JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

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DESTAQUE

Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

Ano XXXIII - Nº 1.635 • Fundado em 12/05/1989

FERNANDO

CABRAL

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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

Sindicato lança exposição

Agropecuária, baluarte da nossa economia

Página 4

Página 14

ALEXANDRE MAGALHÃES

Minha vida depende da agricultura Página 13

Duas cartas da minha mãe para esta coluna Lúcio Emílio (Pág. 14)

Prefeitura vai abrir nova rua de acesso à área hospitalar

Bom Despacho ganha novo CAPS AD para usuários de drogas PÁGINA 7

Expobom mostra a força do agro Especial sobre o evento que acontece de 6 a 9 de julho no Parque de Exposições PÁGINAS 5 a 12 DESTA EDIÇÃO


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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

ALUGO CASA – Rua João Amador, 30 – Palmeiras – Casa c/ 7 cômodos e garagem para 2 carros VENDO CHÁCARA – 2.000m2 – R$ 100 mil – 5% de Entrada e o restante em 144 parcelas corrigidas pela Poupança. OPORTUNIDADE – Vendo Chácara 1.250m2 – R$ 75 mil – Entrada de R$ 3 mil e o restante em 144 parcelas corrigidas pela Caderneta de Poupança NOVIDADE – Vendo Mudas de Capim BRS Kurumi CONTATO - ADALBERTO – (37) 99968.5890

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL SIMPLIFICADA CAFÉ BOM DESPACHO Ltda, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bom Despacho, torna público que foi solicitado através do Processo Administrativo nº 60/ 2022, a Licença Ambiental Simplificada classe 01 para a atividade de torrefação e moagem de grãos (café), localizada na Rua Gustavo Lopes Cançado, nº 143, bairro Jardim América, Bom Despacho/MG. p

PEDIDO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL SIMPLIFICADO A empresa GRANJA SALOMÉ LTDA, inscrita no CNPJ n° 07.387.853/0001-77, por determinação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Bom Despacho, torna público que solicitou, através do processo administrativo n° 8093/2022, Licenciamento Ambiental Simplificado, para as atividades de AVICULTURA E FORMULAÇÃO DE RAÇÕES BALANCEADAS E ALIMENTOS PREPARADOS PARA ANIMAIS, desenvolvida na Fazenda da Prata, s/n, Zona Rural do município de Bom Despacho – Minas Gerais. ap

ABANDONO DE EMPREGO A empresa ANIMALL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE RAÇÕES EIRELI, inscrita no CNPJ sob o nº 07.099.466/0001-35, com sede à Avenida Dr. Juca, 1.850, bairro São Vicente, em Bom Despacho/MG, solicita o comparecimento do funcionário THIAGO ALEX BENTO EVANGELISTA, RG 15.721.615, CPF 088.368.976-65, PIS 20460726905, para prestar esclarecimentos sobre sua ausência ao trabalho desde 13/05/2022. Seu não comparecimento caracterizará abandono de emprego conforme artigo 482, alínea "i" da CLT. Bom Despacho/MG, 15 de junho de 2022

Maria Luiza – 99182.5443 CASA – Vendo, 4quartos, sala, copa, cozinha, garagem – Travessa Rua Dr. Miguel Gontijo, 44 - R$ 340 mil – 98836.8090 ALARME – Vendo, de moto – 99928.8504 APARTAMENTO – Alugo, 1quarto, sala, cozinha, lavanderia, área - Rua Operários – 99916.8080 APARTAMENTO – Alugo, 1quarto, sala, cozinha, lavanderia, área – Av. Manoel da Costa Gontijo – 99116.8080 ÁREA – Vendo, 1.080m2 – Jd. América – Beto – 3522.1521 e 99921.4917 BARRACÃO – Alugo, 1quarto, st, cozinha, lavanderia – Rua Ambrozina Luquine, 38 – 99116.8080 BARRACÃO – Vendo, c/ garagem, na Vila Gontijo – 99103.9298 BELINA – Vendo, Del Rey, 1988, c/ 4 pneus novos – R$ 16 mil – 99939.4042 BICICLETA – Vendo – 99110.7474 CADELA – Faço doação, Pastor Belga, máscara preta, 1 ano de idade. – (31) 99530.2440

Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho Ltda Avenida das Palmeiras, 12 - Centro - Bom Despacho - MG CNPJ 18.810.176/0001-74 - Insc. Est. 074.074975-0054

CELULAR – Vendo, Samsung Galaxy Win2 – 99956.1423

NOTIFICAÇÃO

CHÁCARA – Vendo, 500m, murada, c/ piscina aquecida e casa 2quartos, a 6 km da cidade – (31)99352.1510

NOTIFICANTE: COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE BOM DESPACHO LTDA, situada à Av. das Palmeiras, 180, inscrita sob o CNPJ 18.810.176/ 0012-27, representada neste ato pelo Conselho Administrativo, nos termos do disposto no art. 14 do Estatuto Social;

IDEA – Vendo, Adventure, Dualogic, 2011, completo – R$ 34 mil – 99100.6660 LOTE – Vendo – 99105.8162 LOTE – Vendo – Av. Francisco Paula Lopes – Bairro de Fátima – R$ 45 mil – 99856.5001 LOTE – Vendo – Travessa Rua Dr. Miguel Gontijo, 44 – R$ 200 mil – 98836.8090 LOTES – Vendo, 2 - Rua Santa Efigênia, perto Santa Casa – 98803.2113 MESA – Vendo, c/ 6 cadeiras – 99976.9733 MESA – Vendo, de imbuia, c/ 8 cadeiras – R$ 2 mil – 99999.1037 PALIO – Vendo, EX 2 portas, 1999 – 99857.0028 SÍTIO – Vendo, com benfeitoria – Troco por Casa – 99985.2832

CAMA – Vendo, box, casal – 99105.8162

TERRENO RURAL – Vendo, 10ha, no Capivari dos Macedo, plano, margem rio, c/ rede elétrica – 99961.3033

CAMA – Vendo, de solteiro – 99110.7474 CASA – Alugo – Rua Curitiba, 468 – Ana Rosa – 99996.2941 CASA – Alugo, 2quartos, sala, copa, cozinha, lavanderia – São José – 99903.0855 CASA – Alugo, 3quartos, garagem – 99857.0028 CASA – Vendo – Dona Branca – R$ 110 mil – 99147.0452 CASA – Vendo, 2quartos, st, banheiro, sala, cozinha, piscina, garagem – R$ 240 mil - Rua Dr. Nicolau Leite – Babilônia – 99856.8159

CASA – Vendo, 3quartos, sala, copa, cozinha, c/ barracão 3 cõmodos - Rua Pio XII – 99985.1912 CASA – Vendo, 3quartos, sala, copa/cozinha, banheiro, barracão com 2quartos, lote 365m2 – Eduardo - Rua Olegário Maciel, 306 - (31) 98476.9978 CASA – Vendo, 3quartos, sala, cozinha, banheiro, c/ sala comercial e banheiro – 99874.6047 CASA – Vendo, 3quartos, st, 3banheiros, sala, 2cozinhas, varanda, garagem, lote 712m - Rua Antônio Vieira, 222 – Bairro Nª Srª Aparecida – 99807.5930 CASA – Vendo, 3quartos, st, sala, cozinha, gar – Rua José Domingos, 111 – São Bento –

CNPJ 40.615.727/0001-06 Bom Despacho - MG

É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana

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Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega grátis de apenas 1 jornal por pessoa.

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TRANSFORMADOR – Vendo, 2010VA, 110/220/110 – 99103.0339

NOTIFICADO: R A S, associado, matrícula 40333, residente e domiciliado em Bom Despacho, MG, CEP 35.600-000. Fica V. Sª notificado da abertura de procedimento administrativo para apuração do descumprimento de obrigações estatutárias assumidas perante a COOPERBOM, conforme o disposto nos art. 13 a 19, do Estatuto Social, que se referem a débitos vencidos a partir de 16/02/2021. Os documentos se encontram à disposição, para a retirada de cópia, junto ao Setor Financeiro da COOPERBOM, diretamente ou através de Procurador. Fica V. Sª intimado ainda para, querendo, exercer o direito de defesa e o contraditório, apresentando defesa e/ou manifestação por escrito, diretamente ou através de procurador, no prazo de 15 (quinze) dias, contados da publicação desta. Bom Despacho, 15 de junho de 2022. COOPERATIVA AGROPECUÁRIA DE BOM DESPACHO LTDA

99922.2361

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Ipê Campestre sedia torneio de Beach Tennis

Neste final de semana do dia 25 de junho o Ipê Campestre Clube sedia o 1° Fidelis Open de Beach Tennis. O torneio é aberto a pessoas de qualquer idade. Participam duplas mistas, masculinas e femininas, formadas por atletas iniciantes ou jogadores experientes. O evento é apoiado pela Prefeitura de Bom Despacho. A secretária municipal de Esportes, Roberta Neves, destacou o interesse crescente pelo Beach Tennis na cidade e ressaltou que o Ipê Campestre tem estrutura privilegiada para sediar as competições. O Beach Tennis vem atraindo grande número de pessoas em

Bom Despacho. Reunindo princípios do tênis tradicional e do vôlei de praia, o jogo é disputado em quadras de areia com uma rede no meio. Pode ser praticado por atletas de qualquer idade e promove alto gasto calórico. Além das competições esportivas, o Fidelis Open tem shows da banda Samba de Buteko no sábado às 16h e da cantora Lívia Campos no domingo às 11h. Nos dois dias haverá também almoço, chopp, espaço kids e sorteio de brindes. Mais informações e inscrições com o instrutor Stanley pelo telefone 98823.7105 (iBOM / Imagem ilustrativa)

Corolla capota na BR 262 e motorista de 24 anos morre

Uma jovem de 24 anos morreu após perder o controle do Corolla que dirigia e capotar várias vezes na BR 262. O acidente aconteceu no km 404,8 da rodovia, perto de Pará de Minas, na manhã do sábado (11/6). De acordo com informações passadas à imprensa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), a mulher trafegava no sentido capital-interior quando perdeu o controle do veículo, derrapou, saiu da pista e capotou diversas vezes. O veículo ficou destruído. No capotamento a motorista foi ejetada para fora do Corolla e ficou gravemente ferida. Ela

chegou a ser socorrida e levada para a UPA de Pará de Minas, mas não resistiu e acabou morrendo. O site apurou que a motorista era de Pará de Minas. Um policial rodoviário disse ao iBOM que ela provavelmente não usava cinto de segurança no momento do acidente, motivo pelo qual foi ejetada do veículo quando ele capotou. O policial lamentou o ocorrido e ressaltou a importância de sempre utilizar o cinto de segurança na rodovia. A Perícia da Polícia Civil esteve no local para investigar o ocorrido. (iBOM / Foto: PRF)

Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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Prefeitura vai abrir nova rua de acesso à área hospitalar A Prefeitura de Bom Despacho vai abrir uma rua ligando a Praça Irmã Albuquerque à Rua Padre Vilaça. O objetivo é facilitar o acesso à Santa Casa e ao Pronto Atendimento. A nova rua começará no final da Padre Vilaça, junto ao muro lateral da Santa Casa, e vai até a praça Irmã Albuquerque, saindo ao lado da Nefrobom. No local existe uma casa velha que foi desapropriada pela Prefeitura junto com parte do terreno – perfazendo área total de 135m2 - para abertura da nova rua. A casa está fechada e em ruínas. Seu entorno está cheio de mato e lixo, servindo de esconderijo para roedores, insetos e outros animais. O local também é utilizado como ponto de tráfico de drogas segundo denúncia de vizinhos. De acordo com o secretário de Obras, Vital Guimarães, a demolição da casa será feita nos próximos dias. “No lugar dela a Prefeitura vai abrir uma rua, pavimentar, sinalizar, iluminar e fazer passeios”. Segundo Vital, depois da obra pronta a Prefeitura vai definir como será o trânsito no local. “O objetivo é facilitar o acesso de ambulâncias e usuários à área hospitalar”, concluiu.

7° Batalhão fez formatura do Proerd para 330 alunos Programa da PMMG, dirigido a alunos do 5° ano da rede pública, visa prevenir uso de drogas e a violência. A Polícia Militar realizou na terça-feira (21/6) a solenidade de formatura de 330 alunos do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência) em Bom Despacho. Os formandos do programa são estudantes do 5° ano das Escolas Dona Duca, Flávio Cançado, João Dornas, Chiquinha Soares e Colégio Tiradentes. A formatura foi realizada no salão Maria Teodora com a presença de familiares dos alunos. Participaram da solenidade o comandante do 7° Batalhão, tenente-coronel Renato Pinheiro, o prefeito Bertolino da Costa e sua vice, Juliana Jaber, a secretária de Educação, Gabriela Fernandes, o presidente da Câmara, Vinícius Pedro, o presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública, Carlos Eduardo, o diretor do Colégio Tiradentes, capitão Almir Campos, o chefe de Instrução do TG, subtenente Sthéfano Pereira, o presidente da Credibom - apoiadora do Proerd -, Pedro Adalberto da Costa, além de diretores e professores das escolas. A Banda de Música do 7° BPM se apresentou no evento. O Proerd é um programa criado e desenvolvido pela Polícia Militar. Atuando em conjunto

com professores, especialistas, pais e a comunidade, ele visa prevenir e reduzir o uso de drogas e a violência entre os estudantes. Durante a formatura cada aluno recebeu o certificado Proerd e assumiu o compromisso de não se envolver com drogas e violência. Foi feito sorteio de brindes para os alunos e a entrega de bicicletas aos autores das redações premiadas. A redação é o trabalho final proposto aos participantes do programa. (iBOM / Fotos: Ascom 7° BPM/PMMG)


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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

DESTAQUE

Sindicato lança exposição de negócios FERNANDO

CABRAL

Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho

Passados 170 anos da esplendorosa exibição de 1851, as exposições continuam servindo como meio de divulgação de ideias, conhecimentos e produtos. Mas, principalmente, elas servem como ambiente propício à geração de negócios.

Há quase dois séculos nasceu na Inglaterra o atual conceito de exposição. Foi em 1851 quando o Príncipe Albert, consorte da Rainha Vitória promoveu A Grande Exposição das Indústrias de Todas as Nações. Ali foi exibido o que havia de mais moderno no mundo. Representantes de

dezenas de países mostraram suas inovações e conheceram inovações de outros. Foi um momento de aprendizagem, troca de conhecimentos e muitos negócios. De lá para cá, as exposições se espalharam pelo mundo. O Brasil e o agronegócio não ficaram de fora.

No Brasil, uma das áreas onde as exposições mais prosperaram foi na agropecuária. Para atender à demanda dos produtores rurais, revendedores, prestadores de serviços e fornecedores de equipamentos e insumos, os parques de exposição se espalharam.

Os grandes espetáculos realizados em cidades menores ou até do tamanho de Bom Despacho levam embora um volume desproporcional de dinheiro. A indústria local, os produtores locais, os prestadores de serviços locais e o comércio local não ganham nada. Há algumas exceções, como hospedagem e postos de combustível, mas o que ganham – embora bom para eles – não compensa o prejuízo generalizado os demais negócios. A cidade leva pelo menos três meses para se recuperar do baque financeiro. Era exatamente nesta situação que se encontrava o parque de exposição de Bom Despacho até alguns anos atrás. Ele havia se transviado de sua missão de servir ao produtor rural e passara a ser palco de espetáculos circenses. Isto, quando não estava abandonado, cheio de mato e entregue ao mosquito da dengue. Aliás, não é que espetáculos circenses não sejam bons. Eles

Contudo, há três diferenças importantes entre elas e os bancos comerciais: elas têm custo menores, mantêm todo o dinheiro na economia local e suas sobras (lucros) são divididos entre os cooperados. Isto é, ficam na própria cidade. O cidadão percebe as vantagens das cooperativas e elas não param de crescer. Uma demonstração disto é a evolução da Credesp. Por exemplo, 25 anos atrás ela distribuiu R$ 9.302,82 de sobras entre os cooperados. Em 2021 ela distribuiu R$ 11.716.486,64. Ou seja, uma explosão de 125.945,4%. Isto significa um crescimento anual médio de 60%. Contando com mais de R$ 200 milhões entre depósitos à vista e a prazo, em 2021 a Credesp aplicou mais de R$ 223 milhões em operações de crédito. É uma boa ajuda para nosso empresariado.

No entanto, apesar dos relevantes serviços que prestavam, muitos deles desvirtuaram e se afastaram de suas finalidades originais. Em muitos lugares deixaram de ser um parque de exposições e passaram a ser apenas uma casa de espetáculos. Como meras casas de espetáculo, em vez de criarem um ambiente propício para os negócios e para a troca de ideias, eles se tornaram um sorvedouro de dinheiro.

operam em todas as áreas típicas de um banco comercial.

Tudo isto demonstra que o bom-despachense, além do dinheiro, também deposita confiança em nossas cooperativas. muitas vezes são. São necessários. Diversão e lazer são direitos de todos nós. O problema é quando o espetáculo, em vez de ser um acréscimo às funções originais do parque passa a ser a única função. Neste ponto até o nome Parque de Exposições perde o sentido e a razão de ser. Exposição como negócio Em Bom Despacho o Parque de Exposição pertence ao Sindicato Rural. Após a eleição da sua atual diretoria, ele vem se recuperando dos reveses sofridos. Sua importância na comunidade é crescente e vem sendo cada vez mais reconhecida. Entre as ações de retomada, está a reinauguração e revalorização das exposições agropecuárias. O sucesso foi grande e seu prestígio está crescendo. Nesta linha, segundo o Patrick Brauner, presidente do Sindicato, a Expobom 2022 será voltada para a criação de oportunidade de negócios, disseminação de novas tecnologias, fomento da produção agropecuária e valorização do produtor rural.

Ou seja, é uma volta às raízes e à própria razão da existência do parque e das exposições. Esta postura reconciliada com o passado e com as tradições inauguradas na Inglaterra em 1851 e implantadas em Bom Despacho quando o Parque foi criado está trazendo benefícios. Em 2019, quando a exposição foi retomada neste estilo, o volume de negócios superou os R$ 10 milhões. Para 2022 a expectativa é de mais de R$ 30 milhões. Um grande número de empresários, ruralistas, industriais, cooperativas de crédito e comerciantes, acreditam no vigor da Expobom 2022 e apostam nos seus resultados. Tanto assim que, no seu lançamento, já havia 50 expositores inscritos. Um sucesso. Mas não é só. De lá para cá, o número de interessados cresceu ainda mais. Para atender a todos o Sindicato deverá abrir uma nova rua capaz de acolher pelo menos mais 8 expositores. Isto mostra que as pessoas acreditam que a exposição agropecuária como negócios dá frutos.

Credesp – um exemplo Entre os expositores estão organizações bem conhecidas, como a Cooperbom, tradicional apoio dos produtores rurais de Bom Despacho; a Inproveter, como exemplo de uma grande indústria local de alcance nacional; Bombas Diesel, essencial para a manutenção dos modernos equipamentos usados na agropecuária; UNA Bom Despacho, com seu ensino universitário também voltado para a área rural; Acibom, representante do empresariado bom-despachense; Citrovan, especializada na produção de mudas que atende muito além das fronteiras de Bom Despacho; FAEMG, Senar como instituições ligadas ao campo. Uma área que se destaca – e não poderia ser diferente – é o setor de crédito. Lá estarão, por exemplo, a Credibom e a Credesp, dois esteios da nossa economia. Estas duas cooperativas dão apoio ao bom-despachense em todas as operações bancárias. Embora a Credibom tenha nascido do sonho de ruralistas e a Credesp tenha nascido do sonho de comerciantes, hoje em dia as duas

Para a Expobom deste ano, a Credesp levará suas linhas de crédito a todos os interessados. Mas, uma que não é tão tradicional fará sucesso: é a linha de crédito para a construção de usinas fotovoltaicas. O investimento nestas usinas vale a pena para todos, mas vale a pena mais ainda para o

produtor rural. Se ele separar uma pequena área do seu terreno, poderá ter energia a custo muito reduzido nos primeiros quatro ou cinco anos e praticamente de graça nos vinte anos seguintes. Isto, por uma área pouco maior do que uma quadra de futebol. Na Expobom 2022 também estarão presentes empresas de usina fotovoltaica. Assim, o produtor terá oportunidade de conhecer a tecnologia e já obter o financiamento – caso necessite. Aliás, esta é uma oportunidade que não interessa somente ao produtor rural. Qualquer cidadão interessado em economizar com a energia elétrica poderá se beneficiar. Com estes exemplos vemos que o Sindicato Rural de Bom Despacho está resgatando sua tradição de realizar exposições voltadas para os negócios. Está, também, resgatando a história das próprias exposições. Como aquela, pioneira, ocorrida em 1851, na Inglaterra. Ali se viram as mais modernas tecnologias da época, ali se trocaram experiências e conhecimentos, ali se fizeram muitos negócios. É isto que voltará a acontecer na Expobom 2022, quando ela abrir suas portas no próximo dia 6 de julho. Se houver um pequeno espetáculo circense no final do dia, não fará mal, mas o importante é que a roda da economia girem e o agronegócio dê os frutos que precisa dar.


Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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Expobom mostra a força do agro Neste ano, a EXPOBOM celebra a sua 50ª edição com variada programação de palestras, oficinas, copas e julgamento de bovinos e equinos de diversas raças, além de exposição de produtos, rodadas de negócios e programação cultural. Entre os destaques, haverá o lançamento de Bom Despacho como primeira “Cidade Pólo” de Melhoramento da Pecuária Leiteira no Brasil e no Mundo. O foco maior dos organizadores é a parte técnica do evento, voltado principalmente para negócios relacionados ao agro. Por isso, a EXPOBOM 2022 terá feira de máquinas, tratores e implementos agrícolas, exposição e julgamento de animais das raças Gir Leiteiro e Girolando, palestras técnicas, mini-cursos do Sistema Faemg/ Senar. No Parque de Exposições será montado também um espaço para demonstrações práticas de máquinas e tecnologias.

EXPOBOM 2022 em números + DE 50 STANDS + DE 250 ANIMAIS DE ELITE + DE 20 MIL VISITANTES PREVISTOS + DE R$ 30 MILHÕES EM NEGÓCIOS PREVISTOS

Agronegócio em Bom Despacho + DE 120 MIL CABEÇAS DE GADO + DE 2.000 PROPRIEDADES RURAIS PMG + 350 MIL LITROS DE LEITE PRODUZIDOS POR DIA + DE 600 PRODUTORES(*) ASSOCIADOS AO SINDICATO (*) Número de produtores em dia com suas contribuições.

A abertura oficial da EXPOBOM será dia 7 julho, às 10 horas, no Parque de Exposições Coronel João Araújo (Rua Cisalpino Marques Gontijo, 335, bairro São José). Convidados Para a solenidade de abertura foram convidadas autoridades estaduais, nacionais e lideranças do setor, como o governador Romeu Zema, o

secretário de Estado da Agricultura Thales Fernandes, o presidente da FAEMG Antônio Pitangui de Salvo, deputados federais e estaduais mineiros, o ministro da Agricultura Marcos Montes, os ex-ministros Alysson Paolinelli e Roberto Rodrigues, entre outros. Lideranças e autoridades de Bom Despacho e região também estarão presentes.

Conheça os principais produtos do Agronegócio em Bom Despacho

Pecuária de Leite

Pecuária de Corte

Eucalipto

Cana de Açúcar

Grãos

Hortifruti

Avicultura

Equinos

Sindicato fez seguro para os expositores O Sindicato Rural contratou um Seguro de Responsabilidade Civil para garantir o próprio Sindicato, Expositores, Fornecedores de Comidas e Bebidas de riscos decorrentes de suas atividades durante a Expobom 2022, incluindo acidentes pessoais e danos morais. O seguro começa a vigorar dia 22/6 e vai até 12/ 7, cobrindo todo o período de instalação, montagem e desmontagem da feira.

Expobom terá Feira Pró-Genética Uma das atrações da Expobom 2022 é a Feira de Touros do Pró-Genética (Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino de Minas Gerais), dia 8 de julho, sextafeira, das 8 às 17 horas no Parque de Exposições. O Pró-Genética é um programa concebido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ). Seu objetivo é contribuir para o aumento da produção sustentável de carne e leite de origem bovina no país.

Por isso, o Pró-Genética atua para aumentar a produção de carne e leite nas pequenas e médias propriedades através de touros melhoradores, promover a transferência genética de rebanhos de elite para os rebanhos comerciais e aumentar a renda de pequenos e médios produtores. A Feira de Touros da Expobom será realizada pela ABCZ, Sindicato Rural, Emater e Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária. Mais informações nos telefones 3521.2622 ou (34) 99984-6162.

Agroindústria

Produtores que contribuiram para fortalecer o agro serão homenageados na Expobom Vinte e duas pessoas serão homenageadas na Expobom 2022 com a Medalha do Mérito Rural. “São pessoas visionárias que, em diferentes épocas, se destacaram por seu trabalho e contribuição para valorizar e fortalecer o produtor rural e o agronegócio em Bom Despacho e região”, explica o presidente Patrick Brauner. Os nomes dos homenageados foram escolhidos pela diretoria do Sindicato Rural.

Alysson Paolinelli é um dos homenageados. Veja os nomes nesta edição.


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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

Evento terá atrações para toda a família PEDRO IVO DE ARAÚJO - O principal objetivo do sindicato é apoiar os produtores rurais. Por isso, a Expobom tornouse um evento 100% focado em negócios, tecnologia e conhecimento. Uma exposição voltada para atender aos interesses do produtor rural. É uma grande oportunidade dele conhecer novas tecnologias e soluções para melhorar sua fazenda, aproveitar promoções e fazer bons negócios. O Sindicato está saindo fora dessa ideia de trazer grandes shows musicais. Isso não é o foco do Sindicato nem do produtor rural. Sindicato não

é produtor de shows, nem tem condições financeiras de custear grandes eventos. A Expobom é uma feira voltada para a família, para o produtor rural e todos os bomdespachenses, inclusive quem não tem ligação com o agronegócio. Para isso a Exposição terá muitas atrações como fazendinha de mini-animais, concurso de marcha de cavalos, julgamento de animais, bares, gente bonita e também dois shows de artistas regionais por noite. Além, claro, dos stands de quase 50 empresas daqui e de fora com muita coisa bacana.

PEDRO IVO DE ARAÚJO é veterinário e vice-presidente de Pecuária do Sindicato Rural

Expobom terá muitos visitantes vindos de fora DÉBORA LUIZA - A Expobom vem crescendo e ganhando credibilidade. Acredito que o evento está no rumo certo, que é promover negócios, produtos e serviços do agro e apoiar o produtor interessado em melhorar e expandir sua atividade. Nesse novo formato a Expobom é boa para todos os envolvidos e mais produtiva para o Sindicato que a realiza. Mas além disso será também um evento com muitas atrações para o público. Estamos preparando um ambiente especial, caprichado e com decoração bacana para os frequentadores. No setor de alimentação

estarão presentes Copas, Empório Beer, Siderado, Traaaiz, Queijaria 3 Reis e o Restaurante do Sindicato. Serão 7 pontos de atendimento ao público dentro do Parque. Devemos também ter dois shows por noite. Já estão confirmadas apresentações de João Markus & Maurício, Mateus Meco, Patrício Silva, Ricardo Trindade, Hellen Freitas e Gustavo Delgado. Esta é a nova cara da Expobom: bares bons com cardápio diferenciado e preços acessíveis, música boa, empresas e visitantes de outras cidades e muita, muita gente bonita.

DÉBORA LUIZA RODRIGUES é diretora e coordenadora de eventos do Sindicato

DESTAQUE

Camila Telles fará palestra na Expobom 2022 A palestra magna da 50ª Expobom será feita por Camila Telles, principal influenciadora digital do Agronegócio Brasileiro. Camila Telles é produtora rural, empresária, comunicadora e defensora do agro brasileiro. Formada em Relações Públicas com especialização em Marketing Estratégico, seus vídeos combatem inverdades sobre o agronegócio nas redes sociais e têm mais de 1 milhão de visualizações, atingindo também o público que não tem convívio com o setor. Se lhe perguntam quem é ela, Camila Telles tem resposta pronta: antes de qualquer coisa, produtora rural!

Concurso sobre o agro vai premiar melhores trabalhos A premiação dos autores dos alunos vencedores será dia 7 de julho, no Parque de Exposições, em evento com a presença do compositor e sanfoneiro Carinhoso “A Lida na Fazenda” é o tema do concurso Literar no Agro, que a Secretaria Municipal de Educação promove em parceria com o Sindicato Rural. O concurso é dividido em 5 categorias conforme a idade dos participantes: desenho com interferência, desenho livre, quadrinha, paródia escrita e gravação em áudio. Podem participar crianças e adolescentes de 4 a 15 anos matriculados na rede municipal de ensino. “O objetivo é estimular a curiosidade das crianças para as atividades do produtor rural e sua importância na cadeia produtiva do agronegócio”, explica a administradora Elaine Soares, que faz parte da diretoria do Sindicato Rural. Na data em que esta matéria foi produzida, 2.866 estudantes já haviam inscrito

seus trabalhos no concurso. Os trabalhos dos alunos devem ser entregues até dia 29/6. Em cada Escola uma comissão vai selecionar um desenho e três redações de cada categoria e encaminhar à comissão julgadora do concurso. Essa comissão vai analisar todos os trabalhos e escolher três produções vencedoras de cada categoria, classificando-as em primeiro, segundo e terceiro lugar. A escolha dos vencedores levará em conta adequação ao tema do concurso (A Lida na Fazenda), qualidade e originalidade. A premiação dos autores dos trabalhos vencedores será feita dia 7 de julho, no Parque de Exposições, em evento com a presença do compositor, escritor e sanfoneiro Carinhoso.

O artista Carinhoso vai participar do evento de premiação dos alunos que fizerem os melhores trabalhos

Veja mais notícias sobre a Expobom 2022 acessando o site do Jornal de Negócios

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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

Homenageados com a Medalha do Mérito Rural

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Alysson Paolinelli

Ângela Maria Cardoso Costa

Antônio Carlos Álvares Barbosa

Antônio Firmino Soares

Carlos Ricardo C. Oliveira Assis

Cel. João Pedro Araújo

Célio Moreira dos Santos Jr.

Dorval Marcelino de Leles

Flávio de Melo Queiroz

Ivone Maria Cardoso

Jacques Gontijo Alvares

José Bento de Araújo Filho

José Elias dos Santos

José Pacheco de Araújo

Luiz Carlos Araújo G. Júnior

Moacir Eustáquio Teixeira

Paulo Guimarães

Rafael Patrício de Andrade

Rosa Helena da Silva

Tarcísio José Santos Amaral

Vicente de Paula Lopes

Vicente de Paulo Silva


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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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Minha vida depende da agricultura legumes e frutas. Geralmente, compro os produtos in natura e evito comprar produtos que imitam carne ou hamburgueres. Isso me dá a sensação de maior dependência ainda dos agricultores.

ALEXANDRE

MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD

Comer bem pagando pouco

Mesmo quando estou em São Paulo, como é o caso agora, procuro olhar o site do Jornal de Negócios para manter-me atualizado sobre a cidade de Bom Despacho. Dias atrás li uma notícia sobre o quinquagésimo aniversário da ExpoBom. Não é todo dia que um espaço como este faz cinquenta anos. A notícia do Jornal de Negócios mostrava que o setor de agronegócios está tão bem, que a tradicional feira do setor teve de aumentar o número de expositores, pois havia muito mais produtores querendo participar do evento, do que os espaços originalmente disponíveis. Isso é um ótimo sinal, já que a cidade de Bom Despacho vive e respira as agruras e as bonanças do agronegócio. Quando o setor agropecuário vai bem, a cidade melhora a arrecadação, o número de empregados aumenta, diminui a pobreza do município, entre vários outros efeitos. Lendo a notícia, comecei a lembrar das várias feiras que participei em um parque especializado em agropecuária que existe aqui em São Paulo, o Parque da Água Branca. Há

Vultos e fatos da independência de Bom Despacho O Coronel Tininho Vale a pena saber que Faustino Assunção (o Coronel Tininho), nascido em Abaeté, mas filho adotivo muito extremado de Bom Despacho, encorajado pelo velho vigário da paróquia (Pe. Nicolau) e por seus companheiros de conquistas, em agosto e setembro de 1911

muitos anos havia feiras muito específicas, como feira de aves, de suínos, de equinos, de bovinos etc. Eu adorava ver os animais bem de perto, sentir o cheiro dos bichos. Além disso, semanalmente havia a feira de produtos das fazendas, como queijos, verduras, legumes, frutas e outras coisas típicas. Adorava. A última feira agropecuária que participei foi em Buenos Aires. Eu e minha filha Isabella estávamos na cidade e decidimos visitá-la. Havia exposição de animais, concurso de cabras, de ovelhas, de touros, cavalos e um monte de outros bichos. Minha ficou encantada! Se minha agenda casar com o evento da ExpoBom, farei

questão de fazer uma visita. Minha vida depende da agricultura Nunca dependi tanto da agricultura como agora. Na verdade, o mundo depende deste setor para sobreviver. Isso inclui a pecuária, que usa muito dos produtos da agricultura para alimentar seus animais. Minha sensação é de que a agricultura é o centro de minha vida. Desde que me tornei vegano, ou seja, parei de comer carne de qualquer natureza, leite e seus derivados, ovos, mel e deixei de usar produtos feitos à base de animais, o que inclui sapatos, roupas, bolsas, sabonetes, shampoos etc,, só tenho consumido verduras,

Toda quarta-feira, quando estou em São Paulo, vou a uma feira livre, um lugar onde se vende produtos agropecuários frescos e de boa qualidade. São 942 destas feiras ocorrendo na cidade, em 942 ruas diferentes espalhadas por São Paulo. Estas feiras ocorrem uma vez por semana cada uma, entre terça e domingo. Segunda-feira é o único dia da semana que não há feiras livres em minha cidade natal. Nesta semana comprei vinte tipos de verduras diferentes, como catalônia agrião, alfaces crespa, lisa e roxa, mostarda, espinafre, almeirão, entre muitas outras opções. Também comprei abobrinhas, chuchu, beringelas, cenouras e beterrabas (ambas com as ramas, que são deliciosas de comer cozidas), alcachofras, tomates, milhos, pimentões, pepinos, jilós, quiabos, entre outras muitas escolhas possíveis. Além disso, há as frutas: melões, abacates, maçãs, mexericas, caquis, figos, mangas, goiabas, mamões, abacaxis, morangos, enfim, uma infinidade de deliciosas opções. Sempre fico espantado com o preço baixo das verduras e

dos legumes. Hoje paguei cada pé de alface R$ 2,00 e cada milho, que vou cozinhar e me deliciar, R$ 1,00 cada. Tento entender como o produtor ganha dinheiro com esses produtos, já que eles chegam até mim depois de semanas ou meses sendo tratados pelos produtores, depois de serem transportados do campo para o entreposto comercial do Ceagesp, onde o feirante vai comprá-lo para me revender. Depois de tudo isso, eu os compro por alguns poucos reais, que serão divididos por todos que trabalharam no processo. Claro, entendo que cada produtor planta milhares de pés de alface e milhares de milhos, mas, mesmo assim, cada um ganha um pequeno valor, especialmente quando penso no valor que esses produtos têm em minha vida. Os produtores de Bom Despacho Em Bom Despacho é possível achar toda a cadeia produtiva em uma única pessoa. Sempre vejo o Joãozinho ou o Tõe pelas ruas do bairro Esplanada vendendo seus produtos. Eles plantam/tiram o leite, transportam e vendem diretamente ao consumidor final. Seus dias começam de madrugada e terminam muito tarde, quando terminam suas entregas para a população. Alimentam muita gente, mas ao contrário dos produtores de TV ou celular, não ficam milionários. Ser produtores agropecuário não deve ser fácil.

Onde está o dinheiro? Nos últimos dias, minha bomdespachense preferida veio a São Paulo. Fomos a muitos restaurantes na cidade, alguns muito bons, outros muito diferentes, com comida de vários países do mundo. Uma diversão. Adoro ir a restaurantes com pratos de países muito diferentes do Brasil, pois isto é uma forma de conhecer melhor cada cultura. Porém, ir a restaurantes me faz perceber com quem fica o dinheiro dos produtores agropecuários. Hoje, na feira livre, comprei quatro alcachofras por R$ 15,00, ou seja, menos de R$ 4,00 cada uma. Na semana passada, comprei uma salada de alcachofras, feita com no máximo duas delas, e paguei R$ 70,00. Hummm... acho que estamos valorizando muito quem comercializa e pouco quem planta, cuida e colhe... Claro, cada pessoa, cada setor da economia, tem sua importância na economia local e nacional, mas tendo a achar que Joãozinhos e Tões mereciam ficar com uma parte um pouco melhor da distribuição de meu salário… Parabéns, ExpoBom! Parabéns, ExpoBom! Obrigado aos agricultores, particularmente, e aos pecuaristas que alimentam também muita gente, apesar de eu ter me tornado um vegano feliz! Vocês sustentam o mundo e nos deixam mais felizes.


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Duas cartas da minha Agropecuária: por 4 séculos mãe para esta coluna o baluarte de nossa economia Rio Lambari, nas plagas do futuro Bom Despacho, Engenho do Ribeiro e adjacências, formaram-se as sesmarias. Sesmarias doadas a lideranças que haviam participado da “guerra” aos quilombolas – capitães do mato e suas tropas, milícias de Pitangui e demais lideranças, que os mataram em combate, prenderam ou recambiaram os negros fugidos para seus antigos donos.

Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL

Minha mãe, Maria Celeste, com os netos Tiago e Isa LÚCIO EMÍLIO JÚNIOR Duas cartas de mamãe, a escritora Maria Celeste, para essa minha coluna: Ilce e Celeste Uma amizade nascida nos recreios do Grupo Escolar Coronel Praxedes. Duas meninas tímidas e, sem combinação prévia, se encontravam e sacavam o seu brinquedo de sempre: cinco pedrinhas redondas e cristalinas que, lançadas para cima e apanhadas no ar, exercitavam a sinfonia fina dos dedos. Um jogo, para nós, sem nome. “Cinco Marias” talvez, mas dizíamos apenas “jogar pedrinhas”. Ninguém vencia, ninguém pedia. Finalizado o recreio, cada uma recolhia as pedras ao bolso da saia pregueada de uniforme. Não havia despedida. Foi assim a vida inteira: uma amizade sem disputas, serena, silenciosa. Uma pepita de ouro que a gente sabia guardada em segurança e, por ela, zelava com carinho. Sabedoria que adquirimos em crianças, confirmada na dança da vida. Quem hoje perde, ganhará adiante; quem ganha agora, pode perder e seguir ganhar e perder faz parte do jogo. Mais tarde a expresidente Dilma iria verbalizar essa ideia com humor. Em nossa caminhada, Ilce encontrou Idmar e eu encontrei o Lúcio. Ilce conservou todas as cartinhas que trocou com Idmar, mantendo vivo o sentimento e retratando os anos dourados suas dores e delícias. Essas cartas, simples e autênticas, nos ensinam a viver com coragem e otimismo. Valeu, Ilce! Você é a pedra mais lapidada, a mais brilhante do nosso jogo! Beth Minha irmã Beth nasceu em uma quarta-feira, no longínquo ano de 1946, século passado. Antes, quatro tentativas de ser mãe haviam terminado para Irene em abortos e/ou filhos natimortos. Quando D. Alma acolheu em suas mãos a criança arroxeada, com o cordão umbilical enrolado ao pescoço, fez-se um grande silêncio no quarto. Uma pergunta angustiante quase balbuciada, pairou no silêncio: “morta”? A parteira não respondeu. Massageava a bebê, dava-lhe tapinhas nas nádegas, até que o primeiro vagido soou feito aleluia. O pai da criança estava eufórico: tinha agora uma filha com nome de rainha; o país saía enfim da ditadura Vargas, uma nova Constituição dava novo alento ao povo, por expressar valores liberalistas

e garantir princípios democráticos, embora ainda conservadora em alguns aspectos. O voto dos analfabetos continuava proibido. Eurico Gaspar Dutra era o novo presidente eleito. A segunda guerra acabara, mas o colonialismo persistia; assim também persistiam o ranço escravocrata e a rígida estratificação social. Beth cresceu curiosa e aventureira. Em um tempo em que se jogavam as cinzas quentes do fogão e lenha no quintal e as crianças andavam descalços, Beth queimou os pezinhos. Conseguia andar nos beirais dos muros, feito lagartixa aderida, colada. Não raro, escalavrava os joelhos ao voltar ao chão. Belo dia, escalou um armário, que veio abaixo, soterrando-a. Não havia galho alto de árvore em que não subisse. Esborracharse ao chão era natural, porque do chão ninguém passa. Novos irmãos nasciam a cada ano. As brincadeiras à noite na rua ganhavam mais e mais adeptos. Os olhos da menina verdejavam a cada conquista: roubar uma bandeira no jogo, vencer a corrida de quarteirão, contar a mais arrepiante estória de terror. Fez-se adolescente e questionou tudo, como sempre há de ser. Encheu o próprio quarto com pôsteres de Lennon, Elvis, Roberto Carlos e Ronnie Von, flâmulas de países e eventos. Pintou os verdes olhos de crayon negro, para desespero de D. Irene. Organizou horas dançantes, agora com o apoio da mãe. Chorou a morte de Kennedy, marchou junto com os estudantes em protesto pelo preço dos bilhetes no Cine Regina, passou das matinês de domingo aos filmes noturnos, cultuando atores. Anotava as letras das músicas em cadernos de capa de arame. O Clube de Esquina sempre esteve lá. Indo para B.H. em busca de trabalho, continuou com as antigas amizades e acrescentou novas. Era solidária, prestativa e assim alimentava sempre novas rodas de amigos. No amor foi sempre rigorosa consigo mesma. Não se dava à leveza dos relacionamentos sem compromisso. Feliz ou infelizmente, terminou só. Encontrou a contradição da música: “quem eu quero não me quer / quem me quer mandei embora”. A doença fatal surgiu-lhe aos 45 anos incompletos. Levou-a um ano e meio depois. Quem a conheceu, não a esquecerá. Beth, doce lembrança. Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor.

A atividade agropecuária tem sido a mola-mestra da economia bom-despachense, desde o século XVIII, quando os portugueses, vindos principalmente de Pitangui, ocuparam nosso território fértil, banhado por tantos córregos, ribeirões e pelos rios Capivari, Picão e São Francisco.

Sesmarias Sesmarias eram colossais glebas de terra entregues a um cidadão que tivesse saído bem em serviços à coroa portuguesa. Esse teria que instalar moradia, levar família e escravos e iniciar as atividades de agricultura, pecuária e engenhos de cana de açúcar. Entre os agraciados com sesmaria contava-se o Alferes Luís Ribeiro da Silva da milícia de Pitangui, capitães do mato e até o Padre Agostinho Pereira de Melo, capelão da tropa que se instalou na atual Cruz do Monte, com a construção, além do acampamento, de uma capelinha de pau-apique que Padre Agostinho dedicou a Nª Srª do Bom Despacho, a qual daria mais tarde nome ao povoado, à cidade e ao município em que vivemos.

Para sustento e manutenção das pessoas, com o trabalho do negro escravo, plantavase o arroz, o feijão, a mandioca, a cana, o algodão. Deste e com a lã dos carneiros, fabricavam-se as roupas para vestir o povo. Colchas quentinhas para aquecê-los no rigoroso inverno de então. Faziase o polvilho, a rapadura e o açúcar mascavo e a cachaça. Criavam-se aves, porcos, bois, carneiros, cabritos para se extrair ovos, a carne, o leite e o couro. Do barro da terra, das varas da capoeira e das madeiras abundantes, construíam-se as pequenas casas rústicas ou velhos casarões senhoriais de pau-apique. O comércio gerado pela agropecuária Cerca de dois terços ou mais das famílias viviam na zona rural, o resto na zona urbana do arraial ou da vila, da cidade. Vivi na fazenda de meu pai e na de meu avô até 1960. Durante quase todo aquele tempo fui testemunha de que sua produção era autossuficiente para a sobrevivência de seus moradores. Numa fazenda, era costume quase nada ser comprado no comércio. Dizem que no começo só se gastava dinheiro adquirindo sal, querosene e arame farpado que não existiam na região. Carros de bois e tropas de mula Região em que a agropecuária sustentava o povo e cambiava muita riqueza para os produtores. Nas fazendas produziam-se mercadorias para exportação. Meu bisavô materno, José Joaquim da Costa (Zé Rufino) a partir dos finais de 1880, até os princípios do Século XX, organizava caravanas de carros de bois e exportava as mercadorias da fazenda como toucinho, açúcar preto, rapadura, cachaça para entrepostos em Curral del Rei, onde hoje existe Belo Horizonte. Outras vezes até Formiga. Ia mesmo até, atrás de sal, à cidade de Capivari, em São Paulo, na Serra da Mantiqueira, próximo a Campos do Jordão. Carradas de produtos eram lá vendidos nestas longínquas regiões. De lá ele voltava com os carros cheios de sal, querosene e arame farpado, comercializados em Minas Gerais. Outros produtores também fizeram fortuna com esse comércio. Ao falecer em 1940, Zé Rufino deixou três fazendas com milhares de alqueires de terra para seus três filhos: Minha avó Maria, no Raposo, Juca

Sementes das fazendas de hoje Rufino, no Picão e Berto Rufino, na Extrema. Meu bisavô materno também fez fortuna com esse comércio em tropas de mulas, nos anos 1860, 70 e 80. Ele levava produtos agrícolas para a capital do Império. E então trazia tecidos finos, joias, relógios, sapatos, perfumes, ricos adornos, armas. Até pouco tempo, podia-se ver o “quarto da loja” onde ele expunha suas finas mercadorias e as vendia para compradores que vinham de longe para adquirir aquelas novidades. A importância de Pitangui Por volta de 1756, ocorreram as primeiras incursões de combatentes dos escravos fugidos em terras do atual município de Bom Despacho. Pitangui – a Vila do Ouro – criada em 1915, era o único centro urbano (vila ou hoje cidade) desta vasta região do Oeste Mineiro. Foi a mãe e o

centro de expansão civilizatória portuguesa que tornou possível a criação de nosso município e de todas as cidades em nossa volta, que hoje conhecemos. Com as riquezas da mineração Pitangui se sobressaía na construção dos grandes casarões, na ordem administrativa, na religião, na cultura e no povoamento do lugar. Fim do ciclo do ouro e o início da agropecuária Mas por volta de 1756 o ouro havia minguado. A coroa portuguesa decretou então que era preciso ocupar o território próximo com fazendas de produção agropecuária. Com engenhos para produzir rapaduras, açúcar e cachaça. Com gente para gerar riquezas que implicavam impostos e tomar posse das terras em nome dos lusitanos. Dominados os quilombolas que impediam a entrada do homem branco no território de cá do

Com o decorrer dos séculos as sesmarias - cujas terras eram repartidas entre as diversas gerações de herdeiros - foram se transformando em fazendas de proporções menores como conhecemos e assim chegamos ao século XXI. Bom Despacho modernizouse. Perdeu seus ares sertanejos. A população, que vivia na roça até o século XX, mudou-se na maioria para a cidade. Neste século a agropecuária continuou pujante no município. A mola mestra de nossa economia, gerando riqueza e empregos. A partir da metade deste século veio o grande salto gerador da nossa modernidade rural: a Cooperativa Agropecuária de Bom Despacho - Cooperbom – e posteriormente a então Cooperativa de Crédito Rural de Bom Despacho, Credibom. A agropecuária surgiu nas terras de Nª Srª do Bom Despacho do Vale do Picão pelos fins de 1780 e perdura como baluarte de sua economia até os dias de hoje. O Sindicato Rural Não sem razão, o Sindicato Rural de Bom Despacho – que está na linha de frente da defesa e valorização do produtor rural – está buscando novos e auspiciosos caminhos para o crescimento do setor transformando a exposição agropecuária numa feira técnica e de negócios. Neste ano de 2022 a exposição, que completa 50 anos, investe na modernidade e na apresentação de tecnologias avançadas a serem aplicadas nas atividades do campo. É Bom Despacho vendo avançar, no universo inesgotável da ciência moderna, preciosa contribuição para o progresso de nossa atividade econômica maior: a agropecuária.


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Vinícius Pedro: a política se faz na base do diálogo O presidente da Câmara Municipal, Vinícius Pedro, recebeu o Jornal de Negócios para uma conversa no seu gabinete. A pauta foi o relacionamento entre Legislativo e Executivo bomdespachenses. A conversa ocorreu logo depois do Café Democrático promovido pelo Legislativo com representantes da imprensa local, dia 25/5, para apresentar o relatório dos 120 dias de gestão da atual Mesa Diretora. Nas últimas semanas, Vinícius tem mantido intensos contatos com o prefeito Bertolino da Costa buscando amenizar conflitos na relação entre Legislativo e Executivo. É que alguns vereadores têm feito pronunciamentos com críticas pessoais ao prefeito e rejeitado projetos de lei enviados pelo Executivo. Dois exemplos recentes foram a rejeição do projeto de municipalização para implantar ensino em tempo integral nas escolas do município e do projeto que ampliava o prazo de contratação temporária de servidores para evitar falta de profissionais na saúde. Sobre este último projeto, o vereador Pastor Alex chegou a denunciar no plenário da Câmara, dia 2/5, que um grupo de vereadores da oposição decidiu rejeitar o projeto antes mesmo dele ser discutido e analisado nas comissões porque seus integrantes eram contra o Executivo. Diálogo Mas para o presidente da Câmara, “política se faz na

Tempos melhores Para Vinícius, essa integração “traz tempos melhores para Bom Despacho”. E citou como exemplo desse esforço o comparecimento de secretários municipais à Câmara para discutir projetos de lei com os vereadores, prestar informações e esclarecer dúvidas antes deles serem levados ao Plenário para votação. “Em apenas duas semanas o Legislativo recebeu os secretários Wallace [Administração], Tamara [Saúde], Gabriela [Educação], Eduardo Couto [Desenvolvimento] e Fernando Andrade [Chefe de Gabinete]. Essas visitas têm sido muito produtivas e já surtiram efeito na busca de resultados para a comunidade”.

O presidente da Câmara, Vinícius Pedro (dir) com o editor do Jornal de Negócios, Alexandre Borges. base do diálogo”. Ele afirmou não concordar com a ideia de ficar contra simplesmente para ser contra e disse que “embates trazem perda de qualidade e de credibilidade para o Legislativo”. Vinícius admitiu que existem divergências mas disse que elas são naturais no processo democrático. “O que não podemos jamais é perder o foco de defender os interesses da cidade”. Cordial e atencioso, o presidente da Câmara definiu sua aproximação com o

Executivo como “busca de harmonia, busca de integração” entre os poderes. “Mesmo porque o Dr. Bertolino é meu amigo pessoal, amigo da família, é um homem respeitoso”. Como presidente da Casa, Vinícius Pedro só vota caso haja empate na votação de um projeto. “Mas sem dúvida, se um projeto enviado pelo Executivo é bom para a cidade, vem completo e cumpre os requisitos legais, eu sempre serei favorável a ele”, afirmou.

O presidente da Câmara afirmou ao Jornal que a busca de harmonia entre Executivo “está dando bons frutos para a comunidade”. Dois dias antes, Vinícius, acompanhado do deputado Wendel Mesquita, reuniu-se com o prefeito Bertolino para oficializar R$ 200 mil em recursos para instituições assistenciais de Bom Despacho. Nessa reunião, feita no Gabinete do Prefeito, ficou acertada a liberação de R$ 70 mil para o Asilo São José, R$ 50 mil para Apae, R$ 20 mil para a Fundação Nossa Senhora do Bom Despacho, R$ 25 mil para a Associação dos Doadores de Sangue, R$ 25 mil para a Abap e R$ 10 mil para a Adefis.

Escola realizou projeto literário com livro de Toninho Saudade O livro “Tunico – Essa Tal Felicidade Mora Aqui”, do escritor e compositor bomdespachense Toninho Saudade, foi a referência adotada pelo projeto “Letramento Literário”, desenvolvido na Escola Coronel Robertinho pelas professoras Roberta GêAcaiaba e Crislene Santos. O foco do projeto, desenvolvido ao longo do 1° semestre deste ano, foi estimular o interesse dos alunos do 6° ao 9° ano para a leitura e a escrita como meios de alcançar conhecimento, prazer e diversão. “Leitura e escrita fazem parte do nosso cotidiano e são atividades que devem estar continuamente presentes em nossas vidas”, ressaltou a professora Roberta. No encerramento do “Letramento Literário”, dia 8/ 6, o escritor Toninho Saudade foi à Escola e participou de um bate-papo com os estudantes sobre as experiências vividas por eles com a leitura da obra. Sobre o livro Num artigo publicado no Jornal de Negócios sobre o livro “Tunico”, em dezembro/ 2021, o jornalista Itamar de Oliveira ressaltou que “a história vivida, inventada e

contada pelo autor [Toninho Saudade] tem sabores e os saberes que estão presentes no nosso cotidiano e nem sempre são vistos e sentidos por nós”. (iBOM / Foto: Roberta GêAcaiaba (esq), Toninho Saudade e Crislene Santos (dir). Foto enviada pela Escola Cel. Robertinho)

Leia o artigo de Itamar de Oliveira apontando a cãmera do celular para o QRCode acima.


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Bom Despacho (MG), 25 Junho 2022

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