DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
Ano XXXII - Nº 1.629 • Fundado em 12/05/1989
FERNANDO
CABRAL
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Bom Despacho (MG), 15 Março 2022 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR
Mulheres da minha vida
Mulheres inesquecíveis de minha vida
Página 4
Página 8
ALEXANDRE MAGALHÃES
Ainda falta muito Página 11
PAULO
HENRIQUE
Precisamos de um dia da mulher? Página 10
Projeto do Executivo propõe horário integral em todas as Escolas de BD Mudança permitirá repasse de R$ 6 milhões do Estado para novas Escolas na cidade PÁGINAS 5, 6 e 7
Câmara tem até 31 de março para analisar e votar o projeto enviado pelo Executivo
Mais de R$ 2 milhões em financiamentos já foram liberados no PrafrenteBD PÁGINA 9
Bom Despacho, a Mulher e as manifestações: de PÁGINA 11 1968 até 2013
Agência do Sicoob no Engenho foi assaltada
Prefeito entrega Plano de Cargos de servidores
Veja notícias diárias de Bom Despacho acessando o site do Jornal de Negócios
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DESTAQUE
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Mulher de 52 anos é atropelada ao tentar atravessar a BR 262
Uma mulher de 52 anos foi atropelada ao atravessar a BR 262 às 7h30m da manhã de segunda-feira (14). O acidente aconteceu próximo ao km 457 da rodovia, que fica entre Bom Despacho e Nova Serrana. A vítima foi atingida na pista por um Fiat Fiorino branco que trafegava da capital para o Triângulo Mineiro. De acordo com informações
da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a mulher foi socorrida por uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros e levada para a Unidade de Pronto Atendimento de Nova Serrana com lesões graves. A corporação não disponibilizou mais informações sobre a ocorrência e nem informou sobre o condutor do Fiorino (iBOM / Imagem ilustrativa)
Vice-prefeita anuncia a sua pré-candidatura a deputada Em comunicado divulgado no seu perfil no Instagram, a viceprefeita de Bom Despacho, Juliana Jaber (foto), informa que é pré-candidata a deputada estadual pelo MDB nas eleições deste ano. “A partir de hoje, coloco meu nome à disposição da população e para apreciação do @mdb.mg como précandidata à deputada estadual”, diz a vice-prefeita. No texto, Juliana afirma ver nessa iniciativa a “possibilidade de ajudar um número muito
maior de pessoas” e que “Bom Despacho e região” (…) precisam de uma representatividade feminina na política”.
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Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
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Agência Sicoob Credibom foi assaltada no Engenho
Homens armados dominaram funcionários, abriram cofre e levaram todo o dinheiro da agência O distrito do Engenho do Ribeiro, em Bom Despacho, ficou agitado na quinta-feira, 10/3, após um ataque à agência do Sicoob Credibom – única instituição financeira presente na comunidade. De acordo com informações apuradas pelo iBOM, dois funcionários abriam a agência quando foram abordados por dois homens armados de pistola que renderam a todos, inclusive o vigia. Já dentro da agência os assaltantes exigiram o dinheiro guardado no local. Um dos funcionários foi obrigado a abrir o cofre e entregar todo o numerário aos bandidos. Os funcionários foram amarrados mas sem uso de violência física. Os assaltantes não dispararam nenhum tiro, não agrediram os funcionários e não levaram nada deles. Imagens do roubo Após roubar o dinheiro do cofre da agência a dupla fugiu do local levando a arma e o colete do vigia. Além disso, levaram também equipamentos com imagens das câmeras de segurança da agência. Depois de algum tempo os funcionários conseguiram se soltar, avisaram a agência
matriz do Sicoob Credibom em Bom Despacho e acionaram a Polícia Militar. Imediatamente a Polícia enviou homens e viaturas para o local. Durante as diligências os policiais conseguiram imagens de câmeras de estabelecimento próximo. Segundo uma fonte da Polícia Militar ouvida pelo iBOM, os ladrões fugiram numa VW Saveiro Cross branca direção de Alberto Isaacson e Pitangui. A PM montou cerco na região para tentar encontrar e
prender os assaltantes. Até a publicação dessa matéria os responsáveis não haviam sido encontrados. O valor roubado não foi divulgado pelo Sicoob Credibom. Ação planejada Fonte ouvida pelo iBOM disse que o ataque foi planejado com antecedência e que a dupla teve apoio de mais pessoas do lado de fora. “Tudo indica que fizeram um estudo prévio do local e planejaram o assalto em detalhes”.
Após o assalto, os funcionários da agência atacada foram encaminhados à assistência psicológica devido ao trauma causado pelo episódio. Nenhum deles foi ferido e não teve pertences pessoais levados pelos bandidos. A agência possui seguro contra roubos. Por causa do ataque, a agência do Engenho permaneceu fechada durante todo o dia, mas voltou a funcionar normalmente no dia seguinte (iBOM / Foto ilustrativa).
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Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
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Mulheres da minha vida
No dia da mulher de 2022 eu queria falar de algumas mulheres importantes de minha vida. Gente como minhas avós Maria e Diva, minha mulher Alcione, minha filha Ana, minha mãe, Maria de Castro, minha professora D. Zinha, minha mentora D. Helena Antipoff, e tantas outras. No entanto, minha atenção foi desviada pelos absurdos ditos por um deputado paulista dias antes da data em que se comemora o dia
FERNANDO
CABRAL
Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho
Dia 4 de março, ao voltar da Ucrânia, o deputado estadual Arthur do Val disse coisas bárbaras a respeito das mulheres ucranianas. Num ato de machismo explícito, misoginia extremada e completo desrespeito com todas as mulheres, ele afirmou que as ucranianas: “São fáceis, porque elas são pobres.” A frase é cruel, maldosa, insensível e preconceituosa. Cruel, porque ele se referia a mulheres em fuga sofrendo a agonia de uma guerra sangrenta promovida por um inimigo muito mais forte e determinado a impor sua vontade a ferro e fogo. Maldosa e insensível, porque interpretou como indicativo de disponibilidade sexual o comportamento educado, tímido e amedrontado das ucranianas que encontrou em situação de perigo. Preconceituosa, porque associa disponibilidade sexual com pobreza. Nos dois primeiros itens, o que se vê é a manifestação do machismo puro e simples do deputado Arthur do Val. Aparentemente ele não consegue ver as mulheres como companheiras dos homens, como pessoas. Em particular, no caso das ucranianas, como pessoas que estão vivendo o intenso sofrimento de ver seu país atacado, suas casas destruídas, seus maridos, pais e filhos convocados para a guerra. Contudo, é no terceiro item que surge um dos preconceitos mais arraigados nas elites brasileiras: a de que mulher pobre é mulher fácil. Preconceito que vem desde a época dos portugueses que impunham sua lascívia às negras
e às índias. Mulheres pobres que também sofriam a violência quotidiana da escravidão e da servidão, tal qual as ucranianas sofrem hoje a violência quotidiana da guerra. Talvez o deputado não saiba, mas, segundo o IBGE, neste ano de 2022 o Brasil deixou 50 milhões brasileiros — ou 25 milhões de mulheres — abaixo da linha de pobreza. A prevalecer a visão preconceituosa do deputado Arthur do Val, seriam 25 milhões de mulheres brasileiras fáceis porque são pobres. Esta visão ofensiva e aberrante não decorre de um defeito isolado do caráter do deputado. Na verdade, ela faz parte de um preconceito maior, que tem o complicado nome de aporofobia, que significa horror a pobre. Pessoas que sofrem de aporofobia acham que os pobres servem para prestar serviços braçais e atividades domésticas. No caso dos homens como o deputado, as mulheres pobres servem também para serem usadas sexualmente. Mas, infelizmente, o deputado não se limitou a dizer que as ucranianas são fáceis porque são pobres. Ele foi além. Ele disse que tão logo chegasse ao Brasil, compraria passagens para voltar à Ucrânia ano que vem para fazer o turismo das loiras. Ou seja, com o objetivo específico de fazer sexo com as loiras do leste europeu. De passagem, ele desdenhou das mulheres brasileiras. Disse que até as pobretonas da Ucrânia são mais bonitas do que as “minas” (palavra dele) das “baladas” (palavra dele) de São Paulo. Ao que tudo indica o deputado não conhece o amor das mulheres. O áudio que Arthur do Val mandou para seus amigos vangloriando-se das suas intenções de tirar proveito das fugitivas de guerra que são pobres estende-se por vários minutos. É um triste espetáculo de desrespeito com todas as mulheres. Não apenas as
mundial da mulher. Todas as mulheres da minha vida — como todas as que fazem parte da vida de cada um de nós — mereciam uma homenagem especial. No entanto, com a agressão que sofreram na fala do deputado, a maior homenagem que posso lhes prestar é expressar meu profundo repúdio ao que ele disse e por tudo que atrasado que ele representa. ucranianas, mas todas as mulheres do planeta. Algumas expressões que ele usa são tão baixas, tão grosseiras, tão escabrosas, tão libertinas, que não se pode publicá-los num jornal que chega a casas onde há crianças. É muita baixaria. Mas, quem é este deputado? Arthur do Val tem 35 anos, é deputado estadual, foi candidato à prefeitura de São Paulo e agora se apresentava como candidato ao governo do Estado de São Paulo. No seu grupo de youtube, ele tem quase três milhões de seguidores. Quando candidato à prefeitura de São Paulo, teve uma votação expressiva que chegou a praticamente 10% dos votos. Não é pouco. Enfim, trata-se de um deputado eleito com votação ponderável, candidato à prefeitura de São Paulo — maior cidade do Brasil — e précandidato ao governo do Estado de São Paulo com números importantes nas pesquisas de opinião. Não é um Zé Desconhecido entre os eleitores paulistas. Mas, quando se trata dos seus valores éticos e morais, comportou-se como um Zé Ninguém. O que muita gente se pergunta é por que o eleitor continua elegendo este tipo de pessoa. É difícil saber ao certo, mas uma parte o faz porque não conhece a vida pregressa do candidato nem sabe como ele é na vida privada. Outra parte o faz porque não se importa. O deputado deverá sair ou ser expulso do seu partido. Mais incerto é o castigo que a Assembleia Legislativa de São Paulo lhe dará. O histórico da Casa lhe é favorável. Afinal, um deputado que passou as mãos nos seios de uma colega, no plenário, sob as vistas de todos e das câmaras de televisão foi punido apenas com uma suspensão de alguns dias. Neste cenário, mesmo sendo bizarra, a defesa do deputado pode funcionar. Ele diz que não
roubou, mas mesmo assim querem que ele seja punido. Parece que ele não sabe que para ser deputado, o cidadão tem que ter decoro. Decoro é compostura, é decência, é atitude respeitosa, exatamente o que lhe faltou. As palavras do deputado mostram, mais uma vez, como as mulheres ainda não conquistaram o seu lugar ao sol na vida brasileira. Avançaram. Avançaram muito. Mas ainda há homens que não mostram o respeito que lhes é devido. Isto se reflete em várias áreas. Uma delas, os menores salários que elas recebem quando comparadas com colegas homens que exercem a mesma função. Outra delas, nos postos de comando das empresas. Ali elas são minoria, mesmo algumas já tendo demonstrado que não ficam nada a dever como executivas de empresas de todos os portes. Outra, ainda, na área política, onde são minoria nas câmaras de vereadores, nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional. Ofensas como aquelas proferidas pelo deputado Arthur do Val entristecem, mas não tiram a esperança nem a certeza de que a marcha das mulheres pela igualdade continuará avançando, vitória após vitória. As mulheres não serão contidas, reprimidas ou retardadas por pronunciamentos ou mesmo ações de personalidades medíocres, retrógradas e misóginas. Continuarão avançando por mérito próprio, não por favor ou condescendência dos homens. Devido à violência praticada pelo deputado, hoje deixo de falar nas mulheres da minha vida. Mulheres como minhas avós Diva e Maria; minha mãe, Maria de Castro; minha filha Ana; minha companheira Alcione e tantas outras. Deixo de falar nelas porque preciso manifestar minha solidariedade a todas as mulheres do mundo, especialmente as pobres, que foram tão insultadas pelas palavras do deputado Arthur do Val. Episódios como este mostram os tempos obscuros que ainda
estamos vivendo. Eles nos roubam a esperança de os tempos de violência contra as mulheres já terem passado. Mas as tantas conquistas já feitas nos dão a certeza de que
as mulheres continuarão usando cada ofensa, cada direito negado, cada agressão, como uma pedra a mais na escada que levará a novas e maiores conquistas.
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Projeto do Executivo propõe horário integral em todas as Escolas de BD > Mudança permitirá repasse de R$ 6 milhões do Estado para novas Escolas na cidade > Câmara tem até 31 de março para analisar e votar o projeto enviado pelo Executivo O prefeito Bertolino da Costa enviou à Câmara na sexta-feira, 11 de março, novo projeto de lei que autoriza o município a firmar convênio com a Secretaria de Estado da Educação para receber nas Escolas municipais os alunos do 1° ao 5° ano que hoje estão na rede estadual. Se a Câmara aprovar o projeto, esses alunos, num total de 953 crianças, terão direito aos mesmos benefícios oferecidos hoje aos estudantes da rede municipal - entre eles o horário integral de ensino, inexistente na rede estadual. O projeto foi enviado com pedido de urgência. Segundo a Resolução 4584/2021 da Secretaria de Estado da Educação, a lei municipal autorizando a municipalização precisa ser aprovada pela Câmara até 31/03 para vigorar a partir do próximo ano. Conforme o projeto, passarão para a rede municipal os alunos do 1° ao 5° ano que estudam nas Escolas
Chiquinha Soares, Coronel Robertinho, Maria Guerra (Engenho do Ribeiro) e Egídio Benício. Em contrapartida, o Estado vai repassar uma verba de R$ 6.182.701,13 para Bom Despacho. Com esse dinheiro a Prefeitura pretende construir duas novas escolas - uma na região do Jardim América/ Rosário e outra no Jaraguá – e 50 salas de aulas nas escolas Dona Duca, João Dornas, Coronel Praxedes e Virgílio Antônio para receber os novos alunos. Outras benfeitorias também serão feitas com esse recursos (veja quadro). Com a municipalização dos alunos, Bom Despacho também receberá mais dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) e outras verbas pagas por aluno para custeio do ensino. “Com esses recursos vamos implantar o ensino em horário integral em todas as escolas municipais, estendendo a todos os
alunos os benefícios oferecidos hoje a crianças que estudam no Praxedes, Flávio Cançado e João Dornas”, afirmou ao Jornal de Negócios o prefeito Bertolino.
Enquanto as novas Escolas e salas de aula estiverem sendo construidas, as turmas municipalizadas permanecerão nas escolas de origem mas sob a responsabilidade da
Prefeitura. Ao todo são 7 turmas no Chiquinha Soares, 9 turmas no Coronel Robertinho, 5 turmas na Maria Guerra e 14 turmas no Egídio Benício. A partir de 2023
todos esses alunos receberão uniforme e kit de material escolar, mais livros, material didático e outros benefícios já fornecidos aos estudantes da rede municipal.
Os professores serão mantidos nas Escolas com mesmos direitos até se aposentarem Atualmente, 29 professores estaduais dão aulas para os 953 alunos que virão para a rede municipal se a Câmara aprovar o projeto de lei do Executivo. Nenhum desses professores perderá o emprego e nem será prejudicado pela mudança. Eles ficarão cedidos ao município e poderão escolher dar aula na escola em que já trabalham. Continuarão servidores do Estado até se aposentarem e suas aposentadorias serão feitas pelo IPSEMG, como é de direito. “Por outro lado, se a Câmara rejeitar o projeto do Executivo o Estado começará a transferir as
turmas dos Anos Iniciais para a rede municipal. Neste caso esses professores terão que mudar de escola”, afirmou ao iBOM o prefeito Bertolino da Costa. “Diante disso faço um apelo aos vereadores: olhem para nossas crianças e suas famílias. Votar contra o projeto de municipalização significa prejudicar centenas de alunos que poderiam vir para a rede municipal estudar em horário integral, receber benefícios como uniforme, material escolar, livros, aulas extras e quatro refeições diárias, além de liberar os pais para trabalharem”, ressaltou Bertolino.
Educadores municipais receberam 640 notebooks Dell Na quarta-feira (9/3) a Secretaria de Educação fez a entrega simbólica de mais 400 notebooks Dell novos para os professores da
rede municipal de ensino. A solenidade foi realizada na sede da Prefeitura, com presença de educadores. Todos os professores e
profissionais da educação da rede municipal receberam o equipamento, num total de 640 notebooks. Eles vêm equipados com o
Leia mais sobre o projeto de municipalização nas páginas 6 e 7 desta edição
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sistema de ensino FTD e o programa federal Tempo de Aprender - aplicativos utilizados pelos professores para dar aulas.
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Volta do projeto é nova Verba de R$ 6 milhões oportunidade para Bom será para construção de Despacho, diz Prefeito Escolas, novas salas e
compra de equipamento
No encaminhamento do projeto de lei à Câmara, Prefeito listou a destinação dos mais de R$ 6 milhões que serão repassados pelo Estado ao município se os vereadores aprovarem a lei: - Construção de Escola de ensino fundamental (12 salas de aula) próximo aos bairros Jardim América e Rosário; - Equipar laboratório de informática da nova escola (notebooks, telas de projeção, roteadores e outros equipamentos); - Aquisição de mobiliários escolares e outros equipamentos (eletrodomésticos, materiais de consumo, recreativos, etc); - Ampliação e reforma da Escola Dona Duca, no bairro São Vicente; - Aquisição de novos mobiliários para as salas que serão construidas na Escola Dona Duca; - Equipar com materiais específicos e de informática o Centro Municipal de Atendimento Especializado, que atenderá crianças da educação infantil e ensino fundamental; - Implementação do Projeto Educonecta, para compra de novos equipamentos, melhoria de acesso à Internet das escolas de ensino fundamental, com capacitação para o uso de tecnologias; - Reforma da Creche Dona Liquinha; - Adequação da Escola Maria Guerra ao Centro Municipal de Educação Infantil Jacinto Salviano da Silva.
Fechamento das matrículas de Anos Iniciais pelo Governo do Estado preocupa Executivo Bertolino discute com Estado a cessão da Escola Egídio Benício ao município para Bom Despacho dispor de mais prédios escolares Mesmo sendo obrigação do município oferecer o Ensino Fundamental, a municipalização dos 953 alunos que hoje estão matriculados nos anos iniciais da rede estadual só pode ser feita se a Câmara aprovar o projeto do Executivo para municipalizar o ensino. Se os vereadores rejeitarem o projeto, o município não poderá receber esses alunos e perderá o repasse de mais de R$ 6 milhões para a Prefeitura construir novas Escolas e salas de aula em Bom Despacho.
“As consequências negativas virão a partir de 2023, pois o Estado já sinalizou que começará a fechar as matrículas para novos alunos na rede estadual como já fez em outras cidades”, diz o Prefeito. “Se isso acontecer nós teremos de receber esses novos alunos, porque o município tem obrigação de oferecer Ensino Fundamental. Como não temos prédios para acolher mais crianças, seremos forçados a abrir vagas para os novos alunos juntamente com os já matriculados”.
Segundo o chefe do Executivo, “diante disso, além de enviar o projeto de municipalização para a Câmara, também estamos discutindo com a Secretaria da Educação um convênio para o Estado repassar ao município o prédio da Escola Egídio Benício com todos os seus alunos a partir do próximo ano. Com isso teremos mais uma escola para receber novos alunos se a municipalização não for votada a tempo na Câmara e o Estado iniciar o fechamento das matrículas dos anos iniciais como está previsto”.
O projeto de municipalização tinha sido encaminhado à Câmara no ano passado, mas como não foi votado em 2021 ele perdeu a validade e teve de ser retirado pelo Prefeito. “Agora voltamos com o projeto porque o Estado abriu nova oportunidade. É a última chance de Bom Despacho receber os recursos e agilizar a implantação do horário integral para todos os alunos, inclusive os que estão na rede estadual”, afirmou o prefeito Bertolino ao iBOM/Jornal de Negócios. Bertolino reafirmou que o Governo de Minas está decidido a fechar os Anos Iniciais nos municípios onde ele ainda existe – já que o Ensino Fundamental não é obrigação do Estado. “Por isso o Governo está oferecendo condições especiais para assumirmos essas turmas. Se não aproveitarmos agora, a partir do próximo ano já poderemos ser forçados a abrir vagas para os novos alunos que iriam ingressar na rede estadual, mas sem receber nenhum tipo de ajuda financeira para construir novas escolas. Por essa razão é importante que os vereadores aprovem o projeto que foi reenviado à Câmara”, afirmou.
Márcio: mudança também permitirá que Estado invista mais no Ensino Médio em BD Para o subsecretário municipal de Educação, Márcio Silva (foto), “votar contra a municipalização é ir contra estudantes e professores”. Um exemplo disso é a Escola Dona Duca, no bairro São Vicente, que tem hoje 600 alunos do 1° a 5° ano. “A Dona Duca está saturada e precisa urgente ser ampliada. A aprovação do projeto de municipalização trará recursos imediatos para a Prefeitura ampliar a Escola e resolver o problema”. Márcio lembrou que “até há alguns anos as Escolas Coronel Praxedes, João Dornas e Flávio Cançado faziam parte da rede estadual. Elas foram municipalizadas e hoje são escolas modelo. Todas foram reformadas, ampliadas e oferecem ensino em horário integral”. Outro aspecto relevante, segundo o subsecretário, é que a absorção dos alunos dos Anos Iniciais pelo município também fará com que as escolas estaduais tenham mais disponibilidade e recursos para investir na ampliação e melhoria do Ensino Médio em
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Bom Despacho. “Desta forma, a população sai ganhando ainda mais porque educação é um processo integrado e
contínuo desenvolvido em conjunto pelas redes municipal e estadual, cada uma dentro da sua competência”.
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Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
O QUE AS ESCOLAS OFERECEM
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Escolas Escolas Municipais Estaduais Turmas de 1° ao 5° (Anos Iniciais), com 1.417 crianças de 6 a 10 anos de idade matriculadas.
Turmas de 1° ao 5° (Anos Iniciais), com 953 crianças de 6 a 10 anos de idade matriculadas.
HORÁRIO INTEGRAL
TURNO ÚNICO (Manhã ou Tarde)
ESCOLAS: Coronel Praxedes, Flávio Cançado Filho e João Dornas
ESCOLAS: Coronel Robertinho, Chiquinha Soares, Maria Guerra (Engenho) e Egídio Benício
Livros Didáticos fornecidos pelo MEC
SIM
SIM
Material didático fornecido pelo Sistema FTD, composto de livros conteúdo, 4 livros de Literatura, 1 Livro de Inglês, 1 livro de Educação Financeira, 1 livro de Cultura Brasileira, 1 livro de Caligrafia e Agenda Escolar
SIM
NÃO
Acesso ao Sistema FTD Plataforma de Ensino
SIM
NÃO
Alimentação na Escola (Café-da-Manhã / Almoço / Lanche da Tarde / Jantar)
4 REFEIÇÕES
1 REFEIÇÃO
Kit Material Escolar gratuito
SIM
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Aulas de Inglês
SIM
NÃO
Aulas de Muay Thai
SIM
NÃO
Aulas de Yoga
SIM
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Aulas de Futsal
SIM
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Aulas de Xadrez
SIM
NÃO
Psicólogo e Assistente Social
SIM
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Professor Apoio
SIM
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Professor de Tecnologia Digital
SIM
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Laboratórios de Informática
SIM
SIM
Projeto Alfabetizar com equipe própria de especialistas
SIM
NÃO
Projeto Literar com equipe própria de especialistas
SIM
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Dever de Casa
FEITO NA ESCOLA
FEITO EM CASA
Psicólogo Escolar
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SIM
Aula semanal de Relações Socioemocionais ministrada por Psicólogos
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Quadro branco
SIM
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Projetor Digital e Tela Elétrica nas Salas
SIM
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Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
DESTAQUE
Mulheres inesquecíveis de minha vida Dona Alma Kohnert, a filha da Alemanha, com formação de enfermeira, que, desde 1921, trouxe a modernização aos partos em Bom Despacho, por causa dos conhecimentos e a higiene necessária ao tratar com as parturientes. Numa entrevista que fiz com ela, dona Alma me afirmou que em suas mãos nunca morreu uma mãe e só uns poucos recémnascidos. Dona Alma merece todos os nossos preitos como heroína local.
Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
Vivam as mulheres por todos os dias de suas existências. Viva o sexo feminino, cujas vidas começaram de novo e de verdade nos últimos cinquenta anos.
As vereadoras Antonieta Silva e Dona Branca devem ser saudadas como as primeiras mulheres a romper com o machismo da política municipal, elegendo-se vereadoras pela primeira vez à Câmara Municipal.
Viva minha mãe – in memoriam – que me abrigou em seu seio por 9 meses e me deu à luz para uma vida até aqui de 78 anos de alegrias e sofrimentos, mas sobretudo de lutas em busca de sonhos e ideais. Viva a Margarida, esposa do Geraldinho, dançador de reinado do Engenho. Ela que, mocinha ainda, foi minha pajem. Ora ela, ora a Luíza Botelho – a Luíza Cega. Cedo ainda, se eu, bebê, prevendo os futuros embates de minha vida, perdia o sono, elas, noite velha, sentavam-se comigo nas redes de lã ou de algodão tecidas pela vovó, lá no Raposo. E aí cantavam-me ofícios de Nossa Senhora ou Cantiga do Boi da Cara Preta para me acalentar. Salve a Arminda do sô Bernardinho lá da Lagoa Seca, cozinheira da fazenda. Espigada, magra, de bonitos olhos miúdos e vivos! Arminda da Lagoa Seca que me curava e a todos os meus 10 irmãos e primos, de mau olhado e quebranto na beira do fogão de lenha, com um copo d’água, preces, brasas e carvão. Agora abraço as mulheres que mesmo não sendo minhas mães, deram-me à luz, não num leito ou numa sala de hospital, porém numa sala de aula. Dona Maria Guerra, mestra inigualável, que me alfabetizou antes de eu entrar para a escola, em sua velha casa no Larguinho São Pedro. Depois prossegui aprendendo com a dona Juscelina, uma senhora idosa, alta, doce e maternal, mãe da Telica, em sua residência na Avenida São Vicente onde faleceu muito mais tarde com cerca de 100 anos de vida. No Coronel Praxedes, conheci no primeiro ano, a professora Maria Melgaço. Era-me bela
Deus salve a mulher orgulho de nossa história, a irmã Maria Blasigne, a irmã Teresa de Calcutá de Bom Despacho Mulheres do Brasil feito uma fada dos contos dos irmãos Grimm. Bonita como ela só. Vestia-se todos os dias como a Branca de Neve do baile real. Sapatos de salto altos. Vestidos de seda. Penteados chiques como os que não se viam naqueles tempos. E um batom vermelho nos lábios com o rosto com cheiro de pó-de-arroz. Menino de 7 anos, eu tinha vontade de ser seu príncipe encantado. Um mês depois, a diretora dona Judite Couto, transferiume para a classe de Dona Célia Resende, que me ensinou e incentivou nos primeiros passos da redação. E até hoje não os esqueci. Já do 2º ao quarto ano, Dona Maria do Doca, aquela cujos elogios e diretrizes despertaram-me para sempre para a arte de escrever, que cultivo até hoje com paixão. Guardo com amor e gratidão estas professoras que me iniciaram no mundo dos conhecimentos. Bem como a outras que depois vieram, no Miguel Gontijo: Auxiliadora Teixeira Guerra, dona Joesse, Lea, Leda Hamdan, Liquinha, Zazá Malaquias, Joaninha Morais... Peço perdão se alguma esqueci. No dia da mulher, celebrado em 8 de março, sempre hei de
homenagear a esposa Geni. Companheira insubstituível de uma jornada de mais de 50 anos, de um tempo, aonde, juntos, construímos um casamento cujos embaraços naturais da coexistência vêm sendo superados na construção diurna de uma vida com grande amor e compreensão. Dos três filhos, a primogênita foi mulher. A Roberta nos ensinou a ser pais cada vez mais experientes para seus irmãos. E deu-nos a neta primogênita, a garotinha Daiana, com quem aprendemos a doçura de sermos avós. Do Bruno e da Cinara, veio-nos outro presente: a garotinha Bruna, outra neta que é nossos encantos junto com o irmãozinho Lourenço. O Tadeu filho e a Dan abriram para nós as portas do aprendizado de sermos “avós encantados” com a fofura da menininha Ellis. Mais encantados ainda estamos porque outra neta vem por aí. Mulheres de Bom Despacho Deixando agora este campo da vida particular, abro espaço para as mulheres que por suas atuações ganharam destaque
e admiração na comunidade pública e histórica de Bom Despacho e do Brasil: Rosalina Teodora, de quem se pode dizer, que foi essencial na consolidação do distrito do Engenho do Ribeiro e uma de suas mais destacadas benfeitoras. Chiquinha Soares, figura maiúscula, no
ensino e alfabetização dos bom-despachenses, antes mesmo de nos tornarmos uma cidade. Dona Maria e Maria Auxiliadora Guerra cujas capacidades didáticas fizeram delas nomes de vulto de nossa terra. Dona Solange Quirino pelo seu profícuo trabalho como diretora da E. E. Chiquinha Soares, desde sua fundação.
Carnê da Beleza
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No Brasil, elevemos os nomes das mulheres que participaram bravamente no front de guerras como Ana Néri, tendo mandado três filhos para os campos de batalhas da 1ª Guerra Mundial (1918/1921) na Europa, juntou-se aos combatentes como a primeira enfermeira a ir para um campo de batalha. Na guerra da Independência da Bahia, tomaram parte ativa Maria Quitéria e Sóror Angélica. E o que dizer da mais afamada de nossas guerreiras, Anita Garibaldi, que ao lado do seu marido G. Garibaldi, atuou nos combates da Revolução Farroupilha no Sul do Brasil e depois na guerra da unificação da Itália, onde ela e o marido são venerados até hoje, dignos de estátuas em praça pública. Dona Zilda Arns, braço direito do Cardeal Dom Evaristo Arns, defensores dos perseguidos, torturados e oprimidos pela Ditadura Militar de 64 e que deu a vida socorrendo os pobres do Haiti. Às meninas de hoje, nossas mulheres de amanhã, a certeza de que com sua participação o mundo será melhor do que o de suas mães para o sexo feminino. Torço e faço votos para que isto aconteça. É o justo e o correto a se fazer.
DESTAQUE
Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
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Mais de R$ 2 milhões em financiamentos liberados Desde seu lançamento, dia 18/1, o programa PraFrenteBD (Programa de Apoio Financeiro para a Recuperação Econômica) liberou mais de R$ 2 milhões em financiamentos para pequenos empreendimentos de Bom Despacho. A apuração, feita pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico atendendo a pedido do iBOM, mostra resultados atualizados até dia 3 de março. Nesse período foram liberados 136 financiamentos, num total de R$ 2.010.000,00 em recursos com taxa de 1,2% ao mês. Após receber o dinheiro, o empreendedor tem 12 meses de carência e mais 24 meses para pagar o empréstimo. No primeiro ano os juros são custeados
integralmente pelo município. Além da liberação desse valor, outros pedidos de empréstimo sendo analisa-
dos por Credibom e Credesp – instituições financeiras credenciadas que fazem o financiamento. O objetivo do PraFrenteBD
é apoiar pequenos empreendimentos que foram prejudicados pela pandemia de Covid-19 em Bom Despacho.
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Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
DESTAQUE
Precisamos de um Dia Internacional da Mulher?
PAULO
HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação
Acredito que precisamos sim, e ainda por um bom tempo. Como eu gostaria de responder não, mas… Bem às vésperas de mais um Dia Internacional da Mulher, nos deparamos com um deputado em “missão oficial” na fronteira de um país em guerra que adjetiva mulheres em busca de ajuda humanitária como lindas, apesar de pobres, e fáceis, porque pobres. A declaração asquerosa desse parlamentar gerou enorme repercussão e rejeição, isolando-o de uma forma impressionante. Mas vale a pena respirar e refletir um pouco a respeito. Infelizmente, acredito que é uma forma de pensamento não tão isolada assim. O parlamentar foi eleito em 2018 por quase meio milhão de votos...
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Falando um pouco de história, há algumas versões para o surgimento do Dia Internacional da Mulher. Há uma que remonta para uma tragédia que ocorreu em uma fábrica nos Estados Unidos em 1911, um incêndio que vitimou 146 pessoas, 125 delas mulheres. Tratava-se de uma indústria têxtil em que a maioria das pessoas empregadas eram jovens mulheres imigrantes. As condições precárias de trabalho e de vida de mulheres como as que morreram naquele incêndio teriam inspirado as lutas por melhorias. Há outra versão que remete a manifestações na Rússia no início de 1917, em que mulheres trabalhadoras protestaram por melhores condições de vida e contra a participação do país na 1ª Guerra Mundial. As manifestações foram
violentamente reprimidas e deram força a um movimento feminista. Qualquer que seja a origem desse movimento, ela remonta ao início do século 20. Com o crescimento e fortalecimento dessas demandas, em 1975, a Organização das Nações Unidas - ONU - adotou 8 de março como o Dia Internacional da Mulher. Considerando o calendário cristão, essa discussão se iniciou mais de 1900 anos depois de Cristo, e o 8 de março passou a ser reconhecido internacionalmente há menos de 50 anos. É sim uma mudança recente na história da humanidade, mas 47 anos me parecem suficientes para evoluirmos mais do que conseguimos até agora. A maioria das mulheres continua sendo preterida em diversas dimensões. Elas continuam recebendo salários menores que os homens nos mesmos postos de trabalho. Elas continuam ocupando um percentual mínimo nos cargos eletivos – tanto que nossa Câmara Municipal, com 33%, é um destaque positivo nesse quesito. Elas continuam sendo minoria nos cargos de comando das grandes empresas. Elas continuam sendo vistas como acompanhantes ou coadjuvantes na vida de seus companheiros. Ainda pior, continuam, em muitos casos, sendo vistas como meros objetos de satisfação de desejos de homens pobres de espírito como o tal parlamentar. Espero ainda ver vocês, mulheres, dividirem com os homens as posições de destaque em nossa sociedade com mais equilíbrio. Espero ver a beleza feminina valorizada e decantada com o respeito essencial a toda relação humana. Espero ver vocês reconhecidas também pela sensibilidade, inteligência, energia, força e tantas outras qualidades que compõem essa complexa mistura que faz o ser humano, feminino ou masculino.
Episódios como o ocorrido na fronteira da Ucrânia escancaram o quanto ainda não estamos prontos. Infelizmente, não se trata de um fato isolado. Ele representa uma parcela considerável de homens que diminuem as mulheres cruelmente para se afirmarem – alguns chegando inclusive a usar de violência física para tal. Não há nada de fácil na situação porque estavam passando aquelas mulheres ucranianas. Infelizmente, não é fácil a trajetória de vida de uma parcela significativa das mulheres brasileiras - ou das mulheres bom-despachenses. Todos precisamos refletir e contribuir para isso, homens e mulheres. Isso começa em casa, no tratamento que damos a filhas e filhos, nas oportunidades que têm maridos e esposas, nos modelos que adotamos desde nossas relações familiares. Passa pela escola, pelos “projetos de vida de sucesso” que são apresentados para meninas e meninos, quando vendemos às meninas o sonho de serem modelos ou princesas e aos meninos de serem milionários ou presidentes. Passa pelo mercado de trabalho e pelo poder público, com a oferta de oportunidades em volume mais equilibrado entre homens e mulheres, bem como com um maior número de mulheres se apresentando para esses desafios. Existem ou não motivos bastantes para um Dia Internacional da Mulher? A desigualdade não se dissipará da noite para o dia, não há mágica. A história é desigual e está arraigada em nossa cultura, em nossa memória social. Essa “celebração” deve nos levar a avaliar continuamente o caminho e a programar alguns passos mais: em casa, na família, no trabalho, na nossa cidade. MEUS PARABÉNS e MEU RESPEITO às bomdespachenses! Fé, força e luz!
DESTAQUE
BD, a Mulher e as manifestações: de 1968 até 2013
Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
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Dia das mulheres: ainda falta muito... ALEXANDRE
MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Primeiro voto feminino
LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR Maria Celeste Morais, minha mãe, apresenta uma memória bastante curiosa: lembra-se sempre das manifestações estudantis em Bom Despacho, no ano de 1968. Mamãe é uma talentosa escritora que escreveu crônicas na imprensa bom-despachense, no passado, sob o elegante pseudônimo de Marcelle Siarom (curiosa montagem das letras de seu nome!). Nunca vi um artigo ou crônica sobre o assunto. Ela lembra-se de alguns fatos: o preço do Cine Regina aumentou. Isso detonou o protesto dos estudantes. Eles marcharam da escola até a praça e tiveram apoio do professor Geraldo Magela (o que é curioso, pois esse professor estava muito mais para Jânio Quadros, em termos de simpatia política, do que para Leonel Brizola. E foram cantando o hoje esquecido Hino do Estudante Brasileiro, celebrizada por Inezita Barroso: Estudante do Brasil Tua missão é a maior missão Batalhar pela verdade Impor a tua geração Marchar, marchar para frente Lutar incessantemente A vida iluminar Ideias avançar! E assim tornar bem maior Com todo amor varonil A raça, o ouro, o esplendor Do nosso imenso Brasil Marchar, marchar para frente Lutar incessantemente A vida iluminar Ideias avançar! E assim tornar bem maior Com todo amor varonil A raça, o ouro, o esplendor Do nosso imenso Brasil Os desdobramentos de tal protesto não foram assim tão esplendorosos: diante da bilheteria, os estudantes faziam uma fila falsa, não compravam o ingresso e atrapalhavam a sessão. Houve vidros quebrados e pedradas. Logo a seguir, o cinema ficou um tempo fechado, como consequência dessa rebelião. Mamãe lembra-se de dois líderes: Zuca Lobato e Brasinha. A minha geração, que veio depois da geração 68, viu as manifestações de 1992 contra Collor. Eu me lembro apenas
de um carro de som com microfone ali na Praça da Inconfidência, cheio de petistas apenas, clamando porque o PMDB não tinha vindo. O hoje artista plástico e cineasta Pablo Lobato, filho do Zuca Lobato do PMDB, estava presente junto a mim e não achou nada bom. Isto posto, resolvemos deixar aquela manifestação. Posteriormente, havia uma moça bonita, de frente ao Gharif (que começou como restaurante árabe, servindo até kafta e que foi do meu tio Cláudio Morais) passando tinta verde e amarela no rosto dos jovens “carapintadas”. Se 1968 me chegou como afetiva memória maternal, em 1992 participei marginalmente, 2013 vi apenas pela Internet e televisão. Aqui em Bom Despacho houve uma significativa manifestação, com umas 4.000 pessoas. Até hoje sou administrador de um grupo do facebook dessa época: Vem Pra Rua. Um médico que tem parentesco com a família Cabral aqui na cidade, Giovano Ianotti, foi uma figura muito marcante nas manifestações em Belo Horizonte. Petista, ele ajudava manifestantes feridos ou que passavam mal com o gás. Ele deu socorro ao Douglas, rapaz que caiu do vão no viaduto José de Alencar e morreu. Ele mesmo não tinha visto a foto do momento em que ele dava socorro ao rapaz e, em seu depoimento no facebook, colocou apenas um desenho do momento dramático. O momento da queda, no entanto, foi registrado em foto pelo MEPR (Movimento Estudantil Popular Revolucionário, de linha maoísta) e eu tive a honra de postá-la para que o Dr. Ianotti visse a nobreza de seu gesto. Nobreza da qual estamos tão carentes em nosso tempo. E, por falar em nobreza de gestos, homenageio, nesse dia da mulher, minha mãe, Maria Celeste Morais, escritora de mão cheia, leitora sempre atenta e politizada dessas minhas crônicas, que ela critica com ironia machadiana. Feliz dia internacional da mulher, mãe! Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor
As mulheres estão sempre correndo atrás de seus direitos. Isto significa que ainda não conseguiram equipar-se aos homens em vários itens, como respeito social, salário e mais alguns milhares de temas que, especialmente os homens, nunca prestam atenção. A mulher só ganha o direito ao voto em 1932. Vota pela primeira vez em 1933, para eleger a Assembleia Nacional Constituinte. Em 1934, a constituição consolida a mulher como uma pessoa com direito a voto. Entre 1932 e 1965, o voto feminino era facultativo, ou seja, a mulher decidia se queria ou não votar. Em 1965, o voto feminino, como o masculino, transforma-se em obrigação, como é até hoje. Até 1933, quando participam da eleição como votantes pela primeira vez, apenas os homens tinham direito ao voto, relegando a mulher a ser de segunda classe, sem inteligência suficiente para escolher seus representantes... O problema não era exatamente brasileiro. O primeiro país a permitir o voto feminino foi a Nova Zelândia, em 1893. Em 1988, a população de São Paulo elegeu sua primeira prefeita, a Luiza Erundina. Mulher de fibra, honesta, governou olhando a periferia da cidade, os mais pobres. Até hoje é elogiada e tida como uma ótima governante. Saiu sem nenhuma acusação ou caso de corrupção. Teve ótimos secretários. O da educação foi o grande Paulo Freire. Não é necessário falar mais nada... O Brasil elegeu uma mulher presidenta, a Dilma Rousseff, antes de países mais ricos, como os Estados Unidos. Porém, ainda há pouquíssimas mulheres prefeitas, deputadas e senadoras. Ainda falta muito…
Mercado de trabalho As mulheres brasileiras não trabalhavam fora de casa até o meio do século XX. Eram criadas pelos pais para casarem e terem muitos filhos. Aos poucos, foram ganhando espaço no mercado de trabalho, mas ainda falta muito para serem tratadas igualmente. Ganham menos que os homens, mesmo fazendo o mesmo trabalho. Das mil maiores empresas brasileiras, menos de dez têm mulheres como principal executiva. Uma tristeza, uma clara demonstração do machismo que impera em nossa economia. Há um grande caminho ainda por trilhar… Dupla jornada de trabalho As mulheres, especialmente as brasileiras, trabalham muito mais do que os homens. Além de ter um trabalho em uma empresa ou em uma lavoura, quando chegam em casa ainda têm de cuidar dos filhos, limpar a casa, lavar as roupas, olhar pelo marido, pelos doentes, pelos bichos da casa, enfim, é
um trabalho sem fim. Alguns países, como o Chile, já discutem tratar o trabalho doméstico como um trabalho qualquer, contando como tempo de trabalho para a aposentadoria, e até sendo remunerado. A cena mais comum em uma família brasileira é a mulher ou mulheres na cozinha, trabalhando duro para preparar a comida e lavar as louças, enquanto os homens tomam cerveja na sala, conversando e vendo um jogo de futebol na TV. Ainda há muito que mudar… Machismos diários Desde criança ouço frases de homens, e às vezes até de mulheres, que mostram como a luta pela igualdade é muito difícil. “Quer apostar que é mulher dirigindo”, frase sempre dita quando algum carro está muito lento ou atrapalhando o trânsito. O mais estranho é que quase sempre eram homens dirigindo, mas era sempre a mulher levando a fama de péssima motorista. “Essa daí quer ser estuprada”, comentário machista ouvido quando alguma mulher está usando uma minissaia ou uma roupa decotada. A frase acaba transferindo para a mulher o crime e a brutalidade do assédio ou violência sexual masculina. “É a TPM”, comentário utilizado contra uma mulher que está alterada. Mesmo que esteja com a razão, a menstruação é usada como argumento para justificar ou ridicularizar as mulheres. Uma variação desta frase é a “vai procurar marido”, jogando na falta de sexo o nervosismo feminino. Falta de sexo nunca é usado como argumento contra um homem. “Vagabunda”, “sem vergonha” ou “puta” são palavras para definir mulheres liberadas sexualmente. Quando um homem exerce seu livre direito de dormir com quem quiser, nunca é vagabundo ou sem vergonha, mas recebe elogios dos amigos, por ser “pegador”, “garanhão”, entre outros
adjetivos. Ainda continuamos a ver a mulher como “para casar” e o homem como “naturalmente namorador”. Ainda há muito para avançar… Violência contra as mulheres O Brasil é um dos países com maior índice de feminicídio, agressões a mulheres, estupros, entre outras agressões. Muitas mulheres sofrem agressões de delegados quando fazem denúncias contra seus parceiros. Nossa sociedade não está preparada para a emancipação feminina e tenta impedir a justa igualdade entre os gêneros. Nossa cultura continua sendo a do “homem não sabe porque está batendo, mas a mulher sabe porque está apanhando” ou de “em briga de marido e mulher, ninguém deve meter a colher”, o que ajuda muito ao machismo agressivo do dia a dia. O estupro continua sendo utilizado como arma de guerra, invasões territoriais e humilhação às mulheres. Muitos homens casados ainda acham que é obrigação da esposa fazer sexo, mesmo contra a vontade dela. Há muito para caminhar… Dia da mulher Só o fato de haver a necessidade de existir um Dia da Mulher, já indica que há um problema em nossa sociedade. Se elas fossem tratadas com igualdade, não haveria a necessidade de haver o movimento feminista. O feminismo é resultado das agressões e humilhações impostas a elas. É uma necessidade! Continuem lutando por seus direitos para serem tratadas com igualdade, para ganharem salários iguais aos dos homens e que consigam avanços na divisão no trabalho doméstico. Não aceitem a violência de seus parceiros e, caso sejam agredidas, denunciem! Parabéns, mulheres de luta!
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Bom Despacho (MG), 15 Março 2022
DESTAQUE
Prefeito entrega a minuta do Plano de Cargos e Salários dos servidores O prefeito Bertolino da Costa entregou à Comissão Revisora de Servidores e ao sindicato da categoria a minuta do Plano de Cargos, Carreiras e Salários do funcionalismo municipal (PCCS). A entrega foi realizada durante cerimônia realizada no Gabinete dia 15/3. O PCCS é composto por 3 volumes: Carreira Administrativa e de Apoio Operacional (34 páginas), Carreira de Profissionais da Saúde (27 páginas) e Carreira do Magistério e de Apoio à Educação (56 páginas). Nesta etapa, de acordo com o cronograma, foram entregues os 2 primeiros volumes. O terceiro, da Educação, virá na etapa seguinte. “Agora, a comissão revisora, formada por 5 servidores, terá prazo até 31 de março para apresentar suas contribuições e sugestões sobre o plano”, disse ao iBOM/Jornal de Negócios o secretário de Administração Wallace Campos. Contribuições A Secretaria de Administração expediu orientação para a comissão revisora fazer contribuições ao projeto. O documento destaca que “toda contribuição é bem vinda” e deve “ser acompanhada de proposta objetiva” trazendo “nova redação ou condição” para o tema a ser revisto.
Da esquerda para a direita estão Marcele, Wellington e Lucilândia, do sindicato dos servidores, Joyce (comissão revisora), o prefeito Bertolino, Liliane (comissão revisora), o secretário de Administração Wallace, e Maíra, Anísio e Grazielle (comissão revisora). Foto: Ascom PMBD “Desta forma podemos avaliar, de forma concreta, se o que está sendo requerido é viável e, caso positivo, iremos incluir ou alterar conforme requerido; do contrário, explicaremos a motivação de nossa recusa no
atendimento do pleito”. Finalizada essa etapa, a minuta será encaminhada à Câmara Municipal ainda na primeira quinzena de abril, para discussão e aprovação dos vereadores.
PCCS começou a ser feito em 2020 O Plano de Cargos, Carreiras e Salários dos servidores municipais de Bom Despacho começou a ser elaborado no final de 2020 pela empresa de consultoria Perfix, contratada pela Prefeitura para executar o trabalho. Na época (outubro/ 2020), o consultor Ivan Jacomassi Júnior, sócio da empresa, em entrevista ao Jornal de Negócios destacou que “com estrutura de carreira desenhada, montada, o servidor tem mais segurança, tem um horizonte mais definido, tem perspectiva melhor para construir sua carreira. Isso permite que ele faça uma escolha de vida: dedicar-se ao serviço público ou redirecionar sua vida profissional. Ganham os servidores e suas famílias, ganha o cidadão que terá a Prefeitura mais organizada e serviços públicos melhores”.
O prefeito Bertolino da Costa afirmou para o iBOM/Jornal de Negócios que a criação e aprovação do Plano de Cargos e Salários “trará soluções definitivas sobre carreiras e salários dos servidores municipais, acabando com o emaranhado de normas existentes e situações
Veja entrevista do consultor Ivan Jacomassi clicando no QRCode ao lado
conflitantes como, por exemplo, ter uma mesma função com 3 cargos e salários diferentes. São problemas antigos, até então nunca resolvidos, que traziam dificuldades enormes para fazer promoções, recompor salários e conceder aumentos reais aos servidores”.