JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

Page 1

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

DESTAQUE

Ano XXXII - Nº 1.610 • Fundado em 12/05/1989

1

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

PÁG

PÁG

PÁG

3

7

11

Samu atende em média 10 Polícia encontra e socorre 1° Junho: parabéns Bom acidentes todo dia na região família em situação de miséria Despacho e bom-despachenses

Inproveter/Qualis contrata motorista autônomo com caminhão próprio A Inproveter/Qualis seleciona motorista autônomo com caminhão próprio, baú ou carroceria, com capacidade minima de 4 toneladas. Os interessados deverão comparecer com o caminhão na Inproveter/Qualis no endereço Rua Tarcisio Amaral, 1.150 - Bairro Taboão – Bom Despacho/MG de segunda a sexta-feira no horário de 07:30 até as 16:30 h.

Maurício Antônio Lopes

Deputado Wendel Mesquita

Vereador Pastor Alex

Deputado Fábio Avelar

PÁGINA 11

PÁGINA 15

PÁGINA 13

PÁGINA 5


2

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021 ALARME – Vendo, de moto – 99147.0452 ALEXA – Vendo – R$ 600, (31) 99266.2726 APARTAMENTO – Alugo, 2qt, térreo, s/ garagem, no Centro

DESTAQUE

- R$ 500, - 99833.8330 APARTAMENTO – Troco, 3qt, sl, cz, 2bh, 2gar, área, no bairro Nova Suissa, em BH, por apartamento ou imóvel em BD - 99184.0381 ÁREA – Vendo, 1.080m2 – Jd. América – Beto – 3522.1521 e 99921.4917 BARRACÃO – Alugo, 4 cômodos, no Centro – 99803.7564 BARRACÃO – Alugo, murado – Rua Dr. Cisalpino Marques – São José – 99982.5325 CARREGADOR – Vendo, de iPhone, s/ fio – R$ 100, - (31) 99266.2726 CASA – Alugo, 2qt, gar, no Centro – 99143.2780 CASA – Alugo, 3qt, garagem – 99857.0028 CASA – Alugo, 3qt, na Avenida Palmeiras – Bairro Palmeiras – R$ 450, - 98803.8068 CASA – Alugo, 3qt, sl, cp, cz, bh – Rua Ambrosina Luquine, 38 - São Francisco – 99116.8080 CASA – Alugo, no Bairro Fátima – 99870.9396 CASA – Alugo, no Centro – 98840.0050 CASA – Vendo – Rua Nair Souto, 312 – Jd. Anjos 2 – 99842.3762 e 99147.0452 CASA – Vendo – Rua Santa Clara, esq. c/ Rua João Pereira. Aceito carro – 99105.8446 CASA – Vendo, 3qt, sl, cp, cz, bh, gar - Rua Araguari, 51 – Santa Efigênia – 99909.2530 CASA – Vendo, 3qt, sl, cz, 2bh, var, gar – Rua Geraldo Magela Oliveira - Vila Gontijo. Troco por casa c/ quintal no Esplanada, Fátima ou Jaraguá – 99961.1027

CNPJ 07.205.729/0001-43

CASA – Vendo, 3qt, st, sl, cz, bh, var, gar – Lote 360m – Rua Bolívia, 361 – Jd. América – 99856.5001 (João Batista) e (31) 99513.9159 (João Neto)

ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA EDITAL DE CONVOCAÇÃO

CASA – Vendo, 3qt, var, c/ barracão fundo – Rua Pio XII – José Nunes – 99985.1912

Pelo presente edital de convocação, a Presidente da Associação dos Diabéticos de Bom Despacho – ASSODIBOM, no uso de suas atribuições estatutárias, CONVOCA os senhores associados para se reunirem em Assembleia Extraordinária, a realizar-se na sede do Lions Clube de Bom Despacho, localizada na Praça Irmã Albuquerque, s/n°, Centro, em Bom Despacho/MG, às 19 horas do dia 15 de junho de 2021, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: - Eleição da Diretoria Não se registrando a presença de associados que representem o mínimo de 2/3 (dois terços) do número dos sócios que a constituem, a assembleia reunir-se-á em segunda convocação, 30 (trinta) minutos após, ou seja, às 19h30 (dezenove horas e trinta minutos), com qualquer número de sócios presentes, valendo este edital como segunda convocação. O prazo para registro das chapas é de 10 (dez) dias, contados da data de publicação deste edital, na sede do Lions Clube de Bom Despacho, das 14 às 16 horas, de segunda a sexta-feira.

CASA – Vendo, 4qt, st, sl, cp, cz, bh, gar, 2 barracões – Trav. Rua Dr. Miguel, 44 – R$ 360 mil – 98836.8090

ASSODIBOM

Associação dos Diabéticos de Bom Despacho

Bom Despacho/MG, 28 de maio de 2021 JURACY FLORESTA NEVES - Presidente

ENVIE SEU ANÚNCIO PELO WHATSAPP 99922-2361

CASA – Vendo, no bairro Esplanada – 98855.1644 CASA – Vendo, no bairro São Geraldo. Troco por apartamento em Nova Serrana – 98819.3184 CELTA – Vendo, 4 portas, completo – 99956.1423 CELULAR – Vendo, Motorola G7 – 99956.1423 CHÁCARA – Vendo, 1.500m, c/ córrego no fundo, a 10km BD – R$ 35 mil – 99194.0295 CHÁCARA – Vendo, 2.000m, a 5 km de Bom Despacho – R$ 70 mil - 99856.1242 CHÁCARA – Vendo, no Cond. Pica pau II, c/ casa, piscina, pomar, jardim, irrigação 99923.1567 COTA – Vendo, na Praça de Esportes – R$ 6 mil - Sílvia – 99925.0057

É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana - Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega grátis de 1 jornal por pessoa.

Sítio - VENDA

5 hectares com casa, benfeitoria, energia elétrica, mini-poço a 2 km da cidade de Bom Despacho. Contato Adalberto: (37) 99968-5890 Imperdível - VENDE-SE Chácaras de 2.100 m2 a 2 km da cidade de Bom Despacho. Valor: R$ 70.000,00 com 10% de entrada e o restante em até 90 parcelas corrigidas pelo TR. Contato Adalberto: (37) 99968-5890

LAVADORA – Vendo, Consul 11kg – R$ 700, - 99985.4587 LÍNEA – Vendo, 1.9 Dualogic, 2010 – José Nunes – 99985.1912

PISO – Vendo, madeira Parquet, 100m – R$ 10,/m – 99109.2468 QUARTO – Alugo, mobiliado, no Bairro Fátima – 99870.9396 RANGER – Vendo, 4x4, 2008, diesel – José Nunes – 99985.1912 SALA – Vendo, no Centro Médico, c/ garagem – 99985.1553

SÍTIO – Vendo, 3 hectares, c/ casa, perto Copasa – 99944.0050 SÍTIO – Vendo, com benfeitoria – Troco por Casa – 99985.2832 VAGA – Vendo, de garagem, no BD Shopping – Praça Matriz, 196 – 98803.2113 VIDROS – Vendo, 16, blindex – 99109.2468

LICENCIAMENTO AMBIENTAL POSTO DE SERVIÇOS BOM DESPACHO LTDA – CNPJ 17.497.348/ 0001-39, torna público que está requerendo junto a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bom Despacho, a Licença Ambiental Simplificada, através do processo administrativo n° 4265/2021, para a atividade Posto Revendedor de Combustíveis, localizado a Rodovia BR262 – Km 481,8 – Perímetro Urbano – CEP 35600-000

LOTE – Vendo – Av. Francisco Paula Lopes – Bairro Fátima – 99856.5001

REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

FOGÃO – Vendo, 6 bocas 998803.1937

LOTE – Vendo, no Esplanada, próximo Escola Profª Eraída – R$ 77mil – 98808.0001 e 99922.5400

FREEZER – Vendo, Metalfrio, horizontal - 99913.3832

LOTE – Vendo, no Jardim Anjos – 998803.1937

GUARDA-ROUPA – Vendo, casal, 3 portas – 98803.1937

PADRÃO – Vendo, Cemig, 110, mono, chave 63 – R$ 800, 99105.8446

A empresa SÓLIDA PARTICIPAÇÕES S/A., por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bom Despacho -MG, toma público que solicitou através do processo administrativo n° 1603/2021, Licenciamento Ambiental para atividades de: culturas anuais, semiperenes e perenes, silvicultura e cultivos agrossilvipastoris, exceto horticultura; e criação de bovinos, bubalinos, equinos, muares, ovinos e caprinos, em regime extensivo, desenvolvidas no imóvel denominado Fazenda Piraí e Brejinho, São Miguel, Santa Rosa do Picão e Retiro, localizado no município de Bom Despacho-MG.

FIESTA – Vendo, 2009, hatch, 4 portas – 99107.6073 CNPJ 40.615.727/0001-06 - Bom Despacho - MG Impresso por O Tempo Serviços Gráficos - 2101.3544

30.000 m2 a 2 km do bairro Santa Marta. Contato Adalberto: (37) 99968-5890

PALIO – Vendo, 1999, EX, 2 portas – 99857.0028

LOTE – Vendo – Trav. Rua Dr. Miguel, 44 – R$ 200 mil – 98836.8090

DVD – Vendo, Philips – R$ 40, - 99109.2468

Whatsapp: (37)99922-2361 - e-mail: jornal@joneg.com.br

Área rural - VENDA

IPHONE – Vendo, 7, 32GB, usado – R$ 1.100, - (31) 99266.2726 KADETT – Vendo, 93 – R$ 3 mil - 99123.4483

PADRÃO – Vendo, Cemig, 110v – 99956.1423 PALIO – Compro, tipo chinês – 99957.1234


DESTAQUE

Polícia Militar pega arrombadores de loja em Bom Despacho

Quatro pessoas – uma mulher de 35 anos e três menores de 16 – foram pegas pela Polícia Militar na manhã de sexta (21/ 5) na Vila Gontijo, em Bom Despacho. O grupo é acusado de arrombar e furtar a Loja do Cruzeiro, na rua dos Operários, pouco depois das duas horas da madrugada. Segundo o iBOM apurou, a mesma loja já havia sido arrombada dias atrás, quando teve o vidro da frente quebrado. Por isso, ela estava fechada com um tapume e o proprietário estava dormindo na loja ao lado, que também é dele, para vigiar o local. Pouco depois das duas da manhã, o proprietário acordou

com ruido do tapume sendo derrubado. Olhou, viu os ladrões e ligou para a Polícia Militar. Logo em seguida os arrombadores deixaram o local. Quando a PM chegou eles já haviam fugido. A Polícia acionou a Perícia e obteve imagens de câmeras de segurança das proximidades. Pelas imagens os militares identificaram os autores do furto. Eles foram presos/apreendidos na Vila Gontijo na manhã desta sextafeira (21). Todos foram levados para a Delegacia de Polícia Civil e autuados. Com os arrombadores a Polícia recuperou todas as 23 camisas furtadas da loja.

Polícia Rodoviária Federal apreendeu caminhão com carga furtada na BR 262

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu na BR 262 o motorista de uma carreta Scania transportando carga furtada. O motorista, de 32 anos, foi abordado no posto da PRF em Bom Despacho na tarde de ontem, quarta-feira (12), durante fiscalização de rotina. Ele transportava chapas de aço avaliadas em R$ 200 mil carregadas em Contagem/MG. Durante a fiscalização os policiais suspeitaram da nota fiscal apresentada pelo motorista, que demonstrava muito nervosismo. Segundo a PRF, a nota tinha indícios de adulteração. O documento indicava que o destino da mercadoria era Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Diante das suspeitas os policiais retiveram a carreta e acionaram a Delegacia Especializada em Roubo de Cargas, em Belo Horizonte, para conferir

a situação. A delegacia fez contato com o proprietário da carga, que confirmou estar há horas sem conseguir contato com o transportador. O destino original da carga era a cidade de Bocaiuva, no norte de Minas – sentido contrário ao que a carreta estava trafegando. Ele informou ainda que outras três cargas haviam sido furtadas da empresa nos últimos tempos. Além de descobrir a fraude na nota fiscal e recuperar a carga furtada, os policiais constataram que a carreta estava com os sinais de identificação e registro adulterados, indicando tratarse de veículo clonado. O motorista foi preso em flagrante pela PRF e levado para a Delegacia de Polícia Civil de Bom Despacho, juntamente com a carreta e a carga recuperada (Foto: PRF/Bom Despacho).

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

3

Trânsito: Samu atende na média dez acidentes todo dia na região

O SAMU divulgou um vídeo informando já ter atendido mais de 13.900 ocorrências de acidentes de trânsito desde que foi instalado na região Centro-Oeste. Esse número de ocorrências foi registrado de junho de 2017 a abril de 2021 – um período de 46 meses. Em média, são 10 atendimentos de acidentes de trânsito por dia. De acordo com o SAMU, as três principais causas dos

acidentes atendidos pelos socorristas são colisão entre carros e motos, queda de motocicletas e atropelamentos. A iniciativa faz parte da campanha Maio Amarelo, que busca chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito. No vídeo, um socorrista do SAMU reitera que o motorista respeite limites de velocidade, os ocupantes do veículo

utilizem cintos de segurança e as crianças sejam transportadas em cadeirinhas. Além disso, alerta para o risco de dirigir com sono, cansado ou após ingerir bebida alcoólica. “Nós não queremos que você se torne a próxima vítima”, termina o socorrista. O SAMU é um serviço regional custeado em conjunto por 54 cidades da região. Ele entrou em operação em junho de 2017.

Assista ao vídeo apontando a câmera do seu celular para o QR Code acima

PM recupera dois carros furtados no fim de semana Num final de semana a Polícia Militar recuperou dois veículos furtados em Bom Despacho. O primeiro caso foi registrado no bairro Dom Joaquim, no sábado (22/5). Segundo o proprietário, ele estacionou seu veículo na porta de casa na sexta-feira à noite e não o encontrou na manhã seguinte. A Polícia Militar fez rastreamento pela cidade e localizou o Uno abandonado no bairro JK. Ele foi apreendido e levado para o pátio do Detran. A outra ocorrência foi no domingo (23/5), quando a Polícia recebeu denúncia de que havia um Fiat Uno abandonado em estrada rural do município. Uma guarnição foi até o local e localizou o carro, que havia sido furtado. Dentro do Uno os militares encontraram a CNH, documentos pessoais e cartões bancários do proprietário. O Uno estava sem o vidro traseiro e sem o aparelho de som. Ele foi apreendido e levado para o pátio do Detran.

FERNANDO

CABRAL

Bom Despacho faz 109. Viva!

Vultos notáveis de nossa terra

Página 6

Página 8


4

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

Maurício Cezaro: luta pela vida AFASTADO DO TRABALHO, ELE TENTA CONSEGUIR DINHEIRO PARA CUSTEAR TRATAMENTO DE LEUCEMIA

Diagnosticado com leucemia em março de 2020, o auxiliar administrativo Maurício Cezaro de Araújo, 54 anos, funcionário da APAE Bom Despacho, sofre com a incerteza de conseguir manter o tratamento da doença que o aflige. Afastado pelo INSS, o que ele recebe não é suficiente para fazer o tratamento. Para tratar a leucemia Maurício precisa submeter-se a sessões mensais de quimioterapia. O problema é o custo do tratamento. Cada sessão de quimioterapia utiliza três medicamentos – dois deles fornecidos pelo SUS. Mas, segundo Maurício, o medicamento mais importante custa quase R$ 10 mil por sessão e não é fornecido pelo SUS. “Iniciei o tratamento pelo convênio da Unimed. Devido à contrapartida exigida pelo plano de saúde, que é de 20% do valor do tratamento, migrei para o SUS. Só aí fiquei sabendo

que o SUS não fornece o medicamento mais caro que preciso”, afirmou. Maurício disse ao iBOM que usando “apenas os dois medicamentos disponíveis no SUS” ele não terá “o resultado esperado no tratamento”. Por isso, mesmo sem condições de arcar com a contrapartida exigida pelo plano de saúde, ele voltou a fazer o tratamento pela Unimed. A primeira sessão foi realizada mês passado, em Divinópolis. “Com ajuda dos amigos, parentes e demais pessoas da nossa comunidade conseguirei dinheiro para custear as sessões de quimioterapia que necessito”. No dia 17 de maio ele fez a segunda sessão de quimioterapia, em Divinópolis, custeada em parte pelo plano de saúde. Apesar das dificuldades, Maurício Cezaro afirmou ao iBOM que encara a situação com pensamento positivo.

“Jamais vou abaixar a cabeça diante dessas adversidades. Mantenho minha autoestima e sigo em frente convicto de que vou superar o problema”.

DESTAQUE


DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

5


6

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

DESTAQUE

Bom Despacho faz 109. Viva! FERNANDO

CABRAL

Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e vereador em Bom Despacho

Pelo segundo ano seguido a Rua Dr. Miguel não verá seu tradicional desfile de 1º de junho. O motivo é conhecido de todos: a persistência do coronavírus SARS-CoV-2, causador da covid-19. Até esta data (25/5), Bom Despacho teve 7.168 notificações, 3.214 casos confirmados, 2.623 casos suspeitos e 69 mortes por covid-19. Portanto, oficialmente 7% da população já teve a doença. O número deverá ser pelo menos o dobro, pois o índice de subnotificação é elevado. Até semanas atrás tivemos uma pequena trégua no avanço da doença. Contudo, nas últimas três semanas tivemos um recrudescimento. Os motivos são conhecidos: baixa taxa de vacinação, baixa adesão ao uso de máscaras, desrespeito ao distanciamento social e grande circulação de pessoas. Isto significa que, mesmo após um ano de epidemia, 17 milhões de contaminados confirmados, 450 mil mortos e 1,2 milhão de pacientes em tratamento, a população ainda prefere o lazer coletivo à segurança pessoal e familiar. Isto vale especialmente para os jovens. Por isto mesmo a doença agora está se alastrando mais entre eles do que entre os idosos. Mas nada disto é novidade. Tudo que acontece hoje com relação à covid-19 já aconteceu um século atrás, com a gripe espanhola. Em 1917 a gripe espanhola surgiu numa fazenda do condado americano de Huskell, no estado do Kansas e dali se espalhou rapidamente mundo afora. Em 1918 já havia atingido o mundo inteiro. No Brasil matou mais de 300 mil. Entre os mortos, o Presidente da República, Rodrigues Alves. O que estamos vendo hoje também foi visto em 1918. Havia autoridades que negavam a doença; havia curas milagrosas, como o quinino; havia culpados que não o eram (como os alemães). Até o nome foi falsificado, pois embora chamada de gripe “espanhola”, ela nada tinha de espanhola. Era americana legítima. Assim como hoje sofremos com as fake news circulando na Internet, na época o mundo sofreu com os boatos que circulavam de boca em boca ou se espalhavam por carta, telégrafo, jornais. Tirando os elixires e panaceias que pioraram a situação, o que ajudou na época foram as mesmas medidas que ajudam hoje: máscaras, distanciamento social, higiene rigorosa.

Cidades costumam ter vidas milenares. Atenas, Roma, Istambul, Alexandria e Liampó são exemplos disto na Europa, África e Ásia. As Américas não ficaram para trás. Há mais de oito mil anos os povos Maias já construíam cidades, como provam as ruínas de Kaminaljuyú. Perante centros urbanos tão antigos e tão longevos como estes, Bom Despacho, aos 109 anos, está apenas na primeira infância. Mas na escala de mortais de vidas tão breves como as nossas, podemos vê-la como vetusta anciã, amada e respeitada por seus filhos. Em Belo Horizonte a doença chegou pelo “noturno”. Assim era chamado o trem de ferro que todas as noites fazia o percurso entre o Rio e a capital mineira. De BH a doença se espalhou para o resto do território mineiro. Quanto a Bom Despacho, não encontrei os registros da época. Provavelmente vou encontrá-los nas anotações feitas pelo vigário de então. É possível também que haja anotações nas atas de associações religiosas. Sabese que a Sociedade São Vicente de Paula, por exemplo, costumava prestar assistência aos pacientes e às suas famílias. Se por aqui os registros ainda não foram encontrados, em Pará de Minas a passagem da doença ficou bem documentada. Lá, segundo estudos, jornais e outros documentos disponíveis no museu municipal (http:// www.muspam.com.br), a gripe bateu forte em 1918. Teria infectado algumas centenas de paraenses e matado quase uma centena. Para uma população então estimada em 10 mil pessoas, a

infecção de centenas e a morte de quase cem pessoas são números que nos assombram. Significaria algo em torno de 300 mortos na Bom Despacho de hoje. Tanto em Pará de Minas, quanto em Belo Horizonte, quanto no resto do mundo, a gripe espanhola foi mais trágica entre os pobres. É o que sempre acontece com doenças contagiosas. É o mesmo que está acontecendo entre nós, com a covid-19. Os mais pobres têm mais debilidades por causa da subnutrição. Eles também estão mais presentes em moradias insalubres, com maior número de pessoas por metro quadrado. Finalmente, eles têm maior dificuldade em obter auxílio médico. Por tudo isto, entre eles a doença se espalha mais e tem resultados mais funestos. Mas, ironicamente, quem faz a doença circular mundo afora são os ricos. Na época da gripe espanhola, os ricos viajavam de trem, de automóvel ou de navio. Iam longe levando a doença. Atualmente os ricos viajam de avião. O espalhamento da doença é mais rápido ainda. Contudo,

Ações do dia 1° de Junho Ação

Horário Local

Hasteamento da bandeira (live Instagram) Banda do Batalhão (live Instagram) Mensagem Prefeito e vice (áudio e vídeo) Inauguração da reforma do CRAS Inauguração do CEMEI Dona Íris

9h 9h 10 h 11 h 15 h

Praça da Matriz Praça Rádios/redes sociais Bairro São Vicente Bairro Bela Vista

apesar de os ricos serem os vetores do espalhamento mundial, os pobres são as maiores vítimas. Eles pagam o preço mais alto em dias sem trabalho, em sofrimento familiar, em mortes.

A vida não para

A covid-19 está aí. Não temos motivo para acreditar que nos deixará em breve. Ao contrário. A demora na vacinação, as novas mutações do vírus e o comportamento coletivo e individual favorável à transmissão apontam para um caminho longo até a extinção da doença. Pensar em alívio até o final de 2021 é muito otimismo. Por cautela devemos trabalhar com a ideia de que só teremos trégua para valer no final de 2022. Ou até além. Apesar disto, a vida não para. Os aniversários são datas que precisam ser comemoradas. Em especial, devemos comemorar o aniversário da nossa cidade. Nossa Bom Despacho que faz 109 anos. Mas estas comemorações não podem ser como aquelas com

Jornal de Pará de Minas, em 1918, trazia recomendações para tratar quem pegasse a Gripe Espanhola as quais nos acostumamos. Temos que ter cuidado redobrado e temos que respeitar as regras do distanciamento social, do uso de máscaras, da higiene cuidadosa. Por isto, não haverá desfile de estudantes, não haverá desfile das Forças Armadas, não haverá desfile da Polícia Militar. Especialmente, não teremos o povo que abrilhanta as comemorações postandose nos passeios de um lado e de outro da Rua Dr. Miguel. Desta vez será preciso ficar em casa. Mesmo assim, a data não passará em branco. A prefeitura preparou uma programação especial que

poderá ser acompanhada pelas redes sociais, pelos blogs, pelas rádios de Bom Despacho. Veja embaixo a programação, que contará com a colaboração da Banda do Sétimo Batalhão: Bom Despacho não soma os milênios que moldaram Roma e Atenas e lhes deram glória e fama perene, mas nos seus 109 anos tem a vetustez que demanda nosso respeito e nossa admiração. Ela é a nossa cidade. Vamos comemorar com alegria o seu aniversário e fazer a nossa parte para que em pouco tempo a covid-19 seja apenas uma memória que se dissolve no tempo.


DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

7

Atrás de bandidos, Polícia encontra e socorre família em situação de miséria Na noite de quinta (13/5), a Polícia Militar foi informada de que três suspeitos de crimes em Bom Despacho estariam escondidos numa chácara na zona rural de Moema. Diante da informação, três viaturas da PM foram até o local, cercaram a casa e

anunciaram a presença da Polícia. A casa estava às escuras e fechada. Os militares chamaram, bateram na janela e chegaram até a ligar as sirenes das viaturas. Depois de algum tempo uma mulher abriu a janela. Ela

chorava e estava visivelmente apavorada. Os militares conversaram e explicaram o motivo da sua presença no local. A mulher então abriu a porta e deixou os policiais entrarem na casa. Lá dentro os militares se depararam com um cenário de

pobreza absoluta. A mulher, com um bebê de 4 meses e uma menininha de 3 anos, contou que a família havia chegado há pouco tempo da Bahia em busca de trabalho. Disse que o marido conseguiu um emprego no lavador do Posto SBT, antigo Posto Natal, na BR 262, entre Moema e Luz, e que ela estava sozinha com as crianças naquele momento. “Nos deparamos com uma situação de pobreza extrema na residência. As crianças estavam comendo farinha com água”, explicou ao iBOM um dos militares envolvidos na ocorrência. “Ficamos todos sentidos demais, muito sensibilizados de ver a situação da criancinha, um bebê de apenas quatro meses, e da menininha. Na casa havia apenas uma geladeira velha, um fogão e apenas uma cama para as quatro pessoas. Nada mais”. Sensibilizados pelo que viram, os policiais decidiram comprar uma cesta básica e conseguir mais ajuda para a família. Na sexta-feira (14/5) eles juntaram 500 reais em doações e compraram mais de 100kg de alimentos, caixas de leite, achocolatado, bolachas, sabonete e outros itens. Conseguiram também brinquedos, roupas, cobertores e até um televisor usado de 14 polegadas. “A família precisava de tudo. São pessoas muito pobres, que vieram da Bahia praticamente com a roupa do corpo, não possuem nada, nada”, disse ao iBOM um dos oficiais que participou da ação. Na sexta-feira mesmo os militares voltaram à chácara para entregar as doações à família. Mas quando chegaram a casa estava vazia. Foram então à procura do marido, no Posto SBT, na BR 262. Lá encontraram a mulher deitada num sofá ao relento, com as duas crianças. A mulher explicou que a família havia deixado a chácara e estava mudando para a comunidade de Caiçara, que fica perto do posto. Os próprios policiais tinham alertado a mulher que a chácara ficava num local ermo e muito longe. Não era seguro ela permanecer sozinha no local enquanto o marido trabalhava no posto.

Militares entregam as doações para a família

Mais ajuda Um oficial que atuou na arrecadação das doações disse ao iBOM que os militares continuarão ajudando a família. Eles já conseguiram

uma cama para a menina de 3 anos e estão procurando um colchão para ela. “Vamos fazer um esforço para equipar a casa deles e dar mais segurança e dignidade à família”, afirmou.

Bandidos estiveram na chácara um dia antes A PM confirmou que os três suspeitos procurados por eles de fato estiveram na chácara. A mulher disse aos militares que um dia antes apareceram 3 homens pedindo água. O marido, que estava em casa, forneceu água aos três. Ele percebeu que o trio ficou

observando a propriedade. Depois perguntaram ao casal se um homem cheio de tatuagem no corpo morava por ali. O marido respondeu que não conhecia ninguém porque tinham chegado da Bahia há pouco tempo. Diante disso, os três homens foram embora.


8

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

DESTAQUE

Vultos notáveis de nossa terra (de 1776 a 1916) Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL

Em 2021, completamos o 245º (ducentésimo quadragésimo quinto aniversário de Bom Despacho), levando em conta a ocupação de seu território pela civilização portuguesa, católica, branca. Antes território de índios e ou escravos negros. Dentro desse período, a Bibliografia de Bom Despacho registra muitas outras personalidades de vulto do município, de 1716 até os dias de hoje, que pretendo abordar proximamente. Os combatentes Por volta de 1776, 245 anos atrás, era preciso tornar possível a colonização e a povoação do território do futuro município de BomDespacho, conhecido por meio de três divisões: “Vertentes” ou “Paragens do Rio Lambari”, “Vertentes” ou “Paragens do Rio Picão”, “Vertentes” ou “Paragens do Rio São Francisco”. Foi necessário então combater a resistência dos quilombolas à entrada da civilização branca. Aqui vieram capitães de mato e milícias de Pitangui para expulsá-los e abrirem espaços para o povoamento e a criação de fazendas e produções agropecuárias para o homem dito civilizado. No que tiveram pleno êxito. Líderes militares dessa epopeia Capitão João Gonçalves Paredes, o capitão-do-mato Francisco Ferreira Fontes, eles vinham com tropas de militares ou tropas de aluguel pagas, com armas de fogo, contra os negros que usavam flechas ou lanças de pau para enfrentálos. Junto com os pelotões de guerra, vinha um capelão. Em nosso território foi designado o capelão Padre Agostinho Pereira de Melo, que construiu uma capela na atual Cruz do Monte e a dedicou a Nossa Senhora do Bom Despacho, de quem ele era devoto. Padre Agostinho foi o nosso Frei Henrique de Coimbra. Ele celebrou aqui a primeira missa nesses solos selvagens e a ele cabe o reconhecimento de ser o autor do nome da hoje cidade de Bom Despacho. A coroa portuguesa concedeu-lhe sesmaria, um latifúndio entre o Rio São Francisco e o Rio Picão: tomava rumo norte após o ribeiro da Extrema, até as atuais divisas entre Bom Despacho e Martinho Campos. Alferes Luís Ribeiro da Silva, que também recebeu sesmaria, num território que ia da Garça até o Bom Retiro e ocupava toda a região urbana onde está construída nossa cidade. Personagens lendários Padre Nicolau, quando aqui chegou em 1880, registrou como verdadeiro, nos tombos da paróquia, o que disseram os moradores mais antigos sobre o nascimento de Bom Despacho. Segundo os citados moradores, três portugueses, que haviam sido expulsos de sua pátria, escreveram uma carta ao rei de Portugal, pedindo perdão e licença para retornarem com a promessa de que, se

Livro "Raízes de Bom Despacho" traz informações valiosas sobre a história da cidade fossem atendidos, ergueriam uma capela no local da atual Praça da Matriz em homenagem a Nossa Senhora pelo bom despacho concedido à sua missiva. Isso aconteceu e os três lendários personagens puderam voltar à terra lusitana. O historiador Orlando Ferreira de Freitas, autor do livro Raízes de Bom Despacho, desfez esse engano histórico e registrou a verdade: que a cidade teve seu berço na atual Cruz do Monte onde se levantou a capela rústica de capim, dedicada a Nossa Senhora do Bom Despacho pelo padre Agostinho Pereira de Melo, junto aos ranchos das tropas de combatentes e as estrebarias para os seus cavalos. Os três lendários portugueses, afinal, tornaram se reais segundo estudos de Orlando Ferreira de Freitas. Eles aqui viveram, como agropecuaristas, com suas famílias e escravos, dando impulso ao desenvolvimento do povoado. Domingos Luís de Oliveira, o primeiro dos lendários personagens, estabeleceu-se em território próximo às fazendas Paineiras e Palmeiras. O segundo, Manuel Ribeiro da Silva, estabeleceu-se nas Cabeceiras do Picão. O terceiro, dito Padre Vilaça, por um centenário

erro da história, na verdade nunca foi padre, e sim o cidadão Francisco Martins da Silva Vilaça, que passou a residir na fazenda Ribeirão dos Santos, que, após sua morte, passou a chamar-se fazenda do Vilaça e finalmente povoado do Vilaça. Mulheres em destaque Das mulheres que devem ser reconhecidas como destaques e vultos de nossa história cito por hoje: Júlia, a Francesa, era filha natural do Padre Belchior, confessor do príncipe e depois Imperador, Pedro I. Júlia veio morar, menina ainda, com os amigos de Padre Belchior na Fazenda da Piraquara, onde casou-se com um de seus herdeiros, Antônio da Silva Cardoso. A importância histórica aumenta por ela ser filha do confessor do Imperador do Brasil, era também sobrinha de José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência. Hoje, os seus trinetos e tetranetos estão representados em várias famílias locais: Cardoso, Gontijo, Assunção, Araújo, Ferreira Guimarães, Rodrigues Braga, Dias Maciel, Lacerda, Nunes Carneiro, Oliveira, Lopes Cançado, Tavares Gontijo, Teixeira e outros.

Júlia faleceu em 26/01/1916, aos 91 anos e foi sepultada em Bom Despacho. E teve três filhos: Belchior de Oliveira da Silva, Alexandre de Oliveira da Silva Cardoso, Antônio de Oliveira da Silva Cardoso. Padre Belchior faleceu em 1856, dono de fortuna incalculável, que sacudiu a economia do povoado de Bom Despacho, 2/3 dessa herança, terras, ouro, dinheiro, cavalos, bois, etc, ele a deixou para sua “legítima filha”, Júlia Angélica de Oliveira, em Bom Despacho. Belchiorina: bisneta de Júlia Uma figura muito conhecida em Bom Despacho foi Narcisa Belchiorina de Oliveira, nascida em 1891, bisneta de Júlia. Ela casou-se com Pacífico Antônio de Araújo Primo (filho de Antônio Brás de Araújo e Dona Jesuína Maria Rufina). Narcisa deixou filhos, trinetos do Padre Belchior: Belchiorina, Luísa Belchiorina, Júlia Arminda, Francisco e Geraldo. Está incluído— nesse ramo da família João Batista (e irmandade), o Zinho do Banco do Brasil. (Bibliografia: Livro do Tombo da Paróquia do Padre Nicolau Angelo del Duca. “História de Bom Despacho – origens e formação” -de Dr. Laércio Rodrigues. “Raízes de Bom Despacho” – de Orlando Ferreira de Freitas.).


DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

9

Bombeiros resgatam jiboia presa em panela Os Bombeiros foram chamados na tarde de quintafeira (27/5) para capturar uma jiboia de aproximadamente 1 metro de comprimento dentro de um galinheiro no bairro de Fátima, em Bom Despacho.

Ao chegar no local, os Bombeiros constataram que a jiboia tinha uma panela presa ao corpo. Segundo o iBOM apurou, a cobra enfiou por dentro da alça da panela mas não conseguiu sair porque

havia comido algum pequeno animal que fazia volume dentro do seu corpo. Os Bombeiros informaram ao site que ela provavelmente havia engolido um roedor. Cobras não rastejam para

trás. Como não podia seguir em frente porque o volume no seu estômago era maior que a alça, a jiboia ficou presa. Com cuidado para não feri-la, os Bombeiros removeram a panela.

A cobra não atacou ninguém e também não se machucou. Ela foi solta longe da cidade, numa área de reserva ambiental. Queimadas - Jiboias não possuem veneno. Elas

capturam e matam suas presas por asfixia, entre elas ratos e ratazanas. Segundo os Bombeiros, em época de queimadas é comum elas aparecerem na área urbana fugindo das chamas.

Assista ao vídeo de resgate da jibóia apontando a câmera do seu celular para o QR Code ao lado


10

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

DESTAQUE

A obra da emancipação política de BD LÚCIO

EMÍLIO Lúcio Emílio do Espírito Santo é coronel reformado da PMMG, escritor e membro da Academia de Letras João Guimarães Rosa, da PMMG.

A emancipação política, desde os mais remotos tempos imperiais, já era um anseio comum da população bomdespachense. Nisso se empenhavam as forças políticas da então freguesia. A ideia era abraçada com entusiasmo principalmente pelo Partido Conservador, integrado por líderes atuantes e prestantes como Faustino Antônio de Assunção, José d’Avó Gontijo, Flávio Rodrigues Lopes Cançado, Manoel Fidelis Teixeira, Francisco de Paula Gontijo, dentre muitos outros, que figuraram no cenário inicial da nossa caminhada como cidade independente. Merecem destaque também os esforços do deputado conservador, Gustavo Capanema, que, na sessão de 08/07/1872, apresentou projeto para elevar à categoria de vila a freguesia de Bom Despacho.1Esta pretensão foi morta no nascedouro pelo opositor do projeto, deputado B. Pinto, que exclamou com ironia: Mais vilas? Sem apoio e já no fim da legislatura, o projeto do combativo Capanema não passou da primeira leitura. O porta-voz do Partido Conservador em Minas era o jornal intitulado A Província de Minas ,2 editado em Ouro Preto, dirigido por duas

Imagem de Bom Despacho nos primórdios do século passado eminentes figuras da vida cultural e da política mineira, Francisco Luiz da Veiga e José Pedro Xavier da Veiga. Este último foi o primeiro historiador do jornalismo mineiro e autor de Efemérides Mineiras. Na edição de 14 de outubro de 1886, esse periódico faz severa crítica à Assembleia Provincial mineira, em um “Comunicado”, intitulado Notícias da Freguesia de Bom Despacho . Resumindo a história da então freguesia que queria virar cidade, reporta esse artigo que, depois da passagem por aqui do desbravador Manoel Picão

Camacho, genro do governador de Pitangui, Antônio José Velho, o velho da taipa, que detinha “poder de vida e morte” sobre os seus governados, para cá vieram os portugueses Domingos Luiz de Oliveira, Manoel Ribeiro da Silva e o Padre Vilaça. As fazendas de Domingos e de Manoel tinham como divisa “um lugar, verdadeiramente pitoresco, pela imensidade e beleza de seu horizonte, cujo lugar consistia em três colinas, unidas ao que podermos chamar trinácria,3 aí haviam eles fincado suas marcas de divisa, as quais até pouco

Faça contato Whatsapp 99922-2361 jornal@joneg.com.br facebook.com/jornaldenegocios

foram visíveis”. Era nesse lugar que os dois amigos se encontravam para conversar e para as caçadas nas densas matas ali existentes, povoadas de aves e animais silvestres. Foi no alto dessas três colinas que fundaram a matriz, a capela da Cruz do Monte e o cemitério. Cita o testemunho de Custódio Lapa, morador do lugar, que atingiu idade muito avançada e narrava esses fatos. Segundo a testemunha, esta localidade serviu de base para o estabelecimento da aldeia, denominada Nossa Senhora do Bom Despacho do Picão.

Consta também que, em 1812, um dos moradores, Manoel Tavares suplicou ao regente, príncipe D. João,a revalidação e fundação de uma nova capela. Tal pedido só foi atendido em1818. “É para supor-se”, diz o artigo, “que esse longo intervalo de quase seis anos, decorrido entre as duas provisões, fosse motivado pela demolição da tosca capela e reedificação de uma nova igreja, que foi feita de pedra e muito sólida, no mesmo lugar da antiga.” O articulista afirma que Bom Despacho vinha se agigantando, opulento, de tal

forma que sua capela, até então filial de Pitangui, mereceu ser transformada em freguesia, em 1834. “Este lugar, sem nunca ter podido contar com nenhum auxílio governativo, mas unicamente apoiado nas forças de seus próprios músculos foi sempre de progresso em progresso.” Mais adiante: “Ajudado pela sua florescente lavoura, indústria e comércio, acha-se hoje ombreando com as principais freguesias da Província.” Bom Despacho já tinha três escolas públicas, uma delas para meninas, e outras particulares, um teatro, duas linhas de correio e filhos ilustres como Olegário Dias Maciel, engenheiro e deputado, e o médico, Dr. Luiz Gonzaga d’Assumpção. E conclui: Já vinte e cinco anos há que esta paroquia pretende a categoria de vila e a Assembleia Provincial mineira está lhe regateando essa prerrogativa. Os homens que vinham lutando desde o Império jamais abandonaram seus ideais. A morte colheu muitos deles, mas seus filhos e netos, continuaram nas trincheiras e, finalmente, no alvorecer da República, viram concretizada a obra da emancipação política, que inaugurou um novo tempo de liberdade e progresso para Bom Despacho. 1 Disponível em https:// dspace.almg.gov.br/handle/11037/3152. 37ª Sessão, 08/07/1872, p. 358-360. 2 Não constam as fontes nem a autoria. Disponível em http://memoria.bn.br/ DocReader 3 Trinácria, referência aos três montes que formam a Sicília.


DESTAQUE

Em entrevista à Folha de S. Paulo, pesquisador bom-despachense fala do futuro da agricultura

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

Parabéns, Bom Despacho e bom-despachenses!

Foto: Embrapa

ALEXANDRE

MAGALHÃES MAURÍCIO LOPES É PESQUISADOR DA EMBRAPA O bom-despachense Mauricio Antônio Lopes, 60, foi um dos participantes do 5º Fórum Agronegócio Sustentável, promovido dia 20/5 pela Folha de S. Paulo – maior jornal do país. O evento reúne especialistas do agronegócio para “debater a importância da produção agrícola aliada à conservação ambiental”, destaca o jornal. No dia 24/5 Maurício Lopes foi entrevistado pela Folha de S. Paulo. Nela, o pesquisador fala das mudanças na agricultura para o futuro e das oportunidades de negócio no setor. Segundo ele, “sustentabilidade terá tanto valor quanto rendimento econômico”. Ao apresentar a entrevista, o repórter Bruno Blecher refere-se a Maurício como “mineiro de Bom Despacho”,

afirma que ele “ajudou a criar o milho tropical, variedade adaptada às condições de clima e solo do cerrado” e conta que Maurício Lopes “hoje se dedica à pesquisa de modelos para a agricultura do futuro que (...) será muito diferente da atual”. Trajetória Maurício Antônio Lopes é formado em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa/MG, tem mestrado em Genética pela Purdue University (EUA), doutorado em Genética Molecular pela University of Arizona (EUA) e pós-doutorado pelo Departamento de Agricultura da FAO-ONU (Roma-Itália). É pesquisador da Embrapa desde 1989 e membro do Conselho Consultivo de Pesquisa Agropecuária Internacional. Presidiu a Embrapa de 2012 a 2018.

Leia a entrevista apontando a câmera do seu celular para o QR Code abaixo

11

Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD

No dia primeiro de junho a cidade de Bom Despacho completa mais um aniversário, o centésimo nono de sua história. Conheço e frequento Bom Despacho há 3,7% de seu tempo de vida, ou há quase quatro anos. No início de minha relação com a cidade, não posso negar, tudo era muito estranho. No mínimo, muito diferente de minha cidade natal, São Paulo. Com o tempo, algumas coisas viram normais para mim, outras ainda me causam algum estranhamento e poucos comportamentos eu não consigo me adaptar. Gostaria de dividir com o raro leitor e a rara leitora esses três grupos. 1 – Coisas que tornaram- se normais para mim O trânsito passou a ser uma parte de meu dia que já não presto tanta atenção. No início, eu ficava abismado com o respeito total dos motoristas aos pedestres nas faixas de segurança e a gentileza dos motoristas com os outros condutores que estavam nas rotatórias da cidade. Aliás, este tema foi o que primeiro abordei em meu artigo inicial para este jornal. Acostumado com a selvageria dos paulistanos no trânsito, foi um choque de bons modos que vi em Bom Despacho. Hoje, ando muito a pé ou dirigindo pela cidade e me acostumei com a maneira educada do povo bomdespachense. Também não me incomoda mais tanto a falta de calçadas (passeio, como se diz por estas plagas) em boa parte da cidade. Acostumei-me a andar pelo meio da rua e nem fico mais horrorizado com tamanho descaso do poder público e dos donos das casas que não cuidam de seus passeios ou deixam o mato tomar conta deles. Acostumei-me com a quantidade de cachorros vivendo na rua. No começo, me cortava o coração ver tantos animais abandonados. Hoje, o máximo que faço é guardar restos de comida que sobram quando vou a algum restaurante na cidade e procurar um cão na

rua para dar estas sobras. Hoje, minha namorada bomdespachense comeu um feijão tropeiro em um restaurante e, tentando não consumir carne, separou todos os pedaços de bacon e carnes. Ao final, procuramos um animal perto da estação rodoviária e deixamos um faminto bicho feliz com uma mão cheia de guloseimas. Frases que antes me causavam riso e que são comuns em Bom Despacho, hoje passam desapercebidas. Entre elas: “depois cê volta mais”, “tá bom demais da conta”, “nuuuu”, “ói pru cê vê”, “o ons invem” ou “trem” usado para todos os objetos imagináveis ou inimagináveis. Tudo virou lugar comum e não me espantam mais. 2 – Coisas que ainda me causam algum estranhamento Usar a buzina do carro para cumprimentar todos os conhecidos na rua, estando eles a pé ou de carro, já não me causa tanto estranhamento. No começo de minhas vindas para Bom Despacho, achava essa atitude irritante e grosseira, mas estou me acostumando a isso. Não buzino para ninguém, mas já não reclamo tanto quando minha namorada bom-despachense buzina para um conhecido, para seus pais ou para uma amiga. Acostumado que estou com as longas distâncias em São Paulo, sempre achei os caminhos entre a casa de minha namorada bom-despachense e todos os lugares que frequento bem curtos. Por isso, faço tudo ou quase tudo a pé. Caminho todos os dias 2,5 quilômetros para ir à academia, ando 2 quilómetros para jogar na loteria, caminho entre 1 e 4 quilômetros para ir ao mercado, enfim, faço tudo caminhando e acho bom, pois gosto de andar e acho que tudo é rápido a pé. No começo estranhava que vizinhos de minha namorada esperassem por uma lotação, às vezes por longos períodos, para ir até a Praça da Matriz. “Por que não andam até lá?”, pensava Hoje, esse hábito de ter de ir de ônibus para os lugares ainda me incomoda, mas pouco. Ainda não usei o transporte coletivo na cidade, mas estou me acostumando tão rápido à ideia, que logologo até tentarei uma experiência. Ter de pegar uma rodovia todos os dias ou quase, pois o sítio de meus sogros fica nos

Cristais, me incomodava muito. Em São Paulo, usa-se uma estrada somente para viajar, sair de férias ou em alguma ocasião especial. Em Bom Despacho, pelo tamanho da cidade, dirigir em uma rodovia como a BR-262, MG-164 ou BR-040 é muito comum. Atualmente, por causa da pandemia da covid-19 e para não ter de correr na Avenida Doutor Roberto Queiroz, que sempre tem muita gente, dirijo todos os dias até uma mata fechada na região dos Cristais, ou seja, ando por uns 16 quilómetros, ida e volta, na rodovia. É verdade que, algumas vezes, faço o trajeto inteiro ou parte dele correndo, mas na maioria das vezes, dirijo até lá. E isso já não me incomoda tanto. 3 - Coisas com que não consigo me acostumar (por enquanto) Quase todos os dias, caminhando pela cidade, muitas das vezes em companhia de minha namorada bom-despachense, acabamos cruzando com pessoas nas ruas. Acontece algumas vezes de minha namorada comentar algo sobre a pessoa, a roupa ou algum caso sobre a pessoa com a qual acabamos de passar perto. Quando ela faz o comentário, pergunto sobre quem está falando. A resposta, quase sempre, é “sobre essa pessoa que acabou de passar por nós” e minha resposta é, quase sempre, “não reparei que passamos por uma pessoa”. Não é por distração, mas porque em São Paulo somos treinados desde crianças a não olhar para as pessoas, que isso é feio etc. Então, como bom paulistano que sou, jamais olho para alguém na rua. Não consigo mudar isso, pois é algo que está muito enraizado em minha maneira de agir. Sei que muitos pensam que sou mal educado, pois não cumprimento as pessoas nas ruas, mas é apenas por força do hábito. A mesma coisa acontece com os carros. Minha namorada olha para todos os motoristas que passam por nós, estando ela de carro, a pé ou de bicicleta. Eu, pelo mesmo motivo que não olho para uma pessoa, não olho para quem está dirigindo o carro. Em São Paulo, consideramos muito feio e agressivo ficar olhando fixamente para um motorista. Se você encarar um motorista em São Paulo, poderá escutar algo como “tá olhando o quê?” ou “está procurando homem?” ou

alguma outra grosseria. Entendo que em Bom Despacho a norma é outra e as pessoas acham natural que você as encare enquanto dirigem, até para cumprimentá-las, caso as conheça. Mas, não consigo agir assim. Muitas pessoas buzinam para mim na rua, para cumprimentar, e eu nunca respondo, pois olhar quando buzinam não faz muito sentido para um paulistano, pois há muito som de buzina na cidade e é quase impossível que seja um amigo te cumprimentando, dado que são vinte milhões de habitantes e ninguém conhece ninguém em uma cidade tão grande. O cheiro de Bom Despacho, o cheiro que coisa queimando, me incomoda profundamente. Vejo as pessoas ateando fogo a seus lixos domiciliares, no capim na beira da estrada, em plantações recém-colhidas, enfim, há fogueira para todos os lados e o cheiro me dá profunda tristeza. Como corro, ando e pedalo muito pela cidade, o cheiro da fumaça parece que me persegue. Uma pena! Ainda não me acostumei com a resposta “viu” para a pergunta “viu?”. Sempre me soa bem estranho alguém dizer “viu” para si mesma. Mas, como escrevi recentemente sobre isso, não me alongarei neste momento. Por fim, mas não menos importante, não consigo me acostumar com a beleza das paisagens bom-despachenses, suas estradas de terra, a natureza que cerca a cidade, os macacos que vejo e escuto em minhas corridas diárias na mata fechada, os pássaros, as cobras que ocasionalmente passam pelo caminho, os quatis, tamanduás, as borboletas de todas as cores, os veados que apareceram duas vezes enquanto corríamos, o céu estrelado que vejo com frequência e que nunca vi em minha cidade natal. Com alguma frequência eu e minha namorada bom-despachense nos deitamos no quintal de sua casa, só para ver as estrelas, enquanto tomamos um vinho. É sempre um prazer diferente. Espero nunca me acostumar a essas belezas, pois o estranhamento me faz olhar para cada detalhe sempre como se fosse a primeira vez. Parabéns, Bom Despacho e povo bom-despachense! E obrigado por me aguentarem nestes quase quatro anos.


12

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

DESTAQUE

Acidente deixou 3 mortos na BR 262 Um acidente na BR 262 na tarde de segunda (17/5) terminou com saldo trágico: três mortos e cinco pessoas

feridas. A ocorrência envolveu dois caminhões e quatro veículos – entre eles uma ambulância – no km 640 da

rodovia, perto de Ibiá, causando a morte de três pessoas e deixando cinco feridos. O atendimento e

resgate das vítimas mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal, do SAMU e da concessionária Triunfo-Concebra. O acidente fechou o trânsito nos dois sentidos da rodovia das 14h20 até as 18h30m. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente foi causado por uma carreta que trafegava no sentido Araxá/Belo Horizonte. Num trecho de reta, a carreta invadiu a contramão e bateu num Santana que vinha em sentido contrário. Com o impacto o Santana rodou e atravessou na pista. Outro caminhão que vinha atrás da carreta desviou para não bater

no Santana, mas uma Saveiro que veio depois dele não conseguiu parar e atingiu violentamente sua a lateral direita. A carreta, depois de bater no Santana, continuou em frente, atingiu um Ford Ka e o arrastou até ambos despencarem de uma ponte. Antes de cair, a traseira da carreta ainda atingiu também uma ambulância Peugeot que seguia atrás do Ford Ka. Com o impacto, a ambulância rodou e bateu no caminhão que vinha atrás da carreta. Por sorte, esse caminhão já estava em baixa velocidade. Morreram no local as duas ocupantes do Fork Ka arrastado pela carreta e o

passageiro que estava na frente do VW Santana atingido pela Saveiro. Os corpos dos três foram encaminhados ao IML de Araxá. Os outros três ocupantes do Santana, o motorista da Saveiro e o motorista da ambulância foram levados para o Pronto Atendimento de Araxá. Os motoristas dos dois caminhões saíram ilesos. A PRF fez teste de bafômetro nos motoristas da carreta, do caminhão e da ambulância, mas o iBOM não teve acesso aos resultados. Os motoristas do Santana e da Saveiro não fizeram o teste porque tinham sido levados para atendimento médico.


DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

13

Informativo Parlamentar Vereador Pastor Alex Igreja Evangélicas doaram mais 1 tonelada de alimentos para famílias carentes de BD

Um grupo de Igrejas evangélicas entregou mais de 1 tonelada de alimentos a famílias carentes da cidade. Foram 65 cestas entregues no final de semana do dia 23/5, num total de 1.200 kg de alimentos. Pastor Alex, viabilizador do projeto, explicou que os alimentos foram destinados ao CRAS - “que tem o cadastro das famílias em situação de vulnerabilidade” - para que os alimentos cheguem a quem mais precisa.

Igrejas que doaram alimentos para esta ação Igreja do Evangelho Quadrangular/Santa Marta - Pastora Dilcymeire; Igreja do Evangelho Quadrangular/Rosário - Pastor Carlos; Igreja Casa da Benção - Pastor Marcelo; Igreja Sara Nossa Terra - Pastor Agnaldo; Igreja INBD CHURCH – Pastor João Luiz; Igreja do Evangelho Quadrangular/Fátima – Pastor Israel; Igreja do Evangelho Quadrangular/Sede - Pastor Alex; Igreja Rocha Internacional - Pastor Armando; Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Missão/Campo de Bom Despacho - Pastor Elvio ; Igreja Assembleia de Deus/ Jardim América - Pr Mateus; Igreja Manancial - Pastora Neide; Igreja Batista Vida Nova Pastor Vicente; Instituição Nova Geração – Pastora Gledes; Igreja Noiva de Cristo- Pastor Quirino; Igreja Batista Deus é Fiel - Pastor Warlei e Igreja Assembleia de Deus - Semente Kadosh - Pastor Zeldiomar Outras igrejas evangélicas, que comungam esse mesmo entendimento, já estavam envolvidas em ações sociais ou não puderam participar neste momento.

Igrejas e templos são serviços essenciais Desde que tomou posse, Pastor Alex se empenhou na valorização da fé das pessoas. Por isso, o 1° projeto de lei votado em sessão ordinária da Câmara foi o PL 02/2021, de sua autoria. Esse projeto tornava as igrejas serviço essencial. Aprovado no Legislativo, acabou vetado. Por isso, após muito empenho do Pastor Alex, com o apoio de outros vereadores, o tema voltou à discussão e foi objeto do PL 46/2021, aprovado em Plenário e transformado na Lei 2.799/2021, sancionada pelo prefeito Doutor Bertolino. Com isso, igrejas, templos religiosos de qualquer culto e comunidades missionárias foram declaradas “atividades essenciais em estado de emergência e/ou estado de calamidade pública no município de Bom Despacho”. “Uma conquista para toda a comunidade religiosa”, afirmou o vereador.

O Pastor Alex apresentou indicação ao Executivo propondo a criação do Auxílio Emergencial Municipal. De acordo com a proposta do vereador, uma das fontes de recursos para pagamento do auxílio seriam os recursos economizados pela Câmara Municipal que estão sendo devolvidos para a Prefeitura. O objetivo é auxiliar a população que encontra-se mais vulnerável nesse momento. “No que depender de mim, e dos colegas vereadores que compactuam com essa ideia, iremos redobrar os esforços para economizar onde for possível, sem prejudicar a qualidade do serviço”.

Suspeita de cartel O Pastor Alex apresentou denúncia ao Procon de Bom Despacho pedindo providências para suposta existência de cartel entre postos de combustível no município.

o problema do lixão. “Com a aprovação do Projeto de Lei 51/2021, esperamos de uma vez por todas dar a destinação adequada ao nosso lixo e solucionar os transtornos causados no nosso aterro”, afirmou.

mobilidade da comunidade”. Para o vereador, “através de análises detalhadas da situação poderemos definir os melhores caminhos para que seja possível sanar as deficiências do transporte publico em Bom Despacho”.

Municipalização das escolas estaduais

Denúncia de fura fila na vacinação

O Pastor Alex participou ativamente da audiência pública para debater a municipalização das escolas estaduais. A audiência reuniu especialistas, autoridades, representantes das escolas e da comunidade. O objetivo é discutir e avaliar a proposta, seu impacto na educação das crianças e jovens.

Cumprindo sua obrigação de fiscalizar, o Pastor Alex foi um dos vereadores que procurou o Ministério Público para pedir providências contra denúncias de supostos “fura-fila” na vacinação contra Covid-19 em Bom Despacho. “Vamos acompanhar e apresentar à população o resultado de nossa cobrança”, afirmou.

R$ 250 mil para a Santa Casa através dos deputados Leandro Genaro e Stefano Aguiar

Vereador pediu à Copasa para rever a tarifa de esgoto O Pastor Alex mostrou à Gerência Regional da Copasa a insatisfação da população bom-despachense com os serviços da concessionária na cidade. Além disso, cobrou da companhia a revisão da cobrança da taxa de 100% da conta de água pelo serviço de tratamento de esgoto.

Proteção das Solução para Auditoria na Lixão Circullare crianças contra oO vereador Pastor Alex votou Pastor Alex solicitou auditoria favoravelmente ao Projeto de completa nas contas Circullare. a exploração Lei 51/2021, que propõe a “A população está sofrendo do município a um com a inoperância da empresa, sexual infantil adesão consórcio público para resolver refletindo diretamente na Pastor Alex foi o autor do Projeto de Lei instituindo o Maio Laranja em BD. O objetivo é conscientizar, prevenir e incentivar denúncias de casos de violência sexual contra crianças e adolescentes na cidade. “Sabemos que a violência contra crianças e adolescentes é um problema silencioso em nosso país, tendo em vista que na grande maioria ocorrem dentro de casa”, destacou o Pastor Alex. A preocupação aumenta porque, na pandemia, crianças e adolescentes ficam isolados no ambiente familiar e os dados apontam que o agressor, na maioria das vezes, pode pertencer ao círculo familiar da vítima.

Pastor Alex quer criação do Auxílio Emergencial Municipal em BD

Empregos sem poluição do ar Atendendo a pedidos de moradores, o vereador Pastor Alex foi conferir in loco as reclamações de poluição que estaria sendo causada pela siderúrgica Siderbom, localizada no bairro Ana Rosa. A preocupação do vereador é dialogar em busca de soluções para resolver o problema da poluição e assegurar o funcionamento da empresa, que gera emprego e renda para o município. “Atualmente a siderúrgica gera mais de 100 empregos diretos e quase 400 indiretos, vamos trabalhar para encontrar o equilíbrio adequado entre o progresso e seus impactos na comunidade”

Você Sabia?

Em cinco meses de atuação parlamentar, o vereador Pastor Alex já apresentou 64 requerimentos e indicações sobre assuntos diversos de interesse da comunidade.

Unidos para salvar vidas Liderados pelo vereador Pastor Alex, um grupo de empresários mobilizou-se para comprar 10 Capacetes Elmo para a Santa Casa de Bom Despacho. Esse equipamento é um capacete de respiração assistida, não invasivo, que evita a intubação do paciente com grau moderado de Covid19. Criado em abril de 2020 o Capacete Elmo surgiu como um novo passo para o

tratamento de pacientes com insuficiência respiratória aguda por Covid-19. A doação de 10 unidades para a Santa Casa amplia a capacidade de atendimento da nossa população. As empresas responsáveis pela aquisição foram Empreser, Clemente Retifica, Vap Supermercados, Cooperbom, Autopeças Primavera, Autopeças Bom Despacho, Cofermapa e Inproveter.

Ao governador, Pastor Alex pede mais investimentos na Polícia Militar em BD Em ofício entregue ao governador Romeu Zema, o vereador Pastor Alex pediu mais atenção do Estado para Bom Despacho. Entre os pedidos feitos estão a construção de postos fixos da Polícia Militar no Engenho do Ribeiro e na região da Cidade Nova, “que contempla mais de 10 bairros e população superior a 6 mil habitantes”, afirmou o vereador. No ofício entregue ao Governador, o vereador destacou a importância da Polícia Militar reativar a formação de cadetes em Bom Despacho e cobrou a reinstalação de um comando regional na cidade.


14

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

DESTAQUE

Dos porquês de não crescer PAULO

HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação

“Bom Despacho é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, localizado na Região Geográfica Intermediária de Divinópolis, na região do Alto São Francisco, a 768 metros de altitude.” Extraído de https:// pt.wikipedia.org/wiki/ Bom_Despacho Junho é mês de aniversário de Bom Despacho. Emancipado em 1º de junho de 1912, o município completa 109 anos neste 2021. Na mesma data, Divinópolis completa os mesmos 109 anos. Municípios gêmeos do Centro-Oeste de Minas, seguiram essas duas cidades caminhos distintos nos seus pouco mais de 100 anos. Enquanto Bom Despacho tem cerca de 50 mil habitantes, Divinópolis tem 240 mil. “Mas ser maior não implica necessariamente ser melhor”, pensou você. Ok, concordo. Mas Divinópolis não é só maior que Bom Despacho. Tem mais oportunidades, mais serviços e mais qualidade de vida. Dados de 2018 mostram que, enquanto em BD o rendimento médio mensal do assalariado é de 1,8 salário mínimo e o PIB per capita de R$ 26.205,17, em Divinópolis são de 2,2 salários e R$27.388,18, respectivamente. Valores próximos, mas que mostram que em BD, além de ganharmos menos, temos mais concentração de renda. O assalariado de lá ganha 22% mais que o de cá, enquanto o faturamento por habitante de Divinópolis é só 5% maior. Concentração de renda também é fator de subdesenvolvimento, meus caros! E BD ocupou nesse ranking de salários a triste 246ª posição em Minas Gerais. Podemos, claro, enaltecer as qualidades, as oportunidades ou a sorte que Divinópolis teve em pontos críticos de sua história. Podemos dizer que estão numa posição geográfica melhor, que circula mais dinheiro por lá, que a indústria de confecção alavancou o município ou que conseguiram ter lideranças com projeção nacional que os apoiaram nos momentos cruciais. Talvez fossem eles então um caso

isolado, um município acima da média, e Bom Despacho alguns degraus abaixo não seria nada que preocupasse. Ok, então vamos tirar a prova com outra referência. Nova Serrana, fundada 43 anos depois que as duas gêmeas do centro-oeste mineiro, já tem mais de 100 mil habitantes, emprega muitos bomdespachenses e levou um bom número de empreendedores nossos também. “Mas lá tiveram a sorte da indústria calçadista”, vai dizer alguém. Desculpe se você pensa assim, mas o nosso caminho não deveria ser de nos vitimizar ou de terceirizar a responsabilidade pelo que não conquistamos ou fizemos. A minha opinião é de que os problemas e as soluções são nossos, bom-despachense. Por atos e omissões, construímos os 109 anos que temos. Mas o que nos terá levado a sermos parte da região de Divinópolis e não o contrário? E vale esclarecer que, com todo respeito que Divinópolis merece, ela nem é uma referência tão desafiadora, posto que, segundo os dados do IBGE, mal está entre os 100 melhores municípios de Minas Gerais. Então, melhor do que só chorarmos o leite derramado, o que você acha que podemos fazer para mudar essa situação? Porque, creio eu, todos esperávamos mais... Aposto que os primeiros responsáveis que vieram à sua mente foram os políticos. E eles têm sim boa parcela de responsabilidade. Nos últimos 50 anos, tivemos uma série de administrações municipais que ora foram modestas, ora foram danosas. Poucas conquistas, muitas oportunidades perdidas, muitas reclamações, e até algumas denúncias e escândalos que mancharam a história de Bom Despacho. Não tivemos nesse período todo alguém que seja lembrado como uma referência a ser copiada. Ainda que tenham destaque em uma ou outra área, ninguém é lembrado como a grande liderança que transformou Bom Despacho. Tampouco conseguimos eleger algum bom-despachense para um mandato nas esferas estadual ou federal, ainda que houvesse tentativas. Não tivemos, como nossas vizinhas do centro-oeste mineiro, um Domingos Sávio ou um Fábio Avelar para construir projetos e relações mais sólidas com

Mas, se seguirmos nosso passado, em breve veremos essas empresas fecharem ou migrarem para outros locais onde o ambiente de negócios seja mais dinâmico, mais articulado e mais estratégico.

autoridades, empresas e investidores do Brasil e do exterior. Tivemos sim Olegário Maciel, maior expoente político nascido em nossas terras. Deputado, senador e governador, ele apoiou, por exemplo, a instalação da estação ferroviária em 1921 e a implantação do 7° Batalhão em 1931. Mas isso ocorreu no início do século XX, pouco depois da emancipação do município. Hugo Gontijo também ocupou o cargo de senador por breve período no final da década de 80, mas sua atuação esteve mais ligada a Belo Horizonte. Chico Ferramenta também foi deputado, mas representando Ipatinga, cidade onde construiu sua história política.

Na prática, estamos há muito tempo sem uma representação política forte e isso faz sim muita falta. Especialmente num país com orçamento e políticas públicas tão concentradas como o Brasil. Por mais que haja deputados com ligações com Bom Despacho, alguns frequentemente presentes no município e até com laços familiares aqui, situações conflituosas já mostraram que as cidades natais têm, claro, prioridade na atuação deles. Mas a solução está só na política? Não. Nossas empresas poderiam se articular para fazer uma economia forte, para integrar e impulsionar uma cadeia produtiva ou um setor específico no município. Temos, por exemplo, enorme potencial no agronegócio, com grandes empresas na

produção de rações, grandes produtores de leite e alguns de laticínios, boas iniciativas na fruticultura e na genética animal, grandes áreas plantadas de eucalipto, milho e, mais recentemente, soja. Falta, entretanto, articulação para sermos a cidade do leite ou da alimentação animal ou da produção de madeira de reflorestamento. O cooperativismo pareceu ser o motor propulsor do nosso desenvolvimento há duas ou três décadas, mas, sejamos honestos, acomodou-se. Bom Despacho já foi a maior bacia leiteira de Minas Gerais, teve algumas chances de emplacar grandes laticínios no município, já foi um polo produtor de frango, competindo com Pará de Minas, e está vendo se estabelecer um polo de produção de ração animal.

FALE COM O JORNAL

Essa política e esse mercado fazem com que as perspectivas de desenvolvimento pessoal de quem aqui nasce sejam pequenas e, por conseguinte, levam muitas famílias a lutar para que seus filhos consigam estudo e trabalho fora. Seja em Nova Serrana, Divinópolis ou Belo Horizonte, a desilusão com a escassez de oportunidades promove uma emigração dos jovens, envelhece a população residente no município e mantém estagnados os indicadores, os resultados e a qualidade de vida em Bom Despacho. Há saídas, há oportunidades e há pessoas capacitadas para transformar Bom Despacho. Mas cada um está no seu canto, com a sua lida diária e suas lutas. Se cada um não se convencer de que ganhará com a melhoria do todo, nada mudará. Se cada um não se convencer de que vale a pena abrir mão de orgulho e vaidade em alguns momentos para compartilhar desafios, derrotas e conquistas, nada vai mudar. Se cada um não se dispuser a doar um tanto do melhor de si para construir uma Bom Despacho maior e melhor, continuaremos reclamando e vendo nossas vizinhas crescerem - inclusive com o apoio de nossos talentos. O que você pode fazer por Bom Despacho agora?


DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

15


16

Bom Despacho (MG), 31 Maio 2021

DESTAQUE


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.