DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
Ano XXXI - Nº 1.603 • Fundado em 12/05/1989
CREDIBOM publica as Demonstrações Financeiras ASSEMBLEIA SERÁ DIA 28/2 NO NOVO SALÃO SÃO VICENTE PÁGINAS 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13
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Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR
Bombeiros: luta pela vida em BD e região (PÁGINA 5)
ACIBOM MOSTRA GANHADORES DA PROMOÇÃO NATAL DOS SONHOS ´PÁGINA 5
Bertolino faz um ultimato à Copasa ÚLTIMA PÁGINA
Tenente coronel Renato Pinheiro assume comando do 7° Batalhão PÁGINAS 3 e 5
BOAS LEMBRANÇAS A partir desta edição, o site www.IBOM.com.br e o Jornal de Negócios trazem a coluna BOAS LEMBRANÇAS. PÁGINA 4
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ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA SANTA EFIGÊNIA
EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Prezados Senhores(as) Associados(as) O Presidente da Associação Comunitária Santa Efigênia, José Nunes Rodrigues, no uso de suas atribuições, convoca todos os associados para Assembleia Geral Extraordinária a realizar-se no próximo dia 30 de março de 2021, no Salão Social da Associação Santa Efigênia, localizado à Rua Gustavo Capanema, n° 17, Vila Militar, Bom Despacho/MG, iniciando-se os trabalhos às 19h00m, em primeira convocação, ou, na falta de quórum necessário, às 19h30m em segunda convocação, com qualquer número de presentes, para deliberaram sobre as seguintes ordens do dia: - Eleição e posse da nova Diretoria para o exercício 2021, 2022 e 2023. - Prestação de contas da atual Diretoria - Apresentação para publicação do novo Estatuto Bom Despacho/MG, 9 de fevereiro de 2021
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É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana - Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega grátis de 1 jornal por pessoa.
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IPTU vence só a partir do mês de junho deste ano
Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
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Renato Pinheiro assume comando do 7° Batalhão TENENTE-CORONEL TEM 43 ANOS E É ESPECIALISTA EM SEGURANÇA PÚBLICA
A Prefeitura de Bom Despacho adiou para junho o vencimento do IPTU 2021. Além disso, ampliou de três para quatro vezes o pagamento parcelado do imposto sem juros. O objetivo é facilitar a quitação do IPTU por conta das dificuldades enfrentadas pela população com a pandemia de Covid-19. De acordo com o edital de lançamento do IPTU publicado pela Secretaria Municipal da Fazenda, o pagamento em parcela única com 5% de desconto pode ser feito até 8 de junho. Já o pagamento parcelado sem juros vence nos dias 10/6, 9/7, 10/8 e 10/9. Os valores pagos em atraso terão acréscimo de multa 0,33% ao dia – limitado a 20%
- e juros de mora de 0,005% ao dia. Entrega das guias A Secretaria Municipal da Fazenda informou que as guias para pagamento do IPTU serão entregues antes do vencimento nos endereços de correspondência cadastrados na Prefeitura. Quem não receber as guias deve retira-las pela Internet ou no Setor de Arrecadação da Prefeitura até 28 de maio. “O contribuinte é o único responsável pela atualização do seu endereço de correspondência. Por isto, o não recebimento da guia de recolhimento não isenta o contribuinte da multa e juros por atraso”, diz o edital.
As guias de IPTU 2021 podem ser retiradas no site https://bomdespacho.atende.net/ ou pedidas pelo e-mail arrecadacao@bomdespacho.mg.gov.br
Prefeitura homologou Concurso N° 01/2019 A Prefeitura de Bom Despacho publicou dia 9/2 a homologação do concurso 1/2019. Segundo o secretário de Administração Wallace Campos, o Executivo "espera iniciar as nomeações nos próximos dias”. O secretário informou também que as nomeações “serão feitas por
etapas, pois o principal objetivo é permitir a integração harmoniosa dos novos servidores com o novo ambiente de trabalho”. Segundo Wallace, “isto tem se mostrado necessário devido à recente mudança da sede da Prefeitura e também devido à pandemia”.
Em solenidade realizada no auditório da Vila Militar na manhã de sexta (5/2), tomou posse o novo comandante do 7° Batalhão da Polícia Militar, o tenente-coronel Renato Pinheiro Batista. O evento foi presidido pelo comandante da 7ª Região da PM, coronel Wemerson Lino Pimenta. Devido aos protocolos para evitar a transmissão do coronavírus, a solenidade não foi aberta ao público. Participaram apenas autoridades civis, militares e a Banda de Música do 7° BPM. O ex-comandante Alexandre Barbosa de Oliveira, que assume o comando do 1° BPM em Belo Horizonte, não participou do evento porque está em tratamento de saúde.
Saudação Saudando o novo comandante empossado, o coronel Wemerson Pimenta afirmou que Pinheiro possui “excelente currículo na Polícia Militar, já foi testado em várias pastas, em várias missões, é sempre muito bem sucedido e (...) terá sucesso aqui no comando do 7° Batalhão”. De acordo com o comandante regional, o 7° BPM “representa a maior parte da área territorial da 7ª Região, tem o maior número de companhias, maior número de efetivo, então exige muita coordenação, muito controle. (...) Boa sorte. Conte com este comandante regional que está aqui para servir”.
VEJA MAIS sobre a posse na página 5 desta edição
Reconstrução da Praça do Rosário fica pronta em maio, diz Prefeitura Após um período de paralisação, a obra de reconstrução da Praça do Rosário está novamente em andamento. Segundo informações obtidas na Secretaria Municipal de Obras pelo IBOM, a previsão é que ela será entregue em maio. De acordo com a Secretaria, o atraso no cronograma da obra deveuse “à grande variação de preços” do material de construção, que levou a empresa responsável a paralisar o serviço e pedir revisão do contrato. Além
do aumento excessivo nos preços dos insumos, houve também falta de material porque muitas fábricas reduziram sua produção devido à pandemia. O projeto da nova Praça do Rosário - feito pela arquiteta Carolina Moreira - prevê a construção de palco permanente, novas jardineiras, instalação de luminárias LED, novos bancos, canteiros e sanitários no local. Além disso, todo o piso da praça será substituído por blocos de concreto coloridos. DO LEITOR
Manaus Tudo está cheio Hospitais cemitérios noticiários Vazia a casa do morto grita Ávidos por ar pulmões Pedintes À foice da morte misericórdia Agoniantes derramam Súplicas lágrimas No caudaloso rio de outrora Choram as águas A desdita humana Na selva vida Por onde andaremos Os homens No fundo do poço? ... Espere! ... Já ouço! ... Escute! Cilindros tilintares na noite Acordando o mundo... CELSO RIBEIRO
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Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
Temos mesmo o direito de exigir? HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação
Trabalho há 2 anos em uma ouvidoria pública, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Recebemos um volume razoável de manifestações de cidadãos, dentre as quais um bom número de denúncias, especialmente contra deputados e servidores públicos. Todas que atendam a um conjunto de requisitos mínimos, como descrever de fato uma irregularidade e apresentar um mínimo de indícios comprobatórios, são encaminhadas para apuração - numa casa política, uma das mais poderosas do país. Na maioria dos casos, os denunciantes não se identificam ou ainda, quando se identificam, pedem que tenham suas identidades preservadas no processo de apuração. Por quê? Porque normalmente têm medo de perseguição e retaliações de gente poderosa. A Câmara dos Deputados preserva a identidade dos denunciantes. O Governo Federal editou decreto no final de 2019 para garantir o anonimato do denunciante, se assim ele solicitar. Essa posição não é consensual no meio jurídico ou nas organizações públicas brasileiras. Muitos alegam que a Constituição Brasileira, quando prega que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”, garante ao denunciado o direito de conhecer a identidade do denunciante. Os que, como nós, acreditam que o anonimato deve ser garantido (se requerido pelo denunciante), entendem que o interesse do denunciado fica muito menor quando comparado aos prejuízos apurados a partir de denúncias, que se revestem de interesse público - como as que sustentaram investigações da Lava Jato poucos anos atrás. Imagine então, numa situação hipotética, que um deputado denunciado na Câmara pudesse me obrigar a informar a identidade do denunciante em um processo fundamentado contra ele, alegando ser parte prejudicada no processo. Alguém mais faria denúncias? Você acredita mesmo que um funcionário dele teria coragem de informar um desvio? Ou que uma servidora vítima de assédio moral ou sexual (ou um colega que testemunhou o fato) denunciaria o assediador?
Bertolino leva reivindicações de BD ao governador Zema ENCONTRO REUNIU 29 PREFEITOS; “É PRECISO OUVIR QUEM ESTÁ ENVOLVIDO”, AFIRMOU ZEMA O prefeito Bertolino da Costa foi recebido pelo governador Romeu Zema na quarta-feira (27/1), juntamente com prefeitos de outras 28 cidades mineiras. O encontro, na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, foi organizado pelo deputado Antônio Carlos Arantes (PSDB). Participaram também o secretário de Governo, Igor Eto, e o assessor especial Rodrigo Gomes. Na pauta do encontro estavam temas como vacinação contra a Covid-19, o programa Minas Consciente e a retomada do desenvolvimento.
PAULO
Grande polêmica está instaurada em Bom Despacho quanto à revelação da identidade das pessoas que têm recebido as tão esperadas primeiras doses da vacina contra a Covid-19. Na esteira de alguns escândalos que pipocam pelo país, de autoridades que estão se aproveitando de seu poder para se vacinarem e vacinarem os “amigos do rei”, bom-despachenses têm levantado suspeição sobre “os escolhidos” no município. Pois me permitam discordar do que parece ser a posição da maioria dos formadores de opinião: a identidade das pessoas vacinadas não deve ser publicada.
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Imagem ilustrativa Trabalho desde 2008 com transparência de dados. Em 2011, o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a aprovar uma lei que garanta acesso a dados públicos, desde informações sobre obras e outras compras públicas, até os salários de políticos e servidores, passando pelo planejamento das organizações públicas (sim, elas devem ter) e pelas agendas de políticos e autoridades (sim, eles deveriam permitir você saber da agenda pública deles). Estamos longe de ser perfeitos nisso, mas há muitos dados publicados, montanhas deles - publicados e pouco explorados inclusive. Por exemplo, quem faz análise dos dados da Prefeitura e da Câmara Municipal de Bom Despacho? Mas, voltando à transparência de dados, ela tem seus limites também. A Constituição Brasileira (e os bons costumes) garantem ao cidadão comum o direito à sua intimidade. Com a evolução do uso de dados nossos para finalidades as mais diversas (algumas perversas), o mundo começou a se preocupar com os excessos no uso dos dados pessoais. Se começamos exigindo que sejam compartilhados os nomes de quem recebeu a vacina da Covid-19, ainda mais se pensamos nisso em forma de lei municipal, onde vamos parar? A prefeitura tem a obrigação de prestar contas de como está utilizando recurso tão precioso para a população de Bom Despacho, é fato. Entretanto, ela não pode expor cada uma dessas pessoas em uma lista pública. A solução desenhada foi bastante razoável para as pessoas deste primeiro grupo, elencando os perfis dos servidores que estão na linha de frente de combate à pandemia que estão sendo imunizados. Ah, alguém pode dizer que são servidores públicos, que eles abrem mão da priva-
cidade quando se revestem no papel de funcionários públicos. Mas não é nesse papel que eles estão quando são vacinados. São cidadãos como nós, que tem direito à preservação de suas informações de saúde, mas que estão sendo vacinados primeiro porque estão correndo mais riscos por se colocarem de frente com o vírus todos os dias – para salvar nossas vidas. Pode haver desvios? Pode. Para evitá-los, sugiro que se crie ou adote algum canal de denúncias, com todo o rigor e cuidado que ele requer, especialmente a garantia de preservação dos denunciantes, a seriedade e agilidade na apuração, e a devida orientação da população para uso desse canal. Não sem razão é o que fez o governo de Minas Gerais e de outros estados da federação e municípios. A Câmara Municipal poderia ter um canal com essa finalidade. Ou podemos adotar a Ouvidoria-Geral do Estado, que já está atendendo a denúncias com esse teor: por telefone no número 162, por WhatsApp no número (31) 99802-9713 ou pela Internet no endereço www.ouvidoriageral.mg.gov.br/ coronavirus. Minha mãe sempre me disse que meu direito termina onde começa o direito do outro. Sei que estamos todos ansiosos pela vacina, sei que ela está demorando muito mais do que deveria para chegar, sei que muitos têm sofrido com a doença e a perda de pessoas queridas, mas não podemos perder nossa humanidade. Senão, daqui a pouco vamos querer a lista de nossos idosos que receberem a vacina publicada no jornal (ótima fonte de informações para golpistas ou assaltantes) ou vamos achar normal um processo seletivo de emprego que “discretamente” elimine quem não estiver vacinado.
Bom Despacho Todos os prefeitos apresentaram suas demandas ao governador. Segundo o IBOM apurou, entre as reivindicações levadas por Bertolino estão recursos para asfaltamento do anel rodoviário, implementação do distrito industrial, recursos para a saúde, apoio para executar o projeto de derivação de água do São Francisco para o Rio Picão e ações de incremento ao desenvolvimento econômico de Bom Despacho.
Da esquerda para a direita: deputado Arantes, governador Zema, prefeito Bertolino e assessor Ricardo Santos Ao abrir a reunião, Arantes reforçou a necessidade de investimentos do Estado e destacou que esta foi “a primeira vez em anos que temos a oportunidade de apresentar os problemas dos municípios diretamente ao governador”. Segundo Arantes, o governador está “comprometido com a recuperação do Estado, com
os prefeitos e com o nosso povo”. Ao encerrar o encontro, Zema agradeceu ao deputado Arantes pela presença dos prefeitos e ressaltou que “para fazer boa gestão é preciso ouvir quem está envolvido”. De acordo com o governador, “essa proximidade é extremamente produtiva e vai continuar”.
BOAS LEMBRANÇAS
Colocando pedrinhas nos trilhos da Maria Fumaça A partir desta edição, o site www.IBOM.com.br e o Jornal de Negócios trazem a coluna BOAS LEMBRANÇAS. Neste espaço, pessoas contarão boas lembranças que têm do seu passado em Bom Despacho. O objetivo é relembrar e compartilhar costumes, fatos e acontecimentos que marcaram a vida das pessoas na comunidade. Uma das coisas de que me lembro com saudade é da Maria Fumaça chegando na estação ferroviária de Bom Despacho. Eu morava na rua Faustino Teixeira, abaixo do Larguinho, perto da antiga padaria do Sô Cristiano, acima de onde passava a linha férrea. Sempre que a Maria Fumaça chegava apitando a gente corria para vê-la passar. Eu tinha uns 8 ou 9 anos e brinquei muito na linha, que passava abaixo de onde ficam hoje a rodoviária e Câmara Municipal. Gostava de colocar pedrinhas nos trilhos para ver a roda do trem passar em cima e esmagar tudo. A criançada gostava. Era uma brincadeira inocente, de um tempo que se foi, deixou saudade e infelizmente não volta mais. Depois cresci e saí de Bom Despacho para fazer o 2° grau em Belo Horizonte. Me formei, voltei e fui trabalhar na fazenda. À noite estudava em apostilas e aos 28 anos passei no concurso da Polícia Rodoviária Federal, onde trabalhei até me aposentar. Nesse período fiz o curso de Direito na Fadom, em Divinópolis, para onde ia e voltava diariamente de ônibus.
Mas a Maria Fumaça marcou minha vida. Foi a primeira coisa de que me lembrei. Infelizmente a ferrovia foi desativada e acabou. Mas as boas lembranças ficaram.
DEPOIMENTO de Carlos Humberto de Araújo, 54 anos, casado, 3 filhos, servidor federal aposentado, advogado e produtor rural em Bom Despacho.
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Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
POSSE NO 7° BATALHÃO
Temos que ser uma polícia solidária, diz Cel. Wemerson Falando de improviso, o coronel Wemerson Lino Pimenta, bom-despachense que comanda a 7ª Região Militar da PMMG, com sede em Divinópolis, destacou sua emoção de presidir a solenidade de assunção de comando. “Todas as vezes que adentro neste batalhão é como se estivesse entrando na minha casa. Na verdade, é a minha casa”, afirmou. “Num momento tão importante, tão tradicional do 7° Batalhão [tenho] o sentimento de alegria por estar presidindo este ato e, ao mesmo tempo, um pouco de tristeza de que não possamos estar lá no pátio [onde] desde criança assisti e participei de tantas e tantas passagens de comando - um evento grandioso, histórico, tradicional da Polícia Militar do
Estado de Minas Gerais”. O comandante regional destacou: “Eu nasci aqui, sou natural de Bom Despacho, meu pai foi cabo da Polícia Militar aqui no 7° Batalhão (...). Morei no bangalô n° 10, em frente ao Coreto, e tive oportunidade de criar meus filhos aqui nesse pátio do 7° Batalhão. Estudei no colégio Tiradentes aqui em
Bom Despacho (...) A Polícia Militar e o Colégio Tiradentes me proporcionaram (...) estar aqui hoje comandante da 7ª Região, mais uma vez tomado de muita emoção ao estar presidindo um ato como este” Wemerson afirmou que o 7° é “um batalhão tradicional da Polícia Militar” onde “nós temos que ir além da nossa missão constitucional e institucional”. Segundo ele, “muito mais que isso” é necessário “exercer nossa função de ser uma polícia solidária”. E concluiu: “então, a missão no comando do 7° Batalhão (...) exige do comandante carinho, atenção respeito com toda a população, com todo o público externo que de certa forma tem vínculo com nossa Polícia Militar e, principalmente, com nosso público interno”.
Segurança pública não se faz sozinho, diz Ten. Cel. Pinheiro O tenente-coronel Renato Pinheiro Batista, 43 anos, nasceu em Belo Horizonte. Ingressou na Polícia Militar em dezembro/1996. Trabalhou no 13° BPM, na Academia e no Estado Maior e também comandou o 41° Batalhão. Entre suas especializações está a de Segurança Pública. É casado e tem uma filha. Em seu discurso, Pinheiro afirmou que “desde cadete ouvia falar do lendário Machado de Prata, nome pelo qual é conhecido o 7º Batalhão”. Segundo ele, “para descrever o significado e a importância do 7° Batalhão eu precisaria de muito tempo, e sei que todos aqui sabem muito mais do que eu sobre esta importância e significado. Sei também que várias são as pessoas que fizeram e
ainda fazem parte dessa história, bem como ajudam a unidade a desempenhar seu papel”. O tenente-coronel Pinheiro ressaltou que “segurança pública não se faz sozinho, de maneira isolada, e sim com a participação e o envolvimento de toda a sociedade civil organizada”. Por isso, pediu o
apoio das autoridades e de toda a população das 19 cidades atendidas pelo 7° BPM. “À tropa do 7° Batalhão eu gostaria de pedir que continue desempenhando esse belíssimo trabalho, com a mesma dedicação e engajamento que resultou na redução dos índices criminais” em sua área de atuação. Renato Pinheiro agradeceu ao comando da PM por haver lhe confiado “o comando de tão valorosa unidade” e afirmou: “saibam que os senhores poderão contar sempre com este comandante, que continuará sendo leal, profissional, comprometido e muito dedicado, buscando a cada dia o atingimento das metas estabelecidas pela nossa corporação”.
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Corpo de Bombeiros: luta pela vida em BD e região Na última semana de janeiro, o Corpo de Bombeiros de Bom Despacho se desdobrou para atender múltiplas chamadas pelo telefone 193. A corporação não foi acionada para combater incêndios, mas para ajudar pessoas em situações difíceis, salvar vidas em perigo, resgatar animais e dar socorro em tragédias. Entre as ocorrências atendidas estão o resgate de um jovem a 80m de altura numa torre de telefonia - onde ele subiu mas não conseguiu descer; a retirada do corpo de um rapaz de 21 anos que morreu afogado nas águas do Rio Lambari após salvar o amigo; o resgate de um trabalhador de 20 anos que sofreu lesões graves ao ter o braço preso numa máquina de uma fábrica de rações em Bom Despacho - neste caso, os Bombeiros libertaram o rapaz, contiveram a hemorragia, imobilizaram a fratura e depois o entregaram ao SAMU. O atendimento a ocorrências tão diversas – na sua maioria noticiadas aqui no IBOM mostra a versatilidade, o preparo e a importância da corporação. Mais do que combater incêndios, eles atuam na defesa e proteção da vida humana e também dos animais. Captura de tamanduás O resgate de 2 tamanduás, dia 29/1, mostra o cuidado com os animais. Primeiro, a corporação foi acionada para capturar um tamanduábandeira macho num terreno do bairro Jardim dos Anjos. Essa captura é uma operação arriscada porque esse animal, quando acuado, pode atacar, causar ferimentos graves e até matar uma pessoa com
Bombeiros resgatam cavalo que caiu em ribanceira e ficou atolado em lamaçal no Ana Rosa (Foto: Bombeiros/BD) suas garras afiadas. Capturado com cuidado, ele foi levado e solto numa mata a cerca de 15km da cidade. Mas logo em seguida os Bombeiros receberam novo chamado: outro tamanduá-bandeira foi encontrado no mesmo bairro. Segundo a equipe constatou, desta vez era uma fêmea. Por isso, ela foi capturada e solta no mesmo local do primeiro tamanduá, já que possivelmente seria sua companheira. Cavalo atolado Na tarde do domingo (31), novamente a corporação foi chamada para salvar um animal. Desta vez um cavalo
que caiu numa ribanceira do bairro Ana Rosa e ficou totalmente atolado na lama. Não é fácil desatolar um animal que chega a pesar meia tonelada. Mesmo assim, o cavalo, já enfraquecido pelo esforço de se libertar, foi cuidadosamente retirado do lamaçal pelos Bombeiros e colocado em local seguro para recuperar as forças. Seja na terra, na água ou até nas alturas, como se viu, muitas vezes o trabalho dos Bombeiros é a última esperança, a diferença entre a vida e a morte para pessoas e animais.
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Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
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As vacinas são poucas. E agora? Quando mudam, as vacinas atuais geralmente deixam de funcionar. É o que acontece com a gripe. Todo ano a vacina tem que ser refeita, porque o vírus muda a cada ano e a vacina antiga não funciona mais. No caso do coronavírus, já se viu que ele também muda rapidamente. Assim, quanto mais tempo a vacinação geral demorar, mais tempo o vírus terá para mudar. Quando mais ele mudar, maior o risco de as vacinas deixarem de funcionar. Se isto acontecer, voltaremos à estaca zero. O fato é que as vacinas são poucas e quase todos estão ansiosos para serem vacinados. Isto não será possível tão cedo. Mas, se elas forem usadas com rapidez, com inteligência e com boa estratégia, nós começaremos a colher resultados positivos em poucas semanas. Se não temos vacina para todos, podemos ao menos acelerar o efeito rebanho atacando os pontos de maior transmissão.
FERNANDO
CABRAL
Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e vereador em Bom Despacho
Para proteger completamente sua população o Brasil precisa de 430 milhões de doses de vacina. No entanto, dificilmente chegaremos a este número mesmo em um ano. Por isto as autoridades de saúde têm que adotar estratégias que multipliquem a efetividade do pouco que há. Há 3 formas principais de fazer isto: a) proteger os mais vulneráveis e os que estão sob maior risco b) neutralizar os superespalhadores c) maximizar o efeito conhecido como imunidade de rebanho. Mais Vulneráveis São mais vulneráveis os idosos e os sedentários que sofrem de doenças como diabetes, obesidade, desnutrição crônica. No caso dos idosos, é comum que acumulem vários destes riscos. Por isto a situação deles preocupa mais. O alto grau de letalidade que a covid-19 atinge entre os idosos recomenda que tenham prioridade elevada na vacinação. Maior risco Como a doença é contagiosa, sofrem maior risco de contraí-la aqueles que estão em contato com doentes. É o caso dos técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos que estão na linha de frente do atendimento aos que estão com COVID-19. No entanto, não são só eles. Temos que incluir aí o pessoal da limpeza e outros auxiliares diversos que também lidam com objetos contaminados. Saindo da área de saúde, encontramos muitos profissionais com risco aumentando. É o caso dos motoristas de coletivos, taxistas e caixas. Todos eles correm mais risco do que a dona de casa, do que quem trabalha em escritórios individuais, do que o trabalhador rural ou do trabalhador da construção civil. Superespalhadores São superespalhadoras as pessoas que entram em contato com muita gente. Mais ainda aqueles que têm alta mobilidade. São exemplos os próprios médicos, que atendem a muita gente por dia; os pilotos de avião de carreira, motoristas de caminhão, taxistas, motoristas de ônibus. Todos eles têm risco aumentado de contrair a doença e levá-la adiante, inclusive para outras cidades, outros estados, outros países. O coronavírus se espalha, principalmente, pelas gotículas que saem pela nossa boca quando falamos e pelas partículas de água que saem do nosso nariz quando respiramos. Isto significa que quanto mais perto as pessoas ficam, quando mais se encostam, e quanto mais trocam entre si o ar que respiram, maior o risco da transmissão. Mas, como o vírus sobrevive por horas e até dias nas gotículas da saliva, os objetos em que elas caem também podem transmitir a doença pelo toque. Sem contar que partículas muito pequenas, como aquelas que saem da nossa respiração, podem pairar no ar por algum tempo. Tudo isto significa que o superespalhador não precisa nem ter a doença. Se ele contaminar a mão com um doente e depois pegar na mão de uma pessoa saudável, ele pode transmitir o vírus. Por isto se pode dizer que, para salvar a vida de pessoas, como os idosos, é importante que eles sejam vacinados. Principalmente aqueles que se encontram recolhidos a asilos. Mas, para ajudar a proteger a sociedade como um todo, os superespalhadores devem ser vacinados com prioridade elevada.
O Governo Federal demorou muito a acordar para a necessidade da vacinação em massa contra a COVID-19. O despertar só veio quando grande número de países desenvolvidos já havia feito contratos bilionários com os maiores produtores que prometiam ter a vacina até o final de 2020. Esta demora acarretou um atraso grande na disponibilidade da vacina para nossa população. Para complicar, temos tido também sérios problemas de logística. A vacina não está chegando onde deveria chegar com a celeridade que precisava. Tanto que já conseguimos 9,5 milhões de doses, mas no primeiro mês só conseguimos aplicar a metade. Imunidade de rebanho Ficamos imunes a uma doença contagiosa de duas formas: quando contraímos a doença e saramos, ou quando nos vacinamos. Em ambos os casos saímos do grupo de risco para aquela doença. Ou, pelo menos, para aquela cepa do vírus. Mesmo assim, no caso da covid-19, quem é imune pode continuar espalhando a doença. Isto porque, como já dito, se a pessoa toca uma pessoa com a doença e depois toca uma pessoa saudável, a transmissão é possível. Embora este meio seja menos frequente ele não é irrelevante. Por isto a importância de lavar sempre as mãos, usar máscaras e limpar bem os objetos de uso comum. Mas, seja direto – como no caso das gotículas da saliva, seja indireto, mediante toque de mão ou contato com objetos contaminados – o certo é que o vírus precisa de uma cadeia de transmissão. Os elos nesta cadeia são as pessoas e alguns objetos. Se
elas deixarem de transmitir, o vírus desaparece. A doença some. Por isto, quanto aos objetos, a regra é a limpeza total. Quanto às pessoas, as regras são simples: manter a distância, lavar as mãos, usar máscara e tomar vacina quando disponível. Assim se interrompe a cadeia de transmissão do vírus. Neste sentido, casa pessoa imunizada se torna uma barreira à doença. Numa coletividade, quando número de imunes cresce, os elos de transmissão caem. É isto que se chama imunidade de rebanho. É o bloqueio do vírus porque ele não encontra meios de propagação. Assim, quando há muitos imunes e poucos não imunes, estes também ficarão protegidos. Mas, quantos precisam ficar imunes para que se tenha o efeito rebanho? Isto depende da doença. Por exemplo, para o sarampo, a vacinação
precisa atingir mais ou menos 95% da população. Já para a gripe comum, 40% é considerado satisfatório. Para a covid-19, os dados científicos apurados até agora indicam que é necessário imunizar 70% da população para atingirmos a imunidade de rebanho satisfatória. É por isto que o Brasil precisa de pelo menos 300 milhões de doses. É o número que nos daria razoável imunidade de rebanho. Esta, porém, é uma meta que estamos muito longe de alcançar. Ainda não temos estas doses contratadas. Nem um terço delas. A duras penas, até agora o governo conseguiu 9,5 milhões de doses. Mas, estas continuam na maior parte sem uso. Por problemas logísticos, só conseguimos vacinar 4,6 milhões de pessoas no primeiro mês. Para que a população se veja protegida, o governo precisa trabalhar em duas frentes: de um lado, se esforçar para garantir as doses de vacina; de outro lado, investir na logística para que as vacinas cheguem onde precisam chegar e sejam usadas. Ao mesmo tempo, temos que garantir as prioridades: com a rapidez possível, vacinar os idosos, pois estão em maior risco; com rapidez maior ainda, vacinar os superespalhadores. Se conseguirmos que eles deixem de ser vetores de transmissão, o espalhamento da doença sofrerá queda rápida. Isto deve ser feito com muita rapidez, sob pena de termos um agravamento por causa das mutações. Os vírus são criaturas que podem mudar rapidamente.
Vacinas contra COVID-19 Doses recebidas por cada estado SP ..................... 2.268.040 MG ....................... 855.780 BA ........................ 736.900 RJ ......................... 673.320 PE ........................ 545.760 RS ........................ 511.200 AM ....................... 459.420 PR ........................ 352.100 CE ........................ 334.900 GO ....................... 278.480 P A ........................ 251.440 MA ....................... 233.140 SC ........................ 191.540 MS ........................ 190.746 PB ........................ 167.446 DF ........................ 166.660 MT ....................... 161.160 ES ........................ 136.820 AL ........................ 127.760 RN ........................ 113.940 RO ........................ 106.800 PI ........................... 96.160 RR .......................... 95.920 SE .......................... 76.160 T O ......................... 60.900 AC .......................... 54.910 A P .......................... 37.000 Total .............. 9.284.402 Até o momento os estados aplicaram aproximadamente 50% das doses que receberam.
DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
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COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIBOM LTDA
OUVIDORIA: 0800 725 0996 / REGIÕES METROPOLITANAS 400 1256 / DEMAIS LIGAÇÕES: 0800 702 0756 (SEDE) AVENIDA DAS PALMEIRAS, 170 - CENTRO - BOM DESPACHO/MG (37) 3521.9800 - CNPJ 21.670.187/0001-00
Relatório da Administração Senhores Associados,
informatizado de ouvidoria tendo a atribuição de assegurar o cumprimento das normas relacionadas aos direitos dos usuários de nossos produtos, além de atuar como canal de comunicação com os nossos associados e integrantes das comunidades onde estamos presentes.
1. Política Operacional
No exercício de 2020, a Ouvidoria do SICOOB CREDIBOM registrou 23 (vinte e três) manifestações de cooperados sobre a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela Cooperativa. Dentre elas, haviam reclamações, pedidos de esclarecimento de dúvidas e solicitações de providências relacionadas principalmente a atendimento, conta corrente, cartão de crédito e operações de crédito.
Em 2020 o SICOOB CREDIBOM completou 35 anos, mantendo sua vocação de instituição voltada para fomentar o crédito para seu público alvo, os cooperados. A atuação junto aos seus cooperados se dá principalmente através da concessão de empréstimos e captação de depósitos.
Das 23 (vinte e três) reclamações, 7 (sete) foram consideradas procedentes e resolvidas dentro dos prazos legais, de maneira satisfatória para as partes envolvidas, em perfeito acordo com o previsto na legislação vigente.
2. Avaliação de Resultados
11. Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito - FGCoop
No exercício de 2020, o SICOOB CREDIBOM obteve um resultado de R$ 8.166.059,39 representando um retorno sobre o Patrimônio Líquido de 12,84%.
De acordo com seu estatuto, o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito- FGCoop tem por objeto prestar garantia de créditos nos casos de decretação de intervenção ou de liquidação extrajudicial de instituição associada, até o limite de R$ 250 mil por associado, bem como contratar operações de assistência, de suporte financeiro e de liquidez com essas instituições. O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou resolução que estabelece a forma de contribuição das instituições associadas ao Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop), ratifica também seu estatuto e regulamento. Conforme previsto na Resolução nº 4.150, de 30.10.2012, esse fundo possui como instituições associadas todas as cooperativas singulares de crédito do Brasil e os bancos cooperativos integrantes do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).
Submetemos à apreciação de V.S.as as Demonstrações Contábeis do exercício findo em 31/12/2020 da COOPERATIVA DE CREDITO CREDIBOM LTDA. - SICOOB CREDIBOM na forma da Legislação em vigor.
3. Ativos Os recursos depositados na Centralização Financeira somaram R$ 227.935.047,87. Por sua vez a carteira de créditos representava R$ 215.666.646,87. A carteira de crédito encontrava-se assim distribuída: Carteira Rural ............................................ 31.314.208,47 ......... 14,52% Carteira Comercial .................................. 184.352.438,40 ......... 85,48% Os Vinte Maiores Devedores representavam na data-base de 31/12/2020 o percentual de 13,19% da carteira, no montante de R$ 28.455.610,44. 4. Captação
crédito do agronegócio, entre outros. As contribuições ao FGCoop pelas instituições a ele associadas tiveram início a partir do mês de março de 2014 e recolhidas no prazo estabelecido no § 4º do art. 3º da Circular 3.700, de 06/03/2014. Ainda nos termos de seu estatuto, a governança do Fundo será exercida pela Assembleia Geral, pelo Conselho de Administração e pela Diretoria Executiva, e está estruturada de modo a permitir a efetiva representatividade das associadas, sejam elas cooperativas independentes ou filiadas a sistemas cooperativistas de crédito, sendo o direito de voto proporcional às respectivas contribuições ordinárias. Agradecimentos Agradecemos aos nossos associados pela preferência e confiança e aos empregados pela dedicação. Bom Despacho, MG, 26 de Janeiro de 2021.
Conforme previsto no artigo 2º da Resolução/CMN nº 4.284, de 05/11/ 2013, a contribuição mensal ordinária das instituições associadas ao Fundo é de 0,0125%, dos saldos das obrigações garantidas, que abrangem as mesmas modalidades protegidas pelo Fundo Garantidor de Créditos dos bancos, o FGC, ou seja, os depósitos à vista e a prazo, as letras de
As captações, no total de R$ 365.835.754,01, apresentaram uma evolução de 32,42% em relação a dezembro de 2019.
Conselho de Administração José Fúlvio Cardoso Maria Terezinha Cardoso Brandão Antônio Tavares Gontijo Dinoralva Maria da Silva Eli Jesus Borges José Nunes Rodrigues Marcos José de Faria Pedro Otacílio de Araújo Diretoria Executiva Pedro Adalberto da Costa Rodrigo Belione de Oliveira Menezes Vicente de Paulo Lopes Cançado
COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIBOM LTDA / SICOOB CREDIBOM
As captações encontravam-se assim distribuídas:
BALANÇOS PATRIMONIAIS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM DEZEMBRO DE 2020 E DE 2019
Depósitos à Vista .................................... 126.230.377,10 ......... 34,50% Depósitos a Prazo ................................... 212.590.263,79 ......... 58,11% LCA ............................................................ 23.968.694,42 ............ 6,55% LCI ............................................................... 3.046.418,70 ............ 0,83%
Descrição
Os Vinte Maiores Depositantes representavam na data-base de 31/12/ 2020 o percentual de 15,50% da captação, no montante de R$ 56.687.111,04. 5. Patrimônio de Referência O Patrimônio de Referência do SICOOB CREDIBOM era de R$ 59.068.069,24. O quadro de associados era composto por 17.042 cooperados, havendo um acréscimo de 11,34% em relação a dezembro de 2019. 6. Política de Crédito A concessão de crédito está pautada em prévia análise do propenso tomador, havendo limites de alçadas pré-estabelecidos a serem observados e cumpridos, cercando ainda a Singular de todas as consultas cadastrais e com análise do Associado através do “RATING” (avaliação por pontos), buscando assim garantir ao máximo a liquidez das operações. O SICOOB CREDIBOM adota a política de classificação de crédito de sua carteira de acordo com as diretrizes estabelecidas na Resolução CMN nº 2.682/99, havendo uma concentração de 88,18% nos níveis de “AA” a “C”. 7. Governança Corporativa Governança corporativa é o conjunto de mecanismos e controles, internos e externos, que permitem aos associados definir e assegurar a execução dos objetivos da cooperativa, garantindo a sua continuidade, os princípios cooperativistas ou, simplesmente, a adoção de boas práticas de gestão. Nesse sentido, a administração da Cooperativa tem na assembleia geral, que é a reunião de todos os associados, o poder maior de decisão. A gestão da Cooperativa está alicerçada em papéis definidos, com clara separação de funções. Cabem ao Conselho de Administração as decisões estratégicas e à Diretoria Executiva, a gestão dos negócios da Cooperativa no seu dia a dia. A Cooperativa possui ainda um Agente de Controles Internos, supervisionado diretamente pelo Diretor responsável pelo gerenciamento contínuo de riscos, conforme previsto na resolução 4606/17. Essa diretoria visa acompanhar a aderência aos normativos vigentes, seja interno e/ou sistêmico (Sicoob Central Crediminas e Sicoob Confederação), bem como aqueles oriundos da legislação vigente. Os balanços da Cooperativa são auditados por auditor externo, que emite relatórios, levados ao conhecimento dos Conselhos e da Diretoria. Todos esses processos são acompanhados e fiscalizados pelo Banco Central do Brasil, órgão ao qual cabe a competência de fiscalizar a Cooperativa. Tendo em vista o risco que envolve a intermediação financeira, a Cooperativa adota ferramentas de gestão. Para exemplificar, na concessão de crédito, a Cooperativa adota o Manual de Crédito, aprovado, como muitos outros manuais, pelo Sicoob Confederação e homologado pela Central. Além do Estatuto Social, são adotados regimentos e regulamentos, entre os quais destacamos o Regimento Interno, o Regimento do Conselho de Administração, o Regimento do Conselho Fiscal, o Regulamento Eleitoral. A Cooperativa adota procedimentos para cumprir todas as normas contábeis e fiscais, além de ter uma política de remuneração de seus empregados e estagiários dentro de um plano de cargos e salários que contempla a remuneração adequada, a separação de funções e o gerenciamento do desempenho de todo o seu quadro funcional. Todos esses mecanismos de controle, além de necessários, são fundamentais para levar aos associados e à sociedade em geral a transparência da gestão e de todas as atividades desenvolvidas pela instituição. 8. Conselho Fiscal O Conselho Fiscal tem função complementar à do Conselho de Administração. Sua responsabilidade é verificar de forma sistemática os atos da administração da Cooperativa, bem como validar seus balancetes mensais e seu balanço patrimonial anual. Todos os membros efetivos e suplentes do Conselho Fiscal participaram de um curso de formação ministrado pelo SICOOB CENTRAL CREDIMINAS, com o objetivo de detalhar as responsabilidades dos conselheiros fiscais e as formas de exercê-las. 9. Código de Ética Todos os integrantes da equipe do SICOOB CREDIBOM aderiram, por meio de compromisso firmado, ao Código de Ética e de Conduta Profissional proposto pela Confederação Nacional das Cooperativas do SICOOB – SICOOB CONFEDERAÇÃO e todos os novos funcionários, ao ingressar na Cooperativa, assumem o mesmo compromisso. 10. Sistema de Ouvidoria A Ouvidoria, constituída em 2007 representou um importante avanço a serviço dos cooperados, dispõe de diretor responsável pela área e de um Ouvidor. Atende às manifestações recebidas por meio do Sistema de Ouvidoria do SICOOB, composto por sistema tecnológico específico, atendimento via DDG 0800 e sítio na internet integrado com o sistema
Notas
31/12/2020
31/12/2019
ATIVO 462.391.065,52 374.555.375,94 Circulante 337.895.519,82 279.302.972,63 Caixa e Equivalentes de Caixa 4 232.130.993,55 186.376.816,00 Disponibilidades .......................................................................................................................... 4.195.945,68 ......................... 3.189.547,58 Centralização Financeira - Cooperativas ............................................................................... 227.935.047,87 ..................... 183.187.268,42 Operações de Crédito 5 103.927.470,92 91.601.621,60 Empréstimos e Direitos Creditórios Descontados .................................................................. 69.599.987,37 ....................... 66.807.160,77 (-) Provisão para Empréstimos e Direitos Creditórios Descontados .................................... (4.524.673,80) ...................... (6.120.759,62) Financiamentos ........................................................................................................................ 17.800.215,07 ....................... 10.425.610,64 (-) Provisão para Operações de Financiamentos ...................................................................... (424.218,16) .......................... (242.699,22) Financiamentos Rurais e Agroindustriais ................................................................................ 21.646.934,44 ....................... 20.924.215,43 (-) Provisão para Financiamentos Rurais e Agroindustriais ...................................................... (170.774,00) .......................... (191.906,40) Outros Créditos 6 1.162.349,41 1.196.653,83 Créditos por Avais e Fianças Honradas ...................................................................................... 206.345,36 ............................ 510.320,06 Rendas a Receber ......................................................................................................................... 377.820,98 ............................ 707.510,24 Diversos ........................................................................................................................................ 738.898,98 ............................ 366.933,91 Ativos Fiscais Correntes e Diferidos .................................................................................................. 103,66 ................................... 555,39 (-) Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa ...................................................... (160.819,57) .......................... (388.665,77) Outros Valores e Bens 7 674.705,94 127.881,20 Outros Valores e Bens .................................................................................................................. 617.160,12 .............................. 86.175,93 (-) Provisão para Desvalorização de Outros Valores e Bens ...................................................... (24.000,00) .............................. (9.351,96) Despesas Antecipadas .................................................................................................................... 81.545,82 .............................. 51.057,23 Não Circulante 124.495.545,70 95.252.403,31 Realizável a Longo Prazo ....................................................................................................... 102.494.077,05 ....................... 73.837.643,56 Operações de Crédito ............................................................................ 5 ................................ 98.243.011,86 ....................... 69.703.685,64 Empréstimos e Direitos Creditórios Descontados .................................................................. 63.253.655,80 ....................... 44.315.599,83 (-) Provisão para Empréstimos e Direitos Creditórios Descontados .................................... (7.683.134,81) ...................... (6.247.718,23) Financiamentos ........................................................................................................................ 33.698.580,16 ....................... 20.062.536,16 (-) Provisão para Operações de Financiamentos ...................................................................... (616.625,09) .......................... (322.204,62) Financiamentos Rurais e Agroindustriais .................................................................................. 9.667.274,03 ....................... 12.005.315,13 (-) Provisão para Financiamentos Rurais e Agroindustriais ........................................................ (76.738,23) .......................... (109.842,63) Outros Créditos 6 4.251.065,19 4.133.957,92 Devedores por Depósitos em Garantia ..................................................................................... 4.251.065,19 ......................... 4.133.957,92 Permanente 22.001.468,65 21.414.759,75 Investimentos 9 8.101.258,75 7.748.197,37 Participação em Cooperativa Central de Crédito ..................................................................... 7.975.734,75 ......................... 7.622.673,37 Participação em Instit. Fin. Controlada por Cooperativa Credito ............................................... 125.524,00 ............................ 125.524,00 Imobilizado de Uso 10 13.900.209,90 13.666.562,38 Imobilizado de Uso ................................................................................................................... 18.531.807,33 ....................... 17.235.384,28 (-) Depreciação Acumulada do Imobilizado ............................................................................ (4.631.597,43) ...................... (3.568.821,90) Total do Ativo 462.391.065,52 374.555.375,94 PASSIVO 398.790.556,74 316.482.391,77 Circulante 389.836.372,40 304.891.815,12 Depósitos 10 338.820.640,89 261.882.970,27 Depósitos à Vista ................................................................................................................... 126.230.377,10 ....................... 75.011.389,24 Depósitos Sob Aviso .................................................................................................................. 6.581.980,95 ....................... 12.861.344,91 Depósitos à Prazo .................................................................................................................. 206.008.282,84 ..................... 174.010.236,12 Recursos de Aceite e Emissão de Títulos 11 26.458.513,72 14.376.144,89 Obrigações Por Emissão De Letras De Crédito Do Agronegócio .......................................... 23.412.095,02 ....................... 14.376.144,89 Obrigações Por Emissão De Letras De Crédito Imobiliário ...................................................... 3.046.418,70 ............................................. Relações Interfinanceiras 12 11.559.780,41 16.154.332,96 Repasses Interfinanceiros ....................................................................................................... 11.559.780,41 ....................... 16.154.210,03 Correspondente no País ................................................................................................................................. - ................................... 122,93 Relações Interdependências 13 5.957.778,25 4.642.866,24 Recursos em Trânsito de Terceiros ........................................................................................... 5.957.778,25 ......................... 4.642.866,24 Outras Obrigações 14 7.039.659,13 7.835.500,76 Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados ...................................................................... 468,21 .............................. 48.046,55 Sociais e Estatutárias ................................................................................................................. 2.553.199,17 ......................... 1.532.861,51 Obrigações Fiscais Correntes e Diferidas ................................................................................... 815.624,25 ............................ 944.946,20 Diversas ..................................................................................................................................... 3.670.367,50 ......................... 3.237.706,51 Provisões Trabalhistas, Fiscais e Cíveis ..................................................................................................... - ......................... 2.071.939,99 Não Circulante 8.954.184,34 11.590.576,65 Recursos de Aceite e Emissão de Títulos 11 556.599,40 Obrigações por Emissão de Letras de Crédito do Agronegócio .................................................. 556.599,40 ............................................. Relações Interfinanceiras 12 3.913.394,11 9.380.574,03 Repasses Interfinanceiros ......................................................................................................... 3.913.394,11 ......................... 9.380.574,03 Outras Obrigações 14 4.484.190,83 2.210.002,62 Provisões Trabalhistas, Ficais e Cíveis ................................................................................... 4.273.524,23 ......................... 2.080.938,83 Diversas ........................................................................................................................................ 210.666,60 ............................ 129.063,79 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 63.600.508,78 58.072.984,17 Capital Social 16 19.565.012,93 19.268.135,04 De Domiciliados No País ......................................................................................................... 19.726.112,93 ....................... 19.268.335,04 (-) Capital A Realizar ................................................................................................................... (161.100,00) ................................. (200,00) Reserva de Sobras 35.869.436,46 31.908.723,59 Sobras ou Perdas Acumuladas 8.166.059,39 6.896.125,54 Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 462.391.065,52 374.555.375,94 As Notas Explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
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Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIBOM LTDA / SICOOB CREDIBOM DEMONSTRAÇÕES DE SOBRAS OU PERDAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM DEZEMBRO DE 2020 E DE 2019
Em Reais Ingresso/Receita da Intermed. Financeira 19.513.334,16 38.265.534,92 21.228.252,03 42.113.265,05 Operações de Crédito ....................................... 5.h ... 17.382.296,44 .......... 32.818.124,97 ........... 15.991.092,28 ......... 31.396.648,64 Ingressos de Depósitos Intercooperativos .................... 2.131.037,72 ............ 5.447.409,95 ............. 5.237.159,75 ......... 10.716.616,41 Dispêndio da Intermediação Financeira (6.227.981,82) (14.482.109,63) (8.587.159,90) (18.486.809,79) Operações de Captação no Mercado ................ 10.b . (2.400.432,44) .......... (6.127.712,62) ........... (5.697.007,02) ....... (11.684.439,75) Operações de Empréstimos e Repasses .......... 12.a .... (590.304,36) .......... (1.515.064,36) .............. (997.816,94) ......... (1.891.936,44) Provisão/Reversão p/ Operações Créditos ................. (3.237.245,02) .......... (6.839.332,65) ........... (1.892.335,94) ......... (4.910.433,60) Resultado Bruto Intermediação Financeira 13.285.352,34 23.783.425,29 12.641.092,13 23.626.455,26 Outros Ingressos/Receitas (Disp./Desp.) Operac. (6.152.874,89) (12.841.123,56) (7.089.078,51) (14.405.917,08) Receita (Ingressos) de Prestação de Serviço ............... 3.349.257,69 ............ 6.293.611,01 ............. 3.164.324,40 ........... 5.806.350,55 Rendas (Ingressos) de Tarifas ...................................... 1.770.485,43 ............ 3.443.811,13 ............. 1.636.120,43 ........... 2.834.192,57 Despesa (Dispêndios) de Pessoal ............................. (6.484.695,51) ........ (13.064.538,51) ........... (6.495.926,51) ....... (13.042.589,74) Despesas (Dispêndios) Administrativas ..................... (5.242.541,65) ........ (10.592.431,68) ........... (5.723.793,84) ....... (11.033.221,09) Despesas(Dispêndios) Tributárias ................................ (272.741,05) ............. (505.501,02) .............. (236.018,52) ............ (454.268,66) Outras Receitas (Ingressos) Operacionais ....... 18 ...... 1.620.342,04 ............ 3.386.000,86 ............. 1.594.249,43 ........... 3.471.255,76 Outras Despesas (Dispêndios) Operacionais ... 19 ....... (474.924,06) .......... (1.111.591,39) .............. (689.684,13) ......... (1.291.632,62) Desp. (Dispêndios) Prov. p/ Pas. Conting. ....................... (89.242,96) ............. (135.504,22) ................ (88.799,56) ............ (178.263,18) Desp. (Dispêndios) de Prov. p/ Garant. Prestadas ......... (328.814,82) ............. (554.979,74) .............. (249.550,21) ............ (517.740,67) Resultado Operacional 7.132.477,45 10.942.301,73 5.552.013,62 9.220.538,18 Outras Receitas e Despesas 20 (18.063,02) (24.904,36) (16.188,82) (31.520,94) Lucros em Transações com Valores e Bens ....................... 1.950,00 .................. 1.950,00 ................................. - .............................. Prejuízos em Transações com Valores e Bens ................................ - ............................... - ................................. - ................ (9.000,00) Outras Receitas ................................................................. 10.459,92 ................. 14.083,24 .................. 12.607,60 ................ 16.746,65 Outras Despesas ............................................................. (15.824,90) ............... (26.289,56) ................ (28.796,42) .............. (39.267,59) Outras Despesas/Receitas de Provisões ........................ (14.648,04) ............... (14.648,04) ................................. - .............................. Resultado Antes da Tributação e Participações 7.114.414,43 10.917.397,37 5.535.824,80 9.189.017,24 Imposto de Rendas ........................................................ (307.387,17) ............. (504.389,03) .............. (261.113,64) ............ (456.033,80) Contribuição Social ....................................................... (178.457,41) ............. (305.738,04) .............. (167.689,57) ............ (294.135,27) Participações nos Resultados de Empregados ............. (230.602,22) ............. (470.068,31) .............. (109.999,98) ............ (219.999,96) Sobras/Perdas Antes das Destinações 6.397.967,63 9.637.201,99 4.997.021,61 8.218.848,21 Destinações Legais e Estatutárias (1.471.142,60) (1.322.722,67) FATES .............................................................................................. - ............. (510.429,73) ................................. - ............ (511.413,78) Reserva Legal ................................................................................... - ............. (960.712,87) ................................. - ............ (811.308,89) Sobras/Perdas Líquidas 6.397.967,63 8.166.059,39 4.997.021,61 6.896.125,54 As Notas Explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIBOM LTDA / SICOOB CREDIBOM DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO ABRANGENTE PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM DEZEMBRO DE 2020 E DE 2019
Em Reais DRA 2° Sem. 2020 31/12/2020 2° Sem. 2019 Sobras/Perdas Líquidas 6.397.967,63 8.166.059,39 4.997.021,61 Outros resultados abrangentes Total do resultado abrangente 6.397.967,63 8.166.059,39 4.997.021,61 As Notas Explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
31/12/2019 6.896.125,54 6.896.125,54
COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIBOM LTDA / SICOOB CREDIBOM DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM DEZEMBRO DE 2020 E DE 2019
Atividades Operacionais Sobras/Perdas Antes das Destinações 6.397.967,63
DESTAQUE
COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIBOM LTDA / SICOOB CREDIBOM
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM DEZEMBRO DE 2020 E DE 2019 Capital Capital Capital Subscrito a Realizar Saldo em 31/12/2018 18.320.345,68 (950,00) Destinações de Sobras Exercício Anterior: Ao FATES ...................................................................................... - ................... Em Conta Corrente do Associado ................................................... - ................... Ao Capital ..................................................................... 1.503.804,30 ................... Cotas de Capital à Pagar - Ex associados ..................................... - ................... Movimentação de Capital: Por Subscrição/Realização ............................................. 508.697,41 .......... 750,00 Por Devolução ( - ) ................................................... (1.064.512,35) ................... Sobras ou Perdas Brutas FATES - Atos Não Cooperativos Destinação Sobras aos fundos obrigatórios: Fundo de Reserva .......................................................................... - ................... F A T E S ....................................................................................... - ................... Saldo em 31/12/2019 19.268.335,04 (200,00) Destinações de Sobras Exercício Anterior: Ao FATES ...................................................................................... - ................... Constituição de Reservas .............................................................. - ................... Em Conta Corrente do Associado ................................................... - ................... Ao Capital ..................................................................... 1.042.515,87 ................... Cotas de Capital A Pagar - Ex-associados .................................... - ................... Movimentação de Capital: Por Subscrição/Realização ............................................. 579.060,52 . (160.900,00) Por Devolução ( - ) ................................................... (1.163.798,50) ................... Sobras ou Perdas Brutas FATES - Atos Não Cooperativos Destinação Sobras aos fundos obrigatórios: Fundo de Reserva .......................................................................... - ................... F A T E S ....................................................................................... - ................... Saldo em 31/12/2020 19.726.112,93 (161.100,00) Saldo em 30/06/2019 19.505.503,04 (450,00) Movimentação de Capital: Por Subscrição/Realização ............................................. 259.029,05 .......... 250,00 Por Devolução ( - ) ...................................................... (496.197,05) ................... Sobras ou Perdas Brutas FATES - Atos Não Cooperativos Destinação Sobras aos fundos obrigatórios: Fundo de Reserva .......................................................................... - ................... F A T E S ....................................................................................... - ................... Saldo em 31/12/2019 19.268.335,04 (200,00) Saldo em 30/06/2020 19.227.746,07 (1.188,00) Destinação de Sobras exercício anterior: Ao FATES ...................................................................................... - ................... Constituição de Reservas .............................................................. - ................... Em Conta Corrente do Associado ................................................... - ................... Ao Capital ..................................................................... 1.042.515,87 ................... Cotas de Capital a Pagar - Ex-associados ..................................... - ................... Movimentação de Capital: Por Subscrição/Realização ............................................. 405.344,65 . (159.912,00) Por Devolução ( - ) ...................................................... (949.493,66) ................... Sobras ou Perdas Brutas FATES - Atos Não Cooperativos Destinação Sobras aos fundos obrigatórios: Fundo de Reserva .......................................................................... - ................... F A T E S ....................................................................................... - ................... Saldo em 31/12/2020 19.726.112,93 (161.100,00) As Notas Explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
Reservas de Sobras Reserva Sobras/Perdas Legal Acumuladas
Em Reais (R$) Totais
31.097.414,70 4.182.851,22 53.599.661,60 ....................... - .. (1.182.851,22) .. (1.182.851,22) ....................... - .. (1.489.203,43) .. (1.489.203,43) ....................... - .. (1.503.804,30) ....................... ....................... - ......... (6.992,27) ......... (6.992,27) ....................... - ........................ - ........ 509.447,41 ....................... - ........................ - .. (1.064.512,35) 8.218.848,21 8.218.848,21 (105.759,34) (105.759,34) ....... 811.308,89 ..... (811.308,89) ....................... ....................... - ..... (405.654,44) ..... (405.654,44) 31.908.723,59 6.896.125,54 58.072.984,17 ....................... - ..... (896.125,54) ..... (896.125,54) ..... 3.000.000,00 .. (3.000.000,00) ....................... ....................... - .. (1.948.348,64) .. (1.948.348,64) ....................... - .. (1.042.515,87) ....................... ....................... - ......... (9.135,49) ......... (9.135,49) ....................... - ........................ - ........ 418.160,52 ....................... - ........................ - .. (1.163.798,50) 9.637.201,99 9.637.201,99 (30.073,30) (30.073,30) ....... 960.712,87 ..... (960.712,87) ....................... ....................... - ..... (480.356,43) ..... (480.356,43) 35.869.436,46 8.166.059,39 63.600.508,78 31.097.414,70 3.221.826,60 53.824.294,34 ....................... - ........................ - ........ 259.279,05 ....................... - ........................ - ..... (496.197,05) 4.997.021,61 4.997.021,61 (105.759,34) (105.759,34) ....... 811.308,89 ..... (811.308,89) ....................... ....................... - ..... (405.654,44) ..... (405.654,44) 31.908.723,59 6.896.125,54 58.072.984,17 31.908.723,59 10.135.359,90 61.270.641,56 ....................... - ..... (896.125,54) ..... (896.125,54) ..... 3.000.000,00 .. (3.000.000,00) ....................... ....................... - .. (1.948.348,64) .. (1.948.348,64) ....................... - .. (1.042.515,87) ....................... ....................... - ......... (9.135,49) ......... (9.135,49) ....................... - ........................ - ........ 245.432,65 ....................... - ........................ - ..... (949.493,66) 6.397.967,63 6.397.967,63 (30.073,30) (30.073,30) ....... 960.712,87 ..... (960.712,87) ....................... ....................... - ..... (480.356,43) ..... (480.356,43) 35.869.436,46 8.166.059,39 63.600.508,78
4.997.021,61
8.218.848,21
COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIBOM LTDA / SICOOB CREDIBOM
Juros ao Capital Recebido ...................... (211.767,00) ....... (211.767,00) ..... (257.953,79) Distrib. Sobras e Dividendos ...................................... - ....... (387.835,46) ........................ Prov./Reversão p/ Oper. Créditos ......... 3.237.245,02 ...... 6.839.332,65 .... 1.892.335,94 Prov./Reversão p/ Garant. Prest. ............. 328.814,82 ......... 554.979,74 ....... 249.550,21 Prov./Reversão p/ desvalorização de outros valores e bens .......................... (14.648,04) ........ (14.648,04) ........................ Prov./Reversão c/ Pas. Conting. ............... 89.242,96 ......... 124.504,22 ......... 88.799,56 Atualização Depósitos em Garantia ......... (39.591,88) ........ (49.010,67) ....... (56.182,65) (Ganho)/Perdas Baixas Imobilizado .................. 606,98 ................ 606,98 ........... 3.458,39 Depreciações e Amortizações ................... 582.702,61 ...... 1.158.191,98 ....... 559.148,81
...... (257.953,79) ...... (383.707,17) ..... 4.910.433,60 ........ 517.740,67
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2020 E 2019
Sobras/Perdas Ajustadas antes das destinações
10.370.573,10
Aumento (redução) em ativos operacionais Relações Interfinanceiras ............................ 16.393,72 Operações de Crédito ........................ (31.917.261,60) Outros Créditos ....................................... (635.231,17) Outros Valores e Bens .............................. (50.510,73)
9.637.201,99
17.651.556,39
7.476.178,08
21.452.051,54
.......................... - ......... 18.037,89 . (47.704.508,19) (20.195.857,18) ........ (33.792,18) ....... (19.639,88) ....... (532.176,70) ....... 423.883,33
......................... (27.723.671,33) .......... 29.528,54 ........ 347.250,19
Aumento (redução) em passivos operacionais Depósitos à Vista .................................. 34.194.466,43 .... 51.218.987,86 .. 15.170.234,56 Depósitos sob Aviso ............................ (6.124.093,33) ... (6.279.363,96) .. (1.720.779,37) Depósitos à Prazo ................................. 17.646.403,92 .... 31.998.046,72 .. (3.697.676,34) Obrigações por Emissão de Letras de Crédito do Agronegócio .......... 6.614.470,38 ...... 9.592.549,53 .... 1.236.821,42 Obrigações por Emissão de Letras de Crédito Imobiliário ................... 3.046.418,70 ...... 3.046.418,70 ........................ Resultado de Exercícios Futuros ............................... - .......................... - ............ (344,03) Relações Interdependências ................... 5.208.551,91 ...... 1.314.912,01 .... 4.042.666,21 Relações Interfinanceiras ............................ 16.393,72 .......................... - ......... 18.037,89 Outras Obrigações .................................. 1.773.422,07 ...... 1.820.756,69 ....... 894.877,29 Destinação de Sobras Exercício Anterior ao FATES ................................... (896.125,54) ....... (896.125,54) ........................ FATES - Resultado de Atos Não Cooperativos ..................................... (30.073,30) ........ (30.073,30) ..... (105.759,34) FATES Sobras Exercício ......................... (480.356,43) ....... (480.356,43) ..... (405.654,44) Imposto de Renda ................................... (307.387,17) ....... (504.389,03) ..... (261.113,64) Contribuição Social .................................. (178.457,41) ....... (305.738,04) ..... (167.689,57) Caixa Líquido Aplicado/ Originado em Atividades Operac.
..... 1.241.186,84 ......................... ......................... ...... (580.827,87) ......................... ..... 1.708.853,74 .. (1.182.851,22) ...... (105.759,34) ...... (405.654,78) ...... (456.033,80) ...... (294.135,27)
2.384.522,25
16.380.560,15 .......... 36.526,67 ........ 347.180,50 .............. (56,34) .. (8.992.097,07) ...... (509.392,62)
(1.547.613,26)
Atividades de Financiamentos Aumento por Novos Aportes Capital ........ 245.432,65 Devolução de Capital à Cooperados ..... (949.493,66) Destinação de Sobras Exercício Anterior Cotas de Capital à Pagar .............. (9.135,49) Destinação de Sobras Exercício Anterior em C/C Associados ............... (1.948.348,64)
49.814.972,06
... 13.951.328,18 .. (2.430.775,88) ..... 7.824.815,03
Atividades de Investimentos Recebimento Dividendos ............................................ - ........... 17.930,51 ........................ Distribuição Sobras da Central ................................... - ......... 369.904,95 ........................ Aquisição de Intangível .............................................. - .......................... - .............. (29,52) Aquisição de Imobilizado de Uso ......... (1.335.846,26) ... (1.392.446,48) ..... (566.083,06) Aquisição de investimentos .................... (211.767,00) ....... (353.061,38) ..... (257.953,79) Caixa Líquido Aplicado/ Originado em Investimentos
32.874.852,78
......................... ........ 174.806,54 ...... (112.820,28) ..... 7.330.972,22 ..... 1.053.731,54
(1.357.672,40)
(824.066,37)
(9.117.838,86)
......... 418.160,52 ....... 259.279,05 ........ 509.447,41 ... (1.163.798,50) ..... (496.197,05) .. (1.064.512,35) .......... (9.135,49) ........................ - ......... (6.992,27) ... (1.948.348,64) ........................ - .. (1.489.203,43)
Caixa Líquido Aplicado/ Originado em Financiamentos
(2.661.545,14)
(2.703.122,11)
(236.918,00)
(2.051.260,64)
Aumento/Redução Líquida de Caixa e Equivalentes de Caixa
28.665.694,38
45.754.177,55
1.323.537,88
5.211.460,65
Modificações em de Caixa e Equivalentes de Caixa Líquidas Caixa e Equivalentes de Caixa no Ínicio do Período ................. 203.465.299,17 .. 186.376.816,00 185.053.278,12 . 181.165.355,35 Caixa e Equivalentes de Caixa no Fim do Período ................... 232.130.993,55 .. 232.130.993,55 186.376.816,00 . 186.376.816,00 Variação Líquida de Caixa e Equivalentes de Caixa 28.665.694,38 45.754.177,55 1.323.537,88 5.211.460,65 As Notas Explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis.
CNPJ 21.670.187/0001-00
(Valores expressos em reais, exceto quando especificado)
DESTAQUE
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10
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DESTAQUE
DESTAQUE
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DESTAQUE
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Bom Despacho, MG, 26 de Janeiro de 2021. Vicente de Paulo Lopes Cançado Diretor Administrativo
Rodrigo Belione de Oliveira Menezes Diretor de Gestão de Risco
Pedro Adalberto da Costa Diretor de Negócios
Elaine Cristina Neto CRC/MG 082.177/O-0
RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ao Conselho de Administração, à Administração e aos Cooperados da Cooperativa de Crédito Credibom Ltda – Sicoob Credibom Bom Despacho-MG Opinião Examinamos as demonstrações contábeis da Cooperativa de Crédito Credibom Ltda – Sicoob Credibom, que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2020 e as respectivas demonstrações de sobras ou perdas, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes notas explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cooperativa de Crédito Credibom Ltda – Sicoob Credibom em 31 de dezembro de 2020, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN). Base para opinião Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à cooperativa, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Outras informações que acompanham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor A administração da Cooperativa é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis não abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis, nossa responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis ou com o nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsabilidades da administração e da governança pelas demonstrações contábeis
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável pela avaliação da capacidade de a cooperativa continuar operando, divulgando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a cooperativa ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da cooperativa são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis. Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional, e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: Identificamos e avaliamos o risco de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os controles internos, e conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. Obtemos o entendimento dos controles internos relevantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos controles internos da cooperativa. Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas
contábeis e respectivas divulgações feitas pela administração. Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe incerteza significativa em relação a eventos ou circunstâncias que possam levantar dúvida significativa em relação a capacidade de continuidade operacional da cooperativa. Se concluirmos que existe incerteza significativa devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a cooperativa a não mais se manter em continuidade operacional. Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demonstrações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações contábeis representam as correspondentes transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. Belo Horizonte - MG, 29 de janeiro de 2021.
COOPERATIVA DE CRÉDITO CREDIBOM LTDA / SICOOB CREDIBOM PARECER DO CONSELHO FISCAL
O Conselho Fiscal da Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Bom Despacho Ltda. – SICOOB CREDIBOM, no uso de suas atribuições legais e estatutárias, após examinar as demonstrações financeiras e o relatório da administração, relativos a 31 de dezembro de 2020 e 2019, com base no relatório da CNAC - Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa, emitido em 29 de janeiro de 2021, declara que os atos da administração representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, nas demonstrações financeiras examinadas, a posição patrimonial e financeira do SICOOB CREDIBOM. Assim somos unânimes e favoráveis, ao encaminhamento das contas apresentadas referente ao exercício de 2020, para aprovação pela Assembleia Geral Ordinária. Bom Despacho (MG), 29 de Janeiro de 2021. Elias Santos - Conselheiro Fiscal Coordenador Miriam Cesário da Silva Couto - Conselheira Fiscal Secretária Carlos Roberto do Couto - Conselheiro Fiscal Efetivo
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Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
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Foi-se um marco da história de BD DEMOLIÇÃO DO PRÉDIO DO ANTIGO HOSPITAL DR. MIGUEL É O FIM DE UM MARCO NA HISTÓRIA DA CIDADE
Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
O Hospital Dr. Miguel, que agora fecha definitivamente suas portas, será para sempre um memorial da medicina bomdespachense. Seu nome está ligado diretamente ao engenheiro, empresário e político Paulo Gontijo, a um grande bomdespachense de saudosa memória, único conterrâneo nosso que foi candidato a Presidente da República. Ele foi o criador desse hospital. Em 1968, o jovem engenheiro e empresário, morador em Brasília, dono de uma apreciável fortuna, veio à terra natal a fim de prestar uma homenagem a seu padrinho de batismo: o já falecido Dr. Miguel Gontijo. Paulo procurou a Prefeitura e a Câmara para providenciar os trâmites legais da construção de seu empreendimento. Um hospital: o hospital Dr. Miguel Gontijo. Homenagem ao nome de seu admirado padrinho, vulto sagrado da medicina e da política municipal. Dr. Paulo já havia adquirido um terreno de mais de 3.000m2 de área ao lado da casa paroquial. Um imóvel dos primórdios de nossa história. Antigamente, dizem, residência do Coronel Tininho, “fundador do município”, primeiro Presidente da Câmara, em 1912. Ao ser eleito para esse cargo, acumulava as funções de prefeito, cargo que não existia na Velha República (1889 a 1930). Mais tarde o terreno foi vendido ao futuro prefeito Faustino Teixeira (1926 a 1930). Ele era sobrinho de Coronel Tininho. Nos anos trinta ele mudou-se para Juiz de Fora. Então Faustino Teixeira Filho, filho do prefeito Faustino Teixeira, tornou-se proprietário do local. Do lote e de uma farmácia (do tempo em que Pharmácia se escrevia com PH). Havia lá também uma residência enorme, onde Faustino Filho viveu com sua família até a década de 60. A velha morada, alugada para o dentista Dr. João Rabelo, tornou-se uma pensão gerenciada pela irmã do Dr. João. Nos fins dos anos 60, o farmacêutico Faustininho Filho vendeu sua propriedade para Paulo Gontijo e transferiu-se para Belo Horizonte. Voltando ao assunto do Hospital Dr. Miguel, sua constituição e criação necessitavam de aprovação da Prefeitura Municipal. Um impasse foi criado: O prefeito vetou a realização da obra na Praça da Matriz entendendo que ali não era o espaço mais apropriado para a obra. Tivemos, os vereadores, uma reunião com o Dr. Paulo Gontijo. Nossa argumentação a favor do veto do prefeito esbarrou na decisão final de Paulo Gontijo: “Ou eu construo o Hospital ali ou não o construo em Bom Despacho.” Ante a perspectiva de perdermos tamanha conquista
Demolição do prédio feita dia 22 de janeiro (Imagem de vídeo postado em redes sociais)
para a medicina da cidade, tivemos a votação do veto do Prefeito. Lembro-me que o Jacinto Guerra e eu fomos pelo exposto no veto, e outros 9 derrubaram a decisão do poder executivo. Então “habemus” hospital na Praça da Matriz. E assim se fez. Em pouco tempo, numa bela e moderna estrutura predial, instalou-se aquela casa de saúde com aparelhagem moderna e completa para o longínquo ano
de 1969. Bom Despacho tinha então 6 médicos: Dr. Gê e Dr. Juca, os mais antigos. Doutores José Mesquita e sua esposa Geralda Batistuta de Mesquita, Roberto Queiroz e Genésio. O hospital, gerenciado pelo proprietário da empresa, esse convidou os quatro últimos: Mesquita, Genésio, Roberto e Geralda para passarem a atuar dentro do hospital. Dr. Juca e Dr. Gê não toparam participar.
Mudança de donos Decorrido outro pedaço de tempo, o dono do hospital veio à cidade. Reuniu-se com os 4 médicos. Revelou-lhes que não pretendia mais dirigir o hospital. E fez-lhes uma proposta: ele lhos vendia, de modo a que pagassem toda o estabelecimento hospitalar e o terreno, por uma quantia e um método de pagamento que não os apertassem. Os 4 jovens médicos acolheram a proposta e compraram o hospital.
E de 1969, até 2014, por 45 anos, nosso município teve a dita e o orgulho de ter mais uma casa de saúde. Junto com a Santa Casa transformaram Bom Despacho num grande centro de saúde de toda a região. Dificuldades Adiante, Dr. Genésio aposentou-se e saiu. Em 99, morreu Dr. Roberto. Seis anos depois, Drª Geralda também foi chamada por Deus.
Sozinho e responsável por duas fazendas e por dirigir todo o hospital de 1999 a 2014, doutor Mesquita, embora gozando de boa saúde, não deu conta mais. Convidou cerca de 8 médicos locais e lhes propôs assumirem o Dr. Miguel, mas a negociação não foi concluída. O prefeito Cabral apareceu com uma solução. A prefeitura alugou o imóvel para acomodar repartições de saúde pública. Mas depois de 5 anos, esse contrato de aluguel foi cancelado. Com o hospital fechado, por dois anos com despesas ainda correndo, com o IPTU, que chegou a 30 mil reais, acumulando prejuízos, Dr. Mesquita com sua sócia dona Adail, viúva do Dr. Roberto, recebem uma proposta, através do Pezinho do Calais, para alugar o terreno por dez anos, renováveis por outros mais, para uma empresa paulista do ramo de farmácias. O fim Negócio fechado, muitos bom-despachenses, como eu que vi ali nascerem meus três filhos, sentimos com dor no coração uma máquina colossal derrubar todo o prédio de 1969. Foi-se o prédio, a argamassa, os tijolos, os ferros retorcidos, mas não a saudade, e a gratidão por milhares benefícios de saúde recebidos nesse patrimônio imortal para a população e a cidade de Bom Despacho e região. Dr. José Cardoso de Mesquita Estive com o Dr. José Mesquita, o último dos 4 mosqueteiros do Miguel Gontijo, no início desta semana, para uma entrevista com ele e sua eterna e competente secretária, Marlene do Berto Domingos. E aparteado por ela, o médico me contou comovido sua história de vida e do hospital. Aquele jovem médico de 28 anos, que veio para Bom Despacho em 1964 com a jovem esposa, Dra. Geralda. O menino de 11 anos, de Moema, que veio para Bom Despacho fazer o 4º ano de grupo, porque lá só tinha até o 3º. E perseguindo seu sonho dourado e longínquo de ser médico, mudou-se para Formiga com 12 anos. Ali fez o ginásio. Já o Científico (2º Grau, não havia em Formiga). Então com garra para efetivar seu sonho, buscou Belo Horizonte, onde fez o Científico. E finalmente, a terra do Zebu, Uberaba, onde há pouco se instalara aquela que foi somente a 4ª Universidade de Medicina do Brasil. Lá conheceu a jovem Geralda. Depois da formatura ele foi aperfeiçoar seus estudos em São Paulo. Ela para o Rio de Janeiro, para finalmente se encontrarem em Bom Despacho. Casaram-se. Tiveram 4 filhos, dois dos quais médicos como seus pais. Geralda de Uberaba. Mesquita de Moema... para serem médicos, professores (ambos foram meus professores no 2º grau no Colégio Miguel Gontijo), fazendeiros, e ele um grande prefeito da cidade, escreverem na terra da Biquinha, uma história bonita, mais bonita até que a história de Robson Crusoé, como lhes diria Carlos Drummond de Andrade.
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Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
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Sogra, nem Frutas de cada um: atração
pintada!... quase infantil pelas goiabas ALEXANDRE
MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Imagem ilustrativa
LÚCIO
EMÍLIO Lúcio Emílio do Espírito Santo é coronel reformado da PMMG, escritor e membro da Academia de Letras João Guimarães Rosa, da PMMG.
Naquela tarde de sábado, uma euforia estranha flutuava no ar. O centro das atenções era o Cine Odeon, que ficava na esquina da Rua Faustino Teixeira com a Rua Miguel Dias, onde está hoje a churrascaria Trem Assado. Muito antes das oito da noite, uma pequena multidão já se acotovelava, educadamente, nas bilheterias e na entrada. Não sei se era um grupo teatral de fora que aqui viera apresentar a comédia Sogra, que sogra! Sogra nem pintada, ou se era grupo daqui mesmo, dos muitos que existiam, o certo é que houve uma grande agitação em Bom Despacho, nessa ocasião. Apesar do sucesso, a peça não entrou para o nosso imaginário como aconteceu, por exemplo, com o drama As mãos de Eurídice, um monólogo da autoria de Pedro Bloch, apresentado no Brasil inteiro pelo ator Rodolfo Mayer, aqui encenado, com igual brilhantismo, como reza a tradição, pelo nosso conterrâneo Dácio Alves. As pessoas que ali estavam exibiam elegância, como se estivessem indo para uma festa de casamento ou baile de debutantes. A moda era fazer permanente no cabelo, para deixá-lo cheio de cachos. O que eu via só nas revistas de moda, figurinos e modelos de roupas femininas, apareceu ao vivo em minha frente com toda a profusão de cores, colares, pulseiras, sapatos de salto, perfumes. Os homens de terno e gravata lembravam aquele público de ópera, comum em Roma ou Berlim.Eu nunca tinha ido ao teatro e o que eu conhecia de arte dramática eram aquelas encenações em sala de aula, o teatrinho do recreio e, nas comemorações cívicas, fazia o papel de alguma figura histórica. Como diria o escritor bom-despachense, Wulcino Teixeira de Carvalho, confesso que estava lá, ainda de calças curtas, junto de meus familiares, vivendo as emoções da primeira peça teatral. O prédio do Cine Odeon ocupava todo o terreno da esquina, tinha altas paredes. Sua fachada lembrava a arquitetura neoclássica da República Velha, da qual ainda restam exemplares como o Bar do Ari e o Hotel Glória. Entrei naquela sala imensa, sem saber bem o
que iria acontecer. O primeiro sinal de uma sirene fez cessar as conversações. Ao segundo sinal, silêncio absoluto. Ainda houve um terceiro e finalmente as cortinas se abriram. No fundo do palco, um imenso painel mostrava uma onça, com olhar ameaçador e garras afiadas. Começa o espetáculo. Gargalhadas e gargalhadas, do começo ao fim. Eu ria por imitação, porque não sabia bem que problemas a sogra trazia para um casal. A imagem da onça, no entanto, nunca desapareceu da minha cabeça. Durante muito tempo, me perguntei que força descomunal tiraria meus pais de casa para ir ao teatro. Com as narrativas de outras pessoas, descobri que a causa provável do entusiasmo e animação era o grande sucesso daquela peça. De acordo com o pesquisador Paulo Simões de Almeida Pina (*), a comédia Que sogra! Sogra nem pintada é uma das muitas de fama nacional e internacional do teatrólogo José Vieira Pontes, português de nascimento, que foi funcionário e depois sócio de uma das maiores livrarias de São Paulo, a Livraria C. Teixeira, dona de vasto mercado editorial, principalmente, na produção de livros didáticos. Vieira Pontes era um apaixonado pelo teatro. Sabia de cor nome de atores e atrizes, colecionava obras e tudo que a crítica dizia nos jornais e livros sobre a arte cênica. Percebendo o aumento da procura por textos teatrais, passou a editar peças de teatro em brochuras de custo acessível, que integram a série “Biblioteca Dramática Popular”, entre elas, a Sogra nem pintada. Vieira Pontes não foi apenas um autor de sucesso, mas um grande divulgador e incentivador do teatro, amador ou não, no Brasil. Essa peça chegou a Bom Despacho, depois de ter sido encenada, com muito aplauso, no Brasil e em Portugal. Ficou famosa e arrastava grande público aos teatros e circos. Esse relembramento mostra que nossa cidade estava conectada com o mundo. O movimento cultural e seus promotores procuravam ombrear nosso rincão com São Paulo e outros grandes centros, mantendo-se na vanguarda da civilização e do progresso. (*) Conferir Paulo Simões de Almeida Pina, Uma história de saltimbancos: os irmãos Teixeira e o comércio e a edição de livros em São Paulo, entre 1876 e 1929. Disponível em https:// teses.usp.br/teses
Antes de entrar no tema de hoje, gostaria de avisar aos raros leitores e raras leitoras que fiz meu terceiro teste de covid-19 e, novamente, deu negativo. Comento isso porque em coluna anterior eu havia comentado que havia tido contato com uma tia de minha namorada bom-despachense, a qual estava contaminada com covid-19 e, sem saber, nos havia recebido em sua casa. A tia está bem e eu não fui contaminado, para minha sorte. Desde que comecei a frequentar Bom Despacho, e lá se vão quase quatro anos, percebo mais claramente as estações do ano e as paixões pelas frutas que essas mudanças nos meses do ano trazem aos bom-despachenses. Em uma das primeiras vezes que vim a Bom Despacho, em novembro de 2017, lembrome de estar fazendo uma corrida com minha namorada e, de repente, ela parou o exercício, pegou um pedaço de madeira longo, e começou a derrubar e comer mangas maduras de uma mangueira que estava no meio do caminho. Achei aquilo engraçado, sob vários aspectos: 1) porque parou a corrida no meio para comer dezenas de frutas; 2) por ter percebido que a mangueira estava ali e que havia frutos maduros; 3) pela habilidade demonstrada por ela na arte de derrubar e comer as frutas; 4) a falta de cerimônia
em pegar frutas de uma árvore que não estava em seus domínios e comê-las sem ao menos pedir permissão ao dono. Claro, essas estranhezas só aconteceram porque sou paulistano. Um paulistano raiz, nascido e criado na cidade, não pega frutas nas ruas. Primeiro, porque elas são raras; segundo, porque não consegue distinguir uma mangueira de uma galinha ou de um cabrito; terceiro, porque há uma norma implícita na sociedade que rege o que podemos fazer e pegar algo que não nos pertence é mal visto. Portanto, pegar frutas que estão no quintal de outra pessoa, não passa na cabeça de um paulistano. Se o pé de fruta está em uma praça ou rua, o paulistano
médio não pegará as frutas por falta de tempo ou porque, como eu, prefere deixar para os pássaros ou acha que é “humilhante” ficar dando pauladas em uma manga ou goiaba à vista de todos para comê-la. Também me fascina ver a paixão que meu sogro e minha sogra têm por jabuticabas. Quando as jabuticabeiras do sítio ou da casa da cidade dá frutos, eles passam a comer quilos do doce fruto, sem limites, como crianças que se encontram diante de um pote de sorvete cremoso. No final do ano passado, várias vezes vi meu sogro “mamando” jamelão, como ele mesmo diz, no jambolão, nome da árvore que dá esse fruto, que é conhecido por vários nomes, tais como jamelão, jambolão, jamborão, baguaçu, jalão, joão-bolão, topin, manjelão, azeitona-preta, ameixa roxa, baga-de-freira, oliveira, azeitona-roxa, brinco-de-viúva ou guapê, dependendo da região da pessoa. Eu mesmo, depois da insistência de meu sogro, passei vários dias comendo o jamelão debaixo da própria árvore. Delicia! Minhas frutas preferidas desde minha infância são o figo e a jaca. O figo é a fruta mais doce e mais deliciosa que conheço. Não estou me referindo ao figo em caldas, mas ao figo in natura. Claro, pego meus figos no supermercado ou nas feiras livres, e nunca em uma figueira. Em São Paulo, os figos são vendidos em caixinhas de papelão com oito frutas. Fiquei pasmo quando soube que minha namorada bom-despachense jamais provou um figo na vida, limitando-se a consumir a versão em caldas, que nada tem a ver com a fruta in natura. A jaca é minha segunda fruta preferida. Especificamente a jaca mole, mas não rejeito a variedade jaca dura. A fruta madura exala um cheiro inebriante que divide a humanidade em duas partes: os amantes da jaca e aqueles que a odeiam, mais ou menos como acontece em Bom Despacho com os pequis. Tenho em mi-
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nhas lembranças várias ocasiões nas quais comprei meia jaca e passei oras lambuzando os dedos ao retirar as partes comestíveis e comendo com muito gosto. Que maravilha! Estou escrevendo sobre este tema por um motivo muito específico: a paixão quase infantil que minha namorada bomdespachense tem com as goiabas. Sempre a via pegar goiabas no pé e comê-las avidamente. Porém, nunca tinha vivenciado tamanha dependência química, quase um vício. Com a pandemia, passei a ficar períodos muito maiores em Bom Despacho e a observar mais de perto essa estranha atração que as goiabas exercem sobre ela. Comecei a desconfiar de algo errado, quando ela passou a mudar o caminho tradicional de nossas caminhadas. No começo, parecia apenas uma vontade de andar por ruas diferentes. A coisa ficou mais clara em um dia, há cerca de um mês, quando eu propus passar por uma rua e não pelo local que ela queria. “Queria passar ali”, ela balbuciou. “Já passamos ontem por esse caminho, vamos mudar de trajeto hoje”, respondi inocentemente. “É que ali... tem um trem que eu quero”. O trem eram goiabas maduras em uma casa que fica em uma praça, perto de sua residência. Deste dia em diante, passei a perceber que ela atacava os pés de goiabas, brancas ou vermelhas, com ou sem bicho, sem a menor cerimônia. Percebi que seus caminhos eram escolhidos com base na localização dos pés de goiaba. Outro dia, encontramos um rapaz, que também é apaixonado por goiabas. Passaram dez minutos trocando dicas sobre os locais onde havia frutas maduras. Ambos haviam mapeado a cidade toda e sabiam onde estavam as melhores goiabas brancas e vermelhas para serem colhidas em cada dia da semana, de acordo com o quão maduros estariam os frutos. A cada caminhada que fazemos, agora que descobri seus segredos, quando passamos perto de uma goiabeira carregada, ela age como uma zumbi, parte em direção à árvore e a depena. Não tenta mais disfarçar seus “crimes” como antes. E não importa se estamos à pé ou de carro. O ataque às goiabeiras acontecerá do mesmo jeito. Percebi que o caso estava perdido há cerca de uma semana, quando voltando para casa vi meu sogro e minha namorada bom-despachense trepados em uma goiabeira, feito crianças, apanhando e comendo o maior número possível, como se no próximo ano não fosse mais existir aquela fruta. Não há certo, nem errado, apenas questões culturais envolvidas. Essas questões são aprendidas, quando a mãe ou o pai ensina à criança, e apreendidas, quando vemos alguém fazendo e imitamos. São essas questões culturais que tornam a vida tão rica e com gente com gostos tão diferentes...
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Bom Despacho (MG), 10 Fevereiro 2021
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Bertolino dá ultimato à Copasa CONCESSIONÁRIA TEM ATÉ 12/2 PARA APRESENTAR SOLUÇÕES, SOB PENA DE RESCISÃO DO CONTRATO O prefeito Bertolino da Costa deu um ultimato à Copasa para que ela resolva as falhas no abastecimento de água e no tratamento do esgoto em Bom Despacho. Do contrário a Prefeitura vai pedir a rescisão judicial do contrato com a concessionária. O ultimato inclui também o cumprimento de outras obrigações da empresa com o município. A notificação com as exigências da Prefeitura foi entregue por Bertolino ao chefe de gabinete da presidência da Copasa, Clovis Horta, e à gestora de relações institucionais da empresa, Joice Solano, durante reunião no Gabinete do Prefeito. Dessa reunião, dia 28/1, participaram também o procurador do município, Kleverson Mesquita de Mello, o secretário municipal de Infraestrutura, Vital Guimarães, e o advogado Igor José Costa, servidor municipal. No encontro, Bertolino destacou os “constantes descumprimentos contratuais” por parte da Copasa, reclamou das tarifas cobradas dos consumidores e das falhas no funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) próxima ao bairro Mangabeiras. Preço das tarifas O prefeito apresentou um comparativo das tarifas de água e esgoto cobradas em Bom Despacho e outras cidades da região. Segundo esse levantamento, em Araújos, os serviços de água e esgoto custam R$ 6,07 o m3; em Bom Sucesso esse custo é de R$ 8,50 o m3; em Pará de Minas R$ 10,33 o m3. Já em Bom Despacho o consumidor paga R$ 13,38 o m3 pelos mesmos serviços – o valor mais alto de todos. Buracos nas ruas Outro problema apontado por Bertolino é a má qualidade da recomposição do asfalto nas valas e buracos abertos em vias públicas pela Copasa para fazer ligações e manutenção da rede de água. Levantamento feito pela Prefeitura em 2019 mostrou que aproximadamente 90% dos buracos encontrados nas ruas e avenidas da cidade surgiram de remendos mal feitos pela companhia. Indenização por gastos O prefeito também determinou à Secretaria de Obras que levante os gastos do município nos últimos 2 anos para consertar buracos que surgiram em decorrência de emendas mal feitas pela Copasa nas vias públicas da cidade. Segundo o IBOM apurou, a estimativa inicial é que essa despesa chegou a R$ 6 milhões nos últimos 2 anos. “Se a concessionária não assumir sua responsabilidade e concordar em indenizar o município por esses gastos, vamos partir para a rescisão do contrato por justa causa e ajuizar ação de indenização contra a Copasa”, afirmou ao IBOM o procurador Kleverson Mesquita de Mello. “Afinal, o dinheiro gasto para remendar buracos poderia estar sendo usado para asfaltar outras ruas ainda sem pavimentação”, ressaltou o
Clovis Horta (de costas), Bertolino, Joice Solano, Vital, Igor e Kleverson (de costas) durante reunião em que prefeito deu ultimato à Copasa (Foto: PMBD) procurador. Barragem Bertolino cobrou a omissão da Copasa na construção da prometida barragem no Rio Capivari, principal ponto de captação de água da concessionária, para evitar crises de abastecimento como aconteceu em 2017. Foram cobradas ainda a inexistência de interligação dos reservatórios do bairro São Vicente e a ligação de energia nos poços feitos pela empresa para ampliar o abastecimento da população. Multas aplicadas na Copasa Na reunião, o procurador Kleverson Mesquita apresentou a Clovis Horta as multas aplicadas na Copasa pelo município por infrações ambientais e descumprimentos contratuais. São 106 autos de infração emitidos pelas secretarias municipais de Obras e de Meio Ambiente entre 2017 e 2021, no total de R$ 277.043,97 em multas. Kleverson disse aos representantes da Copasa que se a dívida não for quitada ela será inscrita em dívida ativa, protestada e cobrada na Justiça. Bertolino propõe rescisão amigável No final da reunião, depois de ressaltar a “piora constante nos serviços prestados pela Copasa nos últimos anos” em Bom Despacho, o prefeito Bertolino propôs à Copasa a rescisão amigável do contrato para que o município faça nova licitação dos serviços de água e esgoto. A proposta pegou de surpresa os representantes da concessionária. O chefe de gabinete da presidência da Copasa, Clovis Horta, assegurou que a companhia tem interesse em continuar atuando em Bom Despacho e prometeu, segundo registrado na ata, “especial atenção ao diálogo para resolução de conflitos” decorrentes das falhas apontadas. Exigências da Prefeitura Mas a disposição de Bertolino é esticar a corda. Por isso, o município, representado pelo procurador Kleverson Mes-
Preços de Água e Esgoto na região Valor em R$ por m3 (Consumo médio)
MUNICÍPIO
ÁGUA
ESGOTO
TOTAL
Bom Despacho ...... R$ 6,79 ...... R$ 6,59 ..... R$ 13,38 Pará de Minas ....... R$ 6,89 ...... R$ 3,44 ..... R$ 10,33 Araújos ............... R$ 4,05 ...... R$ 2,02 ....... R$ 6,07 Bom Sucesso ........ R$ 5,40 ...... R$ 3,10 ....... R$ 8,50 Fonte: Prefeitura de Bom Despacho
quita, notificou a Copasa dando 10 dias de prazo para que ela tome as medidas exigidas pela Prefeitura. O prazo vence na sexta (12), quando está marcada nova reunião entre prefeito e representantes da empresa. Na notificação, a Prefeitura reafirma “a incapacidade que a Concessionária demonstrou em prestar serviço de qualidade, de forma contínua, e de modo a satisfazer às necessidades da população”. Entre outras exigências, exige que a Copasa tome as seguintes medidas: - Iniciar em 10 dias a canalização do último trecho de 1,2 km do Córrego dos Machados,
na extensão da avenida Dr. Roberto - Regularizar em 10 dias a dívida de R$ 277.043,97 das 106 multas aplicadas pela Prefeitura à companhia entre 2017 e 2021, com valor atualizado. - Dar cumprimento em 10 dias ao Plano Municipal de Meio Ambiente (leis municipais nº 2.115/09 e 2.514/15), que inclui: a) Construção de barragens do Ribeirão Capivari; b) Interligação de rede de esgoto nos reservatórios do bairro São Vicente; c) Energização dos poços; d) Troca da rede no ponto pertinente à Rua do Rosário;
e) Tratamento inadequado do esgoto oriundo da ETE Chácara; f) Adquirir geradores de energia como forma de evitar interrupção do serviço de abastecimento de água, bem como proibir que esgoto seja lançado in natura no Ribeirão dos Machados, em virtude de eventual falta de energia nas casas de máquinas. Sanções De acordo com a notificação, o não cumprimento dessas exigências resultará em sanções administrativas e medidas judiciais cabíveis, sujeitando a Copasa “à cassação da concessão” e às “demais comina-
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ções legais previstas no Código do Consumidor e demais leis que regulam a matéria”. Respostas da Copasa Nova reunião entre Prefeitura e Copasa foi agendada para sexta-feira, 12 de fevereiro, no Gabinete do Prefeito. Nela, a Copasa se comprometeu a apresentar respostas por escrito aos itens da notificação feita pelo município – com quem ainda tem contrato pelos próximos 19 anos. Segundo Bertolino, o que vem depois e a permanência da companhia em Bom Despacho dependerá dessas respostas. Na ata da reunião do dia 28/1 está registrado que o Prefeito “aguardará uma resposta da Copasa pelas demandas apresentadas para que, após, seja tomada a decisão mais coerente”.