JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

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DESTAQUE

Ano XXXII - Nº 1.631 • Fundado em 12/05/1989

Bom Despacho (MG), 15 Abril 2022

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Bom Despacho (MG), 15 Abril 2022 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

PÁSCOA Recordações das antigas Semanas Santas em BD Página 8

PAULO

HENRIQUE

Semana Santa em BD, um rito de reconstrução Página 10

ALEXANDRE MAGALHÃES

O que parecia impossível aconteceu Página 11

PM recupera tratores roubados e prende as 5 pessoas envolvidas

Tratores foram roubados em Abaeté e recuperados em BD (Página 3)

Thales Júnior é o novo delegado regional de BD Em entrevista ao JN, novo delegado fala dos seus planos à frente da Regional (PÁG.12)


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Bom Despacho (MG), 15 de Abril 2022

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Homem é preso por porte ilegal de arma na MG-164

Bom Despacho (MG), 15 Abril 2022

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SAMU transfere de avião 2 bebês nascidos em BD

Gêmeos nasceram prematuros na Santa Casa e tiveram que ser levados para UTI Neonatal Um homem foi preso pela Polícia Militar Rodoviária (PMRv) na rodovia MG-164, em Bom Despacho, por porte ilegal de arma. A prisão ocorreu na noite de segunda (11/4). Segundo informações passadas pela corporação, ele estava num VW Gol que levava 3 pessoas e foi abordado no posto da PMRv, no km 136 da rodovia. Durante a vistoria os policiais constataram que o motorista, D.F.S., de 30 anos, não tinha habilitação.

Ao fazer busca pessoal nos ocupantes do veículo – todos de Bom Despacho - os militares descobriram que um dos passageiros, J.C.C., estava com um revólver calibre 38 na cintura e não tinha nenhum documento. Ele recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia junto com a arma apreendida. O Gol foi apreendido e removido para o pátio credenciado do Detran por apresentar irregularidades. (iBOM / Foto: PMRv)

Na tarde de segunda (11/4), o SAMU fez a transferência de gêmeos que nasceram prematuros na Santa Casa de Bom Despacho. Os bebês nasceram com apenas 34 semanas de gestação. Por isso, precisavam ficar numa UTI Neonatal para dar tempo dos

seus pulmões amadurecerem. Diante da situação os médicos pediram transferência aérea. Os recém-nascidos foram então levados da Santa Casa em incubadoras - cada um numa ambulância do SAMU até o aeroporto de Bom Despacho, acompanhados por equi-

pes médicas. Lá, foram colocados num avião do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros e transferidos para a UTI Neonatal de Formiga, a 110 km de Bom Despacho. A secretária de Saúde, Tamara Bicalho, ressaltou a impor-

tância do SAMU – que é custeado por um consórcio de municípios do qual Bom Despacho faz parte – para atender casos de urgência e emergência na cidade. Por isso, segundo ela, a Prefeitura está pleiteando mais uma ambulância para o município. (Fotos: Ascom PMBD)

PM recupera 2 tratores roubados e prende 5 pessoas Dois tratores roubados de uma propriedade em Abaeté foram apreendidos pela Polícia Militar – um no Engenho do Ribeiro e outro no bairro Santa Lúcia, em Bom Despacho. Os responsáveis foram presos. O roubo aconteceu quarta (6/4). Três encapuzados armados invadiram a propriedade, renderam um homem no local e o trancaram nuo quarto. Em seguida roubaram dois tratores, um Massey Ferguson e um John Deere. Levaram também implementos agrícolas, uma motosserra, 120 litros de diesel, 50 litros de gasolina, óleo lubrificante e ferramentas. Acionada, a PM fez rastreamento na região para encontrar e prender os criminosos. Por volta das 14h45 policiais localizaram o trator Massey Ferguson no distrito do Engenho do Ribeiro e prenderam os

três autores do roubo: dois homens de 28 anos e um de 30. Junto com eles foram presas duas mulheres que, segundo a Polícia, ajudavam o trio na fuga. A identidade e a origem das pessoas presas não foi informada. Segundo trator - Na tarde de sexta (8/4), um policial militar que estava de folga recebeu denúncia de que havia um trator aparentemente abandonado na rua Gustavo Lopes Cançado, bairro Santa Lúcia, em Bom Despacho. O militar foi até o local indicado, confirmou a denúncia e acionou a corporação. No local os policiais confirmaram que era o trator John Deere roubado em Abaeté. Ele foi apreendido e removido. A PM avisou o proprietário para fazer sua retirada. (iBOM / Fotos: PMMG).


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Bom Despacho (MG), 15 de Abril 2022

O Oscar da Amizade Oscar Cardoso deixa um exemplo de amizade que compartilhava com cada um de nós

Quando ingressei no Curso de Jornalismo da Faculdade de Filosofia da UFMG, em 1967, tive a certeza absoluta de fazer a escolha mais importante da minha vida. Durante anos, no curso secundário, já havia sido secretário, tesoureiro, vicepresidente e presidente da gloriosa União Municipal dos Estudantes de Bom Despacho, que já tirava o sono dos donos do poder local.

Criado na Itália em 1987, o Beach Tennis começou a se profissionalizar em 1996. Ele incorpora elementos do tênis tradicional e do vôlei de praia. O jogo é disputado em quadras de areia medindo 16x5 metros (jogo simples) ou 16x8 metros (jogo de duplas), tendo uma rede de 1,70m de altura no meio. “É um esporte que vem se popularizando na cidade, principalmente com a inauguração de um espaço no bairro Calais e de duas quadras no Ipê”, afirmou Davidson ao iBOM. Para o atleta, “esse tipo de resultado acaba motivando mais pessoas a praticarem o esporte e a participarem de torneios”.

A nossa geração, onde se destacaram rapazes e moças corajosos e idealistas, conseguiu a proeza de mobilizar o povo e foi uma das poucas cidades de Minas Gerais a eleger um jovem prefeito de oposição, que conseguiu promover importantes realizações no campo político, administrativo e cultural da nossa terra. Seguindo a orientação serena do nosso guru da época, padre Vicente Rodrigues, cheguei em Belo Horizonte e logo me envolvi com o movimento estudantil universitário que sonhava em transformar o Brasil em uma grande nação fraterna, solidária e desenvolvida. Gastamos um bom pedaço da nossa existência para vencer as forças políticas, econômicas e sociais que, através do golpe civil-militar de 1964, implantou um regime autoritário que durou vinte e um anos. Só terminou com a redemocratização promovida através da ConstituiçãoCidadã de 1988. Fiz meus caminhos pelo mundo e tive a honra e o privilégio de ser eleito vereador e fui o relator da primeira Lei Orgânica de Bom Despacho, em 1990, no final do século XX. Claro que fiquei longe da nossa terra por muito tempo. Mas Bom Despacho nunca me deixou. A régua e o compasso da nossa geração me orientaram sempre. Uma das minhas batalhas mais importantes aconteceu no campo da comunicação. Não vou cansar ninguém contando vantagens ou desvantagens das vitórias e derrotas que a vida nos impõe em todos os campos da nossa existência. Como Darcy Ribeiro sou obrigado a admitir que sofremos derrotas terríveis. Atualmente, então, temos de reconhecer que o mundo inteiro caminha na contramão dos nossos sonhos libertários e igualitários. Sou um perdedor que jamais gostaria de estar ao lado dos vitoriosos. Costumo fugir, como o diabo fugia da cruz, das redes sociais repletas de mentiras, agressões e com constantes apologias da violência, da calúnia, e do racismo. Sofro muito contra a celebração das armas e do culto ao capitalismo selvagem que aumenta a segregação e a separação do mundo entre magnatas, ricos, pobres e miseráveis.

Atleta de BD faturou o torneio de Beach Tennis O atleta Davidson Luiz ficou em primeiro lugar no Torneio Rei da Quadra de Beach Tennis, realizado dia 2/4 na academia Beach 80, em Betim. Davidson era o único representante de Bom Despacho no torneio e levou o título na categoria Intermediária Masculina disputando com outros 15 atletas da região metropolitana de BH. Ao todo 50 competidores participaram do evento em diferentes categorias.

ITAMAR DE OLIVEIRA

NOTA DO EDITOR - O empresário Oscar Cardoso nasceu em Bom Despacho. Ele foi o fundador da Oscar Menswear, loja de roupas e acessórios com 3 unidades em Belo Horizonte. Começou sua carreira aos 12 anos trabalhando na loja A Vencedora, na Praça da Matriz, em Bom Despacho, “experiência que marcou sua trajetória profissional vitoriosa”, diz o site da Oscar Menswear. “Em 2007, com o conhecimento de quem passou por importantes lojas de roupas masculinas do país, criou a Oscar Menswear”, na capital mineira, onde trabalhou até falecer, dia 6/4, por causa de complicações cardíacas (iBOM) Sei que posso muito pouco na luta contra a superação das desigualdades. E não entro nas redes informatizadas porque não quero, de jeito nenhum, estabelecer conflitos desnecessários, com pessoas que possuem o direito de construir o mundo com suas escolhas. Tem uma coisa que considero valor maior: o respeito ao próximo e o afeto às pessoas que aprendemos a amar. Não quero saber de briga pessoal com ninguém. Continuo disposto a lutar no campo das ideias e na seara política. Amigo é coisa para se guardar no fundo do coração, já nos ensinou a canção. Oscar Cardoso Escrevi e coloquei estas palavras no papel para celebrar uma grande figura que faleceu ontem e será sepultada hoje (7/4), no bosque da Esperança, em Belo Horizonte: Oscar Cardoso. Um amigo inesquecível de todos que o conheceram. Sorridente, afetuoso, prestativo, trabalhador. Cada um de nós

Davidson Luiz é policial rodoviário federal, atleta e professor em academias de Bom Despacho e Nova Serrana. (iBOM / Foto: Arquivo Davidson Luiz)

tem um retrato muito bonito do Oscar para mostrar e enaltecer. Fiquei entristecido com a viagem do nosso Oscar. Ele não deixa apenas saudade. Deixa um exemplo de amizade que compartilhava com cada um de nós. Sem discriminar ninguém. Sabia o que a gente pensava. Entendia nossas lutas. Ficava do nosso lado por um motivo aparentemente banal: nosso amor comum a Bom Despacho estava e esteve sempre acima de todas as coisas. Acho que a morte do Oscar é repleta de significação: tudo que começa, um dia, acaba. Mas o sonho da gente, não morre jamais. O Oscar Cardoso conquistou e merece o OSCAR da amizade. Descanse em paz, menino Oscar.

FA

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Belo Horizonte, 7 de abril de 2022. ITAMAR DE OLIVEIRA é jornalista e professor

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Expobom 2022 tem procura recorde por stands Expectativa do Sindicato é que a feira gere mais de R$ 30 milhões em negócios Ao completar 50 anos em 2022, a exposição agropecuária de Bom Despacho se consolida como feira técnica e de negócios voltada para o agro. Marcada para 6 a 9 de julho, a 50ª Expobom já bateu o recorde de reserva de stands: até a publicação desta matéria o Sindicato Rural contabilizava 43 stands reservados por empresas e instituições interessadas em participar do evento. “Está havendo muita procura. Tanto que estamos avaliando esta semana, com nossa arquiteta, a viabilidade de abrir mais uma rua na área do parque para incluir 8 novos stands”, afirmou ao Jornal de Negócios a coordenadora de eventos do Sindicato, Débora Luiza Rodrigues. O foco maior dos organizadores é a parte técnica do evento, que é voltado prioritariamente para negócios. A Expobom 2022 terá feira de máquinas, tratores e implementos agrícolas, exposição e julgamento de animais das raças Gir Leiteiro e Girolando, palestras técnicas, mini-cursos do Sistema Faemg/Senar. No parque será montado também um espaço para demonstrações práticas de máquinas e tecnologias. Pró-Genética Outra atração já confirmada, conforme o presidente do Sindicato, Patrick Brauner, é a Feira Pró-Genética. Desenvolvida pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), com apoio dos governos federal e estadual, a PróGenética oferece touros melhoradores para aumentar a produção de carne e leite nas pequenas e médias propriedades rurais. Apoio do município A Prefeitura de Bom Despacho é correalizadora da Expobom e o prefeito Bertolino da Costa já garantiu apoio financeiro e institucional à feira. “A Expobom está se transformando num evento cada dia mais importante, porque estimula negócios, fortalece o agronegócio, traz tecnologia e benefícios para os nossos produtores rurais”, afirmou Bertolino ao Jornal. Por determinação de Bertolino, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Couto, está direta-

Minas ao Luar na Expobom. “Queremos trazer artistas e shows para todas as idades”, afirma a coordenadora.

mente envolvido na montagem da feira. Ele participa da organização e articula parcerias com instituições para ampliar o alcance da Expobom. Uma delas é o Sebrae, que está com presença confirmada.

Mérito Rural Outra novidade da Expobom este ano é a outorga da Medalha do Mérito Rural a produtores, pessoas e lideranças que contribuem para o fortale-

Otimismo O presidente Patrick Brauner está otimista e acredita que este ano o evento alcançará um novo patamar. Em 2019, último ano em que foi realizada por causa da pandemia, a Expobom gerou R$ 10 milhões em volume de negócios. “Este ano, com o crescimento da feira e o fortalecimento do agronegócio, nossa expectativa é chegar a R$ 30 milhões”, afirmou ao Jornal de Negócios. Área de alimentação Na parte de entretenimento também há inovações. O Sindicato mudou e ampliou a área de alimentação. Com isso a Expobom terá 5 bares e restaurantes atendendo ao público. na “Teremos mais espaço, conforto e opções para os frequentadores”, ressalta a coordenadora Débora Luiza. Para os shows serão contratados artistas locais. Mas o Sindicato está negociando com o Sesc a possibilidade de fazer uma apresentação do projeto

Débora Luiza, coordenadora de evnntos: mais stands

cimento do agronegócio de Bom Despacho. Os homenageados, em princípio 20 nomes, serão escolhidos pelo Sindicato. A festa de lançamento oficial da Expobom será realizada dia 26 de abril, no Sindicato Rural, para autoridades, empresas e instituições participantes bem como parceiros do evento.


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Bom Despacho (MG), 15 de Abril 2022

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Cabral lança pré-candidatura a d O ex-prefeito Fernando Cabral confirmou sua précandidatura a deputado federal por Bom Despacho e região. Em entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios, fala da sua motivação, das chances que tem e das pautas que pretende abraçar.

Concretamente, em Brasília reivindicarei a criação do IR Esportivo e do IR Cultural. A ideia é simples e inspirada no que já acontece em Minas com o ICMS. Segundo minha proposta, o Governo Federal destinará ao município onde foram recolhidos o IRPF e o IRPJ um percentual destinado à cultura popular e ao esporte amador.

Filiado recentemente ao partido Republicanos – que o procurou no início deste ano propondo que fosse candidato pela região – Fernando Cabral já elegeu como seu principal objetivo trabalhar pela duplicação da 262. “Se a BR-262 ainda não foi duplicada, não é porque não haja justificativa técnica, econômica e social, mas sim porque faltou empenho dos deputados federais que deveriam nos representar”.

Olhando para Bom Despacho, quais seriam, a seu ver, as pautas mais urgentes e importantes para a cidade?

Além disso, Cabral defende também que emendas parlamentares tenham livre aplicação pelo município. “São os prefeitos e os vereadores que conhecem os problemas da cidade. Brasília é terra da fantasia. Ninguém de lá deveria se meter a dizer o que cada prefeito pode ou não pode comprar” com os recursos das emendas, afirma.

Vale insistir em pontos fundamentais que já mencionei acima. Neste momento a duplicação da BR-262 entre Nova Serrana e a divisa com o Mato Grosso do Sul será prioridade máxima. Beneficia Bom Despacho, beneficia a região e beneficia nosso Estado de Minas como um todo. Será o primeiro assunto que cuidarei se chegar a Brasília. Isto é urgente. Não pode esperar.

Cabral reconhece que os deputados federais votados em Bom Despacho têm contribuído para a cidade. Mas segundo ele Bom Despacho não é prioridade para esses deputados porque eles recebem muito mais votos em outros locais. “Na hora de dividir as emendas, Bom Despacho não é prioridade de nenhum destes deputados. Eles ajudam, mas um deputado bom-despachense poderia ajudar com mais do que todos eles juntos. Por isto precisamos de um deputado da terra”. Veja na entrevista feita pelo editor Alexandre Coelho.

O que o motiva a candidatar-se a deputado federal por BD e região? Já passou muito da hora de Bom Despacho ter um deputado que possa defender em Brasília os interesses de nossa cidade e das cidades vizinhas. Se trabalharmos juntos, poderemos realizar mais esta conquista. Bom Despacho tem votos suficientes para eleger um deputado federal? Veja, Bom Despacho tem quase 40.000 eleitores. Somando com os eleitores de nossos vizinhos mais próximos, somos 180 mil eleitores. Se nos unirmos em torno de um nome, teremos nossos deputados: um federal, um estadual. Minha motivação é lutar pelas conquistas que nossa região merece. Por isto apresentei meu nome como pré-candidato a Deputado Federal. Em artigo recente no JN, o colunista Paulo Henrique Alves Araújo afirmou que a eleição de um deputado da cidade depende de um candidato que seja “conhecido e positivamente reconhecido” além dos limites de BD. Seu nome foi muito projetado que era prefeito. É, portanto, esse candidato? Se serei este candidato, o eleitor dirá. No entanto, creio que tenho reconhecimento regional positivo suficiente para me habilitar a concorrer ao cargo. Por isto eu aceitei o convite para me filiar ao partido Republicanos e colocar meu nome como pré-candidato. Em quais cidades da região pretende trabalhar mais para conseguir os votos necessários à sua eleição? Confirmada a candidatura na época própria, vou buscar o apoio dos eleitores de 110 cidades que totalizam 3,5 milhões de pessoas e 2,5 milhões de eleitores. São cidades que têm muitos problemas em comum e que precisam de uma solução comum. Por exemplo, Todas

as 110 cidades se beneficiarão diretamente com a duplicação da BR-262, este sonho antigo que está engavetado pela inércia do Governo Federal. A duplicação representa mais segurança, com proteção à vida, mas significa também economia de tempo em viagens desde Carneiro, no extremo oeste do Estado, até Belo Horizonte, onde todos, mais dia menos dia, precisam ir. Economia de tempo e mais segurança significa também desenvolvimento econômico, com mais emprego e renda. Este é um exemplo de um problema comum que afeta diretamente um sexto da população mineira e prejudica a região que tem um dos maiores PIBs de Minas. Basta ver quanto produzem cidades como Patos de Minas, Araxá, Uberaba, Uberlândia e tantas outras. Na eleição passada estas 110 cidades votaram em 1.193 candidatos a deputado estadual. Destes, 77 foram eleitos. Todos receberam votos na região. Quanto ao âmbito federal, os eleitores destas 110 cidades votaram em 811 candidatos. Destes, 53 foram eleitos. Nenhum deles chamou para si a empreitada de batalhar pela duplicação da BR262. Nenhum. Coisa muito diferente do que aconteceu com os deputados votados na região de Pará de Minas e Nova Serrana. Eles brigaram e conseguiram. Nós precisamos fazer o mesmo. É bom deixar claro que a duplicação é assunto federal. Contudo, como se trata do interesse de todos os mineiros e da região em particular, os deputados estaduais também precisam entrar nesta luta. Eles têm voz que o cidadão comum não tem.

para quem passa por elas. Em alguns pontos o aumento quase triplicou. Minha postura não é essencialmente contra o pedágio, mas sim contra seu mau uso. Veja, a BR-262 foi concedida há 8 anos. O principal objetivo da concessão era garantir que fosse duplicada. No entanto, até hoje só vimos duplicação e triplicação do valor do pedágio. Isto é inadmissível. Quais seus planos? Que pautas defenderá? O deputado federal existe para defender os interesses da população a que serve onde e quando for necessário. Sem perder isto de vista, selecionei alguns temas que considero cruciais para Bom Despacho e para nossos vizinhos. Destaco, em primeiro lugar, a duplicação da BR-262 desde Nova Serrana até Carneirinho e Limeira do Oeste, na divisa de Minas com Goiás e Mato Grosso do Sul. Esta duplicação beneficiará diretamente Bom Despacho e mais 110 cidades mineiras do Triângulo, Alto Paranaíba e regiões adjacentes. Estamos falando de um benefício direto para 4 milhões de mineiros. Isto representa maior segurança, menos tempo e mais economia nas viagens. Significa menos mortes, menos poluição. E não podemos esquecer que significa também melhora na economia, com geração de emprego e renda. Se a BR-262 ainda não foi duplicada, não é porque não haja justificativa técnica, econômica e social, mas sim porque faltou empenho dos deputados federais que deveriam nos representar. Precisamos preencher esta brecha.

Falando em BR-262, o que acha do recente aumento do pedágio para quem usa a rodovia?

Portanto, este será um tema de grande destaque na minha campanha: o compromisso de enfrentar este assunto até resolvê-lo de vez.

Pois é, entre Belo Horizonte e a divisa com o Mato Grosso do Sul e Goiás são seis praças de pedágio. O aumento médio mais do que dobrou o custo

Se eleito, sua vivência de quase 8 anos como prefeito de uma cidade do interior vai balizar sua atuação como deputado?

Claro. Veja, um dos problemas do Brasil é a forma como são feitas as emendas parlamentares. O dinheiro que vem é pouco. Quando vem, muitas vezes está destinado para áreas erradas. Por exemplo, o prefeito está precisando de dinheiro para reformar escolas ou postos de saúde e o parlamentar manda dinheiro para comprar trator. É o tal dinheiro carimbado. O prefeito compra um trator e deixa as crianças andando em ônibus velhos. Não é culpa dele. A culpa é das emendas com destino carimbado. Neste sentido, a proposta que levarei a Brasília é de transformar toda emenda em dinheiro de livre aplicação. Desta forma, cada prefeito ouvirá a população e decidirá onde aplicar o dinheiro. Afinal, são os prefeitos e os vereadores que conhecem os problemas da cidade. Brasília é terra da fantasia. Ninguém de lá deveria se meter a dizer o que cada prefeito pode ou não pode comprar. Você tem histórico de atleta. Ao longo da vida sempre praticou esportes. Sua gestão na Prefeitura de Bom Despacho foi marcada por forte incentivo aos esportes individuais e coletivos. Se for eleito deputado manterá essa bandeira? Sem dúvida. Defenderei com unhas e dentes a destinação de verbas para os esportes amadores e para os atletas jovens com potencial para alto rendimento. Estas áreas estão abandonadas. Atualmente os deputados cuidam dos interesses dos grandes times de futebol, mas ninguém cuida do atleta amador e do jovem com potencial. É por isto que não temos tantos atletas destacados nas competições internacionais. Outra área abandonada é a cultura. Não falo de atividades artísticas comerciais. Estas não dependem de apoio do governo. As atividades que precisam e merecem o apoio governamental são as atividades folclóricas, os folguedos populares, o reinado, o artesanato.

Temos outro projeto muito relevante para Bom Despacho, que é a captação de água do Rio São Francisco para abastecer Bom Despacho pelas próximas décadas e, de quebra, permitir aumentar a área irrigada ao longo do Rio Picão. Aliás, este é um projeto muito antigo, de autoria do ex-ministro Alysson Paulinelli que estava dormitando nas gavetas da burocracia. Tirar este projeto do papel – como está fazendo o prefeito Bertolino - exige um grande esforço político para conseguir as licenças ambientais, fazer chegar a energia necessária e ainda conseguir o dinheiro para executá-la. Este é mais um projeto que exige um deputado de Bom Despacho em Brasília. Você foi vereador durante 4 anos em Bom Despacho. Fez um mandato combativo. Essa experiência pode ser útil na Câmara Federal? Sim. A experiência parlamentar que tive aqui meu deu o traquejo necessário para desempenhar meu papel em Brasília. O deputado federal defende todos os interesses da população do seu estado. Mas há alguns setores que precisam de mais atenção. Ressalto, por exemplo, a injustiça que os constituintes fizeram com os vereadores do Brasil. Ora, os deputados têm uma proteção jurídica muito grande quando se trata de manifestações que fazem no exercício do mandato. No entanto, esta proteção não chega aos vereadores. Não estou defendendo o foro privilegiado — pois sou contra — mas sim, uma proteção mais efetiva para as palavras e voto dos vereadores quando atuam em defesa dos seus municípios e seus munícipes. O vereador não pode ficar sujeito ao talante e guante de pessoas poderosas que tentam amedrontá-los, cerceá-los e calá-los com ameaças de ações na justiça. Aliás, embora eu seja a favor do fim do foro privilegiado exceto casos raríssimos -, acho que o Congresso precisa acertar a assimetria reinante. Ou ele retira o privilégio de todos, ou estende o privilégio aos vereadores. Como está é injusto, pois todos os parlamentares, exceto os vereadores, têm privilégio de foro. Isto não

é democrático; não é isonômico. É um descaso com os vereadores e com a vereança. Quando foi vereador você sofreu perseguições por suas posições, votos e palavras? Sempre. As ameaças foram constantes. A maioria um tanto de soslaio e dúbias, mas algumas foram frontais e abertas. Como não me amedrontei, elas não prosperaram. Mas já prosperaram contra outros vereadores daqui e do Brasil inteiro. Este ano a Câmara Municipal de Bom Despacho votou contra o projeto de municipalizar Escolas. O que você pensa disso? Fiquei triste com a decisão dos vereadores. Nossas crianças tiveram um grande prejuízo. Veja, os professores das séries iniciais da rede estadual são competentes e dedicados, mas não são melhores do que os professores da rede municipal. Por outro lado, as escolas municipais são melhores em tudo. As instalações físicas são melhores, as bibliotecas, as brinquedotecas, a merenda, os serviços de apoio, os horários, o material escolar, tudo é melhor do que as escolas estaduais. Até o transporte escolar — que a rede estadual não tem — é proporcionado pela Prefeitura. Só por estas coisas a municipalização já traria muitos benefícios para as crianças e seus pais. Mas, a situação do momento trazia vantagens extras, como o valor de R$ 6 milhões que permitiria à Prefeitura construir mais salas de aula e colocar todas as crianças em horário integral. Aliás, não é sem motivo que onde o ensino foi municipalizado, a qualidade melhorou muito. A Fundação Getúlio Vargas fez um amplo estudo da municipalização no Estado de São Paulo, e a conclusão foi definitiva: os alunos das escolas municipalizadas avançaram mais do que os alunos das escolas que permaneceram com o Estado. Nos últimos 20 anos o Ceará vem municipalizando suas escolas estaduais das séries iniciais. O resultado pode ser visto no IDEB. A cada ano as escolas municipalizadas superam e ganham distâncias das escolas estaduais. Por isto o Ceará, que até pouco tempo tinha um ensino considerado fraco, hoje está avançando para a liderança do ensino fundamental no Brasil. Finalmente, a municipalização é uma obrigação legal prevista na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e na Constituição Federal. Assim, seja pela questão da legalidade, seja pelas perdas impostas às nossas crianças, penso que os vereadores não tomaram a melhor decisão nesta matéria. Em 2020 você se afastou do cargo de prefeito por causa de uma doença, a espondilite. Na época, mal conseguia andar. De lá pra cá o que mudou? Tratou a doença? Curou-se? A espondilite anquilosante não tem cura. Tive uma crise aguda no final de 2019 e sofri dores agonizantes. Em março de 2020, após dezenas de exa-


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deputado federal mes, os médicos diagnosticaram a doença. Essencialmente, o tratamento consiste em controlar a dor. No entanto, os medicamentos nem sempre funcionam e todos têm efeitos colaterais graves.

partido bem ao centro, ponderado, e com muitas realizações.

Naqueles meses o trabalho se tornou muito penoso para mim. Qualquer movimento acarretava dores insuportáveis. Foi quando decidi me afastar da prefeitura para me tratar. Estudando o assunto, descobri que muitos pacientes melhoram com exercícios físicos e uma dieta sem carboidrato (arroz, batata, farinhas, raízes). Adotei as duas coisas e melhorei muito. Faço exercícios todos os dias e só como proteínas e gorduras. Mesmo assim, perdi um pouco do movimento no pescoço. Tirando isto, considero que a doença está em remissão. Ano passado o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afastou você do novo mandato de vereador alegando que não poderia ter sido candidato em 2020. Na época você ressaltou que seu afastamento foi por questões de registro de candidatura e não por “qualquer deslize que tenha cometido”. Por causa disso entrou com recurso no STF. O que deu esse recurso? Foi uma decisão absurda que contraria o que a justiça vinha decidindo. Aliás, que o próprio TSE vinha decidindo. Entrei com recurso no STF, mas até hoje está paralisado no TSE. O TSE que foi rápido em condenar sem fundamento, está sendo muito lento em encaminhar meu recurso ao STF. Como advogado, sei que a justiça, infelizmente, é assim mesmo: errática e quase sempre lenta em demasia. Mas tenho expectativa muito positiva de que o STF corrigirá a injustiça praticada pelo TSE. Você está inelegível? Ou pode ficar inelegível em decorrência deste processo? Não estou inelegível. Este processo nem mesmo trata de inelegibilidade. Ele apenas trata de saber se eu estava ou não em condições de ser candidato em 2020. O juiz e o TRE disseram que sim. O TSE, porém, entendeu que não. Agora é aguardar o pronunciamento do STF. Seja como for, este processo não me torna inelegível, qualquer que seja o resultado no STF. Bom Despacho não elegeu deputado federal da terra. Mas há deputados federais votados aqui que destinam alguns recursos para a cidade. Exemplos: Diego Andrade, Domingos Sávio, Eduardo Barbosa, Lafayette Andrada, Newton Júnior, Stefano Aguiar, Subtenente Gonzaga e outros. Um deputado federal bom-despachense poderia fazer mais? Conseguiria mais recursos? Todos estes deputados têm contribuído. Mas Bom Despacho não é prioridade para eles. É fácil entender o motivo. Por exemplo, Diego Andrade foi eleito com 105.593 votos. Destes, 245 vieram de Bom Despacho. Menos de 0,2%.

Fernando Cabral durante sua filiação ao Republicanos. Ào seu lado está Gilberto Abramo, deputado federal com maior votação do partido em Minas e presidente da sigla no Estado. Em compensação, ele teve 9.653 votos em Três Pontas, 5.247 em Belo Horizonte, 4.397 em Boa Esperança. Na hora de dar atenção e colocar dinheiro de emenda, é claro que Bom Despacho não é sua prioridade. Os outros não são diferentes. Domingos Sávio se elegeu com 80.989 votos, mas só teve 874 votos em Bom Despacho. Eduardo Barbosa teve 105.912 votos, mas somente 1.395 em Bom Despacho e por aí vai. Assim, como é natural, na hora de dividir as emendas, Bom Despacho não é prioridade de nenhum destes deputados. Eles ajudam, mas um deputado bom-despachense poderia ajudar com mais do que todos eles juntos. Por isto precisamos de um deputado da terra. Grande parte da sua vida profissional foi em Brasília. Lá trabalhou dando consultoria e prestando serviços para várias instituições nacionais. Caso eleito, essa experiência junto a órgãos federais poderia ser útil na busca de recursos e benfeitorias para Bom Despacho e região? Sem dúvida. Morei e trabalhei em Brasília por mais de 30 anos. Ao longo desse período dei consultoria para Câmara dos Deputados, Sebrae, Exército Brasileiro, Banco do Brasil, Presidência da República, STF, TSE e muitos outros. Também fiz a Academia de Polícia Federal, fui Analista de Finanças da Secretaria do Tesouro Nacional e Auditor Federal do TCU. Isto significa que conheço bem como os órgãos federais funcionam. Na hora de cobrar, este conhecimento será útil. Por exemplo, a questão da duplicação da BR-262. Para fazer o assunto andar, temos que navegar por diversos órgãos, como DNIT, ANTT e Ministério dos Transportes. Minha experiência ajudará bastante. Você se elegeu vereador em 2020 pelo MDB. Agora foi para o Republicanos. Por quê mudou? Em 2020 aceitei convite para me filiar ao MDB. Aceitei e me elegi vereador pela sigla. Sou muito grato pela oportunidade e trabalhei enquanto pude por seu engrandecimento. Agora recebi convite dos Republicanos e considerei que deveria aceitar porque o partido tem um bom programa que se coaduna com meus projetos e com muitas das minhas ideias. É um

Nos últimos anos o Brasil tem vivido momentos de extremos. A polarização que aconteceu nas eleições de 2018 se aprofundou nos anos seguintes. Continua se aprofundando. Isto não é bom. A política está jogando brasileiros contra brasileiros, familiares contra familiares, amigos contra amigos. O Republicanos é um partido da conciliação, sem extremismos, sem radicalismos. Acredito que esta postura seja o bálsamo de que nós precisamos. Nosso país não aguenta mais radicalismos.

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Civic levando 41 kg de droga é apreendido após perseguição na BR 262

O Brasil precisa de paz e harmonia para voltar a se desenvolver e para trazer mais felicidade para todos. Creio que a forma que os Republicanos têm agido contribuem muito para isto. Eu quero dar minha contribuição também. Paz, harmonia, bom convívio social são coisas que estão nos faltando. Você tem estimativa de quantos votos serão necessários para eleger um deputado pelo Republicanos? Pelo Republicanos, 40 mil votos devem ser suficientes para eleger um candidato a deputado federal em Minas. Com a novidade das federações, é possível que partidos sem federação consigam eleger candidatos com menos votos. Este é o caso dos Republicanos, que não participará de federações. O partido Republicanos terá outros candidatos na região além de você? Olha, somos todos pré-candidatos, não propriamente candidatos. As coisas podem mudar até agosto. No entanto, pelo andar da carruagem, serei o único aqui na região. Na campanha eleitoral você pretende fazer dobradinha com candidatos a deputado estadual da cidade e região? Quais? Farei sim. Estas dobradinhas são importantes porque Bom Despacho e toda região precisam também do apoio de deputados estaduais. Trabalhando juntos nas esferas federal e estadual dois deputados podem fazer muito mais. No entanto, neste momento não posso antecipar as dobradinhas que estão sendo conversadas. Vamos considerar a hipótese de você não ser eleito deputado este ano. Neste caso, poderia disputar a Prefeitura em 2024 para suceder Bertolino? Quando saí da prefeitura em 2020 pensei que havia chegado a hora de me aposentar. Mas, depois de me recuperar da doença como me recuperei, juntei muita energia e quero colaborar muito ainda com minha cidade. Como todos sabem, o futuro a Deus pertence, mas da minha parte não recuso o pensamento de voltar a me candidatar a prefeito. O povo me conhece, sabe como trabalho, e poderá me reconduzir ou não com bom conhecimento de causa. Mas, temos que aguardar os acontecimentos. Não podemos passar o carro na frente dos bois.

Em ação conjunta, equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Militar (PM) apreenderam um Honda Civic levando 41 kg de maconha na BR 262. A operação ocorreu na noite de sexta (8/4), teve perseguição e tiros na rodovia. A ocorrência começou quando a PRF solicitou apoio da PM para abordar um veículo que vinha pela rodovia transportando grande quantidade de drogas. Equipes da PM foram para o posto da PRF na BR 262 para ajudar no cerco ao veículo suspeito. Entretanto, o Civic conseguiu

furar o bloqueio, passou pelo posto e fugiu em alta velocidade em direção a Nova Serrana. Os policiais sairam atrás do veículo na rodovia. Na perseguição os militares atiraram contra os pneus do Civic para força-lo a parar. Durante a fuga os ocupantes do veículo chegaram a jogar na pista um pacote contendo drogas e continuaram em alta velocidade. A PM pediu reforço de mais viaturas para localizar e prender os fugitivos. Pouco depois o Honda Civic foi localizado pelos policiais numa

estrada a poucos metros do km 468 da BR 262, batido numa árvore. Segundo a PM, os ocupantes abandonaram o carro e se embrenharam no mato para escapar. Próximo ao Civic os policiais encontraram mais pacotes de drogas escondidos no mato. O Honda Civic e as drogas foram apreendidos e levados para a Delegacia de Polícia Civil de Bom Despacho. Equipes de policiais continuaram fazendo buscas na área mas conseguiram localizar o paradeiro dos fugitivos (iBOM / Fotos: PMMG e PRF)


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Recordações das Semanas Santas Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL

Antigamente a Semana Santa era a cerimônia mais importante da Bom Despacho sertaneja e provinciana. A maioria da população vivia nas roças e vinha para a cidade participar das procissões que levavam as imagens de Jesus e de Nossa Senhora para igrejas diferentes e distantes. Uma a cada dia do início da semana. Também das missas. Do lava-pés. A sexta-feira santa constituíase no dia mais sagrado para todos os fiéis. As imagens dos santos eram cobertas com panos roxos na igreja e até em muitas residências. Sinos e campainhas de sons festivos ficavam mudos em respeito à imolação e à morte de Cristo. Em lugar dos sinos tocavamse as matracas tristonhas. No dia da procissão do Senhor Morto ou procissão do enterro, milhares de pessoas, as famílias e até muitos daqueles que quase não frequentavam as igrejas, as missas e os sacramentos, neste dia enchiam os templos. Rezavam e à noite participavam do cortejo por um grande percurso da cidade. Os católicos acompanhavam contritamente o séquito e seguiam a imagem do Senhor Morto, carregada em uma espécie de caixão. As crianças, os adultos e muitos jovens idosos oravam contritos com velas acesas num cortejo luminoso que iluminava as ruas e becos da cidade por onde passava. Saindo da matriz, esse cortejo percorria um longo caminho e voltava ao ponto original. Ali um sacerdote do alto da escadaria do templo esperava pelo retorno da multidão. Geralmente um sacerdote convidado de outras paróquias, que tinha o dom e a fama de grande pregador capaz de emocionar o público com uma comovente homilia sobre os sofrimentos de Jesus na cruz até a morte para salvar toda a humanidade. Depois de muitas orações e da pregação do padre, as pessoas contritas e satisfeitas com a participação daquele dia sacrossanto retornavam para suas casas. Iam dormir, que dia seguinte começavam os festejos do sábado da aleluia em comemoração da ressurreição de Cristo. À noite havia até o esperado Baile da Aleluia, no Clube Bom Despacho, fechado para festas durante toda a quaresma. Então, voltava-se a beber, a dançar com muita animação, parece que para tirar o atraso de tanto tempo de pagodes proibidos no período de 40 dias, sagrado para os católicos, que eram maioria expressiva em nossa comunidade. O canto das Verônicas Na Procissão do Enterro, à margem dos fiéis que passavam, soava triste e dolorosa a cantiga das Verônicas: “Ó vós todos que passais vede se há dor maior que minha dor...” E exibiam a efígie de Jesus, sangrando com a coroa de espinhos. Para esta interpretação escolhiam-se as vozes mais bonitas da cidade, que de tempos em tempos variavam. Vozes lindas

Representação de Verónica exibindo o véu com a Face de Jesus. como as da Viena filha do Paraíso, funcionário da Prefeitura; da Nair do Anacleto, funcionário da Força e Luz, e da Lindalva da Casa Assumpção, que com seu canto suave e dolorido criavam uma aura especial e santa que fazia aumentar o fervor do povo. Adão e Eva Adão e Eva eram representados por um casal, vestidos com roupas simples, compridas e antigas que corriam incessante e incansavelmente pra lá e pra cá, do início ao fim do cortejo. Adão, com uma enxada, batendo no chão, como quem cava a terra para o plantio. Eva levava as mãos em seu avental, fingindo pegar sementes e jogar nas covas “abertas” por Adão. Seus gestos lembravam às pessoas a sentença imposta a nossos pais e à humanidade inteira, no jardim do Éden, pelo pecado de desobediência que cometeram ao comerem do fruto proibido: “Comerás o pão com o suor do seu rosto” A figura do demônio Um cidadão, vestido de capeta, com chifres, rabo e tudo, amedrontava a meninada que corria para os braços e aconchego das mães. Era uma figura assustadora que corria para cima e para baixo soprando uma buzina das que chamavam os cachorros para as caçadas de antigamente. Naquela noite a gente dormia e sonhava compadecido com o sofrimento de Jesus, com Adão e Eva, e tinha pesadelos com o chifrudo. As comitivas rurais Nos tempos idos – anos de 1800 e no século XX, até a década de 60 – a maioria esmagadora da população vivia nas roças, nas fazendas. Mas, na semana santa, viam-se comitivas de pessoas e famílias, que enchiam a cidade pelos caminhos para o povoado ou para a cidade. Alguns, a pé. Outros, a cavalo. Outros mais em carros de bois. Pousavam em casa de parentes ou

alugavam cômodos para ficar, se estavam dispostos a participar de toda a efeméride. Ricos fazendeiros compravam casas no arraial ou na cidade, que ficavam fechadas, devidamente mobiliadas com o fim único de vir para rezar no fim da quaresma e na páscoa com a família e também muitos empregados. O meu bisavô materno, Zezé Rufino, desde os anos de 1900 até o final dos anos de 1930 possuíra um belo casarão, onde hoje se encontra o Hotel Letícia. Ele vinha lá do Picão, da Extrema ou do Raposo, fazendas de sua propriedade, que no final de sua vida já estavam nas mãos de seus três filhos: Maria do Alfredo (no Raposo), a Extrema com o Berto Rufino e Picão com Juca Rufino. Muita gente dessa comitiva rural e religiosa vinha a pé, a cavalo ou em carrosde-bois. Um ou dois desses carros-debois transportavam os colchões de palha. As roupas de cama e de vestir. Bolas de sabão preto para lavagem dos talheres e panelas e de roupas. Também víveres para as refeições: arroz, feijão, carne, toucinho, fubá, ovos, polvilho, farinhas e outros. Abaixo do casarão do Zé Rufino, minha mãe, que é sua neta, e participava com sua família da jornada, lembrava uma figura histórica dos tempos do arraial e da vila do Bom Despacho. Era a Sofia, mulher morena, forte. A mais afamada quitandeira e cozinheira do lugar. Sofia era casada com o italiano Mário Celeiro, parente do Vigário Nicolau. Mãe da Ruth do Eurico Chaves. Dona Sofia era contratada pela família para fazer belos almoços, jantares, deliciosas quitandas para dezenas de inquilinos, na semana santa, no casarão. Desde a mais tenra infância, desde quando dei consciência de mim, me lembro de ter participado das procissões e cerimônias litúrgicas da semana santa, com meus pais e irmãos. E agora guardo essas estórias e recordações que marcaram e pra sempre a minha vida.

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Empossada a nova direção da Acibom

À frente, da esquerda para a direita, estão Yure, Pedro, Ronaldo, Cláudia, Ivan e Gilberto; atrás, Carlos Humberto, Leandro, Augusto, Carlos Eduardo, Eduardo, Vicente, Jailton, Renato e Almir Tomou posse na noite de 31/ 3 a nova diretoria do CDL/ Acibom para 2022-2025. A solenidade foi realizada na sede da associação com presença de autoridades, imprensa, lideranças, associados e a Banda do 7° Batalhão. Após a cerimônia houve palestra da jornalista e economista Rita Mundim, comentarista da Rádio Itatiaia de Belo Horizonte. A nova diretoria do CDL/ Acibom é formada por 15 integrantes e mais o Conselho Fiscal, composto de 6 pessoas. Abertura O evento foi aberto com a execução do Hino Nacional pela Banda do 7° BPM. Em seguida o vice-presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL), Fúlvio Ferreira, empossou individualmente todos os diretores e conselheiros fiscais. Cada um deles recebeu um distintivo do FCDL. Logo após o ex-presidente Jailton Oliveira – que também integra a nova diretoria discursou agradecendo o apoio e a colaboração recebidas dos empresários que o acompanharam em sua gestão. Fúlvio O vice-presidente da FCDL, Fúlvio Ferreira, que veio de Uberaba para o evento, cumprimentou Jailton por seu trabalho à frente da instituição. Cumprimentou também os empresários que “dividem seu tempo na empresa e na família” para dedicar-se à defesa dos interesses do empresariado. Ressaltou a importância dos empreendedores na geração de emprego e desenvolvimento em Bom Despacho. Fez elogios à Banda do 7° Batalhão e terminou entregando menção honrosa ao expresidente Jailton Oliveira. Bertolino O prefeito Bertolino da Costa cumprimentou todos os diretores “que construiram essa história de sucesso que é a Acibom” por sua contribuição para o município. Ele exaltou o papel e a importância dos empreendedores bomdespachenses que “geram riqueza, emprego e bemestar” para a comunidade. Ronaldo O novo presidente Ronaldo Tavares relembrou a história da construção da sede do CDL/ Acibom, iniciada há 17 anos. Destacou o esforço do expresidente Jailton para a conclusão da obra - que é a 5ª

Novo Conselho Fiscal: da esquerda para a direita, na frente, estão Alberto, Rose, Sandra e o presidente Ronaldo; atrás, Marcos, Edson e Sérgio Calais.

maior sede entre todas as associações comerciais mineiras. Atualmente, o CDL/Acibom possui 330 associados e gera 15 empregos diretos. Ronaldo afirmou que sua meta é trabalhar para ampliar o número de associados e atender às demandas da categoria. Palestra Em seguida a economista e jornalista Rita Mundim fez palestra para os presentes. Ela analisou o cenário econômico mundial e suas implicações para o desenvolvimento do Brasil. Destacou as grandes mudanças globais ocorridas no século XXI e os novos desafios e oportunidades para os empreendedores. Ressaltou a

necessidade de estudar e se qualificar para acompanhar a velocidade das mudanças trazidas pelo mundo digital. Ela também ressaltou a importância do empreendedorismo para o desenvolvimento do município e disse que o papel do Estado é oferecer infraestrutura para garantir educação, saúde e segurança de qualidade para as pessoas, remunerando muito bem os profissionais dessas áreas. Para Rita, tendo isso as pessoas vão trabalhar, empreender, gerar empregos, riquezas e promover o desenvolvimento econômico e social. Rita Mundim concluiu sua palestra respondendo perguntas da plateia. (iBOM / Fotos: IBOM).

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Feira Literária mostrou as obras de escritores bom-despachenses A Feira Literária realizada pela Prefeitura dia 9/4, na Praça da Matriz, expôs obras de 16 escritores bom-despachenses: Alberto Coimbra, Alexandre Cesário, Daniel Silva, Fernando Humberto, Geraldo Rodrigues, Gísila Couto, João Bosco, João Eudes, Lúcio Emílio Espírito Santo, Lúcio Emílio Espírito Santo Júnior, Luisa Garbazza, Mozart Foschete, Poliana Barbosa, Tadeu

Araújo, Vander André Araújo e Wagner Cruz. A programação incluiu apresentações artísticas, lançamento de livro, oficinas de artesanato, exposição e venda de obras dos escritores presentes. Segundo a secretária municipal de Cultura e Turismo, Rosimaire Cássia, o objetivo da Feira “é divulgar o trabalho e o talento dos escritores bomdespachenses”. (iBOM).


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Bom Despacho (MG), 15 de Abril 2022

Semana Santa em BD, um rito de reconstrução

Procissão passa pelo centro de Bom Despacho, esquina da Rua Coronel Tininho, e,m data não apurada. Foto colorizada por Ricardo e publicada na página Bar do Tonhão

PAULO

HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação

A Semana Santa é uma das memórias mais lindas que tenho da minha infância em Bom Despacho. Nunca vi uma programação tão intensa quanto o que acontecia nas nossas igrejas e ruas. Eram várias cerimônias religiosas que nos abraçavam, que atraíam e acolhiam a todos. Era uma semana de nos encontrarmos algumas vezes, de rezarmos sem reservas pelas ruas da cidade, de ouvirmos as batidas das matracas e sentirmos o aroma de incenso. No domingo, a Procissão de Ramos coloria de verde e perfumava a Matriz. É estranho escrever “perfumava”, porque acho que aqueles ramos não eram naturalmente perfumados. Mas a minha memória junta o verde escuro dos ramos a um perfume verde por toda a igreja. A entrada gloriosa de Jesus em Jerusalém era celebrada com alegria e certa pompa em BD. Era a primeira procissão da semana e, como acontecia junto com as missas dominicais, contava com grande número de participantes, embora diluídos ao longo do dia. Na 2ª feira, ocorria a Procissão de Nosso Senhor dos Passos. Ela ia da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Bom Despacho até a Igreja do Rosário. A cerimônia relembrava o sofrimento de Jesus carregando sua cruz até o calvário, em um primeiro momento de dor e superação na Via Sacra. A gente via um bom número de pessoas e amigos, mas era um movimento ainda tímido pelo que estava por vir. Na 3ª feira, ocorria a Procissão

de Nossa Senhora das Dores. Essa ia da Igreja Matriz até a Capela da Santa Casa e relembrava a angústia e sofrimento de Maria, mãe de Jesus, após saber da prisão do filho e do seu encaminhamento para a crucificação. Havia mais ou menos a mesma quantidade de pessoas da procissão de 2ª feira, diferenciando-se um pouco o grupo de pessoas em função da proximidade com a igreja para onde ela se dirigia. Na 4ª feira, ocorria a Procissão do Encontro – que na verdade era uma composição de duas procissões, fazendo os trajetos inversos daquelas realizadas na 2ª e 3ª feira. Os participantes se dividiam em dois grupos, um saindo da Igreja do Rosário e outro da Capela da Santa Casa, ambos em direção à Matriz. Se não me trai a memória, essa procissão inclusive separou homens e mulheres em alguns anos, com os homens saindo do Rosário, acompanhando a imagem do Senhor dos Passos, e as mulheres da Santa Casa, acompanhando a imagem de Nossa Senhora das Dores. Essas procissões davam sequência às caminhadas anteriores, tendo seu clímax no encontro entre os dois grupos na Matriz, simbolizando o encontro de Jesus com Maria no caminho de seu calvário. A participação crescia com a confluência das duas procissões e era perceptível no ar uma angústia crescente. Na 5ª feira, ocorria o Lava Pés, cerimônia que retroagia um pouco na cronologia da Paixão de Cristo para trazer um momento anterior à sua prisão, calvário e crucificação. Naquela iluminada e cheia de significados Última Ceia, Jesus lavou os pés de seus discípulos, em uma demonstração de humildade e disponibilidade em servir ao próximo. Exemplo que trazia e sempre traz reflexões, especialmente em um mundo como o nosso atual, de tanta espetacularização e pouca disponibilidade para o servir.

A 6ª feira da Paixão era o dia mais triste do ano. Lembro-me de um dia cinza com uma noite de orações entrecortadas por um silêncio profundo e as batidas das matracas. Não sei dizer em números, mas a impressão que eu tinha era de haver mais gente na Procissão do Enterro do que em toda Bom Despacho. Eram certamente dezenas de milhares de pessoas, que saíam em um cortejo fúnebre da Praça da Matriz e lotavam quilômetros de ruas da cidade. Lembro-me ainda das pessoas que vendiam velas para usarmos na procissão, de cortar uns pedaços de papelão com um furo no meio para proteger as mãos da cera derretida, do cuidado para não deixar a vela apagar ou queimar o cabelo de alguém e até mesmo de vender velas em alguns anos. Lembro que caminhávamos em família, que costumávamos rezar de um a três terços ao longo da procissão, que eu costumava revisar toda minha vida naquela hora e meia de caminhada. E voltava em silêncio para casa. O sábado era dia de vigília, de espera pela gloriosa ressurreição de Jesus Cristo, celebrada no Domingo de Páscoa. Mas, sendo honesto, devo confessar que iniciávamos as celebrações ainda no sábado. À noite, ocorria o Baile de Aleluia, que era uma das festas mais alegres na cidade, uma festa de efusiva celebração. O Domingo de Páscoa era um dia claro, leve, de missa pela manhã, almoço em família, sorrisos largos, mentes e corações revitalizados! Era um dia de glória, paz de espírito, esperança e luz. A Semana Santa tinha, pela construção e sequenciamento de suas cerimônias, o condão de nos levar por um caminho de reconstrução, de revitalização. Saíamos mais fortes e inspirados, sempre melhores do que entrávamos. Uma Santa Semana a todos!

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Diário de viagem: bomdespachense na Europa LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR Em julho de 1975, minha tia Elizabeth fez uma viagem à Europa. Ela era professora de francês aqui em Bom Despacho, no colégio Tiradentes. Elizabeth Madeira Morais faleceu prematuramente em 1993 aos 46 anos. Dessa viagem ficou um curioso diário de viagem. A viagem ocorreu junto da prima Dilma Morais e Netinha, uma amiga. Ela foi a Portugal, França, Inglaterra, Holanda, Alemanha, Áustria, Alemanha, Suíça, Itália e Espanha. Em Portugal, cita o marido de Júlia (aluna de francês de Brigitte Paredaens), Getúlio:

Os muros de Lisboa estão todos marcados com o sinal comunista (martelinho e foice) e com vários dizeres como: “Abaixo o fascismo e viva o proletariado”. Lembrei-me do Getúlio que queria algum livro sobre a situação atual do Brasil. Beth comenta que conseguiu se virar (“je me debrouille”) em francês na França, cometendo alguns erros, tais como escrever photo no lugar de photographie, salle de bains no lugar de toilette. Ela conta ter ido ao mausoléu de Napoleão (Les Invalides) e ao Panthéon onde estão os túmulos dos grandes homens que obtiveram o reconhecimento da pátria: Rousseau, Voltaire, Victor Hugo, Zola, etc. Curiosamente, ela comenta que não gostou da comida francesa, não conseguiu comer nem arroz e nem pizza napolitana: “O que há de gostoso é a sobremesa: hoje comi uma tarte au fraises deliciosa; o croissant também é bom, e também as confitures (compotas).” Beth também observou uma curiosidade cultural ligada a outros bom-despachenses: “tivemos mesmo a oportunidade de presenciar uma cena em que uma senhora passou uma descompostura em outra (casa de Assunção, cunhada de Netinha) porque as crianças faziam muito barulho ”. Os franceses, muitos educados, segundo ela, gostam de silêncio, observou ela, principalmente depois das dez da noite. Nessa viagem de Beth, ela curiosamente adorou Viena, Innsbruck e Munique e não gostou de Roma, na Itália. Roma era barulhenta e suja, muitos homens abordavamnas na rua, enquanto as cidades alemãs tinham grandes e bem cuidados jardins e fizeram um amigo, Gerhard (“um simples, um puro de coração, alegre e espontâneo”), que as levou a vários lugares interessantes e até parecia apaixonado por uma delas. Os homens alemães, segundo ela, eram alegres, mas respeitadores, enquanto os italianos paravam o carro para fazer cantadas e piadinhas incompreensíveis. Em Munique, ela esteve na Hofbrauhaus, a maior cervejaria do mundo:

Foi muito interessante, porque pudemos observar o povo alemão com toda sua alegria e vivacidade. Que

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Festa muito louca O que parecia impossível para esta vida, aconteceu agora em abril

ALEXANDRE

MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD

Dilma Morais (esquerda), Elizabeth e Netinha (direita).

Desde criança, bem criancinha, já tenho lembranças da Páscoa. Minhas primeiras lembranças remetem a meu pai e mãe levando a mim e a meu irmão a uma fábrica de chocolates de uma marca muito famosa, local que ficava a 500 metros de minha casa. A fila era enorme, mas compensava, pois comprávamos ovos de Páscoa enormes por preços convidativos. Durante toda minha infância fizemos este ritual anualmente

Elizabeth com este colunista maravilha! Todos pareciam uma grande família, cantando músicas lindas, acompanhados por instrumentos musicais. No fim todos deram-se as mãos e fizeram uma grande roda ao redor das mesas. Beth também conta como foi a viagem de trem de Viena a Munique:

Viagem digna de nota foi a de Viena a Munique, de trem. Foi uma experiência excepcional. Em nosso vagão reuniu-se uma turma de Israel, Hungria, Iugoslávia e alemã. Divertimonos bastante, sobretudo com os húngaros: 3 moças (Hildegard, Elizabeth e Gabriela) e um rapaz (Charlie) (...). Sobre os húngaros, foi muito engraçado porque aprendemos algumas palavras em húngaro (comuns ao alemão) como servus (pronuncia-se serbus = adeus); puszi = beijinhos. Quando nos despedimos, eles, que ainda iam a Paris, vindo de Bucareste, ficaram no trem gritando: adeus, beijinhos; e nós, “servus, puszi”. Todo mundo ficou rindo de nossa despedida. Segundo Beth, o único lugar bem conservado de Roma lhe pareceu o Vaticano, “muito lindo”. Ela tinha a expectativa

de conhecer uma cidade maravilhosa, mas ficou numa pensão velha, com “tudo desorganizado, sujo e preto, há papéis na rua, ônibus velhos, trânsito difícil”. Para mim, que sou afilhado de Beth, o diário emociona muito ao final, quando ela escreveu, aguardando o avião no aeroporto de Lisboa:

Na espera, despeço-me de tudo, olho para todas as coisas com olhos de despedida. Talvez nunca mais eu retorne. Ou talvez um dia, quem sabe? Nunca se pode prever alguma coisa nessa vida. Valeu a pena a experiência (...). Adeus Portugal, adeus Europa. Até amanhã, Brasil. É com um aperto no coração que escrevo esse texto, com uma saudade imensa dessa pessoa querida que esteve ao meu lado e perdi. Há quanto anos partiu! E pensar que já vivi mais do que ela! Beth ensinou-me a cantar a Marselhesa. Foi muito bom reencontrar minha eterna madrinha nesse diário, foi muito bom escrever essa coluna para, de certa forma, ressuscitá-la através de sua escrita. Adeus, Beth! Até um dia! Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor

Um pouco mais velho, lá pelos sete anos de idade, fiz a primeira comunhão e aprendi sobre o lado religioso da Páscoa. Nesta época comecei a perceber que havia pontos bem incongruentes entre a visão religiosa, com o sofrimento de Jesus após quarenta dias no deserto, e o coelho e seus ovos de chocolate, sendo que coelhos, até onde eu saiba, não botam ovos, muito menos os de chocolate. Que confusão! Na adolescência e vida adulta eu perdi um pouco o prazer de comer doces, o que afetou meu consumo de ovos de Páscoa. Fiquei muitos anos sem comprá-los, hábito retomado parcialmente quando nasceu minha filha Isabella, há cerca de dezessete anos. Comprava os mimos para ela, que os devorava praticamente sozinha. Na verdade, só lembrava da Páscoa quando entrava em algum supermercado paulistano e era obrigado a gatinhar pelo chão, pois havia ovos de Páscoa pendurados nos corredores, e qualquer pessoa com mais de 1,5 metro de altura bateria a cabeça neles. Nos últimos anos, por conta da pandemia do coronavírus, até esse hábito mudou e, até onde me lembro, os supermercados não penduraram as delícias. Parafraseando o grande José Simão, colunista histórico da Folha de São Paulo: “meu sobrinho perguntou ao pai: “Jesus era um coelho”?”. Rarara, também parafraseando o Macaco Simão. Que confusão! A Páscoa como passagem A Páscoa é uma festa bíblica para comemorar a fuga dos israelitas do Egito, com a abertura do Mar Vermelho por Moises. Conhecida como Pesah, é uma festa que comemora a mudança de vida. Os cristãos se apoderaram da Pesah e dão nova roupagem a ela. A passagem é a morte e a ressureição do filho de deus enviado à Terra para curar o pecado original dos humanos. Há muitos livros que brincam com essa passagem. Lembrome do livro “Pessach” do brasileiro Carlos Heitor Cony, que narra a passagem de um cidadão pacato para a luta armada no Brasil, durante o golpe militar de 1964. Como sou nada religioso, a

Páscoa me remete sempre a mudança de vida, buscar por novas conquistas, esforços para conseguir realizar algo difícil, intransponível. Prefiro essa visão à religiosa e a dos ovos de chocolate. A Páscoa em nosso planeta Tenho ouvido muitos cientistas e pessoas que estudam nosso planeta Terra sobre a necessidade de fazermos uma Pesah, saindo da maneira como a usamos hoje, para uma maneira mais indígena, de amor ao solo sagrado no qual vivemos. Em outras palavras, se não cuidarmos da Terra, repondo aquilo que destruímos nela diariamente, nossos descendentes não terão o prazer de viver aqui. Essa passagem, essa Páscoa é necessária e urgente. Tenho ouvido semanalmente ao professor, escritor e teólogo Leonardo Boff, que hoje é muito mais um cientista da natureza do que um padre católico. Ele afirma que estamos matando a Terra tão rapidamente, que talvez não haja mais tempo de voltarmos a vê-la saudável. Boff costuma usar uma analogia maravilhosa criada por Carl Sagan, cientista muito conhecido. Nesta brincadeira, Sagan/Boff usam um ano de 365 dias para explicar o surgimento do universo. Nesta comparação, o “bigbang” aconteceu no dia 1 de janeiro às 00:00 horas. A sequência é esta: 01 de janeiro – início do Big Bang / 07 de janeiro – nascimento das primeiras estrelas / 01 de março – surgimento da Via Láctea e outras galáxias / 09 de setembro – origem e formação do Sistema Solar / 14 de setembro – origem da Terra / 25 de setembro – surgimento das primeiras formas de vida terrestre / 02 de outubro – formação das rochas mais antigas já registradas / 30 de novembro – início da reprodução sexuada Dezembro: 01 – constituição da atmosfera atual / 16 – formação dos primeiros helmintos (vermes) / 17 – Big Bang biológico: formação de uma grande quantidade de seres vivos no Cambriano / 18 – Formação dos primeiros seres vivos vertebrados / 25 – Origem e reino dos dinossauros / 26 – Origem dos primeiros mamíferos / 28 – Formação das primeiras aves / 30 – Extinção dos dinossauros

31 de dezembro: 22:30 (hora) – Os primeiros humanos / 23:46 – Aprendizado sobre a domesticação do fogo / 23:56 – Fim do último período glacial / 23:59 – Data das pinturas pré-históricas na Europa / 23:59:20 – Desenvolvimento da agricultura / 23:59:35 – Início do Neolítico / 23:59:50 – Surgimento das primeiras grandes civilizações / 23:59:58 – Realização das cruzadas na Baixa Idade Média / 23:59:59 – Início do capitalismo comercial e a expansão colonial europeia. Por esta analogia, a religião teria surgido às 23:59:55 do dia 31 de dezembro e Jesus teria nascido no último dia do ano às 23:59:57. Neste calendário, destruímos o planeta Terra em alguns segundos, a ponto de estarmos com aquecimento, enchentes, clima fora do eixo etc. Fizemos a Pesah ao contrário. Agora, segundo Boff, precisamos fazer a passagem do lado mau para o bom. Que venha a Páscoa salvadora. Uma Páscoa pessoal Conheci meu sogro há quatro anos e meio. Ouvi muitas histórias sobre suas dificuldades, medos, síndromes e pânicos. Escutei que não lograva ir do centro de Bom Despacho até a Avenida Dr. Roberto Queiroz, na Praça de Esportes. Aos poucos foi vencendo esta dura batalha contra os medos de sua mente. Há alguns meses ousou entrar em um elevador pela primeira vez. O que parecia impossível para esta vida, aconteceu agora em abril: ousou ir pela primeira vez a um aeroporto, ver um avião de perto, entrar nele e voar. Como um filhote de pássaro que voa pela primeira vez, deve ter enfrentado maus momentos. Também como um pássaro, sabe que vencida a primeira etapa do aprendizado, da passagem, da Pesah pessoal, vai buscar voos mais altos e longos. Tendo a achar, com o perdão dos religiosos que me dão a honra da leitura, que atravessar o Mar Vermelho liderado por Moises foi fichinha perto do primeiro voo de meu sogro, que passou 78 anos sem ter coragem de chegar perto de um avião, mas não passou seu aniversário de 79 anos sem ter tido esse prazer. Parabéns, seu Tadeu, por sua Páscoa pessoal. Boa Páscoa a todos os raros leitores!


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Bom Despacho (MG), 15 de Abril 2022

Thales Júnior é o novo delegado regional de BD Em entrevista ao JN, novo delegado fala dos seus planos na Regional Tomou posse dia 7 de abril o novo delegado regional de Polícia Civil de Bom Despacho, Thales Gontijo de Queiroz Cançado Júnior, 38 anos. A solenidade foi realizada no auditório da CDL/Acibom, com presença de autoridades e lideranças da cidade e região. Thales Júnior é o 8° delegado a ocupar o cargo desde a criação da 2ª Delegacia Regional de Bom Despacho, em 1984. Delegado de Polícia há 15 anos, ele é bom-despachense e trabalhou nas delegacias de Presidente Olegário, Patos de Minas e Araguari. Em 2016 foi transferido para Bom Despacho, onde respondia pelas delegacias de Crimes contra o Patrimônio, Trânsito e TCO. O novo titular da Regional é filho do ex-delegado Thales Gontijo de Queiroz Cançado. Seu pai foi o primeiro delegado regional de Bom Despacho e ficou no cargo durante 15 anos até se aposentar. Estrutura A 2ª Delegacia Regional de Bom Despacho faz parte do 7° Departamento de Polícia Civil, sediado em Divinópolis, e responde por 19 cidades da região: Abaeté, Biquinhas, Bom Despacho, Cedro do Abaeté, Córrego Danta, Dores do Indaiá Estrela do Indaiá, Japaraíba, Lagoa da Prata, Luz, Martinho Campos, Moema, Morada Nova, Paineiras, Pedra do Indaiá, Pompéu, Quartel Geral, Santo Antônio do Monte e Serra da Saudade. Nessas 19 cidades há um total de 11 delegados de Polícia Civil – número insuficiente para atender às necessidades da corporação, que há anos cobra do Estado mais recursos humanos e materiais. Bom Despacho, sede da regional, tem atualmente 3 delegados em funções operacionais e mais o regional – que é responsável por funções administrativas envolvendo as 19 cidades da sua área. Desafios Em entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios, o novo delegado regional falou dos

O delegado regional Thales Júnior (dir) na posse com seu pai, Thales Gontijo de Queiroz Cançado, que foi o primeiro titular da Regional de Bom Despacho, em 1984 desafios e das ações que pretende implementar à frente da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil. Segundo Thales Júnior, os principais desafios do cargo são “evoluir na prestação do serviço de segurança pública, dar melhores condições de atendimento à população e diminuir a criminalidade violenta, trabalhando de forma integrada com a Polícia Militar”. Outra preocupação do novo delegado regional é “atuar para a melhoria estrutural das unidades da Polícia Civil”. Para isso Thales pretende ampliar os convênios com municípios da Regional visando melhorar a infraestrutura das delegacias. Isso pode ser feito, segundo ele, através da cessão de servidores, fornecimento de equipamentos e prestação de serviços como emissão de Identidade, liberando os agentes da Polícia Civil para cuidarem

de investigações e do combate ao crime. “Uma pequena parcela de contribuição dos municípios ajuda muito a melhorar e aprimorar os trabalhos de cidadania que a Polícia Civil desenvolve, como registro de veículos, banca examinadora de motoristas e emissão de identidade”, afirmou. Thales ressaltou também a importância de aproximar mais a Polícia Civil da população. Para ele, “a participação e o apoio da comunidade através do fornecimento de informações contribui para os bons resultados do trabalho da Polícia Civil. Por isso, o cidadão pode e deve confiar na Polícia e, sempre que necessário, utilizar o telefone 181 ou procurar uma Delegacia para dar informações e fazer denúncias. Em todos os casos ele terá sua identidade preservada”, assegurou. (iBOM / Foto: Ascom PMBD)

PRF prende motorista com caminhão clonado na 262 Um homem de 31 anos foi preso na BR 262 pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 8/4, em Bom Despacho. Segundo a corporação, o acusado dirigia um caminhão que era clonado. Os policiais descobriram a treta ao fazerem vistoria num caminhão Volvo VM 260, abordado na rodovia por volta das 14 h. Durante a abordagem eles constataram que o caminhão era clone de um outro do mesmo modelo. O original tinha inclusive uma restrição judicial. Após constatar o crime os policiais deram voz de prisão ao motorista, que não teve o nome divulgado. Ele foi conduzido para a Delegacia de Polícia Civil de Bom Despacho, que vai investigar o caso. O caminhão foi apreendido. (iBOM / Foto: PRF Bom Despacho).

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