JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

Page 1

1 Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021 Ano XXXII - Nº 1.623 • Fundado em 12/05/1989Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR Bom Despacho entra na disputa pela Heineken Comida de verdade e à saúde Página 6 FERNANDO CABRAL Ângela, profissional incansável Página 8 ALEXANDRE MAGALHÃES Viva a vida! Feliz 2022! Página 10 Sobre ser atleticano Página 11 PAULO HENRIQUE Matéria exclusiva com o secretário Eduardo Couto e o prefeito Bertolino da Costa mostra os esforços pela instalação da nova fábrica da Heineken em Bom Despacho. A empresa, que vai montar uma unidade em Minas, promete investir R$ 1,8 bilhão e gerar centenas de empregos. (PÁGINA 5) À PROCURA DE WESLEY Adolescente desaparecido há quase 2 anos em Franca(SP) teria sido visto na companhia de um grupo de hippies em Bom Despacho (PAGINA 9) CEMAE vai receber estudantes da rede municipal que estejam com dificuldades na Escola (PÁGINA 7)

APARTAMENTO – Vendo –Rua João Eleutério, 168 – Ap. 301 – Centro – 99985.1031

APARTAMENTO – Vendo ou alugo, 2qt, sl, cz, bh e DCE, s/ gar – Rua Espírito Santo - Belo Horizonte – Whatsapp 99859.2753

APARTAMENTO – Vendo, 3qt, c/ móveis planejados, 1garRua Vigário Nicolau, 365 –Centro – 98803.2113

Alugo PRÉDIO COMERCIAL com 2 pavimentos Nível Térreo: recepção, 4 salas, 2 banheiros, copa; Nível Superior: salão com 120m² e 2 banheiros. Área no fundo com 270m² coberto. Estacionamento com 400m² descoberto. (31) 99982-3808

APARTAMENTO – Troco, 3qt, sl, 2bh, armários embutidos, 2gar, no bairro Nova Suissa, em BH, por imóvel em Bom Despacho – 99184.0381

ÁREA – Vendo, 1.080m2 –Jardim América – Beto –

3522.1521 e 99921.4917

BARRACO – Vendo ou troco, em Nova Serrana –99110.4840

BERÇO – Procuro p/ comprar, usado, de madeira –98837.3580

BICICLETA – Vendo, mountain bike Sense, 24 marchas – R$ 2.500, - (31) 99444.9111

CASA – Alugo – Rua Padre João, 82 - Bairro de Fátima - R$ 850, - 99985.1031

CASA – Alugo – Rua Palmital, 92 – Centro – 99982.5325

CASA – Vendo, 2qt, no bairro Pedro Tavares Gontijo – R$ 88 mil – 99913.6662

CASA – Vendo, 3q6, 1st, sl, cz, bh, var, gar, lote 360m.Rua Bolívia, 361 - Jardim América - R$ 165 mil - (31) 99513.9159 João e (31) 97558.9109 Leda.

Abandono de Emprego

ANIMALL Indústria e Comércio de Rações, inscrita no CNPJ sob o número 07.099.466/0001-35, com endereço na Avenida Dr. Juca, 1.850, bairro Sao Vicente, em Bom Despacho/MG, convida TALES GABRIEL DE SOUZA SANTOS, CTPS Nº 7953111, Série 0050MG, a comparecer ao escritório da empresa, no endereço acima, no prazo de 72 horas após a publicação deste edital, a fim de retomar seu emprego como Auxiliar de Produção ou justificar suas faltas desde 18 de setembro de 2021, sob pena de rescisão do contrato de trabalho nos termos do art. 482 da CLT.

Bom Despacho/MG, 15 de dezembro de 2021

Pedido de Licenciamento Ambiental

FRIGORIFICO PEIXE MAIS LTDA, por determinação da Prefeitura Municipal de Morada Nova de Minas /Agência Municipal de Meio Ambiente, torna público que solicitou, por meio do Processo Administrativo/FOB: N° 00056/ 2021, LAS/CADASTRO, para a atividade de Preparação do Pescado, localizado na Fazenda Povoação, zona rural no município de Morada Nova de Minas-MG.

CASA – Vendo, 3qt, sl, cp, cz, bh, quintal, gar, cômodo comercial – Aceito veículo99845.7926 e 99872.7503

CASA – Vendo, 3qt, sl, cz, bh, toda porcelanato –99944.0050

CASA – Vendo, 3qt, varanda, mais barracão c~/ 1qt, sl e cz – 99985.1912

CASA – Vendo, 4qt, sl, cp, cz, 2bh, gar – Travessa Rua Dr. Miguel Gontijo, 44 – R$ 340 mil – 98836.8090

CASA – Vendo, 4qt, sl, cp, cz,1bh, quintal gar - Bairro São Geraldo - Nova Serrana –R$ 220mil - Troco por casa em BD – 99928.4077

CASA – Vendo/troco, 3qt, sl, cp, cz, 2bh, quintal - Rua Raquel Paiva de Oliveira, 280Ana Rosa – R$ 90 mil –99995.8434 (Célia)

CASA – Alugo, 2qt, no São José – 99903.0855

CASA – Vendo, 3qt, 1 st, sl, cz, bh, quintal - Rua Anicesio de Mendonça, 157 - Bairro Rosário – R$ 120mil –99903.6010

CHÁCARA – Vendo, 2.600m, c/ água, luz e pomar, no Cond. Santa Cecília II, a 1 km da BR

262 - (31) 99159.8151

CHÁCARA – Vendo, 30.000m² – Beco Zeca do Couto – 99130.7523

FIESTA – Vendo, Hatch, 4 portas, 2009 – 98840.0050

FREEZER – Vendo, usado, c/ tampa vidro, motor novo, 220v – R$ 1.250, - 99128.8079

HB20 – Vendo, Unique, 2019, completo – 99106.5200

LINEA – Vendo, Dualogic 1.9, 2010, flex – 99985.1912

LOTE – Troco, na Vila Aurora, por casa de maior valor –99927.6052

LOTE – Vendo – Travessa Rua Dr. Miguel Gontijo, 44 – R$ 200 mil – 98836.8090

LOTE – Vendo, 292m, na rua Montalvânia – Santa Marta –99964.8850

LOTE – Vendo, na avenida Francisco de Paula Lopes –Bairro Fátima – R$ 35 mil –99856.5001

MÁQUINA CAFÉ – Vendo, Três Corações - 99103.0339

MESA DE COZINHA – Procuro p/ comprar, usada, de madeira – 98837.3580

PNEUS – Vendo, 3, medida 13/ 175/70, usados, montados99199.6010

PRENSA – Vendo, de calçados, manual, uma boca –99803.6634

SÍTIO – Vendo, 3ha, casa em porcelanato, perto Copasa –99944.0050

SÍTIO – Vendo, com benfeitoria – Troco por Casa –99985.2832

TERRENO – Vendo, 10ha, no Capivari dos Macedo, c/ rede elétrica – 99961.3033 e 3522.4505

Whatsapp (37)99922-2361 jornal@joneg.com.br

CNPJ 40.615.727/0001-06 Bom Despacho - MG Impresso por O Tempo Serviços Gráficos - (31) 2101.3544

2 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021
SEU ANÚNCIO NO ENVIE SEU ANÚNCIO WHA WHA WHA WHA WHATSAPP 99922-2361 TSAPP 99922-2361 TSAPP 99922-2361 TSAPP 99922-2361
ENVIE
Faça contato Whatsapp 99922-2361 jornal@joneg.com.br facebook.com/jornaldenegocios www.iBOM.com.br
É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Tiragem: 6.500 exemplares –Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana
exemplar
propriedade do Editor, que
de apenas
Este
é
autoriza a entrega grátis
1 jornal por pessoa.

O CREA-MG iniciou dia 13/12 a fiscalização de 100 obras e empresas em Bom Despacho.

O trabalho é feito por quatro fiscais que conferem atividades relacionadas à engenharia, agronomia e geociências.

Durante a blitz, os agentes verificam se as atividades técnicas estão sendo conduzidas por profissionais habilitados, conferem a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) e as placas de identificação em obras. Segundo o inspetor-chefe do

CREA na cidade, o engenheiro Thiago Melo Araújo, a fiscalização visa “coibir a prática ilegal da profissão, garantindo mais segurança à sociedade por meio da exigência da atuação do profissional devidamente habilitado”. Ainda segundo Thiago, “o aumento do número de obras na cidade e o crescimento da zona industrial, com a instalação de empresas ligadas à agronomia, levaram o Conselho a realizar a blitz” (iBom c/ informações do CreaMG / Foto: Crea).

Professor Tadeu foi homenageado pela Cãmara Municipal

UBS Divina Tomásia está atendendo 3.500 usuários de 5 bairros

CREA-MG fiscaliza obras e empresas em Bom Despacho Saúde faz mutirão de vacinação contra Covid em Bom Despacho

A Secretaria Municipal de Saúde está fazendo um mutirão de vacina contra a Covid-19 em Bom Despacho. Até sábado, 18/12, enfermeiros e auxiliares percorrem a zona rural vacinando os moradores locais – seja a primeira, segunda ou terceira dose.

Na zona urbana, quatro ambulâncias com equipes de saúde ficam em pontos estratégicos da cidade entre 17 e 20 horas oferecendo a vacina.

“O objetivo é imunizar o maior número possível de pessoas antes das festas de final de ano, diminuindo o risco de espalhamento do vírus”, explicou ao Jornal de Negócios a secretária municipal de Saúde Neide Braga.

Com o apoio da Acibom, a Secretaria de Saúde também está agendando visitas das equipes de saúde nas empresas da cidade para aplicar a vacina nos funcionários no horário de expediente.

Documentos

De acordo com a Secretaria de Saúde, menores de idade que forem receber a primeira dose devem estar acompanhados de pais ou

responsáveis e apresentar comprovante de endereço, CPF, cartão de vacina e Cartão SUS. No caso da segunda dose, é

necessário apresentar comprovante de recebimento da primeira dose da vacina, CPF e Cartão SUS. Da mesma forma, para receber a dose de

reforço é necessário comprovar ter tomado a segunda dose e apresentar Cartão SUS e CPF (iBom) / Foto ilustrativa.

Polícia apreende menor com pistola e munição furtadas

que valoriza a cidadania e enobrece os que são homenageados”, afirmou Tadeu.

Morte e saque de carga na BR 262

Uma carreta Axor e um caminhão baú de marca não informada colidiram lateralmente na BR 262 na terçafeira (30/11). O acidente aconteceu às 5h50m da manhã, no km 507 da rodovia, perto do Campinho.

Após a batida o caminhão baú saiu da pista e ficou parcialmente destruido. Seu motorista, natural de Igarapé, morreu no local. O veículo transportava mercadorias diversas do Mercado Livre. O condutor da carreta não teve ferimentos, mas sua cabine ficou com a lateral destruida.

Antes da chegada da PRF pessoas que passaram no local saquearam parte da carga levada pelo caminhão baú.

Por causa do acidente a rodovia ficou interditada na parte da manhã. (iBom) / Fotos: PRF

Um jovem de 16 anos foi apreendido pela Polícia Militar na avenida Rio de Janeiro, bairro São Vicente, em Bom Despacho, no domingo (12/ 12). Ele é acusado de furtar uma pistola Glock G19 que estava dentro de um veículo.

De acordo com informações passadas pela PM, o furto aconteceu no domingo mais cedo e o menor, conhecido da Polícia, foi apontado como suspeito do crime.

Diante dos indícios da autoria do furto, militares foram até a residência do pai do adolescente para encontra-lo. Lá souberam que o menor

estaria morando noutro local. No endereço indicado, os policiais flagraram o adolescente deitado num colchão e localizaram com ele a pistola e 24 munições.

Ainda segundo a Polícia, o menor disse aos militares ter conhecimento que a vítima tinha uma arma e confessou o furto. Contou também que depois de furtar a pistola foi para um local isolado e disparou vários tiros para o alto. Ele foi apreendido e levado para a Delegacia de Polícia Civil, juntamente com a arma e as munições (iBom) / Foto Ascom/ PMMG.

O professor Tadeu Araújo, colunista senior do Jornal de Negócios, foi homenageado pela Câmara Municipal de Bom Despacho com o Diploma de Mérito Municipal. A entrega do diploma foi realizada em sessão solene do Legislativo, dia 6 de dezembro. O nome de Tadeu foi indicado pelo vereador Eder Deivid. Segundo a Câmara – na qual Tadeu Araújo já foi vereador por 8 anos – o Diploma expressa o reconhecimento pelo trabalho do homenageado em prol da cidade. Junto com ele outras nove pessoas também receberam a comenda. “É um ato nobre da Câmara
PÁGINA 7

Produtor precisa de conectividade, preço justo e seguro rural, diz Patrick

O zootecnista bom-despachense Patrick Brauner Resende assumiu dia 3/12 a presidência da Associação dos Sindicatos Ruralistas do Oeste Mineiro para o biênio 2022-2023. A solenidade, realizada em Bom Despacho, reuniu lideranças políticas estaduais e federais, bem como representantes do agronegócio na região.

Fundada há 44 anos, a entidade é formada por 54 sindicatos rurais que abrangem mais de 100 cidades do Centro-Oeste e Alto São Francisco.

A nova diretoria da Associação, que assume as funções em janeiro próximo, é formada por Patrick Brauner Resende / Bom Despacho (presidente); José Eustáquio de Vilaça / Carmo do Cajuru (1° vice-presidente); Bernardo Teixeira Mar-ques / Brumadinho (2° vice-presidente); Paulo Henrique de Souza Lino / Pompéu (1° secretário); Manoel Salomé / Cláudio (2° secretário); Arnaldo Anselmo de Matos

Lideranças destacaram a importância do agro No evento, o deputado federal Domingos Sávio, que é veterinário, ressaltou a necessidade das lideranças “botarem a cara na defesa do agro e do país”. Diego Andrade, deputado federal, destacou a importância da produção rural. O deputado estadual Antônio Carlos Arantes, vice-presidente da Assembleia, falou da importância social do pequeno produtor e do agronegócio.

Tales Fernandes, diretor geral do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), representando a secretária de Estado da Agricultura Ana Valentim,

destacou a parceria do órgão com os sindicatos rurais para atender ao pequeno produtor e reafirmou sua expectativa de que em novembro de 2022 seja feita a última campanha de vacinação contra a febre aftosa diante da eliminação da doença no rebanho mineiro.

O novo presidente da FAEMG (Federação da Agricultura de Minas Gerais), Antônio de Salvo, disse que é o momento “de avançar nos pleitos históricos dos produtores rurais (…) que querem a melhoria e o desenvolvimento da nossa cidade, do Estado e do país”.

O prefeito Bertolino da Costa ressaltou a importância do agronegócio para Bom Despacho. Citou os ex-presidentes Paulininho Queiroz, José Fúlvio Cardoso e Jacques Gontijo, todos presentes no evento, e afirmou que “hoje vivemos o melhor momento do agro porque há políticas de governo voltadas para o homem do campo”.

Patrick: região tem alto potencial

Patrick Brauner iniciou seu discurso de posse afirmando que “o agronegócio brasileiro produz com qualidade” e que os produtores rurais brasileiros “respeitam e seguem o protocolo ambiental correto” porque “somos o único país do mundo que tem o Código Florestal que separa parte das propriedades rurais para preservação ambiental através da Reserva Legal e das APP’s (Áreas de Preservação Permanente)”.

O novo presidente destacou a necessidade de “melhorar a conectividade no campo” através do 5G, dos produtores de leite terem “políticas de preços justos” e também a importância do seguro rural que “ainda é muito pouco utilizado”.

Ressaltou também o papel da representação sindical rural, a quem cabe “defender, representar e prestar serviço de qualidade ao produtor rural e sua família”.

Patrick Brauner citou o protagonismo de Minas na agropecuária brasileira e destacou em especial o CentroOeste e o Alto São Francisco, regiões por onde passam “importantes rios como o Rio Grande, o Rio Pará, o Rio Paraopeba e claro, aqui na Serra da Canastra, nasce o Rio São Francisco. Somos banhados ao Sul pelo Lago de Furnas e ao norte pela Represa de Três Marias, o que faz de nós uma grande potência hidrográfica e com alto potencial de irrigação”. Nesse contexto, ele destacou o pro-

jeto de derivação de água do São Francisco para o Rio Picão, “que possibilitará irrigar 15 mil hectares em Bom Despacho e Martinho Campos (...), possibilitando até 3 safras anuais e trazendo grande desenvolvimento econômico para a região”. Depois de citar o perfil produtivo dos principais municípios do Centro-Oeste e do Alto São Francisco, Patrick concluiu afirmando que “a agricultura, a pecuária e, enfim, todo o agronegócio dos mais de 100 municípios abrangidos pela ASROM, são o retrato fiel do que é a agropecuária de Minas: diversificada, pujante, atraente saborosa, próspera. Uma tradição que passa de geração em geração”.

4 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021
/ Dores do Indaiá (1° tesoureiro); Valmir Alves Rodrigues / Formiga (2° tesoureiro); Benício Bernardino de Sena / Candeias (conselheiro fiscal); Carlos Henrique Rezende Lacerda / Lagoa da Prata (conse- lheiro fiscal) e José Éder Leite / Pitangui (conselheiro fiscal). POSSE NA ASROM - Da esquerda para a direita estão Domingos Sávio, deputado federal; Tales Fernandes, diretor geral do IMA; Diego Andrade, deputado federal; Bertolino da Costa, prefeito de Bom Despacho; José Eder Leite, presidente que deixa o cargo; Patrick Brauner, novo presidente; Antônio de Salvo, presidente da FAEMG e Antônio Carlos Arantes, deputado estadual.

Bom Despacho entra na disputa pela nova fábrica da Heineken

Bom Despacho entrou na disputa para sediar a nova fábrica da cervejaria Heineken em Minas Gerais. O projeto da nova indústria prevê investimento de R$ 1,8 bilhão e geração inicial de 350 empregos diretos para aumentar a oferta de cervejas premium da marca no Brasil.

Inicialmente, a nova planta industrial seria construida na cidade de Pedro Leopoldo, a 42 km da capital mineira. Mas as obras foram questionadas na Justiça pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) porque a captação de água do subsolo no local escolhido pela fábrica poderia causar impacto em grutas e cavernas existentes naquela região - onde foi encontrado o fóssil mais antigos das Américas.

Diante disso, a Heineken anunciou na terça-feira (14/ 12) sua desistência de construir a nova unidade em Pedro Leopoldo. “Tomamos a decisão de buscar outra área que atenderá a demanda dos próximos anos”, afirmou Mauro Homem, diretor da empresa, em comunicado à imprensa. No comunicado a cervejaria confirmou que a nova indústria ficará em Minas Gerais. A cidade que vai receber o empreendimento será confirmada pela empresa no início de 2022. Com isso, municípios

de todas as partes de Estado – entre elas Bom Despacho – estão correndo atrás da cervejaria interessadas em sediar a nova fábrica.

Após desistir de Pedro Leopoldo, a primeira medida da Heineken foi iniciar o cadastramento dos municípios interessados na instalação da sua nova unidade. “Nesse cadastramento, a empresa pede informações sucintas sobre a cidade e links para acessar dados sociais e econômicos do município”, explicou ao Jornal de Negócios o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Couto. Eduardo fez contato com a cervejaria na terça-feira, dia 14, e enviou as informações pedidas pela empresa.

Mas além de cadastrar os municípios interessados, a Heineken deixou uma pauta de solicitações com o Governo de Minas. Nessa pauta a cervejaria lista os requisitos essenciais para definir o local da nova indústria. Entre esses requisitos estão itens como disponibilidade de terreno com no mínimo 150 hectares, infraestrutura e localização da cidade, disponibilidade de água, logística, distância de grandes centros consumidores, projetos locais de desenvolvimento, planos administrativos municipais e outros.

“Os requisitos apresentados pela Heineken nos foram passados pelo subsecretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Douglas Cabido, que já esteve em Bom Despacho e conhece nossos projetos de desenvolvimento”, afirmou

Eduardo Couto.

O prefeito Bertolino da Costa disse ao Jornal de Negócios que “hoje, Bom Despacho consegue atender praticamente a todos os requisitos apresentados pela Heineken. Temos inclusive

a disponibilidade do terreno da antiga Febem, que possui 250 hectares no total”.

De acordo com Eduardo Couto, o terreno da Febem “é a primeira alternativa, mas além dela existem outras áreas disponíveis, com oferta suficiente de água, inclusive água mineral”, ressaltou. Ainda segundo o secretário, a fase atual é de “preparar todas as informações para participar do pleito de maneira competitiva”.

O prefeito Bertolino pediu que a documentação com os dados e propostas de Bom Despacho esteja pronta até dia 17/12.

Bom Despacho tem chance

de ser escolhida? “Sim, claro”, diz Eduardo Couto. “Entramos nessa disputa porque acreditamos nos projetos que estamos implementando. Esse desafio está alinhado com o que estamos buscando: atração e expansão de investimentos em Bom Despacho Sabemos que há outros municípios com potencial para receber a Heineken e que não temos nenhum tipo de garantia, até porque a decisão é da empresa. Mas vamos nos esforçar até o final e fazer nossa parte para que a empresa reconheça as muitas vantagens de instalar-se em nossa cidade. Esta é a nossa obrigação”, concluiu.

Nós podemos te ajudar a preparar toda a documentação necessária para ficar em dia com a Receita Federal. Para pequenas, médias e grandes empresas, realizamos serviços de contabilidade em geral, de modo eficiente, simples e voltado para o dia-a-dia de sua empresa.

5 Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021 DESTAQUE
a câmera do celular no QR Code ao lado e veja mais matérias do Jornal de Negócios no Instagram VEJA NO INSTAGRAM
Focalize
Rua Lopes Cançado, 114 - 3521.1262 - Bom Despacho Eduardo Couto: "vamos nos esforçar até o final e fazer nossa parte para que a empresa reconheça as muitas vantagens de instalar-se em nossa cidade"

FERNANDO CABRAL

As doenças que mais matam atualmente não são novas. Câncer, diabetes, cirrose hepática, ataques cardíacos e AVC foram descritas por médicos de cinco mil anos atrás. Mas, naquela época elas chamavam a atenção por serem doenças muito raras; hoje chamam a atenção por serem muito comuns.

Os povos antigos morriam de doenças infectocontagiosas, de guerras, de violência doméstica, de ataques de animais, de parto, de diarreia, de fome.

No entanto, desde a época da Babilônia as mortes por guerra, homicídios, feminicídios, infanticídios, latrocínios e similares vêm diminuindo. Olhando as guerras recentes e a violência urbana pode não parecer, mas é fato. Povos primitivos matavam mais seus semelhantes do que matamos hoje. Já as doenças infectocontagiosas começaram a diminuir com a introdução das vacinas, do saneamento básico, da água tratada e dos novos hábitos de higiene, como lavar as mãos e tomar banho. Sem falar nos antibióticos, que passaram a salvar milhões de vidas a cada ano. Mas, enquanto as mortes por causas tradicionais diminuíam, outras cresciam. As mais importantes são as doenças cardiovasculares, o câncer, o diabetes tipo 2, o Alzheimer e outras formas de demência.

Por quê?

Vale repetir: não é que tais doenças não existiam. Elas existiam, mas eram extremamente raras. Até o início do século XX era comum um médico viver e morrer sem ter oportunidade de atender um paciente com câncer, com diabetes ou com doenças pulmonares (exceto a tuberculose em algumas regiões e situações específicas).

Além de serem raras, eram doenças que só acometiam idosos. O diabetes tipo 2 era conhecido como diabetes de adulto porque só atacava pessoas com mais de 40 anos. A maioria dos cânceres também. Coração, nem se fala. Era coisa de velho. Exceto, é claro, onde havia doença de chagas. Mas esta é uma doença transmitida por um barbeiro.

Mas hoje estas doenças crônicas que eram de velhos estão atacando adultos jovens, adolescentes e até crianças.

O que mudou tanto a ponto de tornar estas doenças raras em doenças corriqueiras?

Há três causas principais: poluição ambiental, maus hábitos e má alimentação.

A poluição ambiental dá causa a algumas formas de câncer e de doenças respiratórias. Mas, nesta frente, nada se compara ao tabagismo, um hábito que afeta profundamente a saúde, com destaque para seus efeitos deletérios sobre os pulmões, o sistema vascular e o cérebro.

Contudo, para o diabetes e para todas as doenças crônicas assassinas, a alimentação ocidental moderna é a principal culpada. Nesta ordem, são as maiores maldições que chegam às nossas mesas: o

açúcar, os carboidratos refinados e os óleos vegetais de sementes, em especial o de soja.

Como se não bastasse, há um tipo de produto que junta tudo nisto numa garfada só: são as substâncias comestíveis industrializadas que algumas pessoas pensam ser alimentos. Elas nos chegam sob a forma de enlatados e empacotados que estão à venda nos supermercados. Uma de suas características principais é terem um rótulo com uma longa lista de ingredientes.

O que estas embalagens contêm?

Para começar, elas contêm açúcar. Só que pode aparecer sob um dos seus mais de cem nomes. Por exemplo, glicose, frutose, sucrose, maltose, xarope, caramelo, galactose, lactose, dextrina, dextrose, malte. Sem falar em nomes criativos, como caldo de cana desidratado.

Até carnes de sol têm açúcar. Isto, para não falar em sardinha e atum enlatados e todos os temperos prontos. Desta forma, se você saiu do supermercado com uma lata ou um pacote de qualquer coisa industrializada, pode ter certeza que vai comer açúcar, o pior vilão que podemos colocar nas nossas bocas.

Tão ruim quanto o açúcar são os carboidratos refinados que também estão presentes em tudo. Exceto as fibras, todo carboidrato que comemos é imediatamente transformado em açúcar ou em gordura. Em poucos minutos nosso corpo transforma os carboidratos em açúcar e gordura. O açúcar vai aumentar a insulina e a insulina vai armazenar a gordura. Mas parte do açúcar vai continuar circulando no sangue como glicose e parte da gordura vai continuar circulando

como triglicérides.

Comer carboidrato: este é o motivo por que as pessoas têm glicose e triglicérides elevados.

Ao açúcar e aos demais carboidratos refinados a indústria acrescenta óleos vegetais. Como o de soja é o mais barato, este é geralmente usado. Acontece que óleo de soja causa inflamação generalizada e prejudica o funcionamento do cérebro. Nosso coração e nossas artérias não gostam de inflamação persistente, ainda que muito baixa. Por isto, quem consome óleo de soja tem risco aumentado para doenças cardiovasculares.

Mas, como o sabor e a aparência destas misturas industrializadas são horríveis, os fabricantes os disfarça acrescentando-lhes corantes, edulcorantes, flavorizantes, saborizantes, aromatizantes e o quase universal (e perigoso) glutamato monossódico.

Estes fatos são todos bem documentados. Em particular, os problemas causados pelo açúcar são conhecidos há pelo menos 400 anos.

No início o açúcar de cana era um produto raro que os portugueses vendiam para os nobres europeus. Só eles tinham dinheiro para comprar. Não demorou nada e eles se tornaram obesos, diabéticos e desdentados.

Naquela época, ser obeso, diabético e ter dentes cariados era sinal de riqueza e nobreza!

Com o tempo o preço do açúcar foi caindo e tornou-se um produto de consumo popular. Quanto mais barato, e quanto mais popular, mais aumentaram a obesidade, os problemas dentais e o diabetes.

O curioso é que nosso organismo

não precisa de carboidrato. Podemos perfeitamente viver sem ele. É uma situação diferente do que acontece com a gordura e com a proteína: sem estes dois nutrientes nós não podemos viver. Eles são essenciais para nossa vida e nossa saúde. É bem verdade que alguns carboidratos estão acompanhados de vitaminas, minerais, fibras e outros componentes imprescindíveis à nossa saúde. Mas estes são os carboidratos não refinados, como aqueles que nos chegam do coco, do abacate, da couve, do repolho, do brócolis.

Hoje, o que a ciência sabe, com certeza, é que os carboidratos refinados e industrializados, em especial os açúcares, os amidos, as féculas e os farináceos em geral estão nos adoecendo, nos matando e levando os sistemas públicos de saúde à falência.

Para reverter a situação tudo começa com uma escolha simples: comer comida de verdade

Uma dica para identificar o que é comida de verdade é perguntar o que nossos bisavós comiam regularmente. Outra dica é comprar produtos que não têm uma lista de ingredientes. Coisas como carne, frango, peixe, ovos, queijo, coalhada, manteiga, toucinho, coco, abacate, couve, brócolis, azeite de oliva, cebolinha, salsinha. Nao vamos nos esquecer de uma pitada de sal e outra de pimenta.

Para as crianças até seis meses, leite materno. Dos seis meses aos dois anos, leite materno e comida de verdade. Depois dos dois anos, só comida de verdade.

Com esta mudança simples no cardápio, em menos de uma geração o diabetes voltará a ser o que era no passado: uma doença rara que atacava alguns idosos. As doenças cardiovasculares vão quase desaparecer e os cânceres voltarão a ser o que eram um século atrás: uma doença incomum, embora

6 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021
Segundo a Organização Mundial de Saúde, das dez doenças que mais matam no mundo, sete são doenças crônicas não transmissíveis. No Brasil não é diferente. Entre nós, as cinco doenças que mais matam são as cardiovasculares, o câncer, a pneumonia e outras doenças pulmonares, o diabetes e suas doenças associadas, e finalmente as doenças do fígado e do aparelho digestivo. O mais grave é que a ocorrência de todas aumenta de forma desproporcional. Por quê? Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho

UBS Divina Tomásia está atendendo 3.500 usuários de 5 bairros

CEMAE vai receber estudantes da rede pública que tenham dificuldade na Escola

A Prefeitura de Bom Despacho inaugurou dia 3/ 12 a nova sede da UBS Divina Tomásia. Localizada na Rua Quatorze, n° 50, bairro São Geraldo, ela é uma unidade de saúde tipo 2, feita segundo planta padrão do Ministério da Saúde. A nova UBS possui recepção centralizada, 4 consultórios médicos e de enfermagem, 2 consultórios odontológicos, 1 sala de vacina, 1 sala pré consulta, 1 sala de nebulização, 1 sala de atividades educativas e infraestrutura de apoio operacional e administrativo com 8 salas.

Sua construção, iniciada no começo de 2020, custou mais de R$ 500 mil. A maior parte dos recursos foi repassada pelo Ministério da Saúde.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Neide Braga, o novo prédio amplia a capacidade de atendimento do sistema de saúde e “vai oferecer condição de trabalho mais digna para a equipe do Rosário”. Segundo ela, “os agentes dessa UBS trabalham [no local] há muito tempo e conquistaram a população; agora, terão a responsabilidade de oferecer serviços ainda melhores”, afirmou.

A UBS Divina Tomásia atende aproximadamente 3.500 moradores dos bairros Palmeiras, Realengo, Rosário, São Bento e São Geraldo.

Quem foi Divina Tomásia Divina Tomásia foi moradora do bairro e se destacou pelo trabalho voluntário

assistindo famílias e pessoas necessitadas. Ela faleceu em 1995, aos 69 anos de idade. “Minha avó era uma pessoa muito caridosa, ajudava muito as pessoas. Então seu nome foi apontado pela comunidade para dar nome ao antigo posto de saúde que existia aqui”, explicou ao Jornal de Negócios a técnica Ana Paula Santos, servidora municipal que mora no bairro, trabalha na própria UBS e é neta de Divina Tomásia.

Durante a inauguração da nova sede, Ana Paula falou em nome da família, elogiou a ampliação da unidade e afirmou emocionada que “de onde ela [Divina Tomásia] está, tenho certeza que está muito feliz”.

O prefeito Bertolino da Costa relembrou “o sonho e a luta de Divina Tomásia

pelo bairro”, elogiou o trabalho e o esforço dos servidores da saúde e disse que “nada se realiza com boa estrutura se não houver o principal, que é o trabalho das equipes de saúde”.

A Prefeitura anunciou que vai implantar em Bom Despacho, no próximo ano, o Centro Municipal de Atendimento Especializado (CEMAE). De acordo com o projeto do Executivo – aprovado pela Câmara no início de dezembro – o CEMAE vai ampliar o atendimento especializado para alunos da rede municipal com dificuldade de aprendizado e que precisem de cuidados especiais na Escola.

O novo serviço terá estrutura de apoio com assistente social, psicólogo, neuropediatra, psiquiatra infantil, psicopedadogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e musicoterapeuta. “A ideia é apoiar alunos da Educação Infantil e Fundamental que tenham dificuldades na aprendizagem por causa de deficiências ou transtornos no seu desenvolvimento físico, social, emocional e cognitivo”, ressaltou ao Jornal de Negócios a secretária municipal de Educação, Gabriela Fernandes.

atestando dificuldades de aprendizado. “Mas temos ciência de que existem inúmeras crianças sem laudo e do quanto este olhar inclusivo do CEMAE pode possibilitar um diagnóstico precoce com formas de aprendizagem eficaz, além de melhorar o convívio entre as famílias”.

Para o prefeito Bertolino da Costa, “o CEMAE é um projeto transformador, que atenderá as demandas de famílias que vivenciam problemas com deficiência de aprendizagem e dificuldades de inclusão. É uma solução efetiva para todas os problemas vividos por essas famílias”.

Segundo a subsecretária de Saúde, Tamara Bicalho, “com o CEMAE conseguiremos absorver a demanda e atender outras demandas de crianças com as dificuldades de aprendizagem, através de atendimento especializado multiprofissional”.

Bertolino: "esforço dos servidoresda saúde"

Ainda segundo Gabriela, atualmente o município já dispõe de 29 professores apoio para assistir aos alunos da rede municipal que apresentaram laudo médico

O Jornal de Negócios apurou que a Prefeitura pretende instalar o CEMAE no prédio do antigo CAIC, no Ana Rosa. Inicialmente ele terá capacidade para atender a 80 crianças, com possibilidade de ampliação conforme a necessidade.

Após

que a Santa Casa “realizou no ano de 2014 uma parceria com uma empresa privada, para que colocasse um tomógrafo nas dependências da instituição”. Diz ainda que “durante o ano de 2021, a Santa Casa de Bom Despacho realizou mais de 790 tomografias pelo SUS, atendendo a todos os pacientes internos da Santa Casa que deste exame necessitaram”. No documento, a Santa Casa afirma também que “destina 80% de seus atendimentos a pacientes SUS e que também os pacientes que necessitam de realizar tomografias não são levados para outras instituições através de ambulância para a realização do exame, tendo em vista que os exames são realizados na Santa Casa de Bom Despacho”.

Negócios

A secretária de Educação Gabriela Fernandes: "apoiar alunos da Educação Infantil e Fundamental que tenham dificuldades na aprendizagem por causa de deficiências ou transtornos no seu desenvolvimento físico, social, emocional e cognitivo”

7 Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021 DESTAQUE
a publicação da matéria “Município vai instalar um tomógrafo na Santa Casa” (edição n° 1.622), a Santa Casa de Bom Despacho enviou correspondência ao Jornal de informando
Focalize a câmera do celular no QR Code abaixo e veja mais matérias do Jornal de Negócios no Instagram NOTÍCIAS no INSTAGRAM @jornaldenegocios Santa Casa informa que realiza exames de tomografia pelo SUS

Ângela, profissional incansável

A professora e secretária escolar Ângela Amaral Campos é bom-despachense, nascida em 26 de agosto de 1946. É filha de um casal de muita tradição em Bom Despacho: Francisco Ferreira do Amaral e da professora Hilda Ferreira do Amaral. Dona Hilda, admirável professora, alfabetizou e deu o curso primário para dezenas de gerações em volta de sua fazenda e do Capivari dos Eleutério. Seus filhos foram criados num ambiente de estudos e letras.

Casada com Renato Teixeira Campos em 29/01/ 68, hoje são pais de 2 filhos: Gladson e Luciana. O casal tem 5 netos, três dos quais são médicos, uma é psicóloga e um é dentista.

Fez o antigo curso primário (1ª à 4ª Série) na Escola João Dornas, 5ª à 8ª na Escola Miguel Gontijo e o Curso Médio no Colégio São Norberto, em Montes Claros/MG, para onde se mudou viveu e trabalhou nesse educandário por cerca de 26 anos.

Influência familiar Ângela é nascida no berço de uma família cuja mãe, Dona Hilda, inspirou sua geração e suas filhas Mônica, Adalgisa, Iracema, Jane e Ângela - todas com formação de curso de magistério e/ou pedagogia. Em Montes Claros, Dona Hilda recebeu uma homenagem por sua vida dedicada à educação infantil em Bom Despacho. Homenagem essa num grande cerimonial da Superintendência Regional de Ensino daquela cidade do Norte de Minas, cuja superintendente era uma ex-aluna, de quem dona Hilda fora professora na escola rural do Capivari.

Ângela afirma que sua mãe foi figura determinante a influenciá-la no gosto e no prazer de trabalhar na educação como mestra e sobretudo na administração das escolas como vicediretora e secretária.

Brilho profissional Experiência e competência são atributos que descrevem bem a atuação profissional de Ângela Amaral Campos. Ela é uma profissional com conhecimentos e práticas inigualáveis, com serviços prestados em várias escolas onde mostrou sua capacidade. A par de suas qualidades como ser humano formidável e exemplar no relacionamen-

to com os superiores, colegas, professores, alunos e as famílias nessas escolas, Ângela prima por conhecer a fundo o emaranhado das leis educacionais em nível municipal, estadual e federal. Leis as mais essenciais para as quais, a alguns faltam preparo e discernimento na sua apresentação e na sua aplicação. Por onde passou ela contribui com seus saberes em questões que poucos como ela conhecem a fundo, fazendo assim que a administração ou instalação de uma nova escola ocorressem sem percalços que tanto acontecem em tal situação.

Isto é resultado de longos anos à frente desse setor em muitos estabelecimentos de ensino. Resultado também de seus estudos e cursos que buscou todo o tempo em que trabalha e vem adquirindo um gabarito que se consegue com bastante esforço.

Currículo de trabalho Em Montes Claros, por mais de 20 anos, Ângela se destacou, alternadamente, como professora, secretária e vice-diretora. Seu nome ainda é lembrado por seu desempenho que ajudou a elevar o nome e o prestígio do Colégio São Norberto.

Em 1998, Renato e sua esposa voltaram novamente para Bom Despacho. Aqui ela emprestou seus conhecimentos na secretaria das escolas Miguel Gontijo, Coronel Robertinho, Martinho Fidelis, CESEC, Coronel Praxedes, Curumim, Milenium (Universo) e Unipac. Em todas deixou sua marca profissional. Atualmente, é diretora e proprietária de uma escola de ensino infantil e fundamental.

No seu caminho por esses estabelecimentos Ângela ficou conhecida por sua competência no seu serviço exercido com labor e dedicação, que não perde atualidade, nem a modernidade, fruto de seus estudos em busca de atualização.

Luta incansável Nesta minha coluna de Personagens da Semana, em que procuro apresentar e exaltar destacadas figuras do Município de Bom Despacho, hoje ocupa esta página a incansável e admirável profissional da educação Ângela Amaral Campos, cuja jornada de vida e de trabalho, de cabeça sempre lúcida e produção aprimorada, a faz modelo e exemplo para todos nós que fizemos da educação nossa fé e devoção. Apesar dos longos anos de caminhada, apesar de já

estar aposentada como funcionária estadual, Ângela Amaral Campos, a filha do sô Chiquinho e da emérita professora dona Hilda Ferreira dos Santos, continua trabalhando incansavelmente sempre com os ditames de sua carreira: atualizada sempre, modernizada sempre.

O seu belo desempenho nas escolas da cidade em que você nasceu dignificam e valorizam a si mesma e a toda a comunidade. Parabéns, minha seleta personagem desta semana, nas páginas do nosso Jornal de Negócios.

Dedico esta coluna de hoje (in memoriam) à admirável educadora e professora dona Hilda Ferreira dos Santos, mãe da Ângela, mulher dinâmica e empática, a quem conheci muito bem e admirei por sua cultura e por seu amor e dedicação à educação.

Sobre os antigos nomes de rua

Prezado Professor Tadeu.

Em atenção ao seu convite, exponho resultados de meus estudos. No ano de 1737 o Termo (antiga denominação da palavra município) de Pitangui foi agraciado com a abertura de uma via terrestre que ficou conhecida como Picada Pitangui - Piraquara. Foram servidos por esse caminho os atuais territórios de Conceição do Pará, Leandro Ferreira, Bom Despacho e parcela de Dores do Indaiá.

Após atravessar o Rio

Lambari, onde se deu a criação da “Passagem”, o caminho atravessou todo o território daquele que seria, trinta anos mais tarde, o município de Bom Despacho. Portanto, esse caminho seria por nós conhecido pelos nomes atuais de Avenida Ana Rosa, Rua Flávio Cançado, Rua Faustino Teixeira, Rua 7 de Setembro (ex Rua Calabouço) e Rua Picão Camacho. A rua hoje denominada Miguel Gontijo ganhou status de rua após a criação do cemitério da Praça Inconfidência por

volta de 1815.

Para combater os quilombos da região, a equipe formada pela milícia de Pitangui e voluntários, em 1755, alcançou o território de Bom Despacho em princípios de 1767 (e não 1777), quando se deu a criação da atual Rua Cruz do Monte que ganharia, no seu topo, a singela capelinha dedicada a Nossa Senhora do Bom Despacho do Picão.

Também não compactuo com a eliminação de nomes primitivos de nossas ruas.

Isso demonstra às futuras gerações que nossas tradições são desprezíveis e que, até mesmo as vias que tiveram alteração de nomes, estão disponíveis para outras alterações.

Um grande abraço e, mais uma vez, parabéns pela coluna. Como já me servi de outros jornais antigos para recolher dados históricos, antevejo a preciosidade que você reserva para futuros pesquisadores.

8 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021
Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
casal
O
Renato e Ângela com familiares
Fotos: Arquivo da família
Ângela Amaral Campos: vida profissional voltada para a Educação Carta do Leitor

À procura de Wesley

Adolescente desaparecido há quase 2 anos em Franca(SP) teria sido visto na companhia de grupo de hippies que estavam em Bom Despacho

Um adolescente que sumiu de casa em Franca/SP está sendo procurado em Bom Despacho. Wesley Pires Alves Filho, hoje com 15 anos de idade, saiu de casa dia 28 de agosto de 2020, foi até um varejão próximo e não voltou. Depois disso foi visto empurrando uma bicicleta numa rodovia. O sumiço de Wesley ganhou repercussão nacional porque a própria Polícia, após investigar o caso, admite que o adolescente pode estar vivo. A mãe, Camila Pedroso, não perde a esperança de achar o filho e faz campanhas através da Internet tentando localiza-lo.

No final de novembro, a estudante de Direito Milena Cavalcante - voluntária que ajuda a família na procura de Wesley –entrou em contato com o Jornal de Negócios. Ela disse que o adolescente teria sido avistado em Bom Despacho e pediu ajuda para encontra-lo. “Tivemos informações, através de uma pessoa, que foi visto um adolescente no meio do grupo de hippies em

Bom Despacho, próximo à igreja matriz. Sei que o jornal tem um grande alcance, e por isso peço encarecidamente que ajude a família que sofre com a falta do seu ente querido”, afirmou Milena.

A identidade da mulher que teria identificado Wesley no meio dos hippies em Bom Despacho não foi revelada, mas ela contou ainda que o adolescente

estava com os cabelos crescidos, batendo no ombro. “Como ele desapareceu há 15 meses, deve estar mesmo com o cabelo grande”, afirmou Milena ao Jornal de Negócios.

Milena lamentou que o grupo de hippies tenha ido embora de Bom Despacho. “Esse grupo frequenta a cidade, pelo que ficamos sabendo, e sempre retorna”. E termina com um

apelo: “Precisamos da ajuda da população de Bom Despacho. Caso o grupo [de hippies] retorne para a cidade, nos avisem por favor (…) para que Wesley seja encontrado e devolvido à família”.

Informações sobre Wesley podem ser passadas para a Polícia Militar (190), Disque Denúncia (181) ou para a família no telefone (16) 99316-9255.

Camila: “essa é a pior dor que uma mãe pode sentir”

um lamento emocionado

Dia 3/11, quando Wesley completou 15 anos de idade, sua mãe, Camila Oliveira, publicou um post emocionado falando sobre a sumiço do filho:

“Hoje dia 03/11 meu filho completa 15 anos, uma data tão especial e não posso abraça-lo nem dar um beijo e desejar parabéns, simplesmente porque alguém decidiu tirar esse direito de mim, tirar o direito de uma mãe poder abraçar um filho. Não sei nem afirmar se completa ou se completaria 15 anos, pois não tenho nem ideia se está vivo ou não. E pior

é saber que alguém tem essa resposta, alguém viu o que aconteceu, alguém levou ele pra algum lugar ou talvez tem alguém com ele e não me conta, não me dá essa felicidade, basta apenas uma mensagem, uma foto, um endereço. Meu coração está partido ao meio, sangrando sem parar e não tenho certeza que ele está em algum lugar, não tenho um túmulo pra chorar, não tenho uma doença pra culpar por ter levado meu filho, não posso dizer que foi um acidente que o levou, eu não sei o que aconteceu, se ainda vou rever ele ou se vai ficar

esse vazio o resto da minha vida.

Eu imploro a cada dia que se passa para que essa pessoa que sabe o que realmente aconteceu me dê essa paz que preciso no meu coração. Um dia quem sabe poderei fechar os olhos em paz porque eu o encontrei ou talvez até por simplesmente saber qual o fim dessa história. Uma coisa descobri essa é a pior dor que uma mãe, uma família pode sentir, não saber onde um filho está.

Onde você estiver meu filho te desejo meus parabéns, quero muito te

abraçar e te beijar e te mostrar o quanto eu te amo, o quanto você é amado, um menino lindo, cheio de sonhos que merece toda felicidade do mundo, o filho perfeito, carinhoso, educado, nunca sequer respondeu mal a ninguém. Que Deus te ilumine e que nos dê a chance de sermos felizes novamente. O mundo te ama.

Se você que está com ele ou sabe de algo traga essa felicidade pra minha vida de volta. Uma ligação anônima, uma mensagem, não quero explicações só quero minha vida de volta”.

POLÍCIA FEZ IMAGEM ATUALIZADA DE WESLEY

As últimas fotos disponíveis de Wesley são de quando ele tinha 13 anos de idade. Hoje ele tem 15 anos e pode estar diferente das imagens mostradas por causa das mudanças naturais da adolescência. Por isso, o Laboratório de Arte Forense da Polícia Civil de São Paulo fez uma projeção da imagem atualizada de Wesley para facilitar sua identificação.

Siga a página do Jornal de Negócios no Instagram

9 Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021 DESTAQUE
> No aniversário de Wesley, a mãe publicou O adolescente com os pais antes do sumiço
@jornaldenegocios

Cine Regina: a última sessão de cinema

Viva a vida! Feliz 2022!

Hoje vou dividir com o raro leitor e a rara leitora uma história triste, mas que promete ser novamente feliz no futuro próximo, ou seja, uma história verdadeira com roteiro para as épocas de festas de fim de ano.

frequência a Bom Despacho. A distância e o ciúme causado pela falta de convívio foram demais para este momento.

Uma de minhas lembranças mais persistentes é o fato de que acompanhei o fechamento do Cine Regina. Lembreime do antigo cine ao ler Resposta ao Tempo (Editora LiteraturaemCena,2020), de Alberto Coimbra: “No fundo, bem no meio do hall, a bilheteria (...). Ao entrar no cinema, primeiro o hallcom o baleiro no meio. Cartazes de filmes na parede, uma porta e outro hall com os sofás e vários cartazes na parede dos dois lados (...)”.

A seguir, ele explica que os cartazes eram de filmes de Marcelo Mastroianni: Esposamantee OBeloAntonio. Esse último contava com Cláudia Cardinale.

Quando eu tinha dezesseis anos, no ano de 1990, fui a esse cinema ver Lambada, a DançaProibida, na sessão de domingo à noite. Eu me recordo que eu ia junto aos escoteiros, um deles chamavase Wilson e passávamos na farmácia logo ao lado. Ele ia do trabalho direto ao cinema.

A lambada só era proibida no cinema, pois, na época, você abria uma torneira dançando lambada. A atriz principal (Laura Harring) representava a princesa Nisa e tentava evitar a devastação da Amazônia ao dançar um misto de música caribenha com carimbó de Belém, ao lado de um índio urbano que fazia magia macabra com sua pena de pavão explosiva. Nos dias que correm, Nisa com certeza seria

Cine Regina

chamada de comunista ao vestir vermelho e exibir “agenda pró-nativos”.

Em outra sessão diferente, chegam imagens de outro filme visto ali: OsDragões(1989), filme com o ator Jackie Chan, ainda em sua fase ambientada em Hong Kong e que é conhecida como “anos do Kung Fu”. Se em Lambadaríamos, nesse de luta meu amigo Wellington Mota imitava os golpes. Como em Cine Paradiso, a plateia era um espetáculo à parte.

Dois anos depois, em 1991, o Cine Regina anunciou seu fechamento, mas como despedida realizou sessão exibindo Cine Paradiso, clássico de Giuseppe Tornatore (1988). Era o cinema falando de si mesmo. Mamãe chamoume para ir, mas eu não quis fazer essa experiência mágica que seria vê-lo na telona, uma vez que tinha visto o filme em vídeo. O filme fala da volta de um cineasta bem sucedido a uma pequena cidade (Giancaldo), quando morre seu amigo Alfredo, projecionista que lhe ensinou o amor pela sétima arte e que sempre trabalhou no cine que acabou demolido ao final. Na trilha sonora de Enio Morricone, o violino é de cortar o coração. Eu não sabia que filmes como esse podem ser vistos durante a vida toda várias vezes, sempre com novo proveito. Como sinto arrependimento de não ter visto essa última sessão de nosso cinema! Logo depois que ele fechou as portas, escrevi um poema sobre o fato (veja abaixo):

Este cinema, encaixado nas duas lojas. Uma de tecidos, Cine Regina, uma barbearia.

Este cinema

Flutuando com seu branco letreiro, Pisca na madrugada, No abismo, Sempre piscando.

Na grade, círculos verdes tecem quadrados intrincados. Na verdade A entrada é franca.

Entrada tá fechada, vidro fosco.

O vidro fosco abraça as grades.

O Cine se esconde em frágeis andares De um prédio de ruivas nas janelas.

Quadrados minúsculos seguem feito facetas Da asa multicor de uma borboleta.

Sentados no meio-fio Garotos estão vendendo cigarros de menta. Quisera eu entrelaçar tal cenário Numa foto em preto e branco retintos.

Para esfregar a imagem nos narizes metálicos Da metrópole surda-muda & nua.

Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor

ALEXANDRE MAGALHÃES

“Ó meu amor, não fique triste / Saudade existe pra quem sabe ter / Minha vida cigana me afastou de você / Por algum tempo eu vou ter que viver / Por aí / (Longe de você) / Longe do seu carinho / (E do seu olhar) / Que me acompanha já tem muito tempo / Penso em você a cada momento / Sou água de rio que vai para o mar / Sou nuvem nova quem vem pra molhar / Essa noiva que é você / Pra mim você é linda / Dona do meu coração / Que bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / Ó meu amor, não fique triste / Saudade existe pra quem sabe ter / Minha vida cigana me afastou de você / Por algum tempo eu vou ter que viver / Por aí / Longe de você / Longe do seu carinho / E do seu olhar / Que me acompanha já tem muito tempo / Penso em você a cada momento / Sou água de rio que vai para o mar / Sou nuvem nova quem vem pra molhar / Essa noiva que é você / Pra

mim você é linda / A dona do meu coração / Que bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver / O meu coração bate tanto quando te vê / É a verdade que me faz viver”.

Esta é a letra de “Vida Cigana” do Geraldo Espíndola, irmão da grande Tetê Espíndola. É a música que representa meu momento de vida.

Hoje vou dividir com o raro leitor e a rara leitora uma história triste, mas que promete ser novamente feliz no futuro próximo, ou seja, uma história verdadeira com roteiro para as épocas de festas de fim de ano.

Vou ter de deixar de me referir à Roberta Teixeira como minha namorada bom-despachense. Há uns vinte dias, ela é minha grande amiga bom-despachense. Depois de quatro anos vivendo um amor intenso e lindo, resolvemos nos separar.

O trabalho e, especialmente, a ida de minha filha Isabella para morar nos Estados Unidos, onde está estudando, me forçaram a ficar mais tempo em São Paulo e ir com menos

Nosso relacionamento era muito baseado no companheirismo, nas caminhadas diárias, nas corridas matinais pelas estradas de chão de Bom Despacho, na admiração que temos pela natureza, no ouvir música juntos enquanto preparávamos o almoço, enquanto tomávamos um bom vinho ou algumas cervejas, no convívio com os amigos, na participação no Circuito dos Rancheiros, nos beijos, abraços e carícias que faziam parte de nosso dia a dia. A pandemia me permitiu trabalhar um ano e meio em Bom Despacho e o amor da minha vida acostumou-se à presença constante. Ao voltar para São Paulo para começar novamente a dar aulas presenciais, somado ao dinheiro mais curto para ir vêla com frequência, já que a estada de minha filha em outro país está consumindo o pouco de dinheiro que tenho, criaram fantasmas atormentadores.

Apesar de reafirmarmos que “você é o melhor namorado que já tive na vida” ou “nunca tive uma mulher tão carinhosa como você”, a distância e ciúme nos enfraqueceram. É normal, infelizmente!

Resolvemos que, neste momento, a melhor coisa a fazer é vivermos separados. Mas, continuarmos amigos e confidentes, sabendo que a separação é um momento muito difícil e que requer apoio de um para o outro. Vamos superar este momento.

Grande como sempre foi, de coração imenso, minha amiga bom-despachense insistiu para que eu continue frequentando o Circuito dos Rancheiros, para continuar ouvindo a melhor música, na melhor companhia e, claro, para que não perdêssemos o contato e possamos colocar as fofocas em dia.

Mas, raro leitor e rara leitora, o melhor ainda está para ser contado: entendemos que não vivemos tudo que podemos viver juntos. Fizemos planos e juras de amor para nos reencontrarmos no futuro, próximo ou distante, para continuarmos a viver nossa paixão. Queremos continuar esta história tão rica, tão linda, tão cheia de beijos e abraços. Não colocamos uma data para

voltarmos a nos chamar de namorados, apenas sabemos que não colocamos um ponto final em nossa bonita história. Em breve, quem sabe, já que o futuro pertence ao desconhecido, poderei ocupar este espaço para dizer que “minha namorada bom-despachense” fez isso, “minha namorada bom-despachense” fez aquilo.

A importância da Roberta em minha vida é imensa: sem ela, eu jamais teria conhecido Bom Despacho e só a ausência deste fato já teria feito de minha vida um lugar menos feliz e pulsante. Ela me ensinou o que é ser grande como pessoa. Com ela aprendi que o amor, físico ou não, é um momento de troca, de doação de um para o outro, da busca dos detalhes, da valorização do processo e não do fim.

Com ela descobri, ao custo da separação momentânea, que o estar perto é fundamental, pois alimenta a parceria, engrandece o conhecimento que um tem do outro.

Saio deste primeiro capítulo de meu amor por ela, desta primeira parte da relação, triste pela vida separada que levaremos neste momento. Porém, saio esperançoso que nossas promessas mútuas de continuar esta história no futuro próximo serão realizadas. Ainda temos muitos beijos, abraços, confidências e carinhos a trocar.

Sempre te amarei, Roberta, minha amiga bomdespachense.

Para o raro leitor e a rara leitora, tenho péssimas notícias: por causa de meu vínculo ainda existente com o Circuito dos Rancheiros e com a perspectiva de voltar ao relacionamento com minha momentânea amiga bom-despachense, continuarei a escrever neste importante Jornal de Negócios.

Resolvi contar esta história, para dizer que este é um momento de festas e expectativas. Que morre um ano, o de 2021, mas que nasce um novo período, o ano de 2022.

Roberta, não veja a hora de voltar a te chamar de “minha namorada bom-despachense”. Que seja em breve.

A vida vale a pena ser vivida. Viva a vida! Boas festas, amigos bom-despachenses e um excelente 2022!

10 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021
LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD Foto do cinema numa exposição da arquiteta Gabriela Gontijo na Mostra Artefacto em 2018. O fim de um ciclo

Colocando o pé e o coração na estrada

Sobre ser atleticano

PAULO HENRIQUE

para o meu eu criança, as sucessivas derrotas e chacotas antes dos 10 anos de idade eram bem doloridas sim. Ainda assim, as derrotas nunca diminuíram o sentimento por esse time, não nos tiraram a esperança de que a vitória viria e não nos enfraqueceram, pelo contrário.

Para muitas pessoas, levantar e sair da zona de conforto para praticar uma atividade física é uma tarefa bem árdua. As desculpas são falta de tempo, preguiça, falta de motivação e por aí vai. Só quem realmente se propõe a fazer uma atividade física com regularidade descobre no corpo, na mente e na alma que ela é um santo remédio.

Poderia gastar toda a página enumerando seus benefícios: prevenção de doenças, fortalecimento muscular, inclusive o cardíaco, redução da pressão arterial, aumento dos níveis de HDL (colesterol bom) e diminuição dos níveis de LDL (colesterol ruim), melhora da circulação sanguínea, liberação de endorfina e por aí vai. Isso para falar da parte física.

Tem também a sensação de organização mental que muitas atividades nos proporcionam e, no caso dos esportes possíveis de serem praticados coletivamente, tem a doce e cheia de aprendizado socialização.

Não há regras pré determinadas. Não há esporte melhor que o outro. O importante é levantar da cadeira, da cama e do sofá e movimentar o corpo.

Bom Despacho, hoje, conta com grande apoio da Secretaria Municipal de Esportes, possui inúmeras academias, grupos de bike, de corrida, aulas de natação, de luta, de futebol, de tênis, pilates e yoga (que nem sei é considerada uma modalidade esportiva, mas também traz muitos benefícios).

O segredo é achar algo com o que se identifique e praticar com regularidade e, de preferência, com bons equipamentos, quando exigidos e com orientação profissional.

De uns anos pra ca descobri como a atividade física me faz bem, acalma minha mente, ajuda a elaborar meus sentimentos, alivia minhas tensões, controla minha muita ansiedade e mantém meu peso numa certa estabilidade, além de me

proporcionar grandes experiências e trazer lindos e queridos amigos.

Nunca fui a mais veloz ou alguém que se destacasse nos esportes que pratiquei, mas sempre os pratiquei fiz com regularidade, fosse nadando com a Andreia, correndo com o pessoal da Correbom, pedalando com o pessoal da bike, treinando com o Lineker e o Toninho ou simplesmente

calçando meu tênis e me preparando para uma simples caminhada.

No último domingo, 12 de dezembro, participei da 22ª Volta Internacional da Pampulha. Estava inscrita há um tempo, mas saindo de uma infecção meio brava, sem treinar e passando por um turbilhão de mudanças na vida pessoal, pensei: não vou!

Depois reconsiderei, já que

havia mais quatro pessoas combinadas de ir comigo no carro. Só de Bom Despacho éramos 68 inscritos. Montamos um grande grupo antecipadamente para preparar a logística da prova, organizar formas de irmos e contar com o apoio da Correbom e da Prefeitura.

Levantei às duas horas da manhã, me preparei, peguei o pessoal que iria comigo e pus o pé, o tênis e o coração na estrada.

No carro, cheguei a pensar em participar da prova apenas como espectadora. Lá chegando, a festa armada, 10 mil participantes felizes em poder voltar a vivenciar provas coletivas depois de tanta espera por causa da pandemia, não resisti.

O espetáculo e a energia do evento acabaram me alcançando. Tinha de tudo: atletas profissionais, amadores, pais empurrando carrinho por todo o percurso de 18 quilômetros, pessoas com próteses em uma e às vezes nas duas pernas … Pensei: também consigo.

Respirei fundo, me hidratei, rezei e contei com o apoio e a parceria de uma grande amiga, a Renata Lago, com quem dividi todo o percurso. Corremos por 18 quilômetros, lentamente, no nosso ritmo, sem nos co- brar. Às vezes chorando por conseguir dar o próximo passo, às vezes gargalhando de algum engraçadinho que passava ao lado com uma piada pronta, às vezes nos emocionando com a batalha de quem estava ao nosso lado, mas por quase todo o caminho, simplesmente silenciosas, vivendo nosso processo de superação, introspecção e cura. Porque é isso que o esporte faz, ele, por muitos motivos, nos cura!

E é por isso que vale a pena pegar o tênis, ou as luvas, ou a toca, ou a bike e se aventurar a dar o primeiro passo para sair do ócio.

Bora tentar!

Vimos cair este ano um tabu que pareceu inalcançável por um longo período: o Galo é o Campeão Brasileiro de 2021! Amigo, amiga, como é bom escrever isso, e como foi bom viver! Depois de tanto tempo no quase, depois até de celebrarmos na década passada dois grandes títulos - na Libertadores e na Copa do Brasil, chegamos finalmente ao título com que sonhamos por tantos anos. Respeito demais meus amigos cruzeirenses, os amigos americanos, flamenguistas e aqueles que não gostam de futebol, mas não posso deixar passar uma marca tão importante. Tampouco posso desperdiçar a oportunidade de falar de traços que o ser atleticano trouxe para nossas vidas.

Time de futebol - em Bom Despacho e creio que na maior parte do Brasil – é coisa de família. Meu pai nos ensinou o que aprendeu com meu avô e somos atleticanos desde a maternidade – ou até antes, quem sabe... Minha mãe não nutria do mesmo sentimento pelo Galo, mas respeitava e incentivava de um jeito que só o amor de uma mãe como a minha poderia. Lembro-me de ir a diversos jogos no Mineirão em companhia de meu pai carregando bandeiras por ela confeccionadas. Costureira de mão cheia, além de fazer roupas dos mais diversos estilos, desde camisas de botão até bermudas, ela fazia uma bandeira preta e branca pra gente quase todo ano. E nos viu descartá-las em algum canto escondido seguidas vezes...

Sofrimento é um sentimento que o ser atleticano me apresentou na infância. Graças a Deus, tínhamos uma vida tranquila, com tudo o que precisávamos e muito carinho em casa. Então sofrimento não estava no script da nossa infância. Mas o Atlético nos proporcionou isso – e eu não falo com pesar. Vimos na década de 80 o Galo nos encantar no início de vários anos, como no hexacampeonato mineiro.

Passava o meio do ano, víamos o mesmo time nos decepcionar com eliminações nas copas e campeonatos nacio- nais. É claro que sei que isso passou longe do sofrimento profundo por que muitos passaram e passam na vida, não se trata de me vitimizar. Mas,

Resiliência e persistência são figurinhas comuns no vocabulário das receitas de sucesso na vida. A ciência, a psicanálise e os gurus têm decantado aos quatro ventos o quão importantes são para o desenvolvimento do ser humano. A resiliência, por ser a capacidade de se recuperar dos infortúnios e pressões a que todos somos submetidos ao longo da vida. A persistência por ser a capacidade de seguir tentan- do. É, atleticano, o Galo nos ensinou muito disso...

As grandes histórias são narradas em 3 atos: a exposição, o confronto e a resolução. Em linhas gerais, começa com um mundo estável, se desenvolve com uma crise que desfaz esse equilíbrio e finaliza com uma virada memorável. O Galo nos convidou várias vezes a viver histórias épicas, desde as conquistas improváveis e empolgantes em 2013 e 2014, até os 105 minutos de vibração em cada jogo que vivemos no Mineirão ou Independência. Não sei se é a licença poética para se usar livremente palavrões, ou a fraternidade instantânea com o atleticano ao lado, ou o furor das canções que invariavelmente me fazem perder a voz, estádio em jogo do Galo é uma experiência fantástica! Ok, sei que isso não é privilégio do atleticano, sei que torcedores de outras camisas vivem experiências similares. Mas histórias épicas como as que vivemos não são para muitos.

E, neste 2021, em mais um clímax inesperado, o Atlético Campeão Brasileiro teve a sensibilidade de desenvolver um time-família de futebol. Esqueceram aquela mítica do jogador mau caráter, ou dos privilégios para os mais bem pagos, e trouxeram esposas e filhos para acompanhar cada jogo no estádio, para entrar no gramado no colo ou de mãos dadas com os pais e saírem juntos para o vestiário. Esqueceram do imediatismo que vivemos em quase tudo e trouxeram Reinaldo para ser homenageado pelas estrelas de hoje, Dadá para entregar a taça e Belmiro para levantá-la junto com os capitães de 2013 e 2021.

É uma narrativa? Sim. Mais uma bela história épica! Saudações atleticanas!

11 Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021 DESTAQUE
Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação Foto ilustrativa Coração de tecido com enchimento. Produto Elo7. Roberta Gontijo Araújo Teixeira Villela é bacharel em Direito e servidora pública federal.
12 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 15 Dezembro 2021

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.