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Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021
Ano XXXII - Nº 1.622 • Fundado em 12/05/1989
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Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR
CONFIRA NA ÚLTIMA PÁGINA 35 SUPER OFERTAS PARA SUA FAMÍLIA FERNANDO
CABRAL
IPTU: promessa e perigo
Amigos levados pela Covid
Página 6
Página 8
ALEXANDRE MAGALHÃES
BD, eu e Marília Mendonça
PAULO
HENRIQUE
Página 10
Eleições não são o que parecem Página 11
Município vai instalar tomógrafo digital na Santa Casa de BD (PAG. 5)
Saúde faz vacinação itinerante contra Covid
Colégio Tiradentes leva o 1° lugar em Olimpíada Brasileira de Matemática
Cadastro Escolar deve ser feito até 10 de dezembro
Alzineide finalmente encontra sua família em Bom Despacho PÁGINA 9
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Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021 FORD KA – Vendo, 2019, completo – 99138.7513
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EDITAL DE CONVOCAÇÃO Assembleia Geral Ordinária Eleição biênio 2022-2023 O Presidente da Diretoria Executiva, no uso das atribuições que lhe confere o Estatuto Social da Associação dos Servidores Municipal de Bom Despacho, CONVOCA os Srs. Associados ativos e inativos, em numero de 932, conforme relatórios do mês 10/2021, para reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária a realizar-se na sede administrativa da entidade, sita à Praça Olegário Maciel, 741, Centro, nesta cidade, no dia 28 de Dezembro de 2021 para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: Eleição da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal para o biênio 2022 / 2023, em conformidade com o previsto no artigo 21 do Estatuto Social da Entidade. 1 - Inscrições de chapas - horário, local, forma e prazo. Os interessados em candidatar-se poderão inscrever-se em dias úteis, no horário das 09:00 às 17:00 horas, na Sede da ASSEM, à Praça Olegário Maciel, 741, Centro, mediante apresentação de Oficio em duas vias devidamente preenchidas com os nomes de todos os integrantes da chapa, assinados pelos mesmos, dirigida ao Presidente da Diretoria Executiva, requerendo a inscrição de sua chapa, esta deverá ser protocolada no ato, contendo número de protocolo, número da chapa, dia, hora e nome do responsável pelo recebimento, contendo os seguintes cargos: 1 - 1 - Diretoria: - Presidente - Vice-Presidente - Primeiro Tesoureiro - Segundo Tesoureiro - Primeiro Secretario - Segundo Secretario 1 - 2 - Conselho Fiscal - Titular e Suplente - Titular e Suplente - Titular e Suplente O prazo para inscrição inicia-se na data da divulgação deste edital e encerrar-se-á às 09:00 horas do dia 27 de dezembro de 2021 em conformidade com o Artigo 22. A relação dos candidatos inscritos será divulgada para todos os associados após o encerramento do prazo de inscrição, em conformidade com o Art. 22 e seu parágrafo sexto. De acordo com o inciso II do artigo 8º do Estatuto Social, somente os servidores ativos, inativos e licenciados filiados ate a data de publicação do presente edital poderão votar e serem votados para cargos da diretoria e conselho fiscal da entidade. 2 - Eleição – data, horário, local e forma. A eleição realizar-se-á no dia 28 de Dezembro de 2021, no horário compreendido entre 09:00 e 17:00 horas, na sede administrativa da Entidade, com endereço citado no item “1” acima, através de cédulas, mediante votação nominal pelo número da chapa da diretoria e pelo número da chapa do conselho fiscal, pela ordem de inscrição . • Votação presencial, na sede social da entidade. 3 - Apuração: Ao final do horário de votação, serão apurados os votos, em conformidade com o Art. 23 e seu Parágrafo Único. 4 - Regularidade de situação: Na forma do Estatuto Social, só poderão votar e ser votados os associados que se encontrarem em situação regular em relação às suas obrigações estatutárias na data de publicação do edital em conformidade com o Art. 22 Parágrafo 5º do estatuto. 5 - Dúvidas ou omissões: Quaisquer dúvidas ou omissões relacionadas com as eleições serão solucionadas pela Junta Eleitoral. Bom Despacho, 26 de Novembro de 2021.
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JOSÉ ANTÔNIO DE OLIVEIRA Presidente da ASSEM
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Tentou passar Município vai instalar tomógrafo digital notas falsas em um na Santa Casa de BD BD e se deu mal
Cadastro Escolar deve ser feito até 10 de dezembro Quem deve se inscrever no Cadastro Escolar 2022 Um homem foi preso pela Polícia Militar na cidade de Arcos, acusado de tentar passar dinheiro falso em Bom Despacho. A ocorrência foi registrada na manhã de domingo (21/11). Segundo a PM, o suspeito, que estava num VW Fox, abordou uma pessoa na região central de Bom Despacho pedindo que ela trocasse uma nota de 100 reais. A pessoa notou que a cédula era falsa, suspeitou do estranho e, sem ele notar, fotografou a placa do seu veículo com o celular. Em seguida fez uma denúncia anônima para a PM informando o acontecido e a placa do veículo. Através do número da placa os militares descobriram o endereço do proprietário do Fox, que é de Arcos, a 80 km de Bom Despacho, e puseram em alerta as unidades policiais
de Lagoa da Prata, Japaraíba e Arcos para rastrearem o veículo. Na tarde de domingo, poucas horas depois, o suspeito, de idade não informada, foi abordado em Arcos. Com ele os policiais apreenderam R$ 700,00 em notas falsas de 100 reais. O acusado foi preso por tentativa de estelionato e levado para a Delegacia. Falando ao Jornal de Negócios sobre a prisão do suspeito, a tenente Lorena Azevedo, assessora de Comunicação do 7° Batalhão, ressaltou que “a participação da população é muito importante nas ações de segurança pública. Por isso, sempre que alguém notar pessoas ou veículos em atitudes suspeitas deve ligar para o 190 para que a Polícia Militar possa fazer a abordagem”. (iBom) / Foto: PMMG
• Estudante que vai ingressar no 1º ano do Ensino Fundamental (crianças saindo do 2º período) • Estudante que vai ingressar nos demais anos da Educação Básica vindo de outras redes que não sejam a Rede Estadual e a Rede Municipal de Ensino de Minas Gerais • Estudante já está matriculado em 2021 em Escola da Rede Pública de Ensino em Minas Gerais que não ofertará em 2022 o nível de ensino ou ano de escolaridade subsequente, a ser cursado pelo aluno (alunos do 5º e 9º anos) • Aluno que pretenda retomar os estudos no Ensino Fundamental e no Ensino Médio Regular ou na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Vai até 10 de dezembro o prazo do Cadastro Escolar 2022. De forma geral, devem fazer o Cadastro Escolar estudantes que vão entrar na rede pública e os que já estão na rede pública e precisam trocar de escola. Veja no quadro todas as situações. Pais que não tenham acesso à Internet devem comparecer na Escola municipal mais próxima da sua casa para fazer o
cadastro dos filhos. Neste caso é necessário levar os seguintes documentos: • Certidão de Nascimento ou Identidade do estudante • CPF do aluno, se tiver • Comprovante de residência no nome de um dos pais ou responsáveis • Documento de Identidade e CPF de um dos pais ou responsáveis para matrícula de aluno menor de idade.
Acesse o Cadastro Escolar apontando a câmera do celular para o QR Code
Engenheiro de BD tem trabalho premiado em congresso brasileiro
Projeto Ação & Integração celebrou os 10 anos de existência na escola
O engenheiro bom-despachense Ítalo Coutinho (foto), colaborador do Jornal de Negócios, é um dos autores de trabalho premiado no Congresso Brasileiro de Engenharia de Avaliações e Perícias, realizado em Goiânia/GO de 9 a 12 de novembro e voltado para as áreas de Arquitetura, Engenharia, Agronomia e Direito. O trabalho mostrado por Ítalo junto com Daniel Bassoli Campos, Alexandre Marques Amorim, Josiel Coelho Gomes de Oliveira e Ricardo Átila Martins Costa trata de avaliações e perícias em painéis solares. Em entrevista à Rádio CREA Minas, Ítalo Coutinho, que é especialista em gestão de projetos, explicou que o trabalho mostra como a utilização de termografia pode auxiliar os peritos a identificar falhas, erros de projeto, montagem e construção de painéis solares, “matriz energética em franca expansão no Brasil”. O procedimento apresentado por Ítalo e seus colegas ganhou a Medalha Eurico Ribeiro como o melhor trabalho na área de perícias apresentado do congresso.
Atividades culturais e educativas marcaram a Semana da Vida, promovida conjuntamente de 16 a 20 de novembro pelas Escolas Miguel Gontijo e Coronel Robertinho. O evento celebrou os 72 anos do Miguel Gontijo e os 10 anos do projeto Ação & Integração: Educação para a Vida. Esse projeto, iniciado na Escola Miguel Gontijo e atualmente desenvolvido na Escola Coronel Robertinho, visa educar o jovem através de ações voltadas para a socialização”, afirmou a educadora Vera Santos, idealizadora do projeto e atual diretora do Coronel Robertinho. As comemorações celebraram também os 10 anos de criação da Feira do Produtor Rural, realizada aos sábados na Praça da Estação. A Semana foi aberta com apresentação da Banda de Música do 7° Batalhão na Escola Miguel Gontijo, e prosseguiu durante a semana com palestras e oficinas sobre vários temas, orientações de
saúde, aulas de zumba e capoeira, distribuição de mudas, teatro, palestras
educativas, gincanas, jogos e competições na Escola. No sábado houve atividades e o
encerramento do evento com shows e apresentações na Feira do Produtor.
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O município vai comprar um novo tomógrafo digital para atender pacientes na Santa Casa. Os recursos para a compra do equipamento - no valor de R$ 1.540.261,00 serão repassados ainda este ano pelo Governo de Minas ao Fundo Municipal de Saúde. A Prefeitura é quem vai escolher e comprar o tomógrafo. “Queremos um equipamento top de linha. Se necessário, o município vai complementar o valor com recursos próprios para garantir a compra de um tomógrafo capaz de atender os casos mais complexos”, afirmou ao Jornal de Negócios a secretária municipal de Saúde, Neide Braga. O novo tomógrafo será colocado na Santa Casa para atender aos pacientes internados no hospital, prioritariamente pelo SUS. Segundo o prefeito Bertolino, já foram iniciados “os ajustes com a Santa Casa para que este tomógrafo seja instalado no hospital”. Para isso será feito um aditivo contratual incluindo a realização de
tomografias pela Santa Casa. A previsão da Prefeitura é que ele esteja instalado e funcionando no primeiro semestre de 2022. Hoje na Santa Casa existe apenas um tomógrafo particular, que não é credenciado pelo SUS. Com isso, pacientes do SUS que precisam de tomografia são levados de ambulância para fazer o exame em outro local. Com a instalação do novo tomógrafo não haverá mais necessidade de transportar pacientes para fora do hospital. Como Bom Despacho é sede de microrregião de saúde, o novo equipamento atenderá também pacientes encaminhados de Dores do Indaiá, Estrela do Indaiá, Luz, Martinho Campos, Moema e Serra da Saudade, além de urgências e emergências que cheguem na Santa Casa vindas de outros locais. O prefeito Bertolino afirmou que o novo equipamento vai “modernizar e ampliar o atendimento hospitalar na microrregião” e fez um elogio ao “esforço do
Imagem ilustrativa
Município vai instalar um tomógrafo na Santa Casa
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secretário de Saúde de Minas, Fábio Baccheretti, e dos deputados Fábio Avelar e Antônio Carlos Arantes, para a liberação dos recursos para nossa região”.
Saiba mais sobre o tomógrafo digital Tomógrafo digital é um equipamento moderno e mais eficiente que Raio-X e Ultrassom. Ele combina uso de
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Saúde faz vacinação itinerante contra Covid
Vacinação realizada no bairro Babilônia
DO LEITOR
Agradecimento Carinhoso
É com muita alegria que o Carinhoso e seus familiares receberam a rica e feliz homenagem proporcionada pelo Jornal de Negócios (Ed. 1621).
Fica a nossa gratidão e desejo de sucesso e muitos anos de vida ao nosso Jornal de Negócios. Vizinhos, amigos, fãs, patrocinadores e a comunidade
tem entrado em contato, vindo trazer cópias para confraternizarem com o carinhoso este momento. (Daniel Couto / Bom Despacho)
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Agilizar a vacinação e aumentar a cobertura vacinal contra a Covid-19 em Bom Despacho. Com este objetivo, a Prefeitura implantou na última semana a vacinação itinerante na cidade. O trabalho é feito por equipes de enfermeiros e técnicos numa ambulância que percorre os bairros de segunda a sexta-feira das 18 às 20 horas para aplicar a vacina. A ambulância estaciona em locais públicos e os profissionais de saúde aplicam a vacina seguindo orientações do Ministério da Saúde. O Jornal de Negócios apurou
que a cobertura vacinal na cidade está abaixo do esperado. De acordo com a secretária de Saúde, Neide Braga, “muitas pessoas não estão comparecendo nas unidades para vacinar. Hoje, há vacinas sobrando por falta de procura”, garantiu. Na última semana, 70,54% da população bom-despachense havia recebido a primeira dose da vacina; 54,46% a segunda e 7,76% a terceira. Segundo Neide, “para cortar a disseminação do vírus é necessário alcançar cobertura superior a 80%”
A maior preocupação da Secretaria de Saúde é com as festas de fim de ano, que provocam aglomerações de pessoas. “Estamos correndo contra o tempo para que todos sejam vacinados até lá, evitando a disseminação do vírus”, explicou Neide. Além da vacinação itinerante que vai percorrer todos os bairros da cidade, a Prefeitura vai também implementar ações eVam conjunto com empresas e a Acibom para promover a vacinação de empregados que ainda não estão imunizados contra a Covid.
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IPTU: Promessa e Perigo Em parceria com a Universidade de Viçosa, a prefeitura fotografou, mediu, georreferenciou, avaliou e cadastrou todos os imóveis urbanos de Bom Despacho. Ao avaliar o resultado, o prefeito Bertolino verificou que, sem prejudicar a arrecadação, é possível diminuir a alíquota do IPTU e ainda isentar de IPTU um total de 3.669 imóveis. Para que isto aconteça, os vereadores devem aprovar um projeto de lei nos próximos dias. No entanto, pelo andar da carruagem, estas melhorias estão sob risco. Pior: sem aprovação, alguns proprietários pagarão IPTU mais alto do que o normal.
mas passarão a pagar. Isto compensará a diminuição da alíquota e a isenção proposta. Diminuição das alíquotas Cobrar impostos de quem sonega ajuda a cidade e permite fazer justiça social. Justiça que virá sob a forma de isenção para as famílias de renda menor e diminuição da alíquota para os imóveis de valor mais elevado. Atualmente a alíquota do IPTU para imóveis residenciais é de 1% fixo. No projeto de lei encaminhado à Câmara, o prefeito propõe que as alíquotas variem de 0,1% para os imóveis abaixo R$ 100 mil (fora os isentos) a 0,45% para imóveis com valor acima de R$ 800 mil. Pela alíquota atual, um imóvel de R$ 100.000,00 paga R$ 1.000,00 de IPTU. Já um imóvel de R$ 1.000.000,00 paga R$ 10.000,00. Se a lei for aprovada pelos vereadores, o imóvel de R$ 100 mil passará a pagar R$ 100,00 e o imóvel de R$ 1 milhão pagará R$ 4.500,00. (Veja ao lado a proposta de alíquotas do novo IPTU).
FERNANDO
Perigos à frente
CABRAL
Apesar do grande benefício que estas alterações trarão para Bom Despacho, elas poderão não acontecer. Isto porque a lei precisa ser aprovada e publicada antes de 31 dezembro. O prazo está curto e o projeto está andando devagar na Câmara. Se continuar como está, não será aprovado e todos sairão perdendo:
Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho
O IPTU O IPTU é um imposto progressivo. Isto significa que imóveis mais caros pagam mais, imóveis mais baratos pagam menos. Mas, para que se faça justiça social completa, é preciso que os imóveis estejam corretamente avaliados. Este vinha sendo um problema histórico em nossa cidade. A avaliação dos imóveis nunca havia sido feita de forma tecnicamente correta e justa. Por causa disto, alguns pagam a mais, outros pagam a menos. Além disto, há o problema dos clandestinos. Algumas construções não são registradas e outras foram ampliadas sem registros. São, portanto, imóveis clandestinos que não pagam IPTU.
IPTU Bom Despacho:
Planta Genérica de Valores
Comparação de menores e maiores valores
Embora a lei determine que o IPTU seja calculado com base no valor comercial do imóvel, não é feita uma avaliação individual. Em vez disto, a prefeitura cria um mapa que se chama Planta Genérica de Valores. Esta planta traz o valor do metro quadrado do terreno e da construção conforme cada região. A partir dela se calcula o valor de cada imóvel. Mas, este valor ainda deixa a desejar. Isto porque dois imóveis no mesmo quarteirão podem ter a mesma área de terreno e mesma área construída, e ainda assim terem valores comerciais diferentes. Por isto, após o cálculo inicial, o valor é ajustado com base em características diversas, como conservação do imóvel, recuo, alinhamento, tipo de telha, acabamento, condições do terreno, situação da rua e vários outros. Por exemplo, se um lote estiver em terreno alagadiço, o preço dele será menor do que o do lote ao lado que estiver em terreno firme. Aplicando a planta de valores e
Primeiro, 3.669 famílias perderão a isenção. Segundo, os proprietários em situação regular continuarão pagando IPTU com a alíquota antiga e não com a nova, bastante reduzida.
IPTU Atual x Proposta
Atual
Novo
Terreno não edificado
R$ 129,57
R$ 55,48
Terreno edificado
R$ 37.037,87
R$ 24.447,00
Estes são o menor e o maior valor de IPTU em 2021 (atual) comparados com a proposta do prefeito para 2022 (novo). seus fatores de correção chega-se ao valor comercial do imóvel, conhecido como valor venal. A planta de valores de Bom Despacho foi elaborada pela Universidade de Viçosa e está pronta para uso. Com ela, a prefeitura já sabe exatamente quanto vale cada imóvel de Bom Despacho. Falta agora corrigir as distorções e injustiças comprovadas. Acertos necessários O prefeito não tem o poder de subir ou baixar impostos. Isto só pode ser feito por lei aprovada pelos vereadores. Além disto, nenhum imposto pode ser bai-
xado sem que haja uma compensação. Ela pode ser feita mediante aumento de outros impostos ou mediante a diminuição de despesas. Ora, aumentar outros impostos é coisa que ninguém quer, mas baixar despesa numa prefeitura bem administrada é impossível. Ninguém quer tirar dinheiro da saúde, da educação, das obras de drenagem e de pavimentação. Mas, ao fazer o georreferenciamento e elaborar a planta de valores, a prefeitura descobriu que aqui há muitos imóveis clandestinos ou parcialmente clandestinos. Eles
pertencem a pessoas que estão sonegando o IPTU no todo ou em parte. Esta é a fonte de recursos que o prefeito precisava para reduzir a alíquota e isentar os mais pobres sem perder arrecadação. 3.669 famílias isentas Três mil, seiscentos e sessenta e nove é o número de imóveis de Bom Despacho que têm valor inferior a R$ 70 mil. A proposta que o prefeito enviou aos vereadores prevê seus proprietários deixarão de pagar IPTU. Pela regra atual, um imóvel de R$ 70 mil deveria pagar R$ 700,00 de IPTU. Pela nova regra (se aprovada), pagará zero. Ajuste nos valores altos Pelas regras atuais, um imóvel residencial avaliado em R$ 1 milhão, deve pagar R$ 10.000,00 de IPTU. Pela regra proposta pelo prefeito, o valor cairá para R$ 4.500,00. Ou seja, menos da metade. Compensação A compensação pela diminuição da alíquota e pela isenção das 3.669 famílias vem de dois lugares. O mais importante são os imóveis clandestinos e os puxadinhos clandestinos. Atualmente eles não pagam IPTU,
Terceiro, os clandestinos – que já estão cadastrados pelo georreferenciamento – começarão a pagar, mas pela alíquota atual de 1% e não pela nova alíquota, quer variará de 0,1% a 0,45%. Em suma, se os vereadores atrasaram a aprovação deste projeto, ou se não o aprovarem, Bom Despacho e todos os bomdespachenses sairão perdendo. Cobrança sem a Nova Planta de Valores Somente os vereadores podem alterar a planta de valores e as alíquotas. O prefeito não tem este poder. No entanto, o prefeito tem obrigação de cobrar o IPTU na forma que está na lei hoje. Se não o fizer, será responsabilizado por improbidade. Assim, como os imóveis clandestinos (ou semi clandestinos) já estão identificados, fotografados, medidos e cadastrados, a fiscalização será obrigada a cobrar o IPTU deles. Sem a lei, a alíquota será a antiga. Um grande prejuízo para estes proprietários. Enfim, a aprovação da lei beneficia a todos. Já sua reprovação ou seu engavetamento prejudicará a todos, inclusive os clandestinos que serão obrigados a pagar pela alíquota atual. Será uma pena se os vereadores não se atentarem para isto e deixarem todos no prejuízo.
DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021
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Patrick Brauner assume presidência da ASROM
A nova diretoria da ASROM que toma posse dia 3/12 em Bom Despacho Na sexta-feira (3/12) o presidente do Sindicato Rural de Bom Despacho, Patrick Brauner, toma posse na presidência da ASROM (Associação dos Sindicatos Ruralistas do Oeste Mineiro) para o biênio 2022-2023. A solenidade de posse será realizada no Cenário Espaço Festas e Eventos, em Bom
Despacho, a partir das 16 horas. Fundada há 44 anos, a ASROM reúne 54 sindicatos com representação territorial que abrange mais de 100 municípios das regiões Centro-Oeste e Alto São Francisco. “Através de reuniões mensais, discutimos e buscamos juntos soluções para os
produtores rurais da nossa região”, explicou Patrick ao Jornal de Negócios. Eleito em outubro, Patrick afirmou, em depoimento ao Jornal da FAEMG, que na sua gestão vai focar temas como outorga de água na região, política de preços do leite e seguro rural para produção de leite e grãos.
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Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021
DESTAQUE
Câmara faz homenagem a cidadãos Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
Recebi grato e honrado ofício da Câmara Municipal de Bom Despacho, assinado por sua presidente, Maria Klesia de Oliveira, dizendo o seguinte: “Com alegria, comunico-lhe que seu nome foi indicado e aprovado por unanimidade pelos meus pares para receber o Diploma de Mérito Municipal.
Mencionada escolha é o reconhecimento por tudo que tem feito pela cidade!” A indicação de meu nome foi feita pelo vereador Éder Tipura, escritor e professor, a quem agradeço pela gratificante iniciativa da indicação de meu nome para tão importante honraria de
nosso Legislativo Municipal, no qual fui vereador por oito anos, na minha juventude. No convite expedido pela Câmara, são também citados 10 cidadãos que receberão, dia 22 de novembro, o título de cidadãos honorários de Bom Despacho. Já na data de 29 de novembro, no mesmo local, os
vereadores honrarão mais 10 cidadãos com a Medalha Coronel Tininho. O Diploma de Mérito, para o qual fui indicado, será entregue também a 10 cidadãos em 6 de dezembro no mesmo local das cerimônias já citadas, que serão realizadas a partir das 18 horas. Tal
iniciativa soa como um agradecimento dos representantes do povo àqueles personagens com atuação destacada em diferentes segmentos de nossa sociedade. É um ato nobre da Câmara que valoriza a cidadania e enobrece aos que são homenageados.
Amigos queridos levados pela Covid
Lourival Entre os milhares de vítimas da Covid, entre tantas, quatro foram excelentes companheiros que nos deixaram compondo um quadro de mais de 600 mil mortos no Brasil. Neste momento de luto desejo dar meu adeus especial à memória dos quatro amigos
Cabeçote que tiveram a desdita de serem atingidos pela epidemia e que por sua causa partiram cedo desta vida, deixando-nos saudade de suas ausências: Getúlio Salgado, João Bosco Cabeçote, José Mauro, muito queridos em Bom Despacho. E também do
Meu engano sobre o Capivari dos Marçal
Na edição 1.620 do jornal escrevi uma matéria sobre o Capivari. O Tarcísio, perene caixa do Xuá Lanches, apontou minha falha. Na minha crônica, ao me referir ao Capivari dos Marçal denominei-o por engano como Capivari dos Macedos. O Tarcísio do Xuá Lanches conhece aquele povo todo e seus apelidos. Muitos foram clientes dele em sua mercearia. Acrescentou mais um que não constou
da lista, um cidadão que atendia pela alcunha de João Sem Janta. Lembrou ele outrossim que os Capivaris por aqui são cinco e não somente quatro: Capivari dos Marçal, Capivari dos Macedo, Capivari dos Tuta, Capivari dos Alves e Capivari dos Eleutério. Agradeço ao Tarcísio por essa errata que ora publico em esclarecimento aos meus leitores.
Zé Mauro professor Lourival, irmão do professor Antônio Olímpio. O Lourival e eu Junto à velha amizade que nos uniu há tanto tempo, eu e Lourival temos algo mais em comum dessas coincidências do destino e dos horóscopos. As nossas
certidões de nascimento acusam que nascemos na mesma hora, no mesmo dia, mês ano: 6 de abril de 1943, às 6 horas da manhã. Aposentamo-nos os dois como professores de escola pública, ele de matemática e eu de português.
Getúlio Em 1980, o nosso horóscopo funcionou de maneira insofismável em suas previsões. Certo dia fui à loteria do César Macedo e comprei lá uma parte de um bilhete da federal. Ela correu na quarta-feira e ganhei uma bolada razoável. Daí a
pouco fiquei sabendo que a outra parte do bilhete premiado tinha sido adquirida pelo Lourival. Eu me lembro dele sempre como amigo, sujeito calmo, educado, bondoso e pelo acontecimento deste fato inusitado.
A primeira rua de Bom Despacho nomeado. E os moradores começaram carinhosamente a chamá-la de Rua do Céu.
Peço licença ao Orlando Ferreira de Freitas, mestre nas artes das pesquisas genealógicas e históricas de nossa região e de nossa cidade, para afirmar aqui uma verdade que ainda não saiu nos livros dele. Um desses livros é o “Raízes de Bom Despacho”, que ele publicou a meu pedido quando eu era secretário de Cultura no mandato do Geraldo Simão Vaz. Pesquisando com profundidade em arquivos de 300 anos para cá, em Minas e principalmente no arquivo de Pitangui, Orlando descobriu que por volta de 1777/78 tropas de capitães do mato e milícias públicas de Pitangui montaram um acampamento no alto da atual Cruz do Monte, para avistarem povoamentos quilombolas na região e combatê-los a ferro e fogo, como deveras foi feito, em nome do rei de Portugal. Lá construíram estábulos para os animais, casas para os combatentes e uma capelinha rústica de capim. Nesta capelinha o Padre Agostinho, capelão das tropas, mandou construir uma capelinha rústica de capim. Dentro dela entronizou uma imagem de Nª Srª do Bom Despacho, que passou a dar nome ao futuro povoado e ao município, onde hoje vivemos, há mais de dois séculos... Ora, sei pela história que o arraial de Bom Despacho contava nos seus primórdios com três ruas: nos idos de 1778-1780: a Rua de Cima, antiga rua do Céu, que ia da Cruz do Monte até o centro atual da cidade; a Rua do Meio, do lado da casa paroquial de hoje até a Rua de Baixo, a nossa moderna Rua Dr. Miguel. Então qual a primeira rua a se formar no povoado de Bom
Mas nos anos 50 morreu uma autoridade, um velho ex-prefeito e farmacêutico de Bom Despacho: Flávio Cançado Filho. A nossa egrégia Câmara Municipal ficou procurando uma Rua no Centro para batizála com o nome de sua excelência falecida. E aí, sem sensibilidade nenhuma, sem respeito à nossa cultura e às nossas tradições, arrancaram as placas e o nome da Rua do Céu e puseram nela o nome do exprefeito, merecedor de tão justa homenagem. Despacho? Fácil como o ovo de Colombo. Todos dirão que é claro, que foi a rua de Cima, Rua do Céu depois e Rua Flávio Çançado nos dias atuais. Mas modestamente tive um insigth nesta semana: uai, a Rua do Céu, antes Rua de Cima, ligada ao nosso berço, Cruz do Monte, dali brotou logicamente antes das outras, há mais de 200 anos, formando a primeira via pública do arraial, seguida da Rua do Meio e da Rua de Baixo. Assim nasceu um povoado. Nasceu nossa cidade de Bom Despacho. Nos dias de hoje com prédios, arranha-céus e incontável número de ruas e avenidas, orgulho do Centro-Oeste Mineiro. Peço licença, pois, para registrar nos anais da história meu humilde nome como autor dessa informação que descobri matutando, por acaso, porque por sorte minha nem um de nossos três historiadores maiores, que tanto expuseram as raízes de nossa terra - Padre Nicolau, Orlando e Dr. Laércio
- se lembraram de expor tal enigma: qual a primeira rua da história de Bom Despacho? Confesso mais uma vez com alegria que fui eu. A importância sempre lembrada e cantada em versos e prosa: a antiga Rua de Cima ou antiga Rua do Céu. Confesso que nem sei a importância ou se há importância disso para os anais de nossa história. Se é que o historiador Orlando Ferreira Freitas concorda comigo? Isto saberei depois que o jornal circular. Aguardo seu aval, mestre. A volta do nome Rua do Céu Creio que esse é um nome ímpar nos topônimos de vias públicas do Brasil. Nome bonito, poético e significativo. Privilégio da cidade de Bom Despacho. Uma joia de nossa história. Nome dado pelos primeiros moradores daqui. Eles olharam aquela rua bonita que subia cá de baixo, da atual praça da matriz, até lá no alto da montanha, na Cruz do Monte. Algum poeta, talvez, tenha-a
Hoje mais consciente, o povo fala em resgatar o topônimo Rua do Céu. - É muito difícil, disse alguém que conversava sobre o assunto numa roda com um de nossos últimos vigários dos dias de hoje, que ponderou: - Acho que não. Acho até fácil para voltar o nome dessa rua, que a maioria sonha voltar. Mas é preciso envolvimento, vontade e esforço. Alguns segmentos da comunidade, incluindo os vereadores e o prefeito, ficam de olho e escolherão uma via pública nova e importante, num bairro nobre e reservam seu nome para acolher o do cidadão que ocupa o nome da Rua do Céu. Tudo bem feito e de acordo com os familiares do ex-prefeito. E assim certamente todos se darão por satisfeitos. E assim Bom Despacho reconquistará um ícone de sua história e de sua cultura. A partir da fala do vigário os participantes da roda de batepapo concluíram que o padre tinha razão, e que havia esperança sim de se realizar aquele nobre projeto.
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Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021
Colégio Tiradentes leva 1° lugar em Olimpíada Brasileira de Matemática
O Colégio Tiradentes de Bom Despacho ficou em 1° lugar geral na Olimpíada de Matemática Financeira – OBMF 2021, competição nacional promovida pela Seleta Educação. Segundo a instituição, sediada em Fortaleza/CE, o objetivo da olimpíada é “fomentar boas práticas de administração das finanças pessoais” e promover “a disseminação e a democratização do uso inteligente do dinheiro”. Podem participar da olimpíada estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental até a 3ª série Ensino Médio das redes pública e privada. Do Tiradentes competiram 407 alunos matriculados nessas séries. O resultado foi divulgado na última segunda-feira (22/11). Das 35 Escolas medalhistas, cinco são públicas e 30 particulares. Os alunos do Colégio Tiradentes conquistaram 32 medalhas – 3 de Ouro, 12 de Prata e 17 de Bronze. O bom resultado repercutiu no Colégio. O capitão Afonso Alves da Silva, comandante do Tiradentes, disse ao Jornal de Negócios que todos os anos a Escola participa de vários projetos no país “visando aprimorar o conhecimento e a experiência dos alunos, bem como estimular a competitividade entre eles. No caso, foi um aprendizado a mais para o currículo dos estudantes, que se sentiram prestigiados perante as demais escolas”. A diretora pedagógica da instituição, Gisele Soares de Araújo, afirmou para o Jornal que o resultado alcançado pela Escola “destaca sua qualidade do ensino e o potencial dos estudantes, estimulando seu interesse por uma disciplina tão importante quanto a Matemática”. Gisele contou que antes da olimpíada os professores de Matemática da Escola se reuniram, trocaram informações e desenvolveram atividades relacionadas ao tema. “Eles prepararam os estudantes e incentivaram sua participação na OBMF”, afirmou. A equipe é formada pelos educadores Márcia Lopes, Marília Costa, Quele Martins, Rosimar Soares e Simone Campos.
Estudantes medalhistas do Colégio Tiradentes
Capitão Alves: aprimorar o conhecimento dos alunos
NÍVEL 1 (6º e 7º ano do Ensino Fundamental) Luísa Vasconcelos Resende Reis ............................... Ouro Luís Fernando de Araújo Rufino ................................ Ouro Miguel Gontijo Freitas de Oliveira .............................. Ouro Ana Clara Marques Gontijo ...................................... Prata Beatrice Gabriela Araújo Santos .............................. Prata Caio Augusto Rodrigues Cunha ............................... Prata Gabriel Gontijo Coimbra .......................................... Prata Heitor Martins Ferreira ............................................ Prata Henrique Queiroz Cançado Silveira ........................... Prata Letícia Simões Gontijo ........................................... Bronze Allan Luis Alves Araújo .......................................... Bronze Anabelle Araujo Alves ........................................... Bronze Heitor Assis Azevedo Silva .................................... Bronze Henrique Pessoa Lima ........................................... Bronze Luís Henrique Alves De Sousa ................................ Bronze Matheus Maximus Miragaia Borges ......................... Bronze Miguel Eduardo Santos Teixeira ............................. Bronze Pedro Henrique dos Reis Souza ............................. Bronze NÍVEL 2 (8º e 9º ano do Ensino Fundamental) Jonas Henrique Maciel Silva ..................................... Prata Lucas Miguel de Mesquita ........................................ Prata Thiago Araújo de Assis ........................................... Prata Yasmin Helena Costa Araújo .................................... Prata Ana Beatriz Assis Morais ....................................... Bronze Bruno Guilherme Pinto Corsino ............................... Bronze Carlos Eduardo Campos de Oliveira Freitas ............. Bronze Miguel Oliveira Pinto Cunha ................................... Bronze Tamires Cristina Luiz De Moura .............................. Bronze
A diretora pedagógica Gisele: qualidade do ensino
NÍVEL 3 (Ensino Médio) Felipe César De Souza ............................................ Prata Gustavo Eustáquio dos Santos ................................ Prata Felipe Luís Santos Mota ........................................ Bronze Henrique Gontijo Saldanha .................................... Bronze Luís Otávio Síncero Quirino ................................... Bronze
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Alzineide finalmente encontra sua família em Bom Despacho Após ver matéria no Jornal de Negócios, familiares de BD entraram em contato
Alzineide: feliz com o tão sonhado encontro Pouco mais de 24 horas após o Jornal de Negócios divulgar que Alzineide dos Santos Oliveira estava à procura de seus parentes em Bom Despacho, familiares entraram em contato com ela. Chegou ao fim uma espera de muitos anos para Alzineide, filha de bomdespachenses que se mudaram da cidade há mais de 40 anos para trabalhar em Goiás e nunca mais voltaram. A matéria, publicada no domingo (21/11), causou muita emoção. Teve quase 200 compartilhamentos e alcançou mais de 26 mil pessoas no Facebook e no Instagram do Jornal de Negócios. O primeiro contato com Alzineide foi feito pela prima Valdirene Gonçalves Silva, que mora no bairro Realengo, em Bom Despacho. “Estava no meu trabalho e no horário de almoço vi a publicação no Jornal de Negócios”, contou Valdirene. Ela então decidiu fazer contato e enviou mensagem pelo Whatsapp. “Foi uma coisa inexplicável quando recebi a mensagem.
Uma emoção única que eu senti na hora”, contou Alzineide ao Jornal. Depois da primeira mensagem as primas se falaram por telefone. Valdirene contou emocionada que sempre ouviu sua avó falar do filho [pai da Alzineide] que tinha ido embora. “Mas ela nunca disse porque ele foi. Desde quando meu tio saiu daqui nunca mais tivemos notícias dele e de mais ninguém relacionado a ele”. Valdirene contou ainda que a avó mantinha a esperança de um dia rever o filho “mas isso não foi possível pois ela faleceu há 28 anos”. Apesar disso, Valdirene contou que “a família está radiante com tanta alegria (…) pois ganhamos mais 7 primos”. Alzineide tem 6 irmãos e nenhum deles conhece os familiares de Bom Despacho. Depois de fazer contato com familiares, Alzineide já marcou sua vinda a Bom Despacho no mês de dezemro para conhecer e abraçar seus parentes. Para alguns será um presente de Natal.
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Por que uma Olimpíada de Matemática Financeira? O descontrole financeiro, decorrente da falta de educação financeira, causa enormes transtornos para pessoas, famílias, empresas e, consequentemente, para o país. Assim, problemas financeiros e o superendividamento são causas frequentes de brigas em famílias e até causa divórcios. Pessoas endividadas tendem a ter mais problemas também no trabalho, com dificuldades para se concentrar, porque estão esgotadas com os problemas financeiros. Isto acaba gerando doenças, acidentes de trabalho e até
mesmo pedidos de demissões, para poder retirar as verbas rescisórias. Isso prejudica empresas, que perdem funcionários e todo o investimento feito em treinamento. Assim, é consenso que o brasileiro tem baixa educação financeira e baixa cultura de investimentos, sendo prejudicial para ele mesmo e para o país. Segundo a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), as escolas precisam ter a Educação Financeira como item em sua grade curricular. Contudo, esse tópico não precisa ser uma matéria
propriamente dita. Todavia, o tema deve aparecer ao menos como assunto transversal em outras matérias, projetos, competições etc. Especialistas acreditam que é necessário que desde jovens as pessoas tenham acesso a esse assunto. Vale ressaltar, que com o avanço de Bancos Digitais, PIX e outras modernidades, nunca foi tão importante saber como lidar com o dinheiro, entender sobre investimentos e até mesmo como traçar um planejamento de longo prazo, incluindo a aposentadoria. (Texto: Seleta Educação)
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Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021
Reis do Tuíste em Bom Despacho: glória e triste fim
DESTAQUE
Bom Despacho, eu e Marília Mendonça
Bill Haley e os Cometas (acima) e Chubby Checker (abaixo): ídolos do tuíste que inspiraram a geraçaõ dos anos 60 em Bom Despacho LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR
O tuíste, dança que era sucesso no inicio dos anos 60, foi personificada em Bom Despacho na figura do Zé Paulino. Segundo Kid Vinil, a dança surgiu a partir de uma canção de Hank Ballard, que viu o sucesso da dança entre adolescentes da Flórida e resolveu gravá-la. Muito antes, era popular uma dança semelhante entre os negros norteamericanos e, supõe-se, a origem da dança ocorreu no oeste africano, bem como ocorreram gravações anteriores. Bill Haley e os Cometas foi a banda que explodiu com esse ritmo. Primeiro lançaram uma canção, mas ela só aconteceu quando foi trilha sonora do filme Sementes de Violência . Esse filme interessa-me muito. O título original era “Blackboard Jungle”, ou seja, a “Selva do QuadroNegro”. É uma narrativa de grande interesse para mim, que sou professor. Nele, um jovem professor, recém-formado, retorna à sua cidade para tentar mudar a realidade. No entanto, os jovens sofrem com tensões raciais e brigas entre gangues. Ele mostra sua coleção de jazz e os jovens a quebram, daí entra a canção de Bill Haley falando sobre o tuíste. Era uma cena muito marcante, mas que infelizmente marca também a nossa sociedade: o vandalismo e o desprezo com os valores do outro, de uma outra geração, especialmente. É uma questão ainda hoje muito atual para quem lida com juventude. E, no filme, marcou o surgimento da era do rock and roll e do fim da era do jazz . Quebrando os discos, os jovens rompiam com o passado. Perto da Escola Miguel Gontijo morava um rapaz, José Paulino, a quem chamavam Rei do Tuíste. Não era bonito, mas seus pés, sim. Os sapatos de bico fino, bem engraxados, tinham vida à parte enquanto dançavam no ritmo frenético do tuíste. Era um ritmo delicioso, que exigia extrema habilidade do bailarino.
ALEXANDRE
MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Zé Paulino apresentava-se na carroceria de um caminhão, em frente onde hoje é o Banco Itaú. Usava topete e toda a indumentária ligada a essa dança. Os amigos diziam que ia a Belo Horizonte comprar os discos e levar para as festas. Infelizmente, não encontramos nenhuma foto dele para reproduzir aqui. Anos depois, conta minha mãe, meus pais foram vizinhos dele em Uberaba. Zé Paulino tinha entrado para a Polícia Militar e estava fazendo patrulhamento fluvial no Rio Grande. Ele não atinou para o horário em que as comportas das águas se abririam em uma usina próxima. As águas levaram o barco. Os corpos dos três tripulantes foram encontrados três dias depois. Os gritos desesperados da esposa ecoaram pela praça, quando soube da morte do marido por afogamento. Outra teoria, exposta por meu tio Paulo Morais, propõe que o rei do tuíste em Bom Despacho era o José Maria Rocha, filho do Sr. Roldão. O José Maria Rocha dançou tuíste anteriormente ao Zé Paulino, mas foi Zé Paulino quem celebrizou-se aqui na cidade. Era o nosso Chubby Checker. Nas memórias de mamãe, os pés de Zé Paulino adolescente interpunham-se aos gritos da viúva. Zé Paulino teve sua glória e um triste fim. Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor
Faz muito tempo que não vejo televisão aberta, como Globo ou SBT. Sempre tive um pouco de ojeriza dos programas sobre mortes e estupros ou os sensacionalistas, como “O Povo na TV”, que era exibido todas as tardes em algum canal aberto quando eu era criança. Acho que já faz uns quarenta anos que não vejo uma novela. A última que assisti era um dramalhão mexicano chamado “Os ricos também choram”. Eu era criança quando passava isso. Outro dia, alguém me disse que esta novela foi reprisada mais recentemente. Não é a reprise que vi, mas a original. Por causa desta distância que mantive desde muito cedo com a TV aberta, nunca vi Chaves, nem Xuxa, nem Casseta e Planeta, nem nada que fez muito sucesso entre meus dez e meus cinquenta e cinco anos de vida. Apenas para ilustrar minha ignorância com assuntos de TV aberta, lembro de dois episódios: 1) quando morreram os Mamonas Assassinas, em um trágico acidente aéreo perto da casa de minha mãe (aliás, o avião deles saiu do aeroporto em frente a casa dela, onde corro ao redor quase todos os dias), eu estava correndo no Parque do Ibirapuera. Recebi uma ligação de meu irmão, que aos prantos me deu a notícia da morte dos integrantes da banda. Quando acabou de contar a história, eu perguntei: “quem morreu? Mamonas Assassinas? O que é isso?”; 2) a segunda história, já mais recente, entre 2000 e 2008, aconteceu quando trabalhava no IBOPE. Uma de minhas tarefas na empresa era atender à imprensa (jornais, rádios, TVs, revistas etc) que queria obter dados de consumo de audiência de sites na internet. Eu enviava os
dados para as matérias e analisava-os para os jornalistas. Ao final da conversa, eu anotava o nome do jornalista, seu e-mail, o veículo no qual a pessoa trabalhava e seu telefone. Explicava que esses dados serviriam para que eu pudesse enviar o tradicional comunicado mensal que eu produzia sobre a situação da internet no Brasil e enviava para todos os jornalistas que algum dia haviam conversado comigo. Uma ocasião, me chamou uma jornalista da Rede Globo para saber como andava a internet em algum setor econômico específico. Conversamos uns quinze ou vinte minutos, expliquei os dados para ela. Ao final, como de costume, pedi que me passasse seus dados. Ela me passou tudo e eu confirmei em voz alta ao telefone: “OK, Miriam Leitão. De que veículo você é?”. Ouvi uns gritos, que indicavam que parte de minha equipe riu e parte chorou de desgosto. “Perdão, Miriam. Você deve ser conhecida, pois minha equipe desaprovou minhas perguntas. Você é de TV aberta?”. Diante de sua confirmação, que era da Globo, da TV Globo, expliquei que não via TV aberta
havia muitos anos. Ao desligar o telefone, fui ridicularizado por todos que estavam no ambiente. Hoje, depois disso, sei que é a Miriam Leitão. Também nunca fui de ouvir rádio. Rádio AM, então, nem pensar. Raramente, escutava a Rádio Cultura FM ou a Rádio USP, a primeira de música erudita e a segunda com programação de MPB, jazz e um pouco de Rock and Roll. Sempre achei a maior para das músicas do rádio ruim, além de não gostar das interrupções que os apresentadores fazem a cada música que termina. Acho que essa ojeriza ao rádio foi adquirida quando eu era criança e minha avó, que morou conosco uns anos, ouvia todos os dias e nessa ordem: Programa do Zé Bétio, que dava a hora minuto a minuto e começa às 5:00 horas da manhã, o que me estressava muito; depois o programa do Gil Gomes, com casos de assassinatos e mortes aos montes e, para arrematar a manhã, um programa que se chamava Dose Dupla, que tocava a mesma música duas vezes em seguida e era apresentado por Vagner Montes, que, por acaso, era
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do programa “O Povo na TV”, já mencionado nesta coluna. Logo depois que passei a frequentar Bom Despacho, o que ocorreu há exatos quatro anos, tive a minha atenção atraída para um outdoor que ficava na Avenida Doutor Roberto Melo Queiroz, quase na esquina com a Rua do Rosário, bem pertinho do delicioso espaço do Saul, onde sempre tomo um coco gelado após as corridas do fim de semana. Nele, via-se a figura de uma mulher com um microfone na mão e uma chamada para um show que já havia acontecido há alguns meses. Pode ser minha memória que está me enganando, mas parece-me que aquele outdoor ficou meses ali. Sempre que passava pela região, via a chamada. Um dia perguntei para minha namorada bom-despachense quem era Marília Mendonça. Ela me explicou que era uma cantora sertaneja que havia visitado a cidade e feito um show. Que era famosa e era incrível que eu não a conhecesse. Toda vez que escutávamos alguma música da Marília Mendonça em alguma loja ou bar de Bom Despacho, minha namorada bom-despachense anunciava, quase como uma gravação: “essa música é da Marília Mendonça...” e diante de minha cara de “do que você está falando”, explicava: “aquela do outdoor da Avenida Dr. Roberto”. Quando soube da morte da cantora, ao contrário do que aconteceu com os Mamonas Assassinas ou com o telefonema da Miriam Leitão, eu sabia quem ela era. Lembrei do outdoor e de como ela parecia muito nova naquela foto eternizada em minha memória. Continuo sem saber cantar qualquer música dela, sem conhecer sua trajetória musical e sem ter noção muito clara de seu sucesso e importância para a música sertaneja. Tenho certeza de que só sabia quem ela é por causa de Bom Despacho. Por causa de um outdoor que ficou muito tempo na esquina da Avenida Dr. Roberto e da Rua do Rosário.
nalista e escritor bom despachense
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Paré, a nova vereadora de Bom Despacho
Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021
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Eleições proporcionais não são o que parecem PAULO
HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação
Aparecida Lúcio Adriano, a Paré, 57 anos, ocupou a vaga aberta na Câmara com o afastamento de Fernando Cabral. Advogada, exgerente da Caixa Federal, Paré recebeu 1.019 votos em 2020. Mesmo sendo uma das mais votadas não foi eleita porque seu partido, o PDT, não alcançou o quociente eleitoral. Agora, com a retotalização feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o PDT teve direito a uma cadeira. Paré assume porque foi a mais votada do partido. Afastado pelo TSE, Cabral afirma que a decisão “contraria os fatos” e diz ser vítima do que chamou de “tapetão”. Ele já entrou com recurso no TSE e também no Supremo Tribunal Federal (STF). Se forem aceitos poderá voltar ao cargo. Enquanto isso, Paré ocupará a vaga. Em rápida entrevista ao Jornal de Negócios, a nova vereadora falou do que pensa e como pretende agir. JORNAL DE NEGÓCIOS Na campanha eleitoral você disse que iria “lutar pelas causas de nossa população”. Quais são essas causas? PARÉ – Tenho compromisso com as pessoas que me elegeram e com a comunidade. Hoje, por exemplo, há pessoas passando fome. Precisamos de geração de mais empregos na cidade. Talvez não seja papel do vereador, mas acho que vereador precisa ajudar o Executivo, além de legislar e fiscalizar. Não quero ser vereadora que fica olhando buracos na rua, lâmpadas queimadas, essas coisas que
a maioria faz. Minha preocupação maior será com o emprego do dinheiro público, fiscalizar, apresentar projetos. Não serei vinculada a projeto político de ninguém, mas no que for bom para a cidade eu estarei apoiando. Sei que a Prefeitura tem trabalhado para fazer o melhor. Não seria contra um projeto que beneficia a população. Atualmente, tramitam na Câmara projetos que dividem o plenário, como a municipalização do ensino e a revisão do IPTU. O que pensa a respeito deles? PARÉ – Primeiro preciso conhecer os projetos em detalhes. Entender sua importância. Tenho que ouvir e saber mais. Como não havia sido eleita, eu não estava focada nessas questões que tramitam no Legislativo. Só depois que estiver lá poderei ter uma ideia mais completa de ambos. Como é sua relação com a atual presidente da Câmara, Keké, e o prefeito Bertolino? PARÉ - Sou muito amiga dos dois. Fui colega de escola do Bertolino. Temos ótimas relações. Você pretende participar da eleição da nova mesa diretora da Câmara, que acontece nos próximos dias? PARÉ – Eu até já recebi propostas mas não me defini ainda. Talvez deva esperar mais um pouquinho porque estou chegando agora. (iBom) / Foto: Arquivo Paré.
Nos últimos dias, acompanhamos os desdobramentos de um processo movido contra a candidatura a vereador em 2020 do exprefeito Fernando Cabral. Por decisão do TSE, ele foi afastado, os votos foram recontabilizados e, depois dos “difíceis de compreender” cálculos para eleições proporcionais, Aparecida Adriana Lúcio, a Paré da Caixa, se juntou aos outros 8 vereadores eleitos na apuração de 2020. Saiu o vereador mais votado daquele pleito (e da história de Bom Despacho) e entrou a 4ª mais votada. “Como assim, 4ª mais votada e não havia sido eleita para uma das 9 vagas?” – alguém pode se perguntar. Sim, não havia sido eleita. E não havia nada de errado, era o esperado dentro da nossa legislação eleitoral. O que não quer dizer que a gente tenha que concordar com isso... No Brasil, as eleições para deputados federais, estaduais e vereadores são apuradas pelo sistema proporcional. Nesse sistema, o resultado é apurado totalizando os votos por partido político. Aquele com mais votos preenche uma vaga, depois o segundo e assim sucessivamente. Sempre que um partido preenche uma vaga, uma quantidade de votos é abatida do seu total de votos e ele volta a entrar na fila com esse novo total. Assim, em tese, um partido pode eleger vários deputados ou vereadores com os votos de um único candidato que seja muuuuuito bem votado. Isso pode gerar “constrangimentos” como o verificado na eleição para deputado federal em 2010, quando Tiririca teve votos “de protesto” suficientes no estado de São Paulo para levar junto com ele mais 3 deputados federais. Vou me abster de comentar o que foram esses 4 mandatos de 4 anos na Câmara Federal. Mas ficando aqui mesmo em Bom Despacho, temos situações que também merecem uma reflexão. No pleito de 2020, Paré e Doutor Fernando Becker, 4ª e 5º mais votados, não foram eleitos. Nenhum dos dois foi eleito na apuração inicial porque os demais candidatos de seus partidos foram pouco votados. Partidos que, a propósito, poucos devem se recordar quais são, porque pouco ou nada representam para a maioria dos eleitores que escolheram essas pessoas. Vamos voltar à legislação eleitoral para explorar isso melhor. Vira e mexe, ouvese falar em reforma política
ou eleitoral no país. E um dos temas que invariavelmente vêm à tona – depois, claro, do financiamento de campanha - são as eleições proporcionais. Aí surgem uma miscelânea de sistemas eleitorais, desde o distrital, passando pelo distritão e distrital misto e chegando até o majoritário – em que os mais votados são eleitos, e ponto final. O sistema proporcional tem um princípio interessante, de valorizar o partido político nas eleições para cargos legislativos. A ideia é que os representantes eleitos para o poder legislativo atuam em bloco, propondo e votando juntos, seja na Câmara de Vereadores, Assembleia Estadual ou Câmara Federal. Há ainda uma pretensa valorização dos princípios, valores e objetivos partidários, entendendo o partido como uma reunião de pessoas que comungam de um conjunto de ideias e visões de mundo. Isso pode até funcionar em alguns países, ou mesmo já ter funcionado no Brasil, mas está longe de ser a realidade atual. Infelizmente, os partidos políticos se multiplicaram de uma forma preocupante no país. Temos hoje cerca de 30 partidos políticos com representantes no Congresso Nacional. Essa métrica é muito importante em nosso sistema eleitoral porque é a referência para distribuir o fundo partidário, a “famosa” verba destinada pelo governo para que os
partidos políticos financiem suas campanhas. Portanto, ter mais deputados significa ter mais verba de campanha. E, num sistema proporcional, se você for um puxador de votos como Tiririca foi naquela eleição, fica tentador ter seu próprio partido político e ser o dono da chave do seu fundo partidário. Assim muitos fizeram, criando e recriando partidos aos montes, sem qualquer preocupação com programa, ideias ou qualquer sintonia entre seus membros. Os partidos têm seus caciques, normalmente políticos com várias eleições no currículo, e procuram atrair para seus quadros outros puxadores de votos. Surgem então alianças com incoerências estarrecedoras. Olhando de novo para nosso quadro em Bom Despacho, se você já foi candidato ou foi sondado para ser candidato a vereador, deve ter observado fenômeno semelhante. Montar uma boa chapa, de puxadores e puxadoras de votos, se tornou uma parte crucial para se ter sucesso nas eleições municipais. No caso da Câmara de Vereadores, você pode ser popular na cidade e conseguir um partido para “chamar de seu” em Bom Despacho. Terá então o “poder” para selecionar os componentes de sua chapa. Mas, se essa composição não for bem feita – ou for boicotada de alguma forma, seus muitos votos podem ser insuficientes para levá-lo à Câmara Municipal por causa do sistema proporcional.
Por outro lado, uma chapa bem montada, com muitas pessoas populares, pode levar o partido a “fazer” alguns vereadores, uma parcela com votação abaixo do que se esperaria para um eleito ou eleita. Concorda que não é exatamente o que parece? Quais as propostas dos partidos políticos para a Câmara de Vereadores na última eleição em Bom Despacho? Ou ainda, você sabe quais os partidos que preencheram as 9 cadeiras na Câmara? Porque, na prática, os partidos é que foram eleitos – embora a esmagadora maioria de nós tenha votado nas pessoas que se candidataram. Esconder-se atrás das origens dos partidos políticos para justificar um sistema proporcional com os nossos mais de 30 partidos políticos é uma dissimulação que custa caro. Nas eleições, além de aumentar muito os gastos, faz com que muitos cidadãos desperdicem seus votos. Alguns porque seus escolhidos podem até ter boa votação, mas, se não têm uma boa legenda, não entram. Outros porque ajudam a eleger legisladores que nada têm a ver com o que acreditam, simplesmente porque estavam no mesmo partido da pessoa em que votaram. Duas hipóteses comuns, fáceis de acontecer. Nada ilegal – é o que está na lei e o que pretendiam aqueles que a escreveram. Mas respeita a vontade popular?
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Bom Despacho (MG), 28 Novembro 2021
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