com clareza que o fundo que paga as pensões e aposentadorias é formado pela contribuição transparentemente lançada no contracheque de cada trabalhador. Bom, há governos que pagam aposentadorias e pensões sem cobrar no contracheque. O dinheiro vem dos impostos que estão no arroz, no feijão, na carne, no gás de cozinha. Há governos que pagam pensões com o dinheiro descontado na fonte e mostrado no contracheque. De um jeito ou de outro, é o cidadão quem paga. A primeira forma é opaca; a segundaSede formado é transparente. BDPREV Os políticos preferem a forma opaca. Assim eles podem pagar aposentadorias com dinheiro dos impostos destinados à educação, à saúde, à infraestrutura. A população inteira fica prejudicada, mas ninguém tem desconto no contracheque. Parece bom para o trabalhador, mas é péssimo para todos. Portanto, pura demagogia. Vamos pegar como exemplo o mês de setembro, em Bom Despacho. Os servidores contribuíram com R$ 228.000,00 para o BDPREV. Já a Prefeitura entrou com R$ 344.387,81 de contribuição regular e mais R$ 307.037,02 para cobrir o rombo. Ou seja, para cada um real que o servidor colocou, a Prefeitura colocou R$ 2,86. No entanto, deveria ter colocado apenas R$ 1,51. A diferença de R$ 1,35 por real, ou R$ 307.037,02 por mês é o tamanho do prejuízo para a população. Num ano são R$ 4 milhões (porque tem o 13º). Este dinheiro está saindo da educação, da saúde, da infraestrutura. O que os vereadores demagogos (nem todos o são) querem é que esta contribuição extraordinária continue escondida, ainda que seja crescente, como tem sido. A complexidade matemática (atuarial) da previdência é grande. No entanto, a ideia fundamental é simples: para que todos tenham garantia de aposentadoria ou pensão quando a hora chegar, o dinheiro que entra hoje tem que ser igual ou superior ao dinheiro que sai hoje e sairá no futuro. Contudo, não é o que está acontecendo. Atuarialmente, para cada R$ 1,00 que entra, sai R$ 1,14. Esta é a conta que não fecha. Apesar disto, vemos as ideias mais estapafúrdias para tentar desviar o foco do problema.
Previdência é um assunto que causa polêmica no mundo inteiro. No entanto, não deveria. Afinal, a ideia de fazer uma poupança nos anos de atividade para viver bem na velhice é de fácil compreensão. Ou deveria ser. É igualmente simples ampliar esta ideia para incluir amparo no caso de doenças e arri-
mo para os dependentes em caso de morte do provedor. Mais simples ainda é ampliarmos um pouco mais a ideia para que os mais afortunados sejam solidários com os menos afortunados. Mas, a despeito desta simplicidade conceitual, o assunto é quase sempre tratado de forma irracional. Por quê?
Terceirização não afeta o BDPREV Pessoas simplórias (e talvez mal intencionadas?) dizem que o problema do BDPREV é a terceirização na prefeitura. A terceirização não afeta o BDPREV. O terceirizado não contribui e não tem direitos presentes ou futuro perante o BDPREV. Eles não vão receber aposentadorias e pensões pagas por ele. Os terceirizados não são parte do problema e não são parte da solução. É bem verdade que se todos os terceirizados passassem a contribuir agora, isto traria um alívio de caixa imediato. No entanto, estas contribuições passariam a gerar obrigações que só aumentariam o deficit atuarial do instituto. Na prática, traria a falência para mais perto. Seria como fazer um empréstimo com juros de agiota: alguns meses de alívio, seguidos de complicações maiores ainda. Se o BDPREV estivesse equili-
brado, a terceirização seria neutra. Não ajudaria nem atrapalharia. Mas, como o BDPREV está desequilibrado, a terceirização é benéfica, pois não gera novos compromissos sem os recursos equivalentes. Considerando o deficit atual de R$ 0,14 centavos por R$ 1,00 contribuído, cada terceirizado substituído por um efetivo aumentaria o déficit em cerca de R$ 60,00 por mês de contribuição (diferença entre o devido e o recolhido). Em outras palavras, o atual rombo mensal de R$ 307.037,02 subiria para algo em torno de R$ 350.000,00 por mês. Enfim, não é a saúva que acaba com o Brasil, é a demagogia dos enganadores, a ignorância dos enganados e a preguiça de somar dois e dois e concluir que será sempre quatro. O problema do BDPREV – assim como o de todos os insti-
tutos de previdência dos estados e dos municípios brasileiros – é de subfinanciamento. Não é por causa de má gestão; não é por causa de desvio; não é por causa de maus investimentos. Não que estes problemas não existam. Eles existem aqui e ali. Isto agrava a situação. Mas, mesmo que haja a melhor gestão; mesmo que não haja desvios; mesmo que os investimentos tenham retornos compatíveis com o mercado, ainda assim, sem a reforma, o BDPREV (e demais institutos de previdência) irão à falência. Infelizmente, pagarão pelo desastre os aposentados e os pensionistas. Os demagogos, como os vereadores de Bom Despacho (nem todos) e de tantos outros municípios que se recusaram a resolver o problema agora não serão prejudicados. Eles não contribuem o BDPREV, mas para o INSS.
BDPREV
- BOM DESPACHO-MG ARRECADAÇÃO E GASTOS COM APOSENTADORIAS E PENSÕES EM 2019
SAÍDAS Aposentadorias pagas: ................................... R$ 10.111.107,33 Pensões pagas: .............................................. R$ 875.532,12 Total dos pagamentos: ................................ R$ 10.986.639,45 ENTRADAS Contribuição dos Servidores: .......................... R$ 3.019.576,24 Contribuição da Prefeitura: ............................. R$ 6.978.381,21 Total das contribuições: .............................. R$ 9.997.957,45 Pagamentos feitos pelo Tesouro Municipal: Aposentadorias: .............................................. R$ Pensões: ......................................................... R$ Total: ............................................................... R$ Total de Aposentadorias e Pensões: .............. R$ Total da arrecadação: ..................................... R$ Total desembolsado pelo Município para pagar aposentadorias, pensões e previdência .......... R$
4.498.637,31 1.311.964,31 5.810.601,62 16.797.241,07 9.997.957,45 12.788.982,83
Boatos nas redes sociais Como demonstrado, o problema da previdência é eminentemente técnico. Isto, porém, não impede que pessoas desinformadas (ou interesseiras) continuem divulgando boatos nas redes sociais. Um diz que o problema é do prefeito; outro, que é do presidente do instituto; um terceiro diz que é desvio, e por aí vai; outro diz que é por falta de investimento. É verdade que o BDPREV foi vítima de um pequeno desvio de dinheiro em 2005, na época do ex-prefeito Haroldo Queiroz. Foi ruim. Não deveria ter acontecido, mas aconteceu. O culpado fugiu e morreu enquanto estava foragido. Isto é passado. A quantia desviada não foi grande o suficiente para abalar o instituto. Outro problema com o BDPREV ocorreu durante o governo do prefeito Haroldo Queiroz. Ele recolhia as contribuições dos servidores e não repassava todo o devido ao instituto. No final de 2012 a dívida subia a alguns milhões. O prefeito que assumiu em 2013 pagou a dívida com juros e correção monetária. Com este ressarcimento, o BDPREV recuperou os prejuízos que o ex-prefeito Haroldo Queiroz lhe deu. De 2013 para cá, a Prefeitura nunca deixou de repassar um centavo para o BDPREV. Ao contrário, está repassando 14,55% a mais do que deveria. Mas não há como continuar entrando com este adicional que causa prejuízos para o cidadão. Por isto o único problema que o BDPREV enfrenta chama-se deficit atuarial. Ou seja, os vereadores que criaram o BDPREV em 2005 não fizeram os cálculos corretos e criaram uma armadilha para os servidores. É esta armadilha que precisa ser desmontada. Não é necessário contratar um gênio das finanças para saber que quem tem que devolver R$ 1,14 para cada R$ 1,00 que recebe está caminhando para a falência. No entanto, este é o caminho por onde estão indo o BDPREV e praticamente todos os institutos de previdência do Brasil. Estamos pagando por um pecado original.
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Bom Despacho (MG),1 a 15 Outubro 2020
Polícia Civil reconstitui assassinato de jovem no bairro de Fátima
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CRIME ACONTECEU EM JANEIRO; DUPLA VEIO DE MOTO E ATIROU A Polícia Civil fez na sextafeira (9/10) a reconstituição do assassinato de um jovem de 18 anos, morto a tiros na rua Pedro Tavares Gontijo, bairro de Fátima. Dois homens, de 19 e 22 anos, são apontados como autores do crime. Ambos estão presos preventivamente. O assassinato aconteceu dia 9 de janeiro, perto da quadra do bairro de Fátima. De acordo com a PC, os dois suspeitos chegaram de moto no local. O homem que estava na garupa desceu e disparou vários tiros contra a vítima. Mesmo atingido quatro vezes, a vítima ainda correu e entrou numa casa próxima, onde acabou morrendo, debaixo de uma pia no quintal. Outros dois homens, de 27 e 36 anos, que estavam com a vítima, também foram atingidos por tiros. Um foi baleado na perna e outro no abdômen. Eles foram socorridos e sobreviveram. Investigação De acordo com o delegado Rodrigo Noronha, responsável pelo inquérito, “após intensa investigação” a Polícia Civil identificou e chegou aos suspeitos do crime. O homem de 22 anos foi quem desceu e atirou, enquanto seu companheiro, de 19, pilotou a motocicleta. Depois do crime eles fugiram do local. Noronha explicou que a reconstituição é o último ato da investigação. Agora, o inquérito será encaminhado à
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Justiça para o julgamento dos acusados. Equipe A equipe da PC é formada pelo delegado regional José Márcio da Silva, o delegado Rodrigo Eduardo de Noronha,
o inspetor regional Marcelo Lucas, a escrivão Clarisse Santos Costa e os investigadores Paulo Márcio da Silva, Juscelino Sincero e Márcio Lucas. (JN c/ informações da PC)
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Bom Despacho (MG), 1 a 15 Outubro 2020
DESTAQUE
108 anos de eleições municipais Outubro, mês das crianças Dia 12 de outubro é o Dia das Crianças. Por isso, eu as homenageio com uma bela parte da poesia da escritora e professora Maria de
Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
Bom Despacho, 108 anos de emancipação política. E de 1912 até a data atual tivemos 21 eleições para escolha de prefeitos e vereadores. Na chamada Velha República - período compreendido entre 1889 até o ano de 1930 – nossos eleitores foram às urnas 6 vezes para escolherem os governantes do município, por um mandato de 3 anos. Eleições na Nova República (desde 1930) Veio a Nova República. A partir de 1930 até 1945, na Ditadura Vargas, não houve votação popular. O voto eleitoral foi abolido em todos os níveis no Brasil: municipal, estadual e federal. Nas cidades o prefeito era nomeado pelo Ditadura, bem como os governos estaduais. Extinguiram-se os cargos de vereador, deputados estaduais e federais, assim como os de senadores. Derrubada a Ditadura em 45, as primeiras eleições só se deram em 1947. Dr. Hugo Marques Gontijo foi eleito prefeito municipal. 1947 até 1920 foram 23 eleições e 14 prefeitos De 1947 a 1920, aconteceram 23 pleitos, mas até hoje só 14 cidadãos foram eleitos e ocuparam o cargo de chefes do executivo local. Outros ocuparam a mesma função, por substituição, não por votação. Isto porque dos 14 vitoriosos, 7 entre eles foram reeleitos para mais mandatos: Antônio Leite por mais duas vezes. Geral Simão, mais duas. Célio Luquini, uma. Haroldo Queiroz, duas. Fernando Cabral, uma vez. E na Velha República, Pedro de Paula e Faustino Teixeira mais 1 cada. Então repetindo, na história eleitoral municipal de Bom Despacho somente 14 cidadãos tiveram a honra e a responsabilidade de dirigir nosso município, eleitos como tal pelo voto popular.
Lourdes Clarissa Cardoso – Lurdinha Cardoso poesia que aborda com encanto uma criança levada. Levada como as crianças do meu tempo.
Tempo em que a meninada tinha mais liberdade de fazer artes, em que para ser criança de verdade tinha de ser levada.
Que é da menina?
(Maria de Lourdes Cardoso – “História de um Casebre”)
FERNANDO CABRAL 01/01/2013 A 03/04/2020
O próximo?
Acima e ao lado, os prefeitos eleitos em Bom Despacho de 1912 a 2012
Quem será o próximo cidadão - o de número 15 – que será o prefeito eleito de Bom Despacho, levado ao cargo pela vontade popular: Dr. Bertolino, Haroldo, Joice ou Maurício?
Onde está você, menina dengosa, De vestido azul, de cabelos dourados E nariz arrebitado? Menina sapeca, que subia nas árvores Mesmo em dia de chuva, Punha o tio bravo e a avó aloprada. Pulava a cerca e roubava goiabas. Até no pé de mamão, subiu– tiplof! O braço partido e o mamão são e salvo. Menina capeta que enfezava os padres. Menina anjinho, que pedia santinhos, Que cantava desafinado, mas bem bonitinho Nas coroações do mês de Maria. Menina artista, que fazia teatro, Que saía do circo e imitava tudo, Desde o trapezista até o palhaço. O circo ia embora, mas o seu ainda ia Por meses afora, cobrando entradas Com tampas vazias, bolinhas de gude e folhas rasgadas
Outubro, mês dos professores Tomo a liberdade, em nome de nossa amizade imorredoura, de dirigirme à Santina Mendes de Carvalho Costa, esteja ela onde estiver. San-
tina, a professora, cronista e poeta. Minha querida e saudosa colega da Academia de Letras de BD: que ela me empreste seus versos
Ao mestre com carinho
e seu talento literário para homenagear nossos colegas, mestres e mestras, pela passagem de 15 de outubro, dia dos professores.
(Santina Mendes de Carvalho Costa - “ Fragmentos” - 1994) Graças àqueles que me apontaram o caminho, busquei gradativamente o meu universo penso nesta profissão da qual faço parte mas é para os professores que foram meus, e aqueles que não foram, professores que já não são, é que envio o meu carinho para você, professor, que tem marcada em sua vida esta grande missão!
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Faleceu aos 97 anos D. Jandira Gontijo Araújo
D. Jandira em foto recente segurando a bandeira de N. Senhora do Rosário na casa do neto Bertolino (Foto: Karinne Aguiar) Faleceu na noite de terçafeira (6/10), com 97 anos de idade, Jandira Gontijo de Araújo, avó do prefeito Bertolino da Costa. Dona Jandira, como era conhecida, morreu de falência múltipla dos órgãos. Ela estava internada no CTI do hospital Santa Lúcia, em Divinópolis, onde veio a falecer. Jandira Gontijo de Araújo era casada com José Cardoso de Araújo (Zezé Alexandre). “Ao se casarem, promoveram a união de troncos familiares das mais nobres das raízes de Bom Despacho. Dona Jandira é do clã dos Marques Gontijo, que se estabeleceram como fazendeiros e donos de terras e sesmarias desde as remotas eras da fundação de Bom Despacho. Marques Gontijo que ajudaram a fundar Bom Despacho. A construir aqui um
importante município e nossa bela cidade”, escreveu o colunista e professor Tadeu Araújo no Jornal de Negócios em 2016. Segundo Tadeu, Dona Jandira era “mulher forte e admirável cuja vida e cuja luta é exemplo para toda a sua geração”. Além de avó, Dona Jandira era também madrinha de batismo do prefeito Bertolino da Costa. Por isso, a ligação de ambos era muito forte. Na noite anterior (5) Bertolino visitou a avó pela última vez no hospital. Voltou arrasado. Como médico, sabia que não havia mais o que fazer. “Minha avó era uma pessoa muito especial para mim e para toda a nossa família. Um exemplo de força, lucidez e bondade. Sentiremos muito sua falta. Que descanse em paz”, afirmou.
Bom Despacho (MG),1 a 15 Outubro 2020
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Esse calor sufocante e a falta que a sombra de uma árvore faz
PAULO
HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação
Um tema espinhoso é meio ambiente. A impressão que tenho é que falta moderação nas discussões. Ou se encara o tema como totalmente supérfluo e desnecessário ou se antevê o fim próximo do mundo. E a falta de moderação, de parte a parte, traz prejuízos reais e perceptíveis agora para as nossas vidas. Semana passada, para ir da Praça da Matriz até a Rua Vigário Nicolau, ao lado ali dos Correios, andei os 400 metros mais quentes da minha vida! Exagero à parte, pergunto-me por que removemos quase todas as árvores da região central de Bom Despacho. Observe as filas em frente à Caixa para receber o auxílio emergencial e você verá dezenas de pessoas sob o sol escaldante. Até montaram uns toldos brancos em frente à agência para aliviar os últimos metros de espera e proteger os funcionários do banco e da prefeitura que estão ali organizando a fila. Mas a maior parte do percurso tem sido sob sol escaldante. Percorra outras vias centrais importantes como a Coronel Tininho, a Faustino Teixeira, a Rua do Rosário ou a querida Avenida das Palmeiras, o cenário é basicamente o mesmo. Adotamos o concreto e o asfalto no centro de Bom Despacho.
Lembro-me de quando sejam seguidas nas novas chegou o asfalto na cidade, áreas que vêm sendo na década de 1980. urbanizadas agora, mas Ficamos extasiados, precisamos pensar em algo fascinados com aquelas mais ativo para recuperar máquinas, a massa feita nossas vias que perderam com piche e brita, o cheiro a cor e o frescor das forte e característico. Era árvores. época em que íamos a pé O que perderíamos se para a escola e as primeiras transformássemos algumas vias que me recordo de vagas de estacionamento ver sendo asfaltadas são a na área central em Praça da Matriz e a Rua canteiros para árvores e Doutor Miguel Gontijo. O jardins? Os benefícios calçamento com seriam vários. Além do alívio paralelepípedos regulares da sombra, recuperaríamos das principais vias da cidade a permeabilidade do nosso não atendia mais. Cidades solo, melhoraríamos a grandes tinham asfalto, qualidade do ar e o bem piso lisinho em estar de quem que o carro caminha por rolava macio, aqui. “Ah, mas sem trepidação. Adotamos as raízes das O mesmo piso que escondeu o concreto e árvores podem comprometer a nosso solo, o asfalto no estrutura dos tornou parte de prédios, as nossas cidades centro de copas das impermeáveis e á r v o r e s provocou uma Bom p o d e r i a m série de colocar em risco “ p e q u e n a s ” Despacho a rede elétrica e tragédias nas esconder as chuvas entre o fachadas, as final de 2018 e folhas vão cair e sujar começo de 2019 em Minas nossas ruas” – podem Gerais. ponderar algumas pessoas. Mas, voltando à década Tudo administrável num de 1980, naquela época a processo planejado, com gente tinha umas árvores apoio de ciência para pelo caminho que escolher as plantas permitiam que a caminhada adequadas e de urbanismo em Bom Despacho para selecionar os locais alternasse sombra e sol em para suas inserções. quantidade suficiente para Cidades desenvolvidas manter nossos níveis de têm sim muito concreto e vitamina D sem ninguém asfalto, têm também muita correr risco de insolação. tecnologia, mas também Hoje, todas as fachadas e se esforçam para conviver placas são visíveis na bem com o meio ambiente Doutor Miguel, árvores não e investem na recuperação mais. A prefeitura chegou do verde, inclusive porque a editar e publicar a Cartilha isso conta para a imagem Passeando, com diretrizes da cidade. O mundo dos para o plantio de árvores negócios já aprendeu há nas nossas calçadas, mas muito tempo que o nosso cenário continua embrulho faz diferença, muito árido. Até acredito que o traje adequado e a que essas recomendações
apresentação bem feita vendem. Alguns municípios também. Ações como a recuperação de matas, o tratamento adequado de rejeitos, a adoção de práticas como a coleta seletiva (com reciclagem) e o tratamento de lixo orgânico (com produção de energia) tem não só a simpatia, mas o investimento de grandes empresas. Até porque é crescente a pressão de consumidores – individuais, corporativos e, principalmente, internacionais – para que as empresas adotem e cobrem de suas comunidades práticas sustentáveis. Em alguns mercados, estas práticas são critérios para eliminar um potencial fornecedor para importação, por exemplo. É muito mais do que ambientalismo ou choro de um colunista que voltou com a camisa encharcada depois de 800 metros de caminhada. Esqueça Green Peace, não estou falando disso. Estou falando do nosso bem estar, aliado a oportunidades de desenvolvimento. Precisamos cuidar da qualidade de vida de nossos moradores e melhorar nossos cartões de visita. Que tal se árvores fossem plantadas e mantidas pelos moradores ou empresas em troca de algum incentivo fiscal municipal? A gente podia ainda colocar um banquinho circular em torno do tronco da árvore, de concreto mesmo, para nos sentarmos de vez em quando e descansar um pouco, bater um papo, tomar um sorvete ou observar as pessoas, os carros e o tempo passarem.
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Procurada para falar sobre denúncia, Joice não quis responder A presidente da Câmara, Joice Quirino, foi denunciada ao Ministério Público por improbidade administrativa. Ela é acusada de nomear sua ex-cunhada, a advogada Rita Alessandra, para cargo inexistente na Câmara, com salário de R$ 4.198,58 mensais. De acordo com o advogado e ex-prefeito Fernando Cabral, que encaminhou a representação, a nomeação da ex-cunhada para o cargo de Assessora Jurídica da Câmara é ilegal. “Não existe lei que defina este cargo nem que especifique o seu salário”. Procurada pelo Jornal de Negócios para apresentar sua versão e se defender das acusações, Joice não quis responder sobre o assunto. A representação por improbidade administrativa foi levada também à Câmara Municipal no dia 5 de outubro. Comissão especial formada pelos vereadores Fernando Branco, Marcelo Marilúcio e Fernando Becker vai apurar a denúncia. Essa comissão se reúne segunda-feira (19/10), às 15 horas, para decidir o que fazer. Serviços particulares Ainda de acordo com a representação feita no Ministério Público e no Legislativo, a Presidente da Câmara usa a ex-cunhada, paga com dinheiro público, como advogada em causas particulares na Justiça. Foi o caso, por exemplo, da ação de Joice contra o Jornal de Negócios pela publicação do artigo “Vereadores: demagogia passa por cima da
lei”. A Assessora Jurídica Rita Alessandra foi advogada de Joice no processo, de Nº 0 6 0 0 0 5 7 61.2020.6.13.0045. A Justiça indeferiu a pretensão de Joice. Existem outras ações contra Joice tramitando na Justiça em que a Assessora Jurídica da Câmara também atua como advogada particular da vereadora – entre elas uma Ação Civil Pública. “A Assessora Jurídica recebe salário mensal da Câmara para ficar à disposição dos interesses privados da vereadora. Usar os serviços de servidor público para interesses pessoais caracteriza improbidade administrativa”, afirmou Cabral.
Jornal espera resposta para publicar a versão de Joice sobre o caso No dia 02.10.2020, o Jor-nal enviou para a Presidente da Câmara a seguinte mensagem: “Senhora Presidente: Para subsidiar matéria jornalís-tica, solicitamos que se ma-nifeste sobre as questões abaixo colocadas, obser-vando a fineza de fazê-lo até na próxima segunda-feira (6/10). - Qual o instrumento legal que criou o cargo de “Assessora Jurídica” da Câmara Municipal de Bom Despacho e definiu sua remuneração? - Quando e onde foi publicada? - Quais as atribuições da “Assessora Jurídica”? - Por quê a Assessora Jurí-dica da Câmara, Rita Alessandra Quirino, atuou como patrona nos proces-sos 060005591.2020.6.13.0045 e 0600057-61.2020.613.0045, que tramitaram na 45ª Zona Eleitoral, sendo que a Câmara Municipal não figura como parte nesses processos? - Como os processos acima citados tratavam de interesses privados da Presidente Joice Quirino, por quê Vossa Excelência não contratou advogado particular para acompanha-los?”. Até a publicação desta matéria, 13 dias após o pedido do Jornal, Joice não deu nenhuma resposta. Mesmo assim, caso a Presidente da Câmara queira responder as questões acima, o Jornal de Negócios publicará sua manifestação.
DESTAQUE
LEITOR
Dedicação e competência da Polícia Militar No domingo, dia 4/10, esqueci meu celular no jardim do lado de fora da minha casa. Uma hora depois me dei conta disso e fui procura-lo, mas ele já não estava lá. Como para fazer o bloqueio do número é necessário um Boletim de Ocorrência, decidi ir até o 7° Batalhão fazer o BO. Lá fui atendido pela sargento Paula, que solicitou ajuda ao cabo Joel e ao subtenente John. Eles se interessaram não somente em registrar o ocorrido, mas também em ajudar a recuperar o aparelho. Para isso, o cabo Joel instalou no seu próprio celular o meu e-mail, o número IMEI do meu aparelho e assim conseguiu rastrear o telefone. Quarenta minutos após, os dois policiais me procuraram na minha casa e me entregaram meu aparelho e os chips já desinstalados. Foi uma agradável surpresa. Eu havia procurado a PMMG com a única finalidade de registrar a ocorrência para me preservar, mas, com competência e dedicação admiráveis, o cabo Joel e subtenente John resolveram o problema, recuperaram e me devolveram o aparelho. Um exemplo de compromisso e dedicação dos nossos valorosos policiais militares, a quem agradeço. IVAN DE OLIVEIRA ARAÚJO Bom Despacho / MG
Réquiem Seus olhos não me vigiam mais Da esquina. Guardando meus passos. Seus lábios não trazem mais as notícias. De vida. De morte. Do vizinho. Do estrangeiro. Do vasto Mundo sem rumo sem sorte. Medos menino Superstições de pais Assombrados em pesadelos Sem mote Dissolvem-se nessa triste Hora da morte. Da árvore buquê Desgrenhada prenhe De fios soltos dos postes Sopram em redemoinhos Suas multicores flores Desprendendo-se ao vento Como se sua alma fosse Desgarrando-se do corpo Inerte. Adentrando gretas Essas finas flores descalças Bailam na sala antevista por Bisbilhoteiros olhos de outrora. Fica em mim sua solitária Presença que teima em não Ir sem despedidas. Perde meu mundo A guardiã dos meus bens E males na loucura dos Dias que correm. Adeus. (Celso Ribeiro)
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Época de eleições: as diferenças de SP e BD
Imagem ilustrativa
Pedrinhas no mosaico
Bom Despacho (MG),1 a 15 Outubro 2020
LÚCIO
EMÍLIO Lúcio Emílio do Espírito Santo é coronel reformado da PMMG, escritor e membro da Academia de Letras João Guimarães Rosa, da PMMG.
Nas minhas andanças por museus, bibliotecas, hemerotecas, sempre procuro algo a respeito de Bom Despacho, alguma coisa nova sobre o nosso chão amado. Antes da chegada do 7º Batalhão, em 1931, o destacamento policial pertencia ao 2º Batalhão, situado na longínqua Juiz de Fora. Um dia desses, por curiosidade, resolvi verificar, no Arquivo Público Mineiro, a pasta da correspondência do Chefe de Polícia do Estado com os delegados e subdelegados municipais. A correspondência não é numerosa, mas rica em detalhes sobre a vida da cidade, nas primeiras décadas do século passado. Em primeiro lugar, emerge o contexto aqui vivido naqueles tempos, em que a mudança da capital para Belo Horizonte e a sua industrialização intensificaram o comércio de produtos industrializados e agrícolas, sobretudo nas regiões circunvizinhas. Esse desenvolvimento pressionou a construção das “estradas de rodagem” e das “estradas de ferro”, espalhando levas e levas de obreiros por todo o Estado. As reclamações da população, no tocante a arruaças, desrespeito às famílias e crimes de sangue, a u m e n t a r a m significativamente. Essas queixas levaram o então delegado de polícia em exercício, Custódio José d’Oliveira, a encaminhar, em primeiro de julho de 1913, um ofício solicitando ao Chefe de Polícia o
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aumento de três praças para o destacamento local. A razão, diz o delegado, é que se acha em construção nos arredores e interior d’esta Vila um elevado número de obras, tornando-se insuficiente para manter a ordem pública a diminuta força aqui estacionada. Com um toque de diplomacia, ainda diz o delegado Custódio confiar na atenção do Chefe de Polícia aquele motivo imperioso para a tranquilidade das famílias e para que que não se desmoralize a polícia que nos mantém e cujos destinos “muito sabiamente dirige V. Excia”. Em 1918, era delegado de polícia Segismundo Marques Gontijo. Recebeu ele ordem para investigar um alemão que residia no município. Em ofício de 5 de junho daquele ano, Segismundo informou enfaticamente ao Chefe de Polícia que o único alemão residente na cidade era Johan Schlech, mecânico, homem pacato, trabalhador, de costumes morigerados e muito útil ao lugar, pois era o único que existia por aqui. Nessa época, as investigações policiais, sobretudo nas vilas interioranas, eram precaríssimas. A culpa era formada, quando não havia confissão do acusado, em provas testemunhais e poucas evidências materiais. Com toda certeza, havia uma falsa acusação. O testemunho de Segismundo evitou uma injustiça e resguardou a imagem de um homem honesto. Naquele mesmo ofício, nosso zeloso delegado pediu autorização para reparar a cadeia pública, incluindo as fechaduras, waterclosed sem descarga, no valor de 60000 reis. Relata Segismundo que havia a expetativa de condenação de vários réus que iriam a júri. Pede também o fornecimento de alimentos aos presos. Esse fornecimento, explica, estava sendo feito pela Santa Casa de Misericórdia da Vila. História é artesanato. Cada nova pedra edifica o mosaico singular da existência de um povo e o faz mais senhor de si, mais confiante no caminho a seguir, mais orgulhoso do caminho percorrido.
ALEXANDRE
MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Nasci e vivo em São Paulo há cinquenta e quatro anos, com raros períodos de exceção, quando morei fora da cidade. Fora destes períodos, o momento que me ausentei mais de minha cidade natal foi em 2020, quando passei os meses de janeiro, fevereiro, final de abril, maio, junho, julho, agosto e 17 dias de setembro em Bom Despacho. Nestes dois anos escrevendo para o Jornal de Negócios, tenho me dedicado a olhar as diferenças entre as cidades nas quais divido meu tempo, São Paulo e Bom Despacho. Hoje, vou fazer este mesmo exercí-
cio, mas focado no período eleitoral. E, acreditem, não há nada mais diferente entre nossas cidades do que o aspecto político. Em meus cinquenta e quatro anos, vi pessoalmente apenas uma prefeita, a Luiza Erundina, que governou a cidade entre 1989 e 1992. Lembro-me claramente do momento em que a vi. Era o período de campanha, portanto, ela não era ainda a eleita. Eu estava caminhando em direção à estação de metrô Santana (que nesta época era a estação inicial - ou final - da linha azul do metrô, papel que deixou há algumas décadas, pois a linha foi expandida), quando ouvi uma gritaria, gente apontando para o local por onde eu iria passar em alguns segundos. De repente, aparece na minha frente uma pequena senhora, que em minha memória não devia ter mais do que
1,5 metro de altura, sorridente, perguntou se eu já tinha candidato e, diante de minha total paralisia, me deu um panfleto da campanha e continuou a caminhada. Esta foi a única vez cheguei perto de um prefeito em minha cidade e, tecnicamente, nem prefeita ainda ela era. Nunca mais! Em dois anos visitando Bom Despacho, eu conheci e conversei com o exprefeito Fernando Cabral, almocei algumas vezes com sua esposa Alcione (em companhia de minha namorada bom-despachense, claro), além de encontrar com ele e com ela várias vezes pelas ruas da cidade. Além do ex-prefeito e de sua esposa, posso dizer que sou amigo de um de seus irmãos, o Marcelo Cabral, com quem já almocei, tomei cerveja, fiz trilhas no meio do mato, além de ter passado uma noite inteira conversando, com ele e com sua esposa Vera, durante um dos encontros musicais do Circuito dos Ranchos, grupo sobre o qual já escrevi algumas colunas. Em relação ao atual prefeito, o Bertolino, que já encontrei algumas vezes nas ruas de Bom Despacho, posso dizer que sou amigo de sua irmã, que é amiga de infância de minha namorada bom-despachense, já a tendo encontrado inúmeras vezes, e tendo frequentado a casa de sua mãe na cidade em uma tarde/noite em que fomos visitar sua filha que estava em Bom Despacho a passeio. Fora esse contato “íntimo” com o poder, algumas vezes aconteceu de eu estar proseando com o Ivan, em sua lanchonete na Praça da Matriz, e ele apontar alguém e dizer algo como “este é o fulano, candidato a prefeito este ano” ou “aquele que está atravessando a rua é o beltrano, ex-prefeito em tal data”. Em São Paulo, com seus
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vinte milhões de habitantes, não é comum ver o prefeito na rua. Ele não anda a pé. Tirando o Fernando Haddad, que costumava ir de ônibus para a prefeitura (pelo menos fez isso em algumas épocas), o prefeito se desloca pela cidade usando vários veículos, um que o leva, sempre com motorista e seguranças, e outros com policiais e seguranças. Falar com o prefeito paulistano é para poucos. Os secretários paulistanos também usam carros, motoristas e seguranças. Parecem popstars e são quase inatingíveis para os simples mortais, como eu. Em Bom Despacho, com uma população bem menor, o prefeito é mais acessível, além de não usar o aparato logístico em seus deslocamentos, de não ter seguranças que o cercam e de ser conhecido de todos, saber o nome de quase todos os cidadãos do município, suas relações familiares, onde moram etc. É outra realidade. Apesar das diferenças enormes entre nossas duas cidades, há algo que as aproxima nesta eleição: a violência dos ataques aos adversários. Em São Paulo, tradicionalmente, durante as eleições há ataques aos adversários, acusações de falcatruas, relatos na imprensa de erros cometidos na vida, casos extraconjugais dos oponentes, tentativas mil de acabar com a reputação do outro. Em Bom Despacho, como alguém me colocou em um grupo do Facebook, cujo foco é a cidade, tenho visto vários posts com comentários agressivos sobre os candidatos. Enquanto estava em Bom Despacho, não sei se em agosto ou setembro, soube que um grupo anônimo enviou cartas sem assinaturas para os munícipes, segundo algumas versões, contendo inverdades sobre o Jornal de Negócios e algum candidato. Nesta semana, já em São Paulo, minha namorada bom-despachense me contou que alguém jogou um explosivo no comitê de campanha do atual prefeito. Minha expectativa, conhecendo um pouquinho de Bom Despacho, era que a campanha eleitoral seria mais civilizada do que em São Paulo, já que todos os candidatos se conhecem, conhecem as famílias, alguns são amigos, estudaram juntos, ou seja, não colocariam o cargo de prefeito acima das relações pessoais construídas ao longo de décadas. Mas, neste mundo dividido em que vivemos, especialmente após a última eleição presidencial, a parte ruim da eleição paulistana parece ter chegado a Bom Despacho. Estou torcendo para eu estar bem enganado. Bom processo eleitoral, Bom Despacho!
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Bom Despacho (MG), 1 a 15 Outubro 2020
DESTAQUE
Mais segurança para os servidores ENTREVISTA: Ivan Jacomassi Júnior
Aos 38 anos de idade, o consultor Ivan Jacomassi Júnior (foto) – sócio diretor da empresa Perfix Consultoria, de São Paulo – coordena a elaboração do projeto do Plano de Cargos e Salários (PCS) da Prefeitura de Bom Despacho. A empresa foi a vencedora da licitação para executar o trabalho. Administrador de empresas pós-graduado na Fundação Getúlio Vargas, membro do Conselho Regional de Administração de São Paulo, da Associação Brasileira de RH e professor de pós-graduação na Universidade Paulista (UNIP), Ivan traz para Bom Despacho a experiência de trabalho em mais de 50 projetos de RH, atendendo grandes instituições como Caixa Federal, BNDES, Sebrae, Unimed, Infraero e Cemig, entre outras. Essa experiência será a base para “construir uma visão muito positiva do funcionalismo” em Bom Despacho, implementando aqui uma “pegada de desenvolvimento humano muito forte, com mais empatia, e traçar as competências do futuro” para o funcionalismo, diz. Veja na entrevista concedida ao Jornal de Negócios.
Depois de muito tempo e muita expectativa, o Plano de Cargos e Salários (PCS) dos servidores está sendo feito. O que se pode esperar dele? Ele vai organizar os cargos e as carreiras dentro da Prefeitura de Bom Despacho. O plano prevê revisar a estrutura de carreiras existentes, a distribuição dos cargos, enfim, definir as carreiras de acordo com a necessidade do serviço público. Qual é o cenário existente hoje? Nesta fase estamos pesquisando e analisando o conjunto de normas existentes. Mas posso dizer que Bom Despacho não tem uma estrutura bem organizada nessa área. Só leis isoladas tratando pontualmente de alguns cargos e atribuições. O desafio é consolidar e transformar tudo em estrutura de carreira, porque isso traz segurança para os servidores
e melhora a administração. Permitirá atender melhor o anseio da população por serviços públicos de qualidade. Existem desigualdades a serem corrigidas? Na primeira reunião que tive com representantes dos servidores ouvi reclamações assim. Mas ainda não fechamos o levantamento para afirmar isso. Diria que existe um sentimento assim. Mas precisamos ter cautela com esse olhar. Há sim correções e ajustes a serem propostos. Mas também é importante pensar na melhor distribuição de funções, no balanceamento adequado das atribuições, em exigências compatíveis com os cargos e também na preservação das contas públicas. Como vai ser a estruturação das carreiras? As atividades serão redistribuídas? A estruturação vai mostrar as
perspectivas de crescimento e evolução que podem ser construídas. A redistribuição de atividades buscará mais equilíbrio de acordo com a responsabilidade, remuneração e qualificação do servidor. Por quê o PCS tem papel determinante na administração do município? Com estrutura de carreira desenhada, montada, o servidor tem mais segurança, tem um horizonte mais definido, tem perspectiva melhor para construir sua carreira. Isso permite que ele faça uma escolha de vida: dedicar-se ao serviço público ou redirecionar sua vida profissional. Ganham os servidores e suas famílias, ganha o cidadão que terá a Prefeitura mais organizada e serviços públicos melhores.
Sua empresa presta serviços de RH para instituições de referência no país. Essa experiência será útil para o trabalho que está sendo feito em Bom Despacho? A confiança dessas instituições é resultado da nossa filosofia de trabalho. Acreditamos numa gestão ágil, em inovação, tecnologia e relação empática com os clientes. Não abrimos mão da qualidade técnica, mas buscamos relacionamento forte, de parceria com nossos clientes, para oferecer soluções viáveis e efetivas às suas necessidades. Essa mesma filosofia orienta nosso trabalho na Prefeitura de Bom Despacho. Nossa proposta é arejar a estrutura de carreira dos servidores, torna-la mais justa, equilibrada e isonômica. De forma geral, diria que o servidor público é muito estigmatizado em nossa sociedade. Tudo é engessado,
não caminha. Queremos construir uma visão muito positiva do funcionalismo. Implementar em Bom Despacho a pegada de desenvolvimento humano muito forte, com mais empatia, e traçar as competências do futuro. Essa filosofia de trabalho tem algum viés político-partidário? Nenhum. Nenhum mesmo. É exclusivamente técnico e profissional. Veja: quando fechamos contrato com a Prefeitura de Bom Despacho, sequer sabíamos quem era o prefeito ou o partido que estava no poder. Aliás, o partido eu até hoje não sei. Estamos aqui para fazer nosso trabalho independente de visão política ou partidária. Tanto que já prestamos serviços para lideranças de extrema esquerda e também para lideranças que defendem o liberalismo mais extremo. O que não queremos é lidar com pessoas fechadas ao
debate. Construir um plano de carreira exige muito diálogo, respeito, capacidade de ouvir e entender as necessidades de cada uma das partes envolvidas. Os servidores serão ouvidos na elaboração do plano de carreira? Quando? Como? Sim. Existe uma comissão de representantes do funcionalismo que se relaciona com a nossa consultoria. É a nossa ponte com os servidores. Nossa principal base de informação é a legislação do município. Mas estamos permanentemente abertos para ouvir e acolher sugestões. Quando a minuta do projeto estiver pronta, ela será discutida com os servidores. Quando ficará pronto? Pelo contrato, temos 180 dias para concluir o trabalho. Esse prazo vence no final do primeiro trimestre de 2021.